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| 3 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO KAENE CELINA DE JESUS CORREIA
DAS MARGENS AO RIO PARQUE LINEAR RIO TAMANDUATEÍ ENTRE OS BAIRROS CAMBUCI E MOOCA
Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Professor Luís Fernando Campanella Rocha.
SÃO PAULO 2016.
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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Das Margens ao Rio.
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DAS MARGENS AO RIO PARQUE LINEAR RIO TAMANDUATEÍ ENTRE OS BAIRROS CAMBUCI E MOOCA
Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Professor Luís Fernando Campanella Rocha. São Paulo em: ____ de_______________ de 2016 _______________________________ Luís Fernando Campanella Rocha Orientador - São Paulo
_______________________________ Convidado 01 São Paulo
_______________________________ Convidado 02 São Paulo
SÃO PAULO 2016.
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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Dedico à Maria Lúcia de Jesus, mãe. Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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agradecimentos Agradeço ao meu orientador Luís Campanella, que contribuiu diretamente na realização deste trabalho compartilhando comigo o seu conhecimento, para que juntos pudéssemos chegar à conclusão do mesmo. Agradeço também a todos os meus professores, que com paciência contribuíram para a minha formação nestes cinco anos de graduação, e que plantaram em meu coração a semente da Arquitetura e do Urbanismo. A todos os amigos que ganhei durante essa jornada e que me proporcionaram ótimos momentos e lembranças. Especialmente a Caroline Lubarino, companheira de trabalho e de responsabilidades, que aguentou junto comigo cada momento difícil. A Mayara Zambon e Crislaine Regina, que alegraram e deram ânimo as noites mais exaustivas. Essas meninas são de ouro e eu não possuo palavras para agradecer por tê-las na minha vida. A Monique Gonçalves, Luciana Occhialini, Sophia Carazzatto e Sthefany Fona, por serem minhas companheiras e por dividirem comigo esse ciclo tão importante na vida de uma pesssoa, que é a graduação. Ao Rafael Jeronimo, companheiro de TFG, que compartilhou comigo momentos de descontração, de alegria, de muito choro, de raiva. Um amigo que soube se doar sem pedir nada em troca. A Débora Flose, companheira, que soube me dar conselhos sobre o TFG, pois compartilhamos do mesmo tema, e principalmente conselhos sobre a vida. Só posso dizer que
esse 2016 não foi um ano fácil. Com carinho, também quero agradecer ao Thiago Martins, ao Felipe Forcassin e a Mariana Tesima. A todos os outros amigos que não foram mencionados, mais que possuem um lugar no meu coração. Aos que me apoiaram direta ou indiretamente e principalmente à minha família e amigos de longa data pelo apoio e carinho. Muito obrigada a todos.
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“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o oprimem.” Bertolt Brecht
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resumo Este trabalho foi elaborado a partir das percepções da cidade com relação aos seus meios físicos e fluviais. Foi apresentado um estudo de Parque Linear, no eixo do Rio Tamanduateí, mais precisamente nos bairros do Cambuci e Mooca na cidade de São Paulo, como um elemento de transformação urbana. A proposta surgiu depois de avaliar as fragilidades da região, que possui muitas áreas subutilizadas. Inserida dentro da Macroárea de Estruturação Metropolitana prevista pelo Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo, PDE - 2014, a região possui um bom suporte na infraestrutura de mobilidade urbana, porém sofre com a carência na demanda de emprego e moradia. Com o objetivo de reintegrar o rio às cidades, de forma que haja convivência entre o natural e o espaço criado no cotidiano dos paulistanos, evidenciando os benefícios para o desenvolvimento mais sustentável, foi levado como premissa à mobilidade urbana e o saneamento ambiental, a fim de elaborar uma proposta que abrange os projetos previstos pelo PDE e na formação de um eixo estruturador onde se articulam pedestres, automóveis e as águas.
Palavras-chave: Rio Tamanduateí; Parque Linear; Cidade; Desenvolvimento urbano; Caminhos fluviais. Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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abstract This work was drawn from the city’s perceptions regarding their physical and floating means. A Linear Park study was presented in the axis of Tamanduateí River, more precisely in the districts of Cambuci and Mooca in São Paulo, as an urban transformation element. The proposal came after assessing the weaknesses of the region, which has many underutilized areas. Inserted within the Metropolitan Structuring macro area provided by the Strategic Master Plan of the city of São Paulo, PDE - 2014, the region has good support in urban mobility infrastructure, but suffers from a shortage in demand for employment and housing. In order to reintegrate the river to the cities, so that there is harmony between the natural and the space created in the routine of São Paulo, highlighting the benefits for more sustainable development, it was taken as a premise urban mobility and environmental sanitation, in order to prepare a proposal covering the projects planned by the EDP and the formation of a structural axis which articulate pedestrians, cars and water.
Keywords: Tamanduateí River; Linear Park; City; Urban Development; waterways. Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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sumário INTRODUÇÃO 1. CONCEITO
1.1 A Dinâmica entre: Cidade, Espaço Público e Rio 23 1.2 Parque Linear 26 1.3 Estudos de Caso 28
2. DO RIO A CIDADE
2.1 2.2 2.3 2.4 2.5
Contexto Histórico 36 Intervenções no Eixo do Rio 38 Caracterização dos Suportes Naturais 45 Dados Socioeconômicos 43 Operações Urbanas
3. ESCOLHA DO RECORTE
3.1 Definição da Área de Intervenção 55 3.2 Levantamento Fotográfico 57
4. LEITURA URBANA 4.1 Seção Existente 61 4.2 Estrutura Viária 62 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 Das Margens ao Rio.
Uso do Solo 64 Gabarito 66 Zoneamento 68 Equipamentos Existentes 70 Topografia e insolação 72 Problemática 74
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5. DAS MARGENS AO RIO
5.1 Justificativa 77 5.2 Obejtivo 77 5.3 Diretrizes / Ações e Estratégias Projetuais 77
6. AÇÕE PROJETUAIS
6.1 Reestruturação Urbana 82 6.2 Setorização 82 6.3 Reestruturação Viária / Mobilidade Urbana 84 6.3.1 Túnel Av. do Estado 86 6.3.2 Expresso Tiradentes 90 6.3.3 Percursos Viários 92 6.4 Elementos do Epaço Público 100 6.4.1 Iluminação 101 6.4.2 Arborização 102 6.4.3 Pavimentação 104 6.4.4 Mobiliário Urbano 104 6.5 Paisagem Urbana / Eixo de Comtemplação 108 6.6 Sistema de Tratamento e Drenagem: Jardim FIltrante 114
7. IMPLANTAÇÃO 7.1Ampliação 01 120 7.2 Ampliação 02 126 7.3 Ampliação 03 134 7.4 Conclusão 140
ANEXOS REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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INTRODUÇÃO O rio Tamanduateí é um importante elemento na formação de São Paulo. Suas margens serviram para a fundação da vila Piratininga, que mais tarde se transformaria nesta grande cidade. Porém apesar da sua importância histórica, o rio passou a ser um obstáculo para o crescimento da mancha urbana, sofrendo diversas transformações ao longo do seu leito que modificaram sua estrutura física e morfológica, e até resultou no tamponamento de um de seus trechos. Hoje o rio poluído não tem nenhuma conexão com a cidade e sua paisagem. Essas transformações foram decorrentes do modelo de urbanização usado desde meados do século XIX até o final do século XX aproximadamente, que se baseava na filosofia higienista e positivista, que buscava principalmente o desenvolvimento, a industrialização, a higienização e a circulação motorizada. Neste modelo os empreendimentos urbanos eram promovidos isoladamente, em espaços fragmentados, sem regras de interação no espaço, sem ligações entre as diversas áreas, sem infraestrutura e equipamentos públicos indispensáveis, sem estruturação nem respeito pela ecologia ou pelo legado cultural, tudo isso em nome do pregresso. Todo este desenvolvimento gerou impactos ambientais e sociais, os quais podem ser resumidamente exemplificados: pela distribuição das formas de paisagem; alteração do funcionamento normal do ciclo hidrológico; destruição da vegetação; alteração da escala humana, agora relacionada mais com o automóvel do que com o pedestre; densificação incessante e congestionamentos; impossibilidade de Das Margens ao Rio.
| 19 estabelecer relações sociais; respirar ar puro; ter contato com a natureza; citando alguns problemas que foram encontrados durante a pesquisa. Apesar deste diagnóstico, existe atualmente um pensamento mundial de que esses padrões de desenvolvimento devem ser revistos. A recente crise hidrológica que aconteceu no estado de São Paulo, e mais o renascimento de um interesse pela vivência pública na cidade, como por exemplo, a transformação da Avenida Paulista em um grande calçadão aos domingos, ou até mesmo toda a discussão levantada sobre o Parque Augusta, demostra que tem se revigorado o uso dos parques e a vivência urbana pela população. Baseada em Tucci (2005), dentre as possíveis formas de encontrar o equilíbrio entre o processo de urbanização contemporâneo e a preservação do meio ambiente, o parque urbano surge com novos contornos culturais e estéticos, desenhando o perfil, entorno e identidades, devendo ser encarado nos seus diferentes tempos, funções e usos.
de criar um parque que seja um espaço público funcional, atraente, que estabeleça uma qualidade de vida para seus frequentadores, além de tentar minimizar os efeitos ambientais na calha do rio, o trabalho criou uma série de equipamentos como: jardim filtrante, ciclovia, área de recreação, área para eventos, deck elevado, anfiteatro, entre outros equipamentos melhores detalhados no decorrer do trabalho. As principais justificativas pela escolha deste tema e da área de intervenção foram, a operação urbana consorciada prevista para os bairros que margeiam o rio que propõem destampar o rio, e a verificação da falta de um espaço verde de lazer entre os bairros citados. A estrutura geral da pesquisa se divide em 07 capítulos: Conceito (o que é um parque linear e estudos de caso); Do rio a cidade (histórico da região e dados socioeconômicos); Escolha do recorte (perímetro de atuação e levantamento fotográfico); Leitura urbana (uso do solo, gabarito, etc.); Das margens ao rio (justificativa, diretrizes gerais); Ações projetuais e Implantação (projeto).
Assim, como objeto de estudo para este trabalho, escolheu-se a criação de um Parque Linear na região dos bairros Cambuci e Mooca. A escolha da área surgiu após estudos sobre a bacia do Rio Tamanduateí, e por ser esta, a única região que o rio encontrasse tampado por vias expressas, e não somente margeado. São cerca de dois quilômetros de contato com veículos motorizados, sem a presença do rio, do pedestre nem mesmo da relação entre os bairros. O objetivo é resgatar a importância desse rio para a cidade de São Paulo, voltando à cidade agora construída, para o leito do rio, por isso, o título “Das margens ao rio”. Com a intenção Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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Vista área do rio Tamanduateí. Lateral esquerda bairro Cambuci, lateral direita bairro da Mooca e superior região do Parque Dom Pedro II.Imagem retirado do Google Earth, 2016. Das Margens ao Rio.
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CONCEITO
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1.1 A DINÂMICA ENTRE: CIDADE, ESPAÇO PÚBLICO E RIO A história das relações do homem – e suas cidades – com os rios segue uma trajetória complexa, marcada por variadas formas de interação ao longo do tempo e do espaço, fundada na dinâmica e sazonalidade naturais dos corpos de água, mas, sobretudo, nas significativamente variáveis necessidades e expectativas humanas, no decorrer de distintos períodos, épocas e lugares. Trata-se, portanto, de uma relação com aproximações e antagonismos sucessivos, materializados de forma distinta ao longo do tempo, nas diversas culturas e nos diversos sítios. Os primeiros sítios habitados se desenvolveram, essencialmente, nos vales dos rios, em virtude da fertilidade do solo, facilidade de irrigação e de transportes. Como exemplos pode-se apontar: Nilo (Egito), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), Hindus (Paquistão) e rios Amarelo e Yang-Tsé-Kiang (China). Dando origem as primeiras civilizações humanas que dominavam a agricultaura e assim não precisavam ser mais nomades1. Estabelecendo uma linha temporal acerca do modo como os homens vêm utilizando os espaços públicos chega-se ao passado grego e romano, no qual a rua atendia às funções de comércio e circulação e a praça era o lugar de encontro social, nobre e de prestigio, que se chamava Ágora, na Grécia (LAMAS, 1992; SALDANHA, 1993; ROLNICK, 2004). Os equipamentos estruturais como o aqueduto também também atendia uma função importante para a expansão das cidades, principalmente no período do império romano. 1. BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. Capitulo 02.
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24 | Já na Idade Média, os espaços públicos abertos eram uma regalia no complexo tecido medieval e o comércio, na forma de mercado - lugar de trocas de serviço -, era sua função principal. As praças geralmente tinham formas irregulares e agregavam, além das funções comerciais, as reuniões sociais dos moradores com os vizinhos da região (LAMAS, 1992). Aqui os rios já começaram a sentir os impactos da urbanização, recebendo elevadas cargas sanitárias, resíduos das atividades comerciais e manufatureiras, poluição urbana difusa, ocupação de margens, etc. Durante o Renascimento, iniciaram-se grandes transformações urbanas, que causaram a expansão das cidades medievais para além de seus muros (ROLNICK, 2004). A rua e a praça também passaram a ter funções estéticas, tornando-se a primeira, um percurso visual e decorativo e a segunda, o lugar onde se encontravam os principais edifícios e monumentos. Destaca-se que foi no período renascentista que a praça atingiu seu ápice como lugar de valor funcional, político, social, simbólico e artístico (LAMAS, 1992). A evolução e o requinte no modo de viver introduziram a árvore no passeio público, proporcionando a invenção de recintos arborizados, com sentido de recreio e práticas sociais (LAMAS, 1992; SEGAWA, 1996). Com a Revolução Industrial no final do século XVIII, as cidades começaram a crescer de forma nunca vista antes, e as condições de salubridade dos rios que já eram precárias se agravaram com o advento da revolução, sendo os grandes rios convertidos em fontes privilegiadas de abastecimento para as indústrias e, ao mesmo tempo, receptores de águas residuais altamente contaminadas (REYNOSO ET al., 2010). Das Margens ao Rio.
Diante das dificuldades físicas enfrentadas nas cidades nesse período, reforçou-se a preocupação com a vegetação, implantando-se parques, jardins, entre outras áreas verdes, de modo a sanar alguns dos problemas que estavam aparecendo nas cidades (YUERGEL, 1983; SERPA, 2007). De acordo com SITTE (1992), numa política higienista, os espaços verdes eram vistos como imprescindíveis à respiração das cidades e, por isso, foram chamados de pulmões. Esse mesmo preceito higienista apontava para a construção de sistemas de esgotamento sanitário e drenagem pluvial nos rios, na busca do controle de enchentes e de doenças de veiculação hídrica por meio da rápida evacuação das águas pluviais. Os sistemas de saneamento básico, pautados pela execução de redes de tubulação subterrâneas e na canalização de rios e córregos, levaram à perda progressiva do papel da água na paisagem das cidades, no esquemo 01 podemos ver a diferança entre a paisagem que um rio natural tem em relação ao seu entorno em comparação com um rio canalizado e também o funcionamento de ambos. Os conceitos higienistas foram adotados de forma quase que geral no mundo ocidental e no Brasil não foi diferente. Quanto aos espaços públicos, no início do século XX surgiu o Movimento Moderno que elaborou o manifesto urbanístico Carta de Atenas, que pragava a vida urbana em quatro variáveis: habitar, trabalhar, circular e cultivar o corpo (recrear). Segundo Jacobs (2000), em decorrência desse zoneamento, houve o abandono de partes da cidade em determinados horários, tornando tais lugares perigosos e pouco convidativos para os momentos de sociabilidade.
