Revista Os Psicodélicos

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Ano II NĂşmero II Abril de 2013

www.ospsicodelicos.com.br



Editorial M

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ais um ano e aqui estamos com a Revista Oficial do Bloco de Samba Os Psicodélicos. Agradeço o convite feito pelo presidente da agremiação, meu amigo Rubinho Ferroviário, para produzir o segundo número da revista oficial do bloco. São informações diversas, detalhes do carnaval e fotos de eventos que aconteceram ao longo dos meses de preparação para o “Campos Folia 2013”. No carnaval de 2012 conquistamos o primeiro titulo da era CEPOP (Centro de Eventos Populares Osório Peixoto) e esse ano, quando estaremos homenageando o centenário do compositor Wilson Batista, esperamos realizar mais um belo desfile e conquistar o tri-campeonato, se Deus quiser. Termino a preparação dessa revista, já pensando nos detalhes da próxima edição da Revista Atual, minha revista (especializada em moda, cobertura de eventos, contos humorísticos e muito mais), que sairá no final do mês de junho. Também já começo a pensar no próximo enredo do Bloco, que será em homenagem ao centenário do Americano, meu querido time do coração. Um abraço a todos, até ano que vem e feliz Carnaval fora de época.

Ricardo Silva

Diretor da Revista Atual, Colunista Social e Radialista

Expediente Coordenador Geral Ricardo Silva Jornalista Responsável José Maria Mattar – DRT 0157199-5 Colaboradores Dr. Arcinélio Oliveira Diagramação Enockes Cavalar – Kanox10@gmail.com Impressão GrafBand Gráfica e Editora

Tiragem 5.000 exemplares Fotografias Divulgação Periodicidade Anual Agredecemos o apoio de todos os patrocinadores e colaboradores

Rubinho Ferroviário Presidente de Os Psicodélicos


es Ordem dos Desfil

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Letra do Samda Autor: Fábio Guilherme Intérpretes: Jorginho do Pagode e Fabinho do Cavaco Ê MALANDRAGEM... PEÇO LICENÇA O MEU BLOCO VAI PASSAR (VOU CANTAR) O GRANDE COMPOSITOR, FILHO DA PLANÍCIE GOITACÁ MELODIA DE CRIANÇA, NO FUTURO FEZ-SE HERANÇA O BOM MESMO É VADIAR (Ô) NA BOEMIA DA LAPA, VIU A NOITE CARIOCA SOB A LUZ DO LUAR... “LOUCO PELAS RUAS ANDAVA” SAPATEAVA MAIS UM SAMBA DE AMOR “NA ESTRADA DA VIDA” VIU TORADAS EM MADRI FRANÇA E “BALZAQUIANA” JO TE QUIERO, MÁ CHERIE FRANKSTEIN DA VILA, O NOEL ROSA DESAFIOU EM VERSO E PROSA “RAPAZ FOLGADO”, CHAPÉU DE LADO TAMANCO ARRASTANDO, PASSOU GINGANDO “VEM TODO VEDETE” FANTASIA É NATURAL MADAME SATà APLAUDIU NESSE CARNAVAL! MEU CORAÇÃO DE MALANDRO VAI BATER “FLAMENGO JOGA AMANHÔ, UM BAILE VAI TER WILSON BATISTA, ORGULHO É CANTAR VOCÊ CEM ANOS QUE EU NÃO POSSO ESQUECER LAMPEÕES VÃO CLAREAR, O MEU LUGAR: “MORRINHO!” ILUMINAR “OS PSICODÉLICOS”... REFRÃO TEM LUZ NO MEU CAMINHO

DIA 26 DE ABRIL: DESFILES DOS BLOCOS DE SAMBA DESFILES COMEÇANDO A PARTIR DAS 20H

01- Grande Rio (Escola de Samba convidada do Rio de Janeiro) 02- Bruc 03- Juventude da Baleeira 04- Caprichosos de Guarus 05- Os Psicodélicos 06- Castelo do Parque aurora 07- União Feliz

DIA 27 DE ABRIL: DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO ESPECIAL DESFILES COMEÇANDO A PARTIR DAS 20 H BIS

01- Vila Isabel (Escola de samba convidada do Rio de Janeiro) 02- Blocos dos Evangélicos 03- Ururau da Lapa 04- Madureira do Turfe 05- União da Esperança 06- Mocidade Louca

