CCE- CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

Page 1

CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO Aluno: Karoline Macedo Bastos Orientadora: Regina Lucia Angelini Dezembro, 2020

1 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


2 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO Plano de trabalho apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo Orientador: Regina Lucia Angelini Aluna: Karoline Macedo Bastos Ribeirão Preto, 2020 3 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


KAROLINE MACEDO BASTOS CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

Plano de trabalho apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo Ribeirão Preto, ___ de _____________ de 2020

BANCA EXAMINADORA

Prof° Me. Regina Lucia Angelini Orientadora

Prof° Me. Alexandra Marinelli Examinadora

Convidado 4 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Com o coração grato, dedico esse trabalho a minha família, minha base e maior inspiração. Com o coração cheio de saudades, dedico esse trabalho ao meu amigo Victor Hugo (Rato) que mesmo por pouco tempo, fez parte uma das melhores fases da minha vida.

5 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


AGRADECIMENTOS Aqui eu poderia escrever inúmeras folhas e citar cada um que fez parte dessa minha caminhada, mas no presente eu só tenho que agradecer. Agradecer primeiramente a Deus por me sustentar até aqui, me dando forças para seguir em frente, principalmente naqueles dias que nada parece dar certo. Agradecer aos meus pais, por tudo que fizeram e fazem por mim, comigo compartilharam momentos de felicidade ao tirar aquela nota alta em projeto e até mesmo em ser aprovada na primeira banca de TFG, angustias daqueles trabalhos imensos que pareciam não ter fim, crises de ansiedades em praticamente todos os dias de faculdade e mesmo assim não desistiram de mim e nem do meu sonho, tudo o que sou hoje devo a eles. À minha irmã, que por diversas vezes me fez pensar em não desistir com seu jeitinho de criança sempre tentando me ani6 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

mar, agradeço a você Kiki por fazer minha vida mais feliz. Ao meu namorado Leonardo, por sempre estar ao meu lado, me apoiando, me ajudando, virando noites comigo, e sempre me fazendo pensar no futuro, obrigada por toda a compreensão durante esses cinco anos de faculdade. Aos meus amigos Maria Elisa, Natália, Matheus, Mariana e Francine, por estarem comigo desde o começo, saibam que tenho vocês no meu coração. E ao Victor Hugo (Rato) pela convivência e por todos os momentos felizes mesmo que por pouco tempo, saiba que todos nós amamos você onde estiver. Agradecer também a minha orientadora Regina, por toda a compreensão durante esse ano difícil, muita coisa mudou e precisávamos estar se adequando a elas, mas com jeitinho chegamos lá, agradeço por todo o ensinamento, toda sabedoria, toda luz sobre o meu trabalho,

e todo o carinho que dispôs a mim. À Alexandra, minha examinadora e também professora, por todo o ensinamento, sabedoria, e todas as críticas construtivas sobre o meu trabalho. À Tânia, uma professora incrível e cheia de ensinamentos, grata por ter feito parte da minha vida acadêmica, por todos os conhecimentos transmitidos a partir de falas como “a janelinha de banheiro” e outras que ficarão sempre em minha memória, você é inspiradora. Aos meus professores agradeço por todas as experiências e ensinamentos passados, vocês moram no meu coração. Por fim, agradeço a todos que de alguma forma fizeram e fazem parte da minha vida, que conhecem meus sonhos e que mesmo de uma forma indireta me incentivaram a nunca desistir. À todos o meu muito obrigada!


A arquitetura é a arte que determina a identidade do nosso tempo e melhora a vida das pessoas. - Santiago Calatrava

7 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Resumo O presente trabalho de conclusão de curso, tem por objetivo propor um projeto que aborda o tema cultural, com um programa desenvolvido para as suprir as necessidades da cidade de Barrinha. O projeto está estruturado com base no embasamento teórico, leituras projetuais, levantamento morfológico, estudo de caso e conhecimento sobre a cidade e área de intervenção. A partir disso, o projeto objetiva a construção de um Centro Cultural e Esportivo (CCE), onde é possível encontrar cultura, educação, lazer tanto no interior do edifício quanto no parque onde o mesmo está inserido e o esporte que está relacionado a quadra e ao campo existente.

PALAVRAS-CHAVE PALAVRAS CHAVE: Integração, Conexão, Centro Cultural, Cultura, Cidade, Permear. 8 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


A CIDADE DE BARRINHA __________________________________ 14 2.1 APRESENTAÇÃO DA CIDADE 2.2 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

CULTURA, EDUCAÇÃO, ESPORTE E ARQUITETURA ______ 22 3.1 CULTURA 3.2 O LAZER E O ESPORTE 3.3 ARQUITETURA

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO _______________________________________________ 27 4.1 USO DO SOLO 4.2 GABARITO 4.3 VIÁRIO DA CIDADE 4.4 DIVISÃO DE BAIRROS

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ________________________________________________ 38

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ________________________________________________ 12

5.1 USO DO SOLO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E ENTORNO 5.2 GABARITO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E ENTORNO 5.3 VIÁRIO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E ENTORNO 5.4 LEGISLAÇÃO 9 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


LEITURAS PROJETUAIS ______________________________________ 48 6.1 ESCOLA DE ENSINO MÉDIO UNIDADE I DA FUNDAÇÃO BRADESCO 6.1.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO 6.1.2 ACESSOS E CIRCULAÇÕES 6.1.4 ESTRUTURA E FECHAMENTO

6.2 PARQUE DA JUVENTUDE 6.2.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO 6.2.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

6.3 BIBLIOTECA SÃO PAULO 6.3.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO 6.3.2 ACESSOS E CIRCULAÇÕES 6.3.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES 6.3.4 ESTRUTURA E FECHAMENTO

6.4 SESC BERTIOGA 6.4.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO 6.4.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES 6.4.3 ESTRUTURA E FECHAMENTO

6.5 MORADAS INFANTIS CANUANÃ - FUNDAÇÃO BRADESCO 6.5.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO 6.5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES 6.5.3 ESTRUTURA E FECHAMENTO

6.6 TODO POR LA PRAXIS – TXP 6.6.1 APRESENTAÇÃO 6.6.2 LINHAS DE TRABALHO

ESTUDO DE CASO ________________________________________________ 74

10 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

SUMÁRIO

6.1.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES


8. PROPOSTA __________________________________________________ 80 8.1 PREMISSAS DE PROJETO 8.2 DIRETRIZES PROJETUAIS

8.4 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA 8.5 SETORIZAÇÃO – PLANO DE MASSAS 8.6 ÁREA DE INTERVENÇÃO 8.7 CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO 8.8 ESTUDO PRELIMINAR 8.8.1 IMPLANTAÇÃO GERAL DA ÁREA 8.8.2 RECORTE – IMPLANTAÇÃO EDIFÍCIO COM A QUADRA 8.8.3 DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAM

9. O PROJETO _________________________________________________ 103 9.1 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS _______________________ 138

SUMÁRIO

8.3 PROGRAMA E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _______________________ 140

11 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


1

INTRODUÇÃO

12 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


“A cultura, como temos visto, é uma produção coletiva, mas nas sociedades de classe seu controle e benefícios não pertencem a todos.” (SANTOS, 1993, p. 70). “O lazer é entendido aqui “como a cultura – compreendida no seu sentido mais amplo – vivenciada (praticada ou fruída), no ‘tempo disponível” (MARCELLINO, 2006, p. 02). O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de um Centro Cultural e Esportivo, localizado na cidade de Barrinha, São Paulo. O objeto apresentado visa a requalificação de uma quadra poliesportiva atualmente abandonada e a construção de um novo espaço cultural, ambos inseridos dentro de um parque ecológico muito utilizado pelos moradores, o projeto tem a intenção de conectar a cidade com o indivíduo, afim de que as atividades oferecidas dentro e fora do centro possam a vir melhorar a qualidade de vida de seus usuários. Por ser moradora da cidade e conhecer as necessidades da mesma, foi possível o desenvolvimento do então equipamento cultural e esportivo. O tema escolhido desenvolveu-se a partir de um estudo e visão sobre a cidade, já que a mesma não possui nenhum equipamento que possa auxiliar a população e de alguma forma oferecer um lazer adequado, atualmente a cidade não possui nenhuma biblioteca pública, ou aulas de informática, apenas um anfite-

atro que encontra-se fechado, e a partir disso o Centro Cultural e Esportivo foi projetado, garantindo um espaço adequado para todo o público. O tema em questão mostra-se importante pelo fato do afastamento da população, principalmente da classe mais baixa do meio cultural e de lazer, retirando o grau de proximidade entre as pessoas, como José Luiz dos Santos aponta acima. Em contrapartida, Nelson Carvalho Marcellino relaciona o lazer com a cultura, citando que o mesmo só é vivenciado no tempo disponível, contudo também é possível perceber que há a carência desses equipamentos nas cidades brasileiras, e que a maioria são mantidos por iniciativas privadas, dificultando acesso aos mesmos pela massa mais carente. A pesquisa visa mostrar a falta desses equipamentos nas pequenas cidades do interior do Brasil, no entanto nas grandes cidades, é possível visualizar os inúmeros equipamentos existentes, porém a falta de empatia com a população mais pobre para a utilização desses espaços é de extrema discrepância. Baseando-se nos dados e pesquisas, e com a minha vivencia como moradora da cidade, será possível esclarecer questões relacionadas ao assunto e ter iniciativas com a finalidade de melhorar os espaços culturais e de lazer. Logo no primeiro capítulo é descrito a história da cidade que é relativamente nova, mas possui um grande histórico decorrente da linha férrea instalada em 1903, sendo a primeira da região, hoje a estação é um equipamento histórico para a cidade onde retrata o início da mesma e também das primeiras famílias, devido a sua degradação e dificuldades

de acesso o projeto desenvolvido encontra-se em uma área de maior utilização, fácil acesso e também de maior conhecimento da população que é o parque ecológico. Apresentamos também a área de intervenção, demonstrando as características do terreno e como ele se comporta na cidade, o parque ecológico, assim como a quadra que estão inseridos na área possuem grandes potencialidades de esportes, como caminhadas, jogos, entre outros, baseando-se nessa pesquisa o projeto que é proposto visa essas características, além de possuir um programa relacionado ao CEC (centro de educação complementar), o qual hoje se encontra em dificuldades devido à ausência de manutenção, mas que possui demanda de crescimento nos cursos oferecidos. O CCE (centro cultural e esportivo) aqui desenvolvido, propõe o fechamento do CEC (centro de educação complementar) para que toda a infraestrutura necessária seja oferecida no novo edifício. Para o parque será criada uma diretriz visando a melhoria dos espaços de convívio, criando também relações com o edifício projetado, para essas diretrizes projetuais foram adotados estudos desenvolvidos durante o período de graduação, um desses é o grupo Todo Por La Praxis, que propõem novos modos para a cidade, proporcionando a inovação urbana para o coletivo. A proposta do novo edifício foi pensando de modo a sugerir espaços de convivência com atividades gratuitas, em uma área de administração pública, que suprirá a carência de atividades culturais e de lazer da cidade, incentivando moradores de todas as faixas etárias e classes

sociais a participarem dessas atividades, proporcionando a eles experiências distintas entre os espaços. Essas atividades serão propostas em ambientes acolhedores e modernos, criando espaços de convivência internos e externos assim como áreas de exposições, atividades culturais integradas à lazer e educação, e ateliês. Devido a pandemia do COVID-19 que está sendo enfrentada no ano de 2020, esses lugares além de serem amplos e acolhedores, possuirão relações com o ar livre, pelo fato de que a partir do fim da pandemia os locais públicos terão que ser mais abertos, amplos, e ventilados para evitar assim um novo contagio e proporcionar a segurança das pessoas, para que essas não deixem de utilizar os espaços. As seguintes leituras projetuais são usadas como embasamentos para a proposta do projeto: Escola De Ensino Médio Unidade I da Fundação Bradesco, Parque da Juventude, Biblioteca São Paulo, Sesc Bertioga, Moradas Infantis Canuanã Fundação Bradesco e Todo Por La Praxis, e a partir destas será possível compreender como funciona o programa do edifício que será desenvolvido. Para a apresentação do resultado serão elaborados, partido e conceito, programa de necessidades, plano de massas, estudo preliminar, plantas, cortes, elevações, memorial justificativo e descritivo, perspectivas e maquete eletrônica final. O projeto final constitui-se também de pesquisas teóricas estudadas e refletidas através de textos, revistas, sites, livros, entrevistas e bate-papos realizados por meio digital, leituras projetuais relacionadas com o tema tratado e levantamentos feitos na cidade e na área de estudo.

