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IAU_USP
TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO II
NOVEMBRO DE 2018 KAIO STRAGLIOTTO
MEMBRO DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PERMANENTE: SIMONE HELENA T. VIZIOLI COORDENADOR DE GRUPO TEMÁTICO: AKEMI INO
BANCA EXAMINADORA:
SIMONE HELENA T. VIZIOLI
AKEMI INO
GISELA CUNHA VIANA LEONELLI
montagem estrutura
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RESUMO O tema desse trabalho insere-se na discussão da produção habitacional de interesse social no país e nos questionamentos acerca de como as políticas públicas atuam para a sua consolidação. Nessas políticas, que embora sejam públicas se efetivam por meio de agentes privados, é recorrente a construção de empreendimentos sociais em condomínios monótonos e afastados das áreas que apresentam maior concentração de infraestruturas, equipamentos públicos e áreas comerciais e de serviços. Essa dinâmica contribui para o desenho de uma ‘’não-cidade’’, alheia das dinâmicas urbanas, e o surgimento de áreas de especulação entre à cidade e essa ‘’não-cidade’’. O presente projeto acredita que é necessária uma ruptura desse modelo, que na sua maior parte gera exemplares de replicação tipológica sem qualidade arquitetônica. Além disso, não apresentam diferentes escalas de espaços livres qualificados, ou quase não apresentam nenhum. A proposta é a produção de habitação inserida na dinâmica da vida urbana, aproveitando os serviços públicos e equipamentos já existentes e mesclando o uso residencial com outras atividades, assim, em conjunto com o desenho dos espaços livres: Público, Coletivo e Privado, potencializar as interações pessoais e fortalecer o sentimento de comunidade.
Aos meus pais, Maurilio e Sonia, que, independente da situação, fizeram o que foi possível para que eu pudesse atingir meus objetivos. Aos meus amigos de sala, que me ajudaram a amadurecer e crescer como pessoa. Aos professores, que se esforçaram e incentivaram todo o processo. A República Deus Tá Vendo, que, na verdade,é minha família. Lhes agradeço.
_ Cidade para quem? 14 _ Referência 18 _ São Carlos 22 _ O terreno 32 _ Proposta 41 _ Implantação _
44
Tipologia I 70
_ Tipologia II 80 _ Tipologia III 90 _
Centro Comunitário 102
_ Sistema Construtivo 110 _ Referência Bibliográfica
116
_ C I DA D E PARA QUEM?
Os limites incertos estabelecidos no interior dos regimes de regulação da produção habitacional no Brasil vêm sendo questionado por parte da academia em tempos, em muito motivados pelos desdobramentos que o vultoso aporte de recursos do governo federal, direcionado aos programas de saneamento, infraestrutura e habitação propriamente dita, vêm produzindo em corpo no território urbano brasileiro nos últimos anos. Sabe-se que o pressuposto do planejamento urbano voltou com força aos discursos do governo após a criação do Ministério das Cidades, no início do ano de 2003, tornando-se parte importante dos programas
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Fonte: Fábio Motta/Estadão Conteúdo
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direcionados ao desenvolvimento urbano, incluindo aí a produção habitacional, através dos planos de habitação desenvolvidos em escala federal, estadual e municipal. No entanto, diante do evidente adensamento da participação do setor privado na execução (e, no que se assemelha também na instrução) da política habitacional, sobretudo com o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), em 2009, algumas perguntas essenciais devem ser formuladas nos moldes como a produção habitacional vem sendo realizada: A cidade está sendo produzida para quem? A habitação produzida tem o intuito de universalização do direito à moradia ou é apenas outro território de exploração da acumulação financeira de capital? Não é preciso sair de São Carlos para perceber o quão incoerente os empreendimentos habitacionais voltados para faixas com renda mais baixa são executados. Como o caso do loteamento Núcleo Residencial José Zavaglia, um empreendimento de mil unidades habitacionais, que contou com total participação de uma construtora privada na aquisição do terreno, investimento e execução do negócio localizado na periferia do perímetro urbano em uma área de intensa fragilidade ambiental e imensa dificuldade no desenho viário devido a difícil topografia desta área descrita. Importante destacar que este caso não é um caso isolado, e comunidade_ensaio no habitar 16
sim, é mais daquilo que na maioria das vezes é encontrado em outras localidades: conjuntos habitacionais tipificados e periféricos, por vezes distantes da malha urbana consolidada, carentes de serviços e equipamentos públicos. As políticas habitacionais vêm sendo desenhadas como instrumentos em que o setor privado, dono das parcelas de terra ocupáveis do território, tem as rédeas de como o programa deva ser executado. Em tese, seriam os planos diretores e os planos setoriais, como os de habitação, saneamento e transporte, que deveriam justamente servir como base norteadora das intervenções, mas muitas vezes não o fazem satisfatoriamente, porque os instrumentos ali dispostos carecem de aprovação para que sejam aplicados. E ainda assim, mesmo que sejam regulamentados, na prática, alguns deles encontram inúmeros entraves para que se efetivem. Tendo sido apresentado como a produção de habitação social vem se promovendo, como o arquiteto pode contribuir para favorecer o povo neste território em disputa? Este trabalho busca através do projeto um ensaio com outras soluções e alternativas na concepção de habitação social, a fim de romper com o atual modelo .
