Catálogo de Plantas Alimentícias Não Convencionais Comercializadas nas Feiras Livres e Mercados

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KAROLINE CASTRO DA SILVA Bióloga, especialista em Gestão de Recursos Naturais e Meio Ambiente, Manaus-Am AMANDA SHIRLEIA PINHEIRO BOEIRA Prof.ª˚. Bióloga, MSc. em Botânica, Taxonomia e Sistemática Vegetal, Manaus-Am

PANC CATÁLOGO ILUSTRATIVO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS COMERCIALIZADAS NAS FEIRAS LIVRES E MERCADOS DE MANAUS-AMAZONAS

Manaus-AM 2018 2


Silva, Karoline Castro da & Boeira, Amanda Shirleia Pinheiro Catálogo Ilustrativo de Plantas Alimentícias não convencionais Comercializadas nas Feiras Livres e Mercados de Manaus-Amazonas / Karoline Castro da Silva, Amanda Shirleia Pinheiro Boeira- Centro Universitário do Norte-Uninorte, Manaus-Amazonas, 2018. 105 f.: il. Organizadoras: Karoline Castro da Silva Bióloga, Esp. em Gestão de Recursos Naturais e Meio Ambiente Amanda Shirleia Pinheiro Boeira Prof.ª˚. Bióloga, MSc. em Botânica, Taxonomia e Sistemática Vegetal Capa: Folha de Capeba-da-amazônica, Piper peltatum L.

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Hibiscus rosa-sinensis L.

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As autoras deseja manifestar os agradecimentos a todos os funcionários das Feiras e Mercados de Manaus, Amazonas por compartilhar seus conhecimentos, experiências e tempo precioso, colaborando dessa forma para impulsionar o moto infinito do aprender e ensinar. Enfim a todos que contribuíram de forma direita e indireta para a concretização desse catálogo!

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Spondias mombin L

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1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................10 2. Hibiscus sabdariffa L. .............................................................................................................13 3. Hibiscus rosa-sinensis L...........................................................................................................14 4. Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern.....................................................;...................................15 5. Malvaviscus arboreus Cav........................................................................................................17 6. Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen...........................................................................;;...............18 7. Matricaria recutita L................................................................................................................19 8. Cymbopogon citratus (DC. Ex Nees) Stapf ………………………………………….......…...20 9. Laurus nobilis L.........................................................................................................................21 10. Cynara scolymus L..................................................................................................................22 11. Lavandula angustifolia Mill……………………………………………………………………....…24 12. Foeniculum vulgare Mill.........................................................................................................25 13. Pimperella anisum L. .............................................................................................................27 14. Eryngium foetidum L..............................................................................................................28 15. Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers..............................................................................................30 16. Salvia hispanica L...................................................................................................................31 17. Celosia argentea L..................................................................................................................32 18. Illicium verum Hook.f.............................................................................................................33 19. Allium fistulosum L.................................................................................................................34 20. Mauritia flexuosa L. f.............................................................................................................36 21. Eugenia stipitata McVaugh....................................................................................................37 22. Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh ......................................................................................38 23. Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K.Schum........................................................39 24. Euterpe oleracea Mart............................................................................................................40 25. Sesamum radiatum Schumach. & Thonn...............................................................................42 26. Momordica charantia L.........................................................................................................43 27. Spondias mombin L................................................................................................................45 28. Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann................................................................................47 29. Endopleura urchi (Huber) Cuatrec........................................................................................48 30. Attalea speciosa Mart. ex Spreng..........................................................................................49 31. Melissa officinalis L………………………………………………………………….......….50 32. Thymus vulgaris L..................................................................................................................52 33. Rosmarinus officinalis L........................................................................................................53 34. Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni................................................................................... ..54 35. Zingiber officinale Roscoe.....................................................................................................56 36. Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.............................................................................................57 37. Dipteryx alata Vogel..............................................................................................................59 38. Cinnamomum verum J.Presl...................................................................................................60 39. Petroselinum crispum (Mill.) Fuss.........................................................................................61 40. Genipa americana L...............................................................................................................63 41. Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng...............................................................................64 42. Aniba canelilla (Kunth) Mez.................................................................................................66 43. Ocimum campechianum Mill.................................................................................................67 44. Solanum melongena L............................................................................................................68 45. Paullinia cupana Kunth................................................................................................../......70 46. Saccharum officinarum L.......................................................................................................71 47. Malpighia emarginata D.C....................................................................................................73 48. Malpighia glabra L................................................................................................................74 7


49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58.

Ocimum basilicum L.................................................................................................................75 Manihot esculenta Crantz.........................................................................................................77 Curcuma longa L.......................................................................................................................78 Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants...............................................................79 Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M.Perry.........................................................................81 Mentha piperita L......................................................................................................................82 Ocimum gratissimum L..............................................................................................................84 INDÍCE DE NOMES CIENTÍFICOS....................................................................................86 INDÍCE DE NOMES POPULARES......................................................................................87 REFERÊNCIA CITADA.........................................................................................................89 .

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Mauritia flexuosa L. f

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Muitas plantas denominadas "daninhas", "inços", "pragas", "invasoras", “malezas”, "espontâneas" ou "ruderais", pois medram entre as plantas cultivadas, são espécies com grande importância ecológica e econômica. Esses termos são bastante discutíveis e depende muito do ponto de vista e do momento histórico. Mas são usados em idiomas diferentes (em inglês são chamadas de weed plants; em espanhol de malezas ou yuyos) ou recebem nomes diversos em diferentes regiões de um mesmo país para designar plantas sem usos conhecidos, ou ao menos difundidos entre a maioria das pessoas. Muitas destas espécies são alimentícias, ou seja, possuem uma ou mais partes que podem ser utilizadas na alimentação humana, sejam elas raízes, caules subterrâneos ou aéreos, folhas, flores, frutos e/ou sementes, mesmo que atualmente em desuso (ou quase) pela maior parte da população. Na história da alimentação humana mundial há os modismos temporários e, obviamente, a alimentação sofre influências da mídia e dos interesses econômicos. Assim o Homem acabou optando pela especialização ao invés da diversificação alimentar. Muitas espécies atualmente denominadas "daninhas" por alguns vêm servindo de alimento para populações humanas desde o Paleolítico e outras que atualmente gozam de privilégios no campo, na indústria, nos mercados e nas mesas dos consumidores eram até pouco tempo atrás consideradas "inços" (agrião-d'água Nasturtium officinale R.Br.; soja - Glycine max (L.) Merril). Com o predomínio dos interesses econômicos e desenvolvimento de monoculturas onde umas poucas espécies melhoradas são cultivadas em diversas regiões do mundo e a globalização dos mercados, conhecimentos tradicionais caíram em desuso. As dificuldades de vida do pequeno produtor no campo sobrepujado também pela mecanização permitida pelas monoculturas levaram ao êxodo rural. Atualmente, mesmo as pessoas oriundas do meio rural já perderam muito dos conhecimentos práticos sobre as plantas que poderiam ser usadas como alimento. Muitas daquelas pessoas que ainda têm algum conhecimento do que pode ser utilizado como fonte complementar na alimentação parece ter vergonha de colher plantas em seus quintais ou sair para colher em terrenos baldios, sítios e outras áreas limítrofes não poluídas ou devem achar que estão regredindo ao Paleolítico. Aquelas que detêm poder financeiro compram nos grandes supermercados, feiras e muitas das pessoas carentes acomodam-se a pedir e ou aproveitar restos das feiras e lixos residenciais (KINUPP; BARROS, I. B.I., 2004). Contudo, os dados disponíveis na literatura específica (DÍAZ-BETACOURT et al., 1999; RAPOPORT et al., 1995; RAPOPORT et al., 1997; RAPOPORT et al., 1998; RAPOPORT et al., 2001) e observações pessoais mostram que o fator preponderante para falta de uso é o desconhecimento do que pode ser utilizado como alimento e seu modo de preparo. As plantas nativas e exóticas naturalizadas (PANCs), apesar de não ser a solução final para o problema da alimentação, podem ter um papel importante como suplemento da dieta alimentar, fonte de renda complementar, fixação do homem no campo, redução dos impactos ambientais e uma medida de valorização real dos recursos naturais (KINUPP; BARROS, 2008).

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Existe ainda um grande número de espécies PANCs, a maioria ainda não foi sequer pesquisada quanto as suas propriedades nutricionais, funcionais ou mesmo medicinal, mais aos poucos vem sendo descoberto ou redescoberto pelo Brasil. Como foi possível observar nas entrevistas feitas aos permissionários, grande parte das plantas comercializadas no Mercado Adolpho Lisboa e na Feira da Manaus Moderna possuem algum tipo de potencial alimentício não convencional, até mesmo desconhecido pelos vendedores e pelos consumidores que muitos quando vão a uma feira ou mercado mais biodiverso não sabem dizer nome de muitas das folhas, raízes, sementes, frutas ou frutos que veem. E geralmente, se não sabem o nome que importante para a identificação taxonômica, também não sabem nada sobre quem faz esse trabalho (Taxonomistas), e para que servem e a maneira que devem ser usados, preparados ou consumidos. E, portanto, não são compradas, experimentadas nem conhecidas e valorizadas como alternativa alimentar (KINUPP; LORENZI, 2014). E raros são estudos relacionados à comercialização de plantas em feiras e/ou mercados no Brasil (BERG 1984; M.M. STALCUP, Dados Não Publicados; SANTOS & SILVESTRE 2000; TRAFFIC, 2001; PARENTE & ROSA, 2001; ALMEIDA & ALBUQUERQUE, 2002; SHANLEY et al. 2002; PINTO & MADURO 2003; AZEVEDO & SILVA 2006). Do ponto de vista de Azevedo & Kruel (2007), as feiras livres e mercados são um manancial, praticamente inexplorado, de investigações etnobotánicas que podem fornecer informações da maior importância para o conhecimento da diversidade, manejo e universo cultural de populações marginalizadas. Desta forma, percebe-se que as feiras livres e os mercados constituem um espaço privilegiado de expressão da cultura de um povo no que toca ao seu patrimônio etnobotânico, uma vez que um grande número de informações encontra-se lá, disponível, de forma centralizada, subjacente a um ambiente de trocas culturais intensas (ARJONA; MONTEZUMA; SILVA, 2007).

Ótima Leitura. Descubra as PANCs e bom apetite!

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Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen

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Família: — Malvaceae Nome científico: — Hibiscus sabdariffa L. Sinônimo: — Hibiscus cruentus Bertol., Hibiscus fraternus L., Sabdaiffa rubra Kostel. Nome popular: — hibisco, rosela, rosélia, vinagreira, azedinha, azeda-daguiné, caruru-azedo, caruru-da-guiné, chá-da-jamaica, pampolha, pampulha, papoula, papoula-de-duas-cores, quiabeiro-azedo, quiabo-azedo, quiabo-de-angola Origem geográfica e habitat: — Provavelmente de origem africana. Amplamente cultivada em várias partes do mundo com fim alimentício (ESTEVES, G.L.; DUARTE, M.C.; TAKEUCHI, C., 2014). Habita em Terras perturbadas (LUST. J., 1983).

Foto: J. Camillo

Dados Taxonômicos

Descrição Botânica Arbusto anual, de até 3 m de altura, com caule pouco ramificado em forma de taça, glabro e de tonalidade vermelha. As folhas são alternas, simples, ovaladas e lobadas. As flores são sésseis e axilares, com cinco pétalas amareladas quando abertas, com diâmetro médio de 5 cm. Os cálices são formados por cinco sépalas, de coloração vermelha intensa e brilhante, de forma cônica, medindo até 5 cm de comprimento, contendo em seu interior, uma cápsula oval, com aproximadamente 2 cm de comprimento. A cápsula é revestida por tricomas finos e constituída por cinco lóculos; em cada um deles, estão inseridas cerca de 6 sementes (CORRÊA, 1978). As sementes possuem cerca de 3 × 5 mm e massa de 0,025 g (CASTRO et al., 2004). Na base do cálice, o apicálice ou calículo, arranjado em circulo, dá a impressão de um cálice suplementar, é formado por brácteas vermelhas. Neste trabalho o termo fruto envolve o conjunto de cálice, calículo e a cápsula oval (SILVA JÚNIOR, 2003). Usos e aplicações Culinários: — De acordo com Vizzotto, M & Pereira, M.C. (2008), as folhas são ricas em vitaminas A e B1, sais minerais e aminoácidos, podendo ser consumidas cruas em saladas ou se tornar, assim como o caule, um ótimo ingrediente para o preparo de cozidos, sopas, feijão e arroz. Na região Nordeste do Brasil, principalmente no estado do Maranhão, as folhas do hibisco, são conhecidas como "vinagreira ou azedinha", e usadas no preparo de diversos pratos típicos da culinária. As sementes, ricas em proteínas e um tanto amargas, têm servido como refeição para alimentação humana na África, através do seu esmagamento e destilação para uso em sopas, misturadas com farinha de feijão ou torradas como um substituto para o café. Os cálices podem ser utilizados na decoração de pratos, como saladas de alto valor antioxidante, ou no preparo de geleias, doces, sucos, xaropes, gelatinas, vinho, vinagre, molhos ou ser consumidos in natura Uma bebida refrescante e muito popular pode ser feita por ferver o cálice, adoçando-o com açúcar e adicionando gengibre (FACCIOLA. S., 1990). Semente torrado e moído em um pó então usado em sopas oleosas e molhos (WESTWOOD. C., 1993; FACCIOLA. S.,1990). As sementes torradas têm

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sido usadas como um substituto do café que é dito ter propriedades afrodisíacas (DUKE. J., 1983). Raiz é comestível, mas muito fibrosa (CRIBB. A. B. & J.W., 1976). Partes comestíveis utilizadas Folhas Destacadas e Botões Florais Medicinais: — As folhas são antiescorbúticas, emolientes, diuréticas, refrigerantes e sedativas. As folhas são muito mucilaginosas e são usadas como um emoliente e como um remédio de tosse calmante. Eles são usados externamente como cataplasma em abscessos. Os frutos são antiescorbúticos (DUKE. J., 1983). As flores contêm gossipetina, antocianina e glicosídeo hibiscina . Estes podem ter efeitos diuréticos e coleréticos, diminuindo a viscosidade do sangue, reduzindo a pressão arterial e estimulando o peristaltismo intestinal . As folhas e flores são usadas internamente como um chá tônico para funções digestivas e renais (DIGGS, JNR. G.M. et al., 1999; BOWN. D., 1995. Experimentalmente, uma infusão diminui a viscosidade do sangue, reduz a pressão arterial e estimula o peristaltismo intestinal (CHOPRA. R. N., et al., 1986). Os cálices maduros são diuréticos e antiescorbúticos . O cálice suculento, cozido em água, é usado como bebida no tratamento de ataques biliosos. As sementes são diuréticas, laxantes e tônicas . Eles são usados no tratamento da debilidade. A raiz amarga é aperitivo e tônico. A planta também é relatada para ser antisséptico, afrodisíaco, adstringente, colagogo, demulcente, digestivo, purgante e resolvente. É utilizado como um remédio popular no tratamento de abscessos, condições biliosas, câncer, tosse, debilidade, dispepsia, disúria, febre, ressaca, doenças cardíacas, hipertensão, neurose, escorbuto e estrangúria. Um relatório diz que a planta mostrou ser de valor no tratamento da arteriosclerose e como um antisséptico intestinal, embora não diga qual parte da planta é utilizada (DUKE. J., 1983). Formas de preparo e dosagem Não informado na literatura

Família:— Malvaceae Nome científico: — Hibiscus rosa-sinensis L. Sinônimo:— Hibiscus boryanus DC., Hibiscus festalis Salisb., Hibiscus storckii Seem. Nome popular: — hibisco, hibisco-da-china, papoula, mimo de vênus Origem geográfica e habitat: — Originário da Ásia tropical e do Havaí onde é considerada a flor símbolo e possui um grande número de variedades e formas cultivadas (LORENZI & SOUZA, 2000). Embora de clima temperado quente, adapta-se bem ao clima subtropical e até ao tropical heliófila. Prefere solos férteis, bem drenados. Não tolera solos ácidos. Descrição Botânica Arbusto grande a arvoreta, lenhosa, de casca fibrosa e clara, ramificada, de 3-5 m de altura. Folhas simples, pecioladas, de lâmina largo-elíptica com margens 14

Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos


serradas de textura cartácea e mucilaginosa quando amassada, verde-brilhante na face adaxial, fortemente marcada pelas nervuras, 8-14 cm de comprimento. Flores solitárias grandes, de pétalas de várias cores (rósea, vermelha, branca e amarelada), ocorrendo o ano inteiro. Frutos desconhecidos em nossas condições e, possivelmente, em todos os lugares do mundo, pois é um cultigeno (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — Folhas jovens às vezes são usadas como um substituto de espinafre (KUNKEL. G.1984; FACCIOLA. S.1990). Flores cruas ou cozidas (CHOPRA. R. N., et al. 1986). Eles também podem ser transformados em uma espécie de salmoura ou usados como um corante roxo para colorir alimentos como frutas preservadas e legumes cozidos (KUNKEL. G.1984; FACCIOLA. S. 1990). Uma análise nutricional está disponível (DUKE. J. A. & AYENSU. E. S. 1985). Raiz é comestível, mas muito fibrosa. Mucilaginosa, sem muito sabor (CRIBB. A. B. & J. W. 1976). Medicinal: — O hibisco chinês é uma erva doce, adstringente e refrigerante que verifica o sangramento, acalma os tecidos irritados e relaxa os espasmos (BOWN. D.1995). As flores são afrodisíacas, demulcente, emenagoga, emoliente e refrigerante (CHOPRA. R. N., et al. 1986). Eles são utilizados internamente no tratamento da menstruação excessiva e dolorosa, cistite, doenças venéreas, doenças febris, catarros brônquicos, tosses e para promover o crescimento do cabelo (BOWN. D.1995; CHOPRA. R. N., et al., 1986).. Uma infusão das flores é dada como uma bebida refrescante para as pessoas doentes (MANANDHAR. N. P.2002). As folhas são anódinas, aperientes, emolientes e laxantes. Uma decocção é utilizada como loção no tratamento de febres (CHOPRA. R. N., et al., 1986). As folhas e as flores são batidas em uma pasta e puseram-se em tumores cancerosos e caxumba. As flores são utilizadas no tratamento de carbúnculos, caxumba, febre e feridas (DUKE. J. A. & AYENSU. E.S. 1985). A raiz é uma boa fonte de mucilagem e é usada como substituto da mallow de pântano (Althaea officinalis) no tratamento de tosse e resfriados (CHOPRA. R. N., et al. 1986; MANANDHAR. N. P.2002). Uma pasta feita a partir da raiz é utilizada no tratamento de doenças venéreas (MANANDHAR. N. P.2002). Formas de preparo e dosagem

Dados Taxonômicos Família:— Malvaceae Nome científico: — Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern Nome popular: — Hibisco, vinagreira-roxa, groselheira, rosela, quaibo-azedo, quiabo-roxo Origem geográfica e habitat: — Nativa da África, provavelmente de Angola, cultivada no mundo todo com fim ornamental (ESTEVES, G.L.; DUARTE, M.C.; TAKEUCHI, C., 2014). Descrição Botânica Arbustiva, bienal ou perene, ereta ou de crescimento disperso, de caule semi-lenhoso, vináceo e 15

Foto: Robert V. Blittersdorff, Tanzânia, Rukwa, Sumbawanga, 2010

Não informado na literatura


ramificado. Suas folhas possuem cor vinho escuro, nervuras palmadas e heterofílicas. As flores são solitárias, axilares, sésseis e de cor rosa-arroxeada e fruto é uma cápsula (LORENZI & SOUZA, 2008). Usos e aplicações Culinários: — Folhas cruas ou cozidas. Adicionado a saladas ou usado em sopas, guisados, etc. De acordo com Facciola. S. 1990, as folhas podem ser cozinhadas com outros alimentos para dar-lhes um sabor acid-azeda. Raiz é comestível, mas é muito fibrosa. Mucilaginosa, sem muito sabor (CRIBB. A. B. & J. W. 1976). As folhas cozidas com arroz deixam seus grãos coloridos e com sabor e com sabor levemente acídulo, muito agradável. As flores duram um dia apenas e podem ser colhidas para saladas, enfeite comestível de pratos diversos e geleias. Os cálices, apesar de não serem suculentos, quando fervidas proporcionam cor e sabor intensos, podendo ser usados para chá-suco (necessário ferver para extrair os pigmentos antocianos), sorvetes, patês e geleias. Ramos com ou sem as folhas podem ser fervidos para chá-suco e frisante. A planta inteira tem potencial antioxidante (KINUPP; LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Folhas, Raiz, Flores Medicinal: — H. acetosella apresenta grande relevância na medicina popular, principalmente na região sul de Santa Catarina. Suas folhas são utilizadas na forma de salada, de chás e sucos para melhorar o desempenho físico e mental, imunidade, anemia, ansiedade e angústia, sendo usada também para minimizar os efeitos associadas à menopausa, andropausa e hipertensão arterial (ROSSATO & CHAVES, 2012). De acordo com Março (2009), a vinagreira roxa tem diversas indicações ainda sobre estudo, que variam conforme a parte da planta utilizada. As folhas são consideradas febrífugas, anti-hemorrágicas, estimulantes estomacais e fortificantes, O fruto é uma cápsula ovoide, de dois centímetros de comprimento, são usados na fabricação de xaropes e as flores possuem atividades antibacteriana e antifúngica. Foi constatada a presença de antocianinas nas flores, já nas folhas foram identificados os constituintes taninos, flavonoides, cumarinas, heterosídeos cardiotônicos e alcaloides. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Família:— Malvaceae Nome científico: — Malvaviscus arboreus Cav. Sinônimo:— Hibiscus malvaviscus L., Malvaviscus mollis (Aiton) DC., Malvaviscus grandiflorus Kunth.. Nome popular: — malvavisco, hibisco-colibri Origem geográfica e habitat:— originalmente do México, América Central e outras áreas tropicais da América, é encontrado a partir do nível do mar até 1.865 m em clima quente, semi-quente e semitemperado, e cresce associada com a floresta decídua tropical, perenifolia. (MÉXICO, 1996; FRYXELL P, 2007). Descrição Botânica Arbusto lenhoso, perene, ereto e muito ramificado, com ramos revestidos por casca clara e bastante fibrosa, de 3-4 m de altura. Folhas simples, curtopecioladas, de lâmina ovalada, cartácea, mucilaginosa quando mastigada, áspera e de margens serradas, 7-11 cm de comprimento. Flores solitárias, axilares, pedunculadas, pêndulas, vermelhas ou róseas, de longa durabilidade permanecerem semifechadas. Frutos desconhecidos em nossas condições é cultigeno (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — As folhas podem ser utilizadas em saladas, cruas inteiras ou finamente picadas e as flores, que as crianças sugam o néctar (melzinho) e descartam, podem ser usadas para saladas, tanto inteiras como despetaladas (inclusive na porção fértil). Sua cor escarlate (vermelha) contrasta com o verde das folhas da própria espécie (podendo- se mesclar) ou de outras verduras. As flores podem ser cozidas no arroz, curtidas na cachaça como corante e usadas para fazer uma maravilhosa geleia (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Folhas, Flores Medicinal: — Resfriados, ação antibacteriana, alivio de dores musculares, articulares, utilizada na fabricação de pomadas, desodorantes, desinfetantes e inseticidas (CARNEIRO, F.M. et al., 2014). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos


Família:— Asteraceae Nome científico: — Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen Nome popular: — Jambú, agrião-do-para, agriãodo-norte, agrião-do-brasil Sinônimo:— Spilanthes oleraceae L., Bidens fusca Lam., Spilanthes fusca Lam., Spilanthes oleraceae var. fusca (Lam) DC. Origem geográfica e habitat: — América do sul Brasil, Peru, Equador e em países do Sul da Ásia como Índia e Nepal, além do Leste Caribenho, no conjunto de Ilhas Windward (CALDERARO, T. S. 2008). Habita a região norte da Amazônica, ocorrendo em solos argilo-arenosos e ricos em matéria orgânica, assim como em solos de terras altas não inundáveis.

Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos

Descrição Botânica Herbácea perene, aromática, esparso-pubescente, de ramos arroxeados decumbentes, de 30-4º cm de altura. Folhas simples membranáceas, pecioladas, de 3-6 cm comprimento. Flores amareladas pequenas, dispostas em capítulos solitários, longo-pedunculados, axilares e terminais. Frutos secos do tipo aquênio que comportam como sementes (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — A planta pode ser preparada de forma semelhante à couve refogada, preparando com cortes finos e refogando com azeite, alho e sal. Suas folhas podem ser usadas tanto secas como frescas em saladas e cozidas, ou ainda na forma de chá. Na área alimentícia, novos produtos são elaborados, como a pasta de alho condimentada com jambu (OLIVEIRA et al., 2014). O jambu é consumido durante o ano inteiro, principalmente na região de Belém do Pará, nos pratos típicos como o tacacá, pato no tucupi, arroz paraense e pizza de jambu (SILVA, ALESSANDRA ELUAN DA., 2015). Partes comestíveis utilizadas Folhas Destacadas e Flores Medicinais: — O jambú é uma espécie medicinal cultivada no norte do País, onde suas folhas são utilizadas no tratamento de males da boca e da garganta, bem como anestésico para dor-de-dente, e o chá das folhas é utilizado contra anemia, escorbuto, desdizia, estimulante da atividade gástrica e no combate à tuberculose (LORENZI; MATOS, 2002). Formas de preparo e dosagem

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Não informada na literatura.