Como visto, a maneira de se perceberem os cursos de água nas cidades vem sendo modificada, tendo se tornado claro que a sua canalização não resolve, integralmente, as ameaças de inundação, assim como não freia a sua contaminação. Ao contrário, passou-se a associar esse tipo de prática à degradação de suas funções ecossistêmicas, além da sua perda como elemento paisagístico. As atuais tendências de intervenção apontam para a adoção de abordagens mais integradas, incorporando aspectos de cunho ambiental e social às análises tecnológicas e de custo-benefício. Há, portanto, uma tendência de resgate dos sistemas fluviais como agentes de “unificação” socioespacial, eixos de desenvolvimento urbanístico e de investimento imobiliário (REYNOSO ET al., 2010). De fato, o novo olhar sobre os rios e córregos urbanos se volta para sua apreciação integrada como espaços de oportunidade ambiental, social, recreativa, cultural e econômica. Como destacado por Mello (2008), a atual valorização dos corpos de água pode se dar em termos simbólicos (valores culturais), cênicos, topoceptivos (orientabilidade e identificabilidade), bioclimáticos, afetivos e sociológicos.
FIGURA 01. Esquema sobre o funcionamento natural do rio e as diferenças entre um rio canalizado. Retirado do Trabalho de conclusão de curso “O espaço das Águas”. 2012 . Disponível em: https://issuu.com/alinecristina3/docs/espacos_das_aguas. Maio de 2016.
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Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
26 | 1.2 O PARQUE LINEAR Para muitos o conceito de Parque Linear é relativamente novo, no entanto, ele já aparece no século XIX em projetos inovadores como o Plano de Birkenhead Park, de Joseph Paxton, criado em 1843 na Inglaterra, e o Plano para a cidade de Berlim – Alemanha, criado por Lenné entre 1840 e 1850. O primeiro plano propunha um conceito de parque considerando aspectos ambientais dentro de um sistema viário (GIORDANO, 2004). O segundo plano estabelece um sistema de parques e canais de comunicação com o rio Spree, integrando soluções para assegurar a navegabilidade e a defesa contra as cheias. Este ultimo, integrava o sistema de canais como um elemento simultaneamente urbano e natural na cidade, orientando a sua expansão e permitindo associar a este um conjunto de parques que constituíam elementos fundamentais na estrutura verde da cidade, parque Tiergarten (SARAIVA, 1999).
usos espaciais e funcionais de forma compatível necessidades ecológicas, culturais, sociais e estéticas; Sustentabilidade; Estratégia espacial, que integra sistemas lineares com outras áreas não lineares, cuja composição não é beneficiada pela diversidade de usos. Segundo Little (1990), os parques lineares podem ser classificados em cinco categorias gerais: 1. Parques lineares criados como parte de programas de recuperação ambiental geralmente ao longo de rios e lagos; 2. Parques lineares criados como espaços recreacionais, geralmente ao longo de corredores naturais de longa distância, tais com canais, trilhas ou estradas abandonadas; 3. Parques lineares criados como corredores naturais ecologicamente significantes, ao longo de rios ou linhas de cumeada, que podem possibilitar a migração de espécies, estuo da natureza e caminhadas a pé;
O maior percursor desta ideia foi o paisagista, arquiteto e agricultor Frederick Law Olmsted, que introduziu o conceito de Parkways2 . Nos anos de 1866 e 1867 projetou o Brooklyn’s Prospect Park, um dos primeiros parques lineares a ser implantado.
4. Parques lineares criados como rotas cênicas ou históricas, ao longo de estradas, rodovias, rios e lagos;
Segundo Ahern (1995) o parque linear pode ser definido a partir desses princípios: Configuração espacial essencialmente linear, o que diferencia de outros elementos da paisagem; Capacidade de união de elementos da paisagem, atuando de forma sinérgica num sistema; Multifuncionalidade, associando
O Parque Linear pode cumprir funções multifuncionais podendo ser utilizado tanto para funções de lazer, recreação, desporto, circulação não motorizada e promoção da educação ambiental e da cidadania, como para proteção de cursos d’água. Vegetação ciliar, abrigo da fauna, amortecimento de enchentes, controle de erosão, melhoria da qualidade do ar, proteção conta o excesso de ventilação e insolação, diminuição dos ruídos
2. Caminhos de ligação entre parques e outros espaços abertos ligados entre si, ou com a vizinhança. Das Margens ao Rio.
5. Rede de parques, baseada em formas naturais como vales ou pela união de parques lineares com outros espaços abertos, criando infraestruturas verdes alternativas.
| 27 urbanos, entre outras. Existe atualmente um pensamento mundial de que os padrões de desenvolvimento devem ser revistos. A crescente consciência ambiental no Brasil, juntamente com o renascimento de um interesse pela vivência pública da cidade, tem revigorado o uso dos parques pelas populações urbanas. “Segundo Sepúlveda (2006) apud Santo e Campos (2006), o valor, na maioria das vezes, não está inserido na consciência da população, e a criação de uma área de lazer funciona como artificio motivador da adoção e proteção do espaço.” FRIEDRICH, Daniela. O parque linear como instrumento de planejamento e gestão das áreas de fundo de vale urbanas. Pag. 22. Ano 2007.
FIGURA 02. Brooklyn’s Prospect Park. Disponível em: http://www.brooklynpast.com/gallery/old-brooklyn-1/. Junho de 2016.
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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Rio Cheonggyecheon em Seul, Coréia do Sul. 2003 – 2005. O Rio Cheonggyecheon foi construído durante a Dinastia Joseon (1392-1410) e tinha a função de dreno para a cidade. Esse córrego sobreviveu durante centenas de anos, até 1940, quando a cidade se tornou populosa e se fixou em torno do córrego. Nos anos de 1976 cerca 6 km de vias elevadas foram construídos acima dele. Somado ao aumento da população que precisava de mais vias para sua locomoção, o antigo canal que atravessa o centro de Seul se tornou praticamente um esgoto a céu aberto. E assim acabou soterrado em baixo de uma movimentada via expressa. No projeto foram demolidos todos os 06 quilômetros de vias elevadas e os leitos carroçáveis que encobriam o rio. Abriuse 20% a mais do espaço em largura para o córrego, levando em conta cheias históricas em um período de 200 anos. Ao todo, foram construídas 22 pontes, incluindo a reconstrução da antiga ponte cerimonial, além de outros numerosos investimentos paisagísticos. Isso incluiu instalações de artes públicas, caminhos ao lado do rio para pedestres e corredores, variando as formas de cruzar o córrego e os tipos de espécies plantadas ao longo das margens. Foi construído um centro comunitário e um Museu que conta a história de Seul. A estrutura viária foi repensada, dando prioridade ao transporte publico e agora o parque linear distribui o fluxo de veículos para os demais bairros sem haver concentração de veículos em uma única via. Das Margens ao Rio.
NATUREZA
CULTURA + URBANO
HISTÓRIA
FIGURA 03. Implantação do projeto e seus setores. Disponível em: http://portalarquitetonico.com.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul/. Maio, 2016
1.3 ESTUDOS DE CASO
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FIGURA 04. Corte da estrutura antiga dos viadutos sobre o rio Cheonggyecheon em Seul, Coréia do Sul. Disponível em: http://portalarquitetonico.com.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul/. Maio, 2016.
FIGURA 05. Corte do projeto de revitalização rio Cheonggyecheon em Seul, Coréia do Sul Disponível em: http://portalarquitetonico.com.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-emseul/. Maio, 2016.
FIGURA 06. Antes da Intervenção. Disponível em: http://portalarquitetonico.com. br/uma-impressionante-renovacao-urbana-emseul/. Maio, 2016
FIGURA 07. Depois da Intervenção. Disponível em: http://portalarquitetonico.com. br/uma-impressionante-renovacao-urbana-emseul/. Maio, 2016
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A origem da cidade de Madri relaciona-se com o rio Manzanares, mas a expansão da trama urbana deu as costas a ele. Na década de 1960, o governo decidiu instituir uma série de rodoanéis na capital. Aproveitando o vale do rio para instalar trechos das pistas de alta velocidade que conectariam rodovias que chegavam dos quatro cantos do país. Rodovia M-30. No entanto, a construção do anel viário foi muito mais complicada e lenta do que o previsto. A demora fez com que a trama urbana extrapolasse os limites daquela que deveria ter sido uma via periférica. A rodovia estava, de repente, inserida na mancha urbana. A cidade em expansão viu-se sumariamente fragmentada pela rodovia. O rio ficou espremido pelas pistas em ambas as margens. A relação entre os cidadãos e o âmbito fluvial desapareceu e o leito do Manzanares, canalizado, ficou completamente isolado, inacessível e invisível. A principal medida do projeto foi o aterramento de 06 quilômetros da M-30 (rodovia integrante do rodoanel), que possibilitou a criação de espaços públicos, parques e áreas de lazer. Foi restabelecida a conexão entre as duas margens do rio através da recuperação de pontes históricas e a criação de novos pontos de passagem para pedestre. O projeto tem preocupação tanto com as escalas territoriais, como as escalas do bairro. Um dos objetivos foi a manutenção da história desse rio e o resgate da mesma. Dividido em três setores (unidades de paisagem), a Salón de Pinos é a coluna vertebral do projeto. Um parque linear estreito e longo (em média, 30 m de largura e quase 6 km de Das Margens ao Rio.
comprimento), composto por mais de 09 mil pinheiros próprios da zona mediterrânea. Salón de Pinos é uma abóbada verde que sombreia a via de pedestres e ciclistas que conecta os dois extremos do projeto de quase seis quilômetros de extensão. Junto ao Parque, encontramos o antigo matadouro da cidade, que foi renovado e convertido em complexo cultural. Foi criado também um novo sistema de esgotamento para diminuir a contaminação do rio e a instalação de reservatórios para conter o volume de água excedente. FIGURA 08. Corte e imagem de referência. Foto do projeto final. Disponível em: http:// au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/212/vias-marginais-de-rio-manzanares-sao-enterradas-para-criacao-de-240789-1.aspx. Maio, 2016.
Parque Madrid, rio Manzanares. Madri, Espanha. 2004 – 2007.
FIGURA 09. Implantação. Disponível em: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/212/vias-marginais-de-rio-manzanares-sao-enterradas-para-criacaode-240789-1.aspx. Maio, 2016.
| 31 Parque Dom Pedro II, rio Tamanduateí. São Paulo, Brasil. Proposta do escritório Una Arquitetos. Outra operação urbana que abrange o eixo do rio Tamanduateí, é a Operação Urbana Centro, que tem como objetivo focal do instrumento a criação de condições que reforcem a importância da área central para a metrópole de São Paulo, tornando-a atraente para investimentos imobiliários, turísticos e culturais e consolidando a sua função de centro institucional. A região do Parque Dom Pedro II está inserida dentro desta operação urbana, e recebeu um especial destaque com a criação de um projeto especifico de revitalização do parque. Será construído um pontilhão simples sobre o Rio Tamanduateí, que dará acesso à área central e ao atual terminal de ônibus. Existe a proposta de construção de um centro de compras e estacionamento público cujo objetivo principal é dar maior dinamismo á região. Implantação de unidades do SESC e do SENAC. Construção de dois túneis, um em cada lado do leito do Rio Tamanduateí, possibilitando novas opções para o tráfego de passagem na Avenida do Estado. Demolição de viadutos e reestruturação viária. Construção de um terminal intermodal conectando os já existentes (terminal de ônibus Parque Dom Pedro II; Terminal Mercado - Expresso Tiradentes; e estação Parque Dom Pedro da linha Vermelha – 3 do metrô). O projeto ainda contará com lagoas de drenagem para proteger a região contra as inundações, além de um sistema de tratamento de água através de plantas.
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MERCADO MUNICIPAL
SESC
SENAC
LAGOA DE DRENAGEM
PRAÇA DE EVENTOS
ESTAÇÃO INTERMODAL
FIGURA 10. Implantação projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II elaborado pelo escritório UNA Arquitetos. Fonte: Site UNA Arquitetos. Disponível em: http://www.unaarquitetos.com.br/site/ projetos/fotos/188/plano_urbanistico_parque_dom_pedro_ii#. Maio, 2016. Das Margens ao Rio.
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DO RIO A CIDADE
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Das Margens ao Rio.
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FIGURA 11. Planta da cidade de São Paulo em 1897. Fonte: GeoSampa. Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_ SBC.aspx. Abril, 2016
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36 | 2.1 CONTEXTO HISTÓRICO “Piratininga é o antigo nome do rio Tamanduateí, que na língua tupi significa rio do peixe seco, na época da chuva o rio transbordava e ocupava toda essa área, quando a água baixava muitos peixes ficavam presos e acabavam morrendo, a morte desses peixes atraia as formigas e atrás das formigas vinham os tamanduás. O rio do peixe seco se tornou o rio do tamanduá, do Tamanduateí.” Documentário: Era uma vez uma cidade entre rios. Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini (2009). O Rio Tamanduateí nasce na Serra do Mar, mais precisamente na cidade de Mauá, e deságua no Rio Tietê, passando pelas cidades de Santo André, São Caetano e pelo município de São Paulo que será o foco deste trabalho. Foi amplamente utilizado pelos índios, por fazer conexão do litoral com o interior paulista, ligando a Serra do Mar ao Rio Tietê, o qual adentra o Estado de São Paulo. Foi utilizado também pelos portugueses, que utilizavam as rotas e os caminhos fluviais indígenas para a exploração da região. Assim, muitas vilas foram fundadas ao longo dos rios paulistas, formando a cidade de São Paulo posteriormente. A Vila de Piratininga (vila de formação da cidade de São Paulo) foi fundada em uma colina 20 metros acima da Várzea Das Margens ao Rio.
do Carmo (umas das várzeas do rio Tamanduateí), ponto estratégico, que permitia fácil acesso ao litoral ao mesmo tempo em que possibilitava avistar qualquer inimigo que se aproximasse da Vila através do rio3. Segundo Benedito de Toledo Lima no livro em três cidades em um século de 2004, o desenvolvimento da Vila de Piratininga nos três primeiros séculos logo após a sua fundação se deu praticamente dentro da colina histórica. Fora dela, morava a população de baixa renda. Tal fato se justifica pelas cheias periódicas do rio Tamanduateí, que limitavam a ocupação e dificultavam o acesso a Zona Leste da cidade. Até meados do sec. XIX, o núcleo urbano da cidade se restringia ao triangulo histórico, o qual era envolto por um cinturão de chácaras utilizadas como moradias e para produção frutícola. A “grande varge” como muitos chamavam a várzea do Carmo, mais separava do que unia o bairro do Brás (inicio da Zona Leste) com o centro histórico, mas beneficiava a Vila com o intenso trafego de mercadorias vindas do litoral e o comercio em suas margens. Em 1867 foi construída a estrada de ferro São Paulo Railway Company, atual Santos/Jundiaí, que teve como seu eixo condutor as margens do rio por apresentar topografia plana e conter chácaras ao seu redor, que possibilitava a transformação delas em lotes industriais com baixo custo de instalação. As vilas operárias foram surgindo, determinando assim a ocupação das margens do rio. Os bairros que margeiam o rio, através do crescimento 3. MEYER, Regina Maria Prosperi e GROSTEIN, Marta Dora. A leste do centro: territórios do urbanismo. São Paulo. Capitulo 01.