13 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


2

A CIDADE DE BARRINHA

14 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


2.1 APRESENTAÇÃO DA CIDADE

O

município de Barrinha, localiza-se na região norte do Estado de São Paulo, estendendo-se por uma área de 145,6 km², está inserida na Região Metropolitana de Ribeirão Preto. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a população estimada em 2019 era de 32.812 mil habitantes. A cidade faz divisa com os municípios de Sertãozinho, Jaboticabal, Dumont e Pradópolis. Inicialmente o município era delimitado à estação da cidade, inaugurada em 1903 e que pertencia a antiga Companhia Paulista de Estrada de Ferro. A partir desse fato deu-se início a cidade de Barrinha, cujo nome foi concedido em razão da estação ferroviária de Barrinha, nome esse inspirado na barragem entre os rios Mogi-Guaçu e Rio da Onça que passam pela cidade. A estação foi a primeira da região e recebia pessoas de todas as cidades. Próximo à estação se localizava um porto, cujo nome era conhecido como Porto Barrinha, no mesmo era feito o desembarque de pessoas que vinham em barcos a vapor, com destino as cidades da região. De acordo com uma reportagem feita em 09 de abril de 2019 pela emissora de tv EPTV, a junção do rio Mogi-Guaçu com o Porto Barrinha, originou o apelido da cidade como a Princesa do Mogi que é conhecido até nos dias atuais pelas cidades da região. Em 1930, após as diversas crises de café, a Fazenda São Martinho, que possuía uma grande propriedade rural, foi obrigada a se dividir em inúmeras glebas e com a ajuda de Paulo da Silva Prado projetar o primeiro loteamento da cidade. Após essa divisão o povoado come-

Figura 1. Mapa de localização Fonte: Emplasa, modificada por Karoline Macedo

15 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 2. Estação ferroviária Fonte: Estações Ferroviárias

16 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

çou a surgir e se desenvolver ao redor da Estação Barrinha. Nessa época a cidade já era conhecida como terminal da ferrovia, pois por ele, embarcavam os passageiros de toda região de Ribeirão Preto com destino a cidade de São Paulo. Em 1933, a Empresa Bevilácqua começou com a linha regular de ônibus, fazendo coincidir com os trens, contribuindo com uma parcela para o rápido progresso de Barrinha. O crescimento da cidade foi tão acelerado que no ano de 1936, o povoado consolidado em volta da linha férrea, foi elevado à categoria de distrito nas terras do município de Sertãozinho. A fertilidade da terra roxa e a imensa reserva de argila permitiram a instalação de olarias e a chegada de três companhias de petróleo (Gulf, Atlantic e Shell), essas colaboraram para o desenvolvimento do distrito até a elevação a Município. A partir da descoberta da reserva de argila que se encontra na várzea do rio, o distrito recebeu industrias de cerâmica, como a Cerâmica Barrinha e a Cerâmica São Francisco que traz um maquinário especial para a fabricação diversos tipos de tijolos, impulsionando o crescimento local. Na atualidade a cidade ainda possui olarias, uma chamada Cerâmica Delta onde é fabricado os tijolos com a argila do rio que são vendidos na cidade, essa olaria produz cerca de 320 mil tijolos por mês de forma mecanizada. A outra olaria é chamada de Inove Construindo, onde é produzido os tijolos ecológicos que são feitos com terra, entulhos de construção civil triturados e 8% de cimento, e sua produção chega a 45 mil tijolos por mês. Assim, foi pela Lei nº 2456, de 30 de dezembro de 1953 que cria-se o Muni-

cípio de Barrinha, oficializado em 1° de janeiro de 1955 a partir da posse do primeiro prefeito Sr. Reinaldo Silvério. Nas décadas de 1960 e 1970 começou a surgir a cultura de cana-de-açúcar e usinas de açúcar e álcool. Essa atividade econômica vem sustentando a população até a atualidade. Além dessa atividade, a economia da cidade também é gerada a partir da prestação de serviços e dos tributos municipais cobrados. Os comércios também movimentam a economia, mas de forma acanhada. No presente as usinas São Francisco e São Martinho, e a Prefeitura Municipal são as maiores empresas que fornecem empregos à população. Alguns anos atrás, após a estação estar desativada por muito tempo a antiga administração lançou um programa cultural dentro do prédio da estação, que englobava biblioteca e salas com computadores para auxiliar os alunos da rede pública pelo fato da cidade não possuir nenhum equipamento desse porte, após a nova administração assumir o cargo, o programa foi encerrado, e a estação continua fechada, carregando consigo apenas lembranças do passado. É importante destacar também que a Estação Ferroviária é uma questão histórica, portanto ela tem que ser descrita já que a história local começa a partir dela, mas isso não significa que ela é a única importante na cidade. Outro local importante é o Parque Ecológico, que atualmente recebeu o nome de Parque Ecológico Beto Abacaxi, este recebe diariamente inúmeras pessoas para a prática de exercícios físicos, englobado ao parque encontra-se uma quadra poliesportiva mas desativada devido à falta de manutenção.


Figura 3. Mapa de localização de fotos da antiga estação Fonte: Mapa- Google Earth, Fotos- Prefeitura Municipal de Barrinha e Colagem- Karoline Macedo 17 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


2.2 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

A

área escolhida para a implantação do projeto foi o Parque Ecológico Beto Abacaxi, que localiza-se no bairro Jardim Vera Lúcia na cidade de Barrinha, o parque possui uma lagoa que é de origem natural e possui uma nascente ao fundo e a vegetação ao redor é nativa, essa lagoa foi recentemente revitalizada, o novo projeto contou com calçamento ao seu redor e iluminação por toda sua extensão, para que as pessoas possam usufruir daquele espaço para fazer atividades esportivas, familiares e também praticar a pesca. O Parque Ecológico Beto Abacaxi, assim denominado pela prefeitura municipal, possui em seu terreno uma quadra poliesportiva que atualmente está em estado de abandono, mas que no passado sempre sediava eventos esportivos e de outras naturezas, também abriga um campo de futebol, que os moradores da cidade acabam utilizando para o lazer. O terreno onde foi escolhido para a implantação do edifício possui um declive em sua lateral que atualmente é resolvido com um talude, esse talude divide o bairro Jardim Vera Lucia com o parque, a parte inferior do terreno atualmente é plana devido as alterações já sofridas com a implantação da quadra e do campo existente. A área total do parque conecta um bairro ao outro a partir de uma rua dividida por uma avenida, estes bairros com diferenças de classes sociais não tão discrepantes mas ainda visíveis ao olhar. A cidade é muito carente na questão

de eventos culturais e de esporte, além disso não possui nenhum equipamento que possa dar um suporte para a população em relação a esses eventos. Apesar de não ter uma estrutura que atenda às necessidades da população o parque possui um grande movimento de pessoas com diferentes idades para a prática de inúmeras atividades, desde uma caminhada até jogos formados por amigos. As figuras de 5 a 8 demonstram o quanto a área tem importância para a população, mesmo com a pandemia do COVID-19 que está presente no momento, as pessoas não deixam de praticar seus exercícios, pelo fato de ser um lugar aberto e ventilado.

18 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 4. Mapa de localização de fotos da área de intervenção Fonte: Mapa- Google Earth, Fotos e Colagem- Karoline Macedo

19 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 5. Pessoas praticando atividades físicas Fonte: Karoline Macedo

Figura 6. Grupo de amigos jogando cartas Fonte: Karoline Macedo 20 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 7. Grupo de amigos jogando bets Fonte: Karoline Macedo

Figura 8. Pessoas andando de bicicleta Fonte: Karoline Macedo 21 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


3

CULTURA, EDUCAÇÃO, ESPORTE E ARQUITETURA

22 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O

novo edifício que será implantado na área, tem um programa relacionado ao CEC (centro de educação complementar), que atende a cerca de 700 crianças da cidade. O centro fornece cursos gratuitos para crianças de 06 a 14 anos, proporcionando a elas um ambiente onde é possível aprender, desenvolver atividades e se divertir ao mesmo tempo, e com isso retira as crianças da rua, para que estejam sempre aprendendo conteúdos diferentes. O CEC atualmente possui muita procura em relação aos cursos oferecidos, porém o prédio onde o mesmo é instalado não consegue atender a todos, por isso a importância de um novo. O centro envolve atividades educacionais, culturais, de lazer e esporte, e estão relacionadas ao tema que está sendo tratado.

3.1. CULTURA

S

egundo José Luiz dos Santos (1993, p. 70), a luta pela universalização da cultura, é ao mesmo tempo luta contra a dominação da sociedade contemporânea, e contra a desigualdade no interior da sociedade. A abordagem deste assunto acarretará no desenvolvimento de um pensamento mais social voltado para o meio urbano, onde o tema está inserido, e a partir deste, será possível compreender o que a sociedade identifica como equipamento cultural e o que realmente acontece no presente. Essas informações serão usadas para que possa ser desenvolvido um projeto que realmente seja utilizado pela população da cidade de Barrinha, sem diferença social. Com base nesse estudo, ficará claro toda a preocupação com a população, que se beneficiará deste projeto. A urbanização progressiva tem ocasionado diversos impactos em meio a sociedade, estes decorrem do crescimento acelerado das cidades e da ineficiência de seus governantes com a ausência de políticas públicas a fim controlar essa urbanização vertiginosa. Em consequência, as cidades ficam cada vez mais inadequadas para a população, visto que sofrem com a insuficiência de equipamentos de cultura e lazer que estão gradativamente ligados ao espaço urbano, contribuindo com o bem estar de seus usufruidores. De acordo com a Revista Tabuleiro de Letras, PPGEL – Salvador, Vol.: 09; nº. 01, p. 04-18, Junho de 2015, o autor Denys

Chuche busca reconstruir os fundamentos da palavra cultura, se retratando à França no século XVIII, período onde a palavra cultura adquiri um sentido moderno, sendo relacionado à uma “educação do espirito” e a uma “civilização”. Posteriormente, no século XIX no âmbito alemão o termo se caracteriza como tudo o que é autêntico e contribui para o enriquecimento intelectual e espiritual, inaugurando o conceito relativista da cultura. Segundo José Luiz dos Santos (1993, p.21)

As várias maneiras de entender o que é cultura derivam de um conjunto comum de preocupações que podemos localizar em duas concepções básicas (...) – cultura diz respeito a tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade. (...) - quando falamos em cultura estamos nos referindo mais especificamente ao conhecimento. As redes sociais, os shoppings e os obstáculos como a falta de atividades culturais proporcionados pelo poder público, também acabam afastando a sociedade do meio cultural. De acordo com o site Cultura e Mercado, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), lançou no dia 17 de novembro de 2010 o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), onde o mesmo aponta que os preços altos, as barreiras sociais e distâncias são os responsáveis por tornar os acessos aos equipamentos culturais difíceis, e a maioria dos brasileiros tem como atividade cultural assistir televisão e, em consequência, as crianças já nascem ligadas à tecnologia, causando cada

vez mais o afastamento em relação aos equipamentos culturais.

“A cultura, como temos visto, é uma produção coletiva, mas nas sociedades de classe seu controle e benefícios não pertencem a todos. Isso se deve ao fato de que as relações entre os membros dessas sociedades são marcadas por desigualdades profundas, de tal modo que a apropriação dessa produção comum se faz em benefício dos interesses que dominam o processo social”. (SANTOS, 1993, p. 70). Consequentemente a sociedade vai perdendo o espírito de coletividade. Além dos aspectos citados acima, as cidades não tem oferecido espaços de cultura suficientes para a população, e algumas possuem espaços em situações precárias, dessa forma é necessário pensar projetos para suprir essas necessidades, unindo as classes socioeconômicas em um só lugar, trazendo uma sociedade igualitária, quebrando as barreiras que dificultam a inserção da população mais pobre no meio cultural. Segundo Nelson Carvalho Marcellino, além do enfrentamento para obter os novos espaços, também é fundamental preservar os existentes, todavia a solução não está somente na construção desses novos equipamentos, e sim na recuperação dos espaços já construídos fazendo adaptações necessárias para que possam suprir as necessidades da população. Essas adaptações devem ter como objetivo, a elaboração e produção de atividades com a integração da população, fazendo com que ela sinta-se

23 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


parte do espaço.

(...) Centro cultural não pode ser um espaço que funcione como uma distração, mas sim, ser conceituado como um local onde há centralização de atividades diversificadas e que atuam de maneiras interdependentes, simultâneas e multidisciplinares. (NEVES, 2013, p.03) De acordo com a revista Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013, os primeiros centros culturais aparecem no século XIX pelos ingleses e foram denominados centro de artes. Já na França os espaços culturais surgem no final da década de 1950, e foram criados para ser uma opção de lazer para os operários, com a intenção de melhorar as relações no trabalho. Em 1977 foi inaugurado o Centro Cultural Georges Pompidou, se tornando o pioneiro de um novo conceito de centro cultural, e desde então criou um novo estilo, e avançou no que consideram trabalho cultural, transformando o Centro Cultural Georges Pompidou em um “modelo” de centros culturais. Os centros culturais no Brasil chegam por volta da década de 1960, mas foram efetivados a partir dos anos 1980, em São Paulo, com a criação do Centro Cultural do Jabaquara e do Centro Cultural São Paulo. Os novos centros culturais surgem com a finalidade de se pensar vários usos e de distribuição de práticas diferentes em um mesmo espaço. Antes dessa evolução os centros culturais eram vistos como uma biblioteca, onde o único lazer é a prática da leitura.