Família:— Asteraceae Nome científico: — Matricaria recutita L. Sinônimo:— Matricaria chamomilla. Auct. Chamomilla recutita. (L.) Rauschert. Nome popular: — camomila Origem geográfica e habitat: — Ocorre na Europa, incluindo Grã-Bretanha, leste a W. Ásia e Himalaia (BRYAN. J.;CASTLE. C. 1976; CARTER D. 1982). Solos arenosos ou argilosos na Grã-Bretanha (TRISKA. Dr. 1975; CLAPHAM, TUTIN & WARBURG., 1962) Igualmente encontrado em estepes saline em Europa (TUTIN, T.G. et al., 1964). Descrição Botânica Matricaria recutita L. planta herbácea anual com raiz grande, lenhosa, fibrosa. Talo ereto, de 30 a 60 cm de altura sólida, lisa, brilhante, muito estriada com ramos compridos e delgados. Folhas numerosas, alternas, amplexicaules; as superiores são simples e as demais bipinadas ou tripinadas com folíolos alongados, angulosos e pontiagudos. Inflorescência em capítulos longamente cônicos, com flores marginais liguladas e femininas, em número de dez a vinte e, em geral, com 6 a 9 mm de comprimento; a lígula é branca, elíptica, oblonga, tridenteada no vértice e percorrida por quatro nervuras. Usos e aplicações Culinários: — Segundo Bryan. J. & Castle. C. 1976, os ramos jovens são usados como tempero. As flores secas são usadas para fazer ervas chás (LUST. J. 1983; THOMPSON. B. 1878). É aromático, mas com um sabor muito amargo (GRIEVE, 1984) Partes comestíveis utilizadas Ramos Jovens, Flores Medicinal: — É uma excelente erva para o tratamento de vários distúrbios digestivos, tensão nervosa e irritabilidade e também é usado externamente para tratar problemas de pele (CHEVALLIER. A., 1996). Uma infusão das flores é tomada internamente como um anódino, antiinflamatória, antissépticos, antiespasmódico, carminativa, colagogo, sudorífico, emenagoga, antipirético, sedativo, estomacal, tónico e vasodilatador (CHIEJ. R., 1984; DUKE. J. A. & AYENSU. E.S., 1985; BOWN. D.,1995). Uma infusão é particularmente útil como estômago, nervina e sedativo para crianças pequenas, especialmente quando estão a dentizar. É também utilizado no tratamento da síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, úlceras pépticas e hérnia de hiato. As flores contêm vários óleos voláteis, incluindo proazulenos. Antialérgico e é útil no tratamento da asma e da febre do feno (CHEVALLIER. A., 1996). Em grandes doses, ou quando 19

Foto: Henriette Kress

Dados Taxonômicos


tomado regularmente por várias vezes ao dia, o chá pode ser emético e também pode causar os sintomas que se pretende curar. As flores às vezes são adicionadas aos cosméticos como um agente antialérgico. Toda a planta, colhida com flor, é usada para fazer um remédio homeopático (CASTRO. M.,1990). As flores também são usadas externamente para tratar feridas, queimaduras solares, queimaduras, hemorroidas, mastite e úlceras nas pernas (LUST, 1983).

Família:— Poaceae Nome científico: — Cymbopogon citratus (DC. Ex Nees) Stapf Sinônimo: — Andropogon citratus DC., Andropogon cerifer Hack., Andropogon roxburghii Nees ex Steud. Nome popular: — capim santo, capim limão, ervacidreira Origem geográfica e habitat: — originária do Sudeste Asiático, da grande região central da Nova Guiné e Indonésia (DANIELS e ROACH, 1987). Habitat não informado na literatura. Descrição Botânica Erva perene, cresce formando aglomerados densos de até 3 m de altura, com rizomas curtos. Suas folhas são eretas, superfícies glabras, mais de 1m de comprimento, 5-15 mm de largura, face mais branca e borda fechada na base, com margens ásperas e membranosas ou áridas lígulas 4-5 mm de comprimento. Inflorescências eretas, geralmente em pares de racemos espiciformes terminais 30-60 cm de comprimento. Pequenos picos de Séssil, lado ventricular canaliculado, 4.5-5.0mm, comprimento, 0,8 -1,0 mm de largura, margens ciliadas. Igual ou sub glumes iguais. A gluma inferior é em forma de lança, bicarenada, com ápice bilobulado e com margens curvas a partir do meio para cima. A gluma superior é lanceolado, 4.3-4.5mm longo, geralmente 1-nervate. Lema lanceolado estéril, 3,5 mm de comprimento, 2 nervados, ciliados. Lema fértil linear, 2,5 mm de comprimento, bífido, 1 nervado ciliado (REITZ, 1982). Usos e aplicações Culinários: — Facciola. S. 1998, relata que o centro dos brotos jovens é comido como um vegetal com arroz. As porções basais dos brotos de folhas têm um delicioso aroma de limão e são usadas como um aromatizante em sopas, molhos e caril. Folhas mais velha podem ser cozidos com outros alimentos, a fim de transmitir o seu sabor de limão. Eles são removidos antes de servir. Um chá refrescante pode ser preparado a partir das folhas. Pode ser servido quente ou frio. Pode ser adoçado com açúcar (VICKERS W.T.; PLOWMAN T. 1984). O óleo essencial é utilizado como aromatizante na indústria alimentar em refrigerantes e diversos alimentos (BOWN. D. 1995; ECOCROP 2017). As porções basais das folhas (miolo tenro, parte interna) são picadas fininhas e usadas como aromatizantes de peixes, sopas, molhos. Frisante (bebida) feito com as folhas maduras frescas e desidratadas. Vem sendo usados em finos (chocolate Essencial). (KINUPP & LORENZI, 2014). 20

Foto: Silva, K.C., 2018.

Dados Taxonômicos


Partes comestíveis utilizadas Bases tenras das plantas (palmitos) folhas Medicinais: — Capim limão é uma erva amarga, aromática, refrigeração que aumenta a transpiração e alivia espasmos. O óleo essencial obtido da planta é um eficaz antifúngico e antibacteriano. O óleo essencial contém cerca de 70% de citral, além de citronelal ambos são marcadamente sedativos. Internamente, a planta é usada principalmente como um chá no tratamento de problemas digestivos, onde relaxa os músculos do estômago e intestino, aliviando dores cólicas e flatulência. Externamente, especialmente na forma do óleo essencial extraído, a planta é um tratamento muito eficaz para uma série de condições, incluindo pé de atleta, micose, piolhos e sarna (BOWN. D.,1995). Também é aplicado para aliviar a dor de articulações artríticas (CHEVALLIER. A.,1996). É particularmente útil para crianças, Para quem também é usado para tratar doenças febris menores (BOWN. D.,1995; CHEVALLIER. A.,1996). Formas de preparo e dosagem Chás preparados como infusão a 02% (05 g/250 ml de água). 250 ml à noite para insônia. Até 1.000 ml ao dia para ansiedade, nervosismo ou outras indicações (ALONSO, J. R. 1998; DINIZ, R; CÉPIL, R. 2008). Dados Taxonômicos

Nome científico: — Laurus nobilis L. Nome popular: — Louro Origem geográfica e habitat: — Ocorre no Mediterrâneo e na Ásia Menor. Habita em Rochas úmidas e ravinas, maciços e muros velhos (POLUNIN. O. & HUXLEY. A., 1987). Descrição Botânica Árvore que pode atingir 14 m de altura, perenifólia, de tronco liso, com muitos ramos e folhas, inflorescências amarelas e frutos globosos escuros (CORRÊA, 1984; SANGUINETTI, 1989; LORENZI, MATOS, 2002). Usos e aplicações Culinários: — Um sabor aromático, picante, folhas de louro são comumente usadas como um aroma para sopas, guisados, etc. (GRIEVE 1984; BEAN. W. 1981; BRYAN. J. & CASTLE. C. 1976; HARRISON. S. et al., 1975; FACCIOLA. S., 1990) e formam um ingrediente essencial da mistura de ervas 'Bouquet Garni' (ALLARDICE.P., 1993; BOWN. D., 1995). As folhas podem ser usadas frescas ou são colhidas no verão e secas. O sabor das folhas frescas, esmagadas ou trituradas é mais forte do que as folhas frescas, mas as folhas não 21

Foto: Luis Fernández García

Família:— Lauraceae


devem ser armazenadas por mais de um ano, uma vez que perdem o seu sabor (BOWN. D. 1995). O fruto seco é utilizado como aromatizante (BROUK. B., 1975; KUNKEL. G., 1984; FACCIOLA. S., 1990). As folhas secas são preparadas em um chá erval. Um óleo essencial obtido a partir das folhas é utilizado como aromatizante alimentar (FACCIOLA. S., 1990). Os rendimentos podem variar de 1 a 3% de óleo (CHIEJ. R., 1984). Partes comestíveis utilizadas Folhas frescas e secas, óleo essencial Medicinais: — Tem sido usado para tratar vários tipos de câncer (DUKE. J. A. & AYENSU. E.S., 1985). Normalmente, os frutos e as folhas não são administrados internamente, exceto como estimulante na prática veterinária, mas antes eram empregados no tratamento da histeria, da amenorreia, da cólica flatulenta, etc. (GRIEVE, 1984). Outro relato diz que as folhas são usadas principalmente para tratar distúrbios do trato respiratório superior e aliviar dores artríticas e dores (CHEVALLIER. A.,1996). Ele se instala no estômago e tem um efeito tônico, estimulando o apetite e a secreção de sucos digestivos. As folhas são antisséptico, aromático, adstringente, carminativa, diaforético, digestivo, diurético, emético em grandes doses, em emagrecimento, narcótico, Parasiticida, estimulante e estomacal (GRIEVE, 1984; CHIEJ. R., 1984; LUST. J., 1983; WESTWOOD. C., 1993; DUKE. J. A. & AYENSU. E. S., 1985) .O fruto é antisséptico, aromático, digestivo, narcótico e estimulante. Uma infusão tem sido usada para melhorar o apetite e como um emenagoga. A fruta também tem sido utilizada na fabricação de medicamentos cominativos e foi usada no passado para promover o aborto. Um óleo fixo da fruta é usado externamente para tratar entorses, contusões, etc., e às vezes é usado como gotas de orelha para aliviar a dor (GRIEVE, 1984). O óleo essencial das folhas tem propriedades narcóticas, antibacterianas e fungicidas. O óleo essencial das folhas tem propriedades narcóticas, antibacterianas e fungicidas (DUKE. J. A., & AYENSU. E.S., 1985). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Asteraceae Nome científico: — Cynara scolymus L. Nome popular: — alcachofras Origem geográfica e habitat: — Ocorre no Mediterrâneo, de onde foi difundida para a Europa e América (FOURY, 1967) e habitat não informados na literatura. Descrição Botânica Herbácea perene, podendo atingir 1 m. de altura; caule estriado ou sulcado, folhas pinatifadas, carnosas, pubescentes, denteadas e muito grandes (50 cm de comprimento e 25 cm de largura) com espinhos. A superfície superior é marrom22

Foto: Henriette Kress, Kew Garden, London, 2005

Dados Taxonômicos


esverdeada e a inferior branco-acinzentado, densamente coberto por espinhos. Pecíolo longo, com 1 cm de espessura. As flores são azuis com grandes brácteas inermes ou sub-inermes; carnosa na base, verdes ou vermelhas, formando capítulos muito grandes (ALONSO, 2004; BRITISH PHARMACOPOEIA, 1996; PIO CORRÊA, 1984). Usos e aplicações Culinários: — Botões de flores - em crus ou cozidos (HEDRICK. U. P. 1972; CHIEJ. R. 1984; BRYAN. J. & CASTLE. C. 1976; SIMONS 1977; VILMORIN. A.; THOMPSON. B. 1978; FACCIOLA. S. 1990). O sabor é suave e agradável. As alcachofras de Gobe são consideradas ser um alimento gourmet, mas é muito fiddly comer. As gemas são colhidas pouco antes das flores se abrirem, então são geralmente fervidas antes de serem comidas. Apenas a base de cada bráctea é comida, mais o "coração" ou base que as pétalas crescem. Pequenas alcachofras são produzidas em caules laterais, podem ser decapadas ou usadas em sopas e guisados. As plantas produzem cerca de 5 a 6 cabeças principais por ano a partir do segundo ano. Haste de floração descascada e comida crua ou cozida. Um doce sabor de noz (FACCIOLA. S.1990). As hastes novas da folha - um substituto do aipo (HUXLEY. A.1992). Normalmente são descascados para remover a amargura e depois cozidos ou comidos crus (FACCIOLA.S., 1990). Encontramo-los muito amargos para serem agradáveis. Folhas cozido. Um sabor amargo (BRYAN. J. & CASTLE. C. 1976; USHER. G. 1974) . As flores secas são um substituto de coalho, usado para coalhar leites de plantas (GRIEVE, 1984 ; FACCIOLA. S., 1990). Partes comestíveis utilizadas Botões florais crus e cozidos, flores, hastes e folhas Medicinais: — A alcachofra tornou-se importante como uma erva medicinal nos últimos anos após a descoberta de cinarina. Este composto de sabor amargo, que é encontrado nas folhas, melhora a função do fígado e da vesícula biliar, estimula a secreção de sucos digestivos, especialmente a bile, e reduz os níveis de colesterol no sangue (BOWN. D. 1995; CHEVALLIER. A. 1996) As folhas são anticolesterolêmico, anti-reumático, colagogo, digestivo, diurético, hiperglicêmico e litotripic (CHIEJ. R. 1984; LUST. J. 1983; MILLS. S. Y.) Eles são utilizados internamente no tratamento de doenças crônicas do fígado e da vesícula biliar, icterícia, hepatite, arteriosclerose e os estágios iniciais da diabetes tardia (BOWN. D.1995; CHEVALLIER. A. 1996) . As folhas são colhidas melhor antes das flores da planta, e podem ser usadas frescas ou secas (BOWN. D. 1995). A Comissão Alemã E monografias, um guia terapêutico à medicina herbal, aprovar Cynara scolymus (Cynara cardunculus subesc. Flavescens) para queixas de fígado e vesícula biliar, perda de apetite (WHISTLER. W. ARTHUR. 2000). Formas de preparo e dosagem Chás (infusão ou decocção): 10 a 50 g de folhas em um litro de água, uma xícara após as refeições principais. Pode ser adicionado menta, ou outro corretor organoléptico (“saborizante”). Após o preparo, deve ser consumido de imediato, pois com o tempo podem surgir substâncias tóxicas; Folhas secas e trituradas: 5 a 10 g/dia em água morna; Extrato seco (5:1): 1 a 2 g/dia, dividido em 3 tomadas, preferencialmente após as refeições; Extrato fluido (1 g= 50 gotas) 6 a 15 g/dia, dividido em 3 tomadas, após as refeições; Tintura alcoólica a 30%: 35 gotas após as principais refeições (ALONSO, J.R. 1998; ESCOP MONOGRAPHS, 2003; RIBEIRO,P.G.F. & DINIZ, R.C. 2008).

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Dados Taxonômicos Família:— Lamiaceae Sinônimo: — Lavandula spica L., Lavandula officinalis Chaix, Lavandula vulgaris Lam. Nome popular: — alfazema, lavanda Origem geográfica e habitat: — Região mediterrânica. Castroviejo, S. (1986-2012). Habita em Inclinações gramíneas secas entre rochas (LAUNERT. E., 1981), em situações expostas, geralmente secas, de rochas quentes, muitas vezes em solos calcários (HUXLEY. A., 1992). b Descrição Botânica Herbácea de altura de 40-60 cm e forma aglomerada compacta e regular. A parte inferior do caule é lenhosa, enquanto a parte superior é verde. Lavanda tem folhas lineares ou lanceoladas com bordas enroladas e uma raiz fibrosa altamente ramificada sistema. As folhas de lavanda verde-preta são cobertas com tomento, que protege Sol forte, vento e perda de água excessiva. Flores de lavanda crescer em espigas, dispostas em círculos (3-5 flores por círculo) na parte superior da haste. Eles são de cor violeta pálida, embora, variedades com flores brancas (Alba e Nana Alba) e flores rosa (Rosea) também foram criados (GÓRA J., LIS A., 2005). Usos e aplicações Culinários:— Folhas, pétalas e pontas de inflorescência em bruto. Usada como condimento em saladas, sopas, guisados, etc (HEDRICK. U. P., 1972; BRYAN. J. & CASTLE. C., 1976; FACCIOLA, 1990). Eles fornecem um sabor muito aromático (CHIEJ. R., 1984) e são muito fortes para serem usados em qualquer quantidade. As flores frescas ou secas são usadas como um chá. As flores frescas também são cristalizadas ou adicionadas às compotas, sorvetes, vinagres, etc, como um aroma (BOWN. D., 1995). Um óleo essencial das flores é usado como um alimento flavoring (FACCIOLA, 1990). Partes comestíveis utilizadas Folhas, pétalas, flores frescas ou secas, óleo essencial Medicinais: — O óleo essencial é muito mais suave em sua ação do que a maioria dos outros óleos essenciais e pode ser aplicado com segurança direto para a pele como um antisséptico para ajudar a curar feridas, queimaduras etc (CHEVALLIER. A., 1996). Um óleo essencial obtido das flores é a anti-halitose, poderosamente antisséptico, antiespasmódico, aromático, carminativa, colagogo, diurético, nervino, sedativo, estimulante, estomacal e tônico (GRIEVE, 1984; CHIEJ. R., 1984; LAUNERT. E., 1981; LUST. J., 1983; MILLS. S. Y.; BOWN. D., 1995). Não é frequentemente usado internamente, embora seja um útil carminativa e nervina. É usado principalmente 24

Foto: Karan Rawlins.

Nome científico: — Lavandula angustifolia Mill.


externamente onde é um excelente restaurador e tônico - quando esfregado nos templos, por exemplo, pode curar uma dor de cabeça nervosa, e é uma adição deliciosa para a água do banho (GRIEVE, 1984). Suas poderosas propriedades antissépticas são capazes de matar muitas das bactérias comuns, como a febre tifoide, difteria, estreptococo e pneumococos, além de ser um poderoso antídoto para alguns venenos de serpentes (PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). É muito útil no tratamento de queimaduras, queimaduras solares, mordidas, corrimento vaginal, fissura anal etc, onde também acalma a parte afetada do corpo e pode prevenir a formação de tecido cicatricial permanente (GRIEVE, 1984; BOWN. D., 1995). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura. Dados Taxonômicos

Nome científico: — Foeniculum vulgare Mill. Sinônimo: — Anethum dulce DC., Anethum foeniculum L., Foeniculum divaricatum Griseb., Foeniculum officinale All. Nome popular: — erva doce, Anis Origem geográfica e habitat: — originária do mediterrâneo, norte da África, oeste da Á sia e sul da Europa, sendo também encontrada vegetando espontaneamente na região do Cáucaso e Criméia, é conhecida desde os romanos, Gregos e Egípcios e no Brasil foi introduzida pelos primeiros colonos (SANTANA, 1994). Encontrado mais frequentemente em solos calcários secos e pedregosos perto do mar (CHITTENDON, F., 1951; SIMONS, 1977; CHATTO. B., 1982). Descrição Botânica Erva, perene ou bienal, entouceirada aromática e apresenta porte baixo com 40-90cm de altura; com folhas inferiores alargadas podendo atingir até 30cm de comprimento e superiores mais estreitas, com pecíolo largo e folíolos reduzidos a filamentos. Possui a inflorescência em forma de umbela composta por 10-20 umbelas menores, com flores pequenas, hermafroditas e de cor amarelo-pálida. Os frutos são oblongos, compostos por dois aquênios com cerca de 4 mm de comprimento (LORENZI & MATOS, 2008), sendo considerados como fruto-semente (unidade de dispersão). Usos e aplicações Culinários: — Folhas em cruas ou cozidas (HEDRICK. U. P., 1972; GRIEVE, 1984; MABEY, R., 1974; LAUNERT. E., 1981; VILMORIN. A., 2010). Um delicioso sabor de anis, as folhas jovens são melhores, já que os mais velhos logo se tornam difíceis. São usados frequentemente como guarnição em pratos crus ou cozinhados e faz uma adição muito agradável às saladas (FACCIOLA, 1990). Elas ajudam a melhorar a digestão e por isso são particularmente úteis com alimentos oleosos 25

Foto: Henriette Kress, Helsínquia, Finlandia, 2007

Família:— Apiaceae


(PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). As folhas são difíceis de armazenar secas (HUXLEY. A., 1992), embora isso realmente não importa, pois muitas vezes podem ser colhidas durante todo o ano, especialmente se as plantas estiverem em uma posição quente e protegida. Hastes de folhas e cabeças de flores - em bruto ou cozidas (THOMPSON. B., 1978; HOLTOM, J., & HYLTON, W., 1979; LARKCOM. J., 1980; FACCIOLA, 1990). Um sabor de anis semelhante às folhas. As sementes aromáticas são utilizadas como aroma em bolos, pão, recheios, etc (HEDRICK. U. P., 1972; GRIEVE, 1984; MABEY. R., 1974; LUST. J.1983; HILLS. L., 1979; FACCIOLA, 1990). Eles têm um sabor semelhante às folhas e também melhorar a digestão (PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). As sementes germinadas podem ser adicionadas às saladas (FACCIOLA, 1990). Um óleo essencial da semente totalmente amadurecida e seca é usado como um aromatizante alimentar de maneira semelhante à semente inteira (CHITTENDON, F., 1951; UPHOF. J. C. TH., 1959), FACCIOLA, 1990; GENDERS. R., 1994). As folhas ou as sementes podem ser usadas para fazer um saboroso chá de ervas. As folhas ou as sementes podem ser usadas para fazer um saboroso chá de ervas. As folhas ou as sementes podem ser usadas para fazer um saboroso chá de ervas (SIMONS, 1977; FACCIOLA, 1990). Raiz cozidas (BRAY, L. DE 1978). Partes comestíveis utilizadas Folhas, Haste, Raiz, Semente Medicinais:— As sementes, as folhas e as raízes podem ser utilizadas, mas as sementes são mais ativas medicinalmente e é a parte normalmente utilizada (GRIEVE, 1984). Um óleo essencial é muitas vezes extraído a partir de sementes totalmente maduras e secas para uso medicinal, embora não deve ser dado a mulheres grávidas (GRIEVE,1984; BOWN. D., 1995). A planta é analgésica, anti-inflamatória, antiespasmódica, aromática, carminativa, diurética, emenagoga, expectorante, galactóforo, alucinógena, laxante, estimulante e estomacal (GRIEVE, 1984; CHIEJ.R., 1984; LAUNERT, E., 1981; LUST J., 1983; J.E. FOGARTY, 1977; MILLS. S. Y.1988; YEUNG. HIMCHE. 1985; EMBODEN, W.,1979; BOWN. D., 1995). Uma infusão é usada no tratamento da indigestão, distensão abdominal, dores de estômago etc. Ele ajuda no tratamento de cálculos renais e, quando combinado com um desinfetante urinário como Arctostaphylos uva-ursi, faz um tratamento eficaz para cistite. Ele também pode ser usado como um gargarejo para dor de garganta e para olhos doloridos e conjuntivite (CHEVALLIER. A.,1996). O funcho é frequentemente adicionado aos purgativos, a fim de aliviar a sua tendência a causar gripe, e também para melhorar o sabor (GRIEVE, 1984). Uma infusão da raiz é usada para tratar distúrbios urinários (BOWN D., 1995). Um óleo essencial obtido da semente é usado na aromaterapia. Sua palavra-chave é 'Normalizing' (WESTWOOD. C.,1993). O óleo essencial é bactericida, calmativa e estimulante (DUKE. J. A. & AYENSU. E.S.,1985).

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Dados Taxonômicos Família:— Apiaceae Sinônimo: — Anisum odoratum Raf., Anisum officinale DC., Anisum officinarum Moench, Anisum vulgare Gaertn. Nome popular: — erva doce Origem geográfica e habitat: — regiões mediterrâneas orientais e do sudoeste asiático e do sudoeste asiático (MORGAN, R., 1994) Descrição Botânica Atinge uma altura máxima de 30-70 cm de altura com folhas ternadas pinadas Muito flores pequenas e brancas nascem em umbelas compostos que distribuídos em 7 a 15 raios. As folhas da planta de anis na parte basal são simples, 1,3-5,1 cm de comprimento e superficialmente lobadas, enquanto as folhas topo nas hastes são pinadas penas divididas em numerosas folhas (CHEVALLIER, 1996). O fruto de anis é piriforme ou ovoide lateralmente comprimido que 3-5 mm de comprimento e 2-3 mm de largura. A cor dos frutos de anis é verde-acinzentado a acinzentado-marrom com um cheiro doce. Cada fruta contém dois carpelos ambos contendo um anis. A semente é pequena e curvada, cerca de 0,5 mm cinza-acastanhado. O pericarpo é amplamente ovoide, cinco estrias com tricomas curtos e vários Vittae (ROSS, 2001). O óleo essencial está localizado nos ductos de óleo de anis frutos e brotos (FIGUEIREDO et al. 2008). Usos e aplicações Culinários: — Folhas jovens primas ou cozidas (HEDRICK. U. P.,1972; LARKCOM. J., 1980). As folhas têm um sabor de anis doce, são muito refrescantes para mastigar e também são agradáveis como um sabor em saladas, pudins, sopas, guisados, etc (BIRD. R., 1989). Ao adicionar aos pratos cozinhados, adicione somente as folhas para os últimos minutos do cozimento ou o sabor será perdido. A semente aromática é consumida crua ou usada como aroma em alimentos crus ou cozidos, como sopas, tortas, pão e bolos (HEDRICK. U. P.,1972; HOLTOM. J. AND HYLTON. W.,1979; RIOTTE. L. 1978; LUST. J. 1983; VILMORIN. A., 1981; THOMPSON. B. 1878; PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). Um sabor distintivo doce de alcaçuz (BIRD. R.1989), seu uso melhora a capacidade do corpo para digerir alimentos. A semente é colhida cortando toda a planta quando a semente está madura. As plantas são então mantidas em um ambiente quente, Seco durante uma semana e depois trilhado para remover as sementes. Armazenar as sementes no escuro em um frasco hermético (PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). Um óleo essencial da semente é usado como um alimento aromatizante em doces (especialmente bolas de anis) sorvete, goma de mascar, picles etc (SCHERY. R. W. 1972; BIRD. R., 1989; BOWN. D. 1995). Também é frequentemente usado para aromatizar bebidas alcoólicas como pernod, ouzo e anisette (BOWN. D., 1995; PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). As folhas e as sementes podem ser preparadas em um chá de alcaçuz doce (BIRD. R.,1989).

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Foto: Arnold, W., 2017

Nome científico: — Pimpinella anisum L.