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FIGURA 12. Lavadeiras dos senhores, nas margens do rio Tamanduateí, Várzea do Carmo. Fonte: Acervo online do Jornal Estadão. Fevereiro, 2016.
FIGURA 13. Ilha do amor, primeiro projeto do Parque Dom Pedro II. Fonte: Acervo online do Jornal Estadão.Fevereiro, 2016.
industrial, ganharam uma série de melhorias infraestruturais e equipamentos urbanos como bondes, Iluminação, construção de moradias/cortiços, canalização do esgoto. Esses bairros também tinham grande vocação comercial. A construção do Mercado Municipal em 1928, a zona cerealista na região do Brás, a criação de comércios especializados como lojas de roupas, calçados, móveis, de diferentes tipos de mercadorias, mostram o potencial que essas regiões tinham e que ainda é percebido nos dias atuais. Porém, na década de 40 com ideário de construção de avenidas e rodovias, que estabeleceu um novo tipo de conexão na cidade, as margens do rio foram sendo esquecidas e se degradando. No âmbito das indústrias, o que se viu foi à mudança de local para regiões como, o grande ABC (região metropolitana de São Paulo, que abrange as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano), já que agora o transporte de carga se dá preferencialmente através das rodovias, como a Rodovia Anchieta e Rodovia dos Imigrantes e não mais pelo rio. Hoje o rio Tamanduateí se encontra em grande parte canalizado e retificado, seguido por todas as cidades em que passa estrangulado por avenidas estéreis (como a Avenida do Estado), e suas margens configuradas na maioria das vezes por imensos galpões industriais abandonados.
FIGURA 14. Parque Dom Pedro II, vista para colina histórica, em 1963. Fonte: Acervo online do Jornal Estadão. Fevereiro, 2016.
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38 | 2.2 INTERVENÇÕES NO EIXO DO RIO “São Paulo e algumas outras capitais brasileiras que nessa época [primeira década do século XX] passaram por rápidas transformações expandiram-se, portanto sem contarem com os benefícios do planejamento de longo prazo; foram ao contrário, empurradas pelo progresso externo, principalmente pelo sentido construtivo espetacular das grandes cidades norte-americanas.” Richard Morse, Formação Histórica de São Paulo (1970).
Projetos higienistas/sanitaristas. Os primeiros projetos de intervenção na calha do rio datam do início do século XIX, mas somente em 1849 o rio sofreu uma intervenção de grande porte com o projeto do engenheiro João Carlos Abraão Bresser, onde o rio perdeu as 07 voltas na região da várzea do Carmo (atual região do parque Dom Pedro II), possibilitando a ocupação da várzea oeste pela Rua 25 de Março. Porém, não resolveu os problemas de inundações, que se agravaram com as atividades no Mercado Municipal que depositavam o seu lixo no rio.
1810
Em 1891, a constituição incumbiu ao estado e não mais ao município as obras relacionadas a saneamento, como por exemplo, o tratamento da várzea do Tamanduateí. Foi criada uma superintendência de Serviços e Obras que iniciou os estudos para retificação e aumento da vazão no rio. Os primeiros estudos foram elaborados por Paula Souza e Teodoro Sampaio. Em 1892, quem assumiu os trabalhos foi o engenheiro Das Margens ao Rio.
1897
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1849
ATUAL
FIGURA 15. Diagrama das feições do leito do rio Tamanduateí, de 1810 até os dias atuais. Retirado do livro A leste do centro: Territórios do Urbanismo. Ano 2010. Editora Imprensa Oficial. Fevereiro, 2016.
João Pereira Ferraz, o qual refez todos os estudos, diminuindo a vazão antes determinada para o rio. Os trabalhos se iniciaram em 1896 e foram até 1915. A ideia de canalizar desde a foz do rio Ipiranga, até a foz na altura da ponte Pequena no rio Tietê, perfizera 07 quilômetros de canal. A partir dessa obra, foi concebido o projeto do Parque Dom Pedro II, em 1911, pelo arquiteto Joseph Antoine Bouvard. Entre idas e vindas, Francisco Couchet assumiu o projeto do parque. Em 1922, ele foi inaugurado, com traçados sinuosos e alargamento do rio, porém não foram implantados vários dos equipamentos previstos, e a companhia responsável limitouse a plantar grama, árvores, e pavimentar as travessias do parque, no figura 15, podemos observar no primeiro quadro, as alterações na calha do rio. A última obra de canalização do rio foi de 1978 a 1998, com objetivo de diminuir as inundações aumentando a vazão do rio novamente. O que não ocorreu. O rio sofreu drásticas alterações na sua calha. Amplamente canalizado e retificado, nenhum projeto foi capaz de resolver os problemas das cheias. Totalmente descaracterizado, sem sua mata ciliar (Mata Atlântica) e sem suas curvas e grandes margens para comportar o grande volume de água, o rio segue poluído e esquecido.
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Em 1893 iniciaram-se as obras de canalização do rio nas áreas de captação junto ao Córrego do Ipiranga. De acordo com Zmitrowicz (1984), além do canal com 7,5 metros de largura. foram projetadas duas valas de derivação laterais, atingindo terrenos altos próximos à ferrovia e uma parte do aterrado do Ipiranga. Depois de dissolvida a Comissão de Saneamento do Estado o aterro da Várzea do Carmo foi completado, elevando-a em 02 metros com o objetivo de evitar os transbordamentos do Tamanduateí e de nivelar os terrenos. O material do aterro foi fornecido pelas colinas do Cambuci, estendendose posteriormente até o Ipiranga, sendo aproveitado para a implantação de uma avenida margeando o canal - a futura Avenida do Estado. A canalização terminou em 1914 com um canal de 23 metros de largura, margeado por uma avenida de 18.50 metros de cada lado.4 Na década de 20 do século passado, foi elaborado o plano de um anel perimetral de avenidas pelo engenheiro João Florence de Ulhôa Cintra (figura 16), que tinha o objetivo de desviar o trânsito de passagem na região central e distribuir a circulação pelas vias secundárias, estabelecendo a conexão da colina com a várzea do Carmo. Em 1930, Prestes Maia, elaborou o plano de Avenida para São Paulo, que utilizou do plano de anel perimetral de Ulhôa mais um plano de avenidas radias e perimetrais, que resultaram no minianel viário metropolitano (figura 17). Com o objetivo de dar vazão ao grande número de veículos 4. ENOKIBARRA, 2003. Retirado do trabalho de conclusão de curso “O Espaço das águas”. Universidade Anhembi Morumbi, 2012. Das Margens ao Rio.
FIGURA 16. Esquema teórico de João Florence de Ulhôa Cintra. Toledo pag. 122. FIGURA 17. Plano de Avenidas. Toledo, pag, 160. Retirado FERNANDES, Silvia Maria de Carvalho. Os imapctos do expresso tiradentes na rua Silva Bueno. As ações e reações do comércio frente às mudanças no transporte público. Universidade São Judas Tadeu. 2012. Maio de 2016
Projetos viários.
| 41 na direção centro-leste da cidade, foi implantada a avenida radial leste, que teve seu primeiro trecho concluído em 1950. Se por um lado a construção desta avenida significou a possibilidade de integração do Centro ás periferias situada na porção leste do município, por outro, representou um impacto muito grande nos bairros situados a leste do rio Tamanduateí como o bairro do Brás e a Mooca. Ao rasgar o tecido urbano desses bairros, a avenida radial leste provocou a desapropriação de uma série de casas, bem como a interrupção da rede viária existente. Além de alterar profundamente a mobilidade de veículos e de pedestres no interior desses bairros, consolidou uma barreira física de monta, com grande impacto na área central.5
o principal problema da obra foi o legado visual deixado para a cidade. “Não há um projeto urbanístico em torno das vias, e isso é prejudicial para os bairros próximos, como Ipiranga e Mooca”, diz. Embaixo das colunas de concreto é possível ver lixo, sofás, usuários de drogas, moradores de rua e vendedores perambulando em meio ao trânsito.
Um dos projetos da via expressa central que liga o Parque Dom Pedro II a Praça Nove de Julho, em um trecho correspondente a água funda, implicou no tamponamento em cerca de 02 quilômetros de um segmento do rio Tamanduateí, interferindo na visualização, contato da população com o curso d’água e na integração entre os bairros da Mooca e Cambuci.
FIGURA 18. O mapa mostra a situação do Parque Dom Pedro II após a sua implantação em 1930, com a localização do Palácio das Indústrias e do Mercado Municipal. Mostra também o parcelamento e o adensamento dos bairros a leste do rio Tamanduateí. Fonte: Livro A leste do centro: Territórios do Urbanismo. Ano 2010. Editora Imprensa Oficial. Abril de 2016.
Em 1997 o rio passaria por mais uma obra ao longo de seu leito com a implantação de um sistema semelhante ao BRT (Bus Rapid Transit), mais tarde denominado de Expresso Tiradentes. Apesar de contribuir para conectar a população da faixa leste e sul com o centro da cidade, diminuindo o tempo de viagem, esse sistema contribui para diminuir ainda mais o contato da população com o rio e entre os bairros acima citados, além de se tornar uma barreira visual, já que boa parte da linha é elevada. Para o urbanista José Antônio Mesquita Rodrigues, 5. MEYER, Regina Maria Prosperi e GROSTEIN, Marta Dora. A leste do centro: territórios do urbanismo. Caítulo 02.
FIGURA 19. Foto aérea do Parque Dom Pedro II e área do entorno, em 2007. O expresso Tiradentes aparece devidamente implementado. A praça defronte ao Palácio das Indústrias apresenta algumas modificações que se associam ao projeto de recuperação do Parque Dom Pedro II em 2003. Fonte: Livro A leste do centro: Territórios do Urbanismo. Ano 2010. Editora Imprensa oficial. Abil de 2016.
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42 | 2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS SUPORTES NATURIAS A nascente do rio Tamanduateí se encontra dentro do Parque Ecológico Gruta Santa Luzia no município de Mauá, na região da Serra do Mar, em seu percurso constam 04 municípios extremamente adensados (incluindo as margens do rio) caracterizando-o como um rio urbano (figura 20). Possui cerca de 35 km de extensão e está localizado dentro da bacia hidrográfica do Alto do Tietê. Esta bacia compreende os terrenos drenados pelo rio Tietê desde sua nascente, em Salesópolis, até a Barragem de Rasgão, em Pirapora do Bom Jesus. Trata-se de uma área de 5.868 km², bastante urbanizada, que abrange parte ou totalidade do território de 35 municípios, SILVA; PORTO, 2003. No que diz respeito à geomorfologia da região onde está situado o rio Tamanduateí, convém destacar que, localizado na porção sudeste do estado de São Paulo, está o Planalto Paulistano. Trata-se da unidade geomorfológica sobre a qual está situada a RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Divide-se em dois compartimentos, a Borda Cristalina e a Bacia Sedimentar. Com relação a esta última, destaca-se que é uma bacia constituída por sedimentos, como areia, argila e cascalhos, que lhe conferem a denominação de bacia sedimentar. Apresenta altitudes, compreendidas entre 718 e 830 metros, que configuram as suas formas topográficas: planícies, colinas, terraços, patamares, rampas e espigões (CUSTÓDIO, 2012). Grande parte da bacia sedimentar de São Paulo está localizada sob áreas urbanizadas6. 6. SILVA, Erivelton de Brito. O rio, a cidade e o processo de urbanização: um Das Margens ao Rio.
FIGURA 20. Mapa de localização do rio Tamanduateí onde é possível observar o seu percurso desde a nascente, em Mauá, até a sua foz, no rio Tietê. (Elaborado pelo autor). Fevereiro, 2016.
FIGURA 21. A bacia do rio Tamanduateí. Retirado do Trabalho de conclusão de curso “O espaço das Águas”. 2012. Maio, 2016.
| 43 Classificaram as várzeas dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí como planícies aluviais. No que se refere especificamente ao rio Tamanduateí, destaca-se que suas várzeas, alongadas de sudeste para sudoeste, são as terceiras maiores entre as planícies aluviais paulistanas, prolongando-se em planícies de 200 a 400 metros de largura entre 16 quilômetros (de São Caetano até o bairro do Pari). Caracterizando um relevo praticamente nulo ou com leve inclinação. Acerca das características climáticas, Moroz (2010), fazendo a correspondência dos Terraços fluviais e várzeas do vale do Tamanduateí com os atributos climáticos identificados por Tarifa e Armani (2001), identifica que estas unidades topográficas apresentam médias de temperatura anual entre 19,6 e 19,7º C (graus Celsius), e pluviosidade com totais anuais entre 1350 e 1470 milímetros. O rio sofre grandes variações no nível d’água, quando das precipitações pluviométricas. O rio já teve sua vazão em 30 m³/s., hoje chega a 484 m³/s. Mas como ele recebe não apenas a pluviosidade que ali precipita em suas margens, mas também todas as águas precipitadas nas outras unidades da sua bacia, estudos revelam que se houverem períodos mais chuvosos, o rio pode alcançar uma vazão de 600 m³/s a 800 m³/s (segundo dados da DAEE - Portal do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo). As figuras 22 temos os piscinões construidos para minimizar essa demanda na vazão, porém na figura 23 percebemos que ainda existem pontos de alagamentos. estudo retrospectivo sobre o rio Tamanduateí. Universidade de São Paulo. Departamento de Geografia. São Paulo. 2014. 17 a 19.
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FIGURA 22. Mapa de localização dos piscinões na bacia do ri oTamanduateí. Retirado do Trabalho de conclusão de curso “O espaço das Águas”. 2012. Maio, 2016. bacias de detenção em obra previsto projeto concluído pronto
pontos de inudação área de várzea pontos de inundação
Das Margens ao Rio.
FIGURA 23. Pontos de inudações entre 1982 a 2002 e o epaço natural das águas. Retirado do Trabalho de conclusão de curso “O espaço das Águas”. 2012. Maio, 2016.