(...) A biblioteca ficou como o lugar da coleção de livros e o centro cultural como o local de atividades menos convencionais e mais criativas, como o teatro e as exposições. Assim, criaram-se conceitos diferentes, separando o acesso ao conhecimento (bibliotecas) da criação de um conhecimento novo (centros de cultura). (RAMOS, 2007, p.84). Para a inserção de um centro cultural, é necessário levar em consideração o cenário onde o mesmo será inserido, e as necessidades da comunidade, e assim realizar uma analogia entre os mesmos, para obter dados que possam contribuir para a elaboração de um programa de necessidades apropriado para o lugar. Segundo Edson Mahfuz (2004)

(...) A relação com o lugar é fundamental para a arquitetura; nenhum projeto de qualidade pode ser indiferente ao seu entorno. Projetar é estabelecer relações entre partes de um todo; isso vale tanto para as relações internas a um projeto quanto para as que cada edifício estabelece com seu entorno, do qual é uma parte. (...) A resolução de um programa em termos formais é a essência da arquitetura. O programa é o maior vínculo que um projeto mantém com a realidade. (...) (MAHFUZ, 2004). Um bom projeto deve ser executado e pensado para ser um espaço que compreenda as necessidades de seus usuá-

24 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

rios, e para isso acontecer é necessário uma leitura do espaço urbano para que o projeto estabeleça uma relação com o seu entorno, não basta apenas projetar um espaço que forneça atividades para a população, é preciso entender como a cidade funciona e, também o cotidiano das pessoas, para que esses espaços supram as necessidades e a expectativa dos seus usuários, para que eles sejam realmente utilizados. É fundamental que esses equipamentos não se limitem em ser apenas espaços de cultura ou de lazer, mas que sejam também espaços de aprendizado, com formações práticas e aperfeiçoamento do conhecimento. As atividades devem ser exercidas em diversos locais como a biblioteca, utilizada para a pratica de leituras e pesquisas, áreas de teatro e cinema, exposição de artes, e até cursos de capacitação, estimulando a produção cultural.

Para proporcionar um bom funcionamento de um centro cultural deve exercer funções necessárias como espaços de apoio, contendo dependências administrativas, almoxarifado, reservas técnicas, sanitários, espaços que proporcione suporte para a realização dos objetivos principais. Sendo acrescentadas aos espaços “complementares”, estendendo o programa de necessidades, visando atender a demanda relacionada aos interesses econômicos, tais como: as cantinas, restaurantes, lanchonetes, livrarias, lojinhas de artesanatos, dentre outros. Ao propor o programa de necessidades de um centro cultural, o

profissional deve ter consciência que enfrentará várias diversidades programáticas existentes, decorrentes das necessidades culturais que são bastante variadas no contexto social e saber ao certo o conceito de cultura. (NEVES, p.6,2013)

Assim, conclui-se que um centro cultural deve ser implantado com o objetivo de oferecer a seus usuários espaços com infraestrutura adequada para a realização das atividades propostas, que ofereça diversas práticas culturais, valorizando sempre a heranças culturais do meio onde está inserido.


3.2. O LAZER E O ESPORTE

S

egundo Nelson Carvalho Marcellino (2006, p.02)

O lazer, como o conhecemos nos dias de hoje, é uma problemática tipicamente urbana, característica das grandes cidades, porém, ultrapassa suas fronteiras, uma vez que os grandes centros urbanos a levam, com as mesmas particularidades, por meio da mídia, a outras regiões do país, nem tão grandes, nem tão urbanizadas.

Da mesma forma que a cultura, o lazer é um problema contemporâneo, o qual atinge principalmente as pessoas de baixa renda por muitas vezes não terem acessos aos equipamentos que são de origem privada, essas pessoas normalmente vivem distantes dos centros de lazer, causando ainda mais o afastamento. Raquel Rolnik em seu texto o lazer humaniza o espaço, descreve duas ideias de lazer. A primeira relata o lazer como um privilégio de consumo real de prazer, da cidade e do tempo, retratando o lazer apenas como rotas para se chegar aos locais onde existem o prazer, seja ele no âmbito doméstico ou nos espaços do consumo cultural e esportivo. A segunda ideia, descreve o lazer como essencial para se ter uma boa qualidade de vida, aproximando as pessoas e considerando que o lazer está encarnado na cidade. Nelson Carvalho Marcellino discute ainda sobre a péssima qualidade de vida nas metrópoles, ocasionado muitas vezes pela exceção veículos em ruas causando o trânsito intenso juntamente com a po-

luição, e até mesmo derivado de nossos trabalhos, por isso a importância do lazer nas horas vagas, mas o grande problema é que a maioria das cidades não contam com equipamentos suficientes para atender a população, assim como os equipamentos relacionados à cultura e alguns da mesma forma são mantidos por iniciativas privadas, que estão fechando para dar lugar aos empreendimentos que são mais lucrativos, diminuindo cada vez mais os equipamentos de lazer. Nelson Carvalho Marcellino destaca ainda que os espaços de lazer são de extrema importância quando nos referimos

“Essa falta de espaços de lazer contribui para o enclausuramento das pessoas, que, por não ter opções de lazer nos logradouros públicos, acabam gastando seu tempo disponível em ambiente doméstico.” (MARCELLINO, 2006, p. 07). a qualidade de vida, pois esses ajudam a melhorar a vida humana, seja no ela no aspecto familiar, de trabalho, ou até mesmo de enfermidade, diante disto não se pode deixar de evidenciar que o lazer assim como Raquel Rolnik descreve, ele aproxima as pessoas de forma diferente do que se tem visto, onde percebemos que ao mesmo tempo que estamos em aglomerações, estamos isolados uns dos outros. O lazer se relaciona também com o esporte que na atualidade é presente nesses espaços e é considerado um dos negócios mais rentáveis do mundo tanto no futebol quanto em outros tipos de jogos, podemos relacionar o esporte com o lazer e com a cultura, pois ele vem de

muito tempo atrás, carregando consigo inúmeras tradições e conhecimentos. O esporte está relacionado desde a uma profissão até um momento de lazer, englobando todas as idades. Segundo Carmen Lucia Soares (1992, p.24)

(...) O esporte é selecionado porque possibilita o exercício do alto rendimento e, por isso, as modalidades esportivas selecionadas são geralmente as mais conhecidas e que desfrutam de prestígio social, como, por exemplo, voleibol, basquetebol etc. Nas perspectivas do lazer, o esporte ajuda pessoas a se distraírem, pelo fato da péssima qualidade de vida citado anteriormente. De acordo com o site Runtastic em uma publicação feita sobre como usar o esporte para desestressar publicado em fevereiro de 2020, os esportes proporcionam uma liberação do córtex pré-frontal que é encarregado de controlar as respostas emocionais ao estresse, por essas e outras o esporte é uma ótima forma de lidar com o estresse diário. Por fim, é possível concluir que os espaços de lazer assim como os de cultura devem ofertar espaços que sejam adequados para sua proposta, e juntamente à esses locais oferecer atividades esportivas para a diminuição do estresse populacional, contudo é necessário facilitar o acesso de pessoas das classes mais baixas para que elas possam se sentir mais acolhidas. 25 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


3.3. ARQUITETURA

O

arquiteto Edson Mahfuz em seu livro Ensaio sobre a razão compositiva (1995), expõe um olhar sobre o desenvolvimento de um projeto, em que a princípio é apresentado o método Beaux-Arts, que tem como primeiro passo a elaboração de um partido, isto é, o começo da construção de um projeto, no qual encontram-se nítidas as particularidades.

(...) Para a tradição acadêmica, o partido é um esquema diagramático de um edifício, uma ideia conceitual genérica, carregando consigo, ao mesmo tempo, as noções de reunião e divisão. (MAHFUZ,1995, p.16). Posteriormente Mahfuz apresenta a visão contemporânea da composição, onde tenta esclarecer as dúvidas em relação a arquitetura sobre o processo projetual, o mesmo ainda afirma que a arquitetura ordena o ambiente humano, manipula e coordena a ligação entre homem e habitat. Entretanto para que isso possa acontecer é necessário dar início a elaboração do projeto que segundo o arquiteto, conta com a fase preliminar que seria a definição do problema, no qual está associado ao estudo dos imperativos de um projeto, e estes relacionados ao estudo do programa de necessidades, da herança cultural, características climáticas e recursos materiais disponíveis. Mahfuz destaca ainda que o projeto realmente só se inicia quando as informações obtidas na fase preliminar, de fato são entendidas e estruturadas con-

forme a escala de prioridades que o arquiteto define em relação ao problema. O entendimento e a estruturação do problema podem ser caracterizada de duas maneiras, na relação simples e na complexa. A relação simples é composta pelos mesmos elementos da definição do problema, de uma forma modificada e desenvolvida, essa relação está vinculada ao funcionalismo europeu, onde a saída para qualquer problema arquitetônico, seria uma solução determinada para as condicionantes obtidas, atendendo apenas as necessidades imediatas. A relação complexa também utiliza os elementos da definição do problema, porém desfruta de elementos externos modificando os aspectos da definição, auxiliando assim em uma melhor interpretação do programa, constituindo personalidade na execução de cada projeto. O arquiteto assegura que toda obra de arquitetura deve apresentar um conceito central, seja ele formal e objetivo constituído em decorrência de um processo tecnológico ou científico, de uma experiência pessoal que pode acarretar em aberrações formais ou de um processo iniciado com uma imagem conceitual sendo possível desenvolver a imaginação, esse processo permite ao arquiteto enfrentar as complicações do problema, os fragmentando para que possam ser esclarecidos.

(...) em algum ponto do processo, uma síntese ocorre que possibilita a geração de um todo conceitual, uma ideia ‘forte’, um fio condutor em volta do qual a realidade do edifício tomará forma. (MAHFUZ,1995, p.19)

26 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

Por fim Mahfuz estabelece uma relação entre o todo conceitual e o partido de modo que um tenha nascido do outro. Dessa forma é possível ter um discernimento de que o todo domina as partes que se apoiam no conhecimento do mesmo desde o início do processo projetual. Herman Hertzberger em seu livro lições de arquitetura, enfatiza o fato de que não se projeta sozinho, sempre existem arquitetos ou projetos como referências, e sempre que se projeta, tem que se perguntar quais foram as referências que utilizamos, pois tudo o que descobrimos vem de algum lugar. O arquiteto destaca ainda que tudo o que é absorvido fica em nossa mente, e vão se adicionando a uma espécie de biblioteca, para que possamos consultar assim que surgir um problema, isso acontece não só na arquitetura mas em toda a vida.

A capacidade para descobrir uma solução fundamentalmente diferente para um problema, i.e., para criar “um mecanismo” diferente, depende da riqueza de nossa experiência, assim como o potencial expressivo de linguagem de uma pessoa não pode transcender o que é exprimível em seu vocabulário. É impossível dar receitas de como projetar, como todo o mundo sabe. (HERTZBERGER, 1999, p.03) Baseando-se nos conceitos acima, seja qual for a procedência do projeto, todos devem seguir parâmetros, como a resolução do problema encontrado, criação de partido e programa de neces-

sidades permitindo ao mesmo flexibilidade, tendo em mente as soluções que foram utilizadas e de onde partiram. A utilização desses conceitos será dada em um edifício de característica pública. De acordo com a 4° edição de cartilha de obras públicas lançada em 2014, as obras públicas tem como conceito a construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de um bem público, que possam satisfazer a necessidade da população sem a utilização de fins lucrativos. Dessa forma o projeto poderá atender as necessidades de toda a população principalmente daquela mais carente.


4

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE

27 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


4.1. USO DO SOLO

N

HABITAÇÃO

o mapa de uso do solo da cidade, é possível identificar que há a predominância residencial, com concentração de comércio na avenida principal e no centro da cidade, já no interior dos bairros a ocorrência de comércios é bem reduzida prevalecendo as áreas habitacionais. As tipologias residenciais apresentam características e tamanhos distintos, contudo observa-se um certo padrão entre as mesmas, essas de origem térreas ou sobrados, normalmente inseridas em terrenos retangulares, algumas com construções de alto padrão e outras de baixo padrão. A cidade possui apenas um assentamento irregular, entretanto há certos bairros que apresentam carência pecuniária. A área comercial como já apresentada, predomina na região central, tendo destaque como na maioria das cidades pequenas, pois retrata a história da mesma, por onde começou a crescer, e também comporta os comércios e serviços de interesse da população. A área industrial está estabelecida rente à rodovia Carlos Tonani que dá acesso aos municípios de Sertãozinho e Jaboticabal, as indústrias ali concentradas contribuem de forma breve para a economia da cidade. O município possui também núcleos de chácaras, que são de desfrute de seus proprietários, entretanto há pessoas que alugam as mesmas, o que é bem comum já que a população da cidade adora estar em contato com o rio Mogi.

