Universidade São Judas Curso de Arquitetura e Urbanismo
Karina Sá Oliveira | RA : 201415292 Orientador: Prof. Gastão Sales Tema : Recuperação de áreas com alta vulnerabilidade socioambiental Trabalho Final de Graduação TFG 2 | Novembro de 2018
SUMÁRIO 13
18 INTRODUÇÃO
15
1
PARTE UM: ESPAÇO NATURAL X ESPAÇO CONSTRUÍDO
Um problema ambiental urbano, que passou por diversas tentativas de ser solucionado.
19 Novos paradigmas de conservação e valorização dos elementos naturais.
20 Novos instrumentos de melhorias nas cidades. Infraestrutura verde Parques Lineares Corredores Verdes Ecopontos Projeto corrego limpo Praças adotadas
16 A Relação entre São Paulo e seus recursos hídicos.
18 A experiência de circular entre rios
Placemaking
25
2
33 Apresentação da Sub-Bacia Córrego da Moenda Velha.
34
A paisagem
36
Caracteristicas naturais
40
Infraestrutura
44
Sintese de Vulnerabilidade Sócio-ambiental
PARTE DOIS: O TERRITÓRIO
46 Legislação
27
50
Analise da estruturação Urbana do Campo limpo.
28 A Bacia Hidrográfica do Córrego do Morro do S.
30
Diagramas
Setorização da área de estudo
62
3
PARTE TRÊS REFERÊNCIAS PROJETUAIS
15 Referências projetuais
64
Projeto Urbano Córrego do Antônico
65
Cabuçu de Baixo 5
66
Parque Novo Santo Amaro V
67
Parque do Rio em Medellín
4
75
Fluxogramas de mobiiidade
78 Polo Sudoeste
80
PARTE QUATRO ESTRATÉGIAS PROJETUAIS
Polo Nordeste.
82 Ampliação por setores.
69 1 - Reabilitação do curso d’agua e promoção da sua função paisagistica e recreativa.
71
Infraestrutura
verde
aplicada a proposta.
74 2 - Remoções em área de risco e reassentamento.
74 Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana.
84
Setores 1 e 2
88
Setor 3
92
Setor 4
96
Setor 5
100 Referências bibliograficas
INTRODUÇÃO A estruturação urbana adotada na cidade de São Paulo ao longo das décadas resultou na degradação dos recursos hídricos, esse processo ignorou a importância da agua no urbano, sem se preocupar com os resultados desfavoráveis que as alterações na vazão natural da agua poderiam trazer. O tecido urbano onde a industrialização foi assentada já se encontrava bastante fragilizado, e acabou tornando-se cada vez mais desprovido de infraestrutura. Organizar o espaço através da agua é tentar retomar uma configuração natural que não foi respeitada, a valorização da paisagem é capaz de prevenir impactos ambientais e melhorar o bairro. A proposta a ser apresentada tem como objeto de estudo o córrego da Moenda Velha, localizado na região do Capão Redondo zona sul da cidade de São Paulo. A partir de levantamentos hidrológicos, topográficos e populacionais determinou-se a necessidade de criar diretrizes definindo quais das famílias que vivem em lotes irregulares próximos a margem do córrego precisariam ser realocadas. Através da legislação ambiental vigente e das necessidades de drenagem especificas desse curso d’água, foram estipuladas estratégias para sua recuperação. A área de proteção permanente do córrego poderá portanto ter um novo significado para a população.
11
1
PARTE UM
ESPAÇO NATURAL X ESPAÇO CONSTRUIDO
A RELAÇÃO ENTRE SÃO PAULO E SEUS RECURSOS HÍDRICOS
14
Em São Paulo, assim como em outras
Devido a seu crescimento rápido,
encostas dos morros, terrenos
metrópoles, o padrão de estruturação
e espraiado, que fugiu do controle
sujeitos a enchentes ou outros tipos
urbana que se estabeleceu ao longo de
dos poderes públicos a oferta por
de riscos, regiões poluídas, ou... áreas
décadas resultou na total degradação
infraestrutura na cidade, a partir de um
de proteção ambiental (onde a
dos recursos hídricos.
certo ponto deixou de suprir a demanda.
vigência de legislação de proteção
As legislações na década de 70, que
e ausência de fiscalização definem a
De modo geral, o cenário é de córregos
contaminados,
desvalorização).(MARICATO 2003)
extensas
proibiram uma série de usos em áreas de
áreas de várzea ocupadas por favelas,
várzea tiveram como consequência a
ausência de uma rede de coleta e
desvalorização desses terrenos fazendo
tratamento de esgotos que atinja a
com que, a lei concretizasse exatamente
na
totalidade da população, além da
o oposto ao o que ela esperava.
relacionada a presença de rios, as águas
situação de risco em que vivem os que
De acordo com Rolnik e Klink (2011),
ocupam as margens dos córregos da
a “engenharia
cidade (Rolnik e Nakano, 2000).
transformou
urbana
completamente
são jogadas diretamente nas galerias de água pluvial que na maior parte das
se
“máquina de produção e circulação,
manejo adequado o que resulta em
configurou a partir de suas relações
tratou sua geografia natural – os rios, os
uma vazão muito acima da suportada
com as aguas, um bom exemplo são
vales inundáveis, as encostas – como
pelos cursos d’agua de destino, o alto
as linhas ferroviárias, elas contribuíram
obstáculo a ser superado, terraplanando,
nível de impermeabilização do solo
significativamente para essa expansão,
aterrando e caucionando as águas,
também piora essa situação. Percebe-se
e
sempre
num desenho que procura minimizar
a falta de consideração das dinâmicas
próximos ao território estratégico das
as perdas territoriais para o insaciável
naturais da cidade.
áreas de várzea. O que aconteceu em
mercado de solos”.
seus
de
caminhos
São
Paulo
estavam
em
está
vezes não foram projetadas com um
cidade
cidade
cidade
uma
A
a
mecanicista”
Hoje a ocorrência de enchentes
seguida foi uma apropriação dessas
É
margens por indústrias devido a sua
mercado
melhor
nas áreas públicas, situadas em
acessibilidade.
Durante
os
nas
áreas
rejeitadas
imobiliário
pelo
privado
e
primeiros surtos de expansão da cidade
regiões
extensas áreas foram contaminadas por
população
efluentes domésticos e industriais
vai se instalar: beira de córregos,
desvalorizadas, trabalhadora
que
a
pobre
15
A experiência de circular entre rios
Antigo leito do Rio Pinheiros em (fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0ZDfLI2BuW4)
É impossível circular de carro ou
preciso portanto através da despoluição
de trem pelas marginais sem perceber
e da educação ambiental reverter
a presença do Rio, de uma maneira
essa situação e criar um sentimento
intencional ele é o principal elemento
de pertencimento e da importância
estruturador dessas vias e da cidade,
de cuidar do patrimônio ambiental.
foi a partir da exploração de sua
No passado a modernização da
várzea que a cidade foi se expandindo,
cidade transformou a paisagem natural,
e
um
ignorando as possíveis consequências
isolamento desses rios e dificultando a
ambientais a seguir devem ser tomadas
transposição e o acesso de pedestres.
medidas para recuperar essa paisagem.
Infelizmente em São Paulo onde
Associar a água a algo positivo não
os cursos d´gua encontram-se em
será uma tarefa fácil, esse trabalho
grande parte comprometidos, existe
surge como uma pequena ação de
um certo incomodo por parte da
um conjunto onde a lógica é criar um
população,
a agua no meio urbano
sistema de tratamento sustentável e
é associada a algo desconfortável e
permanente para a água de córregos,
indesejado, onde a melhor solução a
partindo das áreas rurais da cidade
que se espera ser alcançada ainda é
passando pelas áreas periféricas até
a canalização e o tamponamento, é
chegar a Foz os rios Pinheiros e Tiete.
ao
mesmo
tempo
criando
Um problema ambiental urbano, que passou por diversas tentativas de ser solucionado.
