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O T I U T A GR

Seis, incluindo a Tejofran, agora são réus no caso do Metrô empresas são acusadas de formar cartel e combinar preços em são paulo. PÁGINA 8

Jundiaí

2 a 8 de julho de 2015 Edição nº 31, ano 1 Inverno Aglomerado Urbano de Jundiaí + Itatiba | www.jundiainoticias.com.br | www.facebook.com/jnoficial

segurança

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menos gastos, ordem do zé prefeito manda cortar 30% dos gastos. só escapa aquilo que já foi combinado. PÁGINA 11 canteiro

obras transformam itupeva Prefeitura programa mais inaugurações neste mês. PÁGINA 10 programa

sem noção

feira

cabreúva incentiva rota das bandeiras 80 empresas amamentação na arruma estradas confirmam ida santa casa durante o dia à feiccad Bocalon cumprimenta operário em obra | PMI

Além disso há trabalho de humanização do parto natural na cidade. PÁGINA 12

Ao contrário da AutoBan, concessionária provoca congestionamentos. PÁGINA

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Feira acontece de 23 a 26 de julho e espera receber público qualificado. PÁGINA 3


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EDITORIAL

ARTIGO

2 a 8 de julho de 2015

EDITORIAL

Habeas corpus em favor do Lula Luiz Flávio Gomes Jurista e Professor

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abeas corpus é o instrumento jurídico (uma ação autônoma) que existe no direito brasileiro para proteger a liberdade de ir e vir (ou permanecer) das pessoas. É a garantia da liberdade individual. Qualquer ameaça ou ataque injusto contra a liberdade permite o uso do habeas corpus. A notícia de uma investigação criminal sem pé nem cabeça enseja o seu uso para evitar ou fazer cessar qualquer tipo de constrangimento ilegal à liberdade do cidadão. É o instrumento jurídico mais democrático que existe no país: qualquer pessoa pode impetrá-lo, seja em benefício próprio, seja em benefício de terceiro. É o que ocorreu no caso Lula (antes isso já aconteceu em várias situações: ex-goleiro Bruno, cantores famosos etc.). O que a jurisprudência vem recomendando quando se dá este fenômeno? É preciso intimar o paciente (o beneficiário) e seu advogado (caso já o tenha constituído) para manifestar seu interesse no pedido. O HC impetrado por terceiro pode ser benéfico ou maléfico (mal impetrado, sem documentos, sem argumentação coerente etc.). Daí a imperiosa necessidade de se ouvir o interessado. No HC impetrado por terceiro em favor de ex-goleiro Bruno sem seu consentimento (HC 111.788) o então presidente do STF, Ministro Cezar Peluso fez exatamente isso: procurou ouvir o interessado e então se descobriu que ele não tinha nenhum interesse naquele HC. No caso do HC em favor do Lula o pedido foi negado peremptoriamente (mas nessa altura já tinha provocado estragos imensos no mercado financeiro). É o caso, ago-

ra, de se analisar eventual reparação dos danos pelo impetrante, que fez um pedido sem pé nem cabeça, posto que a Justiça Federal do Paraná informou (oficialmente) que o ex-presidente Lula não é objeto de nenhuma investigação em curso. Para a especulativa Bolsa qualquer faísca já vira incêndio. Há muita gente que ganha dinheiro com as especulações. E se alguém ganha é porque outros perdem. O Instituto Lula pediu para desconsiderar o pedido. O impetrante, que se diz um “Sherlock Holmes”, disse que fez isso por conta própria (sem pedido de qualquer outra pessoa). Tratou-se de uma “aventura jurídica” (disse o relator do caso, que o arquivou prontamente). Nós somos irresponsáveis o quanto o sistema familiar, escolar, social, ético e jurídico nos permite ser. Algum tipo de reparação é preciso exigir de quem maneja instrumentos jurídicos de forma totalmente aberrante. A irresponsabilidade humana gera custos, desastres, tragédias, acidentes, despesas, inconveniências e até mesmo mortes. Sejamos mais responsáveis! Nietzsche dizia que o humano em relação ao seu desenvolvimento ainda se encontrava apenas no meio dia (posição intermediária entre o amanhecer primitivo e o anoitecer do super -humano racional e sensato). Em alguns momentos há alguns humanos que se mostram não ter passado das 10 horas da manhã.

Nem tudo vai mal

A

s montadoras se queixam que não vendem, dão férias e já falam em demitir funcionários. O crédito desapareceu da praça, os bancos se queixam dos calotes, as construtoras da escassez de compradores. Nesse tumulto todo, um segmento não para de crescer - o da aviação geral. Na semana passada o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) divulgou a estatística de movimentação de aviões no aeroporto de Jundiaí. Nos últimos três meses essa movimentação aumentou 15% - 22.400 pousos e decolagens em março, abril e maio. E colocar um avião para voar não custa barato. Um litro de gasolina de aviação custa, em média, R$ 4,90; o querosene

(usado nos jatos e turbo hélices) está mais em conta - R$ 3,80 em média. Isso aqui. Em aeroportos distantes, mais isolados, o preço é maior. Aviões bebem bem. Há os econômicos, como o Cessna 152, usado para instrução, que engole 20 litros por hora. Outro modelo da fábrica, o 172, bebe 55 litros por hora - quase nada comparado ao Learjet 60. Suas turbinas (duas) queimam 825 litros de querosene por hora. Helicópteros não ficam atrás. Um Robinson 44 (motor a pistão) queima 55 litros por hora; um Bell 206 em média 180 litros de querosene. Manutenção de avião é bem diferente de carro, não dá para amarrar com arame e postergar a revisão. Chegou a determinado número de horas é preciso a revisão, não importa o estado da peça. Não existe a história que

a vela do motor a pistão pode ser usada mais um pouco - é preciso trocar. Pilotos também não ganham mal. Dependendo do avião em que voam e para qual empresa, chegam a ganhar salários invejáveis. A estrutura do aeroporto também não é barata. Não há lugar para amadores - todos são profissionais, desde o sujeito que reboca aviões com trator até o que lava os aviões. Num cenário onde tudo é pessimismo, alguma coisa se salva. O aeroporto de Jundiaí, por exemplo, que tem 400 aviões em seus hangares e pode receber mais, se precisar. E por fim, com a privatização do aeroporto, a previsão é que esse movimento seja ainda maior. O céu está mesmo para brigadeiro.

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Feiccad terá mais de 80 empresas expositoras Feira chega a 12ª edição e será aberta no dia 23.