DIA 28 DE ABRIL: DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO DE ACESSO DESFILES COMEÇANDO A PARTIR DAS 20H 01- Unidos da Tijuca (Escola de samba convidada do Rio de Janeiro) 02- Tradição Alvi-Anil 03- Amigos da Farra 04- Boi Sapatão 05- Onça No Samba


História do Bloco eonatos

Nossos camp

1971 – Samba de Silvinho Feydit – Tema: “Zum Zum Zé” 1972 – Samba de Silvinho e Jorge da Paz – Tema: “O Mar” 1973 – Samba de Claudinho da Hora – Tema: “Rosas Vermelhas” 1974 – Samba de Ala dos compositores – Tema: “Este ano não tem Rosas, mas eu dou meu coração” 1976 – Samba de Silvinho Feydit – Tema: “Carnaval dos Carnavais” 1977 – Samba de Claudinho da Hora – Tema: 1978 – Samba de Luiz e Carrasco – Tema: “... E assim se passaram 10 anos” 1979 – Samba de Josélia e silvinho Feydit – Tema: “Brasil Folclore” 1980 – Samba de Francisquinho e Rubens Santos – Tema: “Descobrimento, Liberdade e Igualdade” 1981 – Samba de Rubens Pereira e Louzada – Tema: “Bahia encanto e Magia” 1982 – Samba de Francisquinho Caldas e Jorge da Paz Almeida – Tema: “Que Maravilha a Troupe Chegou” 1985 – Samba de Francisquinho Caldas – Tema: “Entre o mais que perfeito e o futuro condicional, o Presente Singular” 1986 – Samba de Francisquinho Caldas – Tema: “Agora se vê melhor” 1988 – Samba de Francisquinho Caldas – Tema: “Das Raízes do samba a glória de uma manifestação Folclórica” 1990 – Samba de Josélia Feydit, Aloior e Wellington – Tema: “ Janahy uma história de amor” 1991 - Samba de Josélia Feydit, Silvio Feydit, Marquinhos Grande e Toninho Shita – Tema: “Aconteceu no Boulevard”

1992 – Samba de Jair Alvez, Marcos Augusto e Waldir Fufuca – Tema: “Trianon sonho e Magia” 1994 – Samba de Maguila e Bingo – Tema: “Os Psicodélicos na Corte do Maracatu” 1995 – Samba de Francisquinho Caldas – Tema: “Domingos na Quinta” 1996 – Samba de Maguila, Bingo, Silvinho, Francisquinho, Damásio, Beto Boné, Rubens Pereira, Dalvino, Aloir, Virginia, Luiz Pepe, Carrasco e Jorge da Paz Almeida – Tema: “Quissamã, sua terra, sua gente” 2000 – Samba de Luis Alves – Tema: “Descendo a Serra – Rio Paraíba do Sul” 2002 – Samba da Ala de Compositores – Tema: “Em cultura nem tudo é compromisso” 2003 – Samba da ala de Compositores – Tema: Brasil Folclore – Boi Shok” 2004 – Samba de Toninho Shita – Tema: “Homenagem ao Morrinho” 2005 – Samba da Ala de Compositores – Tema: “As águas vão rolar na passarela. Minha história vou contar. Sou Rio Preto” 2009 – Samba de Paulo Beverly e Lalau – Tema: “Os Psicodélicos invadem o Nordeste” 2011 – Samba de Jorge França – Tema: “Nas Asas da Liberdade o sol nasce para todos” 2012 – Samba de Fábio Guilherme – Tema: “Na história do futebol, Os Psicodélicos é a grande família que comemora o centenário do Goytacaz”

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G.R.B.S. Os Psicodélicos Autoria: Humberto Rangel Desenvolvido: Luiz Carlos Soares (Especialista em arte e cultura – Carnavalesco)