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Fonte: http://thecompetitionsblog.com/results/2014/04/results-competition-ryterna-modular/
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_REFERÊNCIA LA COMUNIDAD
O projeto ‘’La comunidad’’ foi o segundo colocado do concurso Ryterna Modular Building, Espanha. Ele se constrói a partir da ideia de pátios como espaços íntimos de encontro e convivência dos moradores. A disposição das unidades também compõem esse jogo, ao criar outra escala de espaços de vivência, em altura, terraços e ,passagens cobertas que além da função de acesso, se tornam estares de sociabilidade. O projeto adota como sistema construtivo um sistema de pilar e viga pré fabricado e para a função de vedação painéis leves. É importante ressaltar a maneira como as escolhas projetuais favorecem a socialização e a apropriação dos espaço coletivo, em uma configuração que os mesmos se tornam uma extensão da habitação.
Equipe:
Ivo Dos Santos Henriques, Eric Palau, Milagros Machado, Victoria Esborraz, Florencia Finsterwald Grieco, Sebastian Machado Ferrari.
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Fonte: https://collectiveliving.beebreeders.com/
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_REFERÊNCIA BUILDING STORIES
O projeto ‘’Building Stories’’ fez parte do Concurso Internacional de Ideias – Modern Collective Living Challenge, em busca de novas formas de moradia acessível para os agricultores remanejados na China, e que fossem flexíveis e adaptáveis às diferentes necessidades dos usuários. Além de que o projeto deveria refletir sobre o estilo de vida tradicional chinês. O projeto trabalha com um módulo de 10m x 10m x 10m para cada família, e esse mesmo módulo é subdividido em 9 cubos de 3,3m x 3,3x x 3,3m, dado certas regras os agricultores podem compor suas próprias moradias, cada uma contando sua história. O projeto adota como sistema construtivo um sistema de pilar e viga pré fabricado e para a função de vedação painéis leves, compostos por placas de OSSB, que são feitos com a fibra do trigo.
Equipe:
Sixin Liang, Su Wu Taifu Zheng.
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_SÃO
CARLOS São Carlos é um município de porte médio do interior paulista, cuja intensificação da urbanização se deu aos moldes de tantas outras cidades brasileiras, a partir dos anos 1940, com a expansão da indústria e o adensamento da massa operária, reproduzindo um padrão periférico de crescimento – malha urbana descontínua, grandes parcelas territoriais desocupadas, bairros distantes do centro e carentes de infraestrutura e serviços. Um dos municípios brasileiros que apresenta ótimos indicadores sociais, de saúde e educação, associados a dados econômicos que confirmam um grau elevado de dinamismo econômico1. A cidade é conhecida, por agregar indústrias de ponta e duas universidades de excelência, como a “capital da tecnologia”. Em termos de problemática habitacional, São Carlos não apresenta os mesmos números alarmantes de déficit, situações de risco, invasões, irregularidades fundiárias etc., que evidentemente encontramos nos grandes centros urbanos. Ainda assim, precariedades e necessidades habitacionais consideráveis não deixam de marcar presença no tecido da cidade, sobretudo atingindo suas franjas sul, nordeste e noroeste2. 1/2
Dados da Prefeitura Municipal de São Carlos, 2010.