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undiaí sedia, de 23 a 26 de julho, a 12ª Feiccad – Feira do Imóvel, Construção, Condomínios, Arquitetura e Decoração. O evento será no Maxi Shopping e já tem confirmadas as presenças de mais de 80 empresas de Jundiaí e Região. Adelson Lopes, idealizador e organizador do evento, conta como nasceu a ideia. “Em 2003, quando viemos para Jundiaí para fazer uma feira de noivas, sentimos o potencial desse mercado e resolvemos estuda-lo”. Adelson já estava ligado ao segmento – fez parte do Secovi e do Sinduscon. Feita a primeira, a feira não parou de crescer. “É uma feira que reúne todos os segmentos da área da construção civil e do mercado imobiliário – explica Adelson. Temos construtoras, empresas de segurança, de decoração, de limpeza, de administração de condomínios, o que representa oportunidade para todos”. O “para todos” a que se refere Adelson não é somente para as empresas. “Há, em nosso público, pessoas que têm um terreno, querem construir, e procuram um engenheiro. Há aquelas que estão para receber o apartamento já comprado, e estão em busca de decoração. E há

aquelas que dispõem de algum dinheiro para investir e buscam oportunidades”. Para esse público com dinheiro para investir haverá uma espécie de feira dentro da própria feira, montada pela Proempi, onde construtoras e incorporadoras oferecerão imóveis a preços de ocasião, novos e usados. “Temos, neste ano, três grandes atrações, além das palestras no auditório – explica Adelson. A exposição dos arquitetos é uma delas, a feira de imóveis prontos é outra, o tradicional encontro de síndicos e ainda um meeting de negócios promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí, a ACE”. Para ingressar na feira, o visitante deverá fazer um cadastro online (www.feiccad. com.br) ou na hora. Não há qualquer tipo de cobrança. O visitante poderá ainda, nesse cadastro, especificar as áreas de seu interesse. A abertura da Feiccad será às três da tarde da quinta (23). Nesse dia a Feiccad funciona até às dez da noite – o mesmo horário se repete na sexta (24). No sábado (25), abre ao meio dia e fecha às dez da noite. No domingo (26), último dia, abre ao meio dia e fecha às oito.

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PERIGO. Segundo estatística divulgada pela Secretaria de Transportes de Jundiaí, a avenida Antônio Frederico Ozanam (marginal do Rio Jundiaí) é a mais perigosa da cidade, com maior número de acidentes. Sem segundo ficou a rodovia Geraldo Dias. A Nove de Julho está em terceiro lugar.

CURSO. Até 14 de julho estão abertas inscrições para o Curso Técnico de Comércio, oferecido pelo Instituto Federal de Jundiaí. Aulas serão à noite, de segunda à sexta, e as inscrições são gratuitas.

Adelson Lopes, idealizador da feira | FOTO JN

Procon nos Bairros completa seis meses O serviço itinerante do Procon em Jundiaí, o Procon nos Bairros, vem se tornando cada vez mais presente na vida do consumidor jundiaiense. Desde janeiro, mês em que o programa foi iniciado, a demanda pelo serviço é crescente. Até agora, já foram 1.400 atendimentos em 22 bairros da cidade. O objetivo é aproximar o serviço dos consumidores, além de oferecer mais versatilidade. ”O balanço é positivo. Cumprimos com a missão de fazer o Procon chegar mais perto do consumidor”, resume o coordenador do Procon Jundiaí, Adilton Garcia. Segundo ele, as principais queixas da população são relacionadas a empresas de telefonia, banco, produtos e serviços. “O interessante é que, além de reclamações, os consumidores nos procuram para

conhecer nosso trabalho e elogiar pela versatilidade”, afirma Adilton. Para recorrer ao serviço e registrar reclamações, o consumidor deve levar os documentos pessoais, além do comprovante da transação comercial ou contratação de serviços. Também pode tirar dúvidas e ser orientados sobre seus direitos. A unidade móvel do Procon fica estacionada durante três dias da semana em cada bairro, funcionando das 8h30 às 16h. Neste mês, o Procon estará no Jardim Tulipas, na avenida Adelino Martins, até o dia 3. De 15 a 17, no Jardim São Camilo, em frente à UBS, na rua Pedro Ravanhani. De 22 a 24, na Vila Arens, na avenida Olavo Guimarães, e de 29 a 31 no Residencial Jundiaí, em frente a UPA, na avenida Presbítero Manoel Antônio Dias Filho.

FÉRIAS. A Biblioteca Pública Municipal de Jundiaí tem programação especial para as férias de julho, que começaram no dia 1º. Brincadeiras, exposições e palestras estão no programa.

PEDAGOGIA. Agentes de Desenvolvimento Infantil podem se inscrever para o curso de Pedagogia da Secretaria de Educação de Jundiaí de 13 a 22 de julho. Atendimento será no Núcleo Administrativo de Creches, na Argos, de segunda a sexta. AUMENTO. A Aneel aprovou aumento médio de 15,23% nas tarifas da Eletropaulo. Aumento entra em vigor no sábado (4). Explicando: para as indústrias, aumento de pouco mais de 11%. Para residências, 17%.

CADEIA. O ex-presidente da CBF José Maria Marin já gastou quase dois milhões de reais para evitar sua ida a uma cadeia dos Estados Unidos. Advogados estão comemorando o Natal antecipado de Marin.


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Bombeiros de Jundiaí têm novo caminhão Novo caminhão é completo e vai ajudar em toda região. Bombeiro de Jundiaí homenageado em São Paulo

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frota do 19° Grupamento de Bombeiros de Jundiaí já conta com o reforço de um Auto Tanque (AT), modelo Attack. A viatura foi apresentada no Paço Municipal na última segunda-feira (29). O prefeito Pedro Bigardi conheceu todo o sistema de funcionamento, próprio para o transporte de água e que conta com equipamentos de salvamento, remoção de materiais e veículos e é apropriado para o combate a incêndios. “É uma conquista importantíssima para a cidade e região, principalmente pelo fato de o Corpo de Bombeiros contar com um equipamento de última geração para desenvolver o trabalho em benefício da população”, exalta o prefeito. Bigardi lembrou ainda que sempre esteve à frente de iniciativas para conseguir verbas junto ao Estado para que as corporações fossem equipadas. “Isso desde os tempos de deputado. É um privilégio estarmos entre as cidades que receberam uma viatura desse porte”, destaca. O veículo foi montado sobre o chassi Iveco Tector, com câmbio automático e tanque com capacidade para 5 mil litros de água. A viatura conta também com bomba de incêndio importada com vazão de 750 GPM (litros por minuto), carretel de mangotinho, canhão monitor, guincho elétrico, portas laterais tipo persiana e vários outros acessórios capazes de melhorar as operações. O AT também dispõe de regulador de emissão de gases poluentes. A entrega oficial do novo Auto Tanque para o Corpo de Bombeiros de Jundiaí ocorreu