Leito do Rio Pinheiros em (fonte: http://alosaopaulo. com.br/rio-pinheiros-em-fotos-a-historia-do-antigo-jeribatiba/)
As políticas sanitaristas se instalaram
jusante pelo caminho mais curto e com
devido aos projetos viários nos fundos de
a maior velocidade de escoamento
vale, fato este que contribuiu de maneira
possível. Os objetivos principais visavam
incisiva no quase completo extermínio
ganhar novas terras para a agricultura,
das áreas úmidas da cidade, tais
novas áreas para a urbanização e
obras higienistas resolviam as questões
minimizar os efeitos locais das cheias. A
relacionadas ao saneamento, porém
realização de obras com base naquela
houve uma grave falta de preocupação
concepção teve consequências não
com
urbano.
consideradas ou avaliadas como sendo
Durante muito tempo, a estratégia
negligenciáveis no planejamento: a
ambiente
natural
hidráulica
variedade de biota foi reduzida de uma
esteve orientada no sentido de retificar
maneira alarmante e as cheias hoje
o leito dos rios e córregos, para que
causam prejuízos cada vez maiores.
da
suas
16
o
engenharia
vazões
fluvial
fossem
e
dirigidas
para
A conscientização das interações
As influências do Higienismo do sec. XX entre as atividades antrópicas e o meio
O processo de mudança se verifica
ambiente permite, hoje, que sejam
na organização espacial da cidade
consideradas novas estratégias dirigidas
e procurou canalizar e encobrir os rios
à renaturalização de rios e córregos,
para tentar afasta-los do raio de visão.
valorizando
as
condições
naturais
A higiene pública é fundada como
dos cursos hídricos e das baixadas
disciplina de intervenção. A medicina
inundáveis.
higienista do século XIX, visando o
É evidente que esta concepção
controle do meio, do espaço, aponta
tem os seus limites, quando se trata
para uma proposta intervencionista. Ela
de
zonas
se propõe recuperar a salubridade do
transporte
ambiente a partir da medicalização
locais das cheias. (LAMPARELLI 2004).
dos espaços doentios. Elabora também,
manter
urbanas
a
e
proteção
das
vias
de
das
medidas de tipo higiênico-social que possam contribuir para a melhoria da saúde e das condições de existência da
Gestão convencional (fonte: Low impact development manual 2010 - pg11)
população. (COSTA 2013)
Novos paradigmas de conservação e valorização dos elementos naturais. Infraestrutura verde
de cidades mais sustentáveis, onde tudo
A infraestrutura verde tem o conceito de
resgatar
a
funcionalidade
das
paisagens para a qualidade de vida das pessoas, ela propõe considerar os problemas ambientais como problemas de infraestrutura da cidade, incluindo no orçamento administrativo a estruturação ambiental
urbana,
é
também
um
entendimento que os recursos naturais fazem
parte
da
infraestrutura
da
cidade e que eles também precisam ser preservados. A infraestrutura verde pretende ainda possibilitar a construção
o que é social econômico e ambiental começa a se relacionar. Esse conceito deve influênciar as grandes empresas a
se
posicionar
como
importantes
agentes da preservação dos recursos naturais. A recuperação das águas da cidade é necessária não só para o saneamento, e por questões ambientais, mas, também pelos espaços públicos de integração da população que podem ser gerados. Essa cidade sustentável só poderá se tornar possível a partir da influência das diretrizes municipais
Desenvolvimento de baixo impacto (fonte: Low impact development manual 2010 - pg11)
17
e estaduais e da cidadania ambiental
cursos d’agua em meio ao traçado urbano,
onde
estamos partindo para ações de grande
é
possível
resolver
os
problemas
de macrodrenagem e ao mesmo tempo
impacto para o planeta.
aproveitar as margens dos cursos d’agua como áreas de integração social. A
evolução de
sanitarista
para
sustentável
conclui
consequências
da
degradação
ambiental dentro da cidade já começaram
um pensamento
um
As
posicionamento
que, esses
sistemas
de drenagem não são mais eficazes. O reconhecimento da importância da água na paisagem, faz parte do processo de evolução da humanidade, e deverão surgir mais iniciativas de preservação e conservação dos
a passar por tentativas de reversão, e as possibilidades de recuperação do atual estado das águas começaram a fazer parte de um
ideal de cidade sustentável,
os projetos estaduais pretendem incorporar cada vez mais a agenda ambiental, a seguir serão apresentados
alguns modelos
de
intervenções e formas de planejamento sustentável;
Novos instrumentos de melhorias das cidades: O caso de São Paulo Parques lineares
Corredores verdes
Os parques lineares são definidos pela lei como “intervenções urbanísticas que visam recuperar para os cidadãos a consciência do sitio natural em que vivem ampliando progressivamente as áreas verdes”, porém sua implantação pode ter um significado maior Exemplo de corredor ver de em Ribeirão Preto (fonte: https://www1.folha. uol.com.br/cotidiano/
para o ambiente urbano, podem transformar significativamente
a
paisagem,
das
relações da população através do espaço público
qualificado,
e
da
recuperação
da qualidade das aguas, podendo até interferir
positivamente
nas
mudanças
climáticas e colocar em pratica a função das
áreas
de
preservação
permanente.
Apesar da implantação de parques Lineares há
mais
em
São
Paulo
de
uma
década, ainda
conseguiram esperados gestão
18
e
demostrar devido
de
ações
a
já os
acontecer resultados
problemas do
não
setor
de
público.
Os corredores verdes ao longo de grandes vias permitem o uma relação mais justa da cidade com os pedestres e o meio ambiente, possibilitam a disposição de áreas públicas e de lazer ao longo do percurso, e promovem melhorias na paisagem. Além disso, traduzem as necessidades de agregar ao sistema viário estruturas para opções sustentáveis de deslocamento, como as ciclovias e as calçadas, de fluxos peatonais. A presença de massa arbórea às margens do trajeto também auxilia na redução de ruídos, no conforto térmico, no sistema de drenagem e promove espaços de trocas sociais e convívio em meio à conturbada rotina do cidadão paulistano. Incentivar outras formas de percurso mais sustentáveis – desencorajando a utilização de automóveis particulares – fazem parte do
propósito
da
implantação
desses
corredores, mais uma forma de contribuição para
a
qualidade
ambiental
urbana.
Ecopontos Os ecopontos são espaços implantados
culminando em um constante processo de
estratégicamente em regiões da cidade
degradação ambiental. O descarte incorreto
de São Paulo e destinam-se ao depósito
de determinados materiais pode causar
de materiais e resíduos descartados pela
gravíssimas consequências para o meio
população. Preferêncialmente são instalados
ambiente e a presença dos ecopontos é
onde
residêncial,
efetiva na função de destinar esses resíduos,
nas imediações de grandes equipamentos
buscando as soluções mais sustentáveis
públicos e urbanos - locais onde há maiores
possíveis. Além disso, devido à recorrência
índices de produção de lixo. O objetivo é
de despejo de entulho nos rios e em suas
selecionar esses materiais descartados, de
margens
modo a facilitar o processo de reciclagem e
por tratarem-se de áreas vulneráveis - , a
evitar o despejo desses elementos em áreas
presença de ecopontos no recorte de estudo
que não são apropriadas para recebê-los,
do
há
grande
densidade
ser
presente
grande
trabalho
–
principalmente
possibilita
conter
a poluição ao longo do curso da água.
Projeto córrego limpo O projeto Córrego Limpo é um programa
despoluídos na atual etapa do programa.
que visa a recuperação de cursos d´água
Atualmente, o objetivo é requalificar 66 dos
poluídos e em processo desolação ambiental.
149 córregos já despoluídos, pois voltaram
É um trabalho em parceria da Prefeitura
a apresentar índices inaceitáveis, como lixo,
Municipal de São Paulo e a SABESP, no qual a
entulho e ocupações irregulares. Dois deles –
SABESP executa as obras de prolongamento
M’Boi Mirim e Carajás – já foram entregues .
de redes, coletores e interceptores e a
A recuperação de córregos é imprescindível
Prefeitura remove e reassenta as famílias que
já que grande parte desse conjunto é hoje
vivem em áreas de risco, implanta parques
encontrada
lineares e fiscaliza as ligações de esgotos.
poluição em um atenue vetor de desgaste
O programa iniciou-se em 2007 e atuou
ambiental e este projeto trata-se de uma
até 2013, quando ficou estagnado por um
referência pertinente e colaborativa para
período e retornou suas atividades em 2017.
a análise e o projeto proposto no presente
Dois
trabalho.
emblemáticos
córregos
Paulistanos
em
situações
precárias
de
– o Ipiranga, dentro do parque municipal
(FONTE:http://www.prefeitura.sp.gov.br/
de mesmo nome, e o Córrego dos Freitas,
cidade/secre
na região sul – estão na mira do Programa Córrego Limpo, que avança em nova fase após sua retomada. Eles fazem parte do pacote de mais de 70 córregos a serem
19
20
Praças adotadas Programa da Prefeitura de São Paulo
facilitadas, o interessado em adotar uma
implantado em fevereiro de 2018, que tem
praça
precisa
apenas
comparecer
a
o objetivo de aumentar a conservação de
prefeitura regional responsável pela área
áreas verdes na capital e desburocratizar o
pretendida com CPF ou CNPJ e endereço e
processo de adoção que antes era muito
a solicitação é analisada em até cinco dias
mais complexo.
úteis.
O projeto já existia desde a gestão de
O objetivo da nova gestão é que cinco
Mario Covas e plantou em dois anos mais de
mil áreas verdes sejam conservadas, nos
100 mil árvores, por meio de parcerias com
novos termos estão previstos serviços de
entidades privadas, já na época o sistema
zeladoria de canteiros centrais, área livre
funciona da mesma maneira, empresas
municipal entre ruas e praças públicas, que
patrocinavam a manutenção das praças em
receberão manutenção e conservação da
troca de publicidade.
