Nº2 O que é uma OUC?
Corredor cultura
Parque linear
Caminhabilidade
Como funciona uma OUC e quais os benefícios desse instrumento.
A história preservada e reiventada.
A criação de um parque ao longo do Riacho Jacareganca.
Reconquistando a rua para os pedestres.
PUR. revista
planejamento urbano regional
novembro de 2019
operação urbana consorciada
JACARE CANGA
JACARECANGA, CADA VEZ MELHOR! Os investimentos em melhorias de infraestrutura para o bairro Jacarecanga não param. Novas opções de lazer, nova malha viária, acessos ampliados e tudo o que há de melhor para que as famílias se sintam cada vez mais em casa.
EDITORIAL
A Revista PUR é uma publicação feita por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estácio na cidade de Fortaleza – Ceará, campus Centro. Produzida para a disciplina de Planejamento Urbano e Regional, ministrada pela Professora M.ª Simone M. Mendes e o Professor Dr. Itamar Frota.
Editorial Nesta edição da Revista PUR é apresentado o projeto para Operação Consorciada do Jacarecanga, que acontecerá no bairro Jacarecanga em Fortaleza, capital do estado do Ceará. Através de um diagnóstico e análise geral feita com os resultados encontrados na pesquisa urbanística aos diversos impactos que eles causam na paisagem e apresentado na edição anterior da revista, conseguiu-se elaborar um plano de ação para o desenvolvimento do bairro e para captar novos investimentos em diversas áreas que proporcionarão a implementação da OUC Jacarecanga. Nesta revista você acompanhará todas as etapas pensadas para possibilitar a implementação de um instrumento de Operação Urbana Consorciada no bairro, com atividades que trarão mais vida para este lugar. Equipe.
Cidade: Fortaleza Campus: Centro Curso: Arquitetura e Urbanismo Coordenadora: Aline Cancela Professores: M.ª Simone M. Mendes Dr. Itamar Frota Disciplina: Planejamento Urbano Regional Equipe: Aryane Mota Izabely Lopes Karla de Aquino Projeto gráfico e diagramação: Karla de Aquino Fotos: Créditos nas respectivas páginas, ao longo da edição.
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SUMÁRIO
Sumário O6 - O que é uma OUC? 08 - Operações Urbanas Consorciadas em Fortaleza 11 - Jacarecanga, localização e limites 14 - Leitura do espaço urbano 15 - OUC Jacarecanga 16 - Proposta Masterplan OUC Jacareganca 18 - Contexto Social 19 - Remoção de famílias em área de risco, criação de HIS e habitualidade 20 - Equipamentos comunitários 21 - Economia Local 22 - Fachadas ativas 23 - Patrimônio Cultural 24 - Corredor cultural 26 - Patrimônio Socioambiental 27 - Parque Linear Riacho Jacarecanga 29 - Plano de arborização do Bairro Jacarecanga 31 - Parques Comunitários 32 - Gestão de águas pluviais 34 - Caminhabilidade reconquistando a rua 35 - Requalificação viária 41 - Transporte público 42 - Ciclovias e ciclorotas 44 - Projeto de Mobiliário Urbano 48 - O que é CEPAC? 49 - Modelo espacial 54 - Proposta de empreendimento
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O QUE É OUC?
Imagem: Imagem: Banco Banco dede imagens imagens Freepik Freepik - novembro - novembro 2019. 2019.
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O QUE É OUC?
O que é uma OUC? Instrumento urbanístico previsto no Estatuto da Cidade – Lei federal nº 10.257/2001 – em seus artigos 32 a 34. Operações urbanas consorciadas são intervenções pontuais realizadas sob a coordenação do Poder Público e envolvendo a iniciativa privada, empresas prestadoras de serviços públicos, moradores e usuários do local, buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental. Nessa operação o poder público oferta um maior coeficiente de aproveitamento, possibilitando o empreendedor de construir além do seu direito, e em contrapartida oferece uma troca financeira para utilização de benefícios para a comunidade no entorno do perímetro da OUC.
De acordo com o Estatuto da Cidade (art. 33), a lei específica que aprova a operação urbana consorciada deve conter no mínimo: • Definição da área a ser atingida; • Programa básico de ocupação da área; • Programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; • Finalidades da operação; • Contrapartida a ser prestada pelos beneficiados; • Forma de controle da operação.
Imagem: Banco de imagens Freepik - novembro 2019.
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Considera-se Operação Urbana Consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar, em uma área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. (BRASIL, 2001, Estatuto da Cidade, Seção X, Art. 32, § 1o).
OUC EM FORTALEZA
Hospital da Mulher de Fortaleza - OUC Jockey Clube. Imagem: Prefeitura de Fortaleza - novembro 2019.
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OUC EM FORTALEZA
Operações Urbanas Consorciadas em Fortaleza A primeira Operação Urbana Consorciada criada foi no final do ano 2000, que consistiu na OUC Parque Foz Riacho Maceió que possui uma área aproximadamente de 30.060,00m². No final do ano de 2004, sob a administração da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Controle Urbano, hoje sendo Secretaria Municipal da Infraestrutura – SEINF foi definida o anteprojeto de lei que seria a segunda OUC de Fortaleza, a Operação Urbana Consorciada Dunas do Cocó apresentando uma área mais de 110 vezes maior, com cerca de 337.000,00m². Enquanto a primeira define seu interesse privado, a segunda o deixa em aberto, aumentando a possibilidade de arrecadação no porte das OUC’s. Apesar dessas diferenças, ambas apresentam a titularidade de apenas um proprietário dos terrenos privados dentro do limite da poligonal. Além disso, é verificadas que ambas possuem como objeto da operação empreendimentos de uso residencial, o que difere dos padrões adotados pelas seguintes OUC’s. Juntamente com a prefeitura da época, a SEINF estabeleceu 3 novas operações urbanas, sendo a primeira a OUC Jockey Clube no ano de 2007, a segunda e a terceira no ano de 2011 as OUC’s do Sítio Tunga e Lagoa do Papicu, todas com áreas próximas a 200.000,00m². Além disso, todas elas definem os interesses privados, configurando assim o uso para implementação do empreendimentos específicos, sendo ele de uso comercial onde ainda não havia sido implantado. Em Outubro no ano de 2015, foram aprovadas às duas últimas OUC’s implementadas no município, a OUC Osório de Paiva e a OUC Parque Lagoa do Sapiranga, ambas marcadas na gestão do atual
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prefeito que adotou uma visão mais estratégica, configurando as áreas das OUC’s implementadas, aumentando o porte quando comparado com as da gestão anterior, explicando, talvez, pela indefinição do ente privado. Agora, as OUC’s não mais seriam objeto de ações específicas e serviriam para implementação de diversos empreendimentos comerciais e de serviços. Diante disso, podemos perceber quando comparamos essas operações com a divisão administração, certa desproporcionalidade no que diz respeito à distribuição dessas OUC’s, tendo em vista que quatro dos setes existentes se encontram em uma mesma regional. Nos casos estudados são notórios que as Zonas de Proteção e Preservação Ambiental foram alvos prioritários das Operações, passando a sofrer uma desvirtuação de sua essência e funcionam como excelentes áreas para negócios urbanos. Embora a cidade de fortaleza possua um grande acervo de operações urbanas, comparadas com outras cidades, podemos perceber que desde a primeira operação onde viabilizava um único empreendimento, até a última operação urbana houve uma pequena complexização de sua formatação.