COMERCIO SERVIÇO INSTITUCIONAL ÁREA VERDE/ PRAÇAS INDUSTRIAS CHACARAS VAZIOS ESC. SARGENTO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

ESPORTES

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

ESCOLA EVA BARROSO ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI

ESC PARTICULAR FLAMBOYANT

ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA C.A.E.M.E.

ESCOLA PRADO

IZ . LU ESC RCARI MA

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESC. IBRAIM SALEH

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

IN ESCOLA SIQUEIRA

IGREJA MATRIZ

D

PREFEITURA MUNICIPAL

ESTÁDIO MUNICIPAL

IO

ITÉR

CEM

Figura 9. Mapa de uso do solo da cidade por predominância Fonte: Karoline Macedo

28 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

IS

T

R

IT

O

D

U

S

T

R

IA

L


Figura 10. Tipologia residencial na Rua Osvaldo Sagula Fonte: Karoline Macedo

Figura 11. Centro comercial na Avenida Presidente Vargas Fonte: Karoline Macedo 29 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 12. Unidade mista de saúde na Rua Arlindo Rodrigues da Silva Fonte: Página do facebook- Barrinha Cidade de Respeito

Figura 13. Assentamento irregular no bairro Jardim Beija Flor Fonte: Google Earth 30 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


4.2 GABARITO TÉRREO ATE 2 PAV

C

onforme o mapa de gabarito, a cidade constitui-se em sua maioria de casas térreas e de até dois pavimentos, características essas presentes em municípios pequenos. É possível encontrar também alguns edifícios dispersos pela cidade, que possuem de três a quatro pavimentos, todos de características residenciais. A área industrial é a região que mais apresenta aglomeração de gabarito alto, como se localiza afastada da cidade não gera impacto visual. Dessa forma, é possível definir que a paisagem da cidade é de caráter homogêneo, pois não possui grandes variações de altura.

ACIMA DE 3 PAV

ESC. SARGENTO

GINÁSIO DE ESPORTES

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

ESCOLA EVA BARROSO ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI

ESC PARTICULAR FLAMBOYANT

ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA C.A.E.M.E.

ESCOLA PRADO

IZ . LU ESC RCARI MA

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESC. IBRAIM SALEH

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

IN IGREJA MATRIZ

ESCOLA SIQUEIRA

D

PREFEITURA MUNICIPAL

IS

T

R

IT

D

U

S

T

R

IA

L

O

ESTÁDIO MUNICIPAL

IO

ITÉR

CEM

Figura 14. Mapa de gabarito da cidade por predominância Fonte: Karoline Macedo 31 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 15. Casa assobradada na Rua Vital Brasil Fonte: Karoline Macedo

Figura 16. Casa térrea na Rua Luiz Iziquelli Fonte: Karoline Macedo 32 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 17. Edifício em fase de acabamento na Avenida Presidente Costa e Silva Fonte: Karoline Macedo

Figura 18. Edifício residencial Avenida Dr. Gumercindo Velludo Fonte: Karoline Macedo 33 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


JARDIM COLORADO II

4.3 VIÁRIO DA CIDADE

JARDIM COLORADO I

A

cidade apresenta uma grande quantidade de vias locais, com pouco fluxo de veículos, principalmente no interior dos bairros, as vias centrais e principais tem um fluxo maior, pelo fato de interligar os bairros e também por ser vias localizadas na região central onde se localizam comércios e serviços, e é nessa área que encontramos um fluxo maior de pedestres e veículos. As avenidas Presidente Costa e Silva, Jamil Said Ahmed Saleh, Presidente Kennedy, e Presidente Vargas, estão sempre com um numeroso fluxo, por serem vias que ligam os bairros ao centro, apesar desse fluxo ambas não apresentam congestionamento. Há também algumas vias coletoras, que fazem a transição dos veículos das vias principais para os bairros mais distantes são elas a rua Francisco Ozaki, rua Pastor Vicente Vitalino do Nascimento, rua dos Andradas, avenida Américo Dezorzi, avenida Presidente Castelo Branco e rua Alcides Prudêncio. As vias de forma geral são bem calmas, apenas em horários de picos, tem seus fluxos mais elevados, o que são algumas características das cidades pequenas. A cidade ainda não possui nenhum plano destinado a implantação de ciclovias o que dificulta a locomoção dos ciclistas dentro do município.

JARDIM CALIFÓRNIA II

RODOVIAS FLUXO ALTO FLUXO MÉDIO FLUXO BAIXO JARDIM CALIFÓRNIA I

JARDIM NOVO HORIZONTE VERA LÚCIA II

VERA LÚCIA I GINÁSIO DE ESPORTES

JARDIM BELO HORIZONTE

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

CONJ. HAB. ALBERTINA FERNANDES FOSSALUSSA

VILA RECREIO

ESCOLA EVA BARROSO ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

M

DI

R JA

VILA NOVA BARRINHA

M

I RD

ESCOLA PRADO

JA

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA

A

ST

I UL

PA

C.A.E.M.E.

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

PARQUE MOGI

IM

RD

IGREJA MATRIZ

JA

ESCOLA SIQUEIRA

B SÉ

D

JARDIM RAYA

ESTÁDIO MUNICIPAL

IM

RD

JA

IM

JARD

JARDIM

34 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

HA

RRIN

A BA

NOV

AS

EIR

N AI

P

JARDIM HIGIENOPOLIS

Figura 19. Mapa de fluxo das vias Fonte: Karoline Macedo

IN

JO

PREFEITURA MUNICIPAL

VILA SAO JOSÉ

O AT

N

BO

OM

CENTRO

VERA

PRIMA

OA

SB

LI

IO

ITÉR

CEM

IS

T

R

IT

O

D

U

S

T

R

IA

L


Figura 20. Cruzamento das Avenidas Presidente Costa e Silva com Avenida Júlio Marcari Fonte: Karoline Macedo

35 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


BEIJA FLOR VILA SÃO JOSE PARQUE MOGI VILA RECREIO I VILA RECREIO II

4.4 DIVISÃO DE BAIRROS

CDHU

D

JARDIM JOSE BOMBONATO JARDIM LISBOA

e acordo com o mapa econômico da cidade, e segundo o CRAS (centro de referência de assistência social) da cidade, os bairros Jardim Beija Flor que é um assentamento irregular, Vila São José, Parque Mogi, e Vila Recreio I, são os mais carentes da cidade, onde muitas vezes há famílias com várias pessoas vivendo em casas minúsculas e sem as mínimas condições de saneamento. Os demais bairros que possuem uma condição melhor, mesmo que em número menor ainda existem famílias com essas características. É possível perceber também, que os bairros que possuem um padrão econômico mais alto estão localizados próximos ao centro, devido aos moradores do mesmo serem os próprios comerciantes.

JARDIM COLORADO I E II JARDIM CALIFORNIA I E II JARDIM PAULISTA VERA LUCIA I E II JARDIM BELO E NOVO HORIZONTE CENTRO JARDIM RAYA NOVA BARRINHA NÃO DEFINIDO

GINÁSIO DE ESPORTES

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

ESCOLA EVA BARROSO ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA C.A.E.M.E.

ESCOLA PRADO

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

IN

IGREJA MATRIZ

ESCOLA SIQUEIRA

D

PREFEITURA MUNICIPAL

ESTÁDIO MUNICIPAL

Figura 20. Mapa de divisão de bairros Fonte: Karoline Macedo

36 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

IS

T

R

IT

O

D

U

S

T

R

IA

L


Figura 21. Tipologias comerciais localizadas no centro da cidade Fonte: Karoline Macedo

Figura 22. Tipologias residenciais no bairro Vila São José Fonte: Google Earth

Figura 23. Tipologias residenciais no bairro Parque Mogi Fonte: Google Earth

Figura 24. Tipologias residenciais no bairro Jardim Raya Fonte: Google Earth 37 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


5

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

38 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


5.1 USO DO SOLO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E ENTORNO

O

ESTACIONAMENTO

mapa apresenta uma área parcialmente residencial, a mesma tem a ocorrência de alguns comércios próximos a área de intervenção, caracterizados como bares e sorveteria, possui também alguns serviços como cabelereiros e oficina de veículos, duas escolas de ensino infantil e uma UBS. As habitações ao redor da área de intervenção são de médio e baixo padrão, no entanto essa desigualdade só é possível perceber quando adentramos no interior dos bairros. O lote a intervir possui uma quadra poliesportiva abandonada pelo poder público, e um campo de futebol que os moradores utilizam para praticar esportes desde uma simples pelada até um jogo de rugby, e entre esses equipamentos há um extenso vazio que está em descuido. Em frente ao lote encontra-se o lago do parque ecológico, que foi recentemente revitalizada, e é utilizada pelos moradores para a prática de exercícios físicos, e atividades de lazer.

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

JARDIM COLORADO II

Figura 25. Mapa de uso do solo do entorno Fonte: Karoline Macedo

JARDIM COLORADO I

JARDIM CALIFÓRNIA II

JARDIM CALIFÓRNIA I

JARDIM NOVO HORIZONTE VERA LÚCIA II

VERA LÚCIA I

JARDIM BELO HORIZONTE

ESTACIONAMENTO

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

CONJ. HAB. ALBERTINA FERNANDES FOSSALUSSA

VILA RECREIO

ESCOLA EVA BARROSO ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

IM

RD

OA

SB

LI

JA

VILA NOVA BARRINHA

A

IST

UL

IM

RD

ESCOLA PRADO

PA

JA

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA C.A.E.M.E.

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

PARQUE MOGI

IM

RD

BO

O

AT

ON

MB

CENTRO IGREJA MATRIZ

IN

JO

JA

ESCOLA SIQUEIRA

D

PREFEITURA MUNICIPAL

IS

T

R

IT

D

U

S

T

R

IA

L

O

JARDIM RAYA

VILA SAO JOSÉ

ESTÁDIO MUNICIPAL

IM

RD

JA

DIM

JAR

NOVA

AS

EIR

IN

PA

JARDIM HIGIENOPOLIS

INHA

BARR

JARDIM

RA

PRIMAVE

TÉRIO

CEMI

39 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 26. Tipologia residencial Rua Princesa Isabel Fonte: Google Earth

Figura 27. Tipologia residencial Avenida Presidente Castelo Branco Fonte: Google Earth

Figura 28. Tipologia comercial da รกrea na Avenida Presidente Castelo Branco Fonte: Karoline Macedo

Figura 29. Escola de ensino fundamental na Rua General Osรณrio Fonte: Karoline Macedo

40 โ ข Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


5.2 GABARITO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E ENTORNO

C

ESTACIONAMENTO

omo ocorre em toda a cidade, a área tem predominância de gabarito baixo, com casas térreas e alguns sobrados, e sem muita variação de altura em volta do lote.

JARDIM COLORADO II

JARDIM COLORADO I

JARDIM CALIFÓRNIA II

JARDIM CALIFÓRNIA I

JARDIM NOVO HORIZONTE VERA LÚCIA II

VERA LÚCIA I

ESTACIONAMENTO

JARDIM BELO HORIZONTE

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

CONJ. HAB. ALBERTINA FERNANDES FOSSALUSSA

VILA RECREIO

ESCOLA EVA BARROSO ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

IM

RD

OA

SB

LI

JA

VILA NOVA BARRINHA

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA

TA

IS UL

IM

RD

ESCOLA PRADO

C.A.E.M.E.

PA

JA

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

PARQUE MOGI

IM

RD

IGREJA MATRIZ

BO

O

AT

ON

MB

CENTRO

IN

JO

JA

ESCOLA SIQUEIRA

D

PREFEITURA MUNICIPAL

IS

T

R

IT

D

U

S

T

R

IA

L

O

JARDIM RAYA

VILA SAO JOSÉ

ESTÁDIO MUNICIPAL

IM

RD

JA

DIM

JAR

NOVA

AS

EIR

IN

PA

JARDIM HIGIENOPOLIS

INHA

BARR

JARDIM

RA

PRIMAVE

TÉRIO

CEMI

Figura 30. Mapa de gabarito do entorno Fonte: Karoline Macedo 41 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 31. Casa assobradada na Rua Nelson Ferreira Moraes Fonte: Google Earth

Figura 32. Casa térrea na Rua General Osório Fonte: Google Earth 42 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


5.3 VIÁRIO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E ENTORNO

O

ESTACIONAMENTO

s fluxos da área são classificados como baixo, pelo fato de suas vias serem classificadas como locais, entretanto há duas vias que passam pela área que tem o fluxo médio e são classificadas como coletora, essas serão de extrema importância no projeto, pois suportarão o novo fluxo que o mesmo irá levar até a área.

