I nfo
O informativo do produtor rural www.ccgl.com.br
100% Gaúcha
ANO V Nº 29 DEZEMBRO 2014
CCGL REÚNE MAIS DE 700 PRODUTORES EM SEU V DIA DE CAMPO pág.12 ATENÇÃO À FRENTE: PERÍODO DE PASTO GORDO E VACAS MAGRAS! pág. 04
COMO ESTÁ O PLANEJAMENTO DA PROPRIEDADE PARA 2015. pág. 08
ÉPOCA DE SEMEADURA DE SOJA, PRESSÃO DE FERRUGEM ASIÁTICA E O USO DE CULTIVARES TOLERANTES pág. 17
CCGL
02
DEZEMBRO
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EXPEDIENTE CCGL INFO Órgão da Cooperativa Central Gaúcha Ltda
DIREÇÃO Presidente: Caio Cézar Fernandez Vianna Vice-Presidente: Darci Pedro Hartmann Diretor Superintendente: Guillermo Enrique Dawson Jr. CONSELHO ADMINISTRATIVO Caio Vianna - CCGL Darci Hartmann - CCGL Germano Dowich - COTRIPAL Fernando Osório - COCPELL Walter Vontobel - COTRISAL Eduino Wilkomm - COTRIROSA Carlos Poletto Jairo Kohlrausch - COTRIJAL CONSELHO FISCAL Mauro Machado da Silva – COTRIJUC Leocezar Nicolini – COTRIEL Gelso Manica – COAGRISOL
Caio Vianna Presidente da CCGL
CONSELHO TÉCNICO Adelar Weber - COMTUL Augusto Moroni - COTRIROSA Claudio Gomes- COTRIEL João Loro - COTRIMAIO Lisiane Gazen - COTRISEL Marcelo Pinto - COTRISAL Milton Racho - COOPERMIL Roberto Mallmann - COOPATRIGO Rosmari Jovanowisch - COTRIJUC Tiago Giacomolli - COTRIBA Produção: Departamento de Marketing da CCGL Editor responsável: Marcio Escobar Redação: Departamento de Marketing da CCGL Fotos: Marcos Vinicius B. Tassotti e Mateus K. Porto Redação textos técnicos Adriana Horz (Nutricionista), Ana Paula Valentini (Pesquisadora Melhoramento do Trigo/CCGL TEC), Jair Mello (Suprimento de Leite/CCGL LAC), José Ruedell (Coordenador Técnico/CCGL TEC), Leandro Lima (Supervisor Logística), Letícia Signor (Coordenadora de Difusão/CCGL LAC), Luis Otávio da Costa de Lima (Pesquisa e Difusão de Tecnologia/CCGL LAC), Miguel Gonçalez (Supervisor Logística) e Tarcísio Minetto (FECOAGRO). Editoração eletrônica e diagramação Mateus Kwiatkowski Porto. Periodicidade: bimestral Tiragem: 6.500 exemplares Distribuição gratuita
Comunique-se com a
Você pode enviar cartas, com dúvidas, sugestões e críticas para o endereço: RS 342 | km 149, s/nº | CEP: 98005-970 | Cruz Alta/RS Fone: (55) 3321.9400 marketing@ccgl.com.br | www.ccgl.com.br A/C Departamento de Marketing
COOPERATIVISMO GAÚCHO: a união que constrói de forma ética e sustentável um novo mapa econômico para o Rio Grande do Sul. Parabéns às cooperativas aniversariantes dos meses de outubro, novembro e dezembro. COTRISANA - 01/out. COTREL - 11/out. COTRISUL - 20/out. COTAPE - 23/out.
COOPEROQUE - 01/nov. COTRIFRED - 10/nov. COOLAN - 13/nov. COOPERVAL - 15/nov. COOPSIL - 27/nov.
AGROPAN - 20/dez. CAAL - 20/dez. COTRISA - 21/dez.
No badalar dos sinos que anunciam a chegada do novo ano, nos despedimos de 2014, ano de pequenas e grandes batalhas das quais saímos vencedores, por vezes arranhados, mas com certeza crescemos como pessoas e nos aperfeiçoamos na luta. É chegada a hora de nos abraçarmos para confraternizar e agradecer a Deus por tudo de bom que vivemos neste ano, e saudar o próximo ano, desejando que seja muito, mas muito especial.
CUSTO DE PRODUÇÃO
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DEZEMBRO
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ATENÇÃO À FRENTE: PERÍODO DE PASTO GORDO E VACAS MAGRAS!
Eng. Agr. Luis Otávio da Costa de Lima Pesquisa & Difusão de Tecnologia CCGL
Controle de custos, otimização dos gastos (gastar nas coisas certas) e análise precisa de investimentos. Estas ações aparentemente simples são fundamentais e determinarão como cada propriedade passará pelos próximos meses. Digo isso pelo cenário que, até então era previsão, e que vem se consolidando a cada dia mais: desaquecimento do mercado, combinado com um incremento na produção, ainda somados a um alto custo de produção. Cautela é a chave para contornar o obstáculo à frente. No mês de outubro do ano passado (2013), tínhamos um leite em pó, cotado na plataforma Global Dairy Trade (GDT), a uma média de US$ 5.208,00. 53,1% superior aos US$2.443,00 do mês de outubro deste ano (2014). Também verificamos uma diferença no valor do leite UHT no atacado, dentro do Brasil, onde em 2013, chegou ao valor de R$2,35 por litro, diferente deste ano onde o máximo alcançado foi de R$2,20 em agosto e caiu 12,2% até o atual cenário, sendo comercializado na média do Brasil a R$1,93 já em outubro, segundo dados do CEPEA e MilkPoint. Ou seja, o leite está sendo comercializado por valores menores neste ano em relação ao ano passado, tanto no mercado interno quanto no mercado externo. E quando pensamos na nossa realidade estadual, precisamos lembrar que possuímos valores nominais em torno de 10% inferiores, pela combinação de estacionalidade de produção, taxas e distâncias do mercado consumidor. Um dos fatores que explica esta queda, além da perda de poder de compra da população, é a grande redução nas importações de lácteos pela China, que segundo a SCOT
são as menores desde 2011, com uma redução em 2014 de 59% em relação ao mesmo período de 2013. Combinado a isso, um grande incremento no volume produzido com a entrada da safra nas regiões tropicais, apresentando incrementos em todos os estados que compõem a média Brasil. Esse aumento na produção com mercado desaquecido gera estoque nas indústrias e empurra os preços para baixo, reduzindo as margens e receitas de toda a cadeia produtiva desde o varejo, espremendo a indústria e derrubando o preço ao produtor. Por outro lado, o desaquecimento do mercado de grãos, principalmente de soja e milho, melhorou a relação de troca leite e concentrado (ração), apresentando em 2014, uma situação bem mais favorável ao produtor de leite em relação aos anos de 2013 e principalmente 2012. Os relatórios de analistas estimam certa estabilidade da soja, sem grandes razões para grandes aquecimentos e um aumento, no curto prazo, no valor do milho, piorando a relação de troca com leite, ao menos até a colheita da safrinha de milho do Paraná para o norte do Brasil, quando os preços tendem a recuar um pouco. Ou seja, teremos talvez, um reflexo no custo da ração, mesmo que não muito expressivo. Resumindo, caro produtor, estamos novamente em um período de cautela e atenção, principalmente por não enxergarmos um solo firme logo adiante. Acredito, e esta é a minha opinião, que o cenário seja este pelo menos nos próximos 6 meses. Contar com novos fatos e torcer por mudanças no cenário fazem parte do negócio, mas antes de tudo, contas e ajustes dentro da porteira são essenciais.
