Revista Art & Design

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design Nº 001 | JULHO 2013 | R$16,90

Essa será a capa Diagramação por Karine Oliveira Fernandes — karineofernandes@live.com



SUMÁRIO

tipografia 04 Tipografia artesanal ilustração 06 Teekatas Suwannakrua design editorial 10 O livro e suas capas design thinking 12 O que é Design Thinking? fotografia 14 Fotografar ou filmar? infografia 16 Infográficos web design 18 Sites minimalistas

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portfólio 20 Bruno Sousa pré-impressão 22 RGB para CMYK processos de impressão 24 Serigrafia

EXPEDIENTE Produção editorial e gráfica

Karine Fernandes

Preparação e revisão de texto

Daniel de Oliveira

Coordenação técnica Projeto gráfico e diagramação Impressão e acabamento

CAPA Bright Happy Day and You

Rangel Sales Karine Fernandes Futura Express

DADOS GERAIS: Periodicidade mensal Tiragem 001 exemplar www.artedesign.com

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Lançada em 2013

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TIPOGRAFIA

EVELIN KASIKO

Tipografia Artesanal E

velin Kasikov é uma designer especializada em design editorial. Nascida na Estônia, agora vive e trabalha em Londres. Como muitos designers, trabalhou grande parte da sua carreira na área publicitária, caminhando em 2006 para um mestrado na Saint Martins. Ela é autora do “CMYK bordado”, uma técnica de impressão original feita à mão, projeto que ela começou a desenvolver nos

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tempos de Saint Martins. A ideia era analisar os sistemas de tipografia, os sistemas de grids e mudar a visão preconceituosa ao bordado. Esses trabalhos bacanas já foram encomendos para o The Guardian, Wired e The New York Times, assim como já foram publicados em livros de design e revistas por toda a parte. Ela esteve presente em várias exibições, como na London Design Festival até a Salone del Mobile Milan.


Projeto CMYK Embroidery: CMYK — O sistema de cores é baseado nas quatro cores usadas no Offset tradicional. O projeto “CMYK embroidery” é um processo de impressão artesanal que ela desenvolveu durante os anos de mestrado. A ideia da impressão artesanal começou como um projeto acadêmico, mas todos seus trabalhos atualmente são baseados nessa técnica. Além de tipografia, ela também produz ilustrações com essa técnica. Os ângulos bordados são como nas telas convencionais: Cian e Magenta são 105º, 75º e 90º, o amarelo e o preto são 45º. As telas são preparadas como os tecidos para o ponto-cruz, técnica de bordado utilizada. A intensidade das cores é obtida a partir da quantidade de fios que são usados. Um outro projeto experimental de Evelin, é o 3D ALPHABET. Trata-se de um alfabeto bordado à mão, criado a partir de formas geométricas. Cada caractere foi criado em um grid de 11×11 quadrados, usando o tamanho do bordado (ponto cruz) de 3×3. Foram 26 caracteres modulares que têm propor-

ções iguais. As letras foram movidas diagonalmente uma linha para criar o efeito 3D. O cartaz tem 450×640 mm. Para conhecer mais sobre Evelin e seu trabalho, acesse seu site (www.evelinkasikov.com) e seu Flickr (www. flickr.com/photos/evelinkasikov), onde pode ser visto os “bastidores” de seu trabalho.

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ILUSTRAÇÃO

Teekatas Suwannakrua T

eekatas Suwannakrua, é um ilustrador de 23 anos que mora na Tailândia. Ele conta que sua mãe o matriculou em uma escola de artes quando ele tinha 5 anos e a partir daí ele não

parou mais de desenhar. Apesar de fazer faculdade de Letras, sempre exercita esse lado artístico quando os colegas de classe pedem ilustrações para os textos que escrevem.

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Sua inspiração vem dos desenhos japoneses (mangás e animes) e de coisas do seu dia-a-dia e da cultura do país em que ele vive. Então vemos com bastante frequência garotas com uniformes colegiais, roupas tradicionais, animais como gatos e porquinhos, natureza, cenas que mostram a amizade, diversão e paixão entre as pessoas. Na Tailândia é quase verão e primavera o ano todo, por isso as ilustrações são coloridas assim.

Dificilmente os desenhos são feitos inteiramente no computador. Ele desenha primeiro no papel, colore com guache ou aquarela, e então acrescenta efeitos que considera difíceis de conseguir manualmente, como algumas texturas e cores mais vibrantes. Conheça mais do trabalho desse incrível ilustrador pelo seu portfólio no Deviantart: www.raindropmemory.deviantart.com/

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DESIGN EDITORIAL

O livro

e suas capas

Sabe aquela frase: “Você compra o livro pela capa”? Ela é verdadeira, mas de qual capa estamos falando?