As OUC’s aparecem pela primeira vez na legislação urbana local no Capítulo IV do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza de 1992.
OUC EM FORTALEZA
OUC Parque Foz Riacho Maceió. Imagem: Google Imagens - novembro 2019.
OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS APROVADAS POR LEI NOME DA OUC
ANO
LEI No/DOM No
BAIRRO
ÁREA
IMPLANTAÇÃO
PROPOSTA POR
Parque Foz Riacho Maceió
2000
8.503/2000
Mucuripe
33.241m²
Terminada
Iniciativa Privada
Dunas Do Cocó
2004
8.915/2004
Cocó e Manuel Dias 3.964.000m² Branco
Em Revisão
Iniciativa Privada
Jockey Clube
2007
9.333/2007
Jóquei Club
232.015m²
Terminada
Prefeitura Municipal
Sítio Tunga
2011
9.778/2011
Luciano Cavalcante
262.398m²
Terminada
Iniciativa Privada
Lagoa do Papicu
2011
9.857/2011
203.869m²
Terminada
Iniciativa Privada
Osório de Paiva
2015
10.403/2015
Canindezinho 1.700.000m² e Siqueira
Em Revisão
Iniciativa Privada
Lagoa da Sapiranga
2015
10.404/2015
Em Revisão
Prefeitura Municipal
Papicu
Sapiranga e Coité
860.000m²
Fonte: Seuma - Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza. Site acessado em novembro de 2019 - https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/urbanismo-e-meio-ambiente/521-operacao-urbana-consorciada
LINHA DO TEMPO RELACIONANDO APROVAÇÃO DAS OPERAÇÕES URBANAS E LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA.
1992
PDDU
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
1996
2000 2001
LUOS - For
Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza
2004
2007
EC OUC Foz do Riacho Maceió
Estatuto da Cidade
2009
PDP - For OUC OUC Dunas Jockey do Cocó Clube
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Plano Diretor Participativo de Fortaleza
2011
2015
REG PDP - For OUC Sítio Tunga
OUC Osório de Paiva
OUC Lagoa do Papicu
OUC Lagoa da Sapiranga
2017
LUOS - For
Lei de Uso e Ocupação do Solo de Fortaleza
OUC EM FORTALEZA
OCEANO ATLÂNTICO
10 CAUCAIA
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13 03 06
08
12 05 04
09
02 07
Operações Urbanas Consorciadas aprovadas por Lei: 01 - OUC Parque Foz Riacho Maceió 02 - OUC Dunas do Cocó 03 - OUC Jockey Clube 04 - OUC Sítio Tunga 05 - OUC Lagoa do Papicu 06 - OUC Osório de Paiva 07 - OUC Lagoa da Sapiranga
Fonte: Seuma - Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza. Site acessado em novembro de 2019 - https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/urbanismoe-meio-ambiente/521-operacao-urbana-consorciada
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Operações Urbanas Consorciadas em estudo: 08 - OUC Aguanambi 09 - Centro-Oeste 10 - Leste-Oeste 11 - Litoral Central 12 - Maceió-Papicu 13 - Rachel de Queiroz
LOCALIZAÇÃO E LIMITES
Jacarecanga, localização e limites
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LOCALIZAÇÃO E LIMITES
Bairro inserido na Secretaria Regional II na cidade de Fortaleza Fortaleza, Capital do Estado do Ceará Brasil, fazendo limite ao norte com o Oceano Atlântico, ao sul com o bairro Farias Brito e Monte Castelo, ao oeste com o bairro Carlito Pamplona e Pirambu, ao leste com o bairro Centro e Moura Brasil, tendo como limites as seguintes ruas: Av. Filomeno gomes, Av. Duque de Caxias, Av. José Jatahy, Av. Sargento Hermínio, Rua Joaquim Lino, Rua Naturalista Feijó, Rua Padre Anchieta, Av Tenente Lisboa, Rua Santa Rosa e Av. Leste Oeste.
Legenda Regionais Fortaleza Riacho Jacarecanga Limite do Bairro Jacarecanga
SER-I SER-II SER-III SER-IV SER-V SER-VI
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Sercefor
LEITURA DO ESPAÇO URBANO
Imagem de arcevo.
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LEITURA DO ESPAÇO URBANO
Leitura do espaço urbano Analisando os dados levantados no diagnóstico, contido no primeiro fascículo da Revista PUR Especial Bairro Jacarecanga, foram identificados problemas que estão relacionados abaixo e também às potencialidades do bairro Jacarecanga, que devem ser explorados para trazer aos moradores maior qualidade de vida e novos investidores para região.
IDENTIFICAÇÃO DOS
IDENTIFICAÇÃO DAS
PROBLEMAS
POTENCIALIDADES
• Falta de espaços para lazer. • Falta de espaços para prática de esportes. • Falta de equipamentos culturais. • Falta de segurança. • Falta de ciclofaixa ou ciclovia. • Falta de conservação do acervo arquitetônico. • Sinalização de trânsito precária. • Paradas de ônibus localizadas em áreas perigosas e sem abrigos. • Inexistência de ponto de reciclagem. • Áreas com grande adensamento de moradias. • Uso inedaquado do espaço público. • Poluição e falta de preservação do Riacho Jacarecanga. • Passeios inexistentes em alguns pontos e em péssimas condições.