Partes comestíveis utilizadas Folhas, Semente Medicinais: — É um tónico particularmente útil para todo o sistema digestivo e seus efeitos antiespasmódicos e expectorantes tornam-no de valor no tratamento de vários problemas respiratórios. A semente é a parte utilizada, geralmente na forma de um óleo essencial extraído. O óleo essencial compreende 70 a 90% de anetol, que tem um efeito estrogênico observado, enquanto a semente também é ligeiramente estrogênica. Este efeito pode substanciar o uso da erva como estimulante da pulsão sexual e da produção de leite materno (CHEVALLIER. A.,1996). O óleo essencial não deve ser utilizado internamente a menos que sob supervisão profissional, enquanto as sementes são melhores não utilizados medicinalmente por mulheres grávidas, embora quantidades culinárias normais são bastante seguros. A semente é anti-séptico, antiespasmódica, aromática, carminativa, digestiva, expectorante, peitoral, estimulante, estomacal e tônica (GRIEVE, 1984; LAUNERT. E.1981; HOLTOM. J. & HYLTON. W. 1979; RIOTTE. L.1978; LUST., J. 1983; UPHOF. J. C. TH.,1959; MILLS. S. Y.,1988; ALLARDICE.P., 1993). É de grande valia quando tomado internamente no tratamento de asma, coqueluche, tosse e afecções peitorais, bem como distúrbios digestivos como vento, inchaço, cólica, náuseas e indigestão (CHEVALLIER. A.1996). Externamente é utilizado para tratar infestações de piolhos, escabiose e como esfregaço de tórax em casos de distúrbios brônquicos (LUST. J. 1983). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Dados Taxonômicos Família:— Apiaceae Sinônimo: —Eryngium antihystericum Rottler, Eryngium molleri Gand. Nome popular: — chicória, chicória-do-caboclo, coentro-bravo Origem geográfica e habitat: — encontrada desde o México e América Central até América do Sul meridional; pode também ser encontrada na Europa e Ásia como cultivada ou subespontânea. No Brasil ocorre de Norte a Sul. Habita em matas úmidas, lugares sinantrópicos e campos cultivados (CORRÊA, I.P. & PIRANI, J.R. 2005). Descrição Botânica Ervas ereta, até 35 cm, aculeada, com forte odor desagradável. Folhas basais não dísticas; lâmina 520×1,5-2 cm, membranácea, oblanceolada, paralelódroma na região mediana, evidentemente reticulada em direção às margens e ao ápice, ápice obtuso, margem aculeado-serreada, estreitando-se 28

Foto: Nuytsia@Tas

Nome científico: — Eryngium foetidum L.


próximo à bainha larga; folhas caulinas 9× 1,8cm, opostas, sésseis, margem, ápice, forma e venação como nas basais. Capítulo cilíndrico, até 1cm; eixo complanado, multi-sulcado, fistuloso, glabro, até 35cm, rígido, ereto, 3-furcado; brácteas involucrais 5-6, foliáceas, bem desenvolvidas, até 3cm, oboval-lanceoladas, ápice apiculado, margem aculeado-serreada, acúleos pungentes, nervura central proeminente e outras reticuladas, glabras; bractéolas lanceoladas, ápice apiculado, pungente, margem inteira. Flores esverdeadas, alvo-esverdeadas ou brancas; sépalas lanceoladas, cimbiformes, ápice agudo, margem inteira, glabras; pétalas obovais, ápice inflexo, margem inteira. Fruto 1-1,5mm diâm., orbicular, globoso; escamas dorsais e laterais vesiculosas (CORRÊA, I.P. & PIRANI, J.R. 2005). Usos e aplicações Culinários : — É usada em diversos pratos amazônicos, mas é essencial no tacacá e tucupi caldo de mandioca usada na culinária amazônica. As raízes podem ser usadas como tempero de sopas, carnes e peixes. (KINUPP & LORENZI, 2014). Na culinária, é utilizada de forma semelhante ao coentro. É um tempero essencial em alguns pratos, sobretudo, naqueles a base de peixes, carnes, saladas, feijão, mas pode ser utilizada também como ingrediente principal em bolinhos (KUERBAL; TUCKER, 1988; VILLACHICA, 1996). O seu emprego na culinária regional verifica-se especialmente como tempero de pratos à base de peixes, pato no tucupi e tacacá, (BRASIL, 2010). Essa espécie é muito utilizada como hortaliça condimentar, forma o popular cheiro verde. É uma cultura oleícola promissora, suas folhas e caules são usados como especiarias, condimentos e ervas culinária. É popular entre os consumidores nativos e, recentemente, quantidades notáveis estão sendo exportados para o Reino Unido e os mercados do Oriente Médio. É consumida como erva condimentar e medicinal, sendo sua utilização conhecida em vários países como Vietnã e Índia, além de países da região Amazônica e da América Central (CARDOSO, 1997). Partes comestíveis utilizadas Folhas inteiras e Raízes Medicinais: — Eryngium foetidum, é uma planta medicinal tradicional, relatada por possuir muitas atividades terapêuticas. A partir de texto antigo e literatura, anticlastrogenico (PROMKUM et al., 2012), anti-helmíntico (BENCAO, 1999), antioxidante (NEBIJA et al., 2009), antimaláricos, etc. Tem sido usado para tratar a febre, vômitos, diarreia, hipertensão, dor artrítica e Convulsões (SAENZ et al., 1997). “Na medicina tradicional, a chicória vem sendo utilizada como diurético, antídoto venenoso, febrífugo, emenagoga, antiespasmódico e afrodisíaco”. (SILVA FILHO et al. IN NODA, 1997). “O sumo das folhas é utilizado contra dores de cabeça através de uso tópico e o chá da raiz é empregado em estados gripais de criança e quando preparado em grande concentração é utilizado para expulsar restos de placenta em partos difíceis”. (DI STASI et al., J 989). Apresenta propriedades, calmante, antiespasmódica, emenagoga, febrífuga, afrodisíaca e antihidropica, Usa-se ainda na arte culinária como tempero para sopas e diversos outros pratos. (PIO CORRÊA, 1984). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Família:— Crassulaceae Nome científico: — Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers. Nome popular: — corama, folha-da-fortuna, coirama Sinônimo: — Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken, Bryophyllum calycinum Salisb., Catyledon pinnata Lam. Origem geográfica e habitat: — África tropical e Madagáscar (STEVENS et al ., 2001). Habitam em estradas, rochas, locais rochosos abertas. Descrição Botânica Planta perene suculenta que cresce 1-1,5 m de altura e a haste oca, quatro angular, normalmente ramificada. As folhas são opostas e descontinua suculenta, 10-20 cm long. As folhas inferiores são simples, enquanto que as superiores são 3-7 foliadas e são longas. Eles são verdes escuras carnudas que são escalopes distintamente e aparado em vermelho. Lâmina da folha composto pinada com 3-5 folíolos, 10-30 cm; Peciólulos 2-4 cm; Folíolos oblongos para elípticas, 6-8 × 3-5 cm, margem crenada com cada entalhe tendo um botão dormente competente para se desenvolver em um ápice de plântula saudável obtusa (JAISWAL, S. & S. SAWHNEY., 2006). Usos e aplicações b Culinários: — Para fins alimentícios, neste suco pode acrescentar suco do limão e açúcar a gosto ou fazer com leite, que certamente terá ação nutracêtica. As folhas podem ser finamente fatiadas e utilizadas em saladas. Combina bem com pimenta, especialmente pimenta-jiquitaia, comum na Amazônia e que está espalhada pelo Brasil com alta gastronomia (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Ramos foliares, Folhas destacadas Medicinais: — Ação antimicrobiana, antiúlcera, analgésica, anti-hiperglicêmica, cardiovascular e anti-inflamatória. É tem principal atividade protetora do fígado. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos


Família:— Lamiaceae Nome científico: — Salvia hispanica L. Sinônimo: — Kiosmina hispanica (L.) Raf., Salvia chia Colla, Salvia prysmatica Cav., Salvia schiedeana Stapf, Salvia tetragona Moench Nome popular: — chia Origem geográfica e habitat: — Ocorre no sul do México e do norte da Guatemala (CHICCO et al., 2009). Habita em áreas montanhosas (OROZCO; ROMERO, 2003). Descrição Botânica

Disponível em: NParks Flora & Fauna Web

Dados Taxonômicos

Planta herbácea podendo crescer de um a cinco metros de altura, com folhas que variam de oito a dez centímetros de comprimento e quatro a seis centímetros de largura, com coloração verde intensa; suas flores possuem tom azul-violeta ou branco (TOLENTINO et al., 2014). A semente da chia é pequena e tem forma oval, com coloração que varia do café escuro ao bege, entretanto algumas sementes apresentam aspecto cinza ou branco (MUÑOZ et al. 2012). Usos e aplicações Culinários: — Quando embebidas em água, as sementes formam uma massa gelatinosa que é aromatizada com sucos de frutas e consumida como uma bebida refrigerante (BIRD. R.1989; HUXLEY. A., 1992). As sementes gelificadas também podem ser preparadas como um mingau ou pudim. As sementes brotadas são comidas em saladas, sanduíches, sopas, guisados, etc. Devido à sua propriedade mucilaginosa, são frequentemente germinados em argila ou outros materiais porosos. A semente pode ser moída em uma refeição e transformada em pão, biscoitos, bolos etc, geralmente em uma mistura com farinhas de cereais (BIRD. R.,1989). A semente é uma boa fonte de proteína e gorduras facilmente digeridas (DIGGS, JNR. G.M. et al. 1999). A chia é ideal para o enriquecimento de certo número de produtos como alimentos para bebês, alimentos assados, barras de cereais, iogurtes e molhos (JUSTO et al. 2007). Partes comestíveis utilizadas Semente Medicinais: — O consumo da chia tem sido associado a benefícios no combate aos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis de grande importância para a saúde pública, como obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 (OLIVOS-LUGO; VALDIVIA-LÓPEZ; TECANTE, 2010). Diversos estudos evidenciam os efeitos benéficos da chia, porém ela não pode ser considerada um fitoterápico no tratamento isolado de qualquer doença ou com finalidade de perda de peso, devendo ser utilizada como complemento dietético e suplementação (LEMOS JÚNIOR; LEMOS, 2012). Estudos apontam que o gel presente na chia cria uma barreira física que divide as enzimas 31


digestivas dos carboidratos, fazendo uma lenta conversão de carboidratos em açúcar, retardando, assim, a digestão e mantendo os níveis de açúcar no sangue, o que pode auxiliar na prevenção e no controle de diabetes (TOSCO, 2004). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Amaranthaceae Nome científico: — Celosia argentea L. Nome popular: — celosia, crista-de-galo, cristaplumosa, espinafre-africano Sinônimo: — Celosia swinhoei Hemsley, Celosia pyamidalis Burm., Celosia margaritaceae L., Amaranthus purpureus Nieuwl. Origem geográfica e habitat: — Locais úmidos abertos às elevações de 1600 medidores em Nepal (MANANDHAR, NP. 2002). Descrição Botânica Ervas anuais, 30-100 cm de altura. Caule ereto, verde ou vermelho, glabros, ramificado frequentemente. Folhas verdes, muitas vezes tingidas de vermelho; Pecíolo ausente a 1,5 cm; Folha oblongo-lanceolada, lanceolada ou lanceolada-linear, raramente ovada-oblonga, 5-8 × 1-3 cm, base atenuada, ápice acuminada ou aguda. Picos estreitamente cilíndricos ou com um ápice cónico, 3-10 cm, não ramificados. Flores densas. Brácteas e bractéolas brancas, brilhantes, lanceoladas, 3 ± 4 mm, com nervura média, ápice acuminado. Tépalas branca, com uma ponta rosa ou quase rosa, depois branca, oblongo-lanceolada, 6 ± 10 mm, com nervura média, ápice acuminado. Filamentos 5 ± 6 mm, parte livre 2,5 ± 3 mm; Anteras roxas. O ovário pouco perseguido; Estilo roxo, 3 ± 5 mm. Utrículos ovoides, 3 ± 3,5 mm, envoltos em perianto persistente. Sementes comprimidasreniformes, ca. 1,5 mm em diam (BOJIAN, B. et al. 2003). Usos e aplicações Culinários: — Folhas e brotos jovens cozidos (KUNKEL. G.1984; STUART. REV. G. A.1911; REID. B. E., 1977). Um vegetal importante e nutritivo (UPHOF. J. C. TH., 1959; MANANDHAR. N. P.2002). Usado em sopas e guisados (TINDALL. H. D.1983; ECOCROP, 2017). As folhas mantêm uma agradável cor verde quando cozidas elas se suavizam prontamente e não devem ser cozidas demais (MARTIN. F. W. et al., 1998). A textura é macia e o sabor é muito suave e espinafre, sem nenhum sinal de amargura. Um óleo comestível pode ser obtido a partir da semente. As inflorescências bem jovenzinhas (em botões) das variedades ornamentais podem ser consumidas cozidas (FACCIOLA, 1998). Experimentalmente, as sementes foram cozidas com arroz e ficaram 32

Foto: Jairo Silas, 2012

Dados Taxonômicos


muito parecidos com semente de canola ou outros (pseudo) cereais dos arrozes sete grãos existentes no mercado e também moídos para farinha (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Semente, folhas e brotos jovens, inflorescências (botões) Medicinais: — As flores e as sementes são astringentes, hemostáticas, oftálmicas, parasiticidas e cataplasmas (J. E. FOGARTY 1977; YEUNG. HIMCHE 1985; STUART. REV.G.A.1911). São utilizados no tratamento de fezes sanguinolentas, sangramento hemorroida, sangramento uterino, leucorréia, disenteria e diarreia. Como um parasiticida é muito eficaz contra Trichomonas, um extrato de 20% pode fazer com que o Trichomonas desapareça em 15 minutos (YEUNG. HIMCHE1985). A semente é hipotensiva e oftálmica. Ele também tem uma ação antibacteriana, inibindo o crescimento de Pseudomonas. É utilizado no tratamento de diarreia, olhos vermelhos, visão turva, catarata e hipertensão, mas não deve ser utilizado por pessoas com glaucoma porque dilata as pupilas (YEUNG. HIMCHE1985; PROTABASE 2017). As sementes são amplamente utilizadas na Índia para o tratamento do diabetes mellitus. Um extrato líquido das folhas e flores é usado como lavagem corporal para convalescentes. As folhas são utilizadas no tratamento de feridas infectadas, feridas e erupções cutâneas. A planta inteira é usada como um antídoto para picadas de cobra. As raízes são utilizadas no tratamento de cólicas, gonorreia e eczema (PROTABASE, 2017). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Schisandraceae Nome científico: —Illicium verum Hook.f. Sinônimo: — Illicium san-ki Perr. Nome popular: — anis estrelado Origem geográfica e habitat: — Floresta clara e arvoredos (HUXLEY. A.1992). Florestas em elevações de 200-1600 metros em S e W da Província de Guangxi, China (WU ZHENGYI et al., 1994). Descrição Botânica Árvore de tamanho médio, 8-15 (-20) m de altura e acima de 30 cm DAP com um tronco arredondado reto e verde, Ramos glabra. A casca é branca a cinza brilhante. Folhas de 6-12 cm de comprimento, alternadas, simples, coriáceas, muitas vezes agrupadas 3-4 juntas no final dos ramos Flores grandes, bissexuais, 1-1,5 cm de diâmetro, branco-rosa a vermelho ou amarelo esverdeado, axilar e solitário. Cápsula de fruta semelhante a fruta, agregada composta de 6-8 ou raramente até 12-13 em forma de barco, folículos bastante lenhosas com um bico reto. Cada folículo contém uma semente de sementes brilhantes marrons ou avermelhado com alto teor de óleo e cheiro de anis (ORWA et al., 2009). 33

Foto: Daredot, Palmengarten, Frankfurt am Main,

Dados Taxonômicos


Usos e aplicações Culinários: — O fruto é usado como um condimento em caril, chás e picles (HEDRICK. U. P., 1972; BIANCHINI. F. et al., 1988; KUNKEL. G., 1984; BOWN. D., 1995). É um ingrediente do "pó de cinco especiarias", usado na cozinha chinesa e vietnamita. O óleo essencial é utilizado para aromatizar licores, refrigerantes e produtos de panificação (BOWN. D., 1995). O fruto também é mastigado após as refeições, a fim de adoçar a respiração (GRIEVE, 1984). Cuidado é aconselhado porque é dito ser venenoso em quantidade (STARY. F., 1983; KUNKEL. G., 1984). Partes comestíveis utilizadas Frutos Medicinais: — O fruto é antibacteriano, carminativa, diurético, odontálgico, estimulante e estomacal (GRIEVE1984; LUST. J.1983; USHER. G.1974; YEUNG. HIMCHE.1985; CHOPRA. R. N. et al. 1986). É tomado internamente no tratamento de dor abdominal, distúrbios digestivos e queixas como lumbago (YEUNG. HIMCHE.1985; BOWN. D.1995). É frequentemente incluído nos remédios para distúrbios digestivos e misturas de tosse, em parte, pelo menos, pelo sabor agradável de anis (BOWN. D.1995). Um remédio eficaz para vários distúrbios digestivos, incluindo cólicas, Ele pode ser dado com segurança às crianças (CHEVALLIER. A., 1996). O fruto também é muitas vezes mastigado em pequenas quantidades após as refeições, a fim de promover a digestão e para adoçar a respiração (GIEVE, 1984; BOWN. D., 1995). O fruto tem um efeito antibacteriano similar à penicilina (YEUNG. HIMCHE., 1985). A fruta é colhida unripe quando usado para mastigar, os frutos maduros sendo usados para extrair óleo essencial e são secos para uso em descortinos e pós. Um remédio homeopático é preparado a partir da semente (GIEVE, 1984). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Amaryllidaceae Nome científico: — Allium fistulosum L. Sinônimo: — Allium bouddae Debeaux, Allium kashgaricum Prokh., Cepa fistulosa (L.) Gray, Cepa ventricosa Moench, Kepa fistulosa (L.) Raf., Porrum fistulosum (L.) Schur Nome popular: — cebolinha Origem geográfica e habitat: — Ocorre provavelmente originado no noroeste da China, mas a principal área de cultivo permanece a Ásia Oriental da Sibéria à Indonésia (OYEN, LPA & MESSIAEN, C.M., 2004). Adaptado a uma gama de climas extraordinariamente ampla, tolerantes ao estresse por umidade e a seca raramente os mata e cresce em solo argiloso bem drenado, rico em matéria orgânica é preferido (OYEN, LPA & MESSIAEN, C.-M., 2004).

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Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos


Descrição Botânica Planta perene, apresentando folhas cilíndricas e fistulosas, com 0,30 a 0,50 m de altura, com coloração verde-escura tendendo para a cor verde-mar, produz pequeno bulbo cônico, envolvido por uma película rósea, com perfilhamento e apresenta formação de touceira (MAKISHIMA, 1993). Usos e aplicações Culinários: — De acordo com Hedrick. U.P. (1972), pode se utilizar o bulbo cru ou cozido. Um sabor de cebola forte, ele pode ser usado em saladas, como um vegetal cozido ou como um aroma em alimentos cozidos (SHOLTO-DOUGLAS.J.1978). Folhas cruas ou cozidas . Eles têm um sabor de cebola suave (BIRD. R.1989) e podem ser adicionados a saladas ou cozidos como um vegetal (BROOKLYN BOTANIC GARDEN 1986). As folhas são muitas vezes disponíveis durante todo o inverno, se o tempo não é muito grave. Eles contêm cerca de 1,4% de proteína, 0,3% de gordura, 4,6% de carboidratos, 0,8% de cinzas, alguns vitamina B1 e níveis moderados de vitamina C (REID. B. E.1977). Flores cruas. Um sabor de cebola agradável, mas eles são bastante no lado seco. Partes comestíveis utilizadas Flores, Folhas e Raiz Medicinais: — O bulbo contém um óleo essencial que é rica em compostos de enxofre (BOWN. D., 1995). É antibacteriana, antisséptico, sudorífico, diurético, galactogogue, estomacal, vermífugo e vulnerário (YEUNG. HIMCHE., 1985; DUKE. J. A. & AYENSU. E. S., 1985). É utilizado no tratamento de resfriados e fadiga abdominal e plenitude. Um chá feito das raízes é um sedativo das crianças. O uso do bulbo na dieta impede parasitas internos (DUKE. J. A. & AYENSU. E. S.,1985). Externamente, o bulbo pode ser transformado em cataplasma para drenar o pus de feridas, furúnculos e abscessos (CHEVALLIER. A., 1996). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Dados Taxonômicos

Sinônimo: — Mauritia vinifera Mart., Mauritia minor Burret, Mauritia flexuosa var. venezuelana Steyerm., Mauritia sphaerocarpa Burret Origem geográfica e habitat: — habita os terrenos baixos alagáveis (igapós), margens de rios e igarapés, quase sempre socialmente, formando os característicos miritizais ou buritizais (CAVALCANTE, 1974). Descrição Botânica Planta dióica, armada com pequenos acúleos nos folíolos. O estipe é solitário, robusto e ereto podendo atingir 30 m de altura. As folhas podem atingir 7m de comprimento e são costopalmadas. O pecíolo tem até 3 m de comprimento. Apresenta numerosas brácteas pedunculares tubulares com até 12 cm de comprimento envolvendo todo o pedúnculo. A inflorescência é interfoliar, ramificada em primeira ordem (27–35 ramificações), com 2,5–4 m de comprimento conforme figura 7. O pedúnculo tem cerca de 30 cm de comprimento. O número de ráquilas estaminadas varia entre 47-56; as flores estaminadas são amarelas ou alaranjadas, naviculares a fusiformes, assimétricas e sésseis medindo 0,8 – 1,2 cm de comprimento e 0,4 – 0,6 cm de largura; as sépalas são unidas formando um tubo com três lóbulos no ápice; apresenta 3 pétalas lanceoladas; possui 6 estames unidos na base, três longos e três curtos; os filetes são espessos e curtos; as anteras são alongadas, basifixas com deiscência lateral; pistilódio é diminuto ou ausente. O número de ráquilas pistiladas varia entre 45 – 47, sustentando 3 – 8 flores pistiladas, solitária e aos pares; as flores pistiladas são creme amareladas, naviculares, assimétricas, sésseis; as sépalas são unidas formando um tubo com três lóbulos apicais distintos; as pétalas são unidas na base, lanceoladas, margem inteira, ápice acuminado e espesso; apresenta 3 estigmas. (MARTINS; FILGUEIRAS, 2006; LEAL, 2005). Usos e aplicações Culinários: —De acordo com Ferreira (2015) do fruto do buriti se extrai o óleo de miriti, comestível e empregado na fritura de alimentos. A sua polpa é bastante apreciada e após a fermentação fornece o vinho de buriti, consumido com açúcar e farinha de mandioca. Também é empregada no preparo de doces, sorvetes, picolés, refrescos, etc. Da polpa também se extrai um óleo com características organolépticas de sabor e aroma agradáveis, qualificados por um potencial de pró-vitamina A, que pode ter inúmeras aplicações na indústria de produtos alimentícios como corante natural de margarinas, queijos e algumas massas alimentícias. Pode-se ainda obter açúcar amarelo-claro do estipe (CAVALCANTE, 2010). Da medula do tronco pode-se obter uma farinha comestível idêntica ao sagu e, ainda, um líquido potável (CAVALCANTE, 1974).

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Foto: Silva, K.C. 2017

Família:— Arecaceae Nome científico: — Mauritia flexuosa L.f. Nome popular: — buriti, caraná, caraná-do-mato, buritirana, miritirana, miriti, buriti-do-brejo


Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, polpa, óleo, estipe (caule), medula do caule (parte interna) Medicinais: — De acordo com Batista et al. 2012, O óleo do fruto de M. flexuosa mostrou-se eficiente no processo cicatricial de feridas cutâneas em ratos Wistar, uma vez que promoveu um maior percentual de contração dos bordos da ferida e foi estatisticamente significante na contagem de fibroblastos e fibras colágenas no grupo tratado com óleo de buriti em relação ao grupo controle, além de atividade antibacteriana in vitro tanto em bactérias gram positivas como em gram negativas. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Myrtaceae Nome científico: — Eugenia stipitata McVaugh Nome popular: — araça-boi, arazá, guayaba brasileira Origem geográfica e habitat: — América do sul (Brasil, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia) adaptada ao clima tropical úmido. Cresce facilmente em qualquer tipo de solo de terra firme (CAVALCANTE, 1974). Descrição Botânica Árvore frondosa ornamental, de 3 a 15 m de altura, de hábito densamente ramificado, sem dominância apical; Caule com castanho a castanho avermelhado; Descasque da casca; Ramos jovem cobertos com tricomas curtos, aveludados, castanhos que se perdem com a idade. Folhas opostas, simples, sem estipula; Pecíolo curto, 3 mm de comprimento; Lâmina ovalada a algo amplamente elíptica, 8-19 cm de comprimento, 3,5-9,5 de largura; Ápice acuminado; Base arredondada e muitas vezes subcordada; Margens inteiras; Folhas opacas, verde escuro acima, com 6-10 pares de veias laterais impressas; Pálido verde, logo pilosa, com cabelos espalhados abaixo. Inflorescência racemos pedicelos longo; Bractéolas lineares, 1-2 mm de comprimento; Lóbulos do cálice arredondados, mais largos do que longos, sobrepostos no botão; Pétalas 5, branco, obovado, 7-10 mm de comprimento, 4 mm de largura, ciliado; Estames com cerca de 70, 6 mm de comprimento; Ovário (3 min.) 4 locular, cada lóculo com 5-8 óvulos; Estilo 5-8 mm de comprimento. Fruto de uma baga oblata ou esférica, 2-10 x 2-12 cm, pesando 50-750 g, verde claro no início, virando pálido ou amarelo alaranjado quando maduro macio, com uma pele fina, aveludada encerrando uma polpa suculenta, grossa. Existem aproximadamente 12 sementes em cada fruta (ORWA et al.2009). Usos e aplicações Culinários: —Segundo Cavalcante (1974) o araçá-boi possui bons requisitos para ser aproveitado industrialmente, na fabricação de sorvetes, refrescos, sucos concentrados,, etc. Considera-se como 37

Foto: Silva, K.C. 2017

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um dos principais requisitos o volume do fruto, com percentagem elevada de polpa aproveitável, de sabor agradável. E também podem ser utilizadas no preparo de iogurte, geleias, doce de corte, mousse e frisante, podendo ser transformada em purê salgado (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, frutos sem sementes (polpa) Medicinais: — A utilidade do araçazeiro é extremamente dinâmica, suas folhas e ramos novos são matéria prima de corantes, suas raízes possuem propriedades diuréticas são consideradas antidiabéticas (porém ainda não foi comprovada tal aptidão), sua casca é utilizada em curtumes. Porém grande parte de sua fama se dá pelo fruto que possui uma alta quantidade de polpa. Possui grande potencial nutritivo contendo vitaminas A, B e C e altas taxas de carboidratos e proteínas, sendo considerado uma novidade no mercado nacional e internacional apesar de a muito já ser conhecido e utilizado pelas comunidades do Norte do Brasil (NASCENTE, A. S., 2010). Formas de preparo e dosagem Não informada literatura.

Família:— Myrtaceae Nome científico: — Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh Nome popular: — camu-camu, caçari, araça-d’água, araça, araça-da-várzea Origem geográfica e habitat: — Sua área de distribuição estende-se da região central do Pará até a Amazônia Peruana (ZANATA, 2004), e além de Brasil e Perú existem populações naturais também em Colômbia e Venezuela (PINEDO, et al., 2001), sendo normalmente encontrada em áreas de inundações como às margens dos rios, lagos, região de várzea e igapó (SILVA, 2001), com reconhecida participação na ecologia das áreas de várzea, embora possa adaptar-se à terra firme (YUYAMA, 2011; LIMA et al., 2012). Descrição Botânica Arbusto lenhoso que alcança até 7 metros de altura. Folhas cartáceas, glabras, de 4-7 cm de comprimento, com pecíolo de 3-6 mm. Flores andrógenas e perfumadas. O fruto é do tipo bagáceo, globoso, superfície lisa e brilhante, de coloração variando de vermelho escuro a negra púrpura (Figura 1 b), com mesocarpo carnoso (gelatinoso) e esbranquiçado, de sabor cítrico. A semente varia de 1 a 4 por fruto, reniforme, plana, com fibrilas na superfície (SANTANA, 2002; SUGUINO, 2002; YUYAMA et al., 2002; LORENZI et al., 2006; YUYAMA, 2011).