JARDIM COLORADO II

JARDIM COLORADO I

JARDIM CALIFÓRNIA II

JARDIM CALIFÓRNIA I

JARDIM NOVO HORIZONTE VERA LÚCIA II

VERA LÚCIA I

JARDIM BELO HORIZONTE

ESTACIONAMENTO

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

CONJ. HAB. ALBERTINA FERNANDES FOSSALUSSA

VILA RECREIO

ESCOLA EVA BARROSO

GARAGEM MUNICIPAL

ESCOLA DARVY

MASCARO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ESCOLA ÂNGELO JORDÃO

ESC. ARMÍNIO GIRALDI ANFITEATRO

SKATE

C.E.M.E.I.

IM

RD

OA

SB

LI

JA

VILA NOVA BARRINHA

ESC. DR. ANTÔNIO DUARTE NOGUEIRA

TA

IS UL

IM

RD

ESCOLA PRADO

C.A.E.M.E.

PA

JA

DE IDA E UN SAÚD DE

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

PARQUE MOGI

IM

RD

IGREJA MATRIZ

BO

O

AT

ON

MB

CENTRO

IN

JO

JA

ESCOLA SIQUEIRA

D

PREFEITURA MUNICIPAL

IS

T

R

IT

D

U

S

T

R

IA

L

O

JARDIM RAYA

VILA SAO JOSÉ

ESTÁDIO MUNICIPAL

IM

RD

JA

DIM

JAR

NOVA

AS

EIR

IN

PA

JARDIM HIGIENOPOLIS

INHA

BARR

JARDIM

RA

PRIMAVE

TÉRIO

CEMI

Figura 33. Mapa de fluxo do entorno Fonte: Karoline Macedo 43 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


5.4 LEGISLAÇÃO

P

ara o desenvolvimento do trabalho está sendo seguido o plano diretor da cidade de Barrinha, datado em 17 de outubro de 2006 pela lei nº. 1.905. O mesmo apresenta diversas diretrizes na área de educação, esporte, lazer e cultura. Segundo o artigo 13 e 14, do capítulo II - da política de educação, do título II - da promoção humana, apresentado na página 07 do plano diretor municipal, são essas as diretrizes educacionais:

Art. 13 - A política educacional objetiva garantir a oferta adequada do ensino fundamental e da educação infantil, observando-se os princípios e diretrizes constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Art. 14 - São diretrizes da política educacional: I - universalizar o acesso ao ensino fundamental e à educação infantil: II - promover e participar de iniciativas e programas voltados à erradicação do analfabetismo e à melhoria da escolaridade da população; III - criar condições para permanência dos alunos da rede municipal de ensino; IV - assegurar o oferecimento da educação infantil em condições adequadas às necessidades dos educandos nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social; V - garantir os recursos financeiros necessários para pleno acesso e atendimento à educação infantil, de 0 a 6 anos, em creches e escolas de

educação infantil; VI - promover regularmente fóruns e seminários para discutir temas referentes à educação; VII - promover o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do padrão de ensino; VIII - manter os edifícios escolares, assegurando as condições necessárias para o bom desempenho das atividades do ensino fundamental, da pré-escola e das creches; IX - construir, ampliar ou reformar unidades de ensino para educação fundamental, infantil, conforme normas estabelecidas em legislação específica; X - assegurar a participação dos pais ou responsáveis na gestão e na elaboração da proposta pedagógica das creches, pré-escolas e do ensino fundamental; XI - promover e assegurar as condições para a qualificação e o aperfeiçoamento do corpo docente, técnico e administrativo; XII - promover a integração entre a escola e a comunidade; XIII - intensificar as ações comunitárias através do Programa Escola da Família; XIV - inserir a disciplina “Ética” no currículo do Ensino Fundamental de forma sistematizada e dinâmica, buscando em cada ciclo a inserção dos temas transversais e a formação para a cidadania; XV - garantir o transporte escolar gratuito, seguro e com regularidade aos alunos da educação infantil, ensino fundamental, ensino técnico e ensino superior; XVI - pleitear junto ao governo estadual o atendimento adequado à demanda local do ensino médio e educação profissional; XVII - proporcionar condições adequadas para o atendimento aos alunos que necessitam de cuidados educacionais especiais em escola municipal especializada e promover a inclusão dos mesmos na rede regular de ensino; XVIII - manter grupo de profissionais multidisciplinares como psicólogo, fisioterapeuta, assistente social, fonoaudiólogo e outros para atender às necessidades e demandas municipais; e adotar e manter programas na rede municipal de ensino para tratar das questões interétnicas.

44 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

Figura 34. Plano Diretor, página 07 Fonte: Prefeitura Municipal de Barrinha


Para o esporte e lazer, as diretrizes também são apresentadas no titulo II, no capítulo v - da política de esportes e lazer, dispostas nos artigos 19, 20 e 21, que são apresentados na página 10.

Art. 19 - A política de esportes e lazer tem como objetivo propiciar aos munícipes condições de desenvolvimento físico, mental e social, através do incentivo à prática de atividades esportivas e recreativas. Art. 20 - A política de esportes e lazer deverá orientar-se pelos seguintes princípios: I - desenvolvimento e fortalecimento dos laços sociais e comunitários entre os indivíduos e grupos sociais; II - universalização da prática esportiva e recreativa, independentemente das diferenças de idade, raça, cor, ideologia, sexo e situação social. Art. 21 - São diretrizes da política de esportes e lazer: I - envolver as entidades representativas na mobilização da população, na formulação e na execução das ações esportivas e recreativas; II - prover, ampliar e alocar regionalmente recursos, serviços e infraestrutura para a prática de atividades esportivas e recreativas;

III - garantir a toda população, condições de acesso e de uso dos recursos, serviços e infraestrutura para a prática de esportes e lazer; IV - incentivar a prática de esportes na rede escolar municipal através de programas integrados à disciplina Educação Física; V - implementar e apoiar iniciativas de projetos específicos de esportes e lazer para todas as faixas etárias; VI - apoiar a divulgação das atividades e eventos esportivos e recreativos; VII - descentralizar e democratizar a gestão e as ações em esportes e lazer, valorizando-se as iniciativas e os centros comunitários dos bairros; VIII - desenvolver programas para a prática de esportes amadores; IX - promover eventos poliesportivos e de lazer nos bairros. X - articular iniciativas nas áreas de saúde, esporte e lazer para o desenvolvimento psicossomático.

Figura 35. Plano Diretor, página 10 Fonte: Prefeitura Municipal de Barrinha 45 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


As diretrizes para o setor cultural são apresentados no título IV, capítulo II- Do patrimônio histórico e cultural, distribuídas nos artigos 65 e 66, e estão apresentadas na página 22

Art. 65 - Incentivar a produção cultural e assegurar o acesso de todos os cidadãos e segmentos da sociedade às diferentes formas de cultura, a preservação do patrimônio histórico e cultural do Município de Barrinha. Art. 66 - São diretrizes da política do Patrimônio Histórico e Cultural: I - efetivar o Conselho Municipal de Cultura e Valorização do Patrimônio; II - incentivar e valorizar iniciativas experimentais, inovadoras e transformadoras em todos os segmentos sociais e grupos etários; III - utilizar legislação municipal para tombamento e proteção de bens culturais, vegetação nativa e referências urbanas; IV - preservar e divulgar as tradições culturais e populares do município; V - destinar recursos para preservação do patrimônio histórico e cultural; VI - recuperar os arquivos históricos do município; VII - implantar o museu histórico de Barrinha para exposição de pinturas, fotos e equipamentos que resgatem o surgimento e crescimento da cidade; VIII - ampliar o acervo da Biblioteca Municipal; IX - preservar locais de visitação pública com interesse paisagístico;

X - promover campanhas que visem o desenvolvimento artístico-cultural do município; XI - criar projetos artístico-culturais, para efeitos de celebração de convênios; XII - buscar articulações necessárias, com órgãos federais, estaduais, universidades, escolas e instituições particulares, para assegurar a implantação de novos programas artístico-culturais; XIII - incentivar a sensibilização da opinião pública sobre a importância e a necessidade de preservação do patrimônio; XIV - tombar prédios de interesse histórico e arquitetônico através da legislação municipal elaborada para este fim; XV - elaborar um projeto para implantação de espaços destinados a espetáculos cinematográficos (cinema acessível à comunidade); XVI - construir um teatro popular que represente oportunidades de desenvolvimento para os artistas locais, e de lazer para as famílias da comunidade; XVII - motivar e qualificar tecnicamente o pessoal envolvido na gestão das políticas culturais; XVIII - promover atividades culturais como instrumentos de integração regional; e garantir aos cidadãos meios de acesso democrático à informação, à comunicação e ao entretenimento.

46 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

Figura 36. Plano Diretor, página 22 Fonte: Prefeitura Municipal de Barrinha


O projeto também seguirá as orientações descritas pelo código de edificações municipal que foi redigido pela Lei n° 1218 de 27 de novembro de 1991, onde a mesma descreve na página 16, no capítulo XI – Edificações para fins especiais: Artigo 70: - As edificações para fins especiais, tais como escolas, cinemas, teatros, hospitais, estabelecimentos comerciais e industriais de gêneros alimentícios, estabelecimentos industriais e comerciais farmacêuticos e de produtos dietéticos, de higiene, de cosméticos e congêneres, e outros não previstos neste Código, só serão aprovados se obedecerem rigorosamente a legislação sanitária do Estado.

Figura 37. Código de edificações, página 16 Fonte: Prefeitura Municipal de Barrinha 47 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6

LEITURAS PROJETUAIS

48 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O

projeto da Escola de Ensino Médio Unidade I da Fundação Bradesco, traz uma questão relacionada ao uso dos espaços pelo jovens, como as salas de aula, pátios e biblioteca, e também a questão da acessibilidade, toda essa parte será proposta no novo edifício projetado. O Parque da Juventude se apropria de um lugar antes mal visto pela população e o requalifica dando espaço ao esporte e lazer, criando quadras, pista de skate, espaços de recreação e lazer, além do espaço institucional, essas são uma das novas diretrizes do projeto a ser criado. A Biblioteca São Paulo faz parte da área institucional do Parque da Juventude, e agrega muito valor a área, ela conta com espaços diversificados para leitura, e módulos de leitura diferentes para de crianças, adolescentes e adultos, essa parte do programa será apresentado no projeto. O Sesc Bertioga traz em suas acomodações o uso sustentável dos materiais, garantindo um conforto térmico ocasionado pela ventilação cruzada e pelas placas fotovoltaicas, o programa do mesmo ainda se distribui em áreas infantis e adultas, para que todos possam ter seu entretenimento, esse programa será utilizado no novo edifício. O projeto de Moradas Infantis Canuanã - Fundação Bradesco, visa a utilização de materiais encontrados na região, faz uso da madeira para garantir o conforto, e também faz a requalificação dos espaços para que os alunos se sintam em casa, já que vivem longe da família. No projeto proposto vamos utilizar dos tijolos que são produzidos na cidade pelas cerâmicas, fazendo referência ao

projeto, assim como a requalificação de espaços. O grupo Todo Por La Praxis, visa a melhoria urbana em conjunto com o coletivo, buscam também a utilização desses espaços de forma que eles sejam aproveitados da melhor maneira possível atendendo as necessidades dos usuários. Dessa forma o grupo vira referência para que o projeto estabelecido na área obtenha inspirações para desenvolvimento das diretrizes externas do parque.

49 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.1 ESCOLA DE ENSINO MÉDIO UNIDADE I DA FUNDAÇÃO BRADESCO

6.1.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO Arquitetos: Shieh Arquitetos • Associados Localização: Osasco, São Paulo Área: 4000.0 m² Ano: 2017

A

leitura sobre o projeto foi de escolha pelo fato de como o escritório trata o edifício existente, o readequando para o uso de jovens, assim como o programa e sua distribuição que foram relacionados com a questão da acessibilidade, a relação que o mobiliário trás em função da implantação do edifício e as condicionantes do terreno também colaboraram para a escolha.

Figura 38. Situação Escola de Ensino Médio Unidade I Fonte: Google Earth, modificada por Karoline Macedo

O equipamento localiza-se no bairro à rua Dep. Emílio Carlos n° 970, Vila Campesina na cidade de Osasco, São Paulo. A nova proposta arquitetônica busca aproveitar o máximo da estrutura já existente, e para proporcionar um edifício diferente propõe demolições de algumas partes. As fachadas que permaneceram receberam brises de alumínio, melhorando o conforto térmico nas salas de aula. A ventilação natural é primordial no novo projeto. 50 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.1.2 ACESSOS E CIRCULAÇÕES

Figura 39. Planta baixa de acessos e circulações Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo

O

s acessos são feitos através do embarque e desembarque na lateral do edifício, e na parte frontal pela escada e rampa. As duas novas circulações foram criadas a partir da demolição de algumas lajes, onde vieram a criar átrios centrais que são cobertos por sheds que proporcionam iluminação e ventilação. As antigas passarelas de concreto foram substituídas por estruturas de aço e adentram o edifício garantindo a acessibilidade.