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2.4 DADOS SOCIECONÔMICOS
evolução urbana rios ferrovia rodovia mancha urbana FIGURA 24. Evolução da macha urbana de São Paulo. Retirado do site Vitruvius, texto: Meio ambiente, espaço e sociedade - O trabalho do arquiteto e urbanista nas condições históricas atuais de Manoel Lemes da Silva Neto. Maio, 2016.
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46 | Dentro do município de São Paulo o rio percorre por entre os bairros do Ipiranga, Vila Prudente, Mooca, Cambuci, Sé, Brás, Bom Retiro e Pari. Inseridos nas subprefeituras da Sé, Mooca, Ipiranga e Vila Prudente. Em um percurso de 12 km.
TABELA 01. Dados demográficos dos Distritos. Prefeitura de São Paulo. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ subprefeituras/dados_demográficos/index.php?p=12758.
subprefeituras/
Segundo dados do Atlas Ambiental de São Paulo, até o ano de 1993 a cidade já se encontrava totalmente urbanizada, principalmente os bairros que se encontram no eixo do rio Tamanduateí, como podemos observar na figura 23. Como o plano de expansão e urbanização de São Paulo aconteceu de forma irregular e sem planejamento, a quantidade de vegetação, áreas verdes por habitante é mínima, ou nula, e estão afastados dos grandes centros. Esse desequilíbrio, quanto à oferta de áreas verdes e áreas urbanizadas, geram aumentos na temperatura média da superfície. Os bairros que se encontram no eixo do rio variam quanto à temperatura do solo entre 30,05°c a 32°c (figura 25), o que é contraditório, já que são margens, e deveriam ter maior Das Margens ao Rio.
FIGURA 25. Cobertura Vegetal 1999. Disponivel em: http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/pagina. php?id=20. Fevereiro, 2016.
| 47 vegetação, logo menor temperatura, porém isso é apenas um reflexo do desenvolvimento desordenado, onde não se priorizou os espaços públicos e áreas verdes permeabilizadas. Com o aumento da temperatura, criam-se ilhas de calor, essas ilhas alteraram o ecossistema natural, o que ocasiona maior e intensa precipitação de chuva, que encontra um solo totalmente impermeabilizado, assim a drenagem dessas águas ocorre apenas pela calha do rio, aumentando a sua vazão que não é suficiente, gerando inundações e enchentes. Esses bairros possuem uma boa diversidade de empregos nos setores secundário e terciário da economia, chegando a somar mais de 100.000 empregos formais em alguns bairros como a região da Sé. Apesar do eixo do rio ter sido abandonado por muitas indústrias, ainda há uma boa quantidade de empregos que são gerados por este setor, bairros como a Mooca, Ipiranga e Brás chegam a ter mais de 9.000 empregos cada, segundo dados do Ministério do trabalho de 2014. Outros setores da economia como o de serviços chegam a empregar cerca de 20.000 a 49.999 pessoas. O comércio e a construção civil, não são tão significativos, porém em alguns bairros se destacam, como o Brás e Ipiranga, figura 26.
FIGURA 26. Temperatura média da superfície. Disponivel em: http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/ pagina.php?id=20. Fevereiro, 2016.
Outros dados mostram que a renda média dos domicílios desses bairros é de até R$ 1.999 (equivalente a 2,5 salários mínimos). E que a média de anos estudados varia entre 7 a 7.99 anos. Somente o bairro da Mooca tem renda domiciliar que varia entre R$ 2.000 a R$ 2.999 e a média de escolaridade é de mais de 09 anos de estudo. A idade de quem reside nesses bairros é de 30 a 36 anos/média. Esses dados correspondem aos anos de 1996 a 1997, porém verificou-se que não houve Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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FIGURA 27. Distribuição de emprego e setores economicos, ano de 2014. Disponivel em: http:// atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/pagina.php?id=20. Fevereiro, 2016. Das Margens ao Rio.
FIGURA 28. Gráficos sobre a Média de escolaridade, Idade Mediana e Renda média domiciliar dos bairros de São Paulo no ano de 1996/1997. Disponivel em: http://atlasambiental.prefeitura. sp.gov.br/pagina.php?id=20. Fevereiro, 2016.
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FIGURA 29. Taxas geométricas de crscimento anual. Disponivel em: http://atlasambiental.prefeitura. sp.gov.br/pagina.php?id=20. Fevereiro, 2016.
alteração significativa no decorrer dos últimos anos, figura 27. Como já comentado no contexto histórico, algumas regiões sofreram um esvaziamento da população. Entre os anos de 1980 a 1991, a região central e os bairros que margeiam o rio obtiveram taxas de crescimento anual que variaram entre 1,00% chegando até 3,95% negativos. Essas taxas continuaram nos anos subsequentes, vindo a ter alguma alteração significativa somente nos anos 2000 a 2010, onde o crescimento desses bairros variou entre 1,01% a 3,00% positivos (figura 28), devido a novos projetos e legislações que começaram a ser desenvolvidos para esses bairros, como operações urbanas, novo plano diretor, entre outros, que tem como um dos objetivos estimular adensamento populacional mais próximo da região central.
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50 | 2.5 OPERAÇÕES URBANAS A região do rio Tamanduateí está inserida dentro de grandes áreas de intervenção urbana na cidade de São Paulo, previstas pelo Plano Diretor Estratégico de 2014 (lei 16.050/2014). Precisamente no eixo da Macroárea de Estruturação Metropolitana. São áreas onde se localizam os sistemas de infraestrutura que permitem o deslocamento de pessoas e produtos, como ferrovias, avenidas estruturais, rodovias e também os rios (figura 29). O Plano Diretor propõe que sejam implementados projetos de intervenção urbana para promover as transformações urbanas necessárias e reorganizar as dinâmicas metropolitanas, já que essas áreas possuem grande oferta de infraestrutura e eixos de mobilidade, mas tem desequilíbrios na relação entre emprego e moradia. A Macroárea de Estruturação Metropolitana foi dividida em alguns setores, para melhor implantação das novas propostas. Cada setor é responsável por alguma Operação Urbana7, os setores são: Arco Leste; Arco Tietê; Arco Tamanduateí; Arco Pinheiros; Faria Lima/Água Espraiada e Arco Jurubatuba. No Arco Tamanduateí existem três operações urbanas acontecendo: a Operação Urbana Consorciada Bairros 7. Operações urbanas consorciadas são intervenções pontuais realizadas sob a coordenação do Poder Público e envolvendo a iniciativa privada, empresas prestadoras de serviços públicos, moradores e usuários do local, buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental. Prefeitura de São Paulo. Das Margens ao Rio.
FIGURA 30. Macro área de estruturação metropolitana de São Paulo. Organizado pelo autor. Fonte: PDF de apresentação Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí. Audiências Públicas para Licenciamento Ambiental Prévio Dezembro 2014. Disponível em http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ operacao-urbana-consorciada-bairros-dotamanduatei-oucbt/. Fevereiro, 2016.
| 51 Tamanduateí (OUCBT), a Operação Urbana Consorciada Centro (OUCC) e a Operação Urbana Água Branca. Sendo a OUCBT a mais extensa. O projeto dessa operação urbana tem origem nos primeiros estudos da Operação Urbana Diagonal Sul (prevista pelo Plano Diretor Estratégico de 2002, lei 13.430/02). Os estudos foram aprimorados resultando nessa nova proposta, que esta em andamento na câmara municipal de São Paulo. A operação OUCBT abrange os bairros Mooca, Cambuci, Ipiranga, Parque da Mooca, Vila Prudente, Vila Zelina. Ou seja, boa parte dos bairros que estão no eixo do rio Tamanduateí, e que se encontram degradadas. Com os temas: mobilidade, drenagem, áreas verdes, equipamentos e habitação. A intenção é adensar a região construindo 83.958 novas moradias, e aumentar as vagas de emprego. Serão disponibilizados 20.470 HIS (Habitação de Interesse Social) sendo 5.158 HIS para famílias residentes, dentro de um estoque de 856.548 m² específico para HIS. Também haverá incentivos à produção de HMP (Habitação de Mercado Popular).
FIGURA 31. Limites e Subdivisões da Operação Urbana Bairros Tamanduateí. Fonte: Apresentação Nota Técnica prefeitura de São Paulo. Disponível em http://gestaourbana. prefeitura.sp.gov.br/operacao-urbana-consorciada-bairros-do-tamanduatei-oucbt/. Fevereiro, 2016.
O projeto prevê a construção de áreas inundáveis para ajudar no escoamento das águas das chuvas, 08 parques estão previstos na proposta, vale destacar a criação de um parque linear sobre o córrego do Ipiranga (saindo da frente do Museu indo até a Avenida do Estado, onde se encontra com o rio), além de mudanças viárias para melhorar a mobilidade na região. Também está prevista a construção de 08 novas UBS (Unidades Básicas de Saúde), 04 AMA’s (Atendimentos Médicos Ambulatoriais) com cerca de 1.200 leitos hospitalares, a entrega de 98,5 quilômetros de ciclovias, 52 creches e 38 Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
52 | unidades escolares de ensinos infantil, fundamental e médio. Em relação ao rio, a operação prevê o destampamento do trecho entre os bairros Cambuci e Mooca. Além disso, haverá alteração do alinhamento das quadras mais próximas ao leito do rio, sendo áreas de proteção receberão um projeto paisagístico. Mesmo não estando mais tampado, o rio seguirá margeado por uma estrutura viária. O adensamento populacional é o foco da proposta, assim estão previstas o aumento do gabarito das edificações. O coeficiente de aproveitamento previsto em boa parte do projeto varia entre 3 e 4, sendo que as áreas destinadas para HIS podem alcançar um CA8 de até 5. A Prefeitura fará por meio de CEPAC9 (Certificados de Potencial Adicional de Construção) a viabilização do projeto. De acordo com a Prefeitura, a implantação do programa terá potencial para render R$ 5,2 bilhões ao caixa do Município e sua previsão entre o início e o término da operação é de 30 anos.
8. CA = Coeficiente de Aproveitamento. 9. Autorização concedida pela Prefeitura, e paga pelo proprietário do terreno para construir além do limite permitido dentro do perímetro de uma Operação. Prefeitura de São Paulo. Das Margens ao Rio.
FIGURA 32. Implantação geral da OUCBT. Fonte: Apresentação Nota Técnica prefeitura de São Paulo. Disponível em http://gestaourbana.prefeitura. sp.gov.br/operacao-urbana-consorciada-bairros-do-tamanduatei-oucbt/. Fevereiro, 2016.
| 53
ESCOLHA DO RECORTE
3
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
54  |
Das Margens ao Rio.
| 55
3.1 DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A área de intervenção situa-se entre o Viaduto Governador Abreu Sodré até a Praça/estação Albert Lion. Este trecho do rio Tamanduateí localiza-se entre os bairros do Cambuci e da Mooca na subprefeitura da Sé, onde está tampado por 04 pistas da Avenida do Estado mais 02 pistas do Expresso Tiradentes, além de mais 03 pistas de cada lado do rio, um total de 12 pistas em um percurso de 02 quilômetros de extensão por 52 metros de largura (104.000m²). O perímetro em questão destaca-se por suas fragilidades urbanísticas, apresentando ser uma área subutilizada, cujos potenciais de transformação são interessantes, já que a área contempla de recentes empreendimentos que iniciaram tal valorização junto com os estudos para a nova operação urbana. Dentro desse eixo ficou estabelecido um perímetro máximo de intervenção, que abrange a primeira quadra que margeia a Avenida do Estado. Algumas quadras são ocupadas por lotes grandes e industriais. Estes também estão inclusos dentro da área, porém não serão alvo necessariamente da intervenção proposta. Assim chegamos a um perímetro de atuação que corresponde a 6.866m em uma área de 1.051.328m².
FIGURA 33. Mapa de localização da área de intervenção. Elaborado pelo autor. Base Googel Earth, 2016. Legenda: 01 – Projeto Revitalização Parque Dom Pedro II; 02 – Antigo Quartel General, possível museu sobre a polícia militar. (Patrimônio Tombado); 03 – Conjunto Habitacional Várzea do Carmo (primeiro conjunto habitacional da cidade se São Paulo, 1942, arq. Atttílio Corrêa Lima) e Edifico do INSS (em processo de tombamento, arq. responsável do Eduardo Kneese de Mello & Sidney de Oliveira, 1968); 04 – Instituto Tecnológico Banco Itaú; 05 – Antigo Edifício Companhia Antártica (Patrimônio tombado); 06 – Avenida Dom Pedro II e eixo de implantação do parque linear do Ipiranga previsto pela OUCBT ; 07 – Museu do Ipiranga (Patrimônio Tombado); 08 – 1° Mesquita do Brasil, 1952.
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
56 |
Rua da Mooca
Rua Odorico Mendes
Viaduto Governador Abreu Sodré
Avenida do Estado
Rua Conselheiro João Alfredo
Rua Leopoldo Miguez
Avenida Presidente Wilson
Rua Luis Gama
Rua dos Pescadores Rua Freire da Silva
Rua Alexandrino da Silveira Bueno
FIGURA 34. Mapa com a demarcação do perímetro máximo a ser trabalhada na intervenção. Elaborado pelo autor. Base Google Earth, 2016.
Das Margens ao Rio.
Avenida Arno
| 57
3.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
05
10
06
11
07
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FIGURA 35. Levantamento fotográfico da área de intervenção. Base Google Earth, 2016.
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Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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Das Margens ao Rio.
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LEITURA URBANA
4
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
60  |
Das Margens ao Rio.
expresso tiradentes Av. do estado elevada
4.1 Seção Existente
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Av. do estado
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+-727 725
Planta-chave terreno 718
Calha do rio tamanduateí
Rua Nicolau Ancona
Rua dos Pescadores
00
10
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CORTE AA' sem escala
50
Av. do estado
Av. do estado
Rua Odorico Mendes
100
Rio Tamanduateí
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
Rua Dom Bosco
62 | 4.2 ESTRUTURA VIÁRIA A área de intervenção se estabeleceu através da Avenida do Estado, que é uma importante via para o sistema viário da cidade, conectando a Marginal Tietê com a Rodovia do Anchieta, umas das vias que conectam a cidade ao litoral (Baixada Santista), passando pelo centro da cidade.
- 03 estações do Expresso Tiradentes: Estação Parque Dom Pedro II, Estação Ana Neri e Estação Albert Lion; - Ciclovia. Em um trecho de 2,5 quilômetros existem apenas 04 pontos de travessia para pedestre, que acontece através de passarelas a cada 700 metros.
Segundo PDE a região possui uma estrutura viária com as seguintes definições: Via estrutural N1: é aquela utilizada como ligação entre o município de são Paulo, os demais municípios do estado de são Paulo e demais estados da federação (via expressa); Via estrutural N3: são aquelas não incluídas nos níveis anteriores utilizadas como ligação entre distritos, bairros e centralidades do Município de São Paulo (arterial); Via coletora: vias não estrutural. Com função de ligação entre as vias locais e a via estrutural arterial e/ou expressa; Via local: com função predominante de proporcionar o acesso aos imóveis lindeiros, não classificadas como coletoras ou estruturais, são de fluxo baixo. Equipamentos de estruturação viária: - Terminal de ônibus Parque Dom Pedro II; - Terminal Mercado (Expresso Tiradentes VLP); - Estação Parque Dom Pedro II do Metrô (Linha 03 vermelha); - Estação Mooca da CPTM (Linha 10); Das Margens ao Rio.
