Edição Especial
26 de Novembro - Edição Especial
Editora Juliana Rocha
SUMÁRIO
pg.03 O que é linguagem visual? pg.04 Elementos básicos da Linguagem Visual pg.09 Anatomia da Linguagem Visual
pg.10 Técnicas de Comunicação Visual
pg.12 O que é Gestalt?
pg.13 Teoria da Gestalt
Revista Nature
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O QUE É LINGUAGEM VISUAL?
L
inguagem visual é todo tipo de comunicação que se dá através de imagens e símbolos. Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, são a matéria-prima de toda informação visual. Entretanto, esses elementos isolados não representam nada, não tem significados preestabelecidos, nada definem antes de entrarem num contexto formal. Podem-se identificar como principais elementos visuais: o ponto, a linha, a forma, a direção, a textura, a dimensão, a escala, o tom e a cor.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL
PONTO Sinal gráfico mínimo e elementar, caracteriza-se por uma localização em um espaço, quando colocados em fila, criam a idéia de uma linha. Multiplicados, ampliam seu poder de comunicação e expressão, bem como, sua disposição, distanciamento e cor sobre uma superfície, sugerem idéias, sensações, movimento , ritmo, luz, sombra e volume. Guepardo: animal com pelagem repleta de pontos.
LINHA É uma marca contínua ou com aparência de contínua, também pode ser definida como um ponto em movimento, quando traçada com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-se linha gráfica. As linhas definem as formas e as figuras, é o sinal mais versátil e essencial do desenho, pois pode sugerir sentimentos, movimento, ritmo e velocidade.i Zebra: animal com linhas marcantes em sua pelagem.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL
FORMA Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada forma possui características específicas e a cada uma delas se atribui grande quantidade de significados. Todas as formas básicas são figuras planas e simples, a partir da combinação e variações dessas três formas derivamos todas as formas físicas da natureza e da imaginação humana. Baiacu: espécie de peixe que adquire uma forma arredondada ao sentir-se ameaçado.
DIREÇÃO Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva.
Cão de raça Pointer, que ‘’aponta’’ a caça ao caçador indicando sua localização.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL
TOM intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista, perceptível graças à presença ou ausência relativa de luz. Policromia é o estado de um corpo ou sistema cujas partes têm várias cores. Monocromia é uma harmonia conseguida por apenas uma cor e seus tons diferentes Ararinha-azul, espécie que possui um gradiente azul que vai do claro ao escuro em suas penas.
COR Na natureza, a cor é um fenômeno físico, não existe em si, é gerada pela luz, ou seja, o que percebemos como cor é uma forma de reflexo. De acordo com o físico Isaac Newton, aparentemente branca, a luz solar ou artificial se decompõe em sete cores, mesmo fenômeno que percebemos no arco-íris. À cor também são atribuídos inúmeros significados simbólicos, escolhemos a cor de nosso ambiente e de nossas manifestações. A cor é uma experiência visual importante e possui três dimensões que podem ser definidas e medidas: Matiz ou cromia, saturação e brilho relativo.
Pássaros coloridos da espécie Diamante-de-gould
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ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL
TEXTURA É o elemento visual que serve para substituir as qualidades do tato, é caracterizada pelo entrelaçamento das fibras que compõem uma superfície. Apresenta variações podendo ser enrugada, ondulada, granulada, acetinada, aveludada, etc É possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas óticas. Onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas coexistem, porém, permitem à mão e ao olho sensações individuais.
Pele escamosa de um peixe.
DIMENSÃO A dimensão existe no mundo real, não só podemos senti-la, mas também vê-la com o auxílio de nossa visão. As representações da dimensão em formatos visuais podem ser bidimensionais (comprimento e largura definem conjuntamente uma superfície plana) e tridimensionais (comprimento, largura e altura). Baleia-jubarte: animal que possui dimensões gigantescas comparada a um humano.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL
ESCALA
A percepção do tamanho das girafas se comparado ao meio.
Os elementos visuais são capazes de se modificar e se redefinir uns aos outros, esse processo é conhecido por escala. Em outras palavras, “o grande não pode existir sem o pequeno”. A escala não apresenta valores absolutos, pois variações podem ser livremente estabelecidas entre o tamanho relativo das pistas visuais, com o campo e com o meio ambiente
MOVIMENTO O movimento como conhecemos não se encontra no meio de comunicação, mas no olho do espectador, através da “persistência da visão”, fenômeno no qual uma série de imagens imóveis com ligeiras modificações vistas pelo homem a intervalos de tempo apropriados, fundem-se mediante um fator remanescente da visão, criando a sensação de movimento.
A posição do guepardo e o fundo distorcido na fotografia indicam movimento.
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ANATOMIA DA LINGUAGEM VISUAL
Representacional É o que vemos e identificamos baseados no meio ambiente e na experiencia, a realidade é a experiencia visual básica. Quanto mais representacional, mais especifica é, ou seja, é uma comunicação forte e direta dos detalhes. Fotografia de um panda vermelho.
Simbólico
Cão com uma mancha semelhante a um coração em sua pelagem. O símbolo do coração é conhecido em várias partes do mundo.
O vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribuiu significados. Para ser eficaz, um símbolo não deve apenas ser lembrado, e mesmo reproduzido. Não pode, por definição, conter uma grande quantidade de informações.
Abstrato
Penas de flamingo formando uma imagem abstrata.
A qualidade sinestésica de um fato visual reduzido a seus componentes visuais básicos e elementares. A redução de tudo aquilo que vemos aos elementos visuais também é um processo de abstração.
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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO VISUAL Simetria É uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado.
Sensação de simetria na imagem frontal de uma zebra.
Assimetria Ë a escassez ou ausência de simetria; falta de regularidade ou equilíbrio.
Linguado: espécie de peixe que possui o corpo assimétrico.
MINIMALISMO
EXAGERO
É uma abordagem que procura obter do observador a máxima resposta a partir de elementos mínimos. Na verdade, em sua estudada tentativa de criar grandes efeitos, a minimização é a perfeita imagem especular de sua polaridade visual, o exagero.
Para ser visualmente eficaz, o exagero deve recorrer a um relato profuso e extravagante, ampliando sua expressividade para muito além da verdade, em sua tentativa de intensificar e amplificar.
Fotografia monocromática e simples de pássaros.
Pavão: animal exuberante e com cauda exagerada.
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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO VISUAL sIMPLICIDADE
Fotografia simples de um coelho.
COMPLEXIDADE
Ave-do-paraíso-de-Wilson, ave com aparência complexa e bizarra.
Técnica visual que envolve a imediatez e a uniformidade da forma elementar, livre de complicações ou elaborações secundárias.
Compreende uma complexidade visual constituída por inúmeras unidades e forças elementares, e resulta num difícil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.
ATIVIDADE
ESTASE
Grous-coroados que aparentam estar ‘’dançando’’.
A atividade como técnica visual deve refletir o movimento através da representação ou da sugestão.
Macaco-japonês descansando em águas termais.
Através do equilíbrio absoluto, apresenta um efeito de repouso e tranqüilidade.
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O QUE É GESTALT?
A
Gestalt afirma o princípio de que vemos as coisas sempre dentro de um conjunto de relações. Tal fato contribui para alterar nossa percepção das coisas, como nos fenômenos de ilusão de óptica e, em outros exemplos, baseado em figuras geométricas. Vemos as coisas dentro de relações. A primeira sensação é de forma, já é global e unificada. À primeira vista não vemos partes isoladas, mas relações. Em resumo, vemos o todo. Depois de um tempo, podemos ver os detalhes que fazem parte deste todo. Baseados numa série de experimentos, os psicólogos da Gestalt descobriram diversas leis de percepção, que são comuns à maioria das pessoas: unidade, segregação, unificação, fechamento, continuação, proximidade, semelhança e pregnância da forma.
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TEORIA DA GESTALT
Unidade É definida como um, ou mais de um elemento que constitui um objeto. Unidades podem ser agrupamentos organizados ou parte de um todo. São percebidas através de relações entre os elementos que as constituem. Pássaros da mesma espécie reunidos.
Segregação Percepção de formação de unidade(s) por diferenças de estimulação (por contraste) no campo visual ou na configuração do objeto.
Tartaruga albina entre as comuns da mesma espécie.
Unificação
Cisnes em um lago.
.Coerência visual de sua linguagem formal. Os fatores de proximidade e semelhança, geralmente, ajudam a promover e forçar a unificação da figura. Fundamentada nos princípios: Harmonia, Ordem e Equilíbrio Visual.
Fechamento
As caudas dos gatos parecem formar um coração.
As forças de organização visual da forma dirigem-se espontaneamente para uma ordem espacial. Obtém-se a sensação de fechamento visual pela continuidade de elementos numa ordem estrutural definida.
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TEORIA DA GESTALT
Proximidade
Pregnância
Grupo de lêmures dormindo juntos e na mesma posição.
Lagarto camuflando-se entre as folhas. Imagem com baixa pregnância.
Elementos próximos uns dos outros tendem a ser vistos juntos e,por conseguinte,a constituírem unidades. As forças internas da organização visual da forma tendem a organizar a unidade mais simples de se perceber num primeiro momento
Quanto melhor for a organização visual da forma do objeto e mais rápida e fácil for a compreensão da leitura, maior será o índice de pregnância.
Continuação
Grupo de dromedários seguindo a mesma direção.
É a impressão visual de como as partes (pontos, linhas, planos,etc.) se sucedem através da organização perceptiva da forma forma. É a tendência dos elementos de acompanharem outros, de maneira que permitam a continuidade de um “movimento” numa direção já estabelecida, procurando alcançar a melhor forma possível, a mais estável estruturalmente.
Semelhança
A igualdade desperta a tendência de se construir unidades, de se estabelecer agrupamentos de partes semelhantes. Proximidade e semelhança são fatores que geralmente agem em comum. Muitas vezes se reforçam ou se enfraquecem mutuamente na formação de unidades ou na promoção de uma maior unificação da figura. Espécie de louva-a-deus extremamente semelhante a uma orquídea.
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