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lém da função básica de apresentar as informações de identificação da obra, as capas servem como um verdadeiro outdoor, onde a junção de elementos estéticos são incorporados a fim de atrair a atenção dos leitores. Mesmo considerando que o livro não deve ser comprado apenas pela sua capa, a função de atrair e seduzir o usuário para que consuma seu conteúdo é explorado de maneira explicita, proporcionando uma guerra nas prateleiras das livrarias. Se valendo de imagens, ilustradas ou fotográficas, disposições variadas da tipografia, ao diagramar o título, ou simplesmente explorando as cores como elementos compositivos, as capas oferecem um apelo de venda intrínse-


co, advindo das características promocionais do marketing, onde a função de embalar o produto trata os aspectos estético-formais de maneira a criar um objeto desejado, necessário, mesmo que apenas por ser atraente.

Entendendo a estrutura do livro:

de diferenciar a obra em meio a tantas opções. Mas, basicamente, as informações contidas em uma capa são simples e objetivas, oferecendo uma grande gama de opções para organizá-las, deixando o designer livre para explorar sua criatividade e seus potenciais. Fawcett-Tang (2007), diz que é proporcional à tiragem, o investimento no projeto da capa do livro. Este fato faz com que as capas se transformem em projetos elaborados de design.

Um livro não é somente um monte de folhas presas pela capa. Ele possui partes, mais ou menos constantes em todos os títulos. A capa e o miolo são os dois grandes segmentos que compõem um livro, mas cada um deles possuem partes específicas e complexas em sua elaboração.

O Miolo: Folhear um livro é um ato simples e muito prazeroso, mas não é somente por ser o conteúdo, mas por sua apresentação visual, sua diagramação, seu projeto gráfico, enfim, o miolo do livro é a sua alma. Estruturalmente ele não é somente uma porção de letrinhas que formam palavras. O projeto de um livro contempla a melhor organização estético-formal para representar a mensagem proposta pelo autor. Uma combinação de elementos capazes de representar graficamente a ideia central do título.

As Capas: A constituição da capa é feita para proteger as páginas internas, o miolo, geralmente feito com um papel mais fino. Desta forma, remete ao princípio das embalagens na função de proteção e apresentação do conteúdo, para seu público/leitor (AMBROSE, 2009). Araújo (2000) define “sob a designação genérica de ‘capa’, encadernada (revestimento duro) ou brochada (revestimento flexível)” esta parte extratextual que compõe o livro. Assim, as capas se valem dos diversos materiais e acabamentos para transmitir de maneira única as informações da obra, sempre buscando um recurso diferenciado para ganhar a atenção nas livrarias. Com as tecnologias gráficas se desenvolvendo, relevos, vernizes, entre tantos outras formas, fazem um espetáculo a parte, construindo, novamente, capas dignas de objeto de exposição. Outras vezes, a simplicidade de apenas conter as informações textuais dispostas de maneira a torná-la uma imagem representativa, exerce o papel

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DESIGN THINKING

o que é design thinking? Design Thinking é uma abstração do modelo mental utilizado há anos pelos designers para dar vida a ideias.

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obre o que fala o Design Thinking? Ficar vendo escala pantone para todo lado que olha? Ver um padrão de diagramação em toda parte? Tendo mil e uma ideias de como montar um site ou a sua própria identidade visual? Não é bem isso. Segundo a definição de Tennyson Pinheiro, na apresentação da edição brasileira do livro Design Thinking, escrito pelo Tim Brown, CEO da IDEO, empresa de consultoria de design que criou o termo, “o Design Thinking, ou pensamento de Design, é uma abstração do modelo mental utilizado há anos pelos designers para dar vida a ideias.


Design thinking, é uma metodologia criativa e prática para resolução de problemas e concepção de projetos, podendo ser usada por diversas organizações, na busca por inovação em negócios, processos, produtos e serviços. O processo de inovação pelo Design Thinking tem 4 fases antes da implantação. São essas: Imersão: Analisar o mesmo problema na empresa a partir do ponto de vista de cada usuário (stakeholder), ajudando a desconstruir crenças e paradigmas, e a mudar padrões de pensamentos para alcançar soluções inovadoras. Análise e Síntese: Após o levantamento de dados da fase anterior, entra a fase de análise e síntese das informações que foram conseguidas. Padrões são procurados nessa fase e ajudam a criar desafios que trarão insights para a compreensão do problema.