Bombeiros explicam a Bigardi funcionamento do novo caminhão | DIVULGAÇÃO PMJ

domingo (28), no Museu do Ipiranga, em São Paulo, durante cerimônia alusiva ao Dia do Bombeiro, comemorado na quinta-feira (2). A solenidade teve a presença de autoridades políticas e oficiais e público estimado em 10 mil pessoas. “É um caminhão de última geração, adaptado com equipamentos que nos dará mais agilidade e eficiência no trabalho do dia a dia”, explica o capitão Éric Vilas Boas. O major Eduardo Tavares, subcomandante do 19º Grupamento de Bombeiros de Jundiaí, foi homenageado no domingo (28), durante a cerimônia comemorativa ao Dia do Bombeiro, em São Paulo. O oficial recebeu a medalha Centenário do Corpo de Bombeiros. Com 28 anos de serviços prestados à corporação, Tavares recebeu elogios do novo tenente-coronel da Grupamento de Jundiaí, Erivelton Carlos de Oliveira, que chegou à cidade na quinta-feira (25). “É uma medalha difícil de ser conquistada, porque depende da avaliação dos serviços prestados. O Tavares ganhou com muito mérito” diz. “Fiquei muito contente com este reconhecimento. Sempre procurei fazer meu trabalho com empenho e seriedade”, comenta o Major Eduardo Tavares.

Alexandre e Bigardi tratam de ações O deputado estadual Alexandre Pereira foi recebido pelo prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi (PC do B), em seu gabinete na prefeitura. Esta foi a primeira visita oficial do parlamentar ao chefe do Executivo municipal. Durante o encontro, conversaram sobre a conjuntura política e a possibilidade de o deputado encaminhar para a o município emendas parlamentares. “Existem muitas maneiras de apoiarmos as ações que são feitas em nossa cidade. Um delas é através das emendas. Vamos fazer um levantamento das prioridades e dentro do que for possível vou colaborar”, antecipou Alexandre Pereira. O deputado destacou, ainda, que este encontro é mais um dos vários outros que pretende manter

Bigardi e Alexandre | AI

com prefeitos da região. “Represento Jundiaí e a região na Assembleia Legislativa e por isso quero estar em constante contato com os prefeitos para colaborar em suas necessidades”, analisou. Segundo Alexandre Pereira, esta é uma das principais atividades do deputado. “Meu mandato está à disposição das cidades e vou trabalhar para aproximar os governos muni-

cipais do estadual, fortalecendo essa relação e ajudando na busca da solução dos seus problemas”. Quanto à conjuntura política, o deputado destacou que, “tanto para Jundiaí quanto para região, o importante é que novas lideranças estão surgindo, e que isso oxigena o ambiente político regional”, resumiu.



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Segurança de Jundiaí é referência em rede nacional Sistema de monitoramento por câmeras, instalado na cidade, foi elogiado no “Bom Dia Brasil” da Globo

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modelo de segurança por sistema de monitoramento adotado pela Guarda Municipal de Jundiaí ganhou projeção nacional e o título de referência no Brasil no Jornal “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, na última segunda-feira (29). A reportagem destacou o trabalho integrado que envolve a cidade e outros dez municípios da região por meio das câmeras que monitoram e fazem a leitura das placas de veículos roubados ou furtados, o que cria uma espécie de “cerca virtual” contra a criminalidade.

Big Brother Sistema identifica placas e emite alerta em caso de queixa de furto ou roubo Texto e imagens ressaltaram o trabalho das câmeras instaladas em pontos estratégicos de Jundiaí e nas cidades do “cinturão digital”, que juntas são responsáveis por tirar pelo menos 5 milhões de fotos diariamente, o que permite traçar o caminho percorrido pelo veículo suspeito, saber de onde veio e quanto tempo permaneceu na cidade. “O trabalho integrado entre as principais forças da segurança da cidade e do Estado tem a tecnologia de ponta como aliada. Isso é um grande passo para que a comunidade possa se sentir mais segura. Nosso objetivo é diminuir cada vez mais os índices de violência em Jundiaí”, afirma o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), José Carlos Pires. O programa, que passou a operar com força

total em 2013, é apontado como responsável por esclarecer mais da metade dos casos de furtos e roubos em Jundiaí. Batizado como “big brother”, uma alusão ao reality da própria emissora, o modelo conta com equipamentos de última geração. Caso um veículo furtado em Jundiaí ou em outro município da “cerca virtual” entre na cidade e tenha a placa flagrada pela câmera, imediatamente o alarme instalado na base da Guarda Municipal é acionado. Isso permite uma resposta rápida em busca aos suspeitos. “Este trabalho tem como meta a prevenção e o combate da violência e da criminalidade dentro da política adotada pelo governo do prefeito Pedro Bigardi”, diz o comandante da Guarda Municipal, delegado José Roberto Ferraz. Ferraz lembra que com essa tecnologia é possível desenvolver um mapa com os números da criminalidade. “Sabemos, por exemplo, o horário de maior incidência de furtos e roubos de veículos na cidade, das 8h às 11h”, comenta. O trabalho integrado por meio de câmeras desenvolvido pelas cidades também permite à GM a obter dados sobre quais os pontos do município com maior índice de furtos e roubos, o bairro e até a rua. “Este tipo de tecnologia nos permite cruzar e compartilhar informações para que seja elaborado uma ação integrada para coibir a criminalidade. Na área central de Jundiaí, por exemplo, o número de furtos e roubos foi reduzido em 23%. Em outras regiões, as estatísticas também apontam a redução da criminalidade”, comemora.

Monitoramento por câmeras na sede da Guarda Municipal | FOTO PMJ

Serra do Japi também tem câmeras A Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e a Guarda Municipal, por meio da Divisão Florestal, instalaram as primeiras câmeras do novo Programa de Monitoramento da Fauna Silvestre, na última sexta (26), na Serra do Japi. Também chamadas de “armadilhas fotográficas”, possuem visão noturna e sensor de movimentos e devem aumentar os dados disponíveis para os cuidados necessários nas políticas públicas de proteção do meio ambiente. “São cinco câmeras nessa etapa inicial, voltadas principalmente para animais como onças pintadas ou preguiças. Mas devem gerar novos tipos de atuação nessa relação entre conhecimento e ações práticas”, afirma Daniela da Câmara Sutti,

secretária do Planejamento. De acordo com o assessor técnico e biólogo Jairo de Cássio Pereira, do Departamento de Meio Ambiente da secretaria, a fase inicial vai permitir a calibração dos equipamentos sobre disposição, distância de quebra de luz, duração de baterias e sensibilidade de captura de imagens em um período de 30 dias. Entre os casos de referência de armadilhas fotográficas usadas para o serviço, estão um estudo de 52 mil imagens feito pela organização Conservation International, apontando para a redução da diversidade de mamíferos no mundo pela perda de habitats, as novas descobertas sobre o tatu canastra pantaneiro divulgadas pela National Geographic Brasil e a reabilitação da onça parda chamada de Anhanguera na região da serra pela Associa-

ção Mata Ciliar. “É um novo mecanismo de apoio ao trabalho ambiental e pode colaborar muito em diversas áreas, que serão visualizadas com o próprio uso cotidiano”, afirma a também bióloga da SMPMA, Luciana Maretti, coautora do projeto. No futuro, o uso do equipamento também pode ser feito desde o maior conhecimento sobre hábitos das espécies da serra, a dinâmica da floresta e registros concretos para uso da educação ambiental até o uso em outras áreas do município – como fragmentos ambientais isolados, apoio sobre fauna urbana em laudos técnicos e principalmente indícios de presença de espécies ameaçadas de extinção.