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CUSTO DE PRODUÇÃO
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QUEDA DE PREÇOS REDUZ RENTABILIDADE DA SAFRA 2014/15. O produtor enfrentará dificuldades para fechar as contas nesta safra. A queda de preços das commodities agrícolas apresenta tendência de redução de rentabilidade da safra 2014/15, indicando que o produtor enfrentará dificuldades para fechar as contas nesta safra. O cenário em termos de resultado econômico tem preocupado os produtores tanto para as lavouras de inverno quanto de verão para safra 2014/15. No caso das lavouras de inverno, trigo, aveia, cevada, enfrentaram problemas de ordem climática e incidência de pragas e doenças que reduziram a produtividade, gerando efeitos na qualidade do grão. Além desses fatores, a forte queda nas cotações agrícolas nos últimos meses vem comprometendo a rentabilidade das principais culturas no estado (soja, milho e trigo). O cálculo das estimativas de custos, realizado pela FecoAgro/RS em setembro, apontou que a receita obtida com a venda do milho e do trigo será insuficiente para cobrir os custos de produção dessas lavouras. No caso da soja, os dados indicam que o produtor vem obtendo menor receita e lucro nos últimos três anos, como pode ser observado no quadro e gráfico. O momento é preocupante diante do cenário econômico que poderá afetar ainda mais a safra 2014/15 de verão, em andamento, e a de trigo, com possíveis aumento de custos e queda do preço no mercado internacional e interno até o final do ciclo. Tudo indica que o produtor terá um ano difícil para fechar as contas diante desta conjuntura. Custo da Soja Os cálculos que avaliam o custo e a rentabilidade para a soja safra 2014/15 foram realizados com base nos preços praticados na primeira semana de setembro. O custo total de produção da soja ficou em R$ 2.097,34 por hectare. A produtividade média considerada no trabalho foi de 3.000 quilos por hectare (50 sacas de 60 kg). Considerando o preço de R$ 54,00 a saca de soja, a receita apurada foi de R$ 2.700,00 por hectare, para venda no início de setembro de 2014. Os dados sinalizam recuo no lucro na oleaginosa em relação à safra passada que era de 55,74% em outubro de 2013 caiu atualmente para 28,73% reduzindo a rentabilidade de R$ 984,71 por hectare para R$ 602,66 neste ano. (vide gráfico) em função dos preços menores e custos maiores Caso as cotações em Chicago ficarem abaixo de U$$ 10 bushel e, dependendo da variação cambial e outros fatores (clima, pragas, doenças etc...) o nível de rentabilidade poderá piorar. Essa conjuntura exigirá do produtor uma maior atenção na gestão de riscos no decorrer do ciclo produtivo desde o plantio até a venda da futura safra. Custo do Milho Em relação ao milho, o custo estimado da FecoAgro/RS foi de R$ 2.183,63 por hectare apon-
tando equilíbrio entre receita e despesa. A lucratividade para o cereal, safra 2014/15, indica resultado levemente negativo de 3,83% equivalente a um prejuízo de R$ 83,63 por hectare, patamar inferior ao déficit de R$ 137,11 gerado na safra anterior. Para pagar estes custos o produtor precisará colher 104 sacas de milho por hectare de produtividade (6.240 kg) para atingir o ponto de equilíbrio ao preço de R$ 21,00 a saca base setembro 2014. Aquele que colher acima desse patamar começa a ter lucro na lavoura de milho. Esse cenário é resultado da queda de preços ao produtor de 10,75% em um ano e aumento de custos de 1,33%. Cabe ressaltar que cada produtor usa determinado nível de tecnologia, e se as condições de clima forem favoráveis o produtor poderá ter ganho de produtividade refletindo no custo e na receita, diferenciando resultados em termos de rentabilidade caso o desempenho da lavoura seja bom. Diante disto, o produtor gaúcho mais uma vez preferiu plantar mais soja do que investir no cultivo do milho devido à expectativa de lucro maior na soja, no momento da decisão do que plantar neste ano. Trigo Revisão do Custo No caso do trigo, a queda do preço e a incerteza em relação à comercialização da nova safra inquietaram produtores e cooperativas. No intervalo de um ano, o preço pago ao produtor caiu drasticamente além das perdas geradas pelo fator clima muitos produtores das regiões em que a colheita inicia mais cedo, tiveram que acionar o progagro. A FecoAgro/RS fez a revisão dos custos de produção de trigo que ficou em R$ 1.902,54 por hectare, considerando a produtividade de 50 sacas. Ao preço de R$ 26,00 a saca base primeira semana de setembro 2014 representa um prejuízo nas contas de R$ 602,54 por hectare. Supondo que o produtor venda a safra pelo preço mínimo trigo pão tipo 1 por R$33,45, a saca, o prejuízo por hectare reduz para R$ 230,04. Para cobrir o custo o produtor precisará produzir 73 sacas, ou seja, 4.380 quilos por hectares, do cereal, considerando o preço de mercado de R$ 26,00 e necessitará colher 56,87 sacas (3.420 quilos por hectare) se ven-der pelo preço mínimo trigo pão tipo 1. Comparando com a safra anterior, os preços caíram em 33,93% afetando a rentabilidade. A receita prevista para o trigo é de R$ 1.300,00, cobrindo 94,6% do custo variável e remunerando apenas 68,33% do custo total de produção. A situação se agravou mais a partir do início da colheita em função do excesso de chuva e incidência de pragas e doenças que afetou a qualidade do grão. Neste cenário, o trigo é o produto que precisou de mecanismos de apoio para a comercialização por parte do governo federal para dar liquidez na hora do produtor vender a safra. Tanto no Paraná como no Rio Grande do Sul, estão sendo realizados lei-
Soja - R$/ha 2012/2013 2.794,26
3.000,00
2014/2015 2.700,00
1.000,00
1.180,31 924,10
2.000,00 1.500,00 1.357,81
1.033,69
500,00
2014/2015
2.154,91
2.034,58
2.183,63
2.017,80
1.471,33
1.335,47
Custo Variavel
Receita
Rentabilidade
2013 1.712,32
1.572,40
2.100,00
1.500,00
1.508,34
1.902,54
2014
1.547,14
1.286,99
1.300,00
1.000,00 500,00
515,12
500,00
-500,00
2012
2.000,00
-83,63
-137,11
0,00 -500,00
0,00
0,00
2.500,00
1.000,00
984,71 602,66
Custo Total
lões de Prêmio Equalizador ao Produtor Rural (PEPRO) com apoio de R$ 150 milhões para esta operação para trigo e de R$ 200 milhões para aquisição do Governo Federal (AGF) do cereal. A dúvida do setor é de como será o cenário econômico a partir de 2015 e seus reflexos para o agronegócio e se os ganhos de produtividade da nova safra de verão compensarão os aumentos de custos e queda do preço das commodities, amenizando o recuo da receita e da rentabilidade das culturas de verão sendo que na lavoura de inverno os prejuízos são grandes. Nosso objetivo diante deste estudo é avaliar a expectativa de rentabilidade a cada safra, bem como servir de orientação ou referência para as áreas técnicas das cooperativas e também ser referência nas discussões das políticas públicas para o setor junto ao governo federal. Obs.: Cabe lembrar que cada unidade de produção e região possuem características de solo e nível tecnológico distinto.Este estudo sinaliza uma estimativa de rentabilidade dentro de uma tecnologia considerada média.
Trigo - R$/ha - Revisão
2013/2014
2.549,70
2.500,00
2.097,34 1.613,95
2012/2013
3.000,00
1.766,71
1.500,00
Economista
Milho - R$/ha
2013/2014 2.751,42
2.500,00 2.000,00
Tarcisio José Minetto
2012/13
2013/14
-279,82
-342,34 1.137,21
1.070,89 -285,41
42%
-165,19
-22%
-602,54
2014/15
-1.000,00 Custo Total
Custo Variavel
Receita
Rentabilidade
Custo Total
-230,04 1.374,18
Custo Variavel
Receita
Rentabilidade Preço de Mercado
Rentabilidade Preço Mínimo
CCGL LOG
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DEZEMBRO
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CCGL PROMOVE TREINAMENTOS COM TRANSPORTADORES DE LEITE
Miguel Gonçalez Supervisor de Logística da CCGL
Dando sequência aos processos de melhoria contínua da atividades de transporte de leite, o setor de Logística da CCGL promoveu, entre os meses de setembro e outubro, nova rodada de treinamento com os transportadores contratados para a coleta de leite de primeiro percurso. No total, foram 5 eventos, ocorridos nos municípios de Cruz Alta, Tucunduva, Salvador das Missões, Sarandi e Espumoso, englobando toda a área de abrangência do leite CCGL, e totalizando um número superior a 120 participantes. Cada treinamento foi dividido em 2 partes, sendo a primeira promovida pelo Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros da Universidade de Passo Fundo (SARLE/UPF), que através de sua parceria com a CCGL abordou os principais temas referentes à Instrução Normativa Nº 62/2011, estabelecendo seus objetivos e definições, com ênfase na coleta e armazenagem de amostras. O espaço também foi aproveitado para demonstrar como funcionam as rotinas do Laboratório SARLE/UPF e os fatores que afetam a qualidade do produto, desde a produção no campo até a chegada na indústria. Já a segunda parte foi ministrada pela equipe de Logística da CCGL, com foco principal na demonstração detalhada dos procedimentos a serem adotados durante o transporte, em especial na coleta de amostras diárias e da qualidade. Foram expostos ainda parâmetros técnicos e de conduta a serem adotados durante o trabalho, tanto para gestores de frota quanto motoristas e auxiliares. De acordo com Miguel Gonçalez, Supervisor de Logística CCGL, o espaço também foi utilizado para interagir com os transportadores, sendo discutidos abertamente diversos detalhes técnicos da operação de transporte, com o objetivo de buscarmos uma maior conscientização e
PROMOÇÃO DE
V ão L ABORATÓRIO DE SOLOS - CCGL TEC
MAIS INFORMAÇÕES PELO: Telefone: (55) 3321.9449 | E-mail: labsolos.tec@ccgl.com.br | www.ccgl.com.br/tec/solos
acuracidade nas atividades realizadas diariamente, como por exemplo, testes de alizarol, homogeneização do leite, coleta de amostras, verificação de temperatura, uso e higienização dos equipamentos de coleta, entre outros. Também atuamos focados em formar nas pessoas uma mentalidade profissionalizada e aberta a novos desafios, preparando a mão de obra para as tecnologias e exigências que estão sendo gradualmente implementadas neste ramo de atividade. Agradecemos a presença maciça de nossos transportadores contratados, os quais demonstraram mais uma vez grande comprometimento para a devida execução de suas atividades e o correto atendimento aos produtores de leite. Desta forma, a CCGL reforça seu compromisso em oferecer serviços logísticos de alto padrão, garantindo assim a manutenção da qualidade do leite desde a sua coleta na propriedade rural até a chegada na Indústria, o que reflete em um produto final de melhor qualidade para o consumidor.
Para você que gosta de economizar e ainda receber um serviço de qualidade, a CCGL lança a PROMOÇÃO DE VERÃO DO LABORATÓRIO DE SOLOS. Esta promoção é válida para os meses de outubro, novembro, dezembro (2014), janeiro e fevereiro (2015). Confira abaixo os preços especiais que preparamos para você.
TABELA DE PREÇOS Análises Física (granulométrica) Química Básica Química Completa
Preço
normal
R$ 28,50 R$ 28,50 R$ 35,90
Prazo de disponibilidade do resultado da análise de 6 a 10 dias.
Preço com
desconto
R$ 19,00 R$ 19,00 R$ 24,00
CCGL REÚNE MAIS DE 700 PRODUTORES EM SEU V DIA DE CAMPO O evento teve o tema “Tecnologia em Produção Leiteira”....
29
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BOLETIM TÉCNICO DEZEMBRO/2014
BOLETIM TÉCNICO
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DEZEMBRO
COMO ESTÁ O PLANEJAMENTO DA PROPRIEDADE PARA 2015?