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Fonte:Plano Diretor Estratégico de São Carlos,2016 Mapa: Renan Gomez
Área de intervenção Áreas Especiais de Interesse Social Ocupação lada
Contro-
Ocupação cionada
Condi-
Ocupação Induzida Qualificação e Ocupação Controlada Parque Ecológico Campus tário
0,5km 1km
universi-
Zoneamento + AEIS sociais Ao analisar o mapa de zoneamento urbano proposto pelo Plano Diretor de São Carlos e as Áreas Especiais de Interesse Social, atenta-se ao posicionamento das mesmas, sendo que a maior parte delas se localizam ao sul da cidade, em áreas periféricas com fragilidade ambiental, e a sul da linha férrea, uma rugosidade que corta a mancha urbana de São Carlos. comunidade_ensaio no habitar 24
Fonte: Plano Diretor Estratégico de São Carlos,2002 Mapa: Renan Gomez
Área de intervenção Até 1940 1940 - 1950 1950 - 1970 1970 - 1980 1980 - 1990 1990 - 2002 0,5km 1km
Mapa de Expansão O mapa de expansão urbana de São Carlos só reafirma a contradição do plano diretor, onde é notável a mancha urbana aumentando a sul por novos grandes loteamentos e conjuntos de habitação social, como o já citado conjunto Núcleo Residencial José Zavaglia, em uma área de grande fragilidade ambiental e indicada como zona de ocupação controlada . comunidade_ensaio no habitar 25
Fonte:Revisão do Plano Diretor Estratégico de São Carlos, 2011 Mapa: Renan Gomez
Área de intervenção Decréscimo> 19% Decréscimo≤ 19% Acréscimo≤ 30% Acréscimo de 31% a 50% Acréscimo de 51% a 80% Acréscimo> 80% 0,5km 1km
Acréscimo
/
Decréscimo
Populacional
Ao analisar o mapa de acréscimo / decréscimo populacional é possível ver que os maiores acréscimos populacionais se encontram nas novas áreas periféricas, dado que antes desses empreendimentos a ocupação era quase nula, enquanto o centro, sofre um decréscimo populacional afastando a população dos serviços e infraestrutura. Dinâmica gerada pelo mercado imobiliario. comunidade_ensaio no habitar 26
Fonte:IGBE/2000 apud Plano Diretor Estratégico de São Carlos, 2002 Mapa: Renan Gomez
Área de intervenção Até 50 hab/ha 50 a 100 hab/ha Mais de 100 hab/ha 0,5km 1km
Densidade Demográfica Esse êxodo populacional da região central para áreas cada vez mais distantes gera, em termos de densidade demográfica, uma cidade com baixo adensamento populacional, em que poucos têm condições de pagar por moradias no centro, o que constitui regiões ocupadas exclusivamente por comércio e serviços e fluxos diários pendulares da população para cumprir suas tarefas cotidianas. comunidade_ensaio no habitar 27
Fonte:Revisão do Plano Diretor Estratégico de São Carlos, 2011 Mapa: Renan Gomez
Área de intervenção 300<x<400 200<x<300 120<x<200 70<x<120 30<x<70 x<30 0,5km 1km
Planta Genérica de Valores Um dos principais fatores da evolução contraditória da cidade é o interesse econômico imobiliário, que se beneficia do acréscimo do preço da terra quando urbanizada para torná-la mais rentável, além de elevar o valor das terras centrais e gerar forte especulação imobiliária nas glebas entre esses novos loteamentos e o centro. comunidade_ensaio no habitar 28
Fonte: http://www.tudodeunibus.com/2011/08/ linhas-de-onibus-de-sao-carlos.html Mapa: Renan Gomez
Área de intervenção linhas de ônibus municipais
0,5km 1km
Linhas de ônibus existentes Atualmente, temos as linhas de ônibus fazendo um deslocamento geral da população da área periférica para o centro, cambiando através de dois terminais centrais. Porém o dado levantado não apresenta o fluxo e o intervalo que os coletivos cumprem o trajeto,o que dificulta a análise do comportamento desses fluxos. comunidade_ensaio no habitar 29
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Equipamentos públicos de Educação
Equipamentos públicos Culturais
Equipamentos públicos de Saúde
Equipamentos públicos de Lazer
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_Área de intervenção A região em que se localiza o terreno selecionado (3) para a proposta de projeto está indicada pelo plano diretor de São Carlos como zona de ocupação condicionada, sendo que a mesma se situa entre o Campus II da USP São Carlos (1) e o Campus I da USP São Carlos (2). A região é cortada por 2 vias perimetrais: Av. Bruno Ruggiero Filho e Av. Trabalhador São Carlense, e a via radial: Av. Miguel Petroni. A região apresenta uma ótima infraestrutura e equipamentos próximos, além de que 10 linhas de ônibus proverem transporte para a mesma.