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Foto: D. Sasaki, RBG, Kew

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Usos e aplicações Culinários: —Os resultados obtidos por Yuyama et al. (2002) comprovaram que o potencial econômico do camu-camu está no seu fruto, também chamado araçá d´água ou caçari, e é considerado notável por sua riqueza em vitamina C devido a sua alta concentração em ácido ascórbico (AA), cujos teores chegam a valores surpreendentes, mais de 6000 mg/100g da polpa fresca, com a fruta nativa do Estado de Roraima. Os frutos apresentam alto potencial para a indústria alimentícia e farmacológica, pois possuem propriedades conservantes como antioxidantes, sucos e pastilhas de vitamina C (SAUDÁVEL, 2001). Sua polpa processada é aproveitada nos Estados Unidos, França e Japão, sendo considerado um produto de exportação devido a grande demanda existente nesses países (CHAGAS et al., 2012). De acordo com Kinupp & Lorenzi, os frutos podem ser consumidos na forma de sucos com leite e água, sovertes, geleias e molhos agridoce (róseo) para massas em geral. Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros Medicinais: — A ingestão de suco de camu-camu por parte de fumantes proporcionou proteção antioxidante maior que o da vitamina C pura conforme observado no trabalho de Inoue et al. (2008). Os autores aventam a possibilidade de esse fruto prevenir a arteriosclerose, o que o caracterizaria como nutracéuticos. Akachi et al. (2010) isolaram do suco do camu-camu composto hepatoprotetor, o 1-metilmalato, e sugerem que o mesmo talvez contribua na prevenção de hepatite viral. O suco é ainda fonte de antocianinas, pigmentos fenólicos de reconhecida atividade antioxidante e antiinflamatória (REYNERTSON et al., 2008) e de carotenoides, pigmentos antioxidantes naturais (ZANATTA; MERCADANTE, 2007). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura. Dados Taxonômicos

Sinônimo: — Bubroma grandiflorum Willd. ex Spreng., Theobroma macranthum Bernoulli, Guazuma grandiflora (Willd. ex Spreng.) G.Don Nome popular: — cupuaçu, cupu, cupuaçuverdadeiro, cacao blanco Origem geográfica e habitat: — Ocorre no Brasil, habita a Amazônia Ocidental em floresta tropical úmida de terra alta, não inundável. b Descrição Botânica Árvore de altura entre 4 e 10 m, podendo apresentar indivíduos silvestres com até 15 m de altura em ambientes de mata alta (CALZAVARA, 1970). As folhas são simples, alternadas e com pecíolo curto, 39

Foto: Plantação da EMBRAPA, Manaus, Am, 1996

Família:— Malvaceae Nome científico: — Theobroma grandiflorum (Willd. ex Sreng.) K.Schum.


mais ou menos brilhosa na face superior e ferruginosa na face inferior. As flores apresentam coloração branca ou vermelha, com tonalidade clara a escura, sendo as maiores do gênero e crescendo normalmente nos ramos (ALVES, 2002). O fruto é uma baga, com formatos variáveis, extremidades obtusa ou arredondada, com casca dura, levando cerca de 240 dias para seu desenvolvimento. O ponto de maturação pode ser identificado pelo aroma característico do fruto, que se tern mais pronunciado nesse período (VILACHICCA, 1999). Apresentam em média 36 sementes por fruto, de formato ovóide-elipsóide, estando envolvidas por uma polpa abundante brancoamarelada de sabor ácido. Usos e aplicações Culinários: —As sementes não são amargas e podem ser trituradas junto com a polpa para todas as receitas, exceto sucos (KINUPP & LORENZI, 2014). Em São Paulo uma fábrica de chocolate emprega a semente do cupuaçu, para utilizar a manteiga que extrai da mesma, em substituição, em parte, à manteiga-de-cacau. No interior do estado do Pará encontra-se, ainda, em famílias tradicionais o uso da semente de cupuaçu no preparo de chocolates, que apresentam cor, sabor e perfume idênticos ao do chocolate de cacau (PESCE, C. 2009). Das sementes (amêndoas) pode-se obter um produto semelhante ao chocolate, denominado “cupulate” por Nazaré et al. (1990). A polpa é ácida e apresenta coloração amarelo creme a branca. O sabor e o aroma dessa fruta permanecem nos produtos processados, reconhecidos e aprovados mundialmente, nas formas de néctar, refrescos, sorvetes, laticínios, bombons, geleias, doces, pavês, mousses, etc. (SOUZA, A. das G. C. de et al. 2008). Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, polpa e sementes Medicinais: — Na literatura é mencionada que a espécie possui potencial medicinal mais não especificas quais são. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Arecaceae Nome científico: — Euterpe oleraceae Mart. Sinônimo: — Euterpe badiocarpa Barb.Rodr., Euterpe beardii L.H.Bailey, Euterpe cuatrecasana Dugand Nome popular: — açaí, uaçaí, açaí-do-pará, palmitoaçaí, açaizeiro, palmiteiro, açaí-da-várzea Origem geográfica e habitat: —Ocorre no Brasil, e habita a Amazônia em florestas de várzea ao longo das margens do rio do Baixo Amazonas). Descrição Botânica Palmeira cespitosa, ou seja, cresce em touceiras formadas por sucessivas brotações a partir de uma unidade de dispersão, com até 25 estipes por touceira 40

Foto: Silva, K.C. 2017

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em diferentes estágios de desenvolvimento, a cada ano forma, cerca de 1 a 10 estipes, sendo a sua regeneração teoricamente infinita (ROGEZ, 2000). Os estipes nas plantas adultas representam entre 3 e 20 metros de altura, podendo chegar até 35 metros, e 7 a 18 centímetros de diâmetro. Após dois anos de 19 idade surgem as inflorescências, contendo um número variável de flores pistiladas e estaminadas inseridas em alvéolos. A espécie é monóica, cada inflorescência dá origem a um cacho de frutos, constituído por centenas de frutos (CAVALCANTE, 1998). O fruto do açaizeiro é uma drupa séssil, de forma arredondada, com um tamanho de 1 a 2 centímetros e peso médio de 0,8 a 2,3g. O mesocarpo, ou seja, a polpa, tem uma espessura de 1 a 2 mm, representando somente 5 a 15% do volume do fruto, de acordo com o grau de maturidade da fruta. O epicarpo do fruto é muito fino e possui a cor verde nas variedades Branco e Tinga e, antes do amadurecimento os frutos do açaí Preto também são verdes, tornando-se violeta/púrpura quando maduros (ROGEZ, 2000). Usos e aplicações Culinários: — Os frutos de Euterpe oleraceae são muito utilizados para extração de polpa, amplamente consumida, principalmente na região Norte do país como vinho, a partir de suco concentrado pode-se fazer sovertes cremoso e picolés, já disponíveis nas soverteria da região Norte. Ainda há geleias, bombons, licores e diversos outros produtos alimentares com açaí em sua composição. Pode-se fazer pudim, mousse, mingau e cerveja. Dos endocarpos e sementes secos, torrados e moídas obtém-se um pó similar ao pó do café, do qual se faz uma bebida (chafe). O palmito, apesar de fino e de oxidação muito intensa, é inclusive industrializados para produção de conservas (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, polpa, palmitos frescos Medicinais: De acordo com Portinho, J. A.; Zimmermann, L. M. Bruck, M. R. (2012), o açaí possui efeito antioxidante representado principalmente pelas antocianinas, efeito energético pela fração lipídica, além dos benefícios representados por outros componentes nutricionais. Possivelmente apresenta efeitos benéficos a saúde como antioxidante, antiinflamatório, imunomodulador, melhora da dislipidemia, da diabetes tipo 2, da síndrome metabólica, do câncer, além de efeito antienvelhecimento. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Dados Taxonômicos Família:— Pedaliaceae Nome científico: — Sesamum radiatum Schumach. & Thonn. Sinônimo: — Sesamopteris radiata (Schumach. & Thonn.) DC. ex Meisn. Nome popular: — gergelim, sésamo, gergelim-preto, gerzelim Origem geográfica e habitat: — é de origem africana e foi cultivado em África numa data precoce e encontra-se adaptada a uma ampla gama de habitats, mas é mais comum em savana. Ocupa localidades abertas onde poucas outras plantas herbáceas crescem. Ocorre em solos oligotróficos crescendo em localidades de cascalho, arenosas e rochosas. É também uma erva daninha e ocorre em campos anteriormente cultivados. Tolera o calor e a seca bem e continua o crescimento e a floração durante a estação seca (BEDIGIAN, D., 2004). Descrição Botânica Erva ereta anual até 120 (-150) cm de altura; Haste simples ou ramificada, gôndola pubescente. Folhas opostas ou alternadas na parte superior da planta, simples; Estipulações ausentes; Pecíolo de até 2,5 cm de comprimento nas folhas inferiores, curto nas folhas superiores; Lâmina lanceolada a ovada ou elíptica, 3-10 (-12) cm × 1,5-5 (-7) cm, cuneada a obtusa na base, aguda no ápice, seriamente nas folhas mais baixas, geralmente inteira nas folhas superiores, pubescente e densamente mega glandular abaixo. Flores solitárias em axilas de folhas, bissexuais, zigomórficas, 5-merous, com 2 brácteas na base, cada bráctea com uma glândula axilar e séssil; Pedicelo (2-) 3-4 (-5) mm de comprimento (BEDIGIAN, D.,2004). Usos e aplicações Culinários: —De acordo com Bedigian, D., (2004), as folhas frescas de Sesamum radiatum são consideradas um vegetal de folhas popular. Brotos jovens são finamente cortados para uso em sopas ou molhos comidos com mingau. Folhas cozidas têm uma textura viscosa. Às vezes é cultivado por suas sementes. Estes são consumidos inteiros, torrados ou após a moagem como pasta. Um óleo comestível pode ser extraído da semente, mas isso raramente é feito, embora a semente possa ser um adulterante de sementes de gergelim (S. indicum L.). Partes comestíveis utilizadas Folhas frescas, Brotos jovens, óleos Medicinais: — S. radiatum tem vários usos medicinais e cosméticos. Uma infusão de folha fria é bebida para facilitar o parto. Uma infusão de folha é usada como um shampoo e para matar piolhos. Uma mistura de pasta de sementes pounded e manteiga de karité e outros ingredientes é aplicado como um tratamento para prolapso retal. Filtrante de folhas esmagadas é bebido para tratar 42


metrorrhagia (sangramento do útero que ocorre fora do período menstrual) e uma maceração da folha é usada para banho para o mesmo propósito. As hastes frondosas frescas maceradas são bebidas como um antídoto para picadas dos escorpiões; Eles são aplicados externamente para tratar entorses (BEDIGIAN, D., 2004). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Curcubitaceae Nome científico: — Momordica charantia L. Sinônimo: — Momordica indica L., Momordica sinensis Spreng., Cucumis argyi H.Lev. Nome popular: — melão-são Caetano Origem geográfica e habitat: — é nativa dos trópicos do Velho Mundo, mas agora pantropical, prefere temperaturas bastante altas, 25 ° C e acima, mas quando as temperaturas se tornam demasiado altas (> 37 ° C), ocorre naturalmente em áreas até 1700 m de altitude com uma alta precipitação, na floresta, floresta ribeirinha, mato de capim-elefante e plantações (NJOROGE, GN & VAN LUIJK, MN, 2004). Descrição Botânica Herbácea com 6 metros ou mais altura, possui folhas simples e alternadas de 4-12 cm de diâmetro, com 37 lobos profundamente separados. Os lobos são principalmente sem corte, mas têm pequenos pontos marginais. As estipulas estão ausentes. As flores são actinomorfa e sempre unissexual. Perianto tem uma zona epiginia curto a prolongada; Amarelo em pedúnculos curtos (fêmeas) ou longos (machos) de curta duração. Fruta tem ovóide, elipsóide ou fusiformes verrugosas geralmente distintas aparência exterior e de uma forma oblonga. É oco em secção transversal com uma camada de carne relativamente fina envolvendo uma cavidade de semente central cheia de sementes planas grandes e pith12. Sementes em tamanho 8-13 mm, comprimido por muito tempo, ondulam na margem, esculpidas em ambas as faces3 Na Índia, tem a morfologia típica, ou seja, a forma mais estreita, extremidades pontiagudas e superfície coberta com "dentes" triangulares irregulares e cumes com coloração verde. Tem um gosto amargo forte entre todos os vegetais. Usos e aplicações Culinários: —Frutos imaturos de M. charantia são usados em guisados e caril, ou em conserva. Eles também são recheados com carne picada. Sementes de frutas mais maduras devem ser removidas. A amargura pode ser reduzida por imersão ou vaporizado, que espreme ou triturar em água salgada, ou marcando a pele do fruto e aspergindo-o com sal. Os frutos jovens de tipos pequenos frutados 43

Foto: Silva, K.C. 2017

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selvagens são comidos localmente na África Ocidental como alimento suplementar ou de emergência. No Zimbabué, os frutos jovens não amargos são consumidos em saladas, da mesma forma que os pepinos. Frutos maduros de plantas silvestres são ditos serem venenosos para as pessoas e animais domésticos. Na Ásia, atirar pontas é um vegetal frondoso popular que é considerado muito saudável. Alguns fazendeiros crescem mesmo borbulhante gourd amargo tipos com frutas pequenas especialmente para esta finalidade (NJOROGE, GN & VAN LUIJK, MN, 2004). Partes comestíveis utilizadas Frutos imaturos, Sementes Medicinais: — O chá do gourd amargo, feito das partes secadas do fruto, é uma bebida popular da saúde em Japão e em alguns outros países Ásia. Gourd amargo tem numerosos usos medicinais. Em muitos países africanos o fruto é tomado como purgativo e vermífugo, enquanto que as folhas são mergulhadas em água e levadas para tratar diarreia e disenteria. Folhas embebidas usadas como edema são ditas ter fortes propriedades adstringentes. A semente é utilizada internamente como antihelmíntica, especialmente na RD Congo. Na África Ocidental, a planta é usada como febrífugo por lavagem ou por beber. A febre amarela e a icterícia são tratadas por um edema de toda a planta em instilação de água ou olho da seiva da folha. A planta é usada como afrodisíaco e no tratamento local da gonorréia. As preparações feitas de hastes e folhas são usadas para tratar a bouba aviária. Uma decocção é aplicada a furúnculos, úlceras, inchaços sépticos e pés infectados. Gesso feito de plantas pulverizadas é usado para tratar úlceras malignas, câncer de mama e parasitas da pele, como filaria e vermes da Guiné. As folhas são tomadas para tratar problemas menstruais e as raízes são usadas contra a sífilis e reumatismo e como um abortivo. Folhas trituradas são usadas em conjunto com outras drogas para aliviar problemas cardíacos, por exemplo, taquicardia. Usos medicinais múltiplos também são relatados da Ásia e Américas, por exemplo, para tratar câncer, diabetes, psoríase e muitas doenças infecciosas. É especialmente conhecido como um remédio para diabetes mellitus, apenas comendo-o regularmente como um vegetal (NJOROGE, GN & VAN LUIJK, MN., 2004). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Sinônimo: — Spondias lutea L., Spondia aurantiaca Schumach & Thonn, Schinus mucronulatus Mart., Spondia axillaris Roxb. Origem geográfica e habitat: — é nativa das terras baixas do México e das Américas Central e do Sul (CROAT, 1974) sendo comum nas florestas úmidas do sul do México até Peru e Brasil e no oeste da Índia (MORTON, 1987), sendo amplamente cultivada nos trópicos úmidos. Espécies de Spondias ocorrem na Ásia, na Oceania e nos neotrópicos, sendo os centros de diversidade a Mata Atlântica e a Amazônia ocidental do Estado do Acre, Brasil, e regiões limítrofes do Peru e da Bolívia (MITCHELL; DALY, 1998). Na Amazônia, a cajazeira é encontrada nas florestas de terra firme e de várzea, sendo comum em lugares habitados, porém em estado subespontâneo (CAVALCANTE, 1976). Descrição Botânica Têm porte alto, atingindo 25 m de altura, com tronco revestido por casca grossa e rugosa de 40-60 cm de diâmetro, que esgalha e ramifica na parte terminal, o que confere um porte alto à planta. As folhas são compostas, alternas, imparipinadas, com 5-11 pares de folíolos, espiraladas, pecioladas, peciólulo curto de 5 cm de comprimento; folíolos opostos ou alternos; lâmina oblonga com comprimento de 5-11 cm por 2-5 cm de largura; margem inteira e ápice agudo; raque de 20-30 cm de comprimento, piloso, sem glândulas (PRANCE & SILVA, 1975). a espécie possui flores hermafroditas, estaminadas e pistiladas, com aparente ocorrência de protandria, o que propicia a polinização cruzada e a variabilidade genética 5 nos pomares de plantas oriundas de sementes (SACRAMENTO & SOUZA, 2000). A inflorescência é constituída por cachos compostos com centenas de flores pedunculadas, as quais possuem cinco sépalas, cinco pétalas, dez estames com anteras extrorsas, gineceu com ovário formado por cinco carpelos que coincidem com o número de lóculos, cinco estilos livres com estigmas lineares e dorsais (LOZANO, 1986). Usos e aplicações Culinários: —Kinupp & Lorenzi (2014) descrevem que os frutos maduros são muito consumidos, principalmente na região Norte do país, in natura, em forma de sucos, geleias e sovertes. A polpa ser empregada na fabricação de cerveja (e.g., Amazon Beer ®, Pará). A polpa mistura com macaxeira ou aipim cozida e amassada pode ser feito um creme salgado de taperebá. Outros usos bem desconhecido é o uso alimentício das folhas bem jovens de plântulas (germina bem próximo da planta-mãe) e podem ser podados como hortaliça folhosa para sucos verdes, temperos, saladas e geleias. Plantas jovens também podem ser descascadas e consumidas como batatas de umbu, ou farinha (BRAGA,R. 1976). Os frutos são utilizados como polpas congeladas e sucos pasteurizados. (HAMANO & MERCADANTE, 2001). 45

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Família:— Anacardiaceae Nome científico: — Spondias mombin L. Nome popular: — taperebá, taperibá, cajazeiro, cajá-pequeno, acaíba, acajá, acajaíba


Partes comestíveis utilizadas Folhas jovens, Frutos maduros, Raízes tuberosas Medicinais: — Na medicina tradicional, as folhas e casca do caule da cajazeira (S. mombin) são utilizadas para tratamento de desordens infecciosas, principalmente diarreias e disenterias. Em estudo in vitro, os extratos aquoso e etanólico de folhas inibiram o crescimento bacteriano, sendo este o primeiro relato da validação do uso popular desta espécie como antibacteriano (AJAO, SHONUKAN & B. FEMI-ONADEKO, 1995). Pesquisa com extrato metanólico das folhas apresentou atividade antibacteriana contra Pseudomonas aeruginosa e Shigella dysenteriae, enquanto extratos da casca do caule inibiram o crescimento das bactérias Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Embora os extratos não apresentem atividade antifúngica significativa, certa atividade antimicrobiana é atribuída à presença de taninos, saponinas e antraquinonas (ABO et al., 1999). Também há relato na literatura de atividade satisfatória contra Mycobacterium tuberculosis (OLUGBUYIRO, MOODY & HAMANN, 2009). Já as comprovações experimentais de atividades antiparasitárias apresentam resultados promissores. Motivadas pelo uso de plantas medicinais para o tratamento de malária na região de fronteira entre o Brasil e a Venezuela, em que o decocto das folhas da cajazeira S. mombin foi citado para amenizar os sintomas da febre, possivelmente devido à presença de taninos e flavonoides (CARABALLO, CARABALLO & RODRÍGUEZ-ACOSTA, 2004). Avaliações in vitro evidenciaram atividade leishmanicida, devido à presença de galiotaninos em sua composição química (ACCIOLY, et al. 2012). A atividade anti-helmíntica foi comprovada in vitro e in vivo contra Haemanchus ssp., Trichostrogylus ssp., Oesophagostomum ssp., Strongyloides ssp. e Trichuris ssp. (ADEMOLA, FAGBEMI & IDOWU, 2005). Na medicina tradicional africana, as folhas de S. mombin também são utilizadas no tratamento de desordens neurológicas. Alguns trabalhos desenvolvidos comprovaram cientificamente os efeitos ansiolítico, sedativo, antiepiléptico e antipsicótico (AYOKA et al., 2005, AYOKA et al., 2006). Os efeitos no sistema nervoso central observado com o uso de extratos alcoólicos e aquosos das folhas são devido a presença de flavonoides e alcaloides (ASUQUO et al., 2013). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Família:— Bignoniaceae Nome científico: — Fridericia chica (Bonpl.) L.G. Lohmann Nome popular: — crajiru, carajiru, chica, cipó-cruz, pariri Sinônimo: — Arrabidaea chica (Bonpl.) Verl., Bignonia chica Bonpl., Arrabidaea acutifolia DC., Arrabidaea rosea DC. Origem geográfica e habitat: — Ocorre na Américas (todas as regiões do Brasil, México até a Argentina). Habita em Amazônia e extra-amazônica ocorre em florestas secas tropicais e na Paraíba registrada em florestas úmidas e secas. Descrição Botânica Arbusto escandente de pequeno porte, cerca de 2,5 m de altura, com folhas compostas di ou trifoliadas, penaticomposta do tipo imparipinada e com filotaxia tipo oposta dística, é comum a presença de folhas modificadas, denominadas gravinhas, com folíolos oblongos lanceolados estreitos, de cor verde opaca, possui glabras em ambas as faces e flores campanuladas de cor róseo-liláceas em pedúnculos terminais (CORRÊA, 1931; GENTRY, 1980). Usos e aplicações Culinários: — De acordo com Corrêa, M.P. (1984) as folhas do crajiru, quando submetidas à fermentação e manipuladas como anileira, fornecem um corante vermelho escuro ou vermelho tijolo (“vermelho-carajuru”, “vermelho-de-chica”, “vermelhão-americano”). Tem potencial para obter na culinária como corante alimentício (exemplos de receitas, crajiru como corante de ariá, aipim e nabo). Também tem potencial para obtém uma farinha de mandioca roxa (marrom) e não só amarelo com açafrão (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Ramos foliares e Folhas destacadas (soltas) Medicinais: — As folhas dessa espécie têm sido usadas popularmente na forma de chás com função adstringente, contra diarréias, anemia, leucemia, icterícia e albuminúria (CORRÊA, M.P. 1984). Essa planta medicinal quando aplicada topicamente, combate as impigens e outras enfermidades de pele, podendo ser usada principalmente para lavagens de feridas e de úlceras (VIEIRA, L.S. 1992). Embora não constando nos registros de fitoterápicos da a ANVISA, esta planta medicinal tem grande potencial para uso futuro, tendo Pessoa et al. (2004) registrado a presença de compostos biologicamente ativos com atividade hipotensora e Paes et al. (2004) e Oliveira et al. (2004), comprovando a ação antiinflamatória em questão. Estudos farmacológicos atestam que Arrabidaea chica (Humb. & Bompl.) Verl possui as seguintes atividades: cicatrizante, através do estímulo de crescimento de 24 fibroblastos e síntese de colágeno in vitro e in vivo (JORGE, 2008); antioxidante (AMARAL et al, 2002); antifúngica para 47

Foto: Silva, K.C. 2017

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Trichophyton mentagrophytes, atividade tripanocida contra Tripanosoma cruzi, na concentração mínima de 3,125 mg/m, não sendo detectada qualquer toxicidade aguda relevante, em uma dose de até 1000 mg/kg (BARBOSA et al, 2008). Formas de preparo e dosagem Para maioria dos males o chá deve se preparado com 10 g de folha por litro de água. Para doenças externas deve-se usar 20 g litro de -4 xicaras por dia (GRANDI, S.T.M.2014).

Família:— Humiriaceae Nome científico: — Endopleura urchi (Huber) Cuatrec. Nome popular: — uxi, uixi, uxi-amarelo, uxi-liso, uixi-liso, uxipucu. Sinônimo: — Sacoglottis urchi Huber Origem geográfica e habitat: — América do Sul (Brasil, encontrada em todos os estados da região Amazônica, com predominância nos estados do Pará e Amazonas) (LORENZI, 1998). Habita em mata de terra firme, dispersa por toda a Bacia Amazônica (SCHULTS, 1979). Descrição Botânica Árvore alta de 25 a 30 m de altura e 1m de diâmetro, de tronco reto e liso, casca cinzenta, folhas denteadas e flores pequenas esverdeadas (SHANLEY; GAIA, 1998). O fruto é uma drupa elipsoide de 5 a 7 cm de comprimento, 3 a 4 cm de diâmetro, com peso entre 50 e 70g e apresenta uma coloração verde-amarelada ou pardo-escura quando maduro com uma ou duas sementes (CARVALHO; SHANLEY, 2005). Usos e aplicações Culinários: — Em Manaus (AM) é comum encontrá-la a venda nas feiras e barracas, mas basicamente para consumo direto. Da polpa é possível extrair um óleo alimentício que necessita de mais estudo, mas é de cor amarelo-limão e sem sabor marcante, similar a azeite de oliva (CARVALHO et al. 2007; CAVALCANTE, 2010; KINUPP & LOREZI, 2014). A polpa do uxi é oleosa, de sabor e cheiro peculiares, muito agradáveis e é consumida no estado natural, pura ou com farinha de mandioca, constituindo um importante complemento na alimentação dessa população (CAVALCANTE, 1991). É uma fonte de ácidos graxos, principalmente ácido oleico e palmítico, fibras, esteroides, sais minerais e vitaminas C e E. A polpa do fruto é farinácea, pastosa-oleosa e muito nutritiva (SHANLEY; GAIA, 1998).

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Disponível: http://www.tudosobreplantas.com.br

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Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, Polpa do fruto e óleo Medicinais: — A casca é amplamente comercializada em feiras, mercados e até mesmo em farmácias, sendo prescrita sua utilização na forma de maceração ou chá, para o tratamento de artrite, colesterol, diabete e como anti-inflamatório (CORRÊA, 1984) e, além disso, sua casca também é muito utilizada para o tratamento de doenças do aparelho reprodutor feminino. Acredita-se que o principal componente ativo constituinte desta planta é a berginina, um C- glicosídeo do 4- O – metil ácido gálico, encontrada tanto no fruto como nas cascas de Endopleura uchi (MAGALHÃES et al., 2007; NUNOMURA et al., 2009).