• Vias com potencial de alargamento. • Lotes vazios com potencial de utilização. • Exploração de recursos naturais existentes • Presença de zona de preservação ambiental. • Vasto acervo histórico arquitetônico. • Boa estruturação de transportes públicos • Potencial de atrair turismo ao local • Potencial na área de serviços e comércio • Grande número de residências
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CAPA - OUC JACARECANGA
OUC Jacarecanga Esta Operação Urbana Consorciada situada no bairro Jacarecanga, Fortaleza/CE, busca o retorno da valorização da região, onde a alternativa para esse feito se dará através da relação público-privado, tendo em vista que a prefeitura não teria recursos financeiros suficientes suficiente para bancar todas as modificações a serem propostas. A OUC acontecerá em etapas a serem seguidas prioritariamente de modo que possa beneficiar a todos no seu perímetro vigente.
Uma das diretrizes dessa intervenção é trabalhar com a escala humana, criando bons espaços urbanos para pedestres, levando em consideração possibilidades e limitações ditadas pelo corpo humano, além da valorização de recursos naturais com a integração do homem ao meio ambiente e garantindo o seu lazer vicinal. Entretanto, aliar o passado ao futuro, transformando o acervo arquitetônico em prol da própria comunidade, além de atrair turismo ao local com intuito de a história da cidade.
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CAPA - OUC JACARECANGA
Proposta Masterplan OUC Jacareganca
A partir da leitura do território e análise de suas dinâmicas, foi possível destrinchar problemas e potencialidades que constituem o bairro Jacarecanga. Os principais focos da OUC serão a valorização do patrimônio histórico e cultural que abrange uma parcela do espaço; a reordenação do espaço urbano para moradores em assentamentos precários às
margens de leito do riacho; a criação de novos espaços para lazer, educação e saúde; a preservação do riacho Jacarecanga, principal recurso hídrico do bairro, com a criação do Parque Linear; intensificar o uso de mobilidade verde; a revitalização de uma das principais vias do bairro, a Av. José Jatahy onde passava a via férrea e que hoje se encontra com um grande vazio urbano, transformada em avenida parque; a requalificação de ruas e calçadas; a implementação de fachadas ativas e instalação de mobiliários urbanos em todo o perímetro da OUC.
Av. José Jatahy
Av. Filomeno Gomes
Rua São Paulo
Av. Francisco Sá PROPOSTA DE ÁREA PARA EMPREENDIMENTOS
HIS
Av. Carneiro da Cunha
EQUIPAMENTOS EDUCACIONAL POSTO DE SAÚDE
Av. Duque de Caxias PARQUE LINEAR EQUIPAMENTOS CULTURAIS
CICLOFAIXA CICLOROTA
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CONTEXTO SOCIAL
[RE]CONECTAR Uma proposta de implementação de uma Operação Urbana Consorciada no Bairro Jacarecanga. Se [Re]conectar-se é o momento que retomamos o contato com uma noção mais abrangente, mais plena de mundo mais consciente de nós e do nosso convívio. É abrir experiências em um maior contato com a nossa realidade para possibilitar transformações no espaço. Os espaços públicos e privados são onde se estabelecem os convívios sociais, onde ocorre a interatividade e a diversidade do uso entre pessoas, sua apropriação facilita, estimula e mobiliza todos em prol de um espaço mais seguro, confortável e divertido. Estabelecer uma nova conexão entre os espaços, dando ênfase à caminhabilidade desses empreendimentos que irão funcionar como pontos nodais, é por onde a proposta se norteou.
Imagem: Banco de imagens Freepik - novembro de 2019.
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CONTEXTO SOCIAL
Contexto Social Inserir-se em um contexto social, é interagir de maneira imediata com o outro, é crescer e desenvolver em um determinado ambiente, garantindo condições de qualidades de vida. Buscando sempre reforçar a função social da cidade como local de encontro que contribui para os objetivos da sustentabilidade social e para uma sociedade democrática e aberta, interligando a qualidade do espaço público e o propósito de vida na cidade.
No projeto foi buscado melhorar as condições de habitabilidade, sendo realocando pessoas que residiam em locais de risco, juntamente com a reurbanização dos espaços destinados à implantação de habitação de interesse social e espaços comunitários e, na comunidade já existente que vivem em locais adensados.
OBJETIVOS SETORIAIS: ■ Melhorar condições de qualidade de vida.
AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO:
■ Promover “os olhos na rua”.
■ Construir aproximadamente 25 habitações dentro do perímetro de ZEIS 3 no bairro.
BENEFÍCIOS:
■ Implantar equipamentos comunitários no mesmo perímetro das habitações.
■ Melhorar deficiência de equipamentos públicos.
■ Resgatar o direito à moradia. ■ Estimular a utilização do uso do espaço público. ■ Assegurar um espaço com significado. ■ Adquirir o espaço natural para a implementação do parque linear.
Imagem: Banco de imagens Freepik - setembro de 2019.
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■ Reformar as habitações existentes.
CONTEXTO SOCIAL
Remoção de famílias em área de risco, criação de HIS e habitalidade
Remoção de 23 famílias em área de risco.
Habitações em área de risco. Imagem: acervo - setembro de 2019.
Remoção de 23 famílias em área de risco e criação de 25 Habitações de Interesse Social dentro do perímetro de ZEIS 3 do bairro e melhoria nas condições de habitalidade dos moradores da ZEIS 1 e reubanização desse espaço.
Local para construção das HIS.
Proposta para HIS. Imagem: acervo - novembro de 2019.
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CONTEXTO SOCIAL
Equipamentos comunitários
Criação de uma creche e um posto de saúde no mesmo perímetro da ZEIS 1, ultilizando terreno na ZEIS 3.
Espaço destinado para criação de uma creche e um posto de saúde.
Proposta para Posto de Saúde. Imagem: acervo - novembro de 2019.
Imagem: Banco de imagens Freepik - novembro de 2019.
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ECONOMIA LOCAL
Economia Local A economia local se faz necessária para a disseminação das atividades econômicas sobre toda a malha urbana do bairro, promovendo o desenvolvimento econômico e consequentemente melhorando a qualidade de vida.
possibilidade de venda na sua própria vizinhança, de modo que possa gerar empregos e rendas na mesma comunidade, no qual contribui para impostos na prefeitura municipal, gerando um ciclo que fortaleça a economia local, onde se transformam em bem-estar e qualidade de vida. A população, por sua vez, mora melhor e em condições dignas.