Eng. Agr. Jair da Silva Mello Gerente de Suprimento de Leite da CCGL
O final de 2014 está chegando, é hora de planejar, ou até de rever o planejamento da propriedade para 2015, entender as variáveis que interferem, sejam elas de dentro ou de fora da porteira e planejar, considerando os possíveis cenários econômicos, mercadológicos e climáticos. De setembro de 2012 até meados do segundo semestre de 2014 a produção de leite e o preço ao produtor foram muito bons, reflexo do mercado promissor para os lácteos, até então. Foram 24 meses de bons preços, melhorando a renda e a capacidade de investimento dos produtores. Com preços remuneradores, muitos produtores investiram no sistema de produção, no rebanho, na alimentação e aumentaram a produção. Em 2014, o Brasil deverá crescer em torno de 8,6% na produção, comparado a 2013, o que irá representar 2,8 bilhões de litros a mais no mercado, segundo dados da Agroconsult. No Rio Grande do Sul estima-se um crescimento entre 6 a 8%, na produção. Olhando os dados mundiais, verifica-se um crescimento na produção acima de 5%. So-
mente os cinco maiores exportadores, Nova Zelândia, União Europeia, Argentina, Austrália e Estados Unidos, aumentaram as exportações no primeiro semestre deste ano em 18%, comparado ao mesmo período de 2013. Mas e 2015? O que podemos esperar? É importante analisar o cenário econômico do país, a tendência de consumo, a renda do consumidor e sua capacidade de compra, o grau de endividamento, a produção nacional e a oferta mundial de lácteos, entre outros fatores. Hoje não basta apenas produzir, o produtor tem que estar atento ao mercado e à produção no mundo, pois não é a indústria quem fixa o preço, mas sim o mercado e este é comandado pela oferta e demanda. Dentro da porteira é preciso fazer o melhor possível na gestão do sistema de produção, visando maximizar a renda e reduzir o custo de produção. Alguns indicadores que devemos considerar ao planejar 2015: 1) O preço do leite ao produtor nos principais países produtores está variando entre 35 a 50 centavos de dólar por litro, (US$ 0,35 a 0,50/litro) nos últimos 24 meses. 2) O preço dos lácteos no mercado internacional recuou de um valor próximo a US$ 5.000,00 por tonelada para US$ 2.400 por tonelada, com pouca perspectiva de recuperação no curto prazo. 3) Esses dois fatores sinalizam que poderemos esperar redução nos preços ao produtor nos diferentes países, principalmente naqueles mais dependentes do mercado internacional, pois nesse patamar de US$ 2.400,00/tonelada, o preço ao produtor deverá ficar entre US$ 0,25 a 0,27/litro, dependendo da taxa de câmbio, conforme análise realizada pela equipe do MilkPoint. 4) No Brasil, o atual patamar de preço do mercado internacional, baliza os preços internos, pois se o mercado estiver pagando ao produtor e vendendo com preços acima do mercado externo, a importação aumenta e derruba o preço interno.
PRODUÇÃO DE LEITE NO BRASIL, CONFORME ÍNDICE DE CAPTAÇÃO DE LEITE - CEPEA
5) Com o preço de US$ 2.400/tonelada, o ponto de equilíbrio para importação do Mercosul, com o custo do leite nacional, está entre R$ 0,73 a 0,75/litro, portanto bem abaixo do preço médio pago ao produtor brasileiro conforme dados do MilkPoint (Novembro/2014). 6) A produção brasileira de leite está crescendo a uma taxa 2 a 3 vezes superior à taxa de aumento no consumo. 7) De 2011 para cá, o consumo per capita está estagnado entre 168 a 170 litros/habitante/ano. Vale lembrar que cresceu 3,1% ao ano entre 2000 e 2013. 8) O cenário para o consumo em 2015 não é dos melhores, com boa parte da população tendo sua renda comprometida e com um grau de endividamento preocupante. 9) A economia está crescendo pouco em 2014 e deverá seguir a mesma tendência em 2015, com vários setores da economia em crise. Portanto, amigo produtor, precisamos atenção ao revisar o planejamento para o próximo ano, ter os pés no chão quanto aos investimentos, gastar somente naquilo que aumentar produção e produtividade e sem aumentar custo. Precisamos entender que os preços são cíclicos. O preço é determinado pelo mercado, que sofre influência de vários fatores que não estão no controle do produtor e nem da indústria. O mesmo está ocorrendo atualmente com os preços do trigo, do milho e da soja. A melhor arma é planejar e se preparar para os momentos difíceis, pois sempre depois da tempestade, o vento acalma e o sol brilha novamente, pode demorar um pouco, mas o sol volta.
VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LEITE EM DIFERENTES PAÍSES - 2014 vs. 2013
ICAP - L /CEPEA
190
A soma de produção dos países apresenta 7.6 bilhões de litros de leite a mais na comparação 2014 vs. 2013.
14,3%
180
8,6%
170
4,2%
5,2%
2,0% 160 -0,4% 150
-3,4%
140 130 120
-13,3% jan
fev
mar
abr
mai 2012
Fonte: CEPEA - Elaborado pelo MilkPoint Inteligência
jun 2013
jul
ago 2014
set
out
nov
dez
Brasil
Uruguai
Argentina
Chile
Nova Zelândia
EUA
(1)
(3)
(3)
(3)
(2)
(3)
Fonte: Diferentes fontes, elaborado por MilkPoint Inteligência (1) Janeiro a Junho (2014 vs. 2013) (2) Janeiro a Agosto (2014 vs. 2013) (3) Janeiro a Setembro (2014 vs. 2013)
Austrália União Européia (3)
(15) (2)
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CCGL REUNE MAIS DE 700 PRODUTORES EM SEU V DIA DE CAMPO Na quinta-feira, 18 de setembro, aconteceu o V Dia de Campo da CCGL, com o tema “Tecnologia em Produção Leiteira”. O evento teve início às 09h e contou com a participação de mais de 700 pessoas, entre produtores, técnicos, estudantes e demais instituições ligadas à atividade. AVEIA BRANCA FUNDACEPFAPA 43 E AZEVÉM BAQUEANO - Eng. Agr. Letícia Signor Apresentou-se a aveia branca FundacepFapa(FF) 43, velha conhecida da grande maioria dos nossos produtores e excelente opção de pastagem. Este material alia arranque inicial rápido (precocidade ao primeiro pastejo), ampla produção de massa, excelente qualidade nutricional, ciclo longo e boa tolerância ao pisoteio. E também na ocasião o mais novo material, recentemente licenciado pela CCGL, o azevém Baqueano, tetraploide, produzido na Argentina, mas com genética Europeia. Tem como características principais, ciclo médio/longo, alto teto produtivo, palatabilidade, excelente conversão em leite e sanidade foliar. Além de todas estas vantagens, a CCGL buscou aliar alta tecnologia com custo acessível a todos os produtores (consulte os técnicos da sua cooperativa para saber mais!). Abaixo, apresenta-se o gráfico onde estão as produções de matéria seca por corte de três opções de pastagens, azevém Baqueano (25kg/ha), aveia branca FF 43 (100 kg/ha) e o consórcio de FF 43 (80kg/ha) + Az. Baqueano (25 kg/ha). As três pastagens foram implantadas na mesma data e com os mesmos tratos culturais. No círculo 1, que representa do plantio ao 2º pastejo, observamos que o consórcio (FF43 + Baqueano) e a FF43 solteira apresentaram pastejo cerca de 45 dias após a semeadura, já o azevém apresentou volume de massa para pastejo apenas 55 dias após o pastejo, quando realizou-se o 2° pastejo do consórcio e da FF43. Neste período, se utilizarmos o consórcio ou a FF43 ganhamos um pastejo a mais, antecipando a entrada na pastagem. No círculo 2, temos o desenvolvimento ao longo dos meses de junho, julho e agosto, onde as três opções apresentaram desenvolvimento e rendimento de massa semelhantes. No círculo 3, estão destacados os pastejos realizados no meses de agosto e setembro, observase que a partir de agosto, ou seja, do 5º pastejo para o consórcio e FF43 e o
4º pastejo para o Azevém Baqueano solteiro, começam a haver diferenças no rendimento de massa seca por pastejo. Neste período a FF43 solteira começa a reduzir seu rendimento devido a senescência (final do ciclo) e tanto no consórcio quanto no azevém Baqueano solteiro, as produções por corte seguiram aumentando, principalmente pela característica primaveril do azevém. Neste final de estação é que podemos observar o ganho de produção que teremos com a utilização deste azevém tetraploide, pois além de proporcionar pastejos com muita massa e qualidade, estará aumentando o período de utilização da pastagem. Observase, também que o consórcio entre FF43 e Baqueano é uma excelente opção de utilização, pois alia primeiro pastejo antecipado com incremento de massa seca nos pastejos do final da estação. As recomendações das duas espécies estarão disponíveis juntamente com os técnicos das Cooperativas! Curva de Produção Forrageira 3000
3
2500 2000
2 1500 1000
1 500 0 Plantio (18/04/14)
1º Pastejo (02/06/14)
2º Pastejo (12/06/14)
3º Pastejo (02/07/14)
Baqueano
FF43
4º Pastejo (21/07/14)
5º Pastejo (08/08/14)
6º Pastejo (22/08/14)
7º Pastejo (09/09/14)
FF43 + Baqueano
QUALIDADE DO LEITE - Tecnóloga em Agroindústria Silvana Trindade O foco da estação da qualidade foi discutir os procedimentos depois que o leite deixa a propriedade, sabe-se que depois da ordenha é impossível melhorar a qualidade, apenas mantem-se as propriedades e parâmetros microbiológicos. Num mercado cada vez mais exigente, a melhoria da qualidade é imprescindível, as empresas necessitam garantir a segurança alimentar para conquistar e manter mercados. Foram apresentados e discutidos os padrões de qualidade físicoquímico e microbiológico exigidos pelo MAPA, através da IN-62, ao produtor. Salienta-se que toda substância que não for natural da composição do leite é considerada adulterante. A indústria realiza mais de 20 testes em nível de recebimento para avaliar a qualidade do leite. A mensagem final aos produtores é que sejam os fiscalizadores na propriedade, acompanhem a coleta, amostragem e carregamento e informem à indústria de qualquer irregularidade no processo. A CCGL busca remunerar também pela qualidade, por isso, é fundamental que a amostra do leite seja coletada corretamente na propriedade, tanto na questão da qualidade, quanto na representatividade e na medição correta do volume. Por isso, vem desenvolvendo testes com um equipamento europeu, que coleta automaticamente as amostras e mede o leite, instalado em um caminhão nas rotas da fábrica. A automatização desse processo é o caminho para garantir uma remuneração adequada à qualidade e evitar possíveis riscos no processo de coleta e transporte do leite.
REQUISITO FÍSICO-QUÍMICO
LIMITE
Gordura (%)
Mínimo 3,0 1,028 a 1,034
Densidade a 15ºC Temperatura Alizarol* Acidez (g ácido lático/100ml) EST ESD Índice Crioscópico (°H) Proteínas Antibióticos/Inibidores
Máximo 7ºC 78º GL 0,14 a 0,18 Mínimo 11,4 Mínimo 8,4 Máximo -0,530/ Mínimo -0,550ºH Mínimo 2,9 Negativo
Neutralizantes de acidez e Reconstituintes de densidade
Negativo
REQUISITO MICROBIOLÓGICO
LIMITE
CCS
Máximo 500.000 Máximo 300.000
CTB *Requisito da CCGL. Os demais são da IN-62.