área, limpeza, poda de arvores, revitalização
Em 2018 as regras de adoção foram
de
plantas
rasteiras
e
paisagismo
completo. (Fonte: site da prefeitura de SP)
Placemaking Placemaking é: • • • • • • • • • • • • •
Voltado para a comunidade Visionário Função antes da forma Adaptável Inclusivo Flexível Culturalmente consciente Constante transformação Interdisciplinar Guiado pelo contexto Transformador Inspirador Colaborativo
•
Sociável
FONTE: http://www.placemaking.org.br/
O conceito de placemaking é trabalhar
o desenho a gestão e a programação de
a partir do uso que o lugar já tem, procurando
espaços públicos, ou seja o placemaking
saber das pessoas que ali frequentam, e
não é apenas criar o desenho urbano mas
observando como ele funciona, tentando
também dar um significado, uma função a
descobrir suas necessidades e desejos, essas
esse local, ele facilita a criação de atividades
informações são usadas para fazer mudanças
e conexões culturais, sociais e ambientais
rápidas no lugar e trazer benefícios imediatos
entre os mortadores. A visão deve vir de cada comunidade e
para a população. Os
conceitos
que
embasaram
o
placemaking começaram a surgir em 1960 a partir das ideias inovadoras de Jane Jacobs, William H. Whyte, Jan Gehl onde o planejamento das cidades deveria ser voltado
ela contempla três pontos essenciais: 1) saber quais atividades podem ser oferecidas no espaço, 2) definir as intervenções que vão tornar o espaço mais confortável e atrativo,
para os pedestres e não para os carros.
3) garantir que tudo seja feito para que
A partir da participação comunitária
o espaço seja um lugar importante para as
o placemaking abrange o planejamento
pessoas, um lugar onde elas queiram estar..
21
2
PARTE DOIS
O
TERRITÓRIO
Análise da estruturação urbana do Campo Limpo Nesta parte entraremos em contato
Jóquei clube de São Paulo. O distrito
com o local de estudo, partindo da visão
tem sua formação recente, em 1937, e
do macro para o micro, começaremos
cresceu graças a expansão de Santo
pela análise da estruturação urbana
Amaro e de sua forte industrialização, o
da Subprefeitura do Campo Limpo
Campo Limpo originou-se da fazenda
onde, foram feitas leituras do território
Pombinhos, a região era ocupada por
da Bacia-hidrográfica do morro do
diversas colônias de imigrantes. Em 1950
S, seguido de mapas referentes ao
já era ocupada por muitas fazendas e
recorte
Córrego
chácaras, olaria, Capela Católica e a
Moenda Velha, dentro desta sub-bacia
sede do Colégio Adventista Brasileiro no
foi delimitado um recorte de projeto,
Capão Redondo fundada em 1915.
da
sub-bacia
do
este foi divido por setores elegidos segundo seu potencial de intervenção. A subprefeitura do Campo Limpo localiza-se
nas
Bacias
hidrográficas
Sua criação oficial data de 1973, graças a sua subdivisão de Santo Amaro. De acordo com dados históricos seu rápido crescimento foi influênciado
do Rio Pirajussara e do Morro do S e é
por
formada pelos distritos; Capão redondo,
encontraram-se sem saída devido as
Vila Andrade e Campo Limpo, a região
fortes secas, restando-lhes a opção de
possui uma
densidade demográfica
migrar para o sul do pais, e ocupar a
média de 17.486,65 hab./km2, atingido
metrópole por existir maior demanda
uma taxa de urbanização de 100%.
de mão de obra barata, um de seus
moradores
do
Nordeste
que
Sua nomenclatura surgiu devido
destinos foi o Campo Limpo em razão
a sua faixa desmatada que por volta
de ser uma área periférica onde a terra
de 1910 era utilizada como uma área
acaba se desvalorizando.
Hidrografia Subprefeitura do Campo Limpo
Localização da Sub-Prefeitura do Campo Limpo.
de treinamentos para os animais do
25
26
Bacia hidrográfica Corrégo Morro do S Outro
Dentro da subprefeitura do Campo
modal
de
transporte
Limpo pretende-se destacar a Bacia
fundamental para a região do Campo
hidrográfica
Limpo, são
do Córrego Morro do S,
os
ônibus, os
terminais
que compreende uma área de 22,6 km²,
Capelinha, Campo Limpo, Jardim Ângela
correspondente a 1,5% da área total do
e Guarapiranga são os responsáveis por
Município, sua hidrografia é formada por:
atender a demanda dentro da área,
um córrego principal chamado Morro do
além de dois terminais intermunicipais
S, e o córrego da Moenda Velha (objeto
com
de estudo deste trabalho) a extensão
Campo Limpo e Capão Redondo para
de ambos os córregos formam o eixo
acessibilidade ao metrô de moradores
principal desta bacia que até sua foz no
dos municípios de Itapecerica da Serra,
Rio Pinheiros é de 11,4km, A hidrografia
Embu das artes e Embu Guaçu.
é composta também por seus afluentes
integração
Essa
direta
região
as
estações
portanto
tem
os Córregos São Luiz, Cachoeira, Freitas
características comuns a uma área
e
predominantemente
Capão
Redondo
constituindo
a
residencial
superfície total dos cursos d’agua de
totalizando 80,2% de sua área construida
aproximadamente 60km. Os afuentes
sendo em sua maioria vertical, na qual os
da bacia também equivalem em alguns
moradores gastam em média uma hora
pontos a divisão entre as subprefeituras
para se deslocar até a região de Santo
do Campo Limpo e M’Boi Mirim.
Amaro onde esta concentrada maior de
oferta de trabalho, e até duas horas para
circulação dentro da bacia são a estrada
chegar as regiões mais centrais de São
de Itapecerica que liga o município
Paulo, principal destino dos trabalhadores
a cidade de São Paulo, e a Avenida
de toda a cidade.
Os
principais
corredores
Carlos Caldeira, localizada nas margens
A Sub-bacia do Córrego Morro do
do Córrego Morro do S, que conecta o
“S” desempenha um papel importante
Capão Redondo a Marginal Pinheiros.
na macrodrenagem da cidade e drena
O sistema de transporte coletivo nesta região é utilizado em média por 45% da população, e estruturado principalmente por quatro estações da Linha 5 Lilás do Metrô: Capão Redondo, Campo limpo,Vila das belezas e Giovanni Gronchi. A linha Lilás se conecta em Santo Amaro com a linha Esmeralda da CPTM, em Santa Cruz com a Linha Azul
a porção oeste de Vila Andrade, as porções leste do Campo Limpo e do Capão Redondo e uma pequena parte da Subprefeitura de M’Boi Mirim. A Subbacia do M’Boi Mirim, que envolve trecho do extremo sul do Capão Redondo, é
parte
integrante
do
Reservatório
Guarapiranga, sendo protegida pela Lei de Proteção aos Mananciais.
e na Chácara Klabin com Linha Verde, e chega a transportar diariamente 463 mil passageiros.
27
Hidrográfia Neste mapa que compreende a Bacia hidrográfica do Morro do S, podemos observar os cursos d’água subterrâneos, e cursos d’água que permaneceram em sua característica original, a céu aberto mas, que já passaram pelo processo de canalização. Cerca de 31% do total dos domicílios da Subprefeitura do
Campo
Limpo
estão
localizados
em
favelas, onde 27% dos moradores encontramse em áreas de risco, próximas as margens cursos
d’agua
que
estão
a
céu
aberto.
Pontos de inundação Ao
Longo
drenagem
da
dos
principais
bacia
canais
pode-se
de
observar
áreas pontuais sujeitas a inundações. Cerca de 71,75% do solo da bacia encontra-se impermeabilizado, esse dado é relevante para que haja uma compressão dos pontos de alagamento existentes. No período de maior precipitação a área inundada chega a 0,88km² atingindo 1.286 lotes, os focos de inundação existentes
localizam-se
principalmente
no
encontro de dois afluentes o córrego Moenda Velha e o Córrego Capão Redondo, em toda a extensão do córrego Morro do S e em sua foz, com o Rio Pinheiros. O diagnóstico dos pontos de inundação a partir de informações obtidas junto a SIDURB. Plano de macrodrenagem (IPDVAT3)
e
complementado
com
o
levantamento de campo feito pela equipe FCTH parra apurar os pontos de inundação da bacia.
28
Densidade Demográfica A prefeitura Regional do Campo Limpo compreende uma área de 36,70 km² e possui 607,105mil
habitantes
(IBGE/censo
2010)
resultando em uma densidade demográfica de 16.542(hab./km²). uso
É uma região de
predominantemente
residencial,
cerca de 32,08% de toda a sua área é ocupada por uso residencial. A população da
subprefeitura
cresceu
muito
entre
1980 e 2010, com aumento na densidade demográfica em alta vulnerabilidade e IDHM baixo, inferior ao encontrado no município como um todo. Essa precária qualidade de vida está diretamente ligada à questão habitacional e ao acesso ao meio ambiente equilibrado.
