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O Projeto Magoda
Desafio
Na África subsaariana, muitas doenças infecciosas, incluindo a malária, são adquiridas dentro e ao redor da casa. Existem grandes exigências para melhorar a saúde dos moradores, especificamente com a melhoria do espaço construído, onde dispendem a maior parte de seu tempo – a casa. Casas de baixo custo prevalecentes na África rural geralmente consistem de paredes de adobe ou tijolo com poucas (se houver) janelas. A circulação de ar é mínima e as instalações básicas, tais como áreas de cozimento de alimentos, abastecimento de água e saneamento são normalmente ausentes ou rudimentares. Modificações arquitetônicas usadas para melhorar a típica casa africana são uma forma eficiente de atingir questões domésticas, como saúde, higiene, conforto, e mais importante, enfermidades.
Contribuição
O projeto Magoda é uma série de oito protótipos de casas construídos em uma vila rural na região Tanga na Tanzânia. O projeto explora elementos tradicionais asiáticos e africanos para gerar uma variedade de projetos de habitação novos com melhorias a fim de minimizar doenças.
As oito casas integram características arquitetônicas asiáticas (para otimizar a circulação de ar) com os métodos de construção africanos tradicionais, familiares ao povo local. Além da colaboração com engenheiros, operários, médicos e sociólogos, os projetos finais são o resultado de pesquisa e observações do clima, para maximizar o conforto interno. As tipologias da construção são casas de um ou dois andares revestidas de madeira, bambu ou tela verde, com cozinhas semi-externas, tanques de coleta de água e instalações sanitárias. Além disto, o projeto foi utilizado como uma ferramenta de investigação para avaliar a redução na transmissão de doenças, no que se refere ao clima interno de diferentes projetos de residências, modificações e materiais de construção.
O projeto envolveu os líderes da comunidade local e as partes interessadas para aumentar a aceitação dos novos projetos de habitação. Em médias as casas são 2,3°C mais frescas e têm 86% menos mosquitos do que as casas tradicionais. Desta forma os projetos constituem-se em exemplos arquitetônicos de de como abordar questões ligadas à moradia, tais como saúde, higiene, conforto e doenças como malária.
Origem/Equipe
Arquitetos: Ingvartsen Arkitekter
Time do projeto: Jakob Knudsen, Lorenz von Seidlein, William N. Kisinza, Konstantin Ikonomidis, Emi Bryan, Salum Mshamu e Kiondo Mgumi