GERAL

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Rota resolve arrumar estrada durante a semana O resultado é o conhecido. Congestionamentos em todos os lugares. Dessa vez, são vários trechos

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concessionária Rota das Bandeiras é perita em formar congestionamentos. Quando colocou grades no canteiro central da rodovia João Cereser (que liga o trevo de Itu à estrada de Itatiba), criou um pandemônio com suas interdições de pista. Nesta semana, a Rota das Bandeiras resolveu arrumar mais suas estradas – bem esburacadas e mal conservadas, por sinal. Na semana passada, já havia criado outra confusão na rodovia Romildo Prado, que liga a Anhanguera a Louveira. Fez uma interdição e tanto – e desnecessária, em frente à Câmara Municipal, para repintar a faixa que divide as pistas. O serviço, a passo de tartaruga, causou transtornos. Agora está mexendo na rodovia Constâncio Cintra (estrada de Itatiba), de novo na Romildo Prado, em trechos diversos. Vai deixar o asfalto novo, garante. Até sexta-feira a Rota das Bandeiras pretende colocar barreiras no km 13, em Itatiba. Isso fora a colocação de defensas na estrada de Itatiba, no trecho de Jundiaí. Diferente da Autoban, a Rota das Bandeiras faz as obras durante a semana, quando é maior o movimento de carros (e a pressa dos motoristas também). A Autoban, nesse ponto, tem mais juízo – faz obras pontuais nos fins de semana e durante a noite. Atrapalha menos. A Rota das Bandeiras fala em recuperar o asfalto para dar mais conforto e segurança ao motorista. É o mínimo que uma concessionária de estrada pode oferecer. Mínimo. Mas não é o que acontece no trecho da João Cereser, a partir do viaduto do Complexo Xisto Cereser, sobre a Anhanguera. Há afundamentos na pista no sentido Itatiba/Caxambu, além dos costumeiros buracos, cuja culpada, a chuva,

desapareceu. Antes, no trecho, a velocidade era limitada a 60 quilômetros por hora por causa da travessia de pedestres. Agora, que há uma passarela de pedestres e grades no canteiro central, essa limitação é inútil. A Rota das Bandeiras também demorou para tirar as duas lombadas que havia no trecho. Lombadas são eufemismo – eram verdadeiras muralhas, que obrigavam os motoristas a parar, provocando novos congestionamentos. E, às vezes, pequenos acidentes.

Obras durante o dia provocam problemas a motoristas | ARQUIVO

Pedágio está mais caro desde o dia 1º Até que demorou esse aumento. Desde o dia 1º os pedágios estão mais caros em todo o Estado de São Paulo. Dependendo da estrada e do trecho, o aumento. Na região fica em 4,11%. E isso inclui as concessionários e estradas: Autoban (Anhanguera-Bandeirantes), Tebe (SP-326, SP-351, SP-323), Vianorte (SP-325, Anel Viário de Ribeirão Preto), Intervias (Laércio Côrte), Centrovias (Washington Luís), Triângulo do Sol (SP-333, SP-310 e SP326), Autovias (Antônio Machado Sant’Anna), Renovias (SP-215, SP-340), ViaOeste (Castelo Branco), Colinas (SP-075 e SP127), SPVias (Francisco Alves Negrão) e Ecovias (Anchieta/ Imigrantes). No Sistema Anchieta/ Imigrantes, o mais caro do país, o valor passa de R$ 22 para R$ 22,90 reais. E isso vale para carros de

passeio, ônibus e caminhões. No ano passado, o reajuste autorizado havia sido de 5,29%, e acumulado desde 2013 é de 11,09%. O total de estradas operado pelas empresas concessionárias é de 6.500 quilômetros no estado. Praticamente todas as rodovias importantes de São Paulo têm pedágios, a maioria nos dois sentidos. São 143 praças de cobrança, infestadas de cabines e cancelas.

Família Gastaldo homenageada

Marcelo em homenagem | FACEBOOK

Na semana passada, três famílias originárias da Itália foram homenageadas pelo Circolo Italiano. A família Gastaldo, cujo expoente é o atual presidente da Câmara, vereador Marcelo Gastaldo, recebeu a honraria juntamente com as famílias Accieri e Montanher. A homenagem do Circolo Italiano é tradicional, e é um reconhecimento ao esforço dos imigrantes que vieram

da Itália no final do século 19, e se fixaram no Brasil. Jundiaí foi um dos polos da imigração, com a formação da colônia dos italianos, hoje bairro da Colônia. Marcelo Gastaldo, que é engenheiro civil, exerce a função de vereador há várias legislaturas, e atualmente preside a casa. Antes de ser vereador passou pela Fumas e pela assessoria do então deputado Ary Fossen.


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GERAL

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Seis se tornam réus no processo do cartel do Metrô

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eis executivos de empresas envolvidas no cartel do metrô de São Paulo se tornaram réus na Justiça do estado. São eles Telmo Giolito Porto, da empresa Tejofran; Adagir Abreu, da empresa MPE; Cesar Ponce de Leon, da empresa Alstom, além de três executivos da empresa Temoinsa: Wilson Daré, Maurício Memória e David Lopes. A denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MP-SP), em maio deste ano, argumenta que o crime de cartel ocorreu durante a reforma das Linhas 1 (Azul) e 3 (Verde) do Metrô de São Paulo e a modernização de 98 trens dessas linhas. As práticas anti-concorrenciais nos procedimentos licitatórios ocorreram no governo de José Serra (PSDB), entre 2008 e 2009. Segundo a denúncia, as empresas fizeram acerto para evitar a concorrência na licitação por meio de consórcios, sempre com divisões pré-determinadas dos objetos dos contratos. O valor total dos contratos, nesse período de dois anos chegou a R$ 1,75 bilhão. O MP pediu a prisão preventiva de César Ponce de Leon, negada pela Justiça. O requerimento do MP solicitava comunicação à Polícia Federal e à Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal. Segundo a promotoria de Justiça, o executivo é estrangeiro e não foi localizado para ser ouvido nas investigações uma vez que moraria no exterior. Por estar fora do país, César poderia escapar de responder ao processo criminal.