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Via Radial Via Perimetral
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__OS TERRENO ÃO CARLOS
A gleba selecionada para o desenvolvimento do projeto possui área de aproximadamente 2,0 ha, tendo como valor 50,25 reais /m² segundo a Planta Genérica de Valores 3, preço bem inferior que seu entorno que apresenta PGV médio de 120 reais/m². O terreno está indicado como área sujeita ao Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios (PEUC), visando compelir o proprietário a consagrar a função social da propriedade, dado que a gleba é uma área de especulação imobiliária que faz divisa com um condomínio residencial em construção e o centro comercial, Passeio São Carlos.
3
Dados do Sistema de informações Geográficas de de São Carlos, 2015.
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Mapa Hierárquia Viária
100m 200m
Equipamentos públicos de Educação
Equipamentos públicos Culturais
Equipamentos públicos de Saúde
Equipamentos públicos de Lazer
Via Radial
Via Perimetral
Fonte: Sistema de informações Geográficas de de São Carlos.
A gleba selecionada é cercada por 3 principais vias, mencionadas anteriormente, a Av. Bruno Ruggiero Filho, Av. Trabalhador São Carlense e a Av. Miguel Petroni, sendo que as duas primeiras se encaixam como vias perimetrais, enquanto a última como via radial. A maior parte dos equipamentos públicos da região se encontra vinculada as vias citadas. O que gera uma situação favorável para a proposta do projeto.
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Mapa Equipamentos Públicos
m 3k 1,
100m 200m
Equipamentos públicos de Educação
Equipamentos públicos Culturais
Equipamentos públicos de Saúde
Equipamentos públicos de Lazer
Fonte: Sistema de informações Geográficas de de São Carlos.
Entre os equipamentos proximos a gleba se encontram: o Campus I da USP São Carlos, a UBS Santa Paula, a UBS Santa Felícia, a Escola Municipal José Marrara,a Escola Municipal Maria Lucia Marrara, o Parque do Kartódromo, o Centro Esportivo do Santa Felícia. Além de estar 1,3 km da Santa Casa de São Carlos.
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Mapa Gabarito
15m
30m
Até 2 pavimentos
5 a 6 pavimentos
3 a 4 pavimentos
Gleba de projeto
Fonte: Própria
Autoria
A altura das edificações no entorno é na sua grande maioria de um a dois pavimentos, tendo como exceção alguns pequenos edifícios com quatro pavimentos.Mesmo o residencial que está sendo construído no lote vizinho irá manter essa premissa de edificações térreas e sobrados.
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Mapa Uso e Ocupação
15m
30m
Residencial
Institucional
Comercial
Gleba de projeto
Fonte: Própria
Autoria
Serviços
O entorno imediato do terreno é majoritariamente residencial, com exceção do centro comercial, Passeio São Carlos. Porém a gleba se localiza próximo da Av. Miguel Petroni e da Rua Miguel João, as quais se situam um grande número de pequenos estabelecimentos comerciais e serviços.
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Foto retirada dentro da gleba de projeto.Fonte: Autoria Prรณpria.
Foto retirada dentro da gleba de projeto.Fonte: Autoria Prรณpria.
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Foto retirada dentro da gleba de projeto.Fonte: Autoria Prรณpria.
Foto retirada dentro da gleba de projeto.Fonte: Autoria Prรณpria.
foto top do prédio
Foto do entorno da área de intervenção. Fonte: Caio Souza.