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IMPACTOS DO TRABALHO DA CCGL NA CADEIA DO LEITE - Eng. Agr. Jair Mello Nessa estação, apresentou-se uma visão geral e discutiu-se com os produtores sobre os índices de produtividade e o crescimento da produção no Brasil, RS e CCGL, além dos benefícios diretos da CCGL e os indicadores tecnológicos e econômicos do Tambo Experimental. Observando os dados, cada produtor pôde comparar com o seu desempenho e avaliar como está no negócio. Na tabela 01 compara-se a produtividade da vaca, em litros/vaca/ dia, do Brasil, do RS e dos produtores da CCGL. Observa-se que a média do Estado é quase o dobro da média nacional e que a média dos produtores CCGL é 2,7 vezes maior que a nacional. Já aqueles produtores que usam a tecnologia recomendada pela CCGL possuem uma média 2,4 vezes maior que a do RS e 4,4 vezes maior que a do Brasil. Isso reforça a importância do trabalho da CCGL, buscando o aumento de renda e da produtividade da vaca e da terra.
apenas em alguns meses de alta procura ou com preços acima do mercado. Exemplo de visão de médio prazo e seus benefícios é a participação nos resultados da CCGL, R$ 4,1 milhões distribuídos aos produtores em 2013 e do valor adicionado de ICMS aos municípios que chegou a R$ 98 milhões. Finalizando a primeira estação, foram apresentados e discutidos os resultados do Tambo Experimental, colocados na tabela 02. Destaca-se a produtividade da vaca, que é 3,5 vezes superior a do RS e a produtividade da terra, que na média dos últimos 12 meses é 3,3 vezes maior do que a média estadual. RESULTADOS
INDICADORES Área total Rio Grande Área do leitedo Sul CCGL (4.500) Área irrigada CCGL Assistidos Rebanho total (900) - Vacas em lactação - Vacas secas - Novilhas - Terneiras Produtividade da vaca Produtividade da terra Custo operacional Margem bruta Metas
37 hectares 34 hectares 07 hectares
1
2
PRODUTIVIDADE MÉDIA DO REBANHO LEITEIRO LITROS/VACA/DIA
REGIÕES 1
4,5 8,3
Brasil
1
Rio Grande do Sul CCGL (4.500) CCGL Assistidos (900) 2
12 20
2
Tabela 01. Produtividade média do rebanho leiteiro. Fontes: (1) IBGE 2011. (2) CCGL Lac 2014.
Outro tema discutido foi o crescimento da produção de leite no RS que nos últimos nove anos cresceu 70%, ou seja, 7,8% ao ano, o que é quase o dobro do crescimento da produção brasileira no mesmo período. Também foi reforçado aos participantes a importância do associado analisar a produção de leite e seus benefícios em médio prazo, e não
2
101 animais 43 cab. 05 cab. 19 cab. 34 cab. 29,2 litros/dia
8,3 12 20
16.387 litros/hectare/ano R$ 0,66/litro R$ 0,31/litro Mais de 32 litros/vaca/dia Mais de 20.000 litros/hectare/ano
Tabela 02. Indicadores tecnológicos e econômicos do Tambo Experimental, média dos últimos 12 meses.
CASE DE SUCESSO FAMÍLIA GASPARETTO - Produtores de leite da cooperativa COTRISAL Na estação do Case de Sucesso, participaram o Sr. Gilmar e o filho Mateus Gasparetto. Possuem uma propriedade de 12 ha em Rondinha Rio Grande do Sul e são associados à Cooperativa Tritícola Sarandi Ltda – COTRISAL. Como em outras tantas propriedades, a família começou no leite para diversificar a produção e obter mais uma renda além da cultura de soja no verão. Porém, com o passar do tempo, foram migrando gradativamente para o leite. "Inicialmente, as mudanças ocorreram sem planejamento, sem acompanhamento técnico e com pensamento que para aumentar a produção de leite, era preciso somente aumentar o número de vacas. A partir de 2010 tomou-se conhecimento do pacote tecnológico CCGL/COTRISAL através dos jornais e em 2011 chamou-se os técnicos da COTRISAL para explicar melhor como funcionava esta tecnologia e então adotou-se em nossa propriedade. Antes do trabalho a média era de 20l/vaca/dia uma alimentação
baseada principalmente em silagem com um custo de R$ 0,60 por litro, após 3 anos de adoção desta nova forma de trabalho os resultados foram surpreendentes pois com os mesmos animais a produção passou de 13.176 para 21.816 litros/mês, ou seja um aumento de 65% e as vacas saltaram para uma média de 31 litros/vaca/dia. A renda da propriedade que era de R$ 1.610,77 passou para R$ 12.466,07 e a alimentação das vacas passou a ser baseada em pastagens no sistema de piqueteamento e repasse. Diante destes resultados observou-se que o aumento na renda da propriedade, obtida através da assistência técnica de qualidade e comprometida com o produtor, recebida por nós e ofertada a todos os produtores do sistema CCGL é que tornam viável e sustentável as propriedades e não apenas ofertas de preços nos quais todos sabem que é momentâneo e que logo volta a baixar, isso se houver pagamento, pois em nossa região várias empresas fizeram propostas milagrosas e não cumpriram seus compromissos deixando os produtores sem receber a produção de leite do mês.”
RESULTADOS OBTIDOS PELA FAMÍLIA GASPARETTO AGOSTO/2011
INDICADORES Superfície Leite (ha) Vacas em Lactação Produtividade da Vaca (l/vaca/dia) Produtividade da Terra (l/ha/ano) Custo Operacional (R$/l) 1
Renda Líquida (R$/mês)
AGOSTO/2012 8,6
8,5
10
14 20 13.176 R$ 0,60 R$ 1.610,77
17 31 19.572 R$ 0,37 R$ 6.296,68
Tabela 1: Resultados obtidos na propriedade após o acompanhamento técnico da Cooperativa.
AGOSTO/2014 12 23 31 21.816 R$ 0,42 R$ 12.466,07
NOTAS
+ 55% em apenas 1 ano + 45% no 1º ano e 65% no 3º ano +740% na Renda Líquida Mensal
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ESPÉCIES E CULTIVARES FORRAGEIRAS- Eng. Agr. Luis Otávio da Costa de Lima A estação tratou de apresentar os principais materiais forrageiros do mercado, posicionando vantagens e desvantagens de cada um deles. Com dados reais de avaliação de campo, a estação foi dividida em duas partes, inicialmente abordando a produção total de leite por hectare, na qual se verifica uma superioridade dos azevéns sobre as culturas de aveia branca, centeio, trigo e aveia preta respectivamente. Esta é uma avaliação essencial, afinal uma forrageira deve ser medida pela sua capacidade em acumular massa e apresentação de características nutricionais que permitam uma grande conversão desta massa em leite. Sendo assim, as avaliações realizadas até o dia de campo, apresentavam os azevéns de ciclo médio (westervoldicum) com uma produtividade superior aos de ciclo longo (italicum). Os materiais BAR Jumbo e Baqueano, apresentavam as maiores produções, seguidos de La Estanzuela 284, que visualmente, junto com o BRS Ponteio, já iniciavam o encerramento do ciclo. As aveias brancas, também com uma capacidade de incremento de massa já reduzidas, porém mais produtivas ainda que as demais espécies. O centeio, por ser um ano extremamente chuvoso, não apresentou um bom desempenho, assim como o trigo, BRS Tarumã que entra nesta mesma linha, já que apresentou produção intermediária e uma produção bastante definida durante o inverno. As aveias pretas, mesmo sendo materiais melhorados com foco em produção de palha e cobertura de solo, apresen-
taram o desempenho que esperávamos: uma produção de massa média, porém com extrema precocidade. Esse tema, precocidade, é que representa a segunda discussão importante da estação: a curva produtiva. Olhar somente o volume produzido é como olhar somente a potência do motor de um carro de corrida, sem saber se ele tem um bom desempenho na largada ou na velocidade final. A curva produtiva define que material é mais precoce, qual é mais tardio e qual se encaixa em cada situação. Neste aspecto, não há materiais melhores ou piores, simplesmente diferentes. Verificamos, neste aspecto, que as aveias, tanto brancas quanto pretas, são significativamente precoces em relação ao azevém, ao trigo e ao centeio. Já os azevéns não apresentam altas taxas de incremento de massa no início do ciclo, definindo seu principal período produtivo de meados de junho para frente, sendo que alguns materiais produzem muito bem até o final da primavera. O centeio e o trigo apresentaram um ciclo produtivo bem definido entre as outras espécies avaliadas: não tão precoces quanto as aveias, nem tão tardias quanto os azevéns. Assim, entender qual o potencial de cada espécie e em especial de cada cultivar, foi o objetivo da estação, buscando contribuir com a melhor programação forrageira a fim de estender ao máximo a estação produtiva da pastagem.
UMA RECRIA BEM FEITA GARANTE UMA REPOSIÇÃO DE BAIXO CUSTO - Méd. Vet. Esp. Marcos R. S. Groff A atividade leiteira requer atenção e monitoramento diário de todos os setores que fazem parte da atividade. Não diferente é a recria de animais de reposição, parte da atividade que muitas vezes não tem a atenção necessária dada pelo produtor de leite. Mas o que fazer então? Atender a necessidade de uma categoria que é vista diariamente e que no entanto não está auxiliando o produtor no dever diário da atividade – auxiliar no pagamento das contas, já que nesta fase os animais não estão produzindo. Ora, se colocamos as vacas em pastagens de alta qualidade, por que não colocar esta categoria também?! Existem várias vantagens em se trabalhar esta categoria no sistema intensivo de pastagens de alta qualidade, como: redução do uso de concentrado, redução de uso de alimentos conservados (feno e silagem); alimentos esses indispensáveis em uma granja leiteira mas que têm um alto custo. Muitas vezes com um gasto excessivo não condizente com a situação do produtor. Nesta estação tratamos do custo e ganho de peso diário das novilhas de reposição, que para obter o mesmo animal em torno dos 24-25 me-
ses de idade, já dando início a parição, mas com um custo de 1/3 do valor convencional que é de R$ 4.500,00. Para isso, são pontos chaves em recria de novilhas a definição de ganho de peso diário, otimizar o consumo de pasto de alta qualidade (garante alto ganho de peso com baixo custo!) e monitoramento do crescimento. O que recomendamos é que na fase após o aleitamento seja feita a separação das novilhas em lotes e colocadas em pastagem apropriada para elas, já a partir dos 6 meses de idade até a cobertura, esses animais irão encontrar suas necessidades nutricionais em um manejo de repasse da pastagem das vacas em lactação. Com um manejo adequado, é a garantia de uma boa recria e de baixo custo. Contate o técnico da CCGL de sua região! É a certeza de recria barata e com alto retorno.