Diante disso, nossa proposta intervém na criação de fachadas ativas, onde estimula-se a população local a transformar a sua residência em uso misto, com a implementação de um comércio gerando a
OBJETIVOS SETORIAIS:
AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO:
■ Requalificar os espaços públicos. ■ Incentivar a implementação do uso do solo misto. ■ Distribuir economia local ao longo da malha urbana. ■ Desenvolver a economia criativa do bairro.
■ Implantação de fachadas ativas em pontos estratégicos
BENEFÍCIOS: ■ Gera emprego e renda. ■ Fortalecer a economia local. ■ Criar uma ambiência de caminhabilidade entre as ruas. ■ Destinar o térreo para o comércio e serviços. ■ Criar uma ambiência para o convívio social.
Imagem: Google Imagnes - setembro de 2019.
■ Requalificação de algumas ruas para melhor caminhabilidade de visualização do espaço
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■ Incentivar o uso misto e o comércio ao nível do passeio.
ECONOMIA LOCAL
Fachadas ativas
Promover usos mais dinâmicos dos passeios públicos em interação com atividades instaladas nos térreos das edificações a fim de fortalecer a vida urbana nos espaços públicos. Evitar a multiplicação de planos fechados na interface entre as construções e o passeio público.
Imagem: Google Imagnes - novembro de 2019.
Fachadas ativas.
Quando uma parcela do lote for destinada à fruição publica, o pavimento térreo não será computado para fins do cálculo do Índice de Aproveitamento (IA), desde que atendidas simultaneamente as seguintes condições: I - a área destinada à fruição pública tenha no mínimo 15 % (quinze por cento) do lote e esteja localizada junto ao alinhamento da via, ao nível do passeio público, sem fechamento e não ocupada por construções ou estacionamento de veículos; II - A área destinada à fruição pública deverá permanecer permanentemente aberta; III - a área destinada à fruição pública seja averbada em Cartório de Registro de Imóveis.
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PATRIMÔNIO CULTURAL
Patrimônio Cultural Patrimônio Cultural, o conjunto de bens materiais e imateriais que fazem parte da cultura de determinado povo e o Bairro Jacarecanga, possui um rico acervo arquitetônico onde será implementado um Corredor Cultural.
proposta é que esses casarões passem a ter uma nova função nos âmbitos culturais, bem como: escola de audiovisual, de dança, de música, mas ainda assim não perca as suas características históricas. Juntamente com essas escolas, será implementada ao corredor cultural a já existente, escola de artes e ofícios que se situa no palacete Thomaz Pompeu Sobrinho, onde se encontra em ótimo estado de conservação.
O projeto prevê restaurar os casarões históricos, no qual se encontram em estado de deterioração, estão localizados no perímetro que circunda a Av. Francisco Sá e Av. Filomeno Gomes. Diante disso, a
OBJETIVOS SETORIAIS:
AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO:
■ Restauração de antigos casarões. ■ Disseminar atividades na área da cultura para cada casarão.
BENEFÍCIOS: ■ Possibilitar o acesso a cultural para a comunidade. ■ Fortalecer a educação de crianças, jovens e adultos. ■ Manter o acervo arquitetônico e histórico do bairro.
Imagem: acervo - setembro de 2019.
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■ Restaurar um edifício com o auxilio de um profissional específico ■ Implementar cursos voltados à cultura, com apoio da Prefeitura de Fortaleza, voltada para comunidade.
PATRIMÔNIO CULTURAL
Corredor cultural
A criação do Corredor Cultural está ligado à democratização da cultura e da arte e tem o poder de acrescentar valores e significados no cotidiano da sociedade, formando um espaço de integração e lazer para o bairro, dando o direito de acesso aos âmbitos culturais. Além disso, é importante que busquemos manter a integridade dos traços que definem um bem cultural, pois eles constituem a nossa herança histórica e patrimonial, e é através dele que identificamos a nossa identidade cultural.
06 05 07 04
03 02
01. Liceu do Ceará. 02. Casarão - Escola de Música. 03. Palacete Thomaz Pompeu Sobrinho - Escola de Artes e Ofícios. 04. Casarão - Escola de Audiovisual. 05. Casarão - Escola de Dança. 06. Bangalô Adriano Martins Artes cénicas. 07. Bangalô Aristides Capibaribe - Museu.
Escola de Artes e Oficios Thomaz Pompeu Sobrinho. Imagem: Google Imagens - setembro de 2019.
01
Corredor cultural. Casarões culturais. Casarões particulares.
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Bangalô Aristides Capibaribe. Imagem: acervo - setembro de 2019.
PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Imagem: acervo - setembro de 2019.
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PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Patrimônio Socioambiental A criação de recursos naturais possui um potencial de servir todo o território com área verde e permeabilidade. Possui um papel fundamental no desenvolvimento de ações de educação ambiental e desenvolvimento local integrado, sendo capaz de funcionar como um embrião, local de experimentação de soluções e ações que tragam a conscientização da população, apontando novos
caminhos para o desenvolvimento de cidades e comunidades sustentáveis e resilientes. O projeto prevê a criação de um Parque Linear do Riacho Jacarecanga, criação de uma Via Parque na Av. José Jatahy, onde passava a antiga linha férrea, colocação em algumas vias de piso drenante e plano de arborização para o bairro.
OBJETIVOS SETORIAIS: ■ Aumentar a área de preservação ambiental. ■ Criação do Parque Linear do Riacho Jacarecanga. ■ Reimplantar a mata nativa da região. ■ Ampliar a arborização no entorno do bairro. ■ Promover a drenagem de águas pluviais.
■ Resgatar uma parcela da area mínima de APP, retirando pessoas em locais de riscos. ■ Implantar equipamentos de socialização ao longo do parque.
BENEFÍCIOS:
■ Plano de arborização.
■ Amenizar o aquecimento global.
■ Caminhabilidade.
■ Melhorar a temperatura local. ■ Promover a relação do homem com a água. ■ Proteger a mata ciliar no entorno do riacho.
Riacho Jacarecanga atualmente. Imagem: acervo - setembro de 2019.
AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO:
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■ Colocação de piso drenante em algumas vias.
PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Parque Linear Riacho Jacarecanga Hoje boa parte do riacho Jacareacanga está canalizado e corre a céu aberto em algumas partes do bairro, que devido às ocupações irregulares nas suas margens, encontra-se totalmente poluído. A estratégia do projeto é reintegrar o rio com o homem, criando um parque linear que irá interligar atividades voltadas para a cultura e o lazer. No parque linear serão disponibilizados equipamentos como academia ao ar livre, bicicletário e quiosques.
drenagem necessária. A criação do Parque Linear do Riacho Jacareganda tem um potencial de servir todo o território com área verde, permeabilidade, atividades comunitárias e economia solidária. O parque está inserido ao longo do leito do riacho, que passa pelo bairro Jacarecanga e deságua no mar. Por isso, tem papel fundamental no desenvolvimento de ações de educação ambiental e desenvolvimento local integrado, sendo capaz de funcionar como um embrião, local de experimentação de soluções e ações que tragam a conscientização da população, apontando novos caminhos para o desenvolvimento de cidades e comunidades sustentáveis e resilientes. O Projeto também traz perspectivas de desenvolvimento ecológico do riacho, com soluções para despoluição do riacho através de ecogenesis e a retirada do riacho do modelo atual de canalização para o uso de gabião e assim permitir que o riacho mesmo que enclausurado tenha uma liberdade.
A área mínima de preservação permanente para o riacho seria de 50 metros, já que sua área de escoamento segue em torno de 15 metros, porem alguns fatores locais fazem com que não seja possível atender a este requisito, já que em trechos do riacho estão localizado alguns dos casarões que fazem parte do patrimônio cultural de Fortaleza. Como forma de melhorar o aspecto do riacho, que é constantemente poluído por dejetos, retiramos a canalização na sua extensão e implementamos na sua contenção pedras naturais que são econômicas, permeáveis, e permitem que a água presente no talude escoe pelo muro ocorrendo a
Proposta para o Parque Linear do Riacho Jacarecanga. Imagem: acervo - novembro 2019.
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PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Parque Linear Riacho Jacarecanga
Proposta para o Parque Linear do Riacho Jacarecanga. Imagem: acervo - novembro 2019.
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PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Plano de arborização do Bairro Jacarecanga As árvores são elementos de relevante importância no ambiente urbano, pois além de serem as grandes responsáveis pela manutenção do equilíbrio ecológico, sua presença contribui para melhorias nos aspectos visuais, microclima, preservação da fauna e flora, entre outros.
alterações climáticas, dentre outros. Uma das metas é a revitalização do riacho Jacarecanga, buscando resgatar a mata ciliar no entorno do riacho com a implementação de espécies nativas da região com porte variado para que seja mais um atrativo e forma de lazer para os moradores e visitantes, e com a implementação da vegetação haverá uma melhora na poluição da atmosfera e a criação de um microclima.
A metodologia utilizada para a elaboração do plano de arborização baseia-se no manual de arborização urbana de Fortaleza, aliada ao diagnóstico atual do bairro, que foi obtido através de visitas e levantamento de problemáticas e potencialidades.
Outra meta é a implementação de árvores nos canteiros centrais das vias e calçadas, as espécies escolhidas foram de pequeno e médio porte que possuem copas horizontais, para que possibilitem um sombreamento das vias.
Uma das maiores problemáticas do bairro é a falta de vegetação nas vias, no riacho Jacarecanga e em demais pontos do bairro, que acarretam uma série de consequências, como assoreamento do solo, ÁRVORES DE PEQUENO PORTE PARA CANTEIRO CENTRAL E CALÇADAS: Flamboyant – Delonix regia Nome Científico: Delonix regia Nomes Populares: flamboyant, acácia-rubra, árvore-flamejante, flamboiant, flor-do-paraíso, pau-rosa Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: África, Madagascar Altura: até10 metros Luminosidade: sol pleno
Pau-brasil – Paubrasilia echinata Nome Científico: Paubrasilia echinata Nomes Populares: pau-brasil, arabutá, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitanga Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: acima de 12 metros Luminosidade: sol pleno
Pau-ferro – Caesalpinia leiostachya Nome Científico: Caesalpinia leiostachya Nomes Populares: pau-ferro, ibirá-obi, icainha, imirá-itá, jacá, jucá, jucaína, muiarobi, muiré-itá, pau-ferro-do-ceará Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: acima de 12 metros Luminosidade: sol pleno
Imagem: banco de imagens Freepik - novembro de 2019.
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PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
ÁRVORES PARA O PARQUE LINEAR DO RIACHO JACARECANGA:
Pau-ferro – Caesalpinia leiostachya
Oiti – Licania Tomentosa
Nome Científico: Caesalpinia leiostachya Nomes Populares: pau-ferro, ibirá-obi, icainha, imirá-itá, jacá, jucá, jucaína, muiarobi, muiré-itá, pau-ferro-do-ceará Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: acima de 12 metros Luminosidade: sol pleno
Nome Científico: Licania Tomentosa Nomes Populares: oiti, goiti, oitizeiro, oiti-da-praia, oiti-cagão, guali, oiti-mirim, oiticica, manga-da-praia, milho-cozido, fruta-cabeluda, guailí, guití, uiti Família: Chrysobalanaceae Clima: Equatorial, Oceânico, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: acima de 12 metros Luminosidade: sol pleno
Mulungu – Erythrina crista-galli
Pau-brasil – Paubrasilia echinata
Nome Científico: Erythrina crista-galli Nomes Populares: mulungu, corticeira, corticeira-do-banhado, crista-de-galo, flor-de-coral, samauveiro, sananduva, seibo, suinã Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul
Nome Científico: Paubrasilia echinata Nomes Populares: pau-brasil, arabutá, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitanga Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: acima de 12 metros Luminosidade: sol pleno
Altura: 6 a 9 metros Luminosidade: sol pleno
Flamboyant – Delonix regia
Munguba – Pachira Aquatica
Nome Científico: Delonix regia Nomes Populares: flamboyant, acácia-rubra, árvore-flamejante, flamboiant, flor-do-paraíso, pau-rosa Família: Fabaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: África, Madagascar
Nome Científico: Pachira Aquatica Nomes Populares: munguba, cacau-selvagem, castanheira-da-água, castanheiro-de-guiana, castanheiro-do-maranhão, falso-cacau, mamorana, monguba, mungaba Família: Bombacaceae Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América Central, América do Sul Altura: acima de 12 metros Luminosidade: sol pleno
Altura: até10 metros Luminosidade: sol pleno
Imagem: Google Imagens - novembro de 2019.