Família:— Arecaceae Nome científico: — Attalea speciosa Mart. ex Spreng Nome popular: — babaçu, aguaçu, babaçu, baguaçu, guaguaçu Sinônimo: — Orbignya speciosa (Mart. ex Spreng.) Barb. Rodr., Attalea speciosa Mart. Origem geográfica e habitat: — Ocorre tanto na floresta Amazônica, quanto no bioma Cerrado e sua área estimada de ocorrência no Brasil é de 200.000 km2 (MAY et al., 1985). O babaçu pode ocorrer isoladamente nas florestas ou em áreas abertas, sendo mais frequentemente encontrado em áreas degradadas, principalmente, quando coloniza antigas formações florestais desmatadas (RIBEIRO e WALTER, 1998). Descrição Botânica Palmeira robusta e imponente com estipe isolado (tronco) de até 20 metros de altura e de 25 a 44 centímetros de diâmetro, com 7 a 22 folhas medindo de 4 a 8 metros de comprimento (SILVA e TASSARA, 1991; HENDERSON, 1995; LORENZI, 1996 et al., BRANDÃO et al., 2002). Folhas pinadas, eretas e divergentes, de mais de 7 m de centímetros, com 175-260 pares de pinas regularmente distribuídas. Inflorescências interfoliadas , ramificadas de quase 2 m de comprimento. Frutos ovalados de 10-20 cm de comprimento, mesocarpo (polpa) seco e farináceo; sementes (amêndoas) oleosas, contidas no interior de um caroço (pirênio) espesso e muito duro (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — As amêndoas podem ser consumidas cruas (ou torradas) como castanhas ou trituradas para extração de “leite” que pode ser ingerido diretamente como bebida, para prepara de pratos culinários agregando carnes e peixes, similar ao leite de coco. As amêndoas torradas e moídas 49

Foto: André Cardoso, 2013

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produzem um pó similar ao de café (CLAY, J.W. et al. 2000), usadas para fazer bebidas sucedânea. O produto alimentício por excel6encia é a farinha do mesocarpo, usado para bolos, pães e pudins com consistência, cor e sabores ótimos. Grande potencial para indústria alimentícia. Pode-se também fazer uma bebida similar ao achocolatado (KINUPP & LORENZI, 2014). Do babaçu utilizam-se as folhas, o caule (estipe), o palmito, a polpa retirada do mesocarpo e as amêndoas para a extração do óleo (LORENZI et al., 1996; SILVA e TASSARA, 1991; BRANDÃO et al., 2002; SILVA et al., 2001). Um óleo de cozinha de boa qualidade é extraído das sementes (FACCIOLA. S.1998; LORENZI 2002). Pode ser usado para fazer uma manteiga (LORENZI 2002). Sementes - cruas ou cozidas. Eles podem ser comidos como um lanche ou transformados em leite de nozes (LUST. J., 1983). As sementes elipsoidais têm até 6 cm de comprimento por 1 – 2 cm de largura, geralmente há 3 - 6 sementes em cada fruta (WICKENS G.E.1995). As porcas são extremamente duras e difíceis de quebrar. O endosperma aquoso de sementes imaturas é consumido como uma bebida (FACCIOLA. S.1998; LORENZI 2002). Muito nutritivo (LORENZI 2002). Uma seiva obtida do caule é fermentada para produzir vinho de palmeira (FACCIOLA. S.1998). O botão apical é usado como alimento (FACCIOLA. S.1998;WICKENS G.E.1995). As cinzas da haste queimada são usadas como um substituto de sal (FACCIOLA. S.1998). Farinha de babaçu, Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, Farinha do mesocarpo (cor variável), Amêndoas, Óleos Medicinais: — As folhas e o endosperma líquido são utilizados na medicina local (WICKENS G.E.1995). O grão de semente é utilizado nos linimentos como tratamento para o reumatismo. Moída em pó e combinada com açúcar e água, faz uma emulsão refrescante e febrífuga (BURNS. R.M. & HONKALA. B.H.1990).

Família:— Lamiaceae Nome científico: — Melissa officinalis L. Nome popular: — cidreira, erva-cidreira, capimcheiroso, capim-cidreira Sinônimo: — Thymus melissa E.H.L.Krause, Melissa graveolens Host., Melissa romana Mill., Melissa graveolens Host Origem geográfica e habitat: — Ocorre no Oriente Médio e Mediterrâneo (Sul da Europa e Norte da Ásia). Lugares desertos e terrenos abandonados perto de habitações humanas (LAUNERT, E., 1981). Descrição Botânica Erva perene, ereta de até 80 cm de altura, ramificada desde a base, com ramos quadrangulares. Folhas opostas, simples, ovadas com até 7 cm de comprimento, pilosas, de margem dentada, curtopecioladas, com nervuras salientes. Flores hermafroditas, diclamídeas, pentâmeras, fortemente 50

Foto: Marinella Zepigi

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zigomorfas, brancas e rosadas, dispostas em verticilos axilares, em numero de 6 a 12; cálice e corola bilabiados, quatro estames, didínamos, anteras com tecas divergentes (SIMÕES et al.,1986). Usos e aplicações Culinários: — Folhas cruas ou cozidas. Um agradável aroma e o sabor limão, também são utilizados principalmente como um aroma em saladas e alimentos cozidos (CHIEJ. R. 1984; CERES, 1977; LAUNERT. E., 1981; HOLTOM. J. & HYLTON. W., 1979; VILMORIN. A., FACCIOLA. S., 1990). Um chá com sabor de limão pode ser feito a partir de folhas frescas ou secas (LUST. J., 1983; FACCIOLA. S., 1990). Um grupo de folhas pode ser adicionado ao chá da porcelana, melhorando muito o sabor, como também são adicionados às saladas de frutas, etc. (GRIEVE., 1984). Eles são usados como um aroma em várias bebidas alcoólico, incluindo Chartreuse e Benedictine (BOWN. D.,1995). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas cruas ou cozidas Medicinais: — M. officinalis é um remédio doméstico comumente cultivado com uma longa tradição como um remédio tônico que aumenta os espíritos e levanta o coração (CHEVALLIER. A.1996).. A pesquisa moderna mostrou que pode ajudar significativamente no tratamento de frio sores. As folhas e os jovens brotos florais são antibacterianos, antiespasmódicos, antivirais, carminativa, diaforéticos, digestivos, emenagoga, febrífugos, sedativos e tônicos (GIEVE 1984; CHIEJ. R.1984; LAUNERT. E.1981; LUST. J.1983; MILLS. S. Y.; BOWN. D.1995). Também age para inibir a atividade da tireoide (BOWN. D.1995). Uma infusão das folhas é utilizada no tratamento de febres e resfriados, indigestão associada a tensão nervosa, excitabilidade e perturbações digestivas em crianças, hipertireoidismo, depressão, insônia leve, dores de cabeça etc (GIEVE 1984; BOWN. D.1995). Externamente, é usada para tratar herpes, feridas, gota, picadas de insetos e como repelente de insetos (BOWN. D.1995). A planta pode ser usada fresca ou secada, para a secagem é colhida antes ou logo após a floração (LAUNERT. E.1981). O óleo essencial contém citral e citronela, que agem para acalmar o sistema nervoso central e são fortemente antiespasmódicos. A planta também contém polifenóis, em particular estes combaterem o vírus herpes simples que produzem feridas. O óleo essencial é usado na aromaterapia (CHEVALLIER. A.1996). Formas de preparo e dosagem Chá por infusão: 30 a 70 g. planta fresca/litro de água até 03 xícaras/dia; 3 g. planta seca/dose até 3x/dia; Cataplasmas, pomadas ou cremes para uso tópico; Creme 1% extrato aquoso liofilizado (70:1) 2 a 4 x/dia; Extrato seco (5:1): 300 a 900 mg/dia; Extrato fluído: 2 g/dia; Óleo essencial: 2 a 4 gotas até 3X/dia (uso criterioso); Tintura (1:5): 2 a 6 ml até 3X/dia (ALONSO, J.R. 1998; ESCOP MONOGRAPHS, 2003; RIBEIRO,P.G.F. & DINIZ, R.C. 2008).

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Família:— Lamiaceae Nome científico: — Thymus vulgaris L. Nome popular: — tomilho,timo Sinônimo: — Thymus vulgaris Willk, Thymus vulgaris M. Bieb., Thymus vulgaris Sibth & Sn Origem geográfica e habitat: — Ocorre na Europa, das regiões em torno do Mediterrâneo (MARTINS et al., 2002). Encostas secas, rochas e maquis. Sempre encontrado em solos argilosos ou calcários (POLUNIN. O. & HUXLEY. A., 1987).

Foto: Dr. H. F.. Oakeley

Dados Taxonômicos

Descrição Botânica Erva vivaz, com 10-30 cm altura, densamente ramificada, caule tortuoso, lenhoso, com ramos acinzentados, eretos e compactos. Folhas opostas, pequenas, sesseis, lineares e lanceoladas, tomentosas, esbranquiçadas, na face abaxial, bordos reflexos por cima, brancas ou róseas, em falsos capítulos ovoides ou globosos, surgindo em junho e julho. Flores com corola bilabiada com 4 estames e fruto aquênio de cor escura e glabro (GRANDI, T.S.M., 2014). Usos e aplicações Culinários: — Folhas e topos floridos crus em saladas, utilizados como guarnição ou adicionados como aroma a alimentos cozidos, indo especialmente bem com cogumelos e aboborinhas (HEDRICK. U.P.1972; GRIEVE1984; LUST. J.1983; UPHOF. J. C. TH.1959; BIRD. R.1989; BOWN. D.1995). É um ingrediente essencial da mistura de ervas 'bouquet garni' (BOWN. D.1995). Ele mantém seu sabor bem na longa e lenta cozedura. As folhas podem ser usadas frescas ou secas (BIRD. R.1989). Se as folhas forem secas, as plantas devem ser colhidas no início e no final do verão, antes das flores se abrirem, quanto as folhas devem ser secas rapidamente (HUXLEY. A.1992). Uma análise nutricional está disponível (DUKE. J. A. & AYENSU. E. S.1985). Um chá aromático é feito a partir de folhas frescas ou secas. Picante (BIRD. R.1989). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas frescas e secas Medicinais: — O tomilho é valorizado por suas propriedades antissépticas e antioxidantes, é um excelente tônico e é usado no tratamento de doenças respiratórias e uma variedade de outras doenças (CHEVALLIER. A.1996). Os topos florescentes são anti-helmínticos, fortemente antissépticos, antiespasmódicos, carminativos, desodorantes, diaforéticos, desinfetantes, expectorantes, sedativos e tónicos (GRIEVE1984; CHIEJ. R.1984; LUST. J.1983; HUXLEY. A., 1992; DUKE. J. A.; AYENSU. E. S., 1985). A planta é utilizada internamente no tratamento de tosse seca, tosse convulsa, bronquite, catarro bronquial, asma, laringite, indigestão, gastrite e diarreia e enurese em crianças. Externamente, é utilizado no tratamento da tonsilite, doenças das gengivas, reumatismo, 52


artrite e infecções fúngicas. A planta pode ser usada fresca em qualquer época do ano, Ou pode ser colhida como vem em flor e quer ser destilada para o óleo ou secas para uso posterior (BOWN. D., 1995). Tomilho tem um efeito antioxidante, portanto, o uso regular desta erva melhora a saúde e a longevidade das células do corpo individual e, portanto, prolonga a vida do corpo (CHEVALLIER. A., 1996). O óleo essencial é fortemente antisséptico. A erva inteira é usada no tratamento de distúrbios digestivos, dores de garganta, febres etc (GRIEVE, 1984). É utilizado especialmente em casos de exaustão, depressão, infecções do trato respiratório superior, queixas da pele e do couro cabeludo, etc (BOWN. D., 1995). Formas de preparo e dosagem Uso interno: Infusão – 10 a 30 gr/litro de água (RIBEIRO, P. G. F. & DINIZ, R.C., 2008).

Família:— Lamiaceae Nome científico: — Rosmarinus officinalis L. Nome popular: — alecrim, alecrim-de-jardim, alecrim-da-horta Sinônimo: — Rosmarinus latifolius Mill., Rosmarinus angustifolius Mill., Rosmarinus chilensis Molina Origem geográfica e habitat: — Ocorre no Sul da Europa e do Norte da África (Martins et al., 1998). Habita em matos secos e os lugares rochosos, especialmente perto do mar (BIANCHINI. F.1988; TUTTIN, T.G. et al., 1964). Descrição Botânica Hastes até 2 m, ereto ou ascendente, abundantemente ramificada, pubescente, pelo menos, nas partes mais jovens. Folhas de 10-36 (-45) x 1-4,3 (-9) mm, linear ereto linear-lanceolada, feixe verde, glabro ereto pubérulos, mais ereta menos áspera e de espessura inferior tomentoso-esbranquiçada. Caules e puberulenta estrelado-púberes eretos pedicelos florais. Cálice (3-) 3,5-7 (-9) mm, dividida para l / 21 / 3, com nervuras bem marcadas mais eretas menos tomentoso estreladas de espessura na antese, glabra e, por vezes, coloridas roxo frutificação, com glândulas amareladas. Corola (5,5) 8,5-13 mm pubescente, esbranquiçado ereto azulado, filamentos estaminais glabras. Núculas 22,8 milímetros, glabra, castanho (LINNAEUS, 1753). Usos e aplicações Culinários: — Brotos, folhas e flores jovens crus ou cozidos. As folhas têm um sabor muito forte que é amargo e um tanto resinoso (BOWN. D.1995)., as flores são um pouco mais suave. Eles são usados em pequenas quantidades como aroma em sopas e guisados, com legumes como ervilhas e espinafre, e com pratos doces como biscoitos, bolos e geleias (CHITTENDON,F.1951; HEDRICK. U.P.1972; 53

Foto: Maite Santisteban Rivero

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LAUNERT. E.1981; BRYAN.J. & CASTLE.C.1976; VILMORIN. A. 1981; LARKCOM. J.1980). Podem ser utilizadas frescas ou secas (LUST. J.1983). As folhas têm uma textura resistente e por isso devem ser usadas finamente picadas, ou em raminhos que podem ser removidos após a cozedura (BOWN. D.,1995). Um chá perfumado é feito a partir de folhas frescas ou secas (LUST. J.,1983; BIRD. R.,1989). É dito ser especialmente agradável quando misturado com tansy (BIRD. R.,1989). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas, Brotos e Flores Medicinais: — A pesquisa mostrou que a planta é rica em óleos voláteis, flavonoides e ácidos fenólicos, que são fortemente antisséptico e anti-inflamatório. O ácido rosmarínico tem potencial no tratamento da síndrome do choque tóxico, enquanto o flavonoide diosmina é considerado mais eficaz do que a rutina na redução da fragilidade capilar (BOWN. D.,1995). O rosmarol, um extrato das folhas, mostrou uma atividade antioxidante notavelmente alta (MILLS. S.Y., 1988). A planta inteira é antisséptico, antiespasmódica, aromática, adstringente, cardíaca, carminativa, colagoga, diaforética, emenagoga, nervina, estimulante, estomacal e tônica (GIEVE 1984; LUST. J.,1983; POLUNIN.O. & HUXLEY. A.1987; MILLS. S.Y., 1988; DUKE. J. A. & AYENSU. E. S., 1985). Uma infusão das hastes florais feitas em um recipiente fechado para impedir que o vapor escape é eficaz no tratamento de dores de cabeça, cólicas, Resfriados e doenças nervosas (GIEVE,1984). Formas de preparo e dosagem Uso interno: Infusão 2 a 4% -3X ao dia; Extrato seco (8:1)- 0,3 a 1,0 g/dia, dividido em 3 tomadas; Extrato fluído (1:1 em 45% de álcool) 2 a 4 ml ao dia, dividido em várias tomadas; Óleo essencialcápsulas de 50 mg, 2 a 3X ao dia; Uso externo: Solução alcoólica ou oleosa a 5% (repelente de insetos e para nevralgias), utilizado também em associação com a urtiga em tônicos capilares para queda de cabelo (ALONSO, J. R. 1998 ).O infuso a 2 a 3% é ingerido de 50 a 200 ml ao dia e a tintura, de 5 a 25 ml ao dia (GRANDI, T.S.M., 2014).

Família:— Asteraceae Nome científico: — Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni Nome popular: — stevia Sinônimo: — Eupatorium rebaudianum Bertoni Origem geográfica e habitat: — Ocorre em na América do sul Amambai, região fronteiriça entre o Brasil e o Paraguai e outras regiões do Brasil e Argentina). Solos ácidos, arenosos e inférteis, com lençóis freáticos. Isto é normalmente em áreas como a borda de mashes e comunidades de pastagem. Descrição Botânica Semiarbustiva de aproximadamente um metro de altura. O caule possui coloração parda, é pubescente e folhoso 54

Foto: lskrida, 2011

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até o ápice. Já as folhas são 3 consideras opostas, subsésseis, ovalado-oblongas, obtusas, cuneiformes na base, demonstram três nervadas membranosas, tomentosas na página inferior, até seis centímetros. Por sua vez, as flores são pálidas com escamas pardo-esverdeadas, agudas e pubescentes, reunidas em capítulos corimbiformes e estes dispostos em panículas frouxas. Por fim, o fruto é do tipo aquênio pequeno e com ângulo piloso (ALVAREZ, 1984; LEWIS, 1992). Usos e aplicações Culinários: — Folhas cruas ou cozidas. Um sabor de alcaçuz muito doce. As folhas contêm 'stevioside', uma substância que é 300 vezes mais doce que a sacarose [183]. Outros relatos dizem que contêm 'estevin' uma substância que, peso para peso, é 150 vezes mais doce do que o açúcar (GIEVE 1984; UPHOF. J.C. TH.1959; USHER. G.1974; TANAKA. T. & NAKAO S.1976). As folhas secas podem ser trituradas e usadas como adoçante ou embebidas em água e o líquido usado na fabricação de conservas. As folhas em pó também são adicionadas aos chás de ervas. As folhas são, às vezes, mastigadas por aqueles que desejam reduzir sua ingestão de açúcar (BIRD. R.1989). As folhas também podem ser cozidas e comidas como um vegetal (TANAKA. T. & NAKAO S.1976; KUNKEL. G.1984). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas Medicinais: — S. rebaudiana Bertoni é uma planta medicinal é considerado, como vários estudos mostram que ele pode ter efeitos benéficos para a diabetes do Tipo II, uma vez que tem glicosídeos com edulcorantes sem calorias propriedades. Seu poder de edulcorancia é 30 vezes o açúcar extrato e atinge 200 a 300 vezes (RAMIREZ, 2005). Atualmente, no Japão 41% dos adoçantes consumido Stevia rebaudiana Bertoni vem. O adoçante obtido dessa planta tem efeitos benéficos sobre a absorção de gordura e regulação da pressão arterial (JENET 1985; GUERRERO, 2005) e é usado como um substituto do açúcar para as pessoas sofrendo de diabetes, não aumentar os níveis de açúcar no sangue; Pelo contrário, os estudos têm demonstrado a sua propriedade hipoglicemiante, melhorar a tolerância à glicose. Propriedades Adicionalmente, esta planta é atribuída a antibiótica e antifúngica, principalmente contra bactérias tais como Entamoeba coli, Staphylococcus aureus e Corynebacterium diphteriae, e contra o fungo Candida albicans provoca frequentemente vaginite em mulheres. Também é utilizado em preparações tratamento cosmético de manchas e espinhas na pele (GUERRERO, 2005). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

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Família:— Zingiberaceae Nome científico: — Zingiber officinale Roscoe Sinônimo: — Amomum zingiber L. , Zingiber cholmondeleyi (F.M.Bailey) K.Schum., Zingiber missionis Wall., Zingiber sichuanense Z.Y.Zhu, S.L.Zhang & S.X.Chen Nome popular: — mangarataia, gengibre Origem geográfica e habitat: — Ocorre no sudoeste da Ásia e do Arquipélago Malaio (GOVINDARAJAN, 1982; CHEN et al. 1986; CORRÊA JUNIOR et al. 1994; WHO, 1999). Cresce em solos bem drenados, arenosos, férteis e ricos em matéria orgânica. Exige ainda, clima tipicamente tropical, quente e úmido (DONALÍSIO et al. 1980; EPAGRI, 1998; TAVEIRA MAGALHÃES et al. 1997; LISSA, 1996). Descrição Botânica Herbácea, perene, de rizoma articulado, septante, carnoso, revestido de epiderme rugosa e de cor pardacenta. Na parte superior, possui pequenos tubérculos anelados, resultantes da base de antigos caules aéreos. Na parte inferior, possui muitas raízes adventícias, cilíndricas, carnosas e de cor brancacentas. Os caules são eretos, formados por muitas folhas dísticas, sendo as basilares simples com bainhas glabras e estriadas no sentido longitudinal. As bainhas superiores são amplexicaules na base e terminam com um limbo, linear e lanceolado. As inflorescências com espigas ovoides ou elipsoides formam-se no ápice dos pedúnculos que saem do rizoma, revestidos por escamas invaginantes e imbricadas, obtusas, decrescentes da base para o ápice. As flores zigomorfas, hermafroditas, com coloração amarelo-esverdeada. As brácteas florais orbiculares possuem cálice e corola denteados que envolvem uma só flor. O fruto é uma cápsula que se abre em três lóculos e abriga sementes azuladas com albúmen carnoso (DAHLGREN et al., 1985; PURSEGLOVE, 1992; CORRÊA JUNIOR et al., 1994; FRANCO, 1996; WHO, 1999). Usos e aplicações Culinários: — Utilizado como especiaria (condimento), no tempero de carnes e outros pratos de diversas regiões (principalmente orientais), além de bebidas diversas (inclusive no nosso famoso “quentão”, das festas juninas) (ALONSO, J.R. 1998; LORENZI, H. & MATOS, F.J. DE A. 2002). O rizoma é muito utilizado pelo emprego alimentar e industrial especialmente como matéria-prima para fabricação de bebidas, perfumes e produtos de confeitaria como pães, bolos, biscoitos e geleias (ELPO & NEGRELLE, 2004). A indústria de bebidas alcoólicas e não alcoólicas como conhaque e refrigerantes, também consome preferencialmente o óleo essencial e a oleoresina. O maior volume do comércio internacional de gengibre processado é do produto seco (MAGALHÃES TAVEIRA et al., 1997a). No Paraná existe também o refrigerante de gengibre, a Gengibirra, que muitos consideram como "Símbolo de Curitiba" (CINI, 2006). Outro uso e aplicação do gengibre orgânico são através das inflorescências que podem ser consumidas na forma de chá, suco ou salada (LUCIO; FREITAS; WASZCZYNSKYJ, 2008).

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Foto: Silva, K.C. 2017

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Partes comestíveis utilizadas Rizomas e Inflorescências (botões florais) Medicinais: — Carminativo (contra “gases”), expectorante, anti-séptico, orexígeno (abre o apetite), sialagogo (aumenta a salivação), digestivo, anti-emético (combate os vômitos), anti-vertiginoso (combate tonturas), anti-inflamatório, colagogo (estimula a secreção de bile), antitussígeno, expectorante, tônico estimulante, hipoglicemiante suave, hipocolesterolemiante, anti-agregante plaquetário, hipertensor (aumenta a pressão arterial), rubefasciente de uso tópico (aumenta a circulação sanguínea local) (ALONSO, J. R. 1998; DINIZ, R; CÉPIL, R. 2008). Formas de preparo e dosagem Uso interno: Decocção a 3% (5 min de fervura e mais 15 min de infusão); Extrato fluido: 10 a 15 gotas 3x/dia; Extrato seco: 200 a 1000 g/dia em 3 tomadas ou uma cápsula de 1 g meia hora antes de viagens; Pó encapsulado ou cristais de gengibre: até 2,5 g/dia em 3 tomadas; Uso tópico: Óleo essencial: 1 a 3 gotas puro ou juntamente com óleo de amêndoas sobre as áreas afetadas (ALONSO, J.R., 1998; LORENZI, H. & MATOS, F.J. DE A. ,2002).

Família:— Fabaceae-Faboideae Nome científico: — Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Nome popular: — cumaru, cumarurana, cumaru-doamazonas, cumaru-de-cheiro Sinônimo: — Coumarouna odorata Aubl., Dipteryx tetraphylla Spruce Origem geográfica e habitat: — ocorre na Bolívia, na Colômbia, na Guiana, na Guiana Francesa, em Honduras, no Peru e na Venezuela. No Brasil, o cumaru ocorre na Região Amazônica, desde o Estado do Acre até o Maranhão, na floresta pluvial de terra firme e de várzea; além do estado do Mato Grosso (LORENZI, 1998; CARVALHO, 2009). A árvore emergente das florestas húmidas, frequentemente ao lado dos rios (BOWN. D., 1995; LONGWOOD.F.R., 1962). Descrição Botânica Árvore que mede de 20 a 30 m de altura, dotada de copa globosa, tronco ereto e cilíndrico, de 50 a 70 cm de diâmetro com casca pouco espessa, rugosa e descamante em placas irregulares. As folhas são alternas, alado-pecioladas, compostas e imparipinadas. Folíolos são alternos, em número de 7 a 9, curto-peciolulados, coriáceos, glabros em ambas as faces e brilhantes na face superior, de 10 a 20 cm de comprimento e 4 a 8 cm de largura. As inflorescências apresentam panículas terminais ferrugíneopubescentes, com flores róseas perfumadas. O fruto legume (vagem) é do tipo drupáceo ovulado, fibroso e esponjoso, de superfície pubescente, contendo uma única semente (LORENZI, 1998).

