Jornal da Gripe 2015

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JORNAL

da

GRIPE

Vacina:

uma forma eficaz de prevenção Quando infetadas, as pessoas espalham o vírus, contagiando outros AF_rodapé mylan_21cmx4,5cm_curvas.pdf indivíduos mesmo antes1de21/09/15 terem10:42 sintomas. PUB

Causada por um vírus, que atinge sobretudo as vias aéreas, a gripe surge todos os anos. Prevenir é essencial, sendo a vacinação imprescindível, nomeadamente em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.


Artur Teles de Araújo, presidente da Graça Freitas Subdiretora-geral da Saúde

A importância da vacinação contra a gripe Com o início do outono arranca uma nova campanha de vacinação contra a gripe. A gripe é uma doença transmissível que, na maior parte das situações, cura espontaneamente. A gripe é, habitualmente, uma doença de curta du­ ração (até 3 a 4 dias), com sintomas de intensidade ligeira ou moderada, evolução benigna e recupera­ção completa em 1 ou 2 semanas. Nas pessoas mais idosas e nos doentes crónicos a re­cuperação pode ser mais longa e o risco de com­plicações é também maior, nomeadamente, pneumonia e/ou descompensação da doença de base (asma, diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal). Constituindo a vacinação a melhor prevenção, sobretudo em relação às complicações graves da doença, a vacina contra a gripe é fortemente recomendada a pessoas com 65 ou mais anos de idade. É, de igual forma, recomendada a doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos seis meses de idade), grávidas e profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, por exemplo, em lares de idosos. Uma vez que os vírus da gripe estão em constante alteração e a imunidade provocada pela vacina não é duradoura, as pessoas com indicação para vacinação devem fazê-lo anualmente. À semelhança de anos anteriores, também este ano a vacina é gratuita nas unidades do Serviço Nacional de Saúde para os cidadãos com 65 ou mais anos de idade e, independentemente da idade, para pessoas residentes em instituições, doentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e doentes em diálise crónica. As pessoas para as quais está recomendada a vacinação, mas não estão abrangidas pela vacinação gratuita, podem adquirir a vacina nas farmácias mediante prescrição médica e com comparticipação a 37%. A vacinação decorre durante o outono/inverno. Se tiver dúvidas, ou se quiser saber mais sobre a vacinação ou sobre a gripe, ligue para:

Saúde 24 - 808 24 24 24 www.dgs.pt

“Vacinar é impres Febre, arrepios, tosse seca e dores musculares e de cabeça são alguns sintomas da gripe. Para prevenir a doença, em especial nos idosos e doentes crónicos, o presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, Artur Teles de Araújo, alerta para a necessidade da vacinação, sendo outubro o mês aconselhado para o fazer. Inexoravelmente, a gripe, uma infeção respiratória causada por um vírus que atinge sobretudo as vias aéreas superiores, surge todos os anos, com mais ou menos intensidade. Em geral, é uma doença benigna, com um curso de cinco a sete dias, que passa por si. Mas, nalgumas pessoas, podem surgir complicações, sobretudo se têm doenças crónicas. Artur Teles de Araújo, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, explica que esses casos requerem prevenção, através da vacinação. Por outro lado, “a gripe surge em surtos, num determinado período de tempo relativamente curto, e concentra-se em muitas pessoas. Em termos sociais, é igualmente prejudicial, uma vez que atinge também grupos jovens e pessoas em idade ativa, com uma intensidade variável”. A vacinação “é imprescindível em pessoas com mais de 65 anos e com diminuição da sua capacidade de defesa imunológica ou doenças crónicas, tais como a diabetes ou as doenças respiratórias. Designadamente, na doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a gripe pode abrir a porta a infeções bacterianas que agravam muito a sua evolução e prognóstico”, alerta o especialista.

Artur Teles de Araújo O presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão alerta que a gripe continua a matar todos os anos

“Os profissionais de saúde, militares, pessoas que vivem em lares de terceira idade e grupos de risco especial pelas suas atividades profissionais são outros alvos importantes, uma vez que trabalham ou vivem em locais onde existe uma grande exposição ao vírus”, esclarece. Vacina protege contra a grande maioria das infeções O vírus da gripe muda todos os anos. Por esse motivo, a vacina “só é válida por um ano” e baseia-se “na probabilidade de as estirpes que estiveram em circulação no hemisfério Sul,


da Fundação Portuguesa do Pulmão:

escindível nos grupos de risco”