CONTROLE E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS - Eng. Agr. Dr. Mário Bianchi Nesta estação, apresentada pelo pesquisador de plantas daninhas Mário Antônio Bianchi, foram discutidos os cinco pontos fundamentais para um bom controle das plantas daninhas na pastagem de verão. 1º) Revolvimento excessivo do solo: sempre comentamos os prejuízos que o uso de gradagem tráz para o pasto, entre eles o favorecimento a emergência das plantas daninhas pois realizamos uma espécie de incorporação da palhada. Este prejuízo é agravado quando os produtores realizam a gradagem sem o uso de dessecação. 2º) Cobertura de Solo: a palhada é utilizada como uma barreira física para dificultar a emergência das plantas daninhas, pois evita a incidência de luz direta no solo. Sem a luz, evita a emergência de algumas plantas daninhas consideradas fotoblásticas positivas, como a buva e a milhã, que consideramos as principais plantas daninhas causadoras de redução na produção de massa de pastagem. Também evita a erosão do solo e promove a manutenção da umidade do solo por um período maior. 3º) Dessecação eficiente: quando se realiza dessecações eficientes, ou seja, uma dessecação com dose de herbicida e condição de clima adequadas, 1520 dias antes da semeadura e outra dessecação em pré-plantio, garante-se que a emergência e desenvolvimento inicial se realizem em solo limpo, sem qualquer competição por luz, água e nutriente. Somente nesta condição teremos certeza que todo o investimento realizado na semeadura resultará em grande produção de pasto e conversão em leite.
4º) Bom manejo da pastagem: neste aspecto temos dois pontos fundamentais: densidade e vigor. A densidade de sementes é de fundamental importância para que haja uma distribuição uniforme de plantas na área. Essa distribuição uniforme e com espaçamento entre linhas reduzido reduz a competição entre plantas da pastagem e promove a cobertura do solo mais rápida reduzindo a emergência das plantas daninhas. O vigor das sementes da pastagem faz com que o desenvolvimento inicial da pastagem seja rápido, fazendo com que a pastagem leve vantagem sobre as plantas daninhas. 5º) Controle Químico: para o controle químico de ervas daninhas em pastagem existem pouquíssimos herbicidas registrados. Algumas possibilidades de uso de herbicidas registrados para controle das principais plantas daninhas em outras espécies gramíneas estão sendo testadas em experimentos, mas com resultados ainda não publicados. Em suma, o controle eficiente de plantas daninhas se resume em tratos culturais eficientes, onde todos os pontos sejam realizados de forma eficiente. Desde a escolha do herbicida e dose adequadas para a espécie daninha existente na área, condições climáticas no momento da aplicação, regulagem do equipamento, respeito ao período entre dessecação e semeadura e o uso de dessecação sequencial.
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NOSSA EQUIPE LOGÍSTICA A área de logística atua de forma a garantir que os processos logísticos da CCGL transcorram de maneira ágil, eficiente e segura, atuando em diferentes processos e, desta forma, atendendo às variadas demandas do Grupo: As atividades de distribuição dos produtos industrializados CCGL estão sob a Supervisão de Leandro Lima, em Cruz Alta, sendo a equipe composta por: • Nataniel Ucker; • Chirlei Gabe; • Clayton Lima; • Maicon Abreu. Sob a Supervisão de Miguel Gonçalez estão as operações de captação de leite cru CCGL, em Cruz Alta e a gestão do Sistema Pampa de agendamento de cargas destinadas aos terminais portuários Termasa e Tergrasa, em Rio Grande: A equipe de Captação é composta por: • Vanderlei Guerino; • Clodoaldo Kessler. A equipe do Sistema Pampa é composta por: • Deivid Gautério; • Fábio Furtado.
Equipe de captação: da esquerda para a direita: Miguel Gonçalez, Clodoaldo Kessler e Vanderlei Guerino.
Equipe do Sistema Pampa: da esquerda para a direita: Deivid Gautério e Fábio Furtado
Equipe de distribuição: Da esquerda para a direita: Clayton Lima, Chirlei Gabe, Maicon Abreu, Leandro Liama e Nataniel.
TRANSPORTADOR DO MÊS Ederson Marcon, de 33 anos, residente no município de Sarandi, é proprietário da Transportes Marcon há 10 anos, trabalha na atividade leiteira desde que começou com a transportadora. Atualmente, é responsável pela coleta do leite em 101 propriedades rurais, pertencentes aos municípios de Palmeira das Missões, Novo Barreiro, Três Palmeiras, Chapada e Trindade do Sul. Para melhor atender a esses produtores rurais, o empresário conta com 2 caminhões e 2 funcionários, Telmo Schieleder dos Santos e Anderson Luiz Mann. Para o Ederson, é importante o trabalho de assistência técnica que a CCGL tem desenvolvido em conjunto com suas cooperativas associadas, para beneficiar seus produtores. Dessa forma, eles (os produtores) sentem-se valorizados e motivados. O proprietário destaca que o futuro da CCGL é muito promissor, porque essa parceria e diferencial oferecido faz com que os produtores rurais consigam aumentar a produtividade das vacas e como resultado disso aumentem a sua rentabilidade. Da esquerda para a direita: Ederson Marcon, Telmo Schieleder dos Santos e Anderson Luiz Mann.
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COOPERATIVA DO MÊS
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COTRIFRED
Em 10 de novembro de 1957 um grupo de agricultores fundou a Cooperativa Tritícola Frederico Westphalen Ltda., que mais tarde recebeu a sigla de COTRIFRED tendo como objetivo econômico receber e comercializar a produção de trigo de seus associados bem como comercializar com os mesmos os insumos necessários à produção. Com o passar dos anos e o crescimento da COTRIFRED, já não mais trabalhando unicamente com o trigo, surgiu à necessidade de entrar no segmento de rações e concentrados, tendo em vista que a região começou a expandir na área de leite e também suinocultura. Hoje a COTRIFRED possui 3.431 associados e 210 colaboradores e um faturamento de 91.627 milhões de reais em 2013, obtendo um crescimento de 27,69 % em relação à 2012. A COTRIFRED atua em oito (8) municípios da região do Médio Alto Uruguai, tendo a sede em Frederico Westphalen e unidades em Caiçara, Irai Palmitinho, Pinheirinho do Vale, Taquaruçu do Sul, Vicente Dutra e Vista Alegre. Nos últimos anos a COTRIFRED vem investindo na melhoria em ampliação da unidades de atendimento, recebimento de grãos, supermercados e agropecuárias buscando oferecer sempre melhor qualidade no atendimento. A atividade leiteira Em meados dos anos 80 a COTRIFRED, firmou convênio com a Universidade Federal de Santa Maria, implantando em áreas do Colégio Agrícola um posto de recebimento e resfriamento de leite, começando a ser implantada a bacia leiteira na região de atuação, foi nesse período que a COTRIFRED integrou o grupo das cooperativas gaúchas na formação da CCGL. Hoje a cooperativa possui cerca de 220 produtores de leite e recebe uma média 27 mil litros/dia. Uma das grandes preocupações da COTRIFRED é o atendimento técnico visando a melhoria na qualidade do leite produzido pelo agricultores e o melhoramento genético do rebanho. A atividade leiteira é uma alternativa de rentabilidade para a pequena propriedade e aos agricultores familiares, pois garante aos associados da cooperativa uma renda mensal relativamente estável, além de movimentar
as demais atividades da COTRIFRED, através da venda de ração, compras nos supermercados e agropecuárias.
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COOPERATIVA DO MÊS
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ELIO LUIZ DUARTE PACHECO - PRESIDENTE DA COTRIFRED Fundada em 10 de novembro de 1957, por 11 bravos agricultores, a COTRIFRED é hoje uma referência para a região, foram os idealizadores, Aleixo Szatcoski; Antonio Sponchiado, David Casarolli, Euclides Mossini, Fiorindo Romitti, Inácio Magalski, José Luiz Pinheiro, José Ponssoni, Pedro Minuzzi, Vergínio Cerutti e Vitalino Cerutti, que com espirito de empreendedorismo e cooperação plantaram a primeira semente. Hoje, a COTRIFRED está presente em 08 municípios e é reconhecida como uma cooperativa que deu certo, uma cooperativa sólida e responsável por grandes transformações nos municípios onde atua. Um marco histórico, que merece ser destacado, quando se relata as grandes transformações regionais, trata-se do primeiro posto de leite implantado na região, veio da parceria COTRIFRED e Universidade Federal de Santa Maria em 1978, por isso, em toda sua trajetória, a COTRIFRED tem contribuído significativamente com o desenvolvimento regional, buscan-
do constantemente novas alternativas de renda para a pequena propriedade. A produção de leite, é uma de nossas prioridades, sabemos da importância da atividade na pequena propriedade, por isso primamos por um bom quadro técnico e investimos em menos de 04 anos na contratação de mais de 10 profissionais. Também, a COTRIFRED, procura diversificar suas atividades, atuando em várias frentes de negócios, buscando contemplar os mais variados tipos de associados. Atualmente, com 3.431 associados e 210 colaboradores, procuramos em nossas ações dar segurança a essas famílias, primamos pela transparência em nossos trabalhos e nossas iniciativas são todas amplamente discutidas com nossos associados, seja através de assembleias ou seja através de reuniões mensais com o conselho. Nos últimos 05 cinco anos, foi visível a transformação da COTRIFRED, com a contratação de novos profissionais, com implantação de novos projetos, foi possível constatar a evolução, crescemos mais de 100%, tudo isso, graças ao
esforço de todos, associados, colaboradores e clientes, que acreditaram neste novo projeto de trabalho, pautado na união de esforços, na transparência das ações e principalmente na seriedade em nossas atitudes.