I

nspirados em dados colhidos em pareceres de pesquisadores como RODRIGO ALZUGUIR, LUIZ PIMENTEL E LUIZ FERNANDO VIEIRA, grandes biógrafos de WILSON BATISTA, o G.R.B.S “OS PSICODÉLICOS “ honrosamente homenageias esse grande compositor no centenário de seu nascimento. Wilson Batistas de Oliveira nasceu em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, em 03 de julho de 1913. Filho de João Batista de Oliveira e Izauriana Alves de Oliveira. De Família humilde como ele mesmo gostava de repetir, “sem dar trabalho pra mãe”, viveu a infância pescando, assistindo a brigas de galo e tocando triângulo na bandinha regida por seu tio Ovídio. Na adolescência cursou marcenaria no instituo de Artes e Ofícios e integrou o Bando (Rancho Carnavalesco) Corbeille de Flores, para o qual criou suas primeiras composições. Ainda em Campos trabalhou algum tempo como acendedor de lampiões. “Em Campos e não no Rio como já se escreveu algumas reportagens”, como declarou dona Rosa de Nascimento, madrasta de compositor à Luis Pimentel. Cresceu vendo as procissões e as moças solteiras fazendo promessas a São Salvador, padroeiro da cidade. (Minha cidade poema de Wilson) Aos 15 anos muda-se para o Rio de Janeiro. Logo passou a freqüentar as rodas boêmias da Lapa e da Praça Tiradentes, pontos de en-

Enredo: DOS LAMPIÕES DE CAMPOS, À BOEMA CARIOCA. WILSON BATISTA, UM CENETENÁRIO DE CANÇÕES MAGISTRAIS ILUMINADAS PELA LUZ ARTÍSTICA DE “OS PSICODÉLICOS”

Nova Fase

contro de artistas e marginais, entre eles Madame Satã, João Goulart, Ataulfo Alves, enfim o pessoal da noite. Influenciado pela convivência com gente de teatro, tentou os ofícios de eletricista e contra rega, sem muito empenho, pois o que desejava realmente era ser sapateador, ficava horas e horas assistindo aos musicais americanos. Em 1929 teve seu primeiro samba, “Na estrada da Vida”, cantado no palco por Araci Cortes, a grande estrela do teatro de revista. Três anos depois, já integrado no meio musical – chegou a atuar como cantor e ritmista na orquestra de Romeu Malagueta, conseguiu a primeira gravação de uma composição de sua autoria, o samba “Por favor, vai embora”. A partir de então, passou a compor profissionalmente tendo a oportunidade de trabalhar com parceiros de renome, como Ataulfo Alves, Nássara, Marino Pinto, Haroldo Lobo, Roberto Martins, Antônio Almeida, Orestes Barbosa e etc.

Em 1940 iniciou sua melhor fase, que se estendeu até meados da década seguinte. É daquele ano seu primeiro grande sucesso, o samba “Oh! Seu Oscar” (Com Ataulfo), gravado por Ciro Monteiros, um dos principais intérpretes de sua obra. A esse fértil período, em que chegaria a lançar mais de dez musicas por ano, pertencem outros sucessos notáveis, como: “acertei no Milhar” (1940), “ O Bonde São Januário”, “Emilia”, “Preconceito”, “ A Mulher que eu gosto” (1941), “Meus vinte anos( (!942), “Louco” (1947), “Pedreiro Valdemar” ( 1949), “Balzaquiana” (!950), “Mundo de Zinco” (1952), “Mãe Solteira” (1954) e etc. O Flamengo é o clube mais cantado e homenageando da música popular brasileira. Wilson Batista, flamenguista doente e convicto, prestou inúmeras homenagens ao seu “Mais querido”, deixando inúmeras músicas gravadas que tem o Flamengo como inspiração primeira. Com os direitos autoriais de Balzaquiana e Mundo de Zinco, Wilson comprou passagens de navio para a Espanha. Contam os amigos que além das touradas e dos cabarés ele confessara ter gostados muito das mulheres espanholas, tendo inclusive dedicado uma música a uma que conheceu por lá, Dolores Sierra, Canção que fez muito sucesso na voz de Nelson Gonçalves. De Madri viajou para Paris, onde foi homenageado na embaixada brasileira. Wilson nos deixa um vasto legado e no coração de Chicão espelha-se e deixa uma frase celebre: “O SAMBISTA QUANDO É GRANDE DEMAIS, NÃO DEVE DESAPARECER”.