Vacine-se na sua farmácia* A vacina contra a gripe pode ser adquirida nas farmácias a partir de outubro, mediante a apresentação de receita médica. no verão, serem as mais prevalentes no hemisfério Norte, no inverno”. Daí não ser possível fazê-la muito antes de setembro/ /outubro, explica o presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, acrescentando que, “embora a vacina não seja 100% eficaz, protege-nos contra as estirpes que se espera que estejam em circulação em cada ano e, por isso, contra a grande maioria das infeções”. Por vezes, não é fácil distinguir entre gripe e constipação e isso pode confundir as pessoas, nomeadamente, quando fazem a vacina. Contudo, o especialista faz notar que “a gripe é uma doença mais forte do que uma simples constipação, dá febre mais elevada e arrasta-se um pouco mais. Enquanto numa constipação banal a febre desaparece em dois ou três dias, na gripe pode prolongar-se até sete dias. Além disso, provoca mais queixas, como astenia (fadiga) ou dores de cabeça”. Não há notícias, do hemisfério Sul, de surtos de gripe muito poderosos em 2015. Por esse motivo, Artur Teles de Araújo estima que, em princípio, este será “um ano normal”. Médico de família e farmacêutico aconselham Apesar do aumento das taxas de vacinação dos grupos de risco, o presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão alerta que “ainda há uma percentagem elevada de doentes crónicos que não faz a vacinação, o que aumenta os riscos de progressão da sua doença”. É verdade que as percentagens têm vindo a melhorar, “mas ainda não é o desejado”. Na perspetiva do especialista, as pessoas devem pedir aconselhamento ao seu médico de família ou ao seu farmacêutico sobre a toma da vacina. “Há algumas situações em que as pessoas são alérgicas à vacina e, portanto, devem ter uma prescrição médica.” Contudo, “se fazem a vacinação todos os anos e sabem que, em princípio, não há contraindicações, podem fazê-lo diretamente na farmácia”.

Para além de adquirir a vacina pode também ser vacinado na sua farmácia, sem esperas, marcações ou demoras. A prevenção da gripe na farmácia é acessível, segura e cómoda, e mais vale vacinar do que remediar. Fale com o seu farmacêutico, conte com a sua farmácia. * Serviço disponível em farmácias aderentes.

Quem deve ser vacinado contra a gripe? Todas as pessoas beneficiam da gripe mas, de forma prioritária, devem ser vacinadas.

+ Pessoas a partir dos 65 anos de idade + Pessoas com mais de 6 meses de idade e com doenças crónicas:

- dos pulmões, coração, fígado ou rins - diabetes - outras situações que diminuam a resistência às infeções

+ Grávidas + Profissionais de saúde

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No caso dos doentes crónicos, a gripe pode abrir a porta a infeções bacterianas que agravam muito a evolução e o prognóstico da sua doença.


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Sílvia Rodrigues, Farmacêutica e Diretora da Associação Nacional das Farmácias:

“Utentes preferem vacinar-se nas farmácias” Just News (JN) – Quais as vantagens de tomar a vacina numa farmácia? Porque preferem os utentes a farmácia? Sílvia Rodrigues (SR) – As vantagens de vacinação na farmácia são: rapidez, proximidade, acessibilidade e disponibilidade, garantindo segurança e qualidade. A prevenção da gripe tem de assentar na facilidade e acesso à vacinação. Neste sentido, os portugueses têm optado cada vez mais pelas farmácias. A possibilidade de vacinação em mais de 2000 pontos do país, sem necessidade de marcações ou esperas prolongadas, tem merecido a preferência de muitos portugueses.

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JN – Qual é a mais-valia de vacinar contra a gripe na farmácia? SR – A vacinação contra a gripe é o único meio de prevenção eficaz em relação aos muitos problemas e complicações de saúde associados, bem como mortalidade evitável. Aumentar a cobertura vacinal da população é um objetivo nacional de saúde pública, sendo a farmácia um espaço adequado, com profissionais qualificados e de fácil acesso, que os portugueses têm valorizado cada vez mais. Mesmo muitas pessoas que podem ser vacinadas gratuitamente nos centros de saúde preferem fazê-lo na

A vacinação contra a gripe nas farmácias é já uma rotina para muitos portugueses, fruto da relação de confiança com o farmacêutico.

JN – Como avalia a recetividade dos utentes em relação à disponibilização de vacinação na farmácia? SR – Muito positiva. Esta satisfação é expressa pela elevada procura por parte dos utentes, que solicitam nas farmácias, com semanas de antecedência, a reserva da sua vacina. A vacinação contra a gripe nas farmácias é já uma rotina para muitos portugueses, fruto da relação de confiança com o farmacêutico. Por outro lado, os portugueses sabem que a administração de vacinas nas farmácias obedece a critérios exigentes, sendo obrigatória a formação específica dos farmacêuticos, com recertificação periódica das suas competências.

sua farmácia e com o farmacêutico que conhecem e em quem confiam. JN – Quais os principais desafios para aumentar a vacinação? O que podem as farmácias fazer mais para prevenir os problemas de saúde relacionados? SR – As farmácias têm estado sempre presentes nos desafios da saúde no nosso país e têm respondido sempre às necessidades dos portugueses. No âmbito da vacinação contra a gripe, o nosso país tem ainda um caminho a percorrer para aumentar o número de portugueses vacinados e, em particular, dos cidadãos com outros problemas de saúde e dos mais idosos. Estamos aquém das metas da

Organização Mundial da Saúde e seriam importantes medidas que favorecessem mais a vacinação. Por exemplo, facilitar o acesso à vacinação na farmácia seria importante pela eliminação dos atuais constrangimentos da vacinação ser totalmente gratuita para alguns nos locais públicos e apenas comparticipada em parte na farmácia. Se todos os anos investimos milhões de euros para tratar problemas de saúde decorrentes de uma menor vacinação, julgo que faria mais sentido pouparmos os custos e a saúde dos portugueses com a gratuitidade da vacinação nas farmácias. Não é apenas uma questão de justiça entre os que podem e não podem vacinar-se gratuitamente, sendo também uma relevante matéria de saúde pública, onde todos ganharíamos bem mais saúde e teríamos menores encargos, como foi visível no ano passado, com as urgências hospitalares caóticas por causa do pico da gripe.


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