A
ocupação
desordenada
em áreas de risco só tem se agravado ao longo do tempo como mostram os números.
Carta Geotécnica As elevações na bacia variam de 871 m na cabeceira até 724 m no exutório. A região baixa da Bacia do Morro do S, localizada na vertente esquerda do Rio Pinheiros, é constituída por anfibolitos. A parte central da bacia é formada por rochas granitoides predominantemente orientadas ou folhadas e a região alta da bacia possui micaxistos, com quartzitos e metassiltitos e xistos. Destacase neste Mapa a planície aluvial como áreas de fundo de vale com baixa declividade (menos de 5%), solos arenosos e argilosos de espessura variável, nível de água raso, que são áreas sujeitas à inundação. (fonte caderno da Bacia Hidrográfica Córrego Morro do “S”)
29
30
Apresentação da Sub-Bacia Córrego da Moenda Velha O Distrito do Capão Redondo que antes recebia o nome de Guaravituba, era incialmente um ponto de encontro de moradores das áreas mais centrais da cidade para praticar atividades de lazer, pesca e caça, por possuir características de um lugar sem poluição, ao lado dos córregos com água limpa e tranquila, ar seco e saudável, com estradas de terra e colinas cobertas por uma floresta, tudo isso tornava a região agradável e atrativa. Em 1914 o Pastor adventista John Lipek fundou no lugar onde hoje existem o parque Santo Dias e, o Conjunto Habitacional do Centro Universitário Adventista de São Paulo, o seminário adventista juntamente a uma Corrégo Da Moenda Velha - 1954 (Fonte: GEOSAMPA)
fazenda modelo.
a necessidade de mudança dos moradores
que estavam perdendo
poder aquisitivo para as áreas mais periféricas,
resultando
na
criação
de diversas vilas e favelas que hoje constituem
UNASP Capão Redondo em 1915. (fonte: DPH)
a urbanização da área do distrito se 1960, onde
foram
no
Capão
Capão Redondo, vista do Colégio Adventista - 1965. (fonte: DPH)
e sítios foram substituídas por olarias,
de
bairros
Redondo.
Em 1950 as áreas de chácaras
desenvolveu mais tarde, em meados
os
ocupação irregular.
A Sub-Bacia do Córrego da Moenda Velha
implantados
No decorrer da década de 1970 o
loteamentos e instalação de luz elétrica
Capão redondo passou por um boom
a seu aberto,
para a população de baixa renda que
populacional,
dentro da Bacia Hidrográfica do Morro do S.
já tinha se estabelecido ali através de
na
economia
devido que
a
problemas
possui 4,8 km² onde 3.7 dos cursos d’agua estão e é caracterizada como a maior
ocasionaram
31
A paisagem
Algumas imagens da atual situação
encontrada
durante
o percurso, quando se possível, próximo as margens do córrego.
1
2
2 (Fonte:programa-corregolimpo)
(Fonte:Autoria Própria)
3
(Fonte:Autoria Própria)
4
(Fonte: Autoria Própria)
5
6
(Fonte:Autoria Prรณpria)
(Fonte:Google Street View) acessado em 04/2018.
7
8
(Fonte:Autoria Prรณpria)
(Fonte:Google Street View) acessado em 04/2018.
9
(Fonte:Autoria Prรณpria)
10
(Fonte: centrodajuventudeipj.blogspot)
Características naturais: Mapa Hipsométrico Através
da
leitura
do
relevo
é
possível
compreender como aconteceu a ocupação da região, onde as primeiras áreas ocupadas são as próximas aos topos de morro devido a facilidade de acesso, um exemplo disso é a localização do principal corredor a Estrada de Itapecerica que
se
encontra
junto
ao
limite
da
Bacia
Hidrográfica nos pontos mais altos do território. Outro fator determinante desta ordem de ocupação era não precisar cruzar o curso d’agua ou estar próximo a ele. Com as áreas de maior altitude ocupadas a mancha urbana seguiu de cima para baixo até atingir as áreas mais vulneráveis ambientalmente como as nascentes. A altiude em relação ao nível do mar é de 755 a 870 metros, chegando em alguns pontos a atingir 60% de inclinação, e baixa declividade nos fundos de vale menos que 5 %, essas são as áreas mais frágeis do território devido a pouca profundidade do lençol freático, caracterizadas como área de risco geológico com possibilidade de solapamento. De acordo com o Senso 2010 dentro da área de várzea desta sub-bacia residem em torno de 5.000 pessoas em situação de ocupação irregular.
34
35
Uso do solo Região com predominância de uso residêncial Horizontal correspondendo a 58,8 % em relação ao subdistrito do Capão Redondo, sendo que, em torno de 26% dos domicílios encontram-se em favelas , o território apresenta pequenas zonas de comércio local que ocasionam o uso misto, existe ainda uma zona de centralidade maior no centro do Capão Redondo devido ao grande fluxo diário de pessoas nas proximidades do metro, nessa região também se encontra o céu e a ETEC . O
uso
do
solo
também
é
um
importante fator para avaliar os efeitos do escoamento superficial do fluxo de água, que de acordo com dados do Centro Tecnológico de Hidráulica são bastante elevados nesta região. A taxa de impermeabilização da bacia é de 71% e está muito próxima a máxima permitida pela lei n° 16.402/2016, de parcelamento uso e ocupação do solo do município de São Paulo.
Legenda
36
37
Infraestrutura Mobilidadde A região é estruturada por dois corredores principais a Estrada de Itapecerica e a Estrada do M’boi Mirim, onde existe uma oferta maior de transporte púbico. A falta de infraestrutura viária nas proximidades da estação Capão Redondo, em horários de pico acaba ocasionando engarrafamentos. Existem também dentro do perímetro as linhas de ônibus e paradas intermunicipais, devido à proximidade com a divisa do Município de Itapecerica da Serra. Através da leitura do mapa podemos observar a classificação dos pontos de ônibus de acordo com a quantidade de linhas ofertadas em cada parada, ao contrário do que acontece nos corredores o atendimento dentro das subáreas não alcança as demandas populacionais. Outro déficit relacionado a infraestrutura é a falta de abrigos, mesmo em paradas mais movimentas.
38
39
Equipamentos urbanos Dentro do perímetro de estudo a oferta por equipamentos educacionais públicos abrange
grande
parte
da
população,
carecendo principalmente de creches,existem ainda duas ETECs próximas a área de estudo (ETEC Céu Capão Redondo e ETEC Jardim Ângela) e o Centro Universitário Adventista de São Paulo como a universidade mais proxima. Quanto aos equipamentos de saúde a região não é totalmente amparada por nenhum hospital público geral, sendo o mais próximo o hospital M’Boi Mirim, a população também é encaminhada através das unidades básicas de saúde ao hospital Campo Limpo que é o segundo mais próximo a região, a assistência medica ambulatorial Capão Redondo é portanto o destino da população que precisa de atendimento rápido na localidade.Os equipamentos culturais estão localizados principalmente nos CEUS que contam com teatro,
biblioteca,
quadras
esportivas
e
atividades abertas, a fábrica de cultura do Capão Redondo é o único equipamento totalmente
voltado
a
cultura
no
local.
O território ainda conta com um Centro de
Integração
da
Cidadania
onde
a
população tem acesso a serviços públicos gratuitos lá são oferecidas palestras sobre diversos temas, oficinas culturais, orientações sociais e jurídicas, mediação comunitária de
40
conflitos e reuniões do Conselho Local de
espaço de preservação com acesso restrito, onde
Integração da Cidadania, também é possível,
são realizadas apenas atividades monitoradas
emitir documentos pessoais. Tratando de
como trilhas e observação de aves, mais um percurso
parques e áreas verdes a região é atendida
totalmente público paralelo as margens do córrego
por; o parque Santo Dias localizado próximo
da MoendaVelha.O perímetro estudado também não
ao metrô e o Parque Linear feitiço da Vila,
é atendido por equipamentos ou centros esportivos,
o parque foi projetado para proteger as
apenas por quadras de futebol abertas e academias
nascentes do córrego e conta com um
ao ar livre instaladas em praças pela prefeitura.
41
Síntese de Vulnerabilidade Sócio-ambiental. Atravéz do mapa de Vulnerabilidade socio ambiental é possivel observar a sobreposição das áreas consideradas como favela e as áreas de risco. Além dos riscos apresentados no mapa é possivel destacar que a população que mora nas margens do corrégo e se encontra em condição de vulnerabilidade ambietal
ainda
esta
sujeita
a
risco
de desmoronamento da moradia em condição precária, inundações, incêndios devido as ligações elétricas irregulares, além do perigo de se contrair doenças decorrentes do acumulo de lixo e das condições inapropriadas de higiêne. Todos esses fatores caracterizam a condição de um aglomerado subnormal onde não existe salubridade e um acumulo muito alto de pessoas. Cerca de 15% a 29,9% da população vive em situação de alta ou muito alta vulnerabilidade social (Fonte: Fundação Seade 2010) na região do Capão Redondo.