Proposta para o Parque Linear do Riacho Jacarecanga. Imagem: acervo - novembro 2019
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PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Parques Comunitários Criar um sistema de espaços verdes, ao longo da Av. José Jatahy no trecho entre a Av. Sargento Hermínio e Av. Francisco Sá, a avenida deixará de ser via expressa para se tornar uma via parque, com locais para todas as idades, contendo parque infantil, áreas para atividades físicas, se tornando uma via de conexão para pedestre, ciclista e
principalmente uma área verde e de lazer para moradores do bairro e vizinhança. E a implantação de Jardins Comunitários, na comunidade que se encontra na ZEIS 1 do bairro, usando lotes vazios ou degradados, trazendo para comunidade senso de urbanidade.
Via Parque Av. José Jatahy Jardins Comunitários
Imagem atual da Av. José Jatahy.
Imagens da proposta para Av. José Jatahy.
Imagem: Google imagens - setembro de 2019.
Imagens: acervo - setembro de 2019.
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PATRIMÔNIO SOCIOAMBIENTAL
Gestão de águas pluviais
Ações estratégicas: • Deter a água da chuva através da implementação de pisos permeáveis ao longo de algumas vias, e dos espaços com arborização.
O solo cada vez mais sendo revestido com pisos que não são capazes de deter as águas das chuvas, dificultando na retenção e na fluidez, é o caso bairro Jacarecanga. Isso impacta diretamente os mananciais que retém água para utilização humana.
• Implantar áreas verdes em ruas, jardins comunitários e onde houverem lotes vazios. • Recompor a arborização urbana do bairro.
Via com piso permeável Jardins Comunitários
Imagem: Google Imagens - novembro de 2019.
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RECONQUISTA DA RUA
Imagem: Banco de imagens Freepik - setembro de 2019.
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RECONQUISTA DA RUA
Caminhabilidade reconquistando a rua A cidade viva realmente precisa de uma combinação de espaços públicos bons e convidativos e certa massa crítica de pessoas que queira utilizá-los. O projeto tem intuito de melhorar a mobilidade voltada para o desenvolvimento
sustentável, priorizando a utilização de transporte público coletivo no trânsito, incentivando o uso ao sistema de bicicleta compartilhada, tendo pedestres como prioridade, garantindo acessibilidade e conforto onde todos possam andar de forma livre.
OBJETIVOS SETORIAIS: ■ Transformar a rede viária de modo acessível aos pedestres. ■ Incentivar o uso de mobilidade verde. ■ Diminuir as barreiras entre público e privado, tornando o ambiente mais seguro. ■ Criar espaços de socialização.
AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO: ■ Requalificação viária. ■ Facilitar o ir e vir do pedestre, ■ Ciclovia e ciclorotas. ■ Caminhabilidade. ■ Novos mobiliários urbanos.
BENEFÍCIOS: ■ Tornar o espaço mais convidativo e popular. ■ Cidade segura, sustentável e saudável. ■ Fornecer a base biológica das atividades, do comportamento e da comunicação no espaço urbano. ■ Assegurar o direito de ir e vir.
Proposta para ciclovias. Imagem: acervo - novembro 2019.
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■ Requalificação dos passeios. ■ Arborização do bairro.
RECONQUISTA DA RUA
Requalificação viária Ações estratégicas: • Ampliar os passeios para no mínimo 3,00m • Aplicação de traffic calming nas vias do entorno do parque. • Aumentar a caixa das vias de maiores fluxos. • Eliminar os recuos frontais onde houver fachadas ativas.
Promover a reestruturação do tecido urbano para proporcionar um melhor convívio social, facilitando o ir e vir do pedestre, consequentemente melhorando o funcionamento das atividades econômicas, aumentando o convívio social, e impulsionando o uso do espaço público.
Vias que serão requalificadas
Av. Francisco Sá atualmente. Imagem: acervo - setembro de 2019.
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RECONQUISTA DA RUA
Av. Filomeno Gomes
Atual
Proposta
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RECONQUISTA DA RUA
Av. Francisco Sรก
Atual
Proposta
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RECONQUISTA DA RUA
Rua São Paulo
Atual
Proposta
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RECONQUISTA DA RUA
Rua Carneiro da Cunha
Atual
Proposta
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RECONQUISTA DA RUA
Av. José Jatahy
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RECONQUISTA DA RUA
Transporte público Ações estratégicas: • Reestruturar as paradas de ônibus com novos mobiliários. • Implantar em pontos estratégicos de maiores fluxos de pedestres.
Um bom espaço público e um bom sistema de transportes devem estar aliados, pois trazer segurança de ir e vir ate aos pontos de parada de ônibus, motiva a utilização desses meios de transportes, intensificando a mobilidade verde, que é extremamente importante para a sustentabilidade e traz grandes benefícios ao meio ambiente e também à economia.
Imagem: Google Imagens -novembro de 2019.
Segurança Assegurar a percepção de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas, deve ser um bem comum e de direitos a todos.
Ações estratégicas: • Implantar postos policiais em pontos estratégicos com maiores incidências de risco à comunidade.
Imagem: Google Imagens -novembro de 2019.
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RECONQUISTA DA RUA
Ciclovias e ciclorotas Ações estratégicas: • Reestruturar a malha viária acrescentando a faixa de ciclista. • Introduzir sinalização específica para utilização de ciclorotas.
Ciclovias incentivam o uso de veículos não motorizados, contribuindo para um ambiente sustentável, diminuindo fumaças que são direcionadas ao efeito estufa, consequentemente ajudando o planeta no qual vivemos.
Ciclovia. Ciclorota.
Proposta para ciclovias. Imagem: acervo - novembro 2019.
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MOBILIĂ RIO URBANO
Imagem: Banco de imagens Freepik - setembro de 2019.
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MOBILIÁRIO URBANO
Projeto de Mobiliário Urbano Com o intuito de se criar uma cidade mais funcional, inteligente e que atenda às necessidades dos habitantes, garantindo o conforto e bem-estar nos espaços públicos, além de manter uma
imagem limpa, serão implementados mobiliário padronizados em toda a malha urbana do perímetro da OUC.