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Foto: Denise Sasaki / Programa Flora do Cristalino

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Usos e aplicações Culinários: — Seu odor agradável deve-se a cumarina que é utilizada para perfumar rapé, chocolate e alguns tipos de uísque e na culinária como sucessora da baunilha (OHANA, D.T., 1998). Geralmente, poucas sementes de cumaru são necessárias para flavorizar um quilo de doces. De acordo com Kinupp & Lorenzi (2014), as sementes podem ser consumidas torradas, na forma de águas aromatizadas e já existi uma cerveja comercial artesanal produzida em Belém (PA), Amazon Beer® - Cerveja IPA Cumaru. Um aroma de cumarina pode ser extraído da semente através de um processo de fermentação (UPHOF. J.C. TH., 1959; FACCIOLA. S., 1998). Foi utilizado comercialmente como um substituto de baunilha em aromatizar uma ampla gama de alimentos, incluindo produtos de panificação, gelados, cacau, etc (FACCIOLA. S., 1998). Seu uso é proibido em alguns países devido à possibilidade de que as cumarinas possam causar problemas de saúde as sementes contêm 1-3% de cumarinas. Quando ingeridos, estes podem causar danos ao coração e fígado e causar câncer (BOWN. D., 1995). A polpa dentro da semente é comida crua é depois de ferver para se livrar de toxinas (MARTIN, F. W. et al., 1987). Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros, Sementes cruas e Farinha (semente torradas) Medicinais: — De acordo com De Filipps, R. A et al. (2004) a casca é adstringente, febrífuga e da decocção, combinada com a planta inteira esmagada de Tonina fluviatilis, é usada para preparar um fortificante infantil. As sementes perfumadas são uma fonte rica de cumarina. Uma decocção da semente e do açúcar é usada como um remédio frio. A semente é misturada com rum para fazer uma tintura que é esfregada em snakebite, contusões e reumatismo. Diz-se que é eficaz no controle da disenteria. Uma infusão de água fria das folhas é usada como uma lavagem da orelha para tratar a dor de ouvido. As folhas são esmagadas para fazer um pó de rapé. A casca contém isoflavonas e umbeliferona. As folhas contêm ácidos salicílicos, hidroxicomático, cumárico e ferúlico. Segundo Mors W.B. et al. (2000) D. odorata pode –se utilizada para fortalecer o couro cabeludo e melhorar o crescimento do cabelo. Elas são consideradas antiasmáticas, antiespasmódicos, cardiotônicos e em emagrecimento. O óleo das sementes é usado para aliviar dores de estômago, para tratar feridas na boca, para fortalecer o couro cabeludo e melhorar o crescimento do cabelo. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura

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Família:— Fabaceae-Faboideae Nome científico: — Dipteryx alata Vogel Nome popular: — baru, cumaru, cumburu, cumarurana Sinônimo: — Coumarouna alata (Vogel) Taub. Origem geográfica e habitat: — Dentre as quinze espécies do gênero Dipteryx identificadas no Brasil (D. alata Vogel), o baru é a única que ocorre no bioma cerrado, enquanto todas as outras, também arbóreas, ocorrem em florestas úmidas especialmente na Amazônia (TORRES et al, 2003). Em solos secos nas savanas e florestas lenhosas semi-decíduas (LORENZI. H. ET A. 2000; LORENZI. H., 2002). Descrição Botânica Árvore semidecídua, de copa globosa a densa, com tronco revestido por casca pardacenta e suberosa, de 15-25 m de altura por 40-70 cm de diâmetro. Folhas compostas pinadas, de raque e pecíolo alados, com 6-12 folíolos glabros e cartáceas , de 8-12 cm de comprimento. Frutos oblongo-achatados, lenhosos, de cor parda, do tipo legume, contendo uma única semente (castanha) de cor marrom (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — Na alimentação humana, são utilizadas, tanto a polpa quanto à amêndoa do baru (Almeida et al., 1998). A polpa rica em proteínas, não só serve para nutrir o gado, como também pode ser usada ao natural e sob a forma de um doce conhecido localmente como “pé-de-moleque” (RIZZINI, 1971). A polpa do fruto também é empregada na culinária regional, e as sementes são consumidas puras, cruas ou cozidas, embora seja recomendável a torrefação das mesmas, devido à presença de um composto inibidor de tripsina nas sementes (TOGASHI, 1993). A polpa e a semente são altamente energéticas, nutritivas e ricas em minerais, principalmente o elemento potássio. A torta da polpa pode ser aproveitada como ração animal, bem com fertilizante, devido à presença de elementos nutrientes essenciais como potássio, fósforo e cálcio. A torta da semente, em vista do alto teor protéico bruto, pode ser empregada no balanceamento de rações dietéticas. A semente apresenta também alto teor de óleo, sendo aproveitado como fonte oleaginosa. Também se destaca o potencial de utilização da semente e polpa do baru, tanto na indústria químico-farmacêutica, alimentícia e de fertilizantes (VALLILO et al., 1990). Partes comestíveis utilizadas Frutos, amêndoas e farinha das amêndoas peladas Medicinais: — O grão de semente é analéptico, diaforético e emenagoga (MORS W.B. et al., 2000) Formas de preparo e dosagem 59

Foto: Marcio Cruz

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Não informada na literatura

Família:— Lauraceae Nome científico: — Cinnamomum verum J.Presl. Nome popular: — canela, canela da Índia, canela da China, canela do Ceilão, árvore de canela, cinamomo, cinnamon (Inglaterra), cannella (Itália), cánelle de Ceylan (França) Sinônimo: — Cinnamomum zeylanicum Blume, Camphorina cinnamomum (L.) Farw. , Cinnamomum alexei Kosterm., Cinnamomum aromaticum J.Graham Origem geográfica e habitat: — Ocorre na Índia e Sri Lanka. Habita em Florestas de solos úmidos, bem drenados, do nível do mar até 700 metros (CHEVALLIER. A., 1996; 307 BARWICK. M., 2004). Descrição Botânica

Foto: Steven Foster, 2012

Dados Taxonômicos

Árvore perene que atinge uma altura de 8-17 m na natureza. Em um estado não colhido, o tronco é robusto, 30-60 cm de diâmetro, com uma casca grossa e cinza e os ramos baixos. Folhas rígidas, estipuladas, opostas, um tanto variável na forma e no tamanho. Pecíolo 1-2 cm de comprimento, sulcado na superfície superior. Lamina normalmente 5-18 x 3-10 cm, ovada ou elíptica; Base mais ou menos arredondada e a ponta tende a ser um pouco acuminado. Existem 3, às vezes 5, conspícuas, veias longitudinais encontrados na base da lâmina e correndo quase até a ponta. As folhas jovens do rubor são avermelhadas, mais tarde virando verde escuro acima com veias mais pálidas e pálidas glaucos abaixo. Flores carregadas em panículas axilares e terminais relaxados nas extremidades dos galhos. Pedúnculos cremosos brancos, suavemente peludos, 5-7 cm de comprimento. Flores individuais muito pequenas, de cerca de 3 mm de diâmetro, amarelo pálido, com um cheiro fétido, cada uma subtendida por uma pequena, ovada, bráctea peluda. O cálice é campanulado e pubescente com 6 segmentos agudamente apontados. Corola ausente. Fruta uma drupa carnuda, preta, 1,5-2 cm de comprimento quando madura, com o cálice alargado na base (ORWA et al. 2009). Usos e aplicações Culinários: — A casca do caule é utilizada como aromatizante (NORRINGTON. L., 2001). Um sabor muito conhecido é usado em caril e uma vasta gama de pratos doces. Os óleos essenciais, obtidos a partir das folhas e da casca, são utilizados como aromatizantes alimentares numa variedade de alimentos, incluindo molhos e picles, produtos de panificação, confeitaria e bebidas do tipo cola (FACCIOLA. S., 1998; WORLD AGROFORESTY CENTRE, 2017). As folhas são frequentemente usadas na culinária para conferir um sabor de canela (FACCIOLA. S., 1998). Partes comestíveis utilizadas Folhas, Cascas e óleo essências 60


Medicinais: — O óleo de casca de canela é empregado numa gama de preparações dentárias e farmacêuticas (WORLD AGROFORESTY CENTRE, 2017). Historicamente, as gotas da canela foram consideradas como um tónico, um sedativo no parto, e um remédio para muitas desordens comuns. Canela serviu como um edulcorante de respiração no passado. Nos tempos medievais, a canela foi destilada para produzir cordiais, ostensivamente para ajudar na digestão. No Oriente, a canela e seus parentes próximos ainda são amplamente utilizados para remédios locais, particularmente para distúrbios gastrointestinais e respiratórios e como afrodisíacos. Nas Filipinas e no Pacífico, é tomado para aliviar a dor de cabeça. Na Colômbia, os bastões de canela são mastigados para acelerar o parto. Em Gana, Casca de brotos jovens é usada como carminativo e para tratar o catarro (coriza), e o extrato de casca é um adstringente intestinal. No Haiti, a essência é usada como cataplasma para o reumatismo e é tomada por via oral para espasmos e gás gástrico e intestinal (WORLD AGROFORESTY CENTRE, 2017). De acordo com Roger (1998) a canela possuem propriedades antiespasmódico, afrodisíaco, analgésico, carminativo, estimulante, tônico, antidepressivo, antipirético, estimulante do cérebro, gastroprotetor e hipotensor. Formas de preparo e dosagem Uso interno: Chá (decocção das cascas ou infusão do pó das cascas) – 25 a 50 gr/litro de água – 200 ml/dia; Extrato fluido: 02 a 10 ml/dia; Tintura: 10 a 50 ml/dia; Óleo essencial: 01 a 03 gotas/dia; Pó: 0,5 a 1,0 gr em água ou em leite quente, 3x/dia (ALONSO, J.R. 1998; RIBEIRO,P.G.F. & DINIZ, R.C. 2008).

Família:— Apiaceae Nome científico: — Petroselinum crispum (Mill.) Fuss Nome popular: — salsa, salsinha, salsa-comum, salsa-das-hortas Sinônimo: — Peucedanum petroselinum (L.) Desf., Petroselinum vulgare Lag., Selinum petroselinum (L.) E.H.L.Krause, Petroselinum sativum Hoffm. Origem geográfica e habitat: — Ocorre no Mediterrâneo e habita em lugares desertos gramadas nas paredes e rochas (CLAPHAM, TUTIN & WARBURG, 1962), especialmente em calcário e perto da costa (MILLS. S. Y.,1988).

Foto: Kim Starr. Copyright © 2017

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Descrição Botânica Erva bianual de raiz simples ou ramificada, cujo talo pode atingir 1 m de altura. Caule é todo marcado com listras verdes e muito ramificado. Folhas se dividem em vários segmentos, sendo que na base, aparece uma bainha tem desenvolvida que abraça o caule. Flores são de cor creme e formam umbrelas compostas de ramos desiguais. Fruto é arredondado e pode atingir 2 mm de comprimento

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e, quando maduro, divide em dois frutos arqueados com 5 estrias. É uma planta de cor verde-escura e brilhante, com cheiro característico (GRANDI, S.T.M., 2014). Usos e aplicações Culinários: — Folhas cruas ou cozidas (HEDRICK. U.P.,1972; GIEVE, 1984; MABEY.R.,1974; LAUNERT. E.,1981; SIMONS., 1977; LUST., J.1983; VILMORIN. A.,1981). Salsa é frequentemente usado como um enfeite ou como um aroma em saladas e muitos pratos cozidos, mas tem um sabor muito forte para ser comido em quantidade para a maioria dos paladares. É um ingrediente da mistura de ervas 'bouquet garni. As folhas devem ser colhidas regularmente a fim de incentivar o crescimento fresco e obter rendimentos máximos. As folhas são difíceis de secar, mas são facilmente congeladas (HUXLEY. A., 1992). Para a secagem requerem uma sala bem ventilada que receba longas horas de luz solar - as folhas precisam ser bastante nítidas se forem para armazenar (GENDERS. R.,1994) . Muito rico em ferro, iodo e magnésio, salsa também é uma boa fonte de outros minerais e as vitaminas A, B e C (ALLARDICE.P.,1993; PHILLIPS. R. & FOY. N.,1990) . As hastes podem ser secas e trituradas e usadas como corante alimentar (BIRD. R1989).Um chá é feito de folhas frescas ou secas, é rico em vitamina C (LUST. J.,1983; BIRD. R1989). Um óleo essencial é obtido principalmente das folhas - é usado como um alimento comercial flavoring (UPHOF. J.C. TH.,1959). As folhas produzem cerca de 1% de óleo essencial, enquanto cerca de 6% é obtido a partir da semente (CHIEJ. R.,1984). Alguns cuidados são aconselhados sobre o uso desta planta, especialmente o óleo essencial. A salsa contém myristicine de psychotroph alegado (DUKE. J.A.& AYENSU. E. S.,1985). O contato excessivo com a planta pode causar inflamação da pele (DIGGS, JNR. G.M. et al. 1999). Embora perfeitamente seguro para comer e nutritivo em quantidades que são dadas em receitas, salsa é tóxico em excesso, especialmente quando usado como um óleo essencial (BOWN. D.,1995).

Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas cruas e cozidas, óleos essenciais Medicinais: — As folhas frescas são altamente nutritivas e pode ser considerado um suplemento natural de vitaminas e minerais em seu próprio direito (CHEVALLIER. A.,1996). O uso principal das plantas é como um diurético, onde é eficaz para livrar o corpo de pedras e no tratamento de icterícia, hidropisia, cistite etc (GIEVE 1984; BOWN. D.,1995). É também um bom desintoxicante, ajudando o corpo a se livrar das toxinas através da urina e, portanto, ajudando no tratamento de uma vasta gama de doenças, tais como reumatismo. A semente é uma erva segura em doses normais, mas em excesso pode ter efeitos tóxicos (CHEVALLIER. A.,1996). Salsa não deve ser usada por mulheres grávidas, pois é usado para estimular o fluxo menstrual e, portanto, pode provocar um aborto (CHIEJ. R.1984; BOWN. D.,1995). Todas as partes da planta podem ser usadas medicinais, a raiz é a parte mais frequentemente usado embora as sementes têm uma ação mais forte. Salsa é anticaspa, antiespasmódico, aperiente, carminativo, digestivo, diurético, emenagoga, expectorante, galactófaga, rim, estômago e tônico (GIEVE, 1984; CHIEJ. R.,1984; LAUNERT. E.,1981; LUST. J.,1983; MILLS. S. Y., 1988; ALLARDICE.P.,1993; BOWN. D.,1995). Uma infusão de raízes e sementes é tomada após o parto para promover a lactação e ajudar a contrair o útero (BOWN. D.1995). Salsa também é um laxante suave e é útil para tratar a anemia e convalescentes (PHILLIPS. R. & FOY. N.,1990). Cataplasma das folhas tem sido aplicada externamente para aliviar mordidas e picadas, também são dito ser de valor no tratamento de tumores de natureza cancerosa (GIEVE 1984). Tem sido usado para tratar infecções oculares, enquanto um algodão embebido no suco vai aliviar dor de dente ou dor de ouvido. Também é dito para evitar a perda de cabelo e para fazer freckles desaparecer (PHILLIPS. R. & FOY. N.,1990). 62


Formas de preparo e dosagem Uso interno: Infusão das folhas (2 a 4 %) ou sementes (1 a 2%) – 3 xícaras/dia; Decocção das raízes (1 a 2%) – 3 xícaras/dia; In natura para temperar pratos diversos; Tintura ou extrato fluido (1:1 em 25% de álcool) – 2 a 4 ml 3x/dia; Uso externo: Cataplasmas sobre feridas; Compressas ou banhos com o chá, preparado como explicado acima (ALONSO, J. R.1998).

Família:— Rubiaceae Nome científico: — Genipa americana L. Nome popular: — jenipapo, jenipapeiro, jenipá, jenipapinho, genipap Sinônimo: — Gardenia brasiliensis Spreng., Genipa brasiliana A. Rich., Genipa pubescens DC., Genipa venosa Standi. Origem geográfica e habitat: — espécie de origem pré-colombiana com ocorrência no norte da América do sul, América Central, Antilhas e no México e regiões tropicais úmidas da América latina até Argentina (SOUZA et al.,1996). Ocorre em áreas com florestas abertas e de vegetação secundária de várzeas situadas em locais temporários ou permanentes inundados (LORENZI, 1992). Descrição Botânica Árvore caducifólia, alta, de copa grande e arredondada, de até 20 m de altura, tronco geralmente reto, casca pouco espessa, lisa, de cor verde acinzentada, com diâmetro de 20 a 40 cm, ramificação abundante (MARTINS et al. 2002). As folhas são curto-pecioladas, opostas, luzidias, e as flores hermafroditas, brancas no princípio e depois se tornam amareladas. Os frutos são do tipo baga, subglobosa, de 8-10 cm de comprimento e 6-7 cm de diâmetro, casca mole, parda ou pardacento-amarelada, membranosa e enrugada (DONADIO et al. 1998). O fruto e uma baga comestível, de forma tamanho, cor e peso variáveis. Compõe-se de Invólucro carnoso, de diversas sementes chatas e polidas, recobertas por uma camada polposa adocicada, com casca mole, pardacenta, aromática (SANTOS, 2001). Usos e aplicações Culinários: — Os frutos são usados para sucos, refrescos, geleias, sobert, sovertes, doces em calda e licores. Os frutos também podem ser usados em pratos salgados, e.g., picles e cozidos com carnes. Na Amazônia é comum nas feiras, quitandas e até em supermercados. Mesmo no Sudeste é cultivada nos sítios, em regiões menos frias. No Sul e Sudeste costumam vender frutos verdes (incomíveis), mas ideal para o preparo de bolo azul (KINUPP & LORENZI, 2014).

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Foto: Silva, K.C. 2017

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O jenipapo raramente é consumido tal como se encontra na natureza. Por exemplo, pode ser servido passado na frigideira com manteiga e depois adoçado com bastante açúcar e pó de canela. O fruto maduro presta-se para compotas, cristalizados, sorvetes e refrescos; se colocado em infusão em álcool, saboroso licor; e, se submetido à fermentação, tem-se um vinho também muito saboroso (GOMES, 1982). Partes comestíveis utilizadas Frutos maduros Medicinais: — Segundo Corrêa (1984b), é uma árvore que pode chegar a 14 m de altura e, suas folhas são utilizadas como antidiarreico e antissifilítico. O caule é empregado como purgativo e para curar feridas escorbúticas, úlceras venéreas e faringites granulosas. No Ceará, esse órgão aéreo é popularmente usado em contusões e luxações (MATOS, 1999). As folhas, quando cozidas, servem como antissifilítico e antidiarreico, apesar de apresentarem substâncias com efeito purgativo (CORRÊA, 1984b). O suco das folhas maceradas é empregado por algumas tribos nativas como febrífugo (DELPRETE; SMITH; KLEIN, 2005). Os caules, embora possuam tanino, têm efeito predominantemente purgativo e, em decocto, curam ferida escorbútica, úlcera venérea, faringite granulosa e combatem a anemia (CORRÊA, 1984b), além de serem usados em contusões e luxações (MATOS, 1999). O chá do caule é anti-hemorrágico (REVILLA, 2001) e, quando cortada, a casca libera uma goma branca, que depois de diluída em água, é aplicada nos olhos para tratar a opacidade da córnea (DELPRETE; SMITH; KLEIN, 2005). A raiz também é considerada purgativa e, quando feita a decocção, é antigonorreica (CORRÊA, 1984b). Do fruto imaturo faz-se o suco, o qual é utilizado como antissifilítico (CORRÊA, 1984b) e, para Revilla (2001), é antisséptico e cicatrizante, sendo seu chá usado na constipação intestinal. Formas de preparo e dosagem São utilizados na forma macerada, decocto, infusão, chá, no entanto, não é informada na literatura a proporção em que a espécie e preparada e dosada.

Família:— Lamiaceae Nome científico: — Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. Nome popular: — malvarisco, hortelã-pimenta, malvariço, hortelã-graúda, hortelã-bahia Sinônimo: — Coleus amboinicus Lour., Coleus aromaticus (Roxb.) Benth., Plectranthus aromaticus Roxb. Origem geográfica e habitat: — Ásia Oriental, e encontra-se distribuída por toda a América Tropical, desde as Antilhas até o Sul do Brasil (CASTILLO; GONZÁLES, 1999). Habita não informado na literatura.

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Disponível: em toptropical.com

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Descrição Botânica Herbácea perene, ereta ou decumbente, ramificada, fortemente aromática geral verde-acinzentado, semicarnosa, 40-90 cm. Folhas simples, pecioladas, de lâmina arredondada ou deltoide, espessa, carnosa, quebradiça, de margens serradas, com a face abaxial mais clara, de 4-10 cm de comprimento. Inflorescências em panículas de racemos terminais eretos, com flores labiadas róseas a violetas (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — Em Manaus/AM é comercializadas nas feiras sob o nome de malvarisco, mas é basicamente usada como remédio, para xarope contra tosse. As folhas são apresentadas como uma proposta para ser usadas como hortaliça condimentar e aromatizante. No interior do RJ é hortelãpimenta (as folhas são levemente picantes) e no Sul é hortelã-gorda, sendo usada como tempero de carnes. Tem usos similares ao tomilho e a sálvia para temperar carnes e frangos. Na Amazônia a espécie bem adaptada e poderia ser usada para amenizar o tão citado “pitiu” (cheiro forte) dos peixes, assim como o é na Malásia e Java (WYK, B.E. van, 2005) onde são usadas para carne de cabra, que têm odor forte. Na Indonésia, mães lactantes comem as folhas para facilitar a saída se leite (WYK, B.E. van, 2005). Podem ser deixadas de molho na água para chá (água aromatizada) e para aromatizar vinho e cerveja (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas (soltas) e Folhas ficadas Medicinais: — Popularmente essa espécie tem sido usada há décadas para diversos tratamentos, principalmente doenças inflamatórias da pele e infecções (LUKHOBA, 2006). Uma infusão ou xarope feito a partir de suas folhas é usado no tratamento para tosse, gripe, bronquite e asma (VÁSQUEZ; DE MENDONÇA; DO NASCIMENTO NODA, 2014), como também para aplicado externamente para queimaduras e picadas de insetos (SELVAKUMAR et al., 2012). Com isso os produtos naturais obtidos dessa espécie são utilizados na medicina tradicional tanto para o tratamento de doenças respiratórias como também para problemas gástricos digestivos, como carminativo (KHARE; BANERJEE; KUNDU, 2011; SELVAKUMAR et al., 2012). Ademais, há relatos que ela tem sido usada para tratar síndromes convulsivas e epilépticas (CHEN, 2014). Ensaios clínicos de fase I, demonstrando a toxicidade de produtos fitoterápicos, confirmaram que produto fitoterápico comercializado da espécie Plectranthus amboinicus Lour. possui uma baixa toxicidade (PAULO et al., 2009). Demonstrando assim segurança para o seu uso. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura

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Família:— Lauraceae Nome científico: — Aniba canelilla (Kunth) Mez Nome popular: — preciosa, casca-preciosa, folhapreciosa, casca-do-maranhão Sinônimo: — Aniba elliiptica A.C. Sm., Cryptocarya canelilla Kunth Origem geográfica e habitat: — Ocorre na América do sul Brasil e habita na Amazônica, em floresta de terra firme e Mata Atlântica.

Foto: A. Gentry, Bolívia

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Descrição Botânica Árvore perenifólia, de copa alongada, com tronco revestido por casca avermelhada e muito aromática, descamado em placas irregulares, de 20-25 m de altura por 40-70 cm diâmetro. Folhas simples, pecioladas, alternas, de lamina glabra, cartácea, brilhante na face adaxial e levemente mais clara e opaca na abaxial, de 12-20 cm de comprimento. Flores pequenas, amareladas, reunidas em inflorescências axilares ferrugineo-tomentosas. Frutos globosos, negros com uma única semente (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — O uso alimentar desta planta se resume, principalmente, como condimento e no preparo de chás, tanto de suas folhas como de sua casca e madeira. Em Manaus/AM é comumente encontra a venda nas feiras e a população aprecia o chá. O chá das folhas foi experimentado e têm sabor e aroma similares, porém suave. A madeira teria potencial para barricas para envelhecer cachaça e outras bebidas. Também são utilizados no preparo de creme de araruta e molho aromático (KINUPP & LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas Ramos foliares, Cascas e Madeira Medicinais: — A casca e o óleo essencial obtido da madeira são analgésicos, antibacterianos, anticonvulsivos, antidepressivos, antimicrobianos, antissépticos, antiespasmódicos, afrodisíacos, desodorantes, digestivos, peitorais, estimulantes e TÔNICOS (RAINTREE NUTRITION, 2013; DEFILIPPS, R. A. et al. 2007; BURNS. R.M. & HONKALA. B.H., 1990). Eles são utilizados no tratamento da acne, resfriados, tosse, dermatite, hidropisia, febres, frigidez, dores de cabeça, infecções, náuseas, tensão nervosa, cuidados com a pele e feridas (RAINTREE NUTRITION, 2013). Uma decocção da casca é usada para curar disenteria, diarreia e febre. A fumaça da casca queimada é esfregada sobre o corpo para tratar a diarreia. A semente raspada é utilizada como tratamento para disenteria. A planta contém alcaloides (DEFILIPPS, R. A. et al., 2007). O forte, cheiro de canela da casca é devido aonitrocompound 1-nitro-2-phenylethane. Outros constituintes voláteis incluem eugenol e metil-eugenol (BURNS. R.M. & HONKALA. B.H.,1990). Formas de preparo e dosagem 66


Não informada na literatura Dados Taxonômicos

Sinônimo: — Ocimum micranthum Willd., Ocimum montanum Hook., Ocimum guatemalense Gand. Nome popular: — alfavaca, alfvaquinha, alfavaca, alfavaca-do-campo Origem geográfica e habitat: — Ocimum campechianum é uma erva nativo das terras baixas da América Central, América do Sul e Índias Ocidentais (WIGGINS & PORTER, 1971). Ocorre em meio a resíduos e terra cultivada nas Bahamas (BRITTON NL & MILLSPAUGH CF. 1920). Em solos úmidos, matagais secos ou campos abertos, muitas vezes em encostas rochosas ou em cascalho e barras de areia ao longo de córregos, em elevações até 1.300 metros na Guatemala (STANDLEY PC & JA STEYERMAR, 1946,1976). Descrição Botânica Subarbusto ereto de base lenhosa, perene, ramificado, fortemente aromatico, de caule e ramos pubescentes, 40-80 cm de altura. Folhas simples, pecioladas, opostas, de lamina cartacea , glabra com a facea adaxial verde-escura e marcada pela nervação e abaxial de cor bem mais clara, de 6-9 cm de comprimento. Inflorescências em racemos terminais densos, eretos e de mais de 15 cm de comprimento, com flores labiadas róseas a lilases (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — As folhas e caules jovens são usados como um aroma em sopas e guisados (FACCIOLA. S., 1998; STANDLEY PC & JA STEYERMARK, 1946,1976). As folhas secas, perfumadas são usadas para fazer um chá (SCHWEINFURTH, C., 1945). Segundo Kinupp & Lorenzi (2014), a espécie é muito vendida nas feiras e mercados das cidades da região amazônica, especialmente em Manaus (AM), onde é inclusive subespontânea, ocorrendo ocasionalmente, nas calçadas e terrenos baldios. É ingrediente muito importante em sopas, caldeiradas e outros pratos com carnes e peixes. É uma espécie com grande potencial para ser desidratada e comercializada seca, assim como se faz atualmente com orégano e manjericão. Folhas frescas podem ser desidratas a 5055˚C e moídas para consumo em algumas receitas como, por exemplo, pirarucu com alfavaquinha, jaca-verde com alfavaquinha e proteína da soja com alfavaquinha e para consumo rotineiro, ficando muito bom e na manutenção do aroma típico. Partes comestíveis utilizadas Ramos foliares e Folhas secas parcialmente moídas Medicinais: — As folhas de O. Campechianum, infusões são usadas na medicina Tradicional, no tratamento de problemas das vias aéreas, frio, gripe, febre, distúrbios de estômago, disenteria, 67