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_PROPOSTA A proposta é a produção de habitação inserida na dinâmica da vida urbana, aproveitando os serviços públicos e equipamentos já existentes na região e mesclar o uso residencial com outras atividades, assim, em conjunto com o desenho dos espaços livres: Público, Coletivo e Privado, potencializar as interações pessoais e fortalecer o sentimento de comunidade. O projeto seria concebido através do trabalho conjunto entre moradores e profissionais, além de buscar adotar uma densidade habitacional elevada, a fim de ratear o custo final da construção. Na busca por materiais ambientalmente adequados, que apresentem baixo custo, que possam ser produzidos no local e, ainda, serem passíveis de uma produção para comercialização, gerando trabalho e renda,foi escolhido um sistema de vigas e pilares de madeira e painéis de vedação montados em conjunto com moradores. Para que fosse viável a concepção desses painéis será inserido como diretriz projetual o projeto de um centro comunitário com marcenaria inclusa , com espaços para cursos, reuniões, educação e sociabilização, onde seria possível instrumentalizar os moradores a trabalhar com a madeira. A diretriz fundamental do projeto é a busca por uma cidade mais compacta, a fim de valorizar e explorar a dinâmica das associações humanas. comunidade_ensaio no habitar 41
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Equipamentos públicos de Educação
Equipamentos públicos Culturais
Equipamentos públicos de Saúde
Equipamentos públicos de Lazer
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Via Radial Via Perimetral
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_IMPLANTAÇÃO DESENVOLVIMENTO _Estudo de implantação inicial, apresentava muitos espaços homogêneos e desenho do viário muito forte, o que desfavorecia a proposta do projeto.
_Neste estudo foi concebida a ideia de um boulevard e a tentativa de desenho de espaços diversos e prover um viário,o qual não abasteceria a gleba toda.
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_A ideia do boulevard foi mantida, porém foi vinculada uma grande praça onde o centro comunitário se localizaria e o viário se daria por uma via de mão dupla única que cortaria a gleba. _A escala dos espaços livres foi melhor trabalhada e o viário se manteve como uma via única, porém visto como segundo plano. O eixo pedonal ganha força.
_A escala dos espaços livres foi melhor trabalhada e o viário se dá por duas vias de serviços, que chegam até a grande praça. Este foi o desenho base para a implantação final. comunidade_ensaio no habitar 45
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瀀愀 猀猀攀 椀漀 猀 漀 挀 愀爀 氀漀猀 10m
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20m
R. J oão
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_ I M P L A N TA Ç Ã O DIAGRAMAS
VÍARIO
A gleba selecionada apresenta uma forma trapezoidal, sendo a base maior de 390 metros, tendo apenas duas vias que servem a mesma: Rua Álvaro Giongo e Rua João Santini. A Rua João Santini foi ampliada até o encontro com a Rua Abrahão João, afim de melhorar o fluxo do sistema viário. comunidade_ensaio no habitar 48
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R. Abrahão João
A Rua Álvaro Giongo teve uma expansão no seu leito carroçável, anteriormente de 7m para 10m, dado que ela atualmente serve como via de carga e descarga de mercadorias para o centro comercial Passeio São Carlos e posteriormente servirá as unidades a serem implantadas. comunidade_ensaio no habitar 49
ini San t R. J oão
RESIDEN
CIAL SA
NTA JÚL
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ENTORNO Álem das vias já mencionadas a gleba selecionada tem como suas divisas os fundos de lotes da Rua Abrahão João, o já mencionado centro comercial Passeio São Carlos e por fim o Residencial Santa Júlia, o qual atualmente só foi parcelado em lotes e tem o víario e as divisas assinaladas. comunidade_ensaio no habitar 50
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R. Abrahão João
Entorno imediato 4 pavimentos
Como visto anteriormente o entorno apresenta um gabarito baixo de 1 a 2 pavimentos tendo como exceção dois pequenos edificios de 4 andares vinculados a Rua Abrahão João. Sendo assim, umas das ditretrizes projetuais foi trabalhar ao máximo com edificações mais baixas para que a paisagem se mantesse. comunidade_ensaio no habitar 51
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3
2
PROPOSTA A proposta de implantação se dá por um grande eixo pedonal que corta transversalmente a gleba, e paralelo ao mesmo se dão duas vias de serviço que constroem o viário do projeto.
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R. Abrahão João
2
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1
Entorno Imediato 4 pavimentos Eixo Pedonal Via de Serviço Área Livre Centro Comunitário
O projeto possui 3 grandes áreas livres, cada uma com seu caráter. A primeira funciona como entrada principal para o conjunto (1), tanto a segunda quanto a terceira área (2) (3) estão posicionadas proximas ao centro da gleba vinculadas ao centro comunitário, que atua como “coração” do projeto. comunidade_ensaio no habitar 53
ini San t R. J oão
3
PROPOSTA Como dito anteriormente o viário ocorre por meio de duas vias de serviços, situadas nas extremidades da gleba e opostas entre si, o retorno das duas acontece quando as mesmas alcançam área central onde se localiza o centro comunitário e a grande praça (3).