Figura 40. Circulação vertical Fonte: Archdaily 2020 51 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.1.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O

programa foi pensado para atender o grande fluxo de estudantes, o térreo inferior se destinou à praça de chegada juntamente com o refeitório, as salas de aula ficam localizadas no térreo superior e primeiro pavimento, e no segundo pavimento está disposta a biblioteca, auditório e laboratório.

Figura 42. Planta baixa pavimento térreo superior Fonte: Arco Web 2020, modificada por Karoline Macedo

Figura 41. Planta baixa pavimento térreo inferior Fonte: Arco Web 2020, modificada por Karoline Macedo 52 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 45. Corte AA em perspectiva Fonte: Archdaily 2020

Figura 43. Planta baixa primeiro pavimento Fonte: Arco Web 2020, modificada por Karoline Macedo

Figura 44. Planta baixa segundo pavimento Fonte: Arco Web 2020, modificada por Karoline Macedo

Aproveitando o desnível entre o prédio e a rua à frente, os arquitetos criaram uma arquibancada que interligam os pátios com o refeitório

Figura 46. Arquibancadas Fonte: Archdaily 2020 53 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.1.4 ESTRUTURA E FECHAMENTO

A

s fachadas que permaneceram receberam brises em alumínio que possuem afastamento de 75 cm em relação a fachada. Esse sistema é dividido em módulos, que são fixados em uma estrutura metálica que além de facilitar a limpeza e a manutenção, proporcionam uma melhor orientação em relação ao sol.

Figura 47. Fachada com brises Fonte: Archdaily 2020 54 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.2 PARQUE DA JUVENTUDE

A

escolha da leitura foi decorrente a relação entre o paisagismo, o esporte e o institucional, que são interligados por caminhos sombreados, e incorporados a esses foram distribuídas atividades para o público. O projeto também utiliza ruinas de uma antiga cadeia e as engloba, deixando visível a história do local.

6.2.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO Arquiteta Paisagística: Rosa Grena Kliass • Local: São Paulo, SP Projeto: 1999 Área do terreno: 232,933 m²

Figura 48. Situação do Parque da Juventude Fonte: Google Earth, modificada por Karoline Macedo

Localizado na zona norte de São Paulo entre as avenidas Cruzeiro do Sul e Gen. Ataliba Leonel, o parque trouxe uma renovação para o local, quando em 1999, após o massacre ocorrido com 111 presos, o governo de São Paulo promove um concurso público

para a escolha do projeto arquitetônico para o centro cultural e o parque. O escritório do arquiteto Aflalo & Gasperini foi o vencedor, e contratou a arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass, que desenvolveu a proposta paisagística para o parque.

55 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.2.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

A

proposta paisagística que Rosa Grena desenvolveu foi dividida em três etapas

Figura 49. Implantação Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo 56 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


A primeira etapa foi inaugurada em 2003, e é composto por quadras poliesportivas, pista de skate, patins e cooper, áreas de descanso e vestiário. O paisagismo, contou com árvores laterais nos caminhos, e suas coberturas formam espaços sombreados.

Figura 50. Setor esportivo Fonte: Archdaily 2020

A terceira etapa foi destinada a área institucional, com edifícios propostos pelo escritório Aflalo & Gasperini, como a Biblioteca São Paulo, que e de fácil acesso, principalmente pelo fato da estação de metrô Carandiru localizar-se ao lado do parque. O parque sempre recebe shows e festivais de diversos estilos.

Figura 51. Setor esportivo Fonte: Galeria da Arquitetura

A segunda etapa foi definida como área central e inaugurada em 2004, foi pensada como espaço de lazer e contemplação, dispõe apenas de bancos ao longo do percurso. A área possui 95 mil metros quadrados de área verde, incluindo jardins, alamedas, bosques e uma pequena mata atlântica. As passarelas de vigia e muros antigos foram mantidos para demonstrar o histórico do local. Figura 54. Biblioteca São Paulo Fonte: Arco Web 2020

Figura 52. Antigas passarelas preservadas Fonte: Archdaily 2020

Figura 53. Espaços de contemplação Fonte: Archdaily 2020 57 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.3 BIBLIOTECA SÃO PAULO

A

biblioteca foi escolhida, sendo observado o seu programa de necessidades que cria módulos de leituras para diferentes idades soltos no interior do edifício, a estrutura e os fechamentos que garantem o conforto térmico também foram imprescindíveis na escolha.

6.3.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO

Arquitetos: Aflalo/Gasperini Arquitetos Área: 4.257 m² Início do projeto: 2009 Conclusão da obra: 2012

Figura 55. Situação Biblioteca São Paulo Fonte: Google Earth, modificada por Karoline Macedo

Localizada dentro do Parque da Juventude na zona norte de São Paulo, a mesma tem a missão de ser um modelo para as bibliotecas públicas paulistas. 58 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

A biblioteca colaborou para que a revitalização do parque explorasse os limites do bairro, trazendo pessoas de toda a cidade para aproveitar as atividades que o parque oferece.


6.3.2 ACESSOS E CIRCULAÇÕES

O

s acessos são através das entradas laterais do edifício, e a circulação vertical por meio de dois núcleos de escadas. Há também uma terceira caixa de escada, porém reservada para trabalhadores do local, ela dá acesso direto ao acervo.

Figura 56. Planta baixa de acessos e circulações Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo

59 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.3.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

S

egundo o escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos, o edifício é constituído por dois pavimentos. O térreo possui recepção, auditório, módulos de leitura para crianças

Figura 57. Planta baixa térreo Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo

Figura 58. Espaço interno no térreo com módulos Fonte: Archdaily 2020 60 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O escritório descreve o pavimento superior como se ele se destinasse aos adultos, no mesmo encontra-se o acervo, espaços de leitura com módulos para adultos, e também áreas de multimídia. Os arquitetos também buscaram atender as normas de acessibilidade, implantando mobiliários especiais, pisos táteis, rampas de acesso entre outros

Figura 59. Planta baixa primeiro pavimento Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo

Figura 60. Corte AA Fonte: Archdaily 2020, modificado por Karoline Macedo

Figura 61. Corte BB Fonte: Archdaily 2020, modificado por Karoline Macedo 61 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.3.4 ESTRUTURA E FECHAMENTO

A

estrutura é formada por pilares e vigas com espaçamento a cada 10 metros. O terraço localizado no térreo possui uma cobertura de estruturas tensionadas e os do pavimento superior são cobertos por vigas de eucalipto e policarbonato. Os fechamentos em vidro do térreo são recuados da fachada, para garantir sombreamento e iluminação, e as demais fachadas possuem placas de concreto pré-moldados com acabamento texturizado. Figura 62. Terraço localizado no térreo Fonte: Archdaily 2020

Figura 63. Térreo Fonte: Archdaily 2020 62 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.4 SESC BERTIOGA

O

Sesc possui um programa diferenciado, o mesmo contém instalações de temporada, áreas de convivência para todas as idades além de áreas esportivas e aquáticas, a leitura do mesmo busca referências a partir do seu programa e suas técnicas construtivas que utilizam aberturas para garantir a ventilação cruzada e também placas fotovoltaicas para captação de energia solar, garantindo sustentabilidade no projeto.

6.4.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO Arquitetos: Teuba Arquitetura e Urbanismo Local: Bertioga - SP Área construída: 25.341 m² Área total: 410.650 m².

Figura 64. Situação Sesc Bertioga Fonte: Google Earth, modificada por Karoline Macedo

Figura 65. Acomodações do Sesc Bertioga Fonte: Galeria da arquitetura

O Sesc Bertioga está localizado a beira mar no litoral norte de São Paulo. A estrutura do sesc foi construída em 1948 para receber trabalhadores que vieram de outras cidades para trabalhar no comercio local, o projeto buscava proporcionar a eles

contato com o mar e com a natureza presente no local. A reforma segue as características presentes, que possuem aspectos rústicos, volumes térreos e telhados de barro, e busca ainda a integração com os ambientes internos e externos.

63 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.4.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O

Sesc promove atividades esportivas, recreativas e sustentáveis. A área possui três piscinas interligadas, elas são destinas à crianças, adultos e a pratica de esportes. O mesmo ainda possui restaurantes, biblioteca com computadores, lanchonetes, academia para hóspedes, e outras atividades.

Figura 66. Espaço de recreação Infantil Fonte: Sesc Bertioga

Figura 67. Biblioteca Fonte: Sesc Bertioga 64 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 68. Mapa de Instalações Fonte: Sesc Bertioga

65 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.4.3 ESTRUTURA E FECHAMENTO

O

escritório afirma que o projeto prioriza o uso de materiais de origem natural como o tijolo, a telha e a pedra, mas também utilizam o concreto e a madeira. Técnicas sustentáveis foram empregadas no projeto como o uso da ventilação cruzada, e o uso de placas solares fotovoltaicas para capitação de energia solar.

Figura 69. Demonstração de ventilação cruzada Fonte: Galeria da Arquitetura

Figura 70. Demonstração da distribuição das placas fotovoltaicas Fonte: Galeria da Arquitetura 66 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.5 MORADAS INFANTIS CANUANÃ FUNDAÇÃO BRADESCO

A

escola Canuanã foi escolhida devido a sua busca por uma requalificação dos espaços, essa proporciona aos estudantes um lugar mais acolhedor como se estivessem em casa. Os arquitetos propõem o uso da madeira como conforto visual e térmico, além de buscarem técnicas construtivas da cultura daquela população para que possam empregar junto com a arquitetura contemporânea soluções no projeto.

6.5.1 FICHA TÉCNICA, LOCALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO Arquitetos: Aleph Zero, Rosenbaum Área: 23344 m² Ano: 2017

Figura 71. Situação Escola em Canuanã Fonte: Google Earth, modificada por Karoline Macedo

Localizada na zona rural de Formoso do Araguaia, onde é mantida por mais de 40 anos acolhendo crianças e jovens de 7 a 18 anos, que a Fundação Bradesco percebeu que o edifício precisava ser requalificado para manter sanidade do lugar. As crianças e adolescentes estu-

dam em regime de internato, pois onde moram são impossibilitados de manter a rotina escolar. De acordo com Rosenbau, o ponto de partida deste projeto foi a mudança do conceito de alojamento para o conceito de morada.

67 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O

projeto foi dividido em duas vilas uma feminina e outra masculina, divididas em 45 unidades de 6 alunos cada programa dos edifícios conta com dormitórios, sala de TV, espaços de leitura, pátios e outros.

Figura 72. Planta baixa térreo Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo

Figura 73. Planta baixa primeiro pavimento Fonte: Archdaily 2020, modificada por Karoline Macedo

Figura 74. Corte BB Fonte: Archdaily 2020, modificado por Karoline Macedo 68 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 75. Pátios internos Fonte: Archdaily 2020

Figura 76. Dormitórios Fonte: Archdaily 2020

Figura 77. Áreas de convivência Fonte: Rosenbaum 69 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.5.3 ESTRUTURA E FECHAMENTOS

D

e acordo com Rosenbaum, os dormitórios são estruturados em tijolos de barro que foram fabricados na obra utilizando a terra da fazenda, foi utilizado também estruturas de madeira laminada colada, essas referências foram buscadas na cultura da população de Canuanã.

Figura 78. Fechamento em tijolo de barro Fonte: Rosenbaum

Figura 79. Estruturas em madeira Fonte: Archdaily 2020 70 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.6 TODO POR LA PRAXIS – TXP

O

grupo Todo Por La Praxis foi escolhido, pelos projetos urbanos que ele desenvolve, além de serem funcionais, podem ser desenvolvidos a partir de inúmeros materiais e formas. Todos os projetos elaborados por eles seguem linhas de trabalho que facilitam o entender sobre a necessidade do equipamento no local e como o desenvolver.

6.6.1 APRESENTAÇÃO

O

Todo Por La Praxis é um escritório formado por arquitetos, designers e artistas e é sediado em Madri. O TXP como eles denominam, propõe novos modos para a cidades, com novas ferramentas e metodologias de projetos, e estes promovem a integração entre a cidade e os moradores, levando a uso coletivo.

Figura 80. Conquer La Marina, San Sebastián 2016 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

Figura 81. Conquer La Marina, San Sebastián 2016 Fonte: Todo Por La Praxis 2020 71 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


6.6.2 LINHAS DE TRABALHOS

E

ste coletivo trabalha com cinco linhas de projetos, a pedagogia e aprendizagem, processos participativos, planejamento urbano tático, projetos de co-produção e resiliência e consultoria e mediação urbana. De acordo com o escritório, a pedagogia e aprendizagem trabalham com espaços baseados em ações ligadas a processo, ou seja trabalham o desenvolvimento de habilidades humanas e também do espaço onde está inserido conduzindo à experiências distintas e coletivas em cada projeto.

Figura 82. Conquer La Marina, San Sebastián 2016 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

Figura 83. Cinema Usera, Madrid 2014 Fonte: Todo Por La Praxis 2020 72 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O processo participativo como o próprio nome já diz, propõe a participação do público. Esses projetos passam por duas etapas, a primeira é uma etapa consultiva que faz uma integração com o público para começar o trabalho inicial. A segunda etapa surge processos e propostas alternativas para o local.