“O fato de ser o réu estrangeiro e morar no exterior, por si só, não traz a presunção absoluta de que pretenda frustrar a aplicação da lei penal ou atrapalhar o trâmite processual através de eventual fuga”, diz a decisão da juíza Cynthia Maria Sabino. O MP-SP chegou a denunciar à Justiça, no mês passado, 11 executivos de empresas do setor ferroviário e um funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por formação de cartel em contratos firmados em 2007 e 2008. As empresas teriam dividido entre si três contratos administrativos, combinando as propostas a serem apresentadas nas licitações. Em nota, o grupo Tejofran informou que jamais participou de qualquer tipo de cartel e que defende a lisura da atuação de seus funcionários, que seguem rigorosos mecanismos de controle. “O grupo esclarece ainda que, em relação aos contratos citados, tentou participar de três processos, mas foi desqualificado de todos eles, mesmo recorrendo nas esferas administrativa e judicial. Obteve contrato somente do edital que foi desmembrado pelo Metrô. Mensagens citadas no inquérito tratam de tentativas da formação de um consórcio que nem mesmo se efetivou”, diz a nota. A Tejofran está presente em Jundiaí há muitos anos, fazendo a coleta de lixo. Também é uma das empresas associadas da CSJ - Companhia de Saneamento de Jundiaí. No caso do lixo, usa uma subsidiária, a Trail.

Prejuízo, segundo Ministério Público, é enorme. Contratos foram de R$ 1,75 bilhão

Cartel teria superfaturado as obras | ARQUIVO

Gerson cobra promessas de Alckmin As promessas não cumpridas, feitas pelo governador Geraldo Alckmin, foram novamente cobradas pelo vereador Gerson Sartori durante a semana. Ele lembrou que elas foram assinadas, mas que o Estado ainda não mexeu um dedo para colocá-las em prática. “O governador prometeu e assinou a instalação de 90 câmeras de segurança para Jundiaí e cidades da região, diz ele. E onde estão as câmeras? Não saíram do papel, da promessa. Alças de acesso foram prometidas, a prefeitura fez sua parte, desapropriando áreas e fazendo asfalto na marginal do Córrego da Valquíria, e o Estado? Não mexeu uma palha”. Gerson lembra ainda a situação das estradas vi-

Gerson Sartori | ARQUIVO

cinais, cuja responsabilidade é do Estado. “Temo até que a prefeitura, que socorre os agricultores conservando as vicinais, venha a ter problemas com o Tribunal de Contas - diz ele. O prefeito Pedro Bigardi vem fazendo sua parte, executando obras, agora precisamos do Estado. Com a Câmara entrando em recesso de 15 dias a partir da metade do mês, Gerson promete mais cobranças para o

segundo semestre. “Não dá para acreditar em tanta incoerência, finaliza Gerson. O Hospital São Vicente lotado, os funcionários fazendo o que podem para atender a demanda, e bem em frente um hospital, que é do Estado, com folga, sobrando vaga e sobrando médico”.



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CIDADES

2 a 8 de julho de 2015

Com obras, Itupeva vive transformação e se projeta Na cidade toda há obras em andamento, e Itupeva se projeta como uma das mais dinâmicas da região

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Academia ao ar livre é instalada em praça | PMI

Alunos visitam mananciais de Louveira Alunos da rede municipal de ensino de Louveira visitaram, entre os dias 2 de abril e 24 de junho, os mananciais do município. Agentes da Secretaria de Gestão Ambiental em parceria com a Secretaria de Educação acompanharam de perto a visita detalhando as informações em sala de aula, como diversidades encontradas na região de mananciais. Também foi analisada a grande variedade de animais e plantas existentes nestas áreas. Cerca de 560 alunos participaram da ação, junto com os professores João Vitor Santana Sauer Bronn estudante de Biologia, Bruno Angelo Pracidelli estudante de engenharia Ambiental com supervisão de Pâmela Cristina da Silva Melo, analista ambiental no município de Louveira.

Inscrição e renovação do Auxílio Transporte A Prefeitura de Itatiba abre na primeira semana de agosto o prazo para que os beneficiados do auxílio transporte universitário comprovem sua rematrícula no 2° semestre de 2015 e a partir da segunda semana de agosto para os novos alunos que estão iniciando cursos fora da cidade. O prazo para entrega dos documentos para renovação do benefício é de 3 a 7 de agosto; e o prazo para entrega dos documentos para realização de novas inscrições é de 10 a 14 de agosto. O auxílio transporte universitário é oferecido pela Prefeitura a estudantes que comprovem a rematrícula e para iniciantes em cursos não oferecidos nas instituições de Ensi-

no Superior ou Técnico da cidade. Desde a implantação do benefício, em 2010, cerca de 3 mil estudantes já foram atendidos. “Com o auxílio transporte, a Prefeitura busca apoiar aqueles que procuram nos estudos uma forma de crescer profissionalmente e garantir o seu futuro profissional”, comenta o prefeito João Fattori. O auxílio varia entre R$ 60 e R$ 240, conforme a distância entre Itatiba e o local do curso e referente também ao valor pago pelo estudante à empresa de transportes. Os estudantes atendidos pelo benefício recebem a contribuição municipal em sua conta corrente no início de cada mês.

e alguém saiu de Itupeva há dez anos e voltasse hoje se espantaria com o que vai ver. Nos últimos anos a cidade está se modificando. E essas mudanças tiveram enorme impulso desde que Ricardo Bocalon assumiu a prefeitura, em 2013. Parte das obras programadas já foi entregue, outras está em fase final. Bocalon destaca as obras que a prefeitura realizou nesses dois anos e meio, e que estão mudando a cara de nossa cidade. “Inauguramos a creche do Rio das Pedras e, com isso, já duplicamos as vagas nas creches; entregamos a 1ª fase da Emílio Checchinato, pavimentamos a Arthur Sandaniel e inauguramos o Anel Viário que liga o bairro Santo Antônio ao Jardim Brasil, com quase 4 quilômetros de pavimentação. Bocalon cita ainda o Pronto Socorro Infantil, a iluminação e todas as benfeitorias no Parque da Cidade, a instalação do Fórum, marcando a independência jurídica da cidade e o Abrigo Municipal. Nos próximos meses, a prefeitura tem programadas outras inaugurações, que são: Ponte da Chave, onde Bocalon assumiu a responsabilidade e a reforma da ponte que liga o bairro da Chave com o jardim Novo Horizonte, em Jundiaí. A ponte recebeu reforço na estrutura, todo o trecho foi pavimentado, garantindo a passagem de dois carros simultaneamente. A segurança dos pedestres também foi aprimorada com uma passagem exclusiva. O trânsito já está liberado e a nova Ponte da Chave, toda reformada, pavimentada e segura, será inaugurada por Bocalon no dia 8 de julho (quarta-feira) às 10 horas. Academia ao ar livre Ana Luíza e Guacuri - Os bairros Ana Luíza e Guacuri ganha-