Ideação:Aqui é a hora de gerar ideias inovadoras para o projeto, dentro do contexto do assunto. Para isso são usadas várias ferramentas para aproveitar o material coletado de forma inovadora. Com base nessas ferramentas, essa fase se inicia com a equipe fazendo brainstormigs ao redor do tema a ser explorado. A seguir, junta-se ao time alguns usuários ou a equipe da empresa contratante para cocriarem mais ideias. Prototipação: Nesta fase é criado um protótipo de cada ideia apreciada pela equipe a fim de ser testada. A prototipação tem como função validar as ideias geradas através de testes do protótipo por parte dos usuários. Pode acontecer nesta fase ou ao longo das outras anteriores. A ideia vencedora, após testes e alterações, é implantada e passará a sofrer mais alterações conforme as necessidades apareçam. Acontece iteração, onde há correções e melhoria contínua, sempre observando como os usuários interagem com o produto ou serviço.

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FOTOGRAFIA

Fotografar ou filmar?

Faça os dois!

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uem já fotografou com uma câmera DSLR próximo de qualquer pessoa leiga sabe que a primeira pergunta é: “Essa câmera também filma?”. Até pouco tempo atrás, a sua resposta só poderia ser negativa e a expressão de decepção/ pena da pessoa era inevitável (afinal de contas, a sua com certeza custou muito mais caro que a dele, que além de ter zilhões de megapixels, ainda fi lma, tem super zoom, jogos, TV digital, mp3, mp4, mp5, mp… Só não fotografa direito. Mas, enfim, esse é assunto para outro artigo). Pois bem, a Canon decidiu mudar isso e seus recentes lançamentos incluem a filmagem – e muito boa, por sinal.

devido aos preços, esse tipo de câmera também acaba sendo usado profissionalmente).

Um deles é a Canon EOS 600D (nos Estados Unidos comercializada como EOS Rebel T3i). Lançada em fevereiro desse ano, é considerada uma DSLR de entrada para uso semiprofissional (aqui no Brasil,

Kit com Canon EOS 600D + lente EF-S 1855mm f/3.5-5.6 IS II: R$ 2.600,00 (Brasil) US$ 850,00 (Estados Unidos)

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Para quem gosta de fotografia e nunca usou uma câmera DSLR, é bom saber que ela vem com um modo completamente automático: basta somente apontar e clicar. Ela ainda permite o intercâmbio de lentes e uso de flash externo. E se a dificuldade for “capturar o momento”, use o modo sequencial, que bate 3,7 fotos por segundo. Aprenda a usar o modo manual da câmera e descubra todas as possibilidades da fotografia.


Confira algumas características: • • • • • • •

Sensor CMOS de 18 megapixels Slot para cartão de memória SD/SDHC/SDXC Visor LCD articulável de 3 polegadas Sensibilidade ISO 100 até ISO 6400 Filmagem Full HD (1920 x 1080 px / 30 fps) Compatível com todas as lentes EF e EF-S da Canon Flash embutido

Nas câmeras DSLR, a imagem que aparece no visor da câmera é exatamente a mesma “vista” pela lente. Ela é refletida por um pentaprisma e gravada por um sensor ótico. A diferença básica para as câmeras analógicas (SLR) é na gravação das imagens: nas analógicas, a luz é gravada nos grãos de prata do filme e nas digitais, essa gravação é feita por um sensor CMOS ou CCD. A quantidade de pontos sensíveis à luz nesse sensor é que vai determinar a resolução, ou seja, os megapixels.

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INFOGRAFIA

Infográficos Da essência ao clichê na era da informação digital

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lógico e sabido que estamos na era digital, onde a informação circula rápida e livremente pelas redes sociais através de pequenas chamadas e urls encurtadas nas quais encontramos, ao menos uma vez ao dia, um infográfico sobre um tema qualquer. Nesta era da informação, os infográficos viraram uma forte tendência e uma rotina em nossas vidas digitais. Antes vistas mais frequentemente em jornais, mapas ou como ilustração em material didático, agora entram diariamente em nossas redes de contatos para demonstrar uma infinidade de dados e informações das mais fúteis às mais relevantes e raras. “Infografias ou infográficos são representações visuais da informação: gráficos usados onde a informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, exemplos em mapas, jornalismo e manuais técnicos, educativos ou científicos se perdem no tempo. É um recurso muitas vezes complexo, podendo se utilizar da combinação de fotografia, ilustração e texto. A infografia surgiu da soma de disciplinas que inclui o desenho arquitetônico, anatomia, gráficos estatísticos e cartografia.” Mas por que essa forma de demonstrar informação e dados vem tomando conta de nosso dia a dia? Como esta técnica aplicada de Design da Informação transforma dados abstratos em um padrão reconhecível, próximo de nossos modelos mentais, garante a rápida compreensão das informações. Apesar de ser um recurso bastante complexo e com histórico acadêmico, infográficos são uma forma tangível e eficaz de comunicar informações técnicas ou estatísticas. Os infográficos (informational graphics) revolucionaram o design, pois são imprescindíveis para apresentar informação técnica, números e estatísticas, processos e mecanismos transmitidos em pouco espaço e tempo.

