Um casal de ratos vivia num sótão empoeirado com o seu único filho que se chamava Mateus. Num canto do sótão, cobertos de teias de aranha, amontoavamse jornais, livros e revistas, um velho candeeiro partido e os tristes despojos de uma boneca. Era o canto de Mateus.
Os ratos eram muito pobres, mas tinham grandes expetativas para Mateus. Quando ele crescesse, talvez viesse a ser médico. Então, teriam queijo parmesão ao pequenoalmoço, ao almoço e ao jantar. Mas quando lhe perguntavam o que é que ele queria ser, Mateus respondia: – Não sei… Eu quero ver o mundo.