OBJETIVOS SETORIAIS: ■ Complementar a infraestrutura da cidade. ■ Padronizar os elementos. ■ Proteção solar aos pedestres na espera de transporte público.
■ Distribuir lixeiras no tecido urbano. ■ Implantar bancos nos referidos parques. ■ Colocar parada de ônibus com proteção.
BENEFÍCIOS: ■ Despoluir a imagem da cidade. ■ Facilitar o acesso rápido ao descarte de lixo. ■ Conforto térmico aos passageiros
Imagem: Banco de imagens Freepik - setembro de 2019.
AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO:
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MOBILIÁRIO URBANO
Modelo dos mobiliários urbanos Banco
Modelo: canopy backed bench Fabricante: Sitescapes
0.50
VISTA SUPERIOR
0.80 0.45
VISTA LATERAL
1.80 1.90 VISTA FRONTAL
1. Assento perfurado - chapa de alumínio de 3mm. 2. Suportes de assento - placa de alumínio de 6mm. 3. Tubos de suporte - 31x 337cm tubo de alumínio. 4. Unidade final - 38mm alumínio fundido com furos de montagem 14mm. 5. Montado com quatro parafusos de âncora de aço inoxidável de 12mm.
Bicicletário
Modelo: echo Fabricante: Sitescapes
VISTA SUPERIOR
0.75 1.00
0.25
SUPERFÍCIE DA GRADE
4.65 VISTA FRONTAL
1. Tubo de aço de 60mm.
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0.06 VISTA LATERAL
MOBILIÁRIO URBANO
Modelo dos mobiliários urbanos Lixeira
Modelo: meridian Fabricante: Sitescapes 0.55 0.80
VISTA SUPERIOR
2
5
4
3 1
0.30
0.70
VISTA LATERAL
VISTA INFERIOR
1. Barras verticais - barra redonda de aço de 15mm. 2. Anel superior - barra redonda de aço de 19mm. 3. Anéis de suporte - placa de aço de corte a laser de 6mm. 4. Barras de suporte - barra de aço de 12mm. 5. Placas de montagem em superfície - aço inoxidável de 6mm
Ponto de ônibus
Modelo: city Fabricante: Sitescapes
3.60
1.97
VISTA SUPERIOR
2.70
3.60
2
5 VISTA LATERAL
3 1 2.70
4
VISTA FRONTAL
1. Assento perfurado - chapa de alumínio de 3mm. 2. Suportes de assento - placa de alumínio de 6mm. 3. Tubos de suporte - 31x 337cm tubo de alumínio. 4. Unidade final - 38mm alumínio fundido com furos de montagem 14mm. 5. Montado com quatro parafusos de âncora de aço inoxidável de 12mm.
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O QUE É CEPAC?
Imagem: Banco de imagens Freepik - setembro de 2019.
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O QUE É CEPAC?
O que é CEPAC? Certificados de Potencial Adicional de Construção – CEPAC – estão previstos na Lei 10257/2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. As prefeituras municipais concedem mediante o pagamento de um CEPAC feito pelos investidores privados, o direito adicional de construir, no qual são estruturados e delimitados na lei específica que institui as OUC's. A prefeitura emite os CEPAC’s e vende em leilão, que normalmente são compradas por investidores que tem interesse em construir na região específica definida pela operação urbana.
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Os valores pagos pelos investidores nos CEPAC’s, são revestidos em melhorias urbanas no mesmo local do perímetro da OUC, sendo de obrigatoriedade esse direcionamento financeiro. Tendo em vista que para uma operação urbana funcionar da seguinte maneira é necessário o interesse do mercado imobiliário naquela região específica e o interesse na compra desses certificados, se tornando também necessário que a Prefeitura tenha a capacidade de gerir adequadamente aquela operação urbana, a venda dos certificados e o uso dos recursos obtidos.
CEPAC é a sigla para descrever Certificado de Potencial Adicional de Construção, títulos usados para financiar Operações Urbanas Consorciadas que recuperam áreas degradas nas cidades.
Potencial de construção é quantidade de metros quadrados que se pode construir em um determinado terreno, representada nos andares e na altura do prédio e metragem. Para utilizar o Potencial Adicional de Construção os interessados devem comprar CEPAC e terão o direito de construir acima área edificável computável básica estipulada para cada setor, até o limite da área edificável computável máxima. Todo o valor arrecadado com a venda dos CEPAC’s é obrigatoriamente investido na melhoria da infraestrutura urbana e em serviços na região delimitada pela OUC.
A quantidade de CEPAC de cada empreendimento varia com a localização do projeto e do tipo de utilização.
As áreas preservadas nos corredores culturais não têm potencial adicional de construção.
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MODELO ESPACIAL
Modelo espacial O Modelo Espacial propõe estruturar a OUC Jacarecanga em setores com critérios diferentes de atuação entre eles, para que se consiga estabelecer parâmetros de ocupação para a OUC e assim conseguir diversificar todo o bairro.
SETOR C
SETOR B
SETOR F
SETOR D SETOR E
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SETOR A
MODELO ESPACIAL
Comparativo entre a simulação do potencial construtivo conforme parâmetros urbanísticos atuais do local da OUC e o modelo espacial proposto.