Foto: Alex Popovkin, Bahia, Brasil

Família:— Lamiaceae Nome científico: — Ocimum campechianum Mill


reumatismo, paralisia, epilepsia e doença mental (MEJIA & RENGIFO 1995, SILVA et al. 2004; PETER et al. 2013). Também pode ser usado topicamente durante o banho para tratar doenças dérmicas, folhas esmagadas para tratar miíase nasal (doença parasitária), cozinhar raiz para tratar problemas digestivos (CÁCERES, 1996). Também está planta contém compostos bioativos usaram naturalmente quanto nematicida inseticida, fungicida ou antimicrobiana (MORAES et al., 2002; SILVA et al., 2004). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Solanaceae Nome científico: — Solanum melongena L. Nome popular: — berinjela Sinônimo: — Solanum esculentum Dunal, Solanum insanum L. Origem geográfica e habitat: —Ocorre na Índia, Birmânia e ou China (FILGUEIRA, 2000). Descrição Botânica Herbácea, de talos ramosos, espinescente, que pode alcançar 1melho de altura. Folhas pecioladas, alternas, cordadas, margem inteiras de cor verdeescura na face adaxial da folha, e mais clara e aveludada na face abaxial. Suas flores são solitárias de cálice espinescentes, pedunculadas de cor violetas, distribuídas nas axilas foliares ao logo dos ramos. Os frutos grandes são bagas de cor violeta quando maduros e comestíveis. Suas sementes são brancas, esverdeadas e muito numerosas (GRANDI, S.T.M., 2014). Usos e aplicações Culinários: — O alto teor de fibra permite que a farinha de berinjela possa ser utilizada na elaboração de produtos de panificação (biscoitos e pães) e massas alimentícias, ampliando a oferta de produtos com alto teor de fibra, tanto para os consumidores sadios, quanto para aqueles que apresentam algumas patologias (constipação intestinal, alto nível de colesterol, obesidade, entre outras) (PEREZ, P.M.P. & GERMANI, R., 2007). A berinjela é normalmente consumida cozida, frita à milanesa, assada ou ensopada em pratos frios e quentes. Pode ser ingrediente no preparo de patês, antepasto, sucos, molhos e omeletes. Pode também ser recheada ou servida em conserva, associada a outras hortaliças, como pimentão e cebola. Para evitar o escurecimento da berinjela, depois de descascadas e picadas, deixe-as imersas em água com limão ou vinagre por alguns minutos (MISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2015). Frutas crus ou cozidos (CHITTENDON, F.1951; HEDRICK. U., P.,1972; SIMONS1977; VILMORIN. A. ,1981; ORGAN. J.,1960). O fruto não deve ser comido cru [132]. Ele pode ser cozido, cozido ou adicionado a sopas, caril etc. (BIRD. R.1989). O fruto é dito ser muito nutritivo (CHIEJ. R.,1984). É uma boa fonte de vitamina C e potássio 68

Foto: Hannes Grobe/BHV

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(ALLARDICE. P.,1993). A fruta pode ter até 20 cm de comprimento em plantas cultivadas (HUXLEY. A.,1992). Folhas misturadas com farelo de arroz e sal em que raízes de 'Daikon' (uma forma de raiz [Raphanus sativa]) foram decapadas (BIRD. R.,1989). Recomenda-se precaução, consulte as notas sobre toxicidade acima. Partes comestíveis utilizadas Frutos crus e cozidas e Folhas Medicinais: — A berinjela é usada principalmente como uma colheita de alimentos, mas também tem vários usos medicinais que torná-lo uma adição valiosa para a dieta. Em particular, a fruta ajuda a baixar os níveis de colesterol no sangue e é adequado como parte de uma dieta para ajudar a regular a pressão arterial elevada (CHIEJ. R.,1984; CHEVALLIER. A.,1996). A pasta de fruta aquecida é aplicada a articulações dolorosas (DEFILIPPS, R. A. et al. 2007). O fruto é antihemorroida e hipotensivo (CHIEJ. R., 1984). Também é usado como um antídoto para cogumelos venenosos. É ferido com vinagre e usado como um cataplasmo para mamilos rachados, abscessos e hemorroidas (STUART. REV. G. A.1911; DUKE. J. A. & AYENSU. E. S.,1985; CHEVALLIER. A.,1996). A decocção é aplicada para descarregar feridas e hemorragias internas (DUKE. J. A. & AYENSU. E. S.,1985). Uma cataplasma calmante e emoliente para o tratamento de queimaduras, abcessos, feridas frias, hemorroidas e condições semelhantes pode ser feita a partir das folhas. As folhas de berinjela são tóxicas e só devem ser utilizadas externamente (CHEVALLIER. A.,1996). As cinzas do pedúnculo são utilizadas no tratamento de hemorragias intestinais, pilhas e dor de dente (DUKE. J. A. & AYENSU. E.S., 1985). A decocção da raiz é antiasmático, estimulante adstringente e geral (STUART. REV. G. A.,1911; DUKE. J.A. & AYENSU. E. S.,1985; BROWN. W. H.,1920). É feito em um pó e aplicado internamente e externamente como um remédio para o sangramento. O suco da raiz é utilizado no tratamento da otite e dores de dentes (DEFILIPPS, R. A. et al., 2007). Formas de preparo e dosagem Uma berinjela de tamanho médio, descansar e fazer o decocto em 12 litro de agua. eixar esfriar e beber aos copos durante o dia. O sumo e feito na mesma proporção, batido no liquidificador e coado (GRANDI, S.T.M., 2014).

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Família:— Sapindaceae Nome científico: — Paullinia cupana Kunth Sinônimo: — Paullinia sorbilis Mart. Nome popular: — guaraná, uaraná, guanazeiro, guaranauva, guaranaína; guarana (inglês), guaraná (espanhol), guaranà (italiano), guaranastrauch (alemão) Origem geográfica e habitat: — cresce em áreas tropicais e subtropicais da América, com alta frequência na Amazônia brasileira, venezuelana e Guianas, a partir da região ocidental do rio Tapajós até a bacia do Rio Madeira, e partes do Paraguai e do Uruguai, (COSTA; ACEVEDO, 1999; ALONSO, 2007). Ocorre em terra firme, tipo Latossolo Amarelo, com textura pesada e boas propriedades físicas, mesmo que quimicamente pobre, com pH variando de 4,0 a 5,4, baixos teores de Ca, Mg, K e P e alta saturação de alumínio (SUFRAMA, 2003). Descrição Botânica Liana semiarbustiva trepadora de 1,5 a 3 metros de altura, que busca a direção da luz disponível na parte superior da floresta. Suas folhas são numerosas, elíptico-ovais, com cinco folíolos, glabra em ambas as faces e bordas ligeiramente dentadas, a parte inferior das folhas é verde brilhosa. A haste é flexível e alongada, possuem flores pequenas com pétalas oblongas, seus frutos são capsulares, piriformes e indeiscentes, e as sementes apresentam uma coloração castanho-escuros (CORRÊA et al., 1998; MATTA, 2003; BASILE et al., 2005; ALONSO, 2007). Usos e aplicações Culinários: — As sementes torradas e trituradas são transformadas numa pasta que é então utilizada para fazer uma bebida estimulante rica em cafeína. A pasta açucarada, chamada de chocolate brasileiro, é utilizada em refrigerantes, doces, etc (FACCIOLA. S., 1998). As sementes contêm 2,77% de cafeína, bem como os estimulantes teofilina e teobromina (CHEVALLIER. A., 1996; WORLD AGROFORESTY CENTRE, 2017). As sementes contêm até 7% de um composto semelhante à cafeína conhecido como guaranina, que não é viciante e leva mais tempo para ser metabolizado, dando-lhe um efeito mais suave, estimulante mais sustentado (BOWN. D., 1995). As sementes também são torradas, trituradas e usadas como aromatizantes no pão (ECOCROP, 2007). O processamento da semente pode ser obtido o guaraná em pó, bastão, extratos e xaropes (MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2015). O maior interesse pelas sementes do guaraná é da indústria de bebidas, como refrigerantes e licores, e na composição de uma variedade de suplementos alimentares, principalmente devido ao alto teor de cafeína (BASILE et al. 2005; FREITAS et al. 2007; KURI, 2008). Partes comestíveis utilizadas Frutos e Sementes 70

Foto: Geoff Gallice

Dados Taxonômicos


Medicinais: — A semente de guaraná contém derivados de xantina, incluindo até 7% de cafeína mais teobromina e teofilina; Taninos e saponinas (CHEVALLIER. A., 1996). É uma erva adstringente, amarga, diurética, com um forte efeito estimulante (BOWN. D., 1995; CHEVALLIER. A., 1996]. A semente é dito ser antipirético, antinevrálgico e antidiarreica, e é também reputada para ser um estimulante poderoso, um analgésico comparável à aspirina e a um agente do anti-influenza (303). As tribos da floresta tropical usaram o guaraná principalmente como estimulante, adstringente e no tratamento da diarreia crônica (WORLD AGROFORESTY CENTRE, 2017). A semente em pó é tomada internamente para aliviar a fadiga, ajuda a concentração e levantar os espíritos. Um relatório diz que o uso excessivo pode causar insônia, embora menos do que bebidas à base de cafeína (BOWN. D., 1995). Enquanto outros dizem que o efeito estimulante é devido à cafeína (CHEVALLIER. A., 1996; WORLD AGROFORESTY CENTRE, 2017). Um remédio útil em curto prazo para impulsionar os níveis de energia, embora tenha tendência a inibir os processos restauradores naturais do corpo, se usados em longo prazo. A semente também é tomada internamente no tratamento de diarreia crônica; Dores de cabeça e enxaqueca; E no tratamento da depressão leve (CHEVALLIER. A., 1996). Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura

Dados Taxonômicos

Sinônimo: — Arundo saccharifera Garsault, Saccharum atrorubens Cuzent & Pancher ex Drake, Saccharum fragile Cuzent & Pancher ex Drake, Saccharum glabrum Cuzent & Pancher ex Drake, Saccharum luzonicum Cuzent & Pancher ex Drake, Saccharum monandrum Rottb., Saccharum occidentale Sw. Nome popular: — cana-de-açúcar, caña de azúcar, caña Dulce, sugar cane (Ingl.) Origem geográfica e habitat: — originária do Sudeste Asiático, da grande região central da Nova Guiné e Indonésia (DANIELS; ROACH, 1987). Descrição botânica Planta perene cresce em aglomerados consistindo em um número de hastes fortes não ramificadas. Uma rede de rizomas forma sob o solo que envia brotos secundários perto da planta mãe. As hastes variam na cor, sendo verde, pink, ou roxo e podem alcançar 5 m (16 ft) na altura. Eles são articulados, os nós estão presentes nas bases das folhas alternadas. Os entrenós contêm uma medula branca fibrosa imersa em seiva açucarada. As folhas alongadas, lineares, verdes têm nervuras centrais espessas e bordas dentadas de serra e crescem até um comprimento de cerca de 30 a 60 cm e largura de 5 cm. A inflorescência terminal é uma panícula de até 60 cm de 71

Foto: Silva, K.C. 2017

Família:— Poaceae Nome científico: — Saccharum officinarum L.


comprimento, uma pluma rosada que é mais ampla na base e afilando-se em direção ao topo. As espiguetas são suportadas em ramos laterais e têm cerca de 3 mm de comprimento e estão escondidas em tufos de cabelos longos e sedosos. Os frutos são secos e cada um contém uma única semente. A colheita da cana ocorre tipicamente antes que as plantas floresçam, pois o processo de floração causa uma redução no teor de açúcar (]OSBORNE, D.J & SARGENT, J.A., 1976; GALANI, S. et al. 2013). Usos e aplicações Culinários: — A rapadura, o açúcar mascavo e o melado são os principais produtos do segmento artesanal do sistema produtivo da cana-de-açúcar. Outro importante derivado da cana é a cachaça, obtida da fermentação e da destilação do caldo (garapa). A rapadura é o doce resultante do caldo da cana-de-açúcar concentrado. É um produto integral, sem refino, puro e passível de utilização como açúcar. A produção do mascavo envolve um procedimento semelhante ao da rapadura, sendo o diferencial apenas o ponto de concentração, que é mais alto. Esse tipo de açúcar era mais utilizado até o surgimento do açúcar branco, cuja cor se tornou mais atrativa para consumo, levando o produto marrom a perder mercado. Tanto o açúcar mascavo como a rapadura possuem uma quantidade expressiva de minerais e proteínas (MARQUES, D.2009). Um subproduto obtido da cana-de-açúcar é o palmito extraído do colmo, com teor de proteína (2,10%) semelhante ao do palmito (Euterpe edulis) (2,18%), podendo ser utilizado como alimento humano (A. AZZINI et al. 1992). Partes comestíveis utilizadas Colmos (caule) Medicinais: — Outras indicações incluem a referência de que a espécie é útil, internamente, contra resinados e anginas e, externamente, contra úlceras da córnea, rachas dos seios, aftas, envenenamento com arsênico, chumbo e cobre, além de o açúcar servir para o combate à pneumonia, tuberculose, escarlatina, erisipela, cólera, febres, vômitos da gravidez (CORRÊA, 1984). Formas de preparo e dosagem Uso interno: In natura- suco (“caldo de cana”) – uso proibido para diabéticos e desaconselhado para obesos; PPG – Policosanol- 10 mg/dia, após o jantar. Uso externo: Açúcar- Aplicado diretamente sobre feridas, como cicatrizante. AHAS -Ácido glicólico- 8 a 12%- administrado sobre a área afetada (após higienização adequada), preferencialmente à noite, ou até 2X/dia, utilizando sempre filtro solar e outro produto hidratante. Pode ser utilizado isolado ou associado à hidroquinona, antibióticos tópicos, etc. (ALONSO, J. R., 1998).

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Sinônimo: — Malpighia berteroana Spreng., Malpighia lanceolata Griseb., Malpighia retusa Benth., Malpighia umbellata Rose Origem geográfica e habitat: —M. emarginata é indígena ao sul do México, América Central e região norte da América do Sul. Ela foi introduzida no Brasil, agora o é maior produtor, em meados do século 20 (MONDIN M. et al., 2010). Descrição Botânica Árvores podem alcançar uma altura média de 3-5 m com um tronco curto e delgado que é 0,5-1 m de altura, e 7-10 cm de diâmetro. O fruto é pequeno (1-4 cm de diâmetro) e pesa 2-15 g. A pele fina é verde durante o primeiro desenvolvimento fase, mas torna-se laranja a laranja-vermelho no estágio intermediário de maturidade e tornar-se vermelho brilhante na maturidade completa. A Figura 2-1 retrata os três estádios de cor da fruta de acerola: verde imaturo, semi-maduro (parcialmente maduro) e completamente maduro (maduro). Mesocarpo (carnoso) é geralmente de um tom amarelo avermelhado, embora algumas variedades com peles vermelhas profundas têm também uma polpa vermelha escura. Independentemente do tamanho do fruto, as três sementes aladas são grandes em comparação com a carne, mas devido à sua luz e pithy natureza, eles representam apenas 20% do peso (Miller e outros 1961). A árvore produz frutos 3-4 vezes por ano e cada planta produz 20-30 kg de fruta por ano (MEZADRI et al. 2006). Usos e aplicações Culinários: — A polpa pode ser utilizada na preparação de sucos, sorvetes, vinhos, licores, doces e pastilhas de vitamina C. A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou ao processamento do suco para fins de exportação deve ser feita de maneira bastante criteriosa. O consumo em expansão dessa fruta deve-se, basicamente, a seu elevado teor de ácido ascórbico (vitamina C), que, em algumas variedades, alcança até 5.000 miligramas por 100 gramas de polpa. Esse índice chega a ser 100 vezes maior que o da laranja e o do limão, 20 vezes mais que o da goiaba e 10 vezes mais que o do caju e o da amora (MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2015). Partes comestíveis utilizadas Frutos Medicinais: — Acerola (Malpighia emarginata DC.) São utilizados principalmente pelo suplemento, farmacêutica e Sucos de fruta indústrias como uma fonte de vitamina C rica (DE ASSIS, S.A. et al., 2001). No entanto, uma pesquisa recente mostrou que além da vitamina C, frutas acerola Podem ser boa fonte de fitoquímicos: tais como antocianinas (GALVAO DE LIMA, V.L.A. et al. 73

Foto: Sandra Pires, São Luis, MA, Brasil, 2015

Família:— Malpighiaceae Nome científico: — Malpighia emarginata DC. Nome popular: — acerola


2006; VERA DE ROSSO, V. et al., 2008), flavonoides e ácidos fenólicos (VENDRAMINI, A.L.A & TRUGO, L.C., 2004), e (GALVAO DE LIMA, V.L.A. et al., 2006; HANAMURA, T., 2005) polifenóis. Com respeito à bioactividades, acerola Mostrou antioxidantes (RUFINO, M.S.M. et al., 2009) antimicrobiana (DELVA, L. & GOODRICH-SCHNEIDER, R. 2013), hepatoprotetor (NAGAMINE, I. et al., 2004), e anti-hiperglicêmica (HANAMURA, T. et al., 2006) efeitos. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Malpighiaceae Nome científico: — Malpighia glabra L. Nome popular: — acerola Sinônimo: — Malpighia punicifolia L., Malpighia semeruco A.Juss., Malpighia undulata A.Juss., Malpighia uniflora Tussac, Bunchosia parvifolia S.Watson, Malpighia biflora Poir. Origem geográfica e habitat: — Esta espécie é nativa das Antilhas Menores da Ilha de St. Croix (Área Insular dos EUA) para Trinidad e Tobago, Curaçao (Holanda) e Ilha Margarita (Venezuela), bem como a vizinha do Norte da América do Sul no Brasil. Malpighia glabra foi introduzida no cultivo em Cuba, Jamaica e Porto Rico (MORTON, J. 1987).

Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos

Descrição Botânica Arbusto ou pequena árvore sempre-verde, 2-3 (-6) m de altura, com ramos espalhados, mais ou menos inclinados em um tronco curto. Folhas opostas, ovadas a elípticas-lanceoladas, 2-8 cm x 1-4 cm, inteiras ou onduladas, verde escuro e brilhante acima, pecíolo curto. Inflorescências séssil ou curto-pedunculadas, cimeiras axilares com 3-5 flores; Flores bissexuais, 1-2 cm de diâmetro, rosado a avermelhado; Cálice com 6-10 grandes glândulas sésseis; Pétalas 5, franjadas, finas-agarradas; Estames 10, filamentos unidos abaixo. Fruta um, drupas brilhante-vermelho maduro, deprimido-ovoide, 1-3 cm de diâmetro e pesando 3-5 g, geralmente em pares ou em grupos de três, obscura três lóbulos; Pele magra, carne macia, laranja, ácido a subácido. Sementes 3, triangulares, estriadas (ORWA et al.2009). Usos e aplicações Culinários: — A fruta madura, que é agradável de provar apesar de ser levemente amarga, é usada na confecção de geleias, sumos, sorvetes, tortas e conservas, bem como aromatizantes para coquetéis (MADISON D. E., 2008). Também é usado na fabricação de licores (DUKE J.A., 2017). Partes comestíveis utilizadas Frutos 74


Medicinais: — O suco de M. glabra é popular no Brasil, e o fruto é consumido como um remédio natural. No Brasil, a fruta fresca é utilizada para suporte cardiovascular, diarreia (Brasil, Guatemala), disenteria (Brasil, Venezuela), febre (Brasil, México), cicatrização de feridas (Brasil) e suporte nutricional para convalescentes e aqueles que necessitam Tratamento para anemia, colesterol alto, diabetes, doenças hepáticas, reumatismo e tuberculose (TAYLOR L., 2005). A fruta possui propriedades adstringentes, anti-inflamatórias, estimulantes e diuréticas. Também tem sido utilizado no tratamento de hepatite, doenças da mama (Venezuela) e tenesmo (um sintoma caracterizado por uma sensação de necessidade constante de passar fezes, embora o cólon esteja vazio) (TAYLOR L., 2005; DUKE J.A., 2017). Nos Estados Unidos, acerola é usada como um alimento (por exemplo, suco) ou como um componente de produtos de suplemento dietético. Por exemplo, extratos do fruto inteiro são encontrados em suplementos de vitamina C, às vezes em combinação com outras fontes de vitamina C, como ácido ascórbico e / ou ascorbato de sódio. Formas de preparo e dosagem Não informada na literatura.

Família:— Lamiaceae Nome científico: — Ocimum basilicum L. Nome popular: — manjericão, alfavaca de jardim, alfavaca doce, basilicão, manjericão, manjericão de molho, manjericão doce, manjericão grande, erva real, albahaca, sweet basil Sinônimo: — Ocimum album L., Ocimum anisatum Benth., Ocimum barrelieri Roth, Ocimum bullatum Lam., Ocimum caryophyllatum Roxb., Ocimum chevalieri Briq., Ocimum ciliare B.Heyne ex Hook.f. Origem geográfica e habitat: — originário do sudeste asiático e da África Central, disperso por regiões tropicais e subtropicais da Ásia, África, Américas Central e do Sul, sendo a África considerada o principal centro de diversidade deste gênero (PATON, 1992). Ocorre em locais de clima, a cultura do manjericão se adapta a condições subtropicais ou temperadas, quente e úmido, podendo ser cultivado o ano todo (FAVORITO, P.A. et al., 2011). Descrição Botânica Subarbusto com altura entre 45 a 90 cm, pode ser de cultivo anual ou perene (BOWN, 1995). As folhas possuem de 2,5 a 7,5 cm de comprimento, os caules são ramificados quadrangulares e pilosos com folhas opostas cruzadas, inteiras, pecioladas, verdes ou roxas. As flores, dependendo da variedade são de coloração branca, rósea, branco amarelada, avermelhada, lilás ou levemente púrpura. São pequenas, reunidas em inflorescência do tipo glomérulo e hermafroditas. Os frutos do tipo aquênio (VON HERTWIG, 1991) estão dispostos em numerosas inflorescências (espigas ou racemos) típicas do gênero. A planta exala aroma característico intenso, agradável. 75

Foto: Silva, K.C. 2017

Dados Taxonômicos


Usos e aplicações Culinários: — Folhas e flores cruas ou cozidas (GRIEVE, 1984; LUST. J., 1983; VILMORIN. A.). Usado como um aromatizante ou como um espinafre (HOLTOM. J. & HYLTON. W., 1979; USHER. G., 1974), eles são usados especialmente com pratos de tomate, molhos de massas, feijão, pimentão e berinjelas (BOWN. D., 1995). Uma adição muito agradável para saladas (KEN FERN), as folhas têm um perfume delicioso de cravinho (GRIEVE, 1984). Use as folhas com moderação na cozinha porque o calor concentra o sabor (PHILLIPS. R. & FOY. N., 1990). Um chá refrescante é feito a partir das folhas são normalmente usadas frescas, mas também podem ser secas para uso no inverno (LUST. J., 1983). A semente pode ser consumida por conta própria ou adicionada à massa de pão como aromatizante. Quando embebido em água, torna-se mucilaginoso e pode ser feito em uma bebida refrescante chamado 'sorvete tokhum' no óleo essencial Mediterrâneo (FACCIOLA. S., 1990). Um óleo essencial é obtido a partir da planta é usado como um aromatizante de alimentos em mostardas, molhos, vinagres, etc. (TANAKA. T. & NAKAO S., 1976; FACCIOLA. S., 1990). Partes comestíveis utilizadas Ramos foliares, Folhas destacadas e Flores Medicinais: — O manjericão é considerado uma planta anual ou perene, comercialmente cultivada para fins medicinais com indicações antiespasmódica, sedativa e, recentemente, há estudos que demonstram que o extrato aquoso e o extrato etanólico possuem substâncias como apigenina, linalol e ácido ursólico, que exibem um largo expectro de atividade antiviral. Estes compostos apresentam forte atividade contra o vírus da hepatite B e o vírus da herpes (CHIANG et al., 2005). Medicinalmente é considerado poderoso antisséptico, carminativo, digestivo, inseticida e analgésico (FURLAN, 1998). Ocimum basilicum L.- Genovese é considerada, em muitos países, como a espécie de maior valor econômico para a produção de óleo essencial, e pesquisas comprovam as suas ações antimicrobiana e antioxidante (FURLAN & AOYAMA, 2012). Formas de preparo e dosagem Não se deve ferver a planta, e se possível, deve-se utilizá-la fresca, devido à volatilidade dos óleos essenciais. Uso tópico: infusão para gargarejos, bochechos e compressas sobre os mamilos (para o tratamento de fissuras); Uso interno: Chá (infusão): 20 gr/litro. 03 xícaras ao dia; Tintura: 10 ml 3x/dia, diluído em água (RIBEIRO, P. G. F. & DINIZ, R.C., 2008).

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Dados Taxonômicos Família:— Euforbiaceae Nome científico: — Manihot esculenta Crantz Sinônimo: — Manihot utilíssima Pohl. Janipha aipi (Pohl) J.Presl, Janipha manihot (L.) Kunth, Jatropha aipi (Pohl) A.Moller, Jatropha diffusa (Pohl) Steud., Jatropha digitiformis (Pohl) Steud., Jatropha dulcis J.F.Gmel., Jatropha flabellifolia (Pohl) Steud. Nome popular: — mandioca, aipim, macaxeira, maniva e maniveira Origem geográfica e habitat: — nativa (América do sul Basil) Java, Ceilão Filipinas, Tailândia, África e Madagascar e habita a Amazônia. Descrição Botânica Planta de porte arbustivo, perene, resistente à seca em que pode variar entre um pouco mais de um metro até 5 metros de altura. As suas folhas são pecioladas, tripartidas ou heptapartidas, com contorno linear-lanceolado. As flores, de até 1,2 centímetros de comprimento, se agrupam em inflorescências do tipo panícula. As suas raízes são do tipo tubérculo, grossos e alongados, podendo atingir, em casos extremos, até 2,5 metros de comprimento, 15 centímetros de diâmetro e chegam a alcançar os 40 quilogramas de peso. Mas na média de peso a raiz da Mandioca é entre 4 e 7 quilos. Os frutos são do tipo cápsula, globosos e com três sementes por cápsula. (LORENZI & DIAS, 1993) Usos e aplicações Culinários: — A farinha de folhas de mandioca (FFM) é um dos constituintes da “multimistura” (produto composto de alimentos não convencionais), apresentando alto teor em proteínas, vitaminas e minerais. As técnicas de processamento usadas para preparar as folhas de mandioca, destinadas ao consumo humano, são capazes de eliminar em sua maioria, os fatores antinutricionais presentes (SILVA, M.C. et al. 2010). As raízes são ricas em energia e devem ser complementadas com fontes de proteínas que podem ser a própria parte aérea da mandioca que é rica em proteínas, açúcares, vitaminas e minerais, além de ser um produto com excelente palatabilidade (CARVALHO, 1994). Apesar da parte aérea da mandioca possuir glicosídeos cianogênicos em quantidade muito superior as raízes, mesmo nas variedades mansas, podem ser facilmente destoxificadas picando-as e secandoas lentamente. Partes comestíveis utilizadas Raízes tuberosas e Folhas Medicinais: — Segundo Saad, R et al. (2014), os fotoquímicos extraídos das folhas de Manihot esculenta possui propriedades antibacterianas contra Escherichia coli, Klebsiella peumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis.