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Até bem pouco tempo, éramos impactados por infografias apenas em jornais e revistas. No entanto, hoje, todos os dias vemos as vemos sobre os mais variados assuntos em nossas redes de contato digital. Uma explicação se deve ao fato de que em época de redes sociais, onde as trocas de mensagens culminam em textos curtos e rápidos, essa tem sido a fórmula encontrada para alongar o diálogo com o público-alvo e transmitir a mensagem de forma a gerar interesse e prender a atenção. As infografias tem sido usadas como “highlights“: lembrando cartazes e pôsteres, antes colados em muros e postes, hoje colados em urls curtas e aplicadas em novas rotinas no twitter, facebook e blogs. Nesta nova realidade, as técnicas visuais de contrastes de cor e psicologia da forma se tornam estratégia ao alcance da mensagem, aumentando as possibilidades de comunicação e conhecimento da informação onde poucos segundos definem a


decisão de leitura e interesse desta geração, que é predominantemente visual. Através desta estratégia de visualização da informação, estimula-se o interesse do público-alvo sem esforço aparente e o repasse da mensagem em questão, objetivando a “viralidade” da informação através da estética e entretenimento em detrimento da informação. Temos observado que um infográfico não tem sido julgado pela qualidade ou utilidade da informação, mas apenas por suas características gráficas. Mas devemos admitir que, se bem executado, o infográfico funciona perfeitamente como método estratégico de comunicação, proporcionando um momento de estimulação visual ao observador. Mas como designers gráficos não podemos esquecer que devemos estar comprometidos em primeiro lugar com a solução de um problema de comunicação, não apenas a estética ou a busca da beleza.

Tornar algo compreensível e não apenas fácil de olhar, é função do design gráfico, design de interface e design de informação. Todos têm por objetivo principal transmitir informações e dados.

“Infográficos são mais complicados do que websites porque não há receitas de bolo. Cada interface é única e deve estar bem adaptada ao assunto. Por outro lado, isso é uma vantagem para a realização criativa do designer.” Usabilidoido

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WEB DESIGN

Sites minimalistas D

á para entrosar o minimalismo com o web design? Muitos dizem que um dos principais aspectos que tornam um web site minimalista é a sua construção utilizando poucas cores e a pequena quantidade de elementos inseridos em suas páginas. A melhor maneira de identificarmos esse conceito é notar seus layouts limpos, de fácil navegação e que transmitem uma sensação agradável ao usuário por sua milimétrica organização, onde o conteúdo é rei. Você verá a seguir, alguns sites que traduzem bem a prática do princípio menos é mais e que sintetizam muito bem o assunto dessa matéria.

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www.socialwear.com

www.churchmedia.com

www.en.unitportables.com

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PORTFÓLIO

Bruno Sousa Uma incrível mistura de Arte, fotografia e papel.

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runo Sousa, tem 25 anos e é formado em Design Gráfico desde 2010. No mesmo ano foi morar em Buenos Aires, Argentina. Passou um ano estudando na Escuela de Creativos Brother Buenos Aires, uma das mais premiadas da America Latina. Bruno diz que, a cidade, as pessoas e a escola mudaram sua maneira de ver o mundo, de perceber e sentir o trabalho que realiza. Estando lá, teve mais tempo para sair do computador e voltar para o desenho, xilogravura, instalações. Durante uma boa parte de sua graduação, o processo de criação era muito digital. Nas agências, o ritmo não lhe proporcionava sair de frente do computador e ele comenta que já estava cansado disso. Foi então, que Bruno resolveu misturar algumas paixões: Artes plásticas, fotografia e o papel. “É tudo muito intuitivo e na maioria das vezes dá certo, mas os riscos são maiores. Não há Command + Z (risos). E isso é o mais fascinante de tudo. Com os softwares, acabamos perdendo um pouco dessa magia intuitiva. Nem digo que não seja relevante, mas é importante lembrar que é uma ferramenta.” — diz. Seu processo é bastante particular e intuitivo, mas ele nunca abre mão dos roughs. São eles que o guiam em todo o processo. “O mais engraçado é que quase sempre o resultado é totalmente outro, pra melhor claro.” — comenta Bruno. Conheça logo mais, o resultado de todos esses estudos.