THIAGO CAETANO SCHMIDT CANTARELLI - MÉDICO VETERINÁRIO Os produtores de leite da Cotrifred tem a sua disposição um quadro técnico formado por dois médicos veterinários, um agrônomo e oito técnicos agrícolas. Entre as atividades, gratuita, desenvolvidas cabe destacar: projetos agropecuários e agrícolas; implantação e manejo de gramíneas e leguminosas; nutrição animal; assistência veterinária; melhoramento genético; e qualidade do leite. Na implantação de culturas (gramíneas, leguminosas e pastagens de inverno e verão) há acompanhamento e recomendações técnicas para a escolha do cultivar, plantio, tratamentos (preventivos e curativos), colheita e armazenagem (silagem, feno, pré-secado, grão-úmido,...). Conta-se com uma fábrica de ração para atender as necessidades da bovinocultura de leite nas diferentes épocas do ano. Servindo de suporte ao trabalho de nutrição animal desenvolvido nas propriedades. Um diferencial oferecido aos associados é o acasalamento animal, realizado através de parcerias, o qual consiste na avaliação visual das
características fenotípicas da fêmea para posteriormente selecionar o touro que será utilizado no cruzamento e assim gerar um produto (filha) melhorado geneticamente, com auxilio da técnica de Inseminação Artificial, trabalho este desenvolvido à mais de 20 anos pela COTRIFRED. Entre os serviços prestados pelos médicos veterinários (clinica, reprodução, sanidade, nutrição, gerenciamento,...) destaca-se o prevenção, controle e erradicação da tuberculose e brucelose visando a saúde pública, com a captação de leite livre de tuberculose e brucelose bovina; sendo que ambos são habilitados pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em relação a Instrução Normativa (IN) 51 e atualmente a IN 62, além da busca da qualidade, através da diminuição da contagem de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana total (CBT), estimula-se a produção de leite com maior teor de sólidos totais. Portanto, as ações estão relacionadas a sanidade animal, genética,
manejo, nutrição, ordenha, manutenção de utensílios e equipamentos, higiene e resfriamento do leite. Seja através do fomento, de boletins técnicos distribuídos, treinamentos, palestras e/ou dias de campo.
EVANDRO LUIZ FELIN – ASSOCIADO COTRIFRED Desde 1992, associado da COTRIFRED, o produtor Evandro Luiz Felin, vê na cooperativa a certeza da estabilidade econômica da agricultura. A atividade leiteira é, segundo o produtor, a garantia da rentabilidade mensal da propriedade. Felin têm hoje na sua propriedade uma média de produção de 15 l/vaca/dia e deseja ampliar a atividade nos próximos anos. A alimentação de qualidade é uma preocupação do produtor que utiliza para alimentar o rebanho silagem, pastagem e a ração produzida pela Fábrica de Ração da COTRIFRED de acordo com as necessidades nutricionais. O produtor destaca que a melhoria genética do rebanho, nutricionais e de manejo são as
principais responsáveis pelo aumento de produção e de qualidade do leite.
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HÍBRIDO DE MILHETO FORRAGEIRO ADRF 6010 VALENTE. Uma grande evolução !!
Estamos em 2014 e nos últimos anos vimos a tecnologia de produtos, serviços, genética de milho e soja, genética animal e nutrição avançarem a passos muito grandes na agricultura e pecuária. Tínhamos necessidade de que isso também fosse acontecer em pastagens. Com as mudanças tecnológicas na pecuária leiteira e de corte é imperativo que tenhamos melhores pastagens, mais produtivas e, principalmente, com mais qualidade. A Sementes Adriana e a Bonamigo Melhoramentos vêm trabalhando em pesquisa e melhoramento de milheto há 15 anos para oferecer ao produtor de leite e carne uma pastagem híbrida de alta produção de massa, ciclo longo e alta qualidade de forragem. O ADRF 6010 Valente oferece para a pecuária uma resposta inovadora em resultados na produção leiteira e de carne. Esta pastagem possui um percentual de proteína bruta quando em pasto de 20 a 24%, com alta digestibilidade e mais de 20 toneladas de produção de matéria verde por hectare/corte. Mais importante que informar o volume gerado, é destacar a alta qualidade desta pastagem, que possui elevada taxa de passagem e degradabilidade no rúmen, com excelentes índices de FDN e FDA. Isso proporciona que os animais comam mais matéria seca por tempo de pastejo e caminhem menos pela maior oferta por área. Isso significa que quanto mais consumo de pastagem de alta qualidade, menor vai ser a quantidade de ração consumida. E dependendo do balanceamento e dieta total, isso resultará em menores índices de PB na composição.
Menos ração no cocho, e mais barata, com mais consumo de pasto no campo: tudo isso torna menor o custo por litro de leite produzido e por kilo de peso vivo ganho. Em termos de custo-benefício, o ADRF 6010 Valente gera excelentes ganhos e resultados para o bolso do produtor. É preciso levar em conta que pastagens de alta resposta em produção e qualidade necessitam de alta tecnologia em adubação de base e aplicação de nitrogênio após cada corte/pastejo. Aliado à isso, sabemos o quanto precisamos melhorar a eficiência de nossos sistemas de manejo de pastagens e quanto isso representa numa propriedade. Neste ponto o ADRF 6010 Valente mostra um ciclo longo e com alta tolerância ao pendoamento, o que facilita o manejo e prioriza a produção de folhas disponíveis para o pastejo durante todo verão. Como recado final, diria que só vendo para saber. Plantem e adubem bem que o resultado virá, e com excelentes ganhos. O maior custo é o que deixamos de ganhar quando não fazemos a escolha certa! Em pastagens de verão o maior custo é adubo, nitrogênio, diesel e mão de obra. Podemos otimizar estes investimentos com alta produção por área e com qualidade. O custo de uma boa semente representa menos de 1/3 do custo total de uma lavoura de pastagem de verão. Tome a decisão certa! Plante ADRF 6010 Valente da Sementes Adriana. Eng. Agr. Carlos César Hermanns. SEMENTES ADRIANA – RS.
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ÉPOCA DE SEMEADURA DE SOJA, PRESSÃO DE FERRUGEM ASIÁTICA E O USO DE CULTIVARES TOLERANTES A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é umas das principais doenças da soja. Quando o manejo para controle não é adequado as perdas ocasionadas pela doença podem chegar até 90%. O fungo causador de ferrugem é biotrófico, ou seja, se multiplica apenas em plantas vivas e não em restos culturais. Assim, durante a entressafra o fungo sobrevive em plantas guaxas, principalmente em invernos pouco rigorosos, como se observou no ano de 2014, o que tornou a presença de soja voluntária muito comum nas lavouras de trigo, em função da ausência de geadas fortes. A disseminação dos esporos de ferrugem, que são muito leves, é feita pelo vento e pode ocorrer a longas distâncias. A forma de sobrevivência e disseminação implica que em plantios mais tardios a concentração de inóculo de ferrugem torne-se bem maior, já que a multiplicação do fungo teve início nas semeaduras do cedo. Com isso, plantios tardios acabam sofrendo maior pressão de inóculo e, consequentemente, o controle da doença torna-se mais difícil. Atualmente, as condições favoráveis de mercado e o desenvolvimento de tecnologias que possibilitam o cultivo de uma segunda safra de verão, vêm motivando produtores a adotar tal prática, ou seja, soja em sucessão ao milho, ao feijão e até mesmo ao arroz, sendo aquela após a própria soja a menos recomendada. De acordo com dados do IRGA, apenas em áreas de várzea no RS, há um aumento de cerca de 90.000 ha/ano no cultivo de soja safrinha. Com o aumento da área cultivada crescem também os problemas. Além da maior pressão de ferrugem, pode ocorrer aumento na incidência de doenças de solo, de nematoides (que fazem com que a rotação de culturas seja fundamental) e de insetos pragas, como lagartas e percevejos. Essa realidade já é evidenciada no Centro-Oeste, razão pela qual o Mato Grosso, através de Instrução Normativa de 21/10/14, passará a ter um período maior de vazio sanitário, que vai de 01 de maio a 15 de setembro, com o objetivo de manter a sustentabilidade da cadeia produtiva da soja naquela região. Outro fator preocupante, além da maior disponibilidade de inóculo de doenças e/ou insetos em plantios de safrinha, é o excessivo número de aplicações, tanto de inseticidas quanto de fungicidas, podendo facilitar o processo de seleção para resistência aos produtos disponíveis no mercado. Em relação aos fungicidas, não há novos grupos em teste para o controle de ferrugem e a manutenção dos grupos existentes é primordial. Por isso, a combinação de melhor época de semeadura (em que não haja tanta pressão de inóculo), o controle eficiente da doença (através do uso de produtos efetivos), a rotação de princípios ativos e o uso de cultivares de soja com maiores níveis de tolerância à ferrugem são fatores essenciais.
Dentre as variedades de soja tolerantes à ferrugem disponíveis no mercado, a cultivar FUNDACEP 66RR é uma excelente alternativa para cultivo em safrinha, pois apresenta menor esporulação do que variedades sem tolerância, refletindo-se num progresso mais lento da doença. Essa característica faz com que a cultivar apresente maior estabilidade na produção, principalmente quando as condições climáticas não permitem a aplicação de fungicida no momento certo, o que dá ao produtor maior tranquilidade e flexibilidade no controle da ferrugem. Além disso, pode reduzir os custos da produção, já que há a possibilidade de reduzir o número de aplicações de fungicida, quando comparada com outras variedades mais sensíveis à ferrugem e cultivadas em safrinha. Para exemplificar o menor desenvolvimento da doença e, consequentemente, a menor desfolha em FUNDACEP 66RR, realizou-se ensaio comparativo na safra 2014 SEM a aplicação de fungicidas. O plantio foi feito em 10/01/14 e o objetivo foi comparar uma cultivar suscetível à ferrugem e FUNDACEP 66RR, com tolerância. No referido ensaio, o rendimento SEM a aplicação de fungicidas foi de 31 sacas/ha com a FUNDACEP 66RR e de 24 sacas/ha com a cultivar suscetível (uma diferença de 7 sacas/ha em favor da cultivar com tolerância). Visualmente, a diferença entre as duas cultivares também foi bem contrastante. FUNDACEP 66RR manteve as folhas até o final do ciclo, enquanto que a cultivar suscetível já apresentou desfolha severa aos 96 dias após a semeadura, ainda no enchimento de grãos, conforme a Figura 1. No entanto, recomenda-se que mesmo em cultivares mais tolerantes o manejo para ferrugem seja feito com o uso de fungicidas, já que essas não são imunes ao fungo, como ocorre com algumas cultivares de trigo, por exemplo. Tendo-se a preocupação também com as lagartas durante a safrinha, as cultivares com a tecnologia INTACTA, TEC 5936IPRO e TEC 7849IPRO, embora sem tolerância à ferrugem, são alternativas comprovadas de resistência às lagartas e alta produtividade. No entanto, já pensando em aliar a característica de tolerância à ferrugem e à tecnologia INTACTA, a CCGL lançará nas próximas safras uma cultivar com essas qualificações.
