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A Máquina Viva
Desafio
O descarte de águas não tratadas é um dos eventos que mais ameaçam o meio ambiente. Além disso, as áreas urbanas e rurais estão enfrentando cada vez mais os desafios para gerenciar o acesso ao abastecimento de água limpa. Menos de 1% da reserva da água doce da terra é acessível diretamente para o consumo humano. O manejo sustentável e reciclagem da água é, portanto, uma das principais preocupações para o ambiente construído.
Contribuição
A sede da Comissão de Serviços Públicos de São Francisco (SFPUC), com certificado LEED Platinum, é um dos primeiros prédios nos Estados Unidos com tratamento no local de águas cinzas e negras por meio de um sistema de “máquina viva”. Este sistema recupera e trata os efluentes do edifício para satisfazer 100% da demanda de baixo fluxo de água para banheiros e mictórios. Esse design inovador foi motivado pela missão da SFPUC de servir como modelo para que outros edifícios implementem o tratamento local de águas servidas. O sistema fornece uma média de 19.000 litros de água reciclada por dia útil, para descarga em vasos sanitários e urinóis, ou 3 milhões de litros por ano.
O processo inicia-se quando todas as águas servidas do edifício vão para um tanque primário, onde depositam-se sólidos e detritos e em seguida, são levados para o esgoto principal. As águas residuais restantes são tratadas por intermédio de um sistema de engenharia que imita as marés naturais dos pântanos. O esgoto é bombeado de um tanque de recirculação para as os tanques de alagamento que, através da ação da gravidade acumula dejetos no fundo e depois água volta para o tanque de recirculação. Enquanto submersa por água de efluentes, uma vasta população de microrganismos sedentos por matéria orgânica se alimenta dessa água rica em nutrientes. Quando os tanques de alagamento são drenados, o ar é puxado para dentro do substrato para oxigenar os microrganismos e facilitar os processos metabólicos aeróbicos. A partir daí as águas residuais parcialmente tratadas são então bombeadas para a etapa 2. Agora essa água é distribuída verticalmente através de uma rede de tubulação perfurada em um ligeiro declive, o que permite que os fluxos verticais sejam então horizontalmente tratados. Uma vez terminado, o efluente é filtrado e peneirado para remover qualquer sólido suspenso restante, e as bactérias e vírus são removidos por meio da desinfecção por luz ultravioleta e a adição de pastilhas de cloro.
Origem/Equipe
Comissão de Serviços Públicos de São Francisco (SFPUC)