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Onde encontrar mais do seu trabalho: www.cargocollective.com/brunosousa.

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PRÉ IMPRESSÃO

RGB para CMYK Os programas gráficos, como o Photoshop, possuem ferramentas para personalizar a conversão do CMYK.

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ada um possui características diferentes que faz com que absorvam mais ou menos tinta, gerando o ganho de ponto ou aumento do ponto. Essa conversão de RGB para CMYK pode evitar que o papel fique manchado com tinta, ocasionando erros de registro, transparências, rasgos e outros problemas na impressão, além de falhas na qualidade da imagem.

Para ser feita a conversão, as partes iguais das cores ciano, magenta e amarelo são combinadas para subtrair toda luz refletida do papel e criar a cor preta. Um dos problemas na conversão é que no lugar do preto, fica uma cor parecida com um marrom escuro, e as impressoras, neste processo, tiram uma parte da porcentagem de ciano, magenta e amarelo e colocam um pouco mais de preto nesta que ficou marrom escuro. Nesta parte da

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criação do canal do preto, deve ser analizada as tinta utilizadas e o papel que determina a qualidade da conversão final e da impressão da cor. Existem duas maneiras de criar a cor preta nesta conversão: UCR (remoção de cores subjacentes): A tinta preta é utilizada para substituir o ciano, o magenta e o amarelo apenas em áreas neutras (áreas de máximas), sem interferir nas outras cores. GCR (substituição do cinza): Nesse processo, a tinta preta é utilizada para substituir partes de ciano, magenta e amarelo em áreas coloridas, bem como em áreas neutras.


PROCESSOS DE IMPRESSÃO

Serigrafia É um processo barato e adequado para tiragens pequenas ou médias sobre papel.

A maioria das camisetas que compramos, ou roupas mesmo, com uma estampa que parece ser uma tinta de espessura grossa, é a serigrafia. A serigrafia é o processo utilizado também para a impressão de rótulos de CDs (ou seja: a impressão que é realizada sobre o próprio disco de plástico, não sua embalagem).

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onhecida também como Silk-Screen, é um processo permeográfico, que utiliza telas de náilon como matrizes. Cada cor impressa significa uma nova impressão, sendo assim um tinta diferente e uma tela diferente. Em geral, só os equipamentos automáticos destinados a grandes quantidades, na maioria em tecidos, permitem a utilização de impressão de várias cores em meiostons em qualidade satisfatória. A impressão em serigrafia pode ser também semi-automática, mais usada hoje em dia, como antigamente a impressão manual, aonde é feita somente com a habilidade da mão do impressor serigráfico. É um processo relativamente barato, adequado para tiragens pequenas ou médias sobre papel. Já no caso do uso de tecidos, é o processo disponível que oferece melhor relação custo x benefício para grandes quantidades: ele é bastante utilizado para a produção de camisetas, bonés e uniformes em grande escala.

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A qualidade da reprodução por serigrafia está ligada à densidade da trama do nylon utilizado na tela/ matriz: quanto menor a trama (ou seja, quanto mais densa), mais cara a tela, mais cuidadosa deve ser a impressão e maior poderá ser a qualidade do produto final. Quanto mais aberta a trama (ou seja, menos densa, com poros maiores), mais barata a tela e menor a definição que será obtida, por isso sempre tenha cuidado, ao mandar imprimir seus trabalhos, e cuide para que a trama da tela seja a menor possível, sairá mas cara, claro, mas o impresso fica com alta qualidade. Além da qualidade da tela, tem grande importância na qualidade da impressão o equipamento, a qualificação da mão-de-obra e o original a ser reproduzido. Como regra geral, espera-se da serigrafia uma qualidade média de impressão. Para originais totalmente a traço, isto é, somente cores puras, sem nenhum textura, de uma a três cores, o resultado pode ser excelente. A serigrafia tem a grande van-

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tagem de imprimir obre os mais diversos suportes (papéis, laminados plásticos, plásticos rígidos, tecidos, lonas, suportes tridimensionais). No design gráfico, o que determina a escolha pela serigrafia é, em geral, a pequena tiragem e/ou o suporte no qual será feita a impressão. Seu uso também é indicado na produção de peças de grandes formatos. Uma utilização comum, no caso de impressos sobre papel, é em situações de projeto que unem exigência de alta qualidade e diferenciação com baixa tiragem – é o caso de capas de livros, aonde o número de cópias não chega a mil unidades.




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