42
43
Legislação Plano diretor
Macrozonas Parte da área de projeto esta localizada estruturação
nessa Macrozona pode ser identificada como
e qualificação urbana ela está situada
as áreas periféricas do município próximas a
integralmente na zona urbana e apresenta
área de preservação dos mananciais onde
grande diversidade de padrões de uso,
existe carência de infraestrutura urbana e
desigualdade
menos diversidade de usos.
dentro
da
macrozona
de
socioespacial,
padrões
diferenciados de urbanização e é a área do Município mais propícia para abrigar os usos e atividades urbanos.
Macroárea
de
Redução
da
Vulnerabilidade Urbana área
urbanizada
do
e territorial de assentamentos precários ocupados pela população de baixa renda.
Macroárea
de
Redução
da
Vulnerabilidade e Recuperação Ambiental Localiza-se no extremo da área urbanizada
do território municipal, e se caracteriza pela predominância de elevados índices
Macroarea localizada na periferia da
A porção da área de estudo dentro desta
território
municipal,
de vulnerabilidade socioambiental, baixos índices
de
desenvolvimento
humano
e
macrozona está relativamente mais próxima
caracteriza-se pela existência de elevados
a região central da cidade, pode também
assentamentos
índices de vulnerabilidade social, baixos
ser considerada como o entorno da estação
como
índices de desenvolvimento humano e é
Capão Redondo e por isso apresenta melhores
conjuntos
ocupada por população predominantemente
características de acessibilidade e uma maior
apresentam diversos tipos de precariedades
de baixa renda em assentamentos prectvários
diversidade de usos e equipamentos urbanos.
territoriais
e irregulares, que apresentam precariedades
Macrozona de proteção e recuperação
fundiárias e déficits na oferta de serviços,
territoriais, irregularidades fundiárias, riscos
equipamentos
geológicos e de inundação e déficits na oferta
ocupada
de serviços, equipamentos e infraestruturas
moradias da população de baixa renda
urbanas.
que, em
ambiental A maior parte da área de estudo está dentro desta Macrozona, que é considerada como um território ambientalmente frágil
A
macroárea
de
redução
da
devido as suas características geológicas
vulnerabilidade urbana tem como diretriz a
e geotécnicas, a presença de mananciais
melhoria dos espaços urbanos, a redução de
de abastecimento hídrico é de significativa
déficits nas ofertas de serviços, equipamentos
biodiversidade,
e infraestruturas urbanas, a inclusão social
demandando
especiais para sua conservação.
44
Portanto a porção de terreno que se insere
cuidados
de
precários
favelas,
riscos
e
irregulares,
loteamentos
irregulares,
habitacionais e
sanitárias, e
populares,
irregularidades
infraestruturas
urbanas,
predominantemente alguns
casos, vive
geológicos
e
que
de
em
por áreas
inundação.
Áreas de risco Os programas, ações e investimentos,
Macroárea
de
Redução
da
Vulnerabilidade e Recuperação Ambiental Localiza-se no extremo da área urbanizada
públicos
de
elevados
índices
de
como
precários e irregulares, como favelas, loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais populares, que apresentam diversos tipos de precariedades territoriais e sanitárias, irregularidades fundiárias e déficits na oferta de serviços, equipamentos e
infraestruturas
urbanas,
ocupada
áreas de riscos geológicos e de inundação.
de
Sistema
Esgotamento
Sanitário
é composto pelos sistemas necessários ao afastamento
e
tratamento
sanitários,incluindo instalações
de
as
dos
efluentes
infraestruturas
coleta, desde
as
e
ligações
prediais, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos.
do
Vulnerabilidade Urbana e Recuperação
ter
Ambiental, com tecnologias adequadas
do
a
cada
sanitário.
biológico,
Sistema
legislação
Sanitário:
situação, inclusive em
Plano
conformidade
estadual
recuperação
tratamento
de
de
com
a
proteção
e
mananciais,
Municipal
de
com
o
Desenvolvimento
de esgotamento sanitário às ações de
Rural Sustentável e com os Planos de
urbanização
Manejo das Unidades de Conservação.
e
regularização
fundiária
nos assentamentos precários;II - eliminar os lançamentos de esgotos nos cursos
Sistema Viario e Transporte Coletivo
d’água e no sistema de drenagem e de
Eixos de estruturação da Transformação
coleta de águas pluviais, contribuindo para
Urbana
a recuperação de rios, córregos e represas;
Os
III
-
complementar
os
sistemas
eixos
transformação
de
estruturação
urbana,
existentes, inclusive com a implantação
elementos
estruturais
de
transporte
coletivo
sistema
para de
esgotamento
de
I - articular a expansão das redes
Art.
O
universalização
Esgotamento
cadastrar
Esgotamento
a
Sistema devem
diretrizes
de
predominantemente por moradias da população de baixa renda que, em alguns casos, vive em
objetivo
São
no
Sanitário
atendimento
vulnerabilidade socioambiental, baixos índices de desenvolvimento humano e assentamentos
privados,
Esgotamento
do território municipal, e se caracteriza pela predominância
e
isolados na Macroárea de Redução da
do
redes São
ações
complementação
Sistema III
de
as 212.
a
isolados;manter
-
de
Tratamento
de
existentes.
capacidade,
prioritárias
determinam
dos
de
existentes áreas
pelos
sistemas
média
e
de alta
e
planejados,
de
influência
e
melhoria
potencialmente aptas ao adensamento
Esgotamento
Sanitário:
construtivo e populacional e ao uso misto
módulos
entre usos residenciais e tnão residenciais.
implantar
tratamento
e
definidos
da
nas
novos
Estações
Esgotos
-
de ETEs;
IV - implantar, em articulação com os órgãos competentes, sistemas isolados de esgotamento sanitário na Macroárea de
45
Áreas verdes
Principais Objetivos;
Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres É constituído pelo conjunto de áreas enquadradas
nas
diversas
categorias
protegidas pela legislação ambiental, de
46
• Criar parques
de
logradouros
públicos,
de
espaços vegetados e de espaços não ocupados
por
edificação
coberta, de
propriedade pública ou particular.
instrumentos
para
o
desenvolvimento da zona rural: Polo de Desenvolvimento Rural e Sustentável. • Reduzir a contaminação ambiental. • Incentivar hábitos e praticas que
visem a proteção dos recursos ambientais . • Viabilizar
acesso
universal
ao
ambiental
e
ações de
drenagem e planícies aluviais indicadas na Carta Geotécnica, em consonância com o
saneamento básico. implantar
fundos de vale e em cabeceiras de
de
recuperação
ampliação
de
áreas
Programa de Recuperação de Fundos de Vale;
permeáveis e vegetadas nas áreas de
47
50
Dados 1. Área: 138.245,35 m² 1. População: 3.244 hab
1
Setor
2. Uso predominante: Residêncial horizontal 3. Problemas • Praça que está com problemas de deslizamentos. •
Trecho onde a ocupação está regularizada mas, o córrego poluído passa em frente as casas (ao lado do mercado na avenida moenda velha)
51
52
2
Setor Dados 1. Área: 108.384 m² 2. População: 1.860 Hab 3. Uso predominante: Residêncial horizontal 4. Problemas • A
atual
entorno
situação não
são
da
nascente as
mais
e
de
seu
adequadas
• Enchentes na ocupação que se encontra no final da quadra no encontro de dois braços do córrego.
:Enchentes na ocupação que se encontra no final da quadra no encontro de dois braços do córrego. (Fonte:Autoria própria)
53
C
A
Dados 1. Área: 361.081,984 m²
LEGENDA
D
2. População: 5. 902 Hab 3. Uso predominante: Residêncial horizontal 4. Problemas • Moradia irregular nas margens, trabalhar com a possibilidade de regularização fundiária. • O bairro Jardim Comercial I precisa de melhorias de transposição do corrego e acesso a uma via de pedestres que passa no centro da
54
B
quadra
Rios e córregos subterrâneos
Residencial Horizontal
Rios e corrégos a céu aberto
Residencial Vertical
Limite Bacia Hidrografica
Residencial, Comércio e Serviços
Estrada de Itapecerica
Comércio e Serviços
Linha de Energia
Comércio, Serviços e Industria
Pontos de ônibus
Institucional
Escolas
Equipamentos Urbanos
3
C
Setor
CO
CO
CORTE A
CO CORTE B
D
CO
LEGENDA
D
LEGENDA
CORTE C
Rios e córregos subterrâneos
Residencial Horizontal
Rios e corrégos a céu aberto
Residencial Vertical
Limite Bacia Hidrografica
Residencial, Comércio e Serviços
Estrada de Itapecerica
Comércio e Serviços
Linha de Energia
Comércio, Serviços e Industria
Pontos de ônibus
Institucional
Rios e córregos subterrâneos Escolas
Residencial Horizontal Equipamentos Urbanos
Rios e corrégos a céu aberto
Residencial Vertical
Limite Bacia Hidrografica
Residencial, Comércio e Serviços
Estrada de Itapecerica
Comércio e Serviços
Linha de Energia
Comércio, Serviços e Industria
Pontos de ônibus
Institucional
Escolas
Equipamentos Urbanos
CORTE D
Fabicas de cultura Capão Redondo (Fonte:Autoria própria)
55
56
Setor
4
Dados 1. Área: 182.091,947m² 2. População: 5.607 3. Uso predominante: Residêncial horizontal 4. Problemas • Falta de iluminação ventilação dentro da favela. • Estrutura
improvisada
das
casas
gera
risco
de
deslizamentos.