O fogueteiro e o fanfarrão

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ARCINÉLIO CALDAS

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ntônio, ainda moço deixou para trás os fortes laços familiares da cidade do Porto, trazendo consigo apenas segredos inconfessáveis e desejos explícitos de ter a chance de viver a experiência Brasil. Na chegada ao Rio de Janeiro, revelada sua profissão de fogueteiro, o cidadão Luzitano, especialista no engenho da pirotecnia, foi informado de que poderia ir para Campos dos Goytacazes, próspera cidade ao norte do Estado, cuja população alegre e festeira não dominava o artifício do fabrico de fogos para festas. Antônio aproveitou a dica e deu com os costados na Vila dos Colomins, terra de jogadores e oleiros. O forasteiro recém chegado, à primeira vista se apaixonou por Ana Tereza, linda nativa da planície goitacá, possivelmente, descendente dos silvíco-

las, herdeiros dos donatários da Capitania de São Tomé e patrícios que habitavam o distrito campista de São Sebastião. Em pouco tempo, com a amada já enlaçada mudou-se para a cidade e fundou a fábrica de fogos Patrão. Produzia de tudo: bomba chinesa, foguete, girândola, busca pé, estalo cabeça de negro, espanta coió, vulcão de diversos modelos, estrelinhas, enfim, fogos de artifícios de variadas potências e tamanhos, capazes de encantar toda a gente pela qualidade da confecção pirotécnica e beleza de seu espocar nos céus da baixada da égua. Íntimo do cunhado Juvenal, nascido jo-

gador e exímio colchoeiro, Antônio estimulava o espírito alegre do jovem, fornecendo-lhe bombas, busca pés e estalos cabeça de negro, com os quais não só fazia propaganda da fábrica, mas também, achava graça das fanfarronices criadas pela divertida criatura. Certo dia Juvenal, abastecido de potentes estalos cabeça de negro, busca pés e bombas variadas, embarcou na estação do Rocio com destino à terra natal. Sob pretexto de visitar os pais Manoel e Maria das Virgens, na verdade ia para casa da irmã Clara, espiar a sobrinha mais velha Maria da Conceição, com a qual acabou se casando em pleno reinado de Momo. Na oportunidade, premiou os sobrinhos menores Manoel, Caçuleto e Sylvinho, com os estalos fornecidos pelo cunhado Antônio Patrão. Um dos meninos, Manoel, carinhosamente apelidado de Moreno, com cinco anos de idade, ao invés de estalar no chão de barro batido da casa a explosiva cabeça de negro recebida do tio, morde-a como se fosse uma bala apetitosa. Após o estrondo o infante Moreno, vê surgir à sua frente estrelinhas, não da queima de pólvora, mas da dor que rachou sua bochecha em duas, despencou seus dentes de leite, cortou parte da língua e, após a emenda de grampos, habilmente executada pelo fármaco da Vila, carregou junto á imagem do incorrigível tio fanfarrão Juvenal, por toda a vida, uma esquecida cicatriz à esquerda de seu lábio inferior.



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RELAÇÃO DA DIRETORIA ADMNISTRATIVA Presidente de Honra: Sylvio Arantes de Carvalho (Russo) Presidente: Rubens Ailton Manhães dos Santos 1º Vice- Presidente: Eduardo Robinson de Carvalho 2º Vice- presidente: Sylvio Roberto de Carvalho 3º Vice- presidente: Edson de Souza Barreiro 1º Secretário: Dorothea Cordeiro Rocha 2º Secretário: Ligia 1º Tesoureiro: Joselio Rocha 2º Tesoureiro: Ailton Souza da Silva Diretor de Patrimônio: Edílson de Souza Pessanha Diretor artístico: Luiz Carlos Soares Diretores Culturais: Isabel Cristina Ferreira da Silva e Pedro Fagundes Diretor Social: Ricardo Silva Diretores de bateria: Aluisio Rodrigues, Robson Eduardo da Silva, Adriana da Silva Santos, Leandro, Fabrício, Rômulo e Thiago Departamento Jurídico: Drª Rita Vargas Diretor de Quadra: Jorge Coordenador de carnaval: Edílson Paes Tavares e Marcio Roberto Diretor de Harmonia: Tenente Cacau, Jorge Luiz do Carmo, Rosilvado Manhães Pereira dos Santos, Joaldo Dias Gomes e Diego Firmino Pereira Departamento Feminino: Ana Maria Firmino de Carvalho, Daniel da Silva Santos, Ana Beatriz e outras




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