FIGURA 35. Estrutura viária da cidade de São Paulo. Elaborado pelo autor. Base Google Earth, 2016
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64 | 4.3 USO DO SOLO Diagnóstico: A região tem predominância no uso misto quando vista de forma geral. Ainda possui muitas edificações geminadas de uso residencial e as esquinas se caracterizam pelo uso misto. O comercio é de pequeno porte, geralmente são vendinhas, lanchonetes de bairro, pequenos restaurantes. Nota-se que na Avenida do Estado predomina-se o comercio de cadeiras, sendo neste trecho o único comércio encontrado, mas sem força característica. O uso industrial ainda é encontrado, mas ele se configura por galpões de depósito/armazenamento e poucas fábricas. Muitos galpões viraram estacionamento. O uso institucional é encontrado em forma de escolas, igrejas e serviços públicos. Não há áreas verdes e de lazer significativos na região. Muitos lotes encontram-se vazios (não edificados), abandonados (em estado de ruina) ou com as edificações fechadas (sem uso contínuo), principalmente na Avenida do Estado. A ocupação do lote é praticamente total no terreno. O recuo frontal é encontrado apenas em alguns lotes residenciais, quando não, há recuo lateral. Para os demais usos a construção acontece rente com a calçada geralmente.
Das Margens ao Rio.
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66 | 4.4 GABARITO Diagnóstico: O gabarito da região é mediano, uma boa parte dos lotes possuem apenas 02 pavimentos, geralmente são lotes de uso residencial, seguido de alguns edifícios que variam de 03 até 10 pavimentos, que são na maioria de uso misto ou comercial, localizados nas esquinas das quadras.
FIGURA 36. Uso residencial predominante. Foto acervo pessoal. Fevereiro, 2016.
Os galpões indústrias seguem esse mesmo padrão de gabarito, não sendo muito altos, podemos caracteriza-los com uma altura equivalente a 03 pavimentos para menos. Alguns dos edifícios novos de uso residencial tem gabarito maior do que o que prevalece na região, com cerca de 15 pavimentos para mais (devido à nova legislação que visa o adensamento da região), são vistos ainda perdidos na paisagem desses dois bairros. Os maiores gabaritos são encontrados perto das vias de grande fluxo, como é o caso da Avenida do Estado. Os edifícios que estão nessa faixa são mais verticalizados, exemplo é o edifício Centro Tecnológico do Bando do Itaú e a empresa Atlas Schindler, que possuem gabarito de 11 a 15 pavimentos, porém na mesma via percebem-se pequenas edificações com 02/03 pavimentos, muitas vezes são pequenos comércios desvalorizados, e até encontrasse alguns lotes vazios.
FIGURA 37. Edifício comercial. Foto acervo pessoal. Fevereiro, 2016.
FIGURA 38. Edifício residencial novo. Foto acervo pessoal. Fevereiro, 2016. Das Margens ao Rio.
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68 | 4.5 ZONEAMENTO No mapa de Zoneamento da subprefeitura da Sé, o PDE 2014 (Lei nº 16.050) classifica os seguintes usos: Zona Mista: destinada para usos residenciais e não residenciais, podendo inclusive estar presente as duas atividades no mesmo lote ou edificação. Zeis: Zonas de interesse social; Zeis 03 - Áreas com ocorrência de imóveis ociosos, subutilizados, não utilizados, encortiçados ou deteriorados em regiões dotadas de serviços, equipamentos e infraestrutura;
TABELA 02. Quadro 2A - Parâmetros de parcelamento do solo. Retirado do PDE 2014.
Zeis 05 - Lotes ou conjunto de lotes, preferencialmente vazios ou subutilizados, situados em áreas dotadas de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas. TABELA 03. Quadro 3 - Parâmetros de ocupação. Retirado do PDE 2014. Das Margens ao Rio.
| 69
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
70 | 4.6 EQUIPAMENTOS EXISTENTES A região possuí déficit de equipamentos públicos, principalmente na área de lazer, cultura e educação.Assim, foi realizado um levantamento pontuando os existentes. Diagnóstico: Quant. | Descrição 05
Patrimônio Tombado ;
01
Rede de abastecimento;
08
Assistência social;
01
Espaços culturais;
06
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02
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04
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Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
74 | 4.8 PROBLEMÁTICA
- Inundação; - Poluição do rio;
A urbanização traz consigo inúmeras consequências. No caso brasileiro estas estão relacionadas em grande parte com o rápido crescimento das cidades e com a falta de políticas eficazes capazes de ordenar seu crescimento, como podemos observar através dos estudos realizados para a região do Tamanduateí. Esta urbanização fez com que as cidades tornassem cada vez mais ambientalmente inadequadas para a ocupação humana, seja pela concentração da população, falta de áreas verdes, poluição. O município de São Paulo possui uma densidade demográfica altíssima (7.398,26 hab./km²) e não há áreas de lazer suficientes para abrigar a população. A distribuição espacial dessas áreas, de forma geral, apresenta-se deficiente, encontrando-se vários bairros do município desprovidos de espaços públicos coletivos destinados ao lazer. Muitos setores, ainda precisam lidar com grandes barreiras físicas, como é o caso do rio estudado, onde sua margem tem grande potencial e vocação para receber equipamentos culturais (um resquício desse principio é a implantação do Parque Dom Pedro II), porém é tratada de forma inadequada. A partir dos estudos realizados destacam-se alguns problemas que caracterizam a área: - Alteração no caminho das águas; - Escassez de vegetação: - Aumento da temperatura; Das Margens ao Rio.
- Tamponamento do rio; - Barreiras urbanas; - Falta de conexão entre os bairros; - Projetos sem a escala do pedestre; - Projetos que não valorizam o rio; - Grandes vazios e espaços subutilizados; - Falta de equipamentos culturais e de lazer.
| 75
DAS MARGENS AO RIO
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Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
76  |
Das Margens ao Rio.
| 77
5.1 JUSTIFICATIVA A urbanização traz consigo inúmeras consequências e depois de realizadas as análises locais, notou-se a necessidade de um projeto que fosse capaz de reestabelecer a ligação do rio com a cidade de forma positiva, por isso, o nome do trabalho é “Das Margens ao Rio”, onde a cidade agora se volta ao rio de sua fundação. Com o objetivo de criar espaços culturais e de lazer capaz de fazer a manutenção do mesmo, conectar este espaço com as demais regiões que possuem melhor infraestrutura, dando continuidade aos fragmentos, recuperar ambientalmente a fauna e a flora, priorizar a relação dos espaços verdes de forma a contribuir para a qualidade do ar, na temperatura do solo e na qualidade do contato das pessoas com a nova conexão urbana. Assim, o projeto do Parque Linear se encaixa nas demandas da região para fornecer um espaço de qualidade no âmbito, social, natural, econômico, cultural e histórico. Onde o rio é o instrumento fundamental para fortalecer os laços entre o cidadão e o território. 5.2 OBEJTIVO O objetivo específico é criar uma série de equipamentos públicos que tragam benefícios a região de forma integrada, como: jardim filtrante; ciclovia; área de recreação com playground, equipamento para exercícios e mesas de jogos; área para eventos; deck elevado; anfiteatro e principalmente caminhos verdes e áreas de contemplação, elaborando uma proposta viária, de mobilidade e drenagem.
5.3 DIRETRIZES Hoje o rio Tamanduateí está separado da cidade de São Paulo por diversas barreiras, sejam elas físicas, culturais ou sanitárias. A rearticulação dessas barreiras pode levar a uma situação urbana favorável e conduzir à retomada do contato das pessoas com o rio. O potencial introduzido ao Tamanduateí devido à rearticulação e suas barreiras pode lhe conferir caráter de estrutura a outros elementos naturais urbanos já consolidados, por exemplo, o museu do Ipiranga, e articulá-los com a cidade. Alguns elementos urbanos serão acrescentados posteriormente para acentuar a relação das pessoas com o rio e a soma de todas as ações, fará dele um elemento estruturador da paisagem urbana. 04 pilares para as diretrizes gerias: - Mobilidade: desenvolver projetos que considere todos os meios de mobilidade urbana, priorizando o pedestre, e os meios de transporte coletivo. - Microclima: considerar o código florestal Código Florestal – Lei Federal 4.771/65, para o desenvolvimento de projetos na margem do rio. Aumentar significativamente a arborização na região. - Equipamento Urbano: estabelecer uma série de equipamentos que proporcionem o conforto do cidadão para o uso da cidade. - Drenagem: Considerar que a região sofre com enchentes e inundações frequentes, onde a sua melhoria beneficiária a relação do rio com a cidade.
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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RECUPERAÇÃO DO RIO
área verdes
ESTRUTURA VIÁRIA escala VEGETAÇÃO PEDESTRE LAZER
pólos de atração
MICROCLIMA CULTURAIS
EQUIPAMENTOS
MOBILIDADE
rio elementos + barreiras articuladas articuladores
DRENAGEM
FIGURA 39. Esquema das açoes projetuais. Retirado TFG Contruindo a paisagem Urbana. PINHEIRO, Paulo. 2011. Fonte: https://issuu.com/ paulo_jrp/docs/caderno_final_tgi_1_-_paulo_pinheiro. Junho, 2016.
DIVERSIDADE DE USOS
Das Margens ao Rio.
CONEXÕES CIDADE X RIO
CIDADE + RIO
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AÇÕES PROJETUAIS
6
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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Das Margens ao Rio.
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82 | 6.1 Reestruturação Urbana
6.2 Setorização
Por se tratar de uma região extremamente adensada e consolidada, para a implantação do parque foi necessário reestruturar a quadras existentes. Partindo do ponto de vista que essa região esta em transformação e há uma série de lotes abandonados e até mesmo já não mais edificados, e baseado no Capítulo II Regras de uso e ocupação do solo, que se encontra dentro do projeto de lei 01-00723/2015 executivo da Operação Urbana Rios Tamanduateí - Art. 8°: Para a imaplantação do Plano
Assim, com a nova reestruturação urbana, o projeto do parque foi dividivo em setores, para que, de acordo com as necessidades e problemas levantados, pudessemos abranger de forma mais eficaz as necessidades da região. Temos: Setor ZEIS - Estes núcleos já estão estabelecidos através dos projetos de lei, como a OUCTB e pelo Plano Diretor. Assim, eles foram mantidos e estão sujeitos as regras determindas por estas leis. Setor Cultural - Com cerca de 21.330m², este setor ficará responsável por entregar atividades ligadas a cultura e educação. Setor Bosque - Com cerca de 152.450m², este setor se caracteriza pelo área de vegetação mais densa dentro do parque, com atividades ligadas em estabelecer uma relação entre o rio e a cidade, caminhos verdes e arborizados. Setor Morar - Foi destinado uma área de 33.200m² para a relocação das famílias afetadas pela demolição e reestruturação das quadras. Setor Recrear - Em uma área de 84.260m², este setor deverá oferecer ativiades ligadas ao lazer e a prática de esportes. Setor Preservar - Em um área de 88.550m², este setor fica resposável em ofercer atividades que levam a conscientzação da população em relação a sustentabilidade e preservação dos meios físicos naturais como o rio, a fauna e a flora local.
Urbanístico Específico - PUE da OUCBT, estão sujeitos ao atendimento das disposições estabelecidas nesta lei os pedidos de licencimento de construções protocoladas para imóvies contidos no Perímetro de Adesão que tenham por objeto: I - novas edificações; II - reformas com mudança de uso em lotes com área superior a 500m²; II - refromas com demoliação ou ampliação de mais de 50% da área construída original; II - quaisquer empreendimentos que pretendam utilizar os incentivos estabelecidos nesta lei.
Foram demolidos um total de 260 lotes, dos quais possuem todos os tipos de uso. Os lotes residenciais serão devidamentos alocados dentro do projeto.
Das Margens ao Rio.
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84 | 6.3 Reestruturação Viária / Mobilidade Urbana A maior barreira encontrada nessa região foi a estrutura viária. Este é o principal elemento que mais beneficiária a relação do rio com a cidade. Por isso foram tomadas as seguintes ações: - Desarticular a hierarquia viária. Ao invés de concentrar o fluxo de carros em uma única via no caso a Avenida do Estado, distribuí-la pelas demais ruas. - Avenida do Estado enterrada. Por ser uma via expressa, que não se articulava com os bairros em questão, porém tem um fluxo alto de veículos, a decisão tomada foi manter a via, porém enterrada. Enterrar a via pode acontecer devido à existência de um equipamento ou área de interesse nas margens, com potencial de conexão com o rio. - Fechamento de alguns trechos viários. Como a Avenida do Estado agora se encontra enterrada, algumas ruas perderam sua função. Seu fechamento abriria espaço para as margens do rio. Foram fechados apenas alguns trechos das ruas: Rua Alexandre Levi, Rua dos Alpes, Rua Piquerobi, Rua Barão de Jaraguá, Rua Odorico Mendes e Rua Oscar Horta. - Abrir duas novas vias que atravessem o rio. Antes não havia conexão viária entre os bairros Cambuci e Mooca. Para melhorar o fluxo e conectar as vias coletoras, essa diretriz foi necessária, estabelecendo um fluxo para ambos os lados, fazendo uma ampliação das ruas Ana Neri e Luis Gama. - Novos alinhamentos viários. A Rua Nicolau Âncona Lopez passa a ser uma via local. Das Margens ao Rio.
Com um novo alinhamento, a largura da via deve ser de 9,60m. - Ciclovia. A proposta de ciclovia é necessária diante da necessidade de novos meios de mobilidade menos poluentes e que descongestionem o sistema viário existente. Assim a proposta é criar cerca de 5km de faixas exclusivas para receber a ciclovia com 2,40m de largura. Elas serão conectadas com a pequena malha existente e com outros pontos de transporte público, como as estações do Expresso e Tiradentes e da CPTM.
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margem do rio para abrigar o excesso de água nesses períodos, e deixar mais 10m livres de calçadão, para assim, só depois vir a arborização mais densa do parque linear. Esse sistema também deve abastecer o sistema de jardim filtrante. LEITO SAZONAL VENTILADORES
SAÍDA DE ÁGUA PARA O RIO TAMANDUATEÍ
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
BOMBA DE ÁGUA ÁREA TÉCNICA/ MANUTENÇÃO
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Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
90 | 6.3.2 Expresso Tiradentes e Transporte Público Com a nova estrutura viária, os equipamentos urbanos de transporte público precisam se conectar de forma mais eficiente para o sistema da mobilidade urbana funcionar de forma a atender todas as escalas, assim propomos: - Criação de uma estação nova do Expresso Tiradentes. Essa estação estava no projeto do expresso, mas acabou não sendo implantada. Com a intenção de melhorar o fluxo dentro do projeto e destruí-lo de forma mais equilibrada, vê se necessária a sua implantação. - Pontos de ônibus. Uma das pista rebaixada da Av. do Estado possuía uma faixa exclusiva para ônibus em horários determinados. Sem a avenida, os pontos de ônibus foram realocados no entorno do Parque Linear, e distribuídos próximos de outros meios de transporte público para facilitar a conexão entre eles. Estão previsto a implantação de 17 novos pontos de ônibus. - Expresso Tiradentes elevado. A proposta é manter elevadas as estações Ana Néri (que se encontrava em cima do rio) e a nova estação proposta, em uma altura de 15m, mantendo o mesmo sistema das demais estações da linha que são elevadas, exemplo estação Albert Lion. A decisão foi tomada para que os níveis da rua e do rio estivessem livres para o pedestre, sem nenhuma barreira física. Garantindo uma conexão/ conversa entre os dois bairros. Das Margens ao Rio.