Estrutura improvisada das casas gera risco de deslizamentos. (Fonte:Autoria própria)
57
Estação Capão redondo vista da Estrada de Itapecerica (Fonte: Google earth)
58
Dados
•
1. Área: 425.815m²
• Entorno da estação do transporte de alta capacidade
2. População: 5.000 Hab 3. Uso predominante: Equipamentos urbanos 4. Problemas • Falta de Regularização fundiária, • Problemas de ventilação, iluminação e circulação na
poderia ser mais ser adensado e verticalizado. • A área envoltória do metrô encontra-se degrada, e não atinge as necessidades de infraestrutura para a demanda
Setor
5
de pessoas que por ali circulam. • Problemas em abrigos de ônibus calçadas em geral.
favela. • No parque dificuldades de acesso falta de atividade atrativas.
59
PARTE TRÊS
3
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Referências projetuais Projeto Urbano Córrego do Antônico - MMBB Projeto de requalificação para o entorno do rio que corta a favela de Paraisópolis na diagonal e cruza as vias mais importantes da área, a proposta é construir dois grandes canais para a água procurando desapropriar o mínimo possível de pessoas.
A água
Faixas não edificaveis No projeto estão definidas faixas
Nesse projeto a proposta é distinguir
não edificáveis que podem variar de
os fluxos, apenas a água que sai das
10 a 15 m elas são importantes pois
nascentes será mantida na superfície
é a partir dessa delimitação que será
do canal, pensando sempre na vazão
criada a nova circulação de pedestres
em épocas de chuvas, onde o fluxo,
com ciclovia, elas marcam também
será
as residências que terão que ser
subterrânea garantindo a segurança
removidas
abrindo
das residências da favela contra as
espaço para uma nova área de
enchentes. As águas que permaneceram
convivio da comunidade.
na superfície e que terão contato com
(698
unidades)
direcionado
para
uma
galeria
será
a população ainda receberão sistemas
disponibilizada para a os moradores
adicionais de limpeza biológica, para
das edificações lindeiras ao córrego,
melhorar os efeitos da poluição difusa
esse
remanescente.
Uma
faixa
espaço
de
tem
1,70m
como
intuito
promover novos comércios e serviços criando uma nova frente urbana, que contribuirá para o desenvolvimento econômico local.
A proposta é estruturada a partir de 3 estratégias 1.Criar um valor inquestionável: um bom caminho para o transporte. 2.Criar um valor simbólico: tornar o rio atraente. 3.Tornar legível e ativo o espaço livre público.
62
Concurso Renova SP – Grupo 1 – Cabuçu de Baixo 5 – 1º Lugar - MAS Urban Desing ETH Zurique e MSP+PMA
Áreas de risco e remoções Córrego Limpo e Projeto Tietê (da Sabesp) e Operações Urbanas (da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano). Ao concentrar as intervenções
Sistema Anti-Deslizamento, área verde. Proposta de paredes de retenção
por sub-bacias, a Prefeitura facilitará a
e anti-deslizamentos, 50 % a 100%
despoluição de córregos e rios, além
das unidades localizadas na encosta
de eliminar mais facilmente as áreas de
serão removidas e uma nova rede
risco. Os
de espaços verdes será introduzida.
projetos
contemplam
a
de
eliminação
áreas, implantação
Intervenções habitacionais
urbanização
de
dessas
infraestrutura
urbana, drenagem e construção de
Os residentes das áreas de risco das encostas mais acidentadas serão
O projeto cria um novo significado
reassentados em torres habitacionais,
para a presença do rio na comunidade
que
de
, com um novo sistema de drenagem
A proposta é de um parque linear ,
suporte do terreno e servem de espaço
urbana para controle das inundações ,
e reassentamento de unidades que se
publico como ligação de 9 em 9 metros.
e uma infraestrutura para o controle de
encontram em área de risco.
operam
como
estruturas
espaços públicos e de novas unidades habitacionais.
esgoto . As áreas escolhidas foram definidas a partir de sub-bacias hidrográficas, baseadas
no
Plano
Municipal
de
Habitação (PMH) e no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Cada perímetro abrange ações dos diferentes programas habitacionais da Sehab e sua relação com programas de outros órgãos, como por exemplo, parques lineares (da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente),
63
Parque Novo Santo Amaro V
A diretriz geral do projeto é criar um
canalizado
e
sobre
ele
foi
eixo central verde ao longo do curso
projetada uma rua para a melhoria nos
d’agua existente, e buscar soluções
acessos e na circulação de pedestres.
para o aproveitamento da agua limpa
Essa rua de serviços juntamente
que sai da nascente dando a ela uma
com o espelho d’agua conecta as
função paisagística e criando uma nova
duas pontas do parque e permite
relação da população com a água.
os moradores acessar as unidades
O projeto localiza-se em área de
habitacionais. Para aumentar o número
mananciais, e está implantado a menos
de acessos ao parque linear e criar uma
de um quilômetro da área de estudo.
relação da rua com o interior da quadra,
Esta região caracteriza-se como fundo
o projeto conta com
de vale com curso d’gua central e
diretos. Duas passarelas metálicas foram
encostas laterais de grande declividade
desenhadas para resolver a questão
totalmente ocupada por construções
da circulação vertical, pois trata-se se
precárias.
uma área com grande declividade, elas
O córrego que recebia o esgoto da ocupação irregular ao seu redor e as aguas pluviais das vias do entorno,
64
foi
vários acessos
passam sob o parque conectando os dois lados da encosta.
Parque do rio em Medellín - Latitud Taller de Arquitectura y Ciudad Proposta vencedora do Concurso Público Internacional de Anteprojeto Urbanístico, Paisagístico, Arquitetônico e seus estudos complementares do Parque do Rio, na cidade de Medellin. procura
1. Rio como Eixo Estrutural : Aproveitar
desenvolver a consciência ambienta
a hierarquia natural do Rio para
2. Repotenciação de lacunas verdes
criar um parque botânico que ligue
Critérios projetuais usados
urbanas e seu vínculo ao sistema
os sistemas naturais da cidade em
como referência.
ambiental: Classificação dos vazio
um circuito, tornando-se um parque
verdes
natural e desportivo.
O objetivo deste concurso é integrar o Rio a cidade.
• 1. Sistema
ambiental
de
conexão
para a cidade, uma forma de
1. O
programa
também
existentes
reutilizando
e
reconectando com o corredor verde
2. Assim como no projeto do Rio Medelín a proposta para o Córrego da Moenda
biótico.
tentar estruturar a rede biótica da
3. Recuperação e integração de corpos
cidade para que ele se torne mais
de água: Promover a recuperação
articulada chamativa e permeável a
e proteção dos fluxos de agua.
população.
Reconhecendo
essas
estruturas
Velha também articula estratégias de mobilidade promovendo: 3. Visão de uma nova cidade limpa com
melhorias
das
ligações
de
naturais como parte ativa e influente
conectividade de transversal do Rio
os
sobre o bem estar da população,
(pontes).
vazios verdes e as infraestruturas
promovendo também a educação
4. Sistemas articulados aos sistemas
subutilizadas, através da articulação
aos cidadãos para protege-lo e
atuais de transporte em massa a
ao que chamamos de corredor
garantir manutenção.
bicicletas, pedestres e pessoas com
2. O
parque
articular
os
botânico corpos
que
busca
d’agua,
biótico metropolitano possibilitando
4. sistema
de
recuperação
e
mobilidade reduzida
reutilização das aguas poluídas
65
PARTE QUATRO
4
ESTRATÉGIAS PROJETUAIS
A opção pela canalização é um posicionamento público do qual ainda não conseguimos nos desvencilhar. Afinal, é mais rápido canalizar um córrego e enterrar os problemas dele oriundos, do que lidar com sua água poluída e se organizar em um trabalho conjunto de diversos órgãos e secretarias. Solução rápida para um problema que merecia mais atenção: a despoluição de nossos cursos d’água. (TRONCOSO, 2012) .