Figura 84. CallanBubble, Callan (Irlanda) 2015 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

A consultoria e mediação urbana consiste na revitalização de uma comunidade, para que ela possa levar equipamentos que se adequem as necessidades da comunidade com os cidadãos, de acordo com o TXP eles propõem acompanhamento à essas entidades, para que eles possam desenvolver os espaços com a maior interação possível entre ambos.

Figura 85. CallanBubble, Callan (Irlanda) 2015 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

Figura 89. Núcleo Cultura La, Caracas 2015 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

No planejamento urbano tático, projetos de co-produção e resiliência, são propostos intervenções em pequena escala, de baixo custo e que permitem experimentações coletivas, estas definidas com técnicos e cidadãos onde são definidos os conceitos básicos para o projeto.

Figura 86. Campo de Cevada, Madrid 2012 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

Figura 87. Guanarteme Comum, Las Palmas 2016 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

Figura 88. Tandem, Madri 2017 Fonte: Todo Por La Praxis 2020

73 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


7

ESTUDO DE CASO

74 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


L

ocalizado na cidade de Barrinha São Paulo, o CEC (centro de educação complementar), promove diversas atividades gratuitas para as crianças. De acordo com a página Barrinha Cidade de Respeito, na rede social Facebook, desde a sua construção o centro passou apenas por uma reforma, executada no ano de 2014, a mesma criou novas salas de aula e readequou as existentes, empregou normas de acessibilidade e realizou a reforma da piscina. Atualmente, a escola de ensino infantil Primo Giraldelli passa por reformas, e para não prejudicar os alunos, as salas de aula foram transferidas para o salão do CEC, separando o terreno entre escola e centro de educação.

342,00m2

30

13,

100.00

71,18m2

101.00

CONSTRUIR DEMOLIR

bebedouro-inox

banco

1.50

WC-PNE

1.70

1.50

1.70

WC-PNE

1.50

WC / VEST. WC / VEST.

bebedouro-inox

126,30m2

81,61m2

CONSTRUIR DEMOLIR

2.00x1.00 3.50

1.25

2.00x2.10

6.16

SALA

SALA

- PISO CERÂMICO - FORRO PVC

- PISO CERÂMICO - FORRO PVC - VITRÔ BASC.

0.78

0.78

0.78

1.05

1.05

1.05

1.05

4,00

4.00

- PISO CERÂMICO - FORRO PVC - VITRÔ BASC.

5.50

5.50

5.40 2.00

2.00

1.60

2.00x2.10

2.00x1.00

2.30

4.00

1.60

2.00x1.00 2.53

1.25

6.16

7.00

0.78

7,15

3,00

PINGADEIRA

RAMPA

PINGADEIRA

PINGADEIRA

CORRIMÃO

CONSTRUIR

1.00

INSTALAR

1.10

SUBSTITUIR

Figura 90. Planta baixa CEC Fonte: Prefeitura Municipal 75 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 91. Planta baixa com programas Fonte: Prefeitura Municipal modificado por Karoline Macedo

Figura 92. Divisão entre CEC e escola Fonte: Karoline Macedo 2020 76 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 93.Piscina com vista para as salas e salão Fonte: Página do facebook- Barrinha Cidade de Respeito 2014

Figura 94. Vista para sala de jazz e sanitários Fonte: Página do facebook- Barrinha Cidade de Respeito 2014 77 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 95. Vista para salas e recepção Fonte: Página do facebook- Barrinha Cidade de Respeito 2014

Figura 96. Vista para o campo e as quadras Fonte: Página do facebook- Barrinha Cidade de Respeito 2014 78 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


D

evido as condições de isolamento social vividas no momento, por meio de redes sociais Vicente Martins, diretor do centro, responde as questões relacionadas as atividades e alunos que frequentam o local.

1 - Quais curso são oferecidos no programa do CEC? Os cursos disponíveis no momento na programação do centro são, futebol, futsal, voleibol, jazz, ballet, pintura, inglês, espanhol, xadrez e natação que no momento encontra-se parada para que possa acontecer a reforma da piscina. 2 - Qual a quantidade total de alunos matriculados no centro? E qual a estimativa de fluxo semanal? O CEC tem em torno de 700 alunos regularmente matriculados, gerando uma média de 20 alunos por curso por horário, dentro das 49 turmas semanais existentes. O prédio tem um fluxo mediano de mais de 1000 idas e vindas durante a semana, pelo fato de que existem alunos que participam de mais de um curso. 3 - Qual a idade das crianças que frequentam o local? As crianças tem uma média de 06 a 14

anos. 4 - Qual é o curso que mais tem demanda de procura? A maioria dos cursos possuem uma demanda, mas sem dúvidas o xadrez é sem dúvidas o mais procurado, ele sempre possui fila de espera mas como é um curso muito procurado existem poucas desistências e por isso as crianças quase nunca são chamadas. Os demais cursos oferecidos não costumam ter filas, pois há desistências durante o ano, e sempre que sai um aluno o próximo é encaixado, diminuindo a fila de espera. 5 - Se fosse para inserir cursos na programação do CEC, quais seriam? Pensamos muito em inserir aulas de kung fu e capoeira, já procuramos saber de fato como funciona, e existem uma serie de detalhes burocráticos na contratação de professores e adequação do local, por essa razão os cursos ainda não foram implantados.

79 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8

PROPOSTA

80 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Conforme o estudo desenvolvido, informações coletadas, e objetivando a intervenção no Parque Ecológico, é possível perceber que atualmente o lazer e a cultura não são mais priorizados, principalmente em cidades pequenas pelo fato de não possuírem recursos para os mesmos. A cidade em questão não possui equipamentos desse porte e a população acaba se apropriando dos poucos recursos que o município oferece. Explorando esses dados, se cria a ideia de requalificação dos espaços de lazer oferecidos na área e a construção de um novo edifício para dar o suporte necessário na cultura e na educação, tendo em vista todas as possibilidades que a área oferece, para conceder a população espaços que atendam às suas necessidades. O projeto será desenvolvido segundo a teoria de Edson Mahfuz (2004), onde o mesmo retrata que o projeto não pode ser pensado separado do entorno, ambos precisam estar conectados, para que o edifício estabeleça uma conexão entre seus usuários e o entorno onde está inserido. Para o desenvolvimento da proposta foi necessário observar as relações que o Parque tem com o lugar onde está inserido e também o uso que ele tem para a população. Por fim foi possível identificar esses fatores, e criar diretrizes projetuais internas para o parque, integrando-as com a nova edificação. Nesta etapa foi fundamental o conhecimento sobre a área e sobre as necessidades da cidade, para só assim propor soluções viáveis para o local escolhido.

8.1 PREMISSAS DE PROJETO

A

proposta tem como objetivo criar diretrizes para algumas áreas do parque que estão em abandono, oferecendo assim infraestrutura adequada para seus usuários, e também objetiva a requalificação da quadra poliesportiva que está em estado crítico, e mesmo com o abandono dessas áreas a população ainda utiliza-o de forma diária. Essa requalificação busca tornar o local ainda mais atrativo, e com o apoio e infraestrutura adequada inseridas no novo edifício, e a criação das diretrizes para o parque o ecológico. Com base nas análises desenvolvidas a partir do levantamento e conhecimento da área, foi possível elaborar a metodologia da matriz SWOT, que será de grande apoio para o desenvolvimento das diretrizes gerais, pois com a mesma é possível identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da área.

81 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


FORÇAS • Lagoa natural; • Vegetação nativa; • Predominância de residências, colaborando para o convívio social; • Equipamentos de esporte implantados; • Área para caminhada recém implantada.

OPORTUNIDADES • Valorização do parque; • Diversidade de usos; • Aumento na concentração de pessoas e convívio social; • Integração da lagoa com o parque; • Preservação da vegetação existente.

SW OT Figura 97. Análise SWOT Fonte: Karoline Macedo

82 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

FRAQUEZAS • Falta de valorização da paisagem; • Sem segurança pública; • Abandono e degradação de áreas do parque; • Falta de mobiliário e apoio;

AMEAÇAS • Falta de manutenção de equipamentos públicos; • Degradação do espaço por falta de segurança pública; • Poluição da vegetação do entorno e da lagoa


8.2 DIRETRIZES PROJETUAIS

A

partir de análises, pesquisas e interações via rede sociais, a proposta visa uma maneira de valorizar o Parque Ecológico que é uma área que possui um grande potencial e é muito utilizado pela população, porém é carente em espaços que possam atender as necessidades da mesma. Dessa maneira foram criadas diretrizes externas que estarão juntas com o desenvolvimento do novo projeto de implantação e restauração da quadra.

Espaço para caminhadas mais arborizados

Espaço para alugar e guardar bicicleta

Figura 98. Esquema de diretrizes Fonte: Karoline Macedo

Espaço com aparelhos de ginastica e academia ao ar livre

Espaço para locação de pedalinhos, com áreas de piers

Espaços para, patinação, e ciclo-faixas.

Área para food-trucks e feira

Requalificação da quadra e do campo

Quiosques destinado a piqueniques e pesca

Espaço para idosos praticarem atividades como jogos de mesa.

83 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.3 PROGRAMA E PRÉ DIMENSIONAMENTO

PROGRAMA E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

O

programa do edifício foi dividido em 5 setores, o educacional, o administrativo, o de alimentação, exposição e convivência e o de apoio. Esse programa foi desenvolvido a partir do programa do CEC (centro de educação complementar) já descrito no capítulo 7, e como visto precisa de uma nova sede devido à precariedade da atual sede e também pela procura e proporção de atendimento. A partir desse, surgiram as demais necessidades para a área como, a biblioteca e sala de informática que juntamente com as escolas da cidade poderão oferecer suporte para as crianças e adolescentes, a brinquedoteca que além do suporte para as crianças que frequentam o edifício, também irá auxiliar os pais que vão até o local para desenvolver atividades e não possuem lugares para destinar as crianças. Já os ateliers, sala de multimídia e saguão de exposição completarão o edifício, de forma que os alunos produzam os materiais e deixem expostos para contemplação, o espaço para jogos, principalmente o de xadrez já que é o mais procurado no CEC poderá ser desenvolvido em uma das salas de aula, mas o espaço destinado fica ao ar livre, abaixo dos pergolados, para contemplação de todo o parque. O programa do edifício é pensado para que seja utilizado por pessoas de todas as idades, e também para que ele integre com o ambiente externo, afim de que todos os equipamentos propostos para o parque, atuem de forma integrada.

SETOR

SETOR 1 EDUCACIONAL

SETOR 2 ADMINISTRATIVO

PAVIMENTO

AMBIENTE

QUANT

ÁREA (M²)

ÁREA TOTAL (M²)

Nível 0

Sala de aula

3

62,88m²

188,64 m²

Nível 0

Sala de dança

1

104,30 m²

104,30 m²

Nível 0

Vestiário sala de dança

1

53,79 m²

53,79 m²

Nível -4,5

Atelier

4

47,86 m²

191,44 m²

Nível -4,5

Lound atelier

1

46,53 m²

46,53 m²

Nível -4,5

Biblioteca

1

199,39 m²

199,39 m²

Nível 0

Multimídia

1

69,97 m²

69,97 m²

Nível -4

Brinquedoteca

1

128,08 m²

128,08 m²

Nível 0

Sala de Reunião

1

42,75 m²

42,75 m²

Nível 0

Sala de Professores

1

19,29 m²

19,29 m²

Nível 0

Sala de Diretor/Vice Diretor

1

28,91 m²

28,91m²

Nível 0

Sala Administrativa

1

22,96 m²

22,96 m²

Nível 0

Almoxarifado

1

8,69 m²

8,69 m²

Nível -4,5

Lanchonete/Rest.

1

115,90 m²

115,90 m²

Nível -4,5

Cozinha

1

26,34 m²

26,34 m²

SETOR 3

Nível -4,5

Depósito cozinha

1

26,07 m²

26,07 m²

ALIMENTAÇÃO

Nível -4,5

Copa

1

10,40 m²

10,40 m²

Nível -4,5

Bar

1

73,60 m²

73,60 m²

Nível -4,5

Depósito Bar

1

8,80 m²

8,80 m²

SETOR 4

Nível -4,5

Saguão de exposições

1

277,58 m²

277,58 m²

EXPOSIÇÃO / CONVIVENCIA

Nível -4

Apoio alimentação e jogos de mesa

1

982,38 m²

982,38 m²

Nível 0 e Nível -4,5

Sanitário Feminino

2

19,54 m²

39,08 m²

Nível 0 e Nível -4,5

Sanitário Masculino

2

20,52 m²

41,04 m²

Nível -4,5

Sanitário/ Vest. Feminino Funcionários

1

8,43 m²

8,43 m²

Nível -4,5

Sanitário/Vest. Masculino Funcionários

1

8,46 m²

8,46 m²

Nível 0

Recepção

1

17,94 m²

17,94 m²

Nível -4,5 (quadra)

Vestiário Masculino

1

14,24 m²

14,24 m²

SETOR 5

Nível -4,5 (quadra)

Sanitário Masculino

1

28,71 m²

28,71 m²

APOIO

Nível -4,5 (quadra)

Vestiário Feminino

1

24,40 m²

24,40 m²

Nível -4,5 (quadra)

Sanitário Feminino

1

29,07 m²

29,07 m²

Nível -4,5 (quadra)

Corredor interno

1

49,04 m²

49,04 m²

Nível -4,5 (quadra)

Palco

1

56,65 m²

56,65 m²

Nível -4,5 (quadra)

Depósito

1

39,28 m²

39,28 m²

Nível -4,5

DML (Dep. Mat. Limp.)