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INDÚSTRIA ARNO
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92 |
Das Margens ao Rio.
1,4
2,4
FIAÇÃO ENTERRADA TUBULAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL
1,2
FAIXA DE ACESSO
FAIXA SERVIÇO
TIPOLOGIA 01 ESCALA 1:150
6,6
FAIXA LIVRE
1,4
FAIXA SERVIÇO
2,4
FAIXA DE CARROS
1,2
FAIXA LIVRE
A prefeitura de São Paulo possui um programa no PDE denominada Caminhos Verdes, cuja função é conectar áreas verdes importantes através da melhoria da arborização e calçamento em ruas e avenidas. Esta estratégia tem como proposta a arborização e qualificação das calçadas de vias de circulação de veículos, com a motivação conectar os parques e praças consolidados no tecido urbano. Além da qualificação das vias e calçadas, a arborização também está relacionada a melhoria do microclima urbano e sombreamento. Foi desenvolvido três tipologias para as novas calçadas: Tipologia 01 - Pista de carro, mais faixa de pedestre. Tipologia 02 - Pista de carro, faixa exclusiva para ônibus, ciclovia e faixa de pedestre. Tipologia 03 - Pista de carro, faixa exclusiva para ônibus, ciclovia, pontos de ônibus e faixa de pedestre. Todas as tipologias contem uma faixa de acesso para comércio e lotes, faixa de circulação livre com mínimo de 1,20m e faixa de serviço com equipamentos urbanos: poste de iluminação, bancos, lixeiras, vegetação de pequeno porte e um sistema de jardins de chuva (ou bio-canaletas) que funcionam como reservatórios de retenção e infiltração de águas pluviais. Setorização de acordo com cartilha para calçamento de São Paulo.
FAIXA DE ACESSO
6.3.3 Percursos Viários
FIAÇÃO ENTERRADA TUBULAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL
TIPOLOGIA 03 ESCALA 1:150
1,4
2,4
1,2
FAIXA DE ACESSO
6,1
FAIXA LIVRE
3,5
FAIXA SERVIÇOS
2,5
FAIXA DE CARROS
1,2 1,3
FAIXA DE ÔNIBUS
1,2
PONTO DE ÔNIBUS
2,4
FAIXA CICLOVIA
1,4
FAIXA LIVRE
FAIXA CICLOVIA
6,1
FAIXA DE ACESSO
FAIXA SERVIÇO
3,5
FAIXA LIVRE
FAIXA LIVRE
TIPOLOGIA 02 ESCALA 1:150
0,8
FAIXA SERVIÇO
2,4
FAIXA DE CARROS
1,4
FAIXA DE ÔNIBUS
2,4
FAIXA SERVIÇO
1,2
FAIXA DE ACESSO
| 93
FIAÇÃO ENTERRADA TUBULAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
5
VEGETAÇÃO PORTE PEQUENO JARDIM DE CHUVA ÁREA PARA RECEBER EQUIPAMENTOS URBANOS
3
94 |
FAIXA DE PEDESTRE LARG. MIN. 3M
PISO TÁTIL
PLACAS DE SINALIZAÇÃO E POSTE DE ILUMINAÇÃO BALIZADORES
TRAVESIA EM NÍVEL
TRAVESIA REBAIXADA
LIXEIRA EQUIPAMENTOS URBANOS LOTE
Das Margens ao Rio.
ESQUEMA 01 - DISPOSIÇÃO DAS CALÇADAS ESCALA 1:250
| 95
5
EM UMA FAIXA DE 5M, PREVER MOBILIÁRIO URBANO, COMO BANCOS, LEIXEIRAS, PLACAS, ETC.
PISTA PARA CARROS FAIXA DE ÔNIBUS PONTO DE ÔNIBUS FAIXA DE SERVIÇOS FAIXA LIVRE
FAIXA DE ACESSO LOTE
PISO TÁTIL
VEGETAÇÃO PEQUENO PORTE E JARDIM DE CHUVA
EQUIPAMENTOS FAIXA DE CICLOVIA SERVIÇO URBANOS ESQUEMA 02 - DISPOSIÇÃO DAS CALÇADAS
ESCALA 1:250 Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
96 |
EXPRESSO TIRADENTES
DECK SOBRE A ÁGUA TÚNEL AV. DO ESTADO RESERVATÓRIO
0,00
0,00
RIO TAMANDUATEÍ
0,00
-2,00
-8,50
-12,00
2
9,03
6,75 0,5
VIA EXPRESSA ESC.: 1/ 500
Das Margens ao Rio.
2
33,32
2
6,75
9,03 0,5
2
| 97
CALÇADA
CALÇADA
CICLOVIA RUA ODORICO MENDES
3,4
1,6 2,4
10,12 0,8
VIA ARTERIAL ESC.: 1/ 250
LOTE EXISTENTE
3,13
5,00
1,40 2,40
0,80
9,43
4,49
VIA COLETORA ESC.: 1/ 250
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
98 |
PROPOSTA MARQUISE
RUA INTERNA
PROPOSTA MARQUISE
RUA LUÍS GAMA
MURO EDIFICAÇÃO EXISTENTE
CICLOVIA
0,00
9,6
VIA COLETORA ESC.: 1/ 250
Das Margens ao Rio.
2,41
VIA INTERNA QUADRA ESC.: 1/ 250
5,04
5,01
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100 | 6.4 Elementos Do Espaço Público Os espaços públicos devem ser projetados tendo como base a escala humana, permitindo desde eventos cívicos até uma certa privacidade, estruturando uma ampla gama de escalas de uso. Principais recomendações: - Iluminação: * Emprego de LED ou tecnologia solar; - Arborização: * Considerar e especificar vegetação/plantas brasileiras que se adapte com o clima da região; *As árvores deverão ser plantadas sob condições que garatam sua saúde e vivacidade; * As espécies deverão ser escolhidas de acordo com a tipologia da rua/caminho. - Pavimentação: * Todos os pisos deverão ser de origem local e selecionados para a melhor qualidade; * Os padrões geométricos de paginação de piso deverá obedecer uma unidade em cada zona de pavimentação especifica; * As área privadas podem seguir uma paginação de piso de acordo com projeto individual; * As vias públicas e a área de parque devem seguir as especificações mais detalhadas a frente no projeto; Das Margens ao Rio.
- Mobiliário Urbano: * O padrão do mobiliário deve ser único ao longo de toda a região e coordenado em termos de materiais, cores, acabamentos e estilo, com o intuito de criar uma família de elementos esteticamente relacionados; *Os abrigos de ponto de ônibus poderão incorporar paíneis solares, devem possuir assentos e ter cobertura contra chuva, vento e sol; * Cada setor da área de intervenção deve possuir um biciletário livre com minímo de 10 vagas para bicicleta e mais um ponto de bicicletário coberto (como exemplo, o bicicletário do Banco Itaú, no largo da Batata - SP); * Balizadores retráteis devem ser usados para ruas com acesso limitado de veículos; * O mobiliário do eixo de contemplação deve ser feito em madeira de reflorestamento certificado; *Os demais equipamentos urbanos devem ser de aço galvanizado ou inoxidável, para garantir a durabilidade dos mesmo. Foi usado como referência na escolha dos elementos dos espaços públicos os projetos da Praça Victor Civita, na região do eixo de contemplação e o projeto Nova Luz, para manter a mesma linguagem quanto ao mobiliário urbano na cidade e por entender que estes projetos contemplam todas as ações e elementos necessários para a construção do espaço urbano.
| 101
6.4.1Iluminação ILUMINAÇÃO PADRÃO - CALÇADA
ILUMINAÇÃO DE EMBUTIR
ILUMINAÇÃO CARACTERÍSTICA - PARQUE
ILUMINAÇÃO BAIXA -PASSEIOS OU JARDINS
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
102 | 6.4.2 Arborização EIXO DE COMTEMPLAÇÃO
Tecoma Alba Ipê-Branco (Médio Porte) Altura: 7-16m;
Tecoma longiflora Ipê-Amarelo (Médio Porte) Altura: 6-14m;
Tecoma impetiginosa Ipê-Roxo (Médio Porte) Altura: 8-12m;
Caule: 40-50cm;
Caule: 30-40cm;
Caule: 40-80cm.
ÁREAS DE SOMBREAMENTO E VEGETAÇÃO PONTUAL
Handroanthus heptaphyllus Ipê-roxo-7-folhas (Médio Porte) Altura: 10-20m; Caule: 40-80cm
Swartzia langsdorffii Pacova-de-macaco (Médio Porte) Altura: 8-14m; Caule: 40-60cm;
Aspidosperma parvifolium Guatambu-oliva (Médio Porte) Altura: 10-15m; Caule: 40-60cm;
Poecilanthe parviflora Coração de negro (Grande Porte) Altura: 15-25m; Caule: 40-60cm;
Copaifera langsdorffii Óleo de Copaíba ( Grande Porte) Altura: 10-18m; Caule: 50-80cm;
VIA PÚBLICA
Bauhinia blakeana Pata de vaca (Pequeno Porte) Altura: 6-8m; Caule: 20-40cm;
Lagerstroemia indica Resedá ( Pequeno Porte) Altura: 3-5m Caule: 20-40cm;
Campomanesia phaea Cambuci (Pequeno Porte) Altura: 3-5m; Caule: 20-30cm;
Roystonea borinquena Palmeira-imperial-de-porto-rico (GrandePorte) Altura: acima de12m; Caule: 25-70cm;
Eugenia uniflora Pitanga (Médio Porte) Altura: 6-9m;
Clusia rosea ´Nana´ Clúsia-anã (Arbusto) Altura: 1m; Diâmetro: 1m.
Duranta erecta ´Aurea´ Pingo-de-ouro (Arbusto) Altura: 1,5m; Diâmetro: 1m.
Myrciaria cauliflora Jabuticabeira (Médio Porte) Altura: 9-12m;
LEITO SAZONAL
Mentha pulegium Poejo Altura máx.: 30 cm.
Das Margens ao Rio.
Iris pseudacorus Íris-amarelo Altura máx.: 90 cm.
Hedychium coronarium Gengibre-branco Altura máx.: 1,80m.
Paspalumnotatum Grama-batatais (Vegetação rasteira) Altura máx.: 30 cm.
Abelia x grandiflora ´Francis Mason´ Abélia-miniatura (Arbusto) Altura: 1,20m; Diâmetro: 1m.
| 103
ARBORIZAÇÃO
LEGENDA
LEITO SAZONAL / RESERVATÓRIO ARBORIZAÇÃO PONTUAL E / OU RASTEIRA ARBORIZAÇÃO P/ SOMBREAMENTO EIXO DE COMTEMPLAÇÃO ARBORIZAÇÃO EM VIA PÚBLICA
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7 500
ESCALA: 1/ OBS: Mapa elaborado pelo autor.
00
100
250
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca 500m
104 | 6.4.3 Pavimentação
6.4.4 Mobiliário Urbano
EIXO DE COMTEMPLAÇÃO
VIA PÚBLICA BANCO
Deck de Madeira de reflorestamento
Pedra Portuguesa
certificadas
Piso intertravado com placas drenantes de concreto poroso 40x40cm
CALÇADA
Piso Intertravado 10x20cm
ESTACIONAMENTO
Granito 30x60cm
CICLOVIA
Concreto simples pigmentado (sinalização conforme norma de orgãos de tráfego)
Das Margens ao Rio.
PONTO DE ÔNIBUS
| 105
LIXEIRA
BALIZADOR
BICICLETÁRIO
BICICLETÁRIO COM COBERTURA
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
106 | EIXO DE CONTEMPLAÇÃO BANCO COM COBERTURA
BANCO
Das Margens ao Rio.
EQUIPAMENTO
DE EXERCÍCIO COBERTURA
MESAS
FÍSICO
COM
| 107
01. Marquise ibirapuera;
02. Projeto parque botânico Rio Medellín
03. Praça victor civita;
04.Concurso público nacional de arquitetura “casa da sustentabilidade” parque Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca taquaral – campinas - sp;
108 | GRADE PROTEÇÃO
6.5 Paisagem Urbana / Eixo de Comtemplação Com a intenção de priorizar o caminho do pedestre foram projetados 08 pontes que conectam os bairros do Cambuci e da Mooca. A cada 200m aproximadamente deverá ter uma ponte em nível, para pedestre e ciclistas, podendo ser ou não coberta. A localização das pontes foi estabelecido de acordo com fluxos propostos. Estes pontos terão conexão direta com o eixo de contemplação ao rio, este por sua vez, tem a intenção de condicionar passeios livres e sinuosos, priorizando uma vegetação típica brasileira e com equipamentos/mobiliário que estabeleça um conforto ao usuário. Com um elemento que conecta todo o parque, o Deck de madeira com desenho sinuoso vem remeter o percurso natural do rio, onde possa proporcionar um elemento de surpresa visual, auditivo e/ou olfativo. Assim, teremos o seguinte caminho: RIO TAMANDUATEÍ - LEITO SAZONAL - DECK DE MADEIRA COM MOBILIÁRIO URBANO - FAIXA DE VEGETAÇÃO 30M (EIXO DE CONTEMPLAÇÃO) Propoem-se 08 pontos de contemplação com conexão ao rio, buscando um contato melhor das pessoas com esse elemento da paisagem. Foram desenvolvidos algumas tipologias, tais como: Tipologia 1 - Deck com conexão através de rampa. Tipologia 2 - Deck com conexão através de escada. Tipologia 3 - Deck com conexão através de escada e com cobertura.
mesas mobiliário eixo de contemplação
R3.74
playground mobiliário eixo de contemplação piso de madeira reflorestada banco mobiliário eixo de contemplação
RIO TAMANDUATEÍ
banco com cobertura mobiliário eixo de contemplação
-2,00 -1,50
0,00
ipê rosa vegetação eixo de contemplação pedra portuguesa colorida
iluminação led luminária característica eixo de contemplação
0,00 passarela em nível estrutura metálica piso de madeira reflorestada piso intertravado com placas drenantes com concreto poroso
Das Margens ao Rio.