rão academias ao ar livre. A academia do Ana Luíza já está em plena atividade. Já a do Guacuri o local está sendo adequado para receber os aparelhos. Reforma e ampliação nas UBS Santa Fé e Guacuri - As unidades estão passando por reforma e ampliação. Elas contarão com novas salas para espera, de reunião, banheiros acessíveis, fraldário, área de serviço, cozinha, vestiários, salas para expurgo e esterilização. As obras estão na fase final. Início da 2ª fase da Emílio Checchinato - Com a conclusão da 1ª fase da Emílio Checchinato, o segundo trecho, que passa pelo Parque da Cidade, já foi iniciado para continuar a modernização dessa avenida. Com R$ 10 milhões de investimento, o projeto conta com instalação de completo sistema de drenagem (que não existia), nova pavimentação, novas calçadas, completa sinalização e uma ciclo faixa. Início das Obras das 1.000 Habitações Populares - Começa em Itupeva o maior plano de habitações populares que a cidade já viu. As obras já foram iniciadas. Ao todo são 1.000 unidades. Novas Creches - A Prefeitura vai inaugurar mais duas creches esse ano. A da região do Jardim Guiomar já está quase pronta para ser entregue à população. Na região Central a Prefeitura vai inaugurar a creche Guanabara. Complexo Esportivo Dorival Raymundo - Será um centro de atividades esportivas para os atletas da cidade. O novo ginásio terá nova e ampliada entrada, nova quadra apta para receber competições oficiais, sala de troféus, área de alimentação, além de banheiros, vestiários e setor administrativo totalmente reformados.


cidades

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Zé Roberto corta 30% do gasto em Campo Limpo O

Zé Roberto: corte de 30% no gasto | ARQUIVO

prefeito de Campo Limpo, José Roberto de Assis, assinou decreto na última sexta (26), mandando que todas as secretarias façam corte de 30% em seus gastos. A medida é preventiva, antes que a falta de dinheiro comprometa o trabalho da prefeitura. “Em junho, nosso repasse foi menor em R$ 700 mil dos governos do Estado e da União. Melhor agir rapidamente para conseguirmos equilíbrio nas contas”, afirma Zé. O decreto manda que secretários e diretores de departamentos revejam suas metas para fazer os cortes. Mas há escapatórias. Contratos já feitos continuam valendo, mas deverão

ser renegociadas. Concorrências em andamento vão ser avaliadas com lupa. Mas Zé Roberto sabe que terá dificuldades para cumprir a própria meta. “Veja o caso da Saúde, por exemplo – explica ele. Se recebermos uma ordem judicial para compra de medicamentos, somos obrigados a cumprir”. Mas onde dá, corta. Aluguel de imóveis, veículos e máquinas está suspenso temporariamente. Nomear funcionários em comissão ou atribuir função gratificada, nem pensar. Contratação de novos estagiários, idem – só renovação de contrato. E nada de hora extra, diária ou licença-prêmio.

No mesmo decreto, Zé Roberto proíbe que os carros oficiais sejam usados nos fins de semana, feriados e durante a semana, depois das seis da tarde. Só as exceções, como carros para transportar doentes, rondas da Guarda Municipal, da Defesa Civil, do Conselho Tutelar e do pessoal de manutenção de iluminação pública. Se o prefeito surpreendeu ao suspender o Carnaval oficial neste ano, o decreto de agora é mais abrangente. Proíbe qualquer festinha que dê gasto, e até a tradicional ajuda da prefeitura em eventos organizados por instituições- só podem aquelas que haviam combinado antes de sexta passada.


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CIDADES

2 a 8 de julho de 2015

Com programa, Cabreúva incentiva amamentação Projeto, parceria entre Santa Casa e Saúde, orienta e esclarece parturientes sobre a importância da amamentação

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Santa Casa de Cabreúva iniciou neste mês trabalho de humanização do parto natural com a inauguração do ‘Quarto Semente’ que ganha agora mais um parceiro: o projeto ‘Mamãe eu Quero’ de incentivo à amamentação. O trabalho é dirigido pela fonoaudióloga Ângela Cardinalli. Ângela faz parte da equipe do Centro de Reabilitação da secretaria de Saúde e visita as novas mamães da Santa Casa três vezes na semana. Em cada visita, ela conversa, explica o processo de amamentação, tira dúvidas, dá dicas e ensina a posição e a pega correta na hora do bebê mamar. “O Mamãe eu Quero é um projeto em parceria entre Santa Casa e Saúde de incentivo à amamentação, com acompanhamento profissional, que

Pegada Projeto ensina posição e pegada corretas. Bebê mama à vontade orienta e ajuda as mães a não deixarem de amamentar”, explica o responsável técnico pela Santa Casa, Eduardo de Paula Leite. Na semana passada, Ângela visitou Priscila. Mãe de primeira viagem, Priscila teve seu bebê, o Gabriel, na terçafeira (23). Ela relata que seu mamilo rachou e que sente um pouco de dor ao amamentar. Ângela explica que o próprio leite e banho de sol e a forma correta da pega pede para que Priscila coloque o bebê para mamar e, de uma forma descontraída, a ensina

qual a melhor posição para que Gabriel consiga fazer uma boa pega. “É importante a posição correta e a pegada correta. A barriga do bebê deve estar encostada na barriga da mãe. A boquinha não deve pegar só o bico, mas também uma boa parte da aréola. Nessa fase o bebê deve ser amamentado em livre demanda”, explica Ângela. A fonoaudióloga também esclarece que o leite materno não precisa de nenhum complemento. Sozinho ele alimenta e nutre a criança até os 6 meses de idade. “É importante que o bebê mame em livre demanda. Nos primeiros minutos o leite mata a sede da criança, e em seguida vem o leite com mais gordura, que ajuda a criança a ganhar peso”, explica.