SETOR A MODELO ESPACIAL VIGENTE NA ÁREA DA OUC
MODELO ESPACIAL PROPOSTO NA ÁREA DA OUC
Coeficiente de aproveitamento: 3
Coeficiente de aproveitamento: 2
Potencial construtivo:
487.942,02m²
Potencial construtivo:
325.294,68m²
Potencial construtivo sujeito à Outorga Onerosa:
não se aplica
Estoque de potencial construtivo adicional (CEPAC): 325.294,68m²
Potencial construtivo máximo:
487.942,02m²
Potencial construtivo máximo:
650.589,36m²
SETOR B MODELO ESPACIAL VIGENTE NA ÁREA DA OUC
MODELO ESPACIAL PROPOSTO NA ÁREA DA OUC
Coeficiente de aproveitamento: 3
Coeficiente de aproveitamento: 2
Potencial construtivo:
286.015,53m²
Potencial construtivo:
Potencial construtivo sujeito à Outorga Onerosa:
não se aplica
Estoque de potencial construtivo adicional (CEPAC): 190.677,02m²
Potencial construtivo máximo:
286.015,53m²
Potencial construtivo máximo:
190.677,02m²
381.354,04m²
SETOR C MODELO ESPACIAL VIGENTE NA ÁREA DA OUC
MODELO ESPACIAL PROPOSTO NA ÁREA DA OUC
Coeficiente de aproveitamento: 3
Coeficiente de aproveitamento: 2 272.931,14m²
Potencial construtivo:
409.396,71m²
Potencial construtivo:
Potencial construtivo sujeito à Outorga Onerosa:
não se aplica
Estoque de potencial construtivo adicional (CEPAC): 272.931,14m²
Potencial construtivo máximo:
409.396,71m²
Potencial construtivo máximo:
545.862,28m²
SETOR D MODELO ESPACIAL VIGENTE NA ÁREA DA OUC
MODELO ESPACIAL PROPOSTO NA ÁREA DA OUC
Coeficiente de aproveitamento: 3
Coeficiente de aproveitamento: 2
Potencial construtivo:
18.740,16m²
Potencial construtivo:
12.943,44m²
Potencial construtivo sujeito à Outorga Onerosa:
não se aplica
Estoque de potencial construtivo adicional (CEPAC):
12.943,44m²
Potencial construtivo máximo:
18.740,16m²
Potencial construtivo máximo:
24.986,88m²
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MODELO ESPACIAL
VIABILIDADE: No intuito de tornar o processo do uso de CEPAC’s viáveis, serão implementados setores com suas devidas áreas de compra de certificado estipulado na própria OUC, não devendo ultrapassar aos limites exigidos de adicional construtivo. Com isso, o investidor privado poderá se tornar único no seu perímetro, impedindo a competição comercial de mesmo uso.
FLEXIBILIZAÇÃO:
DIRETRIZES:
■ Índice de aproveitamento máximo – 4,0.
I. Viabilizar a melhoria da qualidade de vida urbana.
■ Flexibilizar a adequabilidade de usos.
CONTRAPARTIDA:
II. Implantar o sistema viário proposto.
■ Projeto executivo do Parque Linear do Riacho Jacarecanga.
III. Redefinir as condições de parcelamento, uso e ocupação do solo.
■ Obras complementares de infraestrutura urbana (drenagem e pavimentação). ■ Projeto de restauro dos casarões. ■ Projeto executivo de habitação social.
IV. Destinar terrenos sem função social para ocupação de equipamentos públicos.
■ Projeto executivo de equipamentos comunitários.
Programa de intervenções: O programa de intervenções a ser realizado com os recursos no âmbito da Operação Urbana do Jacarecanga, segue a seguinte ordem de prioridade: 1. Construção de no mínimo, 25 unidades habitacionais. 2. Prolongamentos viários previstos na proposta de caminhabilidade 3. Reforma e requalificação das vielas existentes da comunidade na área onde está situada a ZEIS do tipo I. 4. Implementação de equipamentos comunitários. 5. Restauração de casarões em estado de degradação. 6. Restauração da área de preservação ambiental.
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MODELO ESPACIAL
ESTOQUE DE ÁREA ADICIONAL DE CONSTRUÇÃO DISPONÍVEIS PARA COMPRA DE EQUIVALÊNCIA COM CEPAC: SETOR A – 325.294,69m2 vocação do setor: comércio e serviços múltiplos SETOR B - 190.677,02m2 vocação do setor: residencial SETOR C - 272.931,14m2 vocação do setor: educacional, comercial atacadista, residencial e torre de serviços. SETOR D - 12.943,44m2 vocação do setor: comércio varejista
SETOR C
SETOR B
SETOR F
DISTRIBUIÇÃO DE ESTOQUES POR SETOR, SUBSETOR E CATEGORIA DE USO: SETOR A comércio e serviço múltiplos: 200.000,00m2 residencial: 125.294,69m2 SETOR B residencial: 190.677,02m2 SETOR C comércio atacadista: 70.000,00m2 torre de serviços: 30.000,00m2 educacional: 35.000,00m2 residencial: 137.931,14m2 SETOR D comércio varejista: 12.943,44m2
SETOR D SETOR E
SETOR A
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PROPOSTA DE EMPREENDIMENTO
Proposta de empreendimento Com as mudanças apontadas neste projeto, a nossa proposta busca por investidores em potencial visando canalizar ainda mais melhorias urbanas com novos empreendimentos para os moradores do bairro e para a cidade como um
todo. A viabilidade destas construções são pautadas dentro das normas do CEPAC e em conformidade de acordo com a prefeitura municipal de Fortaleza.
PROPOSTA DE EMPREENDIMENTO POR SETOR: SETOR A Área aproximadamente de 37.410,50m² Empreendimento: Comércio e serviços múltiplos – Shopping Casas a serem desapropriadas: 14 unidades Área aproximadamente de 4.809,61m² Empreendimento: Comércio e serviços múltiplos – Torre de comercio e serviços Casas a serem desapropriadas: 15 unidades SETOR B Área aproximadamente de 5.540,00m² Empreendimento: Residência multifamiliar – Unidade estudantil Casas a serem desapropriadas: 8 unidades SETOR C Área aproximadamente de 16.835,21m² Empreendimento: Comércio atacadista - Supermercado Casas a serem desapropriadas: 4 unidades Área aproximadamente de 12.365,91m² Empreendimento: Torre de serviços – Clínicas médicas Casas a serem desapropriadas: 35 unidades Área aproximadamente de 16.796,78m² Empreendimento: Educação – Centro universitário Casas a serem desapropriadas: 14 unidades SETOR D Área aproximadamente de 6.246,72m² Empreendimento: Comércio varejista – Loja de construções, reformas, decoração. Casas a serem desapropriadas: 1 unidade
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PROPOSTA DE EMPREENDIMENTO
PROPOSTA DE TERRENOS POR SETOR: SETOR C Terreno proposto Tipo de empreendimento: torre de serviços específicos clínicas médicas
SETOR C Terreno proposto Tipo de empreendimento: comércio atacadista supermercado
SETOR B Terreno proposto Tipo de empreendimento: residência multifamiliar ou
SETOR C
unidade estudantil
Terreno proposto Tipo de empreendimento: universidade
SETOR D Terreno proposto
SETOR A
Tipo de
Terreno proposto
empreendimento:
Tipo de empreendimento:
comércio varejista
comércio e serviços múltiplos
loja de construção,
torre de comércio e serviços
reforma e decoração
SETOR A Terreno proposto Tipo de empreendimento: comércio e serviços múltiplos shopping
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