ESQUEMA - DETALHES DO EIXO DE CONTEMPLAÇÃO SEM ESCALA
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Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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112 |
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1.00
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1.00 1.00
1.00
10.00
05
3.00
-2,00
9.55
PLANTA TIPOLOGIA 03 ESCALA 1:400
COBERTURA LAJE NERVURADA
0,00
.20
0,00
.20
0,85 1,70 3,05
5,60
0,85
6,45
3,90
-2,00
Das Margens ao Rio.
.15
-1,50
1.00
02
30.00
1.00
.15
VISTA TIPOLOGIA 03 ESCALA 1:400
-2,00
| 113
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
114 | 6.6 Sistema de tratamento e Drenagem: Jardim Filtrante A proposta de um sistema de tratamento é necessário para melhorar a qualidade da água do rio, que hoje se encontra totalmente poluído. Porém, sabe-se que apenas este instrumento não é suficiente para despoluição do mesmo. A intenção é levar o questionamento e a consciência para a preservação dos recursos naturais. Como ponto positivo desse sistema, é que ele pode se integrar na paisagem do parque proposto, além de não emitir odor, e ser uma opção mais barata do que um ETE (Estação de Tratamento Esgoto). Em uma área de 70.000m², sendo considerado 1m²/hab. o sistema atenderia cerca de 62% da população residente nos dois bairros (Cambuci e Mooca). Etapas para o funcionamento do jardim: 1° fase - Captação da água: A água será retirada do rio, que por sua vez passára pelo reservatório de águas previsto no túnel. Essa agúa deverá ser armazenda em um tanque de 570m² e 12m de profundidade, que através de Bombas de água, injetaram água no primeiro filtro do jardim e controlará a vazão da água no mesmo. A vazão calculada para atender a demanda de habitantes da região é de 74,15l/s, com base na equação:
Q = N x C x K2 (dias) Q - Vazão afluente N - Número de habitantes C - Contribuição de esgoto de acordo com a NBR 7229/1993 K2 - Coeficiente de máxima vazão horário de acordo com a NBR 9649/1986. Q = 112.772 hab. x 160 x 1,5 = 74,15l/s 365 Das Margens ao Rio.
2º fase - Filtro Wetlands com plantas flutuantes: exemplo de planta aguapé. Eficiência na remoção de residuos sólidos em suspenção, absorção de nutrientes e metais pelas plantas, pela ação de microorganismos associados à rizosfera, pelo transporte de oxigênio para a risosfera. 3°fase - Filtro Wetlands com solos filtrantes/fluxo ascendente: exemplo de planta taboa e arroz, junto com camadas de brita e pedrisco. Eficiência no tratamento secundário e terciário de esgoto urbano. 4° fase - Filtro Wetlands com macrofitas fixas submersas: recomendada para os estágios finais de sistemas de wetlands, com o desenvolvimento de oxigênio na água pelo processo fotossíntetico durante o período diurno, altas taxas de oxigênação são obtidas, o que forma condições para a mineralização da matéria orgânica. 5° fase - Retorno da água tratada ao rio. Aqui a água já estará tratada, onde passará novamente para o reservatório previsto no túnel e que injetará água no rio, melhorando a qualidade da mesma. Todas as fases de filtro deverá receber uma lona impermeável para não haver contato da água em tratamento com o solo existente e uma camada de 50cm de terra. As tubulações que auxiliam no fluxo do jardim deverão ter 20cm de diâmetro.
Aguapé
Taboa
Copo de leite
Caniço
Papiro
Vitória Régia
ANTÁRTICA PAULISTA COMPANHIA ANTÁRTICA PAULISTA
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INDÚSTRIA ARNO
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ESCALA: 1/ OBS: Mapa elaborado pelo autor.
100
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca LOGISTICA AMBIENTAL
INDÚSTRIA ARNO
5° fase
PLACA DE INTERTRAVADOCOM CONCRETO POROSO
116 |
4° fase
macrofitas submersar tanque
reservatório
PERFIL METÁLICO
corte bb' sem escala
reservatório
tanque
LONA IMPERMEÁVEL
solo filtrante brita 03 brita 02 brita 01 tubo perfurado LONA IMPERMEÁVEL
0,5 0,5 0,5 0,5
Das Margens ao Rio.
0,5
plantas flutuantes TERRA
3° fase
0,50
2° fase
1° fase
0,7
corte aa' sem escala
| 117
IMPLANTAÇÃO
7
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
MOÓCA FLORESTA
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CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO
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02 - ESTAÇÃO NOVA
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(EXPRESSO TIRADENTES);
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COMPANHIA ANTÁRTICA PAULISTA
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04 - COBERTURA COM DECK - TIPOLOGIA 03;
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COMPANHIA ANTÁRTICA PAULISTA
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COMPANHIA ANTÁRTICA PAULISTA
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COMPANHIA ANTÁRTICA PAULISTA
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10 - DECK ELEVADO;
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11 - ESTAÇÃO ANA NERI NOVA IMPLANTAÇÃO (EXPESSO TIRADENTES;
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12 - COBERURA TENCIONAMDA PARA FEIRAS;
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13 - ANFITEATRO PARA SHOWS;
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14 - QUADRAS POLIESPORTIVAS;
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ESCOLA TÉCNICA WALTER BELIAN FANZ FUNDAÇÃO ANTÔNIO E HELENA ZERRENER
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17 - MUSEU DA SUSTENTABILIDADE;
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ESCOLA TÉCNICA WALTER BELIAN FANZ FUNDAÇÃO ANTÔNIO E HELENA ZERRENER
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18 - JARDIM FILTANTE;
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15 - PISTA DE SKATE; 16 - PRAÇA SECA COM PLAYGROUND E EQUIOAMENTOS URBANOS;
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06 - CINEMA A CÉU ABERTO;
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INDÚSTRIA ARNO
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LOGISTICA AMBIENTAL
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19 - PISTA DE COOPER
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca IRED
CA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO 1º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS SEDE CAMBUCI
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21 - CICLOVIA
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CARREFOUR
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5KM.
1,6KM;
120 | 7.1 Ampliação 01
AMPLIAÇÃO 01 AMPLIAÇÃO 02
RUA
AMPLIAÇÃO 03 PROGRAMA AMPLIAÇÃO 01: 01 - TÉRREO LIVRE - EDIFÍCO CULTURAL (3 600m²); 02 - ESTACIONAMENTO (1 785,15m²) 52 VAGAS COMUM 02 VAGAS P.N.E; 03 - PRAÇA PROJETADA (3 500m²); 04 - SAÍDA DE EMERGÊNCIA TÚNEL; 05 - MOBILIÁRIO URBANO; PISO INTERTRAVADO 10X20CM
06 - PASSARELA;
DOUTOR
07 - PONTO DE ÔNIBUS;
PEDRA
08 - BICICLETÁRIO COBERTO (50m²) 40 VAGAS;
FORRAÇÃO
09 - BICICLETÁRIO ABERTO (50m²) 40 VAGAS;
MADEIRA
10 - PRAÇA REMODELADA (2 787,20m²);
PEDRA PORTUGUESA
11 - REDE ELÉTRICA ELETROPAULO;
PISO INTERTRAVADO 40X40CM COM CONRETO POROSO
12 - PROJEÇÃO COBERTURA; 13 - CICLOVIA;
E
PIEDAD
GRANITO 30X60CM
14 - ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM LED;
RUA
E
conreto simples pigmentado
PIEDAD
15 - TIPOLOGIA 03 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO; 16 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO VEGETAÇÃO IPÊ BRANCO;
Das Margens ao Rio.
vegetação grande porte
vegetação médio porte
vegetação pequeno porte (Calçada)
vegetação ipê branco (eixo de contemplação)
V
POSTO DE ATENDIMENTO VÁRZEA DO CARMO
V
V
POSTO DE ATENDIMENTO VÁRZEA DO CARMO
V
PEDRO
17 - ESTAÇÃO NOVA (EXPRESSO TIRADENTES).
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100
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca 06
122 |
EDIFICIO PREVISTO
ZONA ZEIS 03 PERMITIDO A CONSTRUÇÃO DE HIS E HMP COM TÉRREO COMERCIAL. 60% p/ HIS 20% p/ HIS 20% p/HMP
REDE ELÉTRICA ELETROPAULO PASSARELA QUE FAZ CONEXÃO DO EDIFICIO CULTURAL COM A NOVA ESTAÇÃO DO EXPRESSO TIRADENTES
NOVA ESTAÇÃO EXPRESSO TIRADENTES
REMODELAÇÃO DE PRAÇA EXISTENTE
RUA LEOPOLDO MIGUEZ
PROPOSTA DE EDIFICIO CULTURAL COM ACESSO A ESTAÇÃO DO EXPRESSO TIRADENTES
BICICLETÁRIO PARA ALUGUEL DE BIKES CICLOVIA
CICLOVIA
15
11,25
BICICLETÁRIO PÚBLICO
VEGETAÇÃO PROPOSTA
TÚNEL AV. DO ESTADO RESERVATÓRIO
7,50
PASSARELA EM NÍVEL 3,75
PEDRAS 00,00
RIO TAMANDUATEÍ
-2,00
-8,50
-12,00
00
10
25
CORTE
AA'
ESC.: 1/ 1 000
Das Margens ao Rio.
50
100
ESTACIONAMENTO PARA O EDIFICIO CULTURAL RUA LUÍZ GAMA
VEGETAÇÃO PROPOSTA
LOTE EXISTENTE
| 123
EDIFICIO PREVISTO
725
ZONA ZEIS 03 PERMITIDO A CONSTRUÇÃO DE HIS E HMP COM TÉRREO COMERCIAL. 60% p/ HIS 20% p/ HIS 20% p/HMP
SAÍDA DE EMERGÊNCIA TÚNEL AV. DO ESTADO
PROPOSTA DE PRAÇA INTERNA NA QUADRA/ VEGETAÇÃO DE MÉDIO E GRANDE PORTE
CONEXÃO COM A ESTAÇÃO DO EXPRESSO TIRADENTES VEGETAÇÃO PEQUENO PORTE NAS CALÇADAS
PROPOSTA DE EDIFICIO CULTURAL COM ACESSO A ESTAÇÃO DO EXPRESSO TIRADENTES
INICIO DO PARQUE LINAER/ VEGETAÇÃO PROPOSTA PROPOSTA MARQUISE
PONTO DE ÔNIBUS 15
RUA WANDENKOLK
11,25
7,50
3,75
00,00
ACOSTAMENTO TÚNEL AV. DO ESTADO ÁREA TÉCNICA
00
10
25
50
COBERTURA/JARDIM RUA LUÍS GAMA
RESTAURANTES/LANCHONETES ESCOLA OFICINAS CULTURAIS BIBLIOTECA PÚBLICA
6,30
3,70
TÉRREO LIVRE COM COMÉRCIO 00,00
-8,50
-12,00
100
CORTE
bb
ESC.: 1/ 1 000
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
124 | PLANTA
COBERTURA 18,50
EDIFÍCIO CULTURAL Com a pista do Expresso Tiradentes elevada, novos acessos deverão ser propostos. O uso de rampas como caminho é uma forma de integrar seguindo a normas de acessibilidade. Seguindo este conceito foi pensado na proposta de um edifício rampa que serve de conexão entre o térreo e a nova estação elevada. Este equipamento pode atribuir diversos usos como de comércio ou institucional. No caso, propõe-se ser de uso cultural, que integra a pessoa não somente ao transporte público, mas também integra ao convívio social. Em uma área de 3 600m², este edifício foi idealizado com estrutura em laje nervurada de concreto. Os usos definidos são: biblioteca, oficina cultural, academia de dança, galeria de arte, restaurantes, lojas, café, e administração geral. Toda a circulação do edifico deve ser livre ao acesso do público.
TELHADO VERDE
PLANTA
5° PAV. 15,00
PASSARELA QUE FAZ CONEXÃO COM A ESTAÇÃO DO EXPRESSO TIRADENTES PLANTA
4° PAV. 11,25
PLANTA
3° PAV. 7,50
PLANTA
2° PAV. 3,75
TÉRREO LIVRE BIBLIOTECA CAFÉ LOJA - TIPO 01 LOJA - TIPO 02
Das Margens ao Rio.
BANHEIRO PÚBLICO CARGA E DESCRAGA CIRCULAÇÃO VERTICAL OFICINAS CULTURAIS
OFICINAS CULTURAIS GALERIA DE ARTE CIRCULAÇÃO LIVRE RESTAURANTE - TIPO 01 RESTAURANTE - TIPO 02 ACADEMIA DE DANÇA ADMINISTRAÇÃO GERAL RESERVATÓRIO
PLANTA
TÉRREO LIVRE 0,00 ESTUDO DE MASSA
EDIFÍCIO CULTURAL ESC.: 1/ 1 000
CIRCULAÇÃO LIVRE
| 125
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
126 | 7.2 Ampliação 02
AMPLIAÇÃO 01 AMPLIAÇÃO 02
ODORICO
MENDES
RUA
05
AMPLIAÇÃO 03 13 PROGRAMA AMPLIAÇÃO 02: 01 - TÉRREO EDIFICIO MISTO;
12
02 - ESTACIONAMENTO (461m²); 20 VAGAS COMUNS 03 VAGAS P.NE.E
16
PISO INTERTRAVADO 10X20CM
03 - PRAÇA PROJETADA (485m²);
09
PEDRA
04 - PONTO DE ÔNIBUS; 05 - APOIO/BANHEURO PÚBLICO;
DO
FORRAÇÃO
06 - QUADRA POLIESPORTIVA MADEIRA
07 - QUADRA POLISESPORTIVA COBERTA;
PEDRA PORTUGUESA
08 - ACADEMIA URBANA; 09 - PALYGROUND;
PISO INTERTRAVADO 40X40CM COM CONRETO POROSO
RIO
10 - PASSARELA; GRANITO 30X60CM
11 - TIPOLOGIA01 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO;
conreto simples pigmentado
12 - MOBILIÁRIO URBANO;
13
13 - SAÍDA DE EMERGÊNCIa - túnel; 14 - ciclovia; 15 - eixo de contemplação vegetação ipê amarelo
vegetação grande porte
vegetação médio porte
vegetação pequeno porte (Calçada)
vegetação grande porte
16 - eixo de contemplação ipê rosa 17 - iluminação pública em leed 18 -bicicletário aberto (120m²) 100 vagas Das Margens ao Rio.
vegetação vegetação ipê rosa ipê amarelo (eixo de (eixo de contemplação) contemplação)
12
R
| 127 B
ODORICO
MENDES
RUA
ODORICO
04 PROJEÇÃO 1° PAVIMENTO RESIDENCIAL
01
03 17 0,00
02
05 07 06
A -1,50 0,00
-1,50
08
05
17
V
05
09
A
08
10 0,00
TAM
AND
N
15
11
UAT
EÍ
12 -2,00
B
-2,00
00
10
PLANTA
25
50
TÉRREO - AMPLIAÇÃO 02
ESC.: 1/ 1 000
14
CAN
AL 100
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca DO
128 |
TÉRREO LIVRE COM COMÉRCIO
EIXO COM GRANDE FLUXO DE PESSOAS VEGETAÇÃO PROPOSTA
FLUXO INTERNO DA QUADRA. ACESSO AS LOJAS PROPOSTA DE EDIFICAÇÃO MISTA PARA REALOCAR OS MORADORES DA REGIÃO
QUADRA POLIESPORTIVA REBAIXADA
FLUXO INTERNO DA QUADRA. ACESSO AS LOJAS LIGAÇÃO ENTRE OS ANDARES FEITO ATRAVES DE PASSARELAS
CICLOVIA PROPOSTA DE EDIFICAÇÃO MISTA PARA REALOCAR OS MORADORES DA REGIÃO
QUADRA POLIESPORTIVA REBAIXADA
FLUXO INTERNO D QUADRA
18,10
15,40
12,40
9,40
6,40
3,40
0,00
0,00 1,50
00
10
25
CORTE
AA'
ESC.: 1/ 1 000
Das Margens ao Rio.