Marcenaria: mão-de-obra especializada

Jarinu ensina a lidar com a banana

Bancos, penteadeiras, poltronas, mesas e muitos outros móveis de qualidade já estão sendo produzidos pelos alunos do curso de Marcenaria do Fundo Social de Solidariedade. Esse ramo de atividade vem ganhando espaço no mercado, pois hoje em dia as famílias estão optando pelos móveis planejados. As aulas acontecem no Jardim Marchetti todas as terças e quintas-feiras, dentro de uma marcenaria profissional e já estão trazendo resultados positivos para a comunidade. Sob orientação do monitor Emerson Vieira Toledo, responsável pela marcenaria onde acontecem as aulas, os alunos começaram a montar bancos para a Emei Dom Bosco, no Jardim Marchetti e que atende 214 alunos

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, em parceria com a prefeitura de Jarinu, promoveu no último final de semana mais um curso destinado aos produtores rurais. Dessa vez os agricultores aprenderam sobre Processamento Artesanal de Banana. Nilde Ferrara, coordenadora dos cursos do Senar pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, destacou a importância dos cursos oferecidos pela pasta. “Os cursos são de extrema importância, principalmente para os agricultores e familiares e possuem vagas limitadas”, enfatizou. Ainda de acordo com

de Educação Infantil. Como explica a diretora Patrícia Colonna Cruz, a escola conseguiu a doação do material e os alunos do Curso de Marcenaria estão fazendo os banquinhos, que serão utilizados pelos estudantes. Jeferson Ferroboli, de 44 anos, morador do Botujuru, conta que o avô era marceneiro e sempre quis aprender esse ofício. “Tenho certeza de que este curso vai trazer coisas boas, vai abrir

as portas para novos serviços. Mas é preciso força de vontade e aproveitar a oportunidade”, diz ele. Fábio Gimenez, de 34 anos e morador do Jardim Laura, disse que está desempregado e aproveita esse período para estudar e aprender uma nova profissão. “Esse curso é o pontapé inicial para o meu sonho de ter o meu próprio negócio. Até já comecei a mexer em algumas coisas em casa mesmo. Estou animado”, afirma.

a coordenadora o curso trouxe novas técnicas a fim de melhor aproveitar os recursos oferecidos pela banana, além de aprimorar suas receitas. As atividades, divididas em dois dias, contou com preparo de subprodutos de banana como banana passa, farinha de banana e banana chips, e outra parte voltada para o processamento das receitas de bananada, bananada de corte, bala de banana, docinho de banana, bananas carameladas, à milanesa, bolo rápido, torta de banana, torta seca, mousse, pudim, banana ao forno, ao molho branco, risoto, farofa, arroz com banana e queijo, além de outros derivados.



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VARIEDADES

2 a 8 de julho de 2015

Em livro, Umberto Eco explica a difamação

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escritor Umberto Eco é um notável. Dono de boas histórias, sabe como poucos dissecar os ambientes. Em “Número Zero”, seu mais recente, mostra como é feita a difamação, a partir de uma redação de jornal. É uma história baseada em fatos quase reais, mas que tem muito a ver com o Brasil. Explicando: a Operação Mãos Limpas, na Itália, começou quando um candidato à prefeitura de Milão exigiu pagamento de propina. Ele foi parar na cadeia, e de lá denunciou alguns, que denunciaram outros, mais outros, mais outros - no total, foram emitidas 2.993 ordens de prisão. A Operação Mãos Limpas é a inspiração do juiz Sergio

Moro, que deflagrou a Lava Jato. Mas o centro da história está num suposto jornal, o “Amanhã”, produzido por um jornalista (Coronna) que só faz o piloto, mas que tem um chefe (Simei) que quer maldades. Quem está por trás de tudo é outra pessoa, que quer fazer chegar aos inimigos o conteúdo do que o jornal está produzindo. No lançamento, na Itália, Eco fez questão de dizer que era só parte da imprensa, uma “máquina de fazer lama”. A “máquina” do livro funciona assim: os repórteres saem às ruas para buscar alguma história que deponha contra alguém. As orientações são sempre insinuar e se preparar para o desmentido. Os desmentidos devem ser publicados com respostas

que, também por meio de insinuações, tirem o crédito e a moral de quem quer que seja que tente desmentir o periódico. “Um jornal não é feito por notícias, um jornal faz notícias”, ensina Simei à sua equipe, que, com exceção de Coronna, não imagina estar trabalhando em um noticiário que nunca será publicado. Umberto Eco é um mestre em mostrar histórias. Em “O nome da rosa”, expôs o que era de fato a vida num convento de monges, as artimanhas de conseguir o que queriam, e os segredos contidos em parte de seus livros - sempre com mortes misteriosas. Ao mostrar um jornal que só produzia lama, Eco não fica tão distante da realidade de alguns atuais.

Umberto Eco | ARQUIVO


VARIEDADES

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No show de Fafá, diretor é da moda Ela dirige o São Paulo Fashion Week e fará de tudo no show Fafá 4.0, que estréia em agosto

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em parece, mas há 40 anos Fafá de Belém começou aparecer na televisão. Além de ser alegre - tem um sorriso sempre pronto - cantar bem e assumir sua condição de cheinha, seus seios volumosos a tornaram mais conhecida ainda. Tanto que, quando a Volkswagen reestilizou o fusca, dando-lhe lanternas maiores, o modelo ficou conhecido como Fusca Fafá. Agora que Fafá está completando 40 anos de carreira, Paulo Borges, que é diretor do São Paulo Fashion Week, está dando formato final ao show que celebra o marco. Além disso, ele próprio vai dirigir o show, com estréia marcada para 12 de agosto na Capital. A coisa não fica por aí. Caberá a Paulo conceber um novo DVD, um documentário e um livro sobre Fafá. “Resgataremos suas raízes e traremos uma nova Fafá, autêntica, fresca e mais moderna, olhando para o futuro”, diz Paulo, que não é tão inexperiente na área - também está a frente dos shows de Carlinhos Brown. Que se acalmem

os nacionalistas. No show, Fafá não vai cantar o hino nacional, como fazia durante a campanha “Diretas Já”, nos anos 1980. Nem vai tocar em assuntos mais delicados, como política ou religião. Fafá já vendeu 40 milhões de discos em sua carreira. Quando Paulo tomou conhecimento que existia uma cantora assim, tinha 15 anos de idade, e morava em São José do Rio Preto. Nunca imaginou

um dia dirigi-la. “A música, assim como a moda, entrou na minha vida por acaso”. Fafá está bem animada - ou melhor, mais animada ainda. Viu alguns shows dirigidos por Paulo e garante que isso a incentivou a ensaiar as dez novas músicas e a relembrar vários clássicos de sua carreira. Como todo artista que se preze, diz esperar ver o teatro lotado em todas as suas apresentações. Boa sorte.