Dra. Caroline Wesp Guterres Fitopatologista CCGL TEC
A) FUNDACEP 66RR - 86 dias após semeadura. Sem aplicação de fungicida
B) Cultivar Suscetível - 86 dias após semeadura. Sem aplicação de fungicida
A) FUNDACEP 66RR - 96 dias após semeadura. Sem aplicação de fungicida
B) Cultivar Suscetível - 96 dias após semeadura. Sem aplicação de fungicida
BOLETIM TÉCNICO
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DEZEMBRO
I nfo
CONTROLE EFICAZ DE PLANTAS DANINHAS DEPENDE DA TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO UTILIZADA
Mario Antonio Bianchi Pesquisa & Difusão de Tecnologia CCGL
Aplicar um herbicida significa fazer com que o produto atinja o alvo em quantidade suficiente para produzir o resultado esperado, ou seja, o controle da planta daninha. Considerandose que a escolha da estratégia de controle está correta, a tecnologia da aplicação é a responsável por garantir o resultado positivo no controle das plantas daninhas. Entre os fatores que definem a eficiência da aplicação estão: qualidade do equipamento (pulverizador) e condições ambientais durante a aplicação. Qualidade do equipamento: De nada adianta ter escolhido o melhor herbicida ou combinação de herbicidas se o pulverizador não estiver revisado e regulado. Esse é um ponto chave. A aplicação da dose programada depende da qualidade do pulverizador. A qualidade do pulverizador não está diretamente associada com o tamanho ou com o preço do equipamento. O equipamento mais caro e de grande porte não garante a melhor aplicação. Numa pulverização é importante que se tenha uniformidade da vazão das pontas (“bicos”), altura correta do alvo, tamanho de gotas uniforme na faixa de aplicação. Variação na velocidade causa variação no volume de calda aplicado e, consequentemente na dose do herbicida, resultando em falhas no controle. Nos pulverizadores com controle do volume aplicado, a variação na velocidade não resulta em mudança expressiva no volume de calda aplicado mas causa variação o tamanho das gotas na faixa de aplicação, o que pode afetar a velocidade de deposição e favorecer a deriva, resultando em variações no nível de controle das plantas daninhas. Condições ambientais: As condições ambientais afetam o grau de estresse das plantas. Plantas estressadas absorvem menor quantidade de herbicidas, reduzindo a eficiência do controle. Uma condição de estresse muito comum na aplicação de herbicidas é a decorrente de baixa umidade do solo e da baixa umidade relativa do ar (URa). Plantas estressadas
por falta de água reduzem seu crescimento (ex.: expansão foliar), depois reduzem a taxa de fotossíntese e na sequência diminuem o movimento dos produtos resultantes da fotossíntese para as diferentes partes da planta e, em casos extremos de estresse, morrem. Em aplicações na folhagem (pós-emergência) as folhas são as responsáveis pela absorção. Elas são revestidas externamente pela cutícula (ceras) que tem a função de reduzir as perdas de água pela planta, tornando-se a principal barreira para a entrada de produtos aplicados nas folhas. As placas de cera presentes na cutícula são arranjadas como escamas de peixe. Funcionam como uma persiana da janela de casa, quando a URa é elevada (mais de 75%), a persiana fica aberta e o produto penetra com facilidade na folha e quando a URa é inferior a 60%, a persiana fecha gradualmente à medida que a umidade reduz e dificulta progressivamente a entrada do herbicida na folha. O ambiente interfere basicamente em três momentos: na aplicação (até atingir a folha), na absorção e na translocação do produto na planta. Na aplicação é necessário observar a URa e temperatura do ar e a ocorrência de vento, cuja interferência se dá na quantidade de produto que chega até a superfície da folha. Na absorção e translocação é necessário estar atento para a disponibilidade de água no solo, URa e temperatura do ar. Trabalhos de pesquisa indicam que em URa menor do que 60% o controle de plantas daninhas decorrente da aplicação de herbicidas fica prejudicado e muitas vezes insatisfatório para as necessidades da cultura. Observações a campo e de experimentos indicam que até o limite de dois a três dias da ocorrência de 20 a 30 mm de chuva, aplicações de herbicidas realizadas com URa menor que 60% ainda são eficientes. Por outro lado, nota-se que muitas aplicações de herbicidas, espe-
cialmente do glifosato, são realizadas em condições impróprias de ambiente e sob plantas estressadas, URa muito baixa (menos de 50%) e temperatura do ar alta (mais de 35ºC), resultando em deficiência grave de controle. Considerando-se que as aplicações de herbicidas com URa superior a 60% têm alta probabilidade de proporcionar alta eficiência de controle, muitas vezes devese lançar mão de aplicações noturnas para conseguir resultados positivos. Além de condições adequadas para aplicação, deve ser considerado que a absorção dos herbicidas não é instantânea. Os herbicidas são absorvidos a taxas variáveis e essa taxa varia com a espécie vegetal. Por exemplo, se a aplicação for realizada às 11 horas da manhã, tendo-se a URa próxima do limite mínimo (URa = 60%), a absorção e translocação pela planta vão ocorrer no período de queda da URa, quando a planta estiver sob estresse hídrico mais intenso, ou seja, pela parte da tarde. Nesse caso, a eficiência de controle tenderá a ser inferior a de aplicações realizadas mais cedo e com URa mais alta. Em resumo, o planejamento das aplicações de herbicidas na implantação da lavoura de soja, combinando equipamento calibrado com boa disponibilidade de água no solo, URa maior que 60% e temperatura do ar superior a 15ºC e inferior a 35ºC, é decisivo para obter eficiência de controle compatível com os altos níveis de produtividade obtidos atualmente.
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SOJA SAFRINHA - OPÇÕES QUE PERMITIRÃO EXCELENTES RESULTADOS. Prática cada vez mais adotada pelos produtores e que se bem conduzida poderá trazer significativos retornos econômicos. Denomina-se soja safrinha o cultivo dessa leguminosa realizado logo após a safra de milho, feijão, arroz ou até mesmo após uma primeira safra de soja. O Noroeste e a Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul têm se destacado na adoção dessa prática, estimando-se que sejam semeados nessas regiões e dessa forma em torno de 40 e 90 mil hectares, respectivamente. A semeadura da soja nessa época não está dentro do período recomendado pelo zoneamento agroclimático, que indica a melhor expressão do potencial produtivo da cultura, além de se observar o aumento dos riscos, entre os quais a maior pressão de pragas e patógenos, principalmente da ferrugem asiática. Tanto é que a produtividade da cultura fica prejudicada, situando-se entre 25 e excepcionalmente 50 sacos de soja por hectare, dependendo das condições climáticas, do manejo adotado e principalmente da cultivar escolhida, configurando-se como um cultivo de risco. Mas a liquidez e os bons preços da soja incentivam a ampliação dessa prática. Em uma análise conjunta das consequências que poderão ocorrer a médio e longo prazo, a CCGL Tecnologia indica que essa prática seja
preferencialmente adotada na sistemática de soja (safrinha) após o milho, arroz ou feijão semeado no cedo. Baseada nessa orientação, a CCGL Tecnologia traz ao mercado cultivares adaptadas para essas condições, com destaque para FUNDACEP 66RR, TEC 7849IPRO e TEC 5936IPRO. Na figura 1 são mostrados os expressivos resultados de produtividade das referidas cultivares na safra 2013/14 frente à média de 3 variedades testemunhas de mercado. A cultivar FUNDACEP 66RR se destaca no cultivo em safrinha em função de sua tolerância à ferrugem asiática, que é um dos maiores problemas da soja cultivada nessa época. Com ela tem-se maior segurança para manejar a ferrugem, pois é tolerante à doença, produzindo lesões do tipo RB, que resultam em menor esporulação e menor taxa de progresso da mesma. Consequentemente, essa característica lhe confere maior estabilidade na produção, principalmente quando as condições climáticas favorecerem a doença e não permitirem a aplicação do fungicida no momento correto. Já a TEC 7849IPRO na safrinha torna-se
140
%
130
127
123
123
120 110
Eng. Agr. M.Sc Dalvane Rockenbach Manejo de Culturas da CCGL
cultivar de ciclo precoce, com porte adequado e produtividade compatível com a época. Isso se deve, principalmente, pela diminuição do seu período juvenil, fazendo com que ocorra a redução de sua estatura, o encurtamento de seu ciclo e a manutenção níveis bons de produção. A cultivar TEC 5936IPRO também proporciona excelentes resultados produtivos na safrinha, e traz como característica extra a tolerância aos nematoides de galha, desde que seja semeada no máximo até 15 de janeiro. Semeaduras que ocorrem após meados de janeiro comprometem significativamente o rendimento. Portanto, para semeaduras realizadas após essa data indicam-se as cultivares TEC 7849IPRO e FUNDACEP 66RR.
100
100 90 Fundacep 66RR
TEC 5936IPRO
TEC 7849IPRO
Testemunhas
Figura 1 - Produtividade relativa de cultivares de soja CCGL TEC indicadas para cultivo na safrinha. Semeadura: 15/01/2014 – Cruz Alta – RS.
RECOMENDAÇÕES PARA A SAFRINHA FUNDACEP
66
• Tolerante à ferrugem; Ciclo/GM: Precoce / 6.0
RR
TEC 7849IPRO - PRODUTIVIDADE NA SAFRINHA 2014
Tipo de Crescimento: Indeterminado Peso de Mil Sementes: 180 a 220g
• Sanidade radicular.