50
100
1,50
| 129
EXPRESSO TIRADENTES
PROPOSTA DE EDIFICAÇÃO MISTA PARA REALOCAR OS MORADORES DA REGIÃO
QUADRA POLIESPORTIVA REBAIXADA
LOTE EXISTENTE
CALÇADA
DECK SOBRE A ÁGUA
CICLOVIA
TÚNEL AV. DO ESTADO
RUA ODORICO MENDES
RESERVATÓRIO
0,00
0,00
RIO TAMANDUATEÍ
0,00
0,00
-2,00
-8,50
-12,00
00
10
25
50
100
CORTE
bb
ESC.: 1/ 1 000
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
130 | EDIFÍCIO MISTO Para garantir a implantação do parque alguns lotes tiveram que ser desapropriados, dentre eles, 123 lotes de uso estritamente residencial e 31 lotes de uso misto. Foi considerada então a recolocação dessas pessoas próximo à região de intervenção. Assim, foram consideradas para cálculo, famílias compostas por 04 pessoas (média da população brasileira segundo IBGE, 2010). Uso residencial - 123 lotes x 4 = 492 pessoas; Uso misto - 31 lotes x 48* = 1 488 pessoas;
* considerando média de 03 pavimentos por andar com 4 unidades habitacionais cada, temos 12 unidades por edifício. 12 x 4 = 48 pessoas/ média, por edifício misto.
Total pessoa a serem realocadas = 1 980 pessoas Consideramos um total de 2 000 pessoas, sendo necessárias 500 unidades habitacionais. Seguindo uma média da metragem usada nos programas do governo para habitação popular, cada unidade habitacional deverá ter 50m². Estes edifícios serão de uso misto, com o térreo comercial e mais 04 pavimentos residenciais. Seguindo 03 tipologias diferentes, teremos um total de 18 edifícios com essas características no projeto. Sendo: Tipologia 01: 06 edificios; Tipologia 02: 10 edificios; Tipologia 03: 02 edificios. Para o térreo comercial foram desenvolvidos dois padrões de loja.
Tipologia 01 - 27m² Tipologia 02 - 54m² Tipos de comércio: Restaurantes, lanchonetes, farmácias, padarias, loja de roupa, calçado, serviços 24h, entre outros serviços gerais. Há a possibilidade de implantar-se 236 lojas, considerando todas as unidades habitacionais. A intenção é ter um fluxo constante diurno e noturno na região, onde a pessoa consiga resolver as necessidades próximas de onde mora. Foi usada como referência para o projeto das unidades habitacionais o projeto LOTE 20 - ORATÓRIO 1, elaborado pelo concurso Renova SP, arq. responsáveis - Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Braga e Fernando Viégas.
ESQUEMA
TIPOLOGIA 01
SEM ESCALA
ESQUEMA
TIPOLOGIA 02
SEM ESCALA
Das Margens ao Rio. ESQUEMA
TIPOLOGIA 03
SEM ESCALA
TÉRREO CIRCULAÇÃO LIVRE COMÉRIO CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL APARTAMENTOS RESERVATÓRIO LAJE COBERTURA PASSARELA
DORM. 02 A = 12,50
DORM. 01 A = 7,30 LOJA 01 A = 27,00
LOJA 02 A = 27,00
PLANTA
COBERTURA 18,50
SALA A = 15,08
HALL A = 2,70
COZ. A = 6,07
W.C A = 1,92 ÁREA SERV. A = 1,57
PLANTA
ELEVAÇÃO 02
POSSÍVEL PASSARELA
5° PAV. LAJE TÉCNICA 15,50 PLANTA
4° PAV. RESIDENCIAL 12,50
LOJA 03 A = 54,00
PLANTA
5.00
0.15
5.00
3° PAV. RESIDENCIAL 9,50
ELEVAÇÃO 01
PLANTA
PLANTA
PAV. RESIDENCIAL
PAV. TÉRREO COMERCIAL
ESC.: 1/ 300
ESC.: 1/ 300
PLANTA
2° PAV. RESIDENCIAL 6,50
18,50
PLANTA
1° PAV. RESIDENCIAL 3,50
PLANTA
TÉRREO LIVRE 0,00
ESTUDO DE MASSA
EDIFÍCIO MISTO ESC.: 1/ 300
0,00
ELEVAÇÃO
01
ESC.: 1/ 300
ELEVAÇÃO
02
ESC.: 1/ 300
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
| 131
132 |
Das Margens ao Rio.
| 133
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
V
134 | 7.3 Ampliação 03
S.B.M. SOCIEDADE BENEFICENTE MUÇULMANA DE SÃO PAULO
AMPLIAÇÃO 01 AMPLIAÇÃO 02
17
PROGRAMA AMPLIAÇÃO 03: 01 -COBERTURA TENCIONADA (1 118,00M²) 02 - ANFITEATRO P/ SHOW (2 490M²);
AMPLIAÇÃO 03
03 - ESTACIONAMENTO (563M²) 53 VAGAS; 1,00
04 - DECK ELEVADO; 05 - APOIO/BANHEIRO PÚBLICO; 06 - CICLOVIA; 07 - BICICLETÁRIO ABERTO (50M²) 40 VAGAS;
PISO INTERTRAVADO 10X20CM
08 - PONTO DE ÔNIBUS;
PEDRA
09 - BICICLETÁRIO COBERTO (50M²) 40 VAGAS;
FORRAÇÃO
10 - SAÍDA DE EMERGÊNCIA TÚNEL; 11 - ESPAÇO FOOD TRUCK (500M²);
MADEIRA
12 - TIPOLOGIA 02 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO;
PEDRA PORTUGUESA
13 - TIPOLOGIA 03 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO;
PISO INTERTRAVADO 40X40CM COM CONRETO POROSO
14 - TIPOLOGIA 01 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO;
GRANITO 30X60CM
15 - PASSARELA;
08 RU
A
V
conreto simples pigmentado
16 - ESTAÇÃO ANA NERI (RELOCADA)/EXPRESSO TIRADENTES; 17 - PLAYGROUND;
19 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO VEGETAÇÃO IPÊ AMARELO 20 - EIXO DE CONTEMPLAÇÃO VEGETAÇÃO IPÊ ROXO; 21 - PROJEÇÃO COBERTURA
vegetação grande porte
vegetação médio porte
vegetação pequeno porte (Calçada)
vegetação grande porte
vegetação vegetação ipê rosa ipê amarelo (eixo de (eixo de contemplação) contemplação)
DE
18 - MOBILIÁRIO URBANO;
V
Das Margens ao Rio.
RU
DO NA
DO 0,00
14
15
-2,00
09
-2,00
TA
MA
0,00
19
ND
20
UA
PROJ
EÇÃO
TE
MARQ
UISE
21
Í
16 ESTAÇÃO ANA NERI EXPRESSO TIRADENTES
10
RU A
-2,00
18
| 135
B
RIO
13
11
04
12
03
A
15
10
0,00
05 09 NÉ
RI
08 02 06
01
-1,00
DO
S
N
07 B
A
00
10
PLANTA
25
50
TÉRREO - AMPLIAÇÃO 02
ESC.: 1/ 1 000
100 PE
SC
AD
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
OR
ES
R
136 |
VEGETAÇÃO PROPOSTA
0,00 -1,00
00
10
25
CORTE
AA'
ESC.: 1/ 1 000
Das Margens ao Rio.
50
100
| 137
ILUMINAÇÃO DE LED PROPOSTA
VEGETAÇÃO PROPOSTA
COBERTURA TENCIONADA
ESTAÇÃO ANA NERI (RELOCADA) EXPRESSO TIRADENTES
EIXO DE CONTEMPLAÇÃO IPÊ AMRELO
EIXO DE CONTEMPLAÇÃO IPÊ AMRELO
ANFITEATRO P/ SHOW
BICICLETÁRIO COBERTO
ESTACIONAMENTO RUA DOS PESCADORES
CALÇADA 15,00
VEGETAÇÃO PROPOSTA
TÚNEL AV. DO ESTADO RESERVATÓRIO
PASSARELA EM NÍVEL
PEDRAS 0,00
0,00
0,00
0,00
-1,00 -2,00
RIO TAMANDUATEÍ
-8,50
-8,50
-12,00
00
10
25
50
-12,00
100
CORTE
bb
ESC.: 1/ 1 000
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
138 | COBERTURA TENCIONADA
21
.43
8.
36
B
7.
00
B
APOIO/ADMINISTRAÇÃO LANCHONETES ESPAÇO FEIRANTE
B
planta
cobertura 8,00
lona tencionada
21.4 4
perfil tubular metalico diâmetro 30cm
B
fundação de concreto
H = 8,00
8.34
B
Com a intenção de abrigar a feira que acontece aos domingos na região do bairro do Cambuci, foi projetado uma cobertura tencionada. Ela vem como uma estrutura fixa, onde os feirantes podem vim a realizar as suas atividades e ir embora, sem ter a preocupação de desmontar as barracas. A estrtutura também serve de auxílio para os grandes eventos que são esperados para acontecer no anfiteatro para shows. Programa estabelecido: - Banheiros públicos 05 bacias fem. (considerando 01 P.N.E) 05 bacias masc. (considerando 01 P.N.E) - Administração (35m²) Sala de apoio geral Ambulatório - Estrutura lanchonete (191m²) Receber barracas que vendam alimentos como caldo de cana e pastel - Espaço feirante (704m²) possibilidade de receber 64 feirantes/dia
BANHEIROS
planta
B
7.00
térreo 0,00
15.00
estudo de massa
cobertura tencionada ESC.: 1/ 300
Das Margens ao Rio.
| 139
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
140 | 7.4 CONCLUSÃO O trabalho de conclusão de curso “Das Margens ao Rio - Parque Linear Rio Tamanduateí entre os bairros Cambuci e Mooca”, surgiu como uma proposta de integração da cidade com os seus meios físicos, principalmente em estabelecer novamente a relação da cidade com o rio Tamanduateí, que foi um elemento importante para o crescimento e desenvolvimento da cidade de São Paulo. Apesar da proposta parecer utópica, através dos estudos de caso podemos observar que a sua implantação é possível, basta haver interesse. Com os temas de mobilidade, microclima, equipamento urbano e drenagem, ele traria beneficíos desde a escala local a macro escala urbana. Como na região esta acontecendo a Operação Urbana Consorciada Rios Tamanduateí (OUCT), a sua implantação se daria como um projeto de intervenção da mesma. Esta operação já preve algumas das melhorias que foram adotadas no projeto, e ele vem como forma de otimizar a proposta existente, por assim entender que há uma necessidade urgente de se discutir os modelos de urbanização e reurbanização que vem ocorrendo na cidade através desses novos planos e leis.
Das Margens ao Rio.
| 141
ANEXOS
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
142 |
Das Margens ao Rio.
| 143
Projeto referência para a concepção do túnel e sistema de drenagem. Trabalho de conclusão de curso: “Construindo a paisagem urbana” PINHEIRO, Paulo José, 2011, USP - São Carlos. Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
144 |
Das Margens ao Rio.
| 145
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
146 |
Das Margens ao Rio.
| 147 AB’SABER, Aziz. Geomorfologia do sítio urbano de São Paulo. Edição Fac. Similar, 50 anos. Ano 1956. ALBERNAZ, Paula. Reflexões sobre o espaço público atual. In: LIMA, Everlyn Furquim Werneck; MALEQUE, Miria Roseira. Espaço e cidade: conceitos e leituras. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007. Apresentação Projetos Urbanos para a cidade de São Paulo. 2011. Prefeitura de São Paulo. Disponível em: http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/Archdaily. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br. Acesso Maio de 2016. Atlas ambiental. Disponível em: http://atlasambiental.prefeitura. sp.gov.br/?id=10. Acesso Maio de 2016. BAPTISTA, Márcio e CARDOSO, Adriana. Rios e Cidades: uma longa e sinuosa história. Rev. UFMG, Belo Horizonte. Volume 20, nº 02, pag. 124 - 153. 2013. Disponível em: https://www. ufmg.br/revistaufmg/downloads/20-2/05-rios-e-cidades-marciobaptista-adriana-cardoso.pdf. Acesso Maio de 2016. BARDA, Marisa e FRANÇA, Elisabete. Concurso de projetos de arquitetura e uranismo - RENOVA SP. São Paulo, 2011.
FERNANDES, Silvia Maria de Carvalho. Os imapctos do expresso tiradentes na rua Silva Bueno. As ações e reações do comércio frente às mudanças no transporte público. Universidade São Judas Tadeu. 2012 FRIEDRICH, Daniela. O parque linear como instrumento de planejamento e gestão das áreas de fundo de vale urbanas. Programa de pós-graduação UFRGS. Ano 2007. Gestão Urbana. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura. sp.gov.br/arquivos-da-lei/. Acesso Maio 2016. GIORDANO, Lucilia de Carmo. Análise de um conjunto de procedimentos metodológicos para a delimitação de corredores verdes (greenways) ao longo de cursos fluviais. Tese de doutorado. Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista. Rio Claro. 2004. Infocidade. Disponível em: http://infocidade.prefeitura.sp.gov. br/. Acesso Maio 2016. JACOBS, Jane. A morte e vida de grandes cidades. São Paulo. Editora Martins Fontes, 2000.
BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. Capitulo 02. Editora Perspectiva. 1997. São Paulo
LAMAS, José Manuel R. G. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação para ciência e a Tecnologia. 1992.
Cartilha da área central. Operação Urbana Centro. Revisão 2010. Prefeitura de São Paulo. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/. Acesso Maio de 2016.
MEYER, Regina Maria Prosperi e GROSTEIN, Marta Dora. A leste do centro: territórios do urbanismo. São Paulo. Imprensa oficial do Estado de São Paulo. Ano 2010.
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MOUSSA, Amer Nagib. O Rio Tamanduateí e o desenho urbano. AUP 272 Organização urbana e planejamento. Monografia individual apresentada à disciplina de AUP 272. USP. Novembro Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
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| 149
Parque Linear Rio Tamanduateí. Entre os bairros Cambuci e Mooca
150 |
Das Margens ao Rio.