The Minions FILME

O Exterminador do Futuro: Gênesis Alan Taylor, 02/07/2015

LIVRO

O Exterminador do Futuro: Gênesis

Doctor Who: O Prisioneiro dos Daleks

Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado para matar sua mãe, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) para 1984, na intenção de

O Império Dalek não para de se expandir. Quando o futuro da galáxia está em jogo, o Doutor se vê junto a um implacável grupo de caçadores de recompensas. O Comando da Terra paga a eles por cada Dalek morto. Mas, com a ajuda do Doutor, os caçadores conseguem

garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança.

Doctor Who Trevor Baxendale, Editora Suma

algo de valor inestimável: um Dalek inteiro, vivo, pronto para ser interrogado. No entanto, ninguém está a salvo. Quando o jogo virar, como o Doutor sobreviverá ao se tornar prisioneiro de seu maior inimigo?


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entrevista

2 a 8 de julho de 2015

Não é olha o passarinho. É olha o Paulo Furuta

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oucos têm uma história a contar como Paulo Furuta, um nissei nascido em Londrina, no Paraná, e que chegou a Jundiaí no início dos anos 1960. Fotografou personalidades políticas e artísticas, era o preferido da alta sociedade nas festas e casamentos, trabalhou em jornais, foi dono do primeiro jornal semanal da cidade, e ainda, no final, trabalhou com publicidade.

Ele conseguiu fotografar todos os presidentes militares, com ou sem autorização oficial. É muita história pra contar Poucos também conhecem tão bem a vida da região como ele. Fotografou posse dos primeiros prefeitos quando suas cidades foram emancipadas, em 1965, acompanhou o nascimento e a vida de muitas empresas. E fora daqui também foi testemunha de histórias - fotografou os incêndios dos edifícios Andrauss e Joelma, na Capital. Viúvo há pouco tempo de dona Wanda, Furuta tem duas filhas, das quais não faltam motivos para se orgulhar. Eliane foi funcionária graduada no Banco Itaú - hoje ajuda o marido, Zelão, tocar sua loja, em Jundiaí. Margarete foi mais longe - como funcionária da IBM conheceu o mundo, e, ironia do destino, só recentemente o Japão. Furuta foi fotógrafo numa época diferente, onde nem se pensava em máquinas digitais. “O fotógrafo precisava saber trabalhar em laboratório, conhecer a luz, e regular a máquina manualmente. Não é como hoje, conta ele, que tudo ficou mais simples”. Começava no laboratório

esse trabalho. O revelador e o fixador do filme e do papel eram preparados manualmente, e só existia filme em preto e branco. As fotos eram ampliadas e reveladas uma a uma, num trabalho que levava horas. Furuta passou algum tempo no JJ. Foi o primeiro de Jundiaí a ter uma máquina fotográfica Leika, e o primeiro a aparecer no campo do Paulista com uma teleobjetiva de 500mm. Pela tecnologia alemã há alguma paixão - sua primeira máquina foi uma Rolleiflex de filme 6x6. Foi também um dos donos do primeiro jornal semanal de Jundiaí, o JundNews. A brincadeira durou dois anos. E então Furuta foi trabalhar no JC. Hoje aposentado, ainda dá uma mãozinha na loja da filha. Quando tem tempo, conversa com os amigos. No jornalismo, viveu histórias. Quando um grupo de japoneses chegou a Jundiaí num feriado, o então vice -prefeito Tarcísio Germano de Lemos mandou chamar Furuta para servir como intérprete - eram os diretores da Kanebo, que viria a se instalar em Jundiaí. Assim também foi com Fantex e CBC. Furuta viu nascer a primeira empresa com plano de saúde de Jundiaí, a Sobam. “O médico Renato trabalhava no Hospital Maternidade e fazia `bico´ num hospital em Campo Limpo. Como lá estava meio decadente, se juntou aos amigos Lázaro Freitas, Paulo Pinheiro e Arnaldo Reis, e fundou a Sobam, que logo se instalaria em Jundiaí”. Furuta foi o intermediário entre Sobam e as empresas. Primeiro as japonesas, depois todas. “Eu trabalhava com um grande amigo, o Arlindo Cardoso, que a gente fazia uma página dedicada à indústria e comércio, que passou a ser patrocinada pela Sobam. Era nessa página que tudo acontecia”. O faro de jornalista sempre esteve adiante no traba-

Furuta, quase 83 anos e muitas histórias | FOTO JN

lho. Numa tarde, junto com o jornalista Anselmo Brombal, Furuta foi à prefeitura de Jundiaí. No elevador, encontrou dois senhores engravatados que falavam sobre uma fábrica. Como a conversa interessou, resolveram “colar” nos dois, sem se identificar. Era o que precisavam: a confirmação que a Coca-Cola viria para Jundiaí, em junho de 1990. Pouco tempo depois, Furuta fotografou todas as fases de construção da fábrica. E nem deu tempo de comemorar - foi o único fotógrafo presente à inauguração da fábrica - que lá estava Furuta atrás de outro furo: a construção do shopping suspenso sobre a Bandeirantes, o Serrazul. “Nunca precisei usar crachá - diz ele - o que valia era o conhecimento. Ou o desconhecimento em alguns ca-

sos”. O desconhecimento foi útil quando Xuxa veio fazer show no campo do Paulista. “Colocaram 200 seguranças para blindar a Xuxa, e quando ela desceu do palco eu estava de frente com ela, fotografando”, conta ele. E onde estava o japonês? Escondido embaixo do palco. Fotografia foi sua principal paixão. A outra, passarinhos. Furuta sempre gostou de pintassilgos e bicudos. E a paciência oriental o premiou - foi o primeiro a conseguir criar pintassilgos em cativeiro. “O pessoal conseguia o mestiço, eu insisti e consegui pintassilgo puro”, explica. Admiração pela tecnologia alemã foi outro forte. Demorou para Furuta comprar uma máquina fotográfica japonesa. Mas chegou lá conseguiu uma Pentax. Mas continou com as Leika. Car-

ros a mesma coisa. “Sempre tive carros da linha VW - conta ele - até que uma vez experimentei um Ford Del Rey. Aí comecei a mudar”. E mudou mesmo. Hoje Furuta dirige seu Honda Fit, automático, com a mesma desenvoltura com que dirigia o velho VW 58, câmbio seco e alavanca de câmbio com bola de madeira quando precisou recomeçar a vida. Hoje as histórias são recordações. Boas, por sinal. Como as do tempo em que fotografava artistas como Elizeth Cardoso, Cauby Peixoto, Nélson Gonçalves e Ângela Maria. Ou quando fazia reportagem policial - chegou a arrumar briga com um delegado, e ganhou - ou de quando fotografava os maiores eventos sociais da cidade. Mas são histórias que merecem ser lembradas.


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