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Formas de preparo e dosagem São utilizados na forma com a farinha são preparadas cataplasmas emolientes usados contra obsessos e outras inflamações. Por seu poder nutritivo, é usado na forma de mingaus e papinhas de pessoas desnutridas e depauperadas. Ajuda também a combater disenterias. O pó das folhas torradas é usado para enriquecimento do alimento da população carente, devido a riqueza de aminoácidos que possui (GRANDI, M.S.T.,2014). NA literatura não a informações sobre a proporção em que a espécie e preparada e dosada.

Família:— Zingiberaceae Nome científico: — Curcuma longa L. Sinônimo: — Amomum curcuma Jacq., Curcuma domestica Valeton., Stissera curcuma Raeusch Nome popular: — açafrão-do-terra, açafrão, açafrão-da-índia, falso-açafrão, curcuma, turmeric Origem geográfica e habitat: — Esta planta é originária do sudeste da Ásia, sendo encontrada principalmente nas encostas de morros das florestas tropicais da Índia. Introduzida no Brasil, é cultivada ou encontrada como subespontânea em vários estados (HERTWIG IF., 1986; SCARTEZZINI P. & SPERONI E., 2000). Descrição Botânica Herbácea, perene, atinge em média 120 a 150 centímetros de altura em condições favoráveis de clima e solo. As folhas grandes, oblongolanceoladas e oblíquo-nervadas, emanam um perfume agradável quando amassadas. Possui pecíolos tão compridos quanto os limbos, que reunidos em sua base, formam o pseudocaule. O rizoma principal ou central é periforme, arredondado ou ovoide, com ramificações secundárias laterais, compridas, também tuberizadas (HERTWIG, 1986). Inflorescência terminais, solitária (uma para cada haste), em ‘ espiga’ cilíndrica pouco densa, de 20-30 cm de comprimento, com brácteas branco-esverdeadas e flores brancas com a garganta amarela (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — É usado em curries, mostardas, queijos, manteiga, molho de carne, no arroz e picles (FACCIOLA. S., 1998). Os rizomas devem ser bem lavados e então fatiados e secos em estufas para serem moídos. De forma caseira, os rizomas fatiados podem ser secos em estufa de lâmpadas incandescentes, triturados no liquidificador e peneirados. As folhas podem ser usadas para embrulhar peixe durante cozimento ou para assar (pupeca), dando aroma e sabor, além de ser ecológico. As folhas também ingredientes do Rendang, prato tradicional com carne de búfalo do oeste de Sumatra (FACCIOLA. S., 1998). Os brotos jovens dos rizomas são consumidos cruz. As folhas têm óleo essencial com atividade antioxidante (PRYA et al. 2012) e os rizomas também são antioxidantes (SINGH,G. et al. 2010) possuem amido (LEONEL,M. & CEREDA, M.P. 2002). Além de sua substância corante - a curcumina, contém óleos essenciais de excelentes qualidades técnicas e 78

Foto: Ahmad Fuad Morad, 2011

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organolépticas (DUARTE et al. 1989), com características antioxidante e antimicrobiana (PRUTHI, 1980), que juntos possibilitam estender sua utilização aos mercados de perfumaria, medicinal, têxtil, condimentar e alimentício. Neste último, crescente é a participação da cúrcuma, como por exemplo, amido para confecção de bolos, e, principalmente, como corante em macarrões, mostardas, sorvetes, queijos, ovos, salgadinhos tipo “chips”, margarinas e carnes. Nestes dois últimos alimentos, além de conferir cor, a cúrcuma poderá, num futuro próximo, ser utilizada com finalidade antioxidante. Medicinais: — Sua aplicação na área medicinal ocorre principalmente na medicina tradicional da Índia, China e Japão, como aromático, analgésico e Tsukeiyaku, droga contra distúrbios microcirculatórios, tal como trombose (SUGAYA, 1992). Outras propriedades medicinais da cúrcuma reconhecidas pela farmacopeia asiática são: estomáquico, estimulante, carminativa, expectorante, anti-helmíntico, anti-inflamatório e dermatológico. OLIVEIRA & AKISUE (1993) reportam uso terapêutico da cúrcuma como tônico, aromático e estimulante de funções digestivas. Partes comestíveis utilizadas Rizomas secos e triturados, Brotos jovens dos rizomas, Folhas Formas de preparo e dosagem Uso interno: Decocção dos rizomas - 10 a 20 gr/litro de água; Extratos secos ou fluidos, tinturas e pós; Uso tópico: Decocção dos rizomas - 10 a 20 gr/litro de água (RIBEIRO, P. G. F. & DINIZ, R.C., 2008).

Família:— Amaranthaceaceae Nome científico: — Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants Sinônimo: — Chenopodium ambrosioides L., Ambrina ambrosioides (L.) Spach, Blitum ambrosioides (L.) Beck, Nome popular: — Mentraz, mentruz, mastruço, erva-de-santa-maria, ambrósia, anserina vermífuga, erva-de bicho, cravinho-do-mato Origem geográfica e habitat: — nativa da América Central e do Sul, originária, provavelmente, do México. Tem crescimento espontâneo em regiões de clima tropical, subtropical (principalmente América e África) e temperado (desde o Mediterrâneo até a Europa Central) (KISMANN, 1991). Habita principalmente em terrenos secos e terra cultivada (LIVINGSTONE. B., 1978; STUART. M., 1979). Fundos do rio, leitos de lago seco, canteiros de flores, áreas de resíduos. Em altitudes de 700 metros no sul da América do Norte. Descrição Botânica Erva de Altura variável, de 20 cm até 1,5 m de altura; caule ereto, glabro, sulcado e ramificado; folhas membranosas, lanceoladas, alternas simples com folhas maiores nos ramos principais; face 79

Foto: Surajit Koley @ Hooghty

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superior glabra e inferior pilosa; inflorescências em panículas terminais eretos, com flores pequenas verde-amareladas, hermafroditas com 5 sépalas pilosas; fruto envolto no cálice contendo uma semente diminuta, negra e brilhante. Usos e aplicações Culinários: — A planta tem sido utilizada na culinária tradicional no México e na Europa. Suas folhas são usadas, frequentemente, como condimento e na preparação de bebidas e bolos (PICÓ & NUEZ, 2000). No Nordeste é mais conhecida como mastruço. Sob o nome popular epazote a parte aérea é usada como condimento no México em diversos pratos, e.g., tempero para feijão preto, cogumelos, sopas e para milho verde cozido, sendo inclusive comercializados em Ixtlahuaca e com o preço mais alto entre as outras 10 hortaliças silvestres analisadas (VIEYRA-ODILON; VIBRANS, H., 2001). As folhas macias às vezes são usadas como potherb (FACCIOLA. S., 1990). Usado como condimento em sopas, etc. (UPHOF. J. C. TH., 1959; USHER. G., 1974; TANAKA. T. & NAKAO S., 1976), Eles são ditos para reduzir flatulência se comido com feijão (FACCIOLA. S., 1990). As folhas têm um gosto de classificação devido à presença de pontos resinosos e cabelos pegajosos (HARRINGTON. HD, 1967). As folhas cruas só devem ser comidas em pequenas quantidades, veja as notas acima sobre a toxicidade. Semente cozida (TANAKA. T. & NAKAO S., 1976; YANOVSKY. E.,1936). A semente é pequena e fiddly, deve ser embebida em água durante a noite e completamente enxaguada antes de ser usada para remover saponinas. Uma infusão das folhas é um substituto de chá (FACCIOLA. S., 1990). Partes comestíveis utilizadas Ramos foliares e folhas destacadas (soltas) Medicinais: — Até recentemente, esta planta era um dos vermífugos mais comumente usados, embora agora tenha sido amplamente substituído por drogas sintéticas (FOSTER. S. & DUKE. J. A., 1990). A semente, ou o óleo essencial, foi usado (WEINER. M. A., 1980). É muito eficaz contra a maioria dos parasitas, incluindo a ameba que causa disenteria, mas é menos eficaz contra ténia. O jejum não deve preceder o seu uso e ocasionalmente houve casos de envenenamento causados por este tratamento (WEINER. M. A., 1980). O óleo essencial é usado externamente para tratar o pé de atleta e picadas de insetos. Esta é a sua maior concentração nas hastes de floração antes da fixação das sementes, que contêm cerca de 0,7% de óleo essencial, dos quais quase 50% é o vermífugo ativo ascaridol. O óleo essencial é de qualidade similar a partir de plantas cultivadas em climas quentes e em climas frios (CHOPRA. R.N. et al. 1986). Toda a planta é analgésica, antiasmática, carminativa, febrífuga, estomacal e vermifugada (CHITTENDON, F., 1951; GRIEVE, 1984; LUST. J., 1983; SINGH.G. & KACHROO, 1976; HILL. A.F., 1952). Uma infusão pode ser usada como remédio digestivo, sendo tomada para resolver uma ampla gama de problemas como cólica, diarreia e dores de estômago; Também é usado para tratar condições como tosse, febre e hemorragias internas (CHEVALLIER. A., 1996). As folhas são adicionadas em pequenas quantidades como sabor a vários pratos de feijão cozido, porque sua atividade carminativa pode reduzir a flatulência (FOSTER. S. & DUKE. J. A., 1990). Externamente, tem sido usado como uma lavagem para hemorroidas, como uma cataplasma para desintoxicar mordidas de cobras e outros venenos e pensa-se que possui propriedades curativas de feridas (CHEVALLIER. A., 1996). As folhas e as flores maceradas são misturadas com uma pitada de sal e usadas como cataplasma para tratamento de feridas persistentes (ANDERSON. A., 1997). Formas de preparo e dosagem Chá, maceração, sumo, infusão 80


Família:— Myrtaceae Nome científico: — Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M.Perry Sinônimo: — Caryophyllus aromaticus L. , Caryophyllus hortensis Noronha, Caryophyllus silvestris Teijsm. ex Hassk. , Eugenia caryophyllata Thunb. , Jambosa caryophyllus (Thunb.) Nied., Myrtus caryophyllus Spreng. Nome popular: — cravo da índia, árvore de cravo, craveiro, clavo de olor, girofle (França), garofano (Itália), clove (Inglaterra) Origem geográfica e habitat: — Ocorre na Ásia e Malásia e habita em florestas marítimas em areias arenosas e arenosas profundas e bem drenadas com um pH tão baixo quanto 4,5 (HUXLEY. A., 1992). Descrição Botânica Árvore de pequeno porte de tamanho médio, 8-30 m altura. Dossel de tamanho médio, baixo base de coroa. Ramos semieretas e numerosos. Folhas glabras, com numerosas glândulas de óleo na superfície inferior. Flores pequenas, em aglomerados terminais de cimosa, cada pedúnculo tem 3-4 flores acentuadas no final. Sépalas em projeções triangulares min. Frutos em forma de azeitona, 1 semente, popularmente denominada "mãe de cravo”. A maioria das partes da planta são aromáticas (folhas, flores e cascas). Os botões de flor marrom, seco e fechado são chamados de cravo-da-índia, um nome vindo do francês "clou" que significa unha (ORWA et al.2009). Usos e aplicações Culinários: — Os botões de florais secos são usados como um tempero em uma variedade de alimentos, como bolos, maçãs cozidas. Os brotos às vezes são mastigados após as refeições. Um óleo essencial obtido a partir da planta é usado como aromatizante em uma ampla gama de alimentos, como produtos de panificação, gomas de mascar, sorvetes, molhos e doces (FACCIOLA. S., 1998). Partes comestíveis utilizadas Botões folharias secos ou gemas, sem abrir e secas. Em menor escala as folhas e óleos essenciais Medicinais: — De acordo com Bown. D., (1995), os cravinhos, e o óleo essencial contido neles, são frequentemente usados na medica. É erva estimulante, aquecedora e estimulante, é fortemente antiséptica, alivia a dor, controla náuseas e vômitos, melhora a digestão, protege contra parasitas intestinais e causa contrações uterinas. Os cravinhos são tomados internamente como um chá no tratamento de parasitas internos, distúrbios do estômago, calafrios e impotência. Os botões de flores são mastigados para refrescar a respiração ou aliviar a dor da dor de dente. O óleo essencial é aplicado externamente no tratamento de dor de dente, dor de cabeça, frio, artrite e reumatismo. Também é útil para tratar úlceras, hematomas, queimaduras, bronquite, asma, pequenas infecções e cólicas. Às vezes é usado para aliviar náuseas. Dois compostos pouco conhecidos do óleo de cravo 81

Foto: Forest e Kim Starr

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da índia revelaram "atividade forte" contra bactérias associadas à formação de placa e à doença das gengivas. O óleo de cravo é muito potente e pode causar irritação de goma, é aconselhável diluí-lo com quantidades iguais de óleo vegetal. Para crianças é necessária uma diluição ainda mais leve. O uso deve ser evitado durante a gravidez ou se com a pele sensível (ORWA et al.2009). Formas de preparo e dosagem Uso interno: Infusão a 2%; Cápsulas com 200 mg de pó de cravo 2X/dia; Tintura (1:5): 0,5 a 2 g. 2 a 3X/dia; Uso tópico: Óleo essencial diluído, aplicado com um algodão 3X/dia; Aplicado diluído sobre a pele como repelente de insetos (ALONSO, J. R., 1998).

Família:— Lamiaceae Nome científico: —Mentha piperita L. Sinônimo: — Mentha balsamica Willd.; Mentha glabrata Vahl.; Mentha hircina Hull.; Mentha hispidula Poepp.; Mentha kahirina Forsk.; Mentha napolitana Tenore; Mentha odora Salisb.; Mentha officinalis Hull.; Mentha pimentum Nees.; Mentha piperata Stokes; Mentha tenuis Frank. Nome popular: — Hortelã, Hortelã Pimenta, Menta Inglesa e Sândalo Origem geográfica e habitat: — nativa da Europa, mas é cultivada em todo mundo. Descrição Botânica Erva perene rizomatosa, de 30 a 90 cm de altura, tronco quadrado ereto ou ascendente, ramificado, parte superior sempre quadrangular; Rizomas de espalhamento largo, carnudos com raízes fibrosas; Folha 4 a 9 cm de comprimento e 1,5 a 4 cm de largura, o oposto, peciolado, ovo-oblongo a oblongolanceolado, serrado, apontado, verde escuro na superfície superior; Flores de 6 a 8 mm de comprimento, purpúreas, ocorrem em racemos grossos, terminais, elipizóides de verticiladas; cálice tubular com 5 afiada, tricomas dentadas, púrpura, irregular; corola quatro fenda; estames 4, curto; Ovário com quatro alas, estilo projetando terminando em um estigma bífido; O fruto é composto por quatro nutlets elipsoidais. Usos e aplicações Culinários: — Folhas cruas ou cozidas. Um sabor suave utilizado como aromatizantes em saladas ou alimentos cozinhados. Um óleo essencial das folhas e das flores é usado como aromatizante em doces, bebidas, goma de mascar, sorvete, etc. Um chá de ervas é feito de folhas frescas ou secas (FACCIOLA. S., 1990). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas (soltas), flores e óleos essenciais

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Foto: Silva, K.C., 2018.

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Medicinais: — A menta apresenta grande interesse econômico na obtenção de óleos essenciais, que tem ação antimicrobiana e espasmolítica. O infuso de suas folhas pode ser usado para facilitar a digestão e a eliminação de gases do aparelho digestório (LORENZI & MATOS, 2002; SIMÕES & SPITZER, 2007). Formas de preparo e dosagem Infusão: 1,5 - 3 gramas em 150 mL de água. Tomar três vezes ao dia; Pó: 1 a 2 gramas. Tomar três vezes ao dia; Extrato Fluido: (1:1): 15 a 30 gotas, três vezes ao dia; Xarope: (5% de Extrato Fluido): 20 a 100 gramas ao dia; Homeopatia: 3ª. Nas tosses, em geral a 30ª; Extrato seco: 750 mg até 3 vezes ao dia; Tintura: 15 gotas diluídas em água, até três vezes ao dia (ALONSO, J. R., 1998).

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Família:— Lamiaceae Nome científico: —Ocimum gratissimum L Sinônimo: — Ocimum guineense Schumach. & Thonn., Ocimum suave Willd., Ocimum urticifolium Roth, Ocimum viride Willd. Nome popular: — alfava-cravo, alafavação, alfavaca, east indican basil, tree basil, clove basil Origem geográfica e habitat: — Ocorre na África tropical; e Ásia, Índia, Sri Lanka, Nepal, Bangladesh, Tailândia, Camboja, Laos, Vietnã, Malásia, Indonésia. E habita ao longo das costas do lago, na vegetação da savana, na floresta submontana e na terra perturbada; nas elevações do nível do mar para 2.382 metros na África Ocidental (ACHIGAN-DAKO E. et al., 2009). Descrição Botânica Subarbusto ereto, perene, de base lenhosa, ramificado, com forte aroma de cravo-da-índia, de caule e ramos estriados, tomentoso-pubescentes e arroxeados, de 80120 (300) cm de altura. Folhas simples, opostas, ovalada-lanceolada, membranácea, tomentosopubescente em amas as faces, discolor, 4-8 cm de comprimento. Inflorescências em racemos paniculados tomentosos terminais e axilares na parte apical dos ramos, flores esbranquiçadas e perfumadas (KINUPP & LORENZI, 2014). Usos e aplicações Culinários: — De acordo Kinupp e Lorenzi, 2014, é cultivada em hortas domesticas de várias regiões do país para uso de suas folhas como condimento alimentício, raramente ocorre como subespontânea no Brasil. De sabor e aroma fortes, é empregada geralmente como tempero de carnes. As sementes maduras também podem ser usadas in natura como tempero, inclusive de peixes empanados e frios, ou esquentados na frigideira e em receitas diversas. As folhas podem ser utilizadas para chás (FACCIOLA,S.,1998) para serem bebidos puros ou com leite e açúcar ou mel. Folhas cozidas e comidas como potherb, sozinhas ou às vezes combinadas com outras folhas e as sementes de melancia (Citrullus lanatus). As folhas também são usadas como aromatizantes com outros alimentos. Um alimento favorecido na África Ocidental (ACHIGAN-DAKO E. et al.,2009). Existem formas de cravo e tomilho perfumado (BOWN. D., 1995). A variedade viride tem folhas com o sabor do tomilho de limão que pode ser usado em saladas e como tempero, bem como para fazer chá de ervas As folhas são infundidas para fazer um chá Sementes - às vezes comidas na Índia (FACCIOLA,S.,1998). Partes comestíveis utilizadas Folhas destacadas (soltas), ramos foliares, sementes maduras Medicinais: — O. gratissimum é utilizado frente a várias doenças tais como: leishmanioses, infecções do trato respiratório superior, diarreia/a ntidiurese, desordem gastrointestinal, febre tifoide, dor de cabeça, doenças de pele e oftalmológicas, sendo muito comum na medicina caseira o uso de 84

Foto: Silva, K.C., 2018.

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seu chá como carminativo, sudorífico e diurético. A planta apresenta inúmeros compostos, sendo o eugenol o composto majoritário (UEDA-NAKAMURA et al., 2006; SARTORATTO et al., 2004; LORENZI & MATOS, 2002; ILORI et al., 1996). Clovel basil é uma erva aromática, estimulante, antiespasmódica e antisséptica que repele insetos, expulsos parasitas internos e baixa febre. As folhas e as hastes são usadas internamente no tratamento de resfriados, especialmente resfriados de tórax; febres, dores de cabeça, impotência, flatulência, diarreia, disenteria, problemas pós-parto e worms em crianças. Aplicados externamente, as folhas são usadas para tratar reumatismo e lumbago Um óleo essencial obtido a partir da folha mostrou atividade antibacteriana marcada (BOWN. D., 1995). Formas de preparo e dosagem Conforme Baracuhy, J. G. V. et al. 2016, as folhas de O. gratissimum localizadas nas extremidades da planta devem ser coletadas em torno do meio-dia. Das folhas e frutos, prepare o chá abafado ou tintura. A tintura serve para uso antisséptico e aromático bucal, através de bochechos diários, após escovar os dentes. Prepare a tintura caseira em frasco de larga abertura, onde as folhas são mergulhadas em álcool até a metade. Em seguida, preencha o frasco com água. Deixe descansar por 3 dias e filtre. No tratamento de gripes, tosses e bronquites em crianças acima de dois anos, misture um litro de água fervente a 100g de folhas e frutos, e use na forma de inalação dos vapores ou banhos quentes. Para o banho, deixe amornar o preparado.

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Hibiscus sabdariffa L. ......................13 Hibiscus rosa-sinensis L...................14 Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern..15 Malvaviscus arboreus Cav................17 Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen.....18 Matricaria recutita L........................19 Cymbopogon citratus (DC. Ex Nees) Stapf…..............................................20 Laurus nobilis L................................21 Cynara scolymus L...........................22 Lavandula angustifolia Mill…......…24 Foeniculum vulgare Mill..................25 Pimperella anisum L. ......................27 Eryngium foetidum L........................28 Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers........30 Salvia hispanica L............................31 Celosia argentea L...........................32 Illicium verum Hook.f...............................................33 Allium fistulosum L...........................34 Mauritia flexuosa L. f.......................36 Eugenia stipitata McVaugh.................................37 Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh ..38 Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K.Schum........................................... 39 Euterpe oleracea Mart.......................40 Sesamum radiatum Schumach. & Thonn.................................................42 Momordica charantia L.....................43 Spondias mombin L...........................45

Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann.......................................47 Endopleura urchi (Huber) Cuatrec.......48 Attalea speciosa Mart. ex Spreng.........49 Melissa officinalis L…………….........50 Thymus vulgaris L................................52 Rosmarinus officinalis L......................53 Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni… 54 Zingiber officinale Roscoe...................56 Dipteryx odorata (Aubl.) Willd...........57 Dipteryx alata Vogel...........................59 Cinnamomum verum J.Presl................60 Petroselinum crispum (Mill.) Fuss.......61 Genipa americana L............................63 Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng..................................................64 Aniba canelilla (Kunth) Mez...............66 Ocimum campechianum Mill...............67 Solanum melongena L..........................68 Paullinia cupana Kunth.......................70 Saccharum officinarum L.....................71 Malpighia emarginata D.C..................73 Malpighia glabra L..............................74 Ocimum basilicum L.............................75 Manihot esculenta Crantz.....................77 Curcuma longa L..................................78 Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants...............................................79 Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M.Perry..............................................81 Mentha piperita L.................................82

Ocimum gratissimum L.....................84

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hibisco, rosela, rosélia, vinagreira, azedinha, azeda-daguiné, caruru-azedo, caruru-da-guiné, chá-da-jamaica, pampolha, pampulha, papoula, papoula-deduas-cores, quiabeiro-azedo, quiaboazedo, quiabo-de-angola............... 13 hibisco, hibisco-da-china, papoula, mimo de vênus................. 14 Hibisco, vinagreira-roxa, groselheira, rosela, quaibo-azedo, quiabo-roxo.... 15 malvavisco, hibisco-colibri......... 17 Jambú, agrião-do-para, agrião-do-norte, agrião-do-brasil................... 18 camomila.................. 19 capim santo, capim limão, ervacidreira..................... 20 Louro..................... 21 Alcachofras...................... 22 alfazema, lavanda........................ 24 erva doce, Anis............................ 25 erva doce...................................... 27 chicória, chicória-do-caboclo, coentrobravo.................... 28 corama, folha-da-fortuna, coirama...................... 30 chia, semente de chia, mexican de chia...................................... 31 celosia, crista-de-galo, crista-plumosa, espinafre-africano................... 32 anis estrelado...................................... 33 cebolinha.......................... 34 buriti, caraná, caraná-do-mato, buritirana, miritirana, miriti, buriti-do-brejo..... 36 araça-boi, arazá, guayaba.................37 camu-camu, caçari, araça-d’água, araça, araça-da-várzea................... 38 cupuaçu, cupu, cupuaçu-verdadeiro, cacao blanco......................... 39 açaí, uaçaí, açaí-do-pará, palmito-açaí, açaizeiro, palmiteiro, açaí-da-várzea..... 40 gergelim, sésamo, gergelim-preto, gerzelim................... 42 melão-são Caetano..................... 43 taperebá, taperibá, cajazeiro, cajá-pequeno, acaíba, acajá, acajaíba............... 45 crajiru, carajiru, chica, cipó-cruz, pariri................... 47

uxi, uixi, uxi-amarelo, uxi-liso, uixi-liso, uxipucu....................... 48 babaçu, aguaçu, babaçu, baguaçu, guaguaçu........................... 49 cidreira, erva-cidreira, capim-cheiroso, capim-cidreira...................... 50 tomilho,timo...................52 alecrim, alecrim-de-jardim, alecrim-dahorta.................... 53 stevia..................................... 54 mangarataia, gengibre..................... 56 cumaru, cumarurana, cumaru-doamazonas, cumaru-de-cheiro.......... 57 baru, cumaru, cumburu, cumarurana................................. 59 canela, canela da Índia, canela da China, canela do Ceilão, árvore de canela, cinamomo, cinnamon (Inglaterra), cannella (Itália), cánelle de Ceylan (França).... 60 salsa, salsinha, salsa-comum, salsa-dashortas............................. 61 jenipapo, jenipapeiro, jenipá, jenipapinho, genipap............. 63 malvarisco, hortelã-pimenta, malvariço, hortelã-graúda, hortelã-bahia.....64 preciosa, casca-preciosa, folha-preciosa, casca-do-maranhão................ 66 alfavaca, alfvaquinha, alfavaca, alfavacado-campo........................ 67 berinjela............................. 68 guaraná, uaraná, guanazeiro, guaranauva, guaranaína; guarana (inglês), guaraná (espanhol), guaranà (italiano), guaranastrauch (alemão).................... 70 cana-de-açúcar, caña de azúcar, caña Dulce, sugar cane (Ingl.)................. 71 acerola.......................... 73 acerola........................... 74 manjericão, alfavaca de jardim, alfavaca doce, basilicão, manjericão, manjericão de molho, manjericão doce, manjericão grande, erva real, albahaca, sweet basil...... 75 mandioca, aipim, macaxeira, maniva e maniveira.......................... 77

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açafrão-do-terra, açafrão, açafrão-daíndia, falso-açafrão, curcuma, turmeric....... 78 mentraz, mentruz, mastruço, erva-desanta-maria, ambrósia, anserina vermífuga, erva-de bicho, cravinho-domato............................... 79

cravo da índia, árvore de cravo, craveiro, clavo de olor, girofle........... 81 hortelã, Hortelã Pimenta, Menta Inglesa e Sândalo................ 82 alfava-cravo, alafavação, alfavaca, east indican basil, tree basil, clove basil.............. 84

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