A
A densa ocupação das áreas de
Foi necessário um planejamento
aqui
varzea demanda remoções estratégicas,
especifico para cada setor, devido as
reinserir o córrego na paisagem urbana,
e implantação de novos edificios de
diferentes necessidades e características
recuperar sua memória, conectar os
habitação social.
morfológicas dentro de seu perímetro.
lém de melhorar a qualidade da
água
pretende-se
espaços públicos e resgatar as funções
Atravez da articulação dos estudos
da área de preservação permanente
apresentados até aqui, foram definidas
através de diretrizes que diminuam os
três estratégias de ação:
efeitos negativos da ocupação indevida
1 ) Reabilitação do curso d’agua e
e promover áreas verdes acessíveis junto
promoção da sua função paisagística
a margem do rio, para uso recreativo.
e recreativa .
Diante da leitura feita no local foi possível reconhecer as urgências refêrente; a infraestrutura urbana e
2) Remoções em áreas de risco e reassentamentos. 3)
Desenvolvimento
da
infraestrutura urbana.
impacto ambiental.
1 - Reabilitação do curso d’agua e promoção da sua função paisagística e recreativa. As
formas
de
intervenção
em
para uso residencial em suas margens
rios urbanos são classificadas como:
revelou-se
restauração onde pretende-se retornar
reabilitação. É a partir de uma nova perspectiva que supera o modelo hidráulico sanitarista que esta proposta se justifica. A abordagem pressupõe uma visão complexa, multidimensional e multidisciplinar, que considere os rios como sistemas socioambientais prestadores de serviços ecossistêmicos, fonte de abastecimento, objeto de recuperação paisagística e elemento da memória coletiva (Rodrigues, 2009; Reynoso, 2010). Portanto a primeira estratégia projetual tem como objetivo, preservar a qualidade da agua a partir de suas nascentes e propor a implantação de uma nova rede coletora de tratamento de aguas pluviais urbanas.
as características físicas químicas e biológicas anteriores as intervenções humanas do curso d’agua ; reabilitação onde o objetivo é o retorno parcial as
condições
de
funcionalidade
e estruturais do estado original ou estado da pré degradação do curso d’agua, viabiliza-se pela aplicação das medidas estruturais e não estruturais; renaturalização onde o ecossistema fluvial
é
recriado
sem
retornar
as
condições naturais do local. Dentro do contexto em que o curso d’agua estudado se enquadra, onde as intervenções antrópicas são a canalização parcial e ocupação
a
possibilidade
de
uma
É através da infraestrutura verde que pretende aplicar sistemas naturais de tratamento como; Estações compactas de
tratamento
biológico,
Wetlands
construídas, jardins de chuva, biovaletas e pisos semi-drenantes. A solução encontrada foi manter o
despejo
de
efluentes
ao
curso
d’agua central, porém com uma nova infraestrutura onde os efluentes passam primeiro por uma Estação compacta de tratamento biológico no encontro com rio principal, após ser despejado nesse sistema central a agua continua sendo tratada através de Wetlands construídas.
69
Infraestrutura verde aplicada a proposta
Partindo infraestrutura
do
conceito
verde,
a
O estímulo à participação e o
de
proposta
envolvimento
da
comunidade
na
curso
tomada de decisões, e na manutenção
d’agua e a promoção de uma micro
do sistema pode acontecer atravéz de
drenagem como meio de preservação
programas educativos para aumentar o
ambiental, integrando o córrego ao
nível de conscientização, e estimular o
espaço
envolvimento nas questões ambientais
considera
a
reabilitarção
público
para
do
melhoria
da
qualidade de vida dos moradores.
e
modificar
padrões
de
conduta
O envolvimento da comunidade
não sustentáveis de uso da água.
é ponto chave no estabelecimento do
A realização de campanhas com a
Plano de Controle da Drenagem.
distribuição
de
material
informativo
sempre traz resultados positivos.
Estações compactas de tratamento biológico No processo de tratamento dos efluêntes a decomposição pode ser aeróbica ou anaeróbica,( sem oxigênio) o que diferencia esses dois processos é o tempo de processamento, e os produtos resultantes. Os efluentes após saírem das residências serão direcionados para uma estação compacta de tratamento biológico (sistema anaeróbico), ali passando por três etapas de tratamento e só depois será direcionado para a wetland construída: - Etapa preliminar: remoção de grandes sólidos e areia para proteger as demais unidades de tratamento, os dispositivos de transporte (bombas e tubulações) e os corpos receptores. A remoção da areia previne, ainda, a ocorrência de abrasão nos
70
Figura(x): Tratamento Biólogico atravéz de soft engineering (fonte: Low impact development manual 2010)
equipamentos e tubulações e facilita o transporte dos líquidos. É feita com o uso de grades que impedem a passagem de trapos, papéis, pedaços de madeira, etc.; caixas de areia, para retenção deste material; e tanques de flutuação para retirada de óleos e graxas em casos de esgoto industrial com alto teor destas substâncias. – Tratamento Primário: o esgoto ainda contém sólidos em suspensão não grosseiros cuja remoção pode ser feita em unidades de sedimentação, reduzindo a matéria orgânica contida no efluente. Os sólidos sedimentáveis e flutuantes são retirados através de mecanismos físicos, via decantadores.
Figura(x): Exemplo de estação compacta de tratamento biológico (fonte ellosustentavel 2015)
Os esgotos fluem vagarosamente
Após as fases primária e secundária
pelos decantadores, permitindo que
DBO deve alcançar 90%. É a etapa de
os sólidos em suspensão de maior densidade sedimentem gradualmente no fundo, formando o lodo primário bruto. Os materiais flutuantes como graxas e óleos, de menor densidade, são removidos na superfície. A eliminação média do DBO é de 30%. – Tratamento Secundário: processa, principalmente, a remoção de sólidos e de matéria orgânica não sedimentável e, eventualmente, nutrientes como nitrogênio e fósforo.
remoção biológica dos poluentes e sua eficiência permite produzir um efluente em
conformidade
lançamento
com
previsto
o
padrão
na
de
legislação
ambiental. Basicamente, são reproduzidos os fenômenos naturais de estabilização da matéria orgânica que ocorrem no corpo receptor, sendo que a diferença está na maior velocidade do processo, na necessidade de utilização de uma área menor e na evolução do tratamento em condições controladas.(PESTANA 2012)
Wetlands construidas Wetlands podem ser naturais: áreas
sustentabilidade, e simplicidade.
de transição entre um sistema terrestre
Wetlands
construidas
são
e um aquático, são conhecidas como
ecossistemas artificiais que reproduzem
terras úmidas, brejos, várzeas, pântanos,
as características das wetlands naturais
manguezais
Esse
e que são aplicados no tratamento
sistema se destaca entre os processos
de esgotos lodos e aguas pluviais,
de autodepuração por serem áreas
mundialmente reconhecidos por sua
inundadas constantes ou intermitentes
elevada
que desenvolveram uma vegetação
harmonia paisagística. Existem milhares
adaptada a vida em solos alagados.
de sistemas ao redor do mundo, sendo
Neles vegetais
a
ou
lagos
agua,
formam
rasos.
o
solo
um
equilibrado, degradando
ecossistema
França acontece a maior concentração;
matéria
melhorando construídas
implantadas. e
substratos
(brita
areia
bambu,
casca de arroz, entre outros. As WETC
identificadas como uma das melhores
são classificadas de acordo com o
soluções
dentro
das
possiblidades
fluxo adotado
de
sistema
de
baixo
construídas de fluxo superficial, de fluxo
custo,
Figura(x): Como funciona uma Wetland Constrida (fonte: Low impact development manual 2010)
São utilizadas plantas aquáticas
foram
um
Wetlands
3.500 Wetlands construídos ja foram
a
qualidade da agua (ANJOS, 2003) As
e
a maior contenção na Europa, é na
orgânica reciclando os nutrientes e consequentemente,
operacional
os
a
e
eficiência
e podem ser wetlands
subsuperficial e de fluxo vertical.
71
2 - Remoções em área de risco e reassentamento anteriormente
moradores, e para melhor ventilação
a população que vive em área de
e iluminação das casas. Procurando
vulnerabilidade
ainda
Conforme
dito
socioambiental
em
criar
melhorias
no
espaço
alguns casos precisa ser relocada devido
público através de uma nova área verde
a problemas de solapamento, além
pensada para complementar e atrair
da moradia muitas vezes apresentar
pessoas para as já existentes. A
condições de precariedade.
população
que
precisar
ser
foram
removida será relocada em edifícios
estabelecidas remoções estratégicas,
de habitação de interesse social onde
os criterios ultilizados foram; residencias
a ideia é aumentar a densidade
em area de risco de desmoronamento
promover a diversidade de usos.