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R. Abrahão João
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1
Eixo Pedonal Via de Serviço Área Livre Centro Comunitário
A implantação trabalha com três diferentes escalas de espaços livres: Público, Coletivo e Privado. Sendo possível observar essas escalas no diagrama. Sendo o grande eixo pedonal um grande boulevard público vinculado com as 3 grandes áreas livres e o centro comunitário. comunidade_ensaio no habitar 55
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VEGETAÇÃO
As vegetação cumpre o papel de valorizar os eixos principais do projeto além de demarcar as áreas livres principais. As áreas permeáveis trabalham em conjunto com o caminho das águas, que será apresentado a seguir, para satisfazer a drenagem da gleba.
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R. Abrahão João
Área Permeável Vegetação
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3
CAMINHO DAS ÁGUAS Para auxiliar o sistema de drenagem do projeto foi pensado um caminho das águas que se inicia de uma grande bacia de mitigação, situada no centro da praça central (3), se deslocando transversalmente por dois pequenos canais, que alternam entre tamponado ou não. Por fim o excesso da água deságua na praça de entrada (1) do conjunto. comunidade_ensaio no habitar 58
R. Abrahão João
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Área Permeável
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Praรงa de Entrada (1)
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Praça - Espaço Lúdico (2)
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Praรงa Central (3)
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A
Dados de Projeto: NĂşmero de FamĂlias: 286 Densidade Habitacional: 572hab/ha
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_ I M P L A N TA Ă&#x2021; Ă&#x192; O GABARITO
A`
1 pavimentos 2 pavimentos 3 pavimentos 4 pavimentos 10m
5 pavimentos
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20m
A
Os comércios e serviços se localizam próximos das vias de serviços, a fim de facilitar o fluxo de produtos e acesso aos mesmos. Dados de Projeto: Área residencial: 12.636m2 Área de comércios / serviços:810m2 Número de comércios / serviços: 30 Área institucional: 576m2
Corte A-A`
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_ I M P L A N TA Ç Ã O USO E OCUPAÇÃO
A`
Residencial Comercial/ Serviços 10m
Institucional
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20m
A
Corte A-A`
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_TIPOLOGIA I
A`
Tipologia I Tipologia I - Desenhos TĂŠcnicos
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10m
20m
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_TIPOLOGIA I ÁREA: 54m2
A tipologia I se constitui da união de seis conjuntos de três unidades habitacionais, compostas por dois módulos de 3m x 3m x 9m cada, a partir da ideia de um pátio central de convivência dos moradores. Além de que, a disposição das unidades também compõem outra escala de espaços de vivência, em altura, terraços e ,passagens cobertas que além da função de acesso, se tornam espaços de sociabilização. O arremate das laterais se dá por módulos de 3m x 3m x 9m, que fazem a junção entre os conjuntos e possibilitam um terraço coletivo em sua laje. Estes módulos variam entre comércios e espaços de lazer para o moradores.
Áreas coletivas
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A
Planta TĂŠrrea A
Planta Segundo Pavimento
A`
1m
2m
A`
1m
2m
A
Planta Terceiro Pavimento
Corte A - A`
A`
1m
2m
+9,00
+6,00
+3,00
+0,00
1m
2m
Tipologia I
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A
Corte A-A`
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_TIPOLOGIA II
A`
Tipologia II Tipologia II - Desenhos TĂŠcnicos
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10m
20m
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_TIPOLOGIA II
ÁREA: 54m2 + 27m2
A tipologia II se constitui da união de duas unidades habitacionais sobrepostas, compostas por três módulos de 3m x 3m x 9m cada, sendo que um destes é destinada a uma futura expansão da unidade. O principal problema da expansão em unidades sobrepostas é a inevitabilidade de ter que se prover uma laje no nível inferior para suporte à expansão superior. A solução adotada foi a sobreposição ``articulada`` e a locação das áreas de expansão de ambas unidades no térreo, assim promovendo um desenho de habitação unifamiliar com maior adaptabilidade, através de áreas de expansão internas ao corpo da edificação, dando suporte a várias possibilidades de o morador realizá-la, seja na forma de crescimento da família, seja na constituição de um pequeno comércio ou serviço. Sempre tendo como diretriz fundamental a busca por uma cidade mais compacta, a fim de valorizar e explorar a dinâmica das associações humanas.