60 240
FUNDACEP 66RR
RS (102,103)
7849
DEZEMBRO JANEIRO 01 05 10 15 20 25 30 01 05 10 15 20 25 30 28
• Alto potencial produtivo;
TEC
IPRO
• Estabilidade de produção.
30
50
34
52
Ciclo/GM: Tardio / 7.8 (RS-SC-PR-SP e MS) e Precoce / 6.9 (GO e MT).
TEC 7849IPRO
RS (102,103)
30
Tipo de Crescimento: Indeterminado
25
26
30
190
140
35
Ciclo aproximado em dias em semeadura na safrinha (Janeiro): 118 dias
90
180
20
DEZEMBRO JANEIRO 01 05 10 15 20 25 30 01 05 10 15 20 25 30 24
55
40
12 de Janeiro TUPARENDI/RS
ESTADO MICRORREGIÃO
55
45
Peso de Mil Sementes: 148 a 176g
CULTIVAR
54
32
60
80
71
25 de Janeiro 13 a 15 de Janeiro 05 de Janeiro SÃO LUIZ CRUZ ALTA/RS SÃO LUIZ GONZAGA/RS GONZAGA/RS DATA DE SEMEADURA E CIDADE
40
ÁREA SEMEADA (ha)
ESTADO MICRORREGIÃO
SC 60Kg/ha
CULTIVAR
55
Dicas de Receitas CCGL, para o seu nal de ano car muito mais gostoso. Receitas
Biscoitos de Natal Modo de preparo da massa: Coloque o sal amoníaco em uma tigela e despeje sobre o pó o leite morno, misture suavemente até dissolver, deve espumar e aumentar de volume. Depois junte os demais ingredientes e misture com as mãos. A farinha coloque até dar ponto, para esta receita aproximadamente 1 kg de farinha. Comece a amassar na tigela e depois passe para uma bancada enfarinhada. O ponto é até formar uma bola de massa bem bonita, que solte das mãos. Deixe descansar um pouco antes de abrir. Abra a massa com um rolo na espessura de 0,5 cm sobre superfície enfarinhada e corte os biscoitos com cortadores próprios, encontrados em lojas de produtos para confeitaria. Leve para assar até dourar o fundo dos biscoitos. Decore com glacê real. Espere secar o glacê e guarde em potes, vidros e biscoiteiros bem fechados. Modo de preparo do glacê:
IMAGEM: EVERYSTOCKPHOTO
Ingredientes da massa : • 6 ovos inteiros; • 2 xícaras de chá de açúcar; • 1 pitada de sal; • 1 xícara de chá de manteiga; • 200 ml leite morno (2 colheres de sopa de leite em pó ccgl misturados a 200 ml de água); • 1 colher de sopa de sal amoníaco; • 1 colher de cha de noz–moscada; • 1 colher de chá de canela em pó; • 1 colher de chá de raspas de laranja; • Farinha de trigo, o quanto baste.
Bata as claras em neve em ponto bem firme, sem parar de bater na batedeira, junte o açúcar confeiteiro aos poucos, junte o suco e o vinagre, e vá juntando açúcar até dar ponto. O ponto é quando se sente que o glacê está pesado, a “batedeira pesando”. Vai bastante açúcar, cerca de 500g. Para decorar os biscoitos, espere que esfriem bem, e decore a gosto usando o glacê, pode ser colorido com corante alimentício. Coloque os biscoitos já decorados em uma forma (ou bandeja com bordas altas), um ao lado do outro. Cubra as formas com um pano (não coloque em potes com tampa, o glacê não seca e fica melado), deixe aí por umas 6 horas em local seco e arejado. Depois de secas podem ser embaladas e ser utilizadas para presentear os amigos.
Ingredientes para glacê: • 2 claras; • 2 colheres (sobremesa) de suco de limão; • 2 colheres (café) de vinagre branco; • Açúcar confeiteiro, o quanto baste.
Salpicão de Ano Novo Ingredientes • 1 pimentão verde tamanho médio; • 1 pimentão vermelho tamanho médio; • 1 pimentão amarelo tamanho médio; • 1 lata de abacaxi ou pêssego; • 2 cenouras médias raladas finas; • ½ repolho verde fatiado fino; • ½ repolho roxo fatiado fino; • 1 vidro de pepino em conserva; • 1 vidro de palmito; • 1 pacote de batata palha; • 200 ml de creme de leite CCGL; • 300 gramas de queijo mussarela; • 300 gramas de presunto cozido, ou peito de frango; • 200 gramas de maionese pronta; • 1 colher de sopa de mostarda da sua preferência; • 1 colher de sopa de molho shoyo; • 100 g azeitona verde sem caroço; • 100 gazeitona preta sem caroço; • Castanhas, amendoim torrado ou nozes; e • Passas de uvas brancas e pretas.
Receitas
Modo de fazer: Corte o presunto, o queijo e os pimentões em tiras finas, rale a cenoura e fatie os repolhos, depois pique o abacaxi,o palmito, os pepinos em conserva, as castanhas e as azeitonas. Junte tudo com o restante dos ingredientes e misture bem, em seguida leve para gelar. Use sua criatividade e deixe o prato bem bonito para servir em sua mesa da ceia de ano novo.
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CCGL LAC
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EXCESSOS ALIMENTARES NO FINAL DO ANO Mesmo antes das principais festas de final de ano as comemorações são diversas: amigo secreto da empresa, dos amigos, festa da escola dos filhos, e outros vários motivos para celebrar a chegada do fim de ano. Sem contar, claro, o Natal e o Reveillon, verdadeiras orgias gastronômicas regadas a excesso de bebidas alcoólicas. Festejar sempre é maravilhoso e faz bem à alma. O único problema é cuidar para que a dieta iniciada no inverno não vá por água abaixo ou que não se ganhe quilinhos indesejáveis para o verão. Para evitar desastres, algumas medidas simples podem ser tomadas sem radicalismos, afinal, a vida também é feita desses momentos. A principal mudança é de atitude perante a comida. Em uma festa devemos reforçar o pensamento que ela faz parte da comemoração e não é o personagem principal. Procure saborear o alimento. O propósito da festa é o encontro de pessoas e a confraternização, não a comida. Outra informação cultural importante é que quando a comida é gostosa ou especial devemos comer mais. Muitas pessoas inclusive aferem o sabor do alimento pela quantidade ingerida pelos convidados. Se não comeram bastante é porque não gostaram da comida. Enfim, após preparar o emocional para comer com moderação nesses encontros, o segundo passo são atitudes básicas que favorecem comer de maneira adequada sem comprometer o peso ou a saúde. A primeira medida é nunca chegar com fome nos eventos. Geralmente a comida é servida mais tarde e, se estamos com fome na hora de comer, fica muito difícil controlar os impulsos. Uma dica importante é comer algo antes de sair de casa. Pode ser algo rico em fibras, que aumenta a saciedade, como 1 sanduíche de pão integral, 1 iogurte com cereal ou mesmo uma barra de cereais. Se o prato principal for uma refeição e diversos tipos de carnes, pratos quentes e também saladas, deve-se evitar servir-se em excesso. Pro-
cure escolher os alimentos prediletos. Não se sinta na obrigação de provar um de cada. Procure escolher aqueles que você mais gosta, não excedendo dois tipos de cada grupo (carboidratos e proteínas) e servindo-se mais à vontade de saladas. Procure evitar repetir. Na hora de comer, procure conter a ansiedade, muitas pessoas ficam mais ansiosas comendo em grupo e acabam comendo rápido. Sinta o sabor do alimento, mastigue mais vezes. Faça pausas para conversar, afinal, o verdadeiro motivo de você estar ali é confraternizar. Na hora da sobremesa, se você optar por comê-la, procure não fazê-lo logo após jantar. Espere ao menos 1 hora e utilize sua sobremesa como substituição da ceia. Um prato de sobremesa ou 1 fatia de torta seria a quantidade adequada. Se a refeição oferecida for lanches e salgados, evite comer beliscando. Novamente monte seu pratinho com os salgadinhos que você julga favoritos e coma de uma vez só. O beliscar nos tira a noção da quantidade ingerida. Sobre as bebidas, o problema é um pouco maior. No caso dos refrigerantes são bebidas extremamente ricas em açúcar e com uma facilidade de absorção muito grande deste açúcar. As bebidas light ou dietéticas são ricas em sal. Portanto, a recomendação nesse caso seria ingerir o mínimo possível; ou melhor ainda, não ingerir. A bebida alcoólica também possui grandes quantidades de açúcar. Além disso, o álcool promove o aumento da conversão do alimento em gordura corporal. Ou seja, a bebida alcoólica favorece que todo alimento que ingerimos se transforme em gordura e seja armazenado no nosso corpo. Evite bebidas alcoólicas e se for consumir prefira doses menores de bebidas destiladas ou do tipo ice ou espumante. Se a festa for em casa, você pode cuidar para que todas pessoas recebidas possam fazer escolhas saudáveis. Capriche na salada, faça dela um atrativo saboroso. Evite alimentos gordurosos ou ricos em sal. Use molhos à base de ervas e
Adriana Horz Nutricionista da CCGL - CRN2 9275
diminua os molhos gordurosos com maionese. Apresente uma sobremesa leve, com frutas ou gelatina, que combina muito mais com nosso verão e vai agradar a todos. Apresente uma opção de bebida, como um suco refrescante. Nada disso significa que sua festa vai perder qualidade, pelo contrário, fica de muito bom tom servir esse tipo de alimento na estação mais quente do ano. Aproveite e curta as festas, pois se estivermos de bem com nós mesmos, saberemos como equilibrar o prazer e o excesso. Não devemos fazer como muita gente que só enxerga na mesa farta algo de perigoso. Ou como aqueles que prometem começar regimes na segunda semana do ano. A relação com a comida deve ser a mais natural e agradável possível. Sofrimentos não fazem perder peso, apenas aumentam nossa cota de insatisfação. Por isso, para aqueles que se preocupam ou pensam em adotar práticas alimentares saudáveis, a ceia do Natal e as festas de Ano Novo não representam risco algum para sua silhueta e para sua saúde. A melhor receita nesse caso é comemorar, desde que haja bom senso.