Como
ou
diretriz
que
de
projeto
estivessem
e
condendas
estruturalmente e avaliação de seu nível consolidado referente ao todo construído,
abrindo
espaços
para
melhorar as transposições e o trajeto dos
3- Desenvolvimento da infraestrutura urbana As vias de trafego nessa região assim como em muitas outras areas
Fluxogramas de mobiiidade
periferias da cidade, foram criadas de uma maneira aberta, pensadas para atender
e
72
redes
trajetos realizados ao redor da estação
consideravam
Capão Redondo, com o objetivo de
desenvolvimento futuro,
obter melhor compreensão das linhas
transporte, circulação
de desejo do pedestre e dos lugares de
que
o todo ou o as
e
interesses
específicos
de
Estudo da movimentação e dos
abastecimento
momentâneos
não
estão
claramente
maior aglomeração.
relacionadas, e para solucionar uma
A leitura e entendimento do fluxo de
questão em uma,é necessário considerar
pessoas e de transporte público nesta
mudanças em outra, portanto a terceira
região tornou possivel um redesenho
e última estratégia está relacionada a
viário,
promover alterações na malha viária,
infraestrutura
para melhorar a mobilidade urbana.
calçadas.
paraossibilitar de
melhorias
transporte
e
na nas Vista de uma das passarelas no setor 3 (Fonte: Autoria própria)
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0
25
25
25 50
50
N
50
100 M
N
100 NM
100 M
Pedestres Trajeto Sinalização Faixas excluivas
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0
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Percurso Paradas Estação
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION Fluxograma de percurso dos pedestres
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PRODUCED BY AN AUTODESK VERSION PRODUCED BYPRODUCED ANSTUDENT AUTODESK STUDENT VERSION BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Fluxograma de transporte público
N
0
25
50
0
25
100 M 50
N
100 M
N
0
25
50
100 M
N
0
25
50
Oferta, linhas de ônibus por parada.
100 M
N
5 linhas 10 linhas
20 linhas 25 ou + linhas Term. Intermunicipal
0
25
50
100 M
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Incentivar a população a pedalar.
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visitas
observar
que
ao as
local
foi
maiores
, para construir o pensamento nas
, equilíbrio, mudanças de marchas e aspectos importantes relacionados à
crianças, e transformar nos adultos.
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possível
as
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Durante
saúde do ciclista tais como: postura
usuárias de bicicletas são as crianças
A partir desse objetivo , e tendo como
da comunidade. Porque não ensinar
base o antigo curso de pedal urbano
corporal, alimentação, necessidade de
a nova geração que essa brincadeira
oferecido pela CET, procurei incluir na
aquecimento e de alongamento.
de infância pode se transformar em
proposta algo com o mesmo objetivo;
um hábito? Um meio de transporte
ensinar a população a importância de
em um edifico localizado próximo ao
inteligente e que não prejudica o meio
aderir a esse novo meio de transporte,
parque e ao metrô, juntamente com um
ambiente.
e como fazer isso. Para ensinar as
bicicletário, que hoje é muito solicitado
pessoas como; utilizar equipamentos
pela população.
Uma forma de incentivo a isso foi incluir no desenho de projeto um espaço
de
segurança,
manutenção
para os ciclistas; quatro quilômetros, de
bicicleta, código de Trânsito Brasileiro
ciclovia na várzea do córrego. Porém
e seus artigos relacionados ao ciclista,
só esse estimulo não seria o suficiente,
técnicas e exercícios de frenagem,
Essas
atividades
aconteceriam
da
73
Polo Sudoeste
76
Tratamento da água Para o tratamento de efluêntes seriam utilizadas estações compactas de tramento biológico nos encontros dos afuêntes com o curso d’agua central, após passar por esse processo a agua se encontra-ra em nível 2, devido a quantidade de esgoto que é despejada no corrego ser maior do que a suportada pelas estações durante muito tempo, e para tratar também águas pluviais foram
propostas
wetlands
construidas,
elas
desempenham uma papel fundamental garantido que toda a água seja tratada.
Alterações na rede viária Devido
a
problemas
de
circulção
entre
as duas margens do corrégo, onde existem passarelas improvisadas de dificil acessibilidade. Foram propostas novas ligações para melhorar a transposição dentro de todos os setores. Próximo as nascentes do córrego foi proposta uma via compartilhada que permitirá a circulação no interior de uma quadra extensa, que hoje é uma espécie de barreira dentro do bairro. A abertura de novas vias e requalificação de existentes procura permitir um expansão das linhas de ônibus, melhorando a conexão sentido metrô Capão Redondo. Além de melhorias na transposição do córrego o projeto também propoe uma nova ciclovia com 4km paralela do curso d’agua. A remoção dos lotes em área de risco possibilitará em alguns pontos uma via de circulação para pedestres, entre a margem do córrego e o fundo das casas existentes.
77
Remoções Lotes
que
encontram-se,
em
área de risco ou estão subultizidos totalizam 278. Os moradores deverão ser realocados em unidades de habitação de interrese social em terrenos proximos a sua atual moradia. Os edificios da proposta terão a função de almentar as densidades e contruibuir para as zonas de centralidade de cada bairro. A regularização fundiaria dos lotes consolidados e que não estão em area inapropriada, tambem fazem parte do
78
processo de melhoria desta região. Outros equipamentos necessários para a efetivação do processo de despoluição e conservação do corrego seriam, uma unidade de ecoponto um centro de reciclagem.
e
Áreas Verdes A recuperação de uma parte da
Dentro do terceiro setor proximo a
mata ciliar do curso d’agua permitirá
cinco escolas e a fabrica de cultura,
tambem melhorias na qualidade do ar,
identificou-se a possibilidade de um
e de vida dos moradores.
espaço lúdico voltado para as crianças
O procura
replantio
de
também
árvores
nativas
reestabelecer
onde exista também um contato com a água.
a identidade do lugar, e criar um ambiente que incentive os moradores a compreender a importância do córrego na paisagem.
79
SETOR 1
T1
Legenda Ciclovia Novas transposições Estações compactas de tratamento biológico Wetlands Jardins de chuva/ Biovaletas
82
T2
T1
T2
Área do terreno: 2040 m²
Área do terreno: 5890 m²
Quantidade de habitações: 36
Quantidade de habitações: 84
Quantidade de habitações por pavimento: 9
Quantidade de habitações porpavimento:21
Tamanho dos apartamentos: 56m²
Tamanho dos apartamentos: 37m², 56m² e 80 m²
Quantidade de pavimentos: 5
Quantidade de pavimentos: 5
83
SETOR 3
T3
T3
Legenda Ciclovia
Jardins de chuva/ Biovaletas
Novas transposições
Espaço Lúdico
Estações compactas de tratamento biológico Wetlands
86
T4
T3
T4
Área do terreno: 3590 m²
Área do terreno: 755 m²
Quantidade de habitações: 68
Quantidade de habitações: 60
Quantidade de habitações por pavimento:17
Quantidade de habitações por pavimento:12
Tamanho dos apartamentos: 40m², 50m² e 60 m²
Tamanho dos apartamentos: 44 m²
Quantidade de pavimentos: 5
Quantidade de pavimentos: 6
87
SETOR 4
Legenda Ciclovia Novas transposições Estações compactas de tratamento biológico Wetlands Jardins de chuva/ Biovaletas Espaço de descanso
90
T5
T5 Área do terreno: 1361 m² Quantidade de habitações: 72 Quantidade de habitações por pavimento:9 Tamanho dos apartamentos: 40, 50 e 60 m² Quantidade de pavimentos: 8
91
SETOR 5
T6
T6
94
T7
T8
Área do terreno: 4551 m²
Área do terreno: 86 m²
Área do terreno: 933 m²
Quantidade de habitações: 92
Quantidade de habitações: 32
Quantidade de habitações: 39
Quantidade de habitações por pavimento: 11
Quantidade de habitações por pavimento: 4
Quantidade de habitações por pavimento: 6
Tamanho dos apartamentos: 80, e 90 m²
Tamanho dos apartamentos: 56 m²
Tamanho dos apartamentos: 56 m²
Quantidade de pavimentos: 8
Quantidade de pavimentos: 8
Quantidade de pavimentos: 8
T10
T9
D3
T7
T8
0 M
T9
T10
Legenda Ciclovia/Bicicletário Novas transposições Estações compactas de tratamento biológico Wetlands Jardins de chuva/ Biovaletas Área do terreno: 2068, 1135 m²
Área do terreno: 1124 m²
Quantidade de habitações: 64 - 32
Quantidade de habitações: 48
Quantidade de habitações por pavimento: 8 - 4
Quantidade de habitações por pavimento: 6
Tamanho dos apartamentos: 35, 40, 60 e 90 m²
Tamanho dos apartamentos: 60 m²
Quantidade de pavimentos: 8
Quantidade de pavimentos: 8
Espaço de descanso Detalhe
95
96
97
Referências bibliograficas
ara
LIVROS
apli-cação
da
Transferência
de
Benefícios
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99