Área de Expansão Circulação
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A
ÁREA DE EXPANSÃO
ÁREA DE EXPANSÃO
ÁREA DE EXPANSÃO
Planta Térrea
SUÍTE
ESCRITÓRIO + BANHEIRO + QUARTO
A`
ÁREA DE EXPANSÃO
ÁREA DE EXPANSÃO
ÁREA DE EXPANSÃO 1m
QUARTO COM 2 CAMAS + BANHEIRO
2m
COMÉRCIO
Área de Expansão
A
Planta Segundo Pavimento
Corte A-A`
A`
1m
2m
+6,00
+3,00
+0,00
1m
2m
Tipologia II
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A
Corte A-A`
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_TIPOLOGIA III
A`
Tipologia III Tipologia III - Desenhos Técnicos
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10m
20m
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_TIPOLOGIA III A tipologia III se constitui em um terreno retangular 18,00m x 54,00m distribuído em 3 faixas de ocupação de iguais dimensões, 6,00m x 54,00m, configuradas por 2 Lâminas Paralelas edificadas sobre Pilotis junto às divisas longitudinais do terreno e por 1 Vazio Central, que abriga as circulações coletivas e os acessos aos apartamentos. A disposição do edifício em 2 Lâminas Paralelas e 1 Vazio Central permite que nos pavimentos das unidades de habitação se estabeleça 3 tipos de Espaços: Espaços Comuns, Espaços de Transição e Espaços Privativos. As lâminas possuem alturas distintas sendo a maior com 5 andares e a menor com 4 , a laje da lâmina menor se torna uma área coletiva para o conjunto. O estacionamento ocupa o subsolo do conjunto . O sistema construtivo utilizado para essa tipologia permanece pilar e viga, porém metálicos, seguindo o módulo de 6,00m x 6,00m.
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A
B
Planta Andar Tipo
Ă rea : 72m2
Planta Tipo I
A`
B`
1m
Ă rea : 54m2
Planta Tipo II
2m
Corte A-A`
Corte B-B`
+15,00
+12,00
+9,00
+6,00
+3,00
+0,00
-3,00
+15,00
+12,00
+9,00
+6,00
+3,00
+0,00
-3,00
Elevação Noroeste
Elevação Sudoeste
Tipologia III - Ă rea coletiva
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A
Corte A-A`
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_ C E N T R O
COMUNITÁRIO
A`
Centro Comunitário Centro Comunitário - Desenhos Técnicos
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10m
20m
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_ C E N T R O
COMUNITÁRIO O Centro Comunitário se divide em 2 blocos conectados por um pergolado que se projeta nas duas fachadas do edifício . Os blocos são modulados numa malha de 6,00m x 6,00m, cada um com a dimensão de 12,00m x 24,00m. Os blocos se dividem em dois grandes espaços sendo eles um lugar de reunião e confraternização e o segundo uma grande marcenaria, para o desenvolvimento da pátrica, e para a elaboração e manutenção dos painéis de vedação das tipologias apresentadas anteriormente.
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A
Planta Térrea
Corte A-A`
A`
1m
+5,50
+2,00 +0,00
2m
Centro Comunitรกrio
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_SISTEMA CONSTRUTIVO diagramas de como funciona a estrutura e modulação
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O sistema construtivo adotado foi um sistema de vigas e pilares de madeira e painéis de vedação, também utilizando a madeira para a concepção do quadro e a proteção externa ao painel. Para facilitar o transporte e o manuseio, além de diminuir os custos das peças, os perfis utilizados para a criação das mesmas são perfis esbeltos, compostos e fixamos por parafusos entre si, a fim de produzir seções maiores. O módulo utilizado na estrutura é de 3m x 3m x 3m, sendo unidos de 2 a 3 conjuntos de 3 módulos, com o propósito de compor uma unidade habitacional. O morador pode conceber sua unidade habitacional através da composição desses módulos.
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Placa OSB
Proteção Térmica/ Acústica Placa OSB
Proteção/ Peça de Sácrificio
Montante
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.2,85m
.97m
Painéis de Vedação Perfil Viga: composto por 3 peças de 3cm x 12cm.
Perfil Pilar: composto por 2 peças de 3cm x 12cm e uma peça de 1,5cm x 3cm, para margem de erro na montagem dos painéis.
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detalhe esquemรกtico encontro painel - viga pilar
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_REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
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