1

7,33 m²

7,33 m²

Nível -4,5

DL (Depósito de Lixo)

1

48,06 m²

48,06 m²

SETOR 6

Nível -4,5

Quadra Poliesportiva

1

1.131,11 m²

1.131,11 m²

ESPORTE (ÁREA EXTERNA)

Nível -4,5

Campo de Futebol (externo)

1

8.249 m²

8.249 m²

CIRCULAÇÃO

Nível 0 e Nível -4,5

Circulação

-

543,70 m²

543,70 m²

TOTAL SEM O SETOR 6

3.581,24 m²

TOTAL

12.961,35 m²

Figura 99. Programa de necessidades Fonte: Karoline Macedo

84 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.4 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA

A

presenta-se nas figuras 100 e 101 um esquema de como será a organização dos espaços que estão sendo propostos, e de como será o fluxo em relação ao parque.

Figura 100. Organograma geral do edifício Fonte: Karoline Macedo

85 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 101. Fluxograma geral do parque Fonte: Karoline Macedo

86 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.5 SETORIZAÇÃO – PLANO DE MASSAS

A

volumetria apresentada para o edifício vem decorrente a usos e suas atividades e essas distribuídas em blocos de acordo com o programa de necessidades.

Figura 112. Setorização do projeto Fonte: Karoline Macedo

Figura 102. Setorização do projeto do edifício Fonte: Karoline Macedo 87 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 103. Setorização do projeto do edifício por blocos Fonte: Karoline Macedo

88 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.6 ÁREA DE INTERVENÇÃO

A

pós a leitura da área do parque foi possível identificar problemáticas e potenciais do local, definindo-se assim diretrizes para espaços que podem ser requalificados dando novos usos ao mesmo, objetivando a qualificação da área para seus usuários. A proposta visa uma conexão entre a arquitetura que estará presente no edifício construído e a natureza presente no local, buscando sempre enfatizar as potencialidades do parque, é importante destacar a diretriz para a criação de trechos de ciclo-faixas na cidade, chegando até o parque e percorrendo ao lado do calçamento da lagoa, como se essas ciclo-faixas tivessem a função de convidar ainda mais pessoas para o parque.

Figura 104. Mapa da área de intervenção Fonte: Prefeitura Municipal, modificado por Karoline Macedo

89 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


As figuras 105 à 110, demonstram o estado de algumas áreas que vão ganhar novos usos, algumas completamente abandonadas, e outras em bom estado pelo fato do uso continuo da população.

Figura 105. Área para implantação academia ao ar livre Fonte: Karoline Macedo

Figura 106. Área para implantação do píer de locação de pedalinhos Fonte: Karoline Macedo 90 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 107. Área para implantação do edifício Fonte: Karoline Macedo

Figura 108. Área para implantação de estacionamento, jogos e food truck Fonte: Karoline Macedo 91 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 109. Área para implantação de quiosques Fonte: Karoline Macedo

Figura 110. Área para implantação piers Fonte: Karoline Macedo 92 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.7 CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO

O

conceito do projeto visa um edifício que conecte a cidade com a cultura e o lazer, isso só será possível utilizando o terreno vazio que fica entre a quadra poliesportiva e o campo, e através da passarela de acesso criada no projeto que se localiza na entrada feita pela avenida Presidente Castelo Branco, além dessa entrada, outras duas se localizam no nível do parque. Essas foram pensadas de forma que as pessoas permeiem pelo edifício e que elas consigam, tanto entrar como sair do parque pelo mesmo.

Figura 111. Esquema de representação do conceito Fonte: Karoline Macedo 93 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O partido tem como forma inicial um retângulo, que possui junção de outros retângulos de diferentes medidas, fazendo com que o edifício proposto pudesse envolver a quadra existente, de maneira que o mesmo não a sobreponha e que ela volte a ser um equipamento importante para a cidade. Os dois pavimentos que compõe o edifício possuem setores educacionais, administrativos e de convivência, o mesmo possui uma abertura coberta por vidros que permite a entrada de luz e proporciona ao usuário um desejo de explorar o edifício.

Figura 112. Esquema de representação do partido Fonte: Karoline Macedo

94 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.8 ESTUDO PRELIMINAR 8.8.1 IMPLANTAÇÃO GERAL DA ÁREA

A

implantação que está sendo proposta, objetiva as diretrizes para inserção de equipamentos distribuídos ao longo do parque, estes pensados de forma que os usuários tenham uma maior integração com o parque.

Figura 113. Implantação geral da área com dados do terreno Fonte: Prefeitura Municipal, modificado por Karoline Macedo 95 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Os cortes apresentados nas figuras 114 e 115, retratam o terreno em sua forma original. Contudo na área é possível perceber que o terreno foi modificado, porém não alterado na base topográfica, o que dificulta as representações de corte e aterro. A figura 116 apresenta uma esquematização de como o terreno se encontra atualmente.

Figura 114. Corte AA – original do terreno Fonte: Karoline Macedo

Figura 115. Corte BB – original do terreno Fonte: Karoline Macedo

Figura 116. Corte esquemático AA – terreno modificado Fonte: Karoline Macedo 96 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


As figuras 117 à 121 representam as ideias iniciais do projeto em conjunto com a área.

Figura 118. Primeiro estudo volumétrico- vista Rua dos Andradas Fonte: Karoline Macedo

Figura 117. Primeiro estudo volumétrico- vista da Av. Pres. Castelo Branco Fonte: Karoline Macedo

Figura 119. Primeiro estudo volumétrico- vista para o edifício Fonte: Karoline Macedo 97 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 120. Primeiro estudo volumétrico- vista da lagoa para o edifício Fonte: Karoline Macedo

Figura 121. Primeiro estudo volumétrico- vista do campo para o parque Fonte: Karoline Macedo 98 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


8.8.2 RECORTE – IMPLANTAÇÃO EDIFÍCIO COM A QUADRA

A

implantação do edifício em conjunto com a quadra poliesportiva existente, visa um anexo com a ideia de envolvimento, como se ele pudesse abraçar a quadra, de uma forma que o mesmo se destaque na região onde está sendo inserido. A quadra existente passará por um processo de reforma já que a mesma se encontra em estado crítico, para melhorar a ventilação e iluminação da quadra o seu telhado será cortado em todas as laterais, e subirão elementos vazados que terão a função de passagem de luz e ventos e também a função de esconder o telhado.

Figura 122. Implantação do edifício com a quadra Fonte: Karoline Macedo 99 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


B

8.8.3 DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA

O

20

21

23

24

22

18

9

10 11 12 13 14 15 16

17

A 19

A 5

6

2

7

8

4

1

B

100 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

3

programa da edificação foi distribuída de acordo com o pré-dimensionamento, a distribuição foi feita para que o edifício possa ser usufruído tanto no nível -4,5 como no nível 0, de forma que o visitante ou aluno possa permear pelo edifício e se conectar com ambos dos bairros e ruas existentes. O nível -4,5 dispõe de um programa mais educacional, e de convivência, partindo da ideia em integrar o parque com o edifício, possui também o espaço de alimentação que servirá tanto para os eventos que acontecerão na quadra, como para todo o parque. A biblioteca foi desenvolvida em três partes, uma com o pé direito no mesmo nível que os demais espaços, outra com um pé direito duplo, podendo ser visualizada pela parte superior e a outra parte com uma espécie de mezanino mas já fazendo parte do nível superior que tem a função de interligar os níveis. O saguão de exposição também segue por essa linha, porém o mesmo possuirá apenas o pé direito duplo, com abertura coberta com vidro na cobertura para entrada luz. Na área externa o edifico possui uma área de convivência e apoio para a área de alimentação, a mesma possui um pergolado delimitando o espaço, para que também integre com o parque.

Figura 123. Primeiro estudo de distribuição do programa nível -4,5 Fonte: Karoline Macedo


B

Já no nível 0 o programa é composto pelo setor administrativo, e o educacional. Por esse nível é possível ter acesso a passarela que liga o edifício com a Av. Presidente Castelo Branco, e entrando pela mesma é possível uma vista para o parque.

23

21

18

20

22

24

9

10 11 12 13 14 15 16

19

A 17

A 4

5

1

2

6

7

8

3

B

Figura 124. Primeiro estudo de distribuição do programa nível 0,00 Fonte: Karoline Macedo

101 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 125. Primeiro estudo de corte esquemรกtico AA Fonte: Karoline Macedo

Figura 126. Primeiro estudo de corte esquemรกtico BB Fonte: Karoline Macedo

102 โ ข Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


9

O PROJETO

103 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


104 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


105 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


9.1 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO

O

projeto é referente a um centro cultural e esportivo localizado no Parque Ecológico na cidade de Barrinha/Sp. A escolha da área foi devido ao grande fluxo que o local possui, pela falta de infraestrutura e pelas más condições que a quadra poliesportiva se encontra. O local como já dito possui um grande fluxo de pessoas, que utilizam o espaço para o lazer e para o esporte, tendo assim uma boa visibilidade. A implantação geral, demonstra os acessos, as diretrizes propostas para o parque e a implantação do edifício. Dentre essas diretrizes estão a criação de ciclo-faixa, criação de área infantil, piers e espaços para quiosques, além do espaço de food-trucks, todas essas diretrizes já apresentadas no capítulo anterior. O acesso de veículos atual para o parque que é feito pela Av. Presidente Kennedy, foi mantido no projeto visto que os veículos só podem transitar até a linha de entrada da quadra, onde é possível utilizar o amplo espaço de estacionamento no terreno em frente a mesma. No terreno onde a área em geral se encontra possui um desnível de 4,5 m, onde é resolvido com um talude, já o terreno onde o edifício e a quadra se encontram são planos, devido as alterações já feitas anteriormente no local. Essas condições facilitaram no desenvolvimento do projeto já que o partido surgiu da integração feita por uma passarela a partir desse talude, integrando a cidade com o edifício e o parque.

106 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


506

507 508 509 510

511 512

N

513

IMPLANTAÇÃO GERAL ESCALA 1: 1500 C

B

514 515

Avenida Presidente Kennedy 516 517

520

Recorte

I= 2% LAJE IMPERMEABI LIZADA

I=2% LAJE IMPERMEABILIZADA

ELEVAÇÃO 03 ELEVAÇÃO 02 I=10% TELHA FIBROCIMENTO

I=10% TELHA FIBROCIMENTO I=10% TELHA FIBROCIMENTO

A

TELHA GALVANIZADA ARREDONDADA

A

522

519

I=2% LAJE IMPERMEABILIZADA

I=2% LAJE IMPERMEABILIZADA

ELEVAÇÃO 04

521

518

D

Acesso ao parque Acesso ao edifício Acesso ao estacionamento

522

Acesso carga e descarga 523

Acesso a quadra / acesso a cantina

ELEVAÇÃO 01

B

Avenida Presidente Castelo Branco

C

521

520

Rua dos Andradas

D

Diretriz para ciclo-faixa

524

Acesso ao campo Implantação das diretrizes para o parque 107 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


A QUADRA: A quadra passará por uma reforma que conta com o processo de demolir e construir. No processo de demolição será retirado a porta existente na lateral, e duas janelas, será feito um corte maior ao lado da janelas para a colocação de uma porta que dará acesso a cantina, e na parte inferior da quadra será retirado algumas paredes para que possamos criar o corredor interno para acesso de funcionários e jogadores. O beiral na parte frontal terá as laterais cortadas para a ampliação do mesmo, deixando-o uniforme em toda a fachada. As janelas e os elementos vazados existentes serão substituídas pelos mesmo elementos utilizados no edifício, dando assim uma continuidade na paisagem. O telhado da quadra será todo reformado, algumas partes serão cortadas para que o mesmo fique embutido em uma parede de elementos vazados, assim como os da quadra e o edifício, estes ajudarão na iluminação e ventilação da quadra. Com o processo de reforma a quadra passa a ter, um espaço para alimentação do parque e do edifício, esse espaço contará com cozinha, depósito e área de permanência interna para clientes, também haverá um espaço interno de alimentação rápida voltado para a quadra para dia de eventos e junto a esse espaço um depósito. Já na parte inferior da quadra, será construído um espaço para guardar equipamentos esportivos, essa construção origina uma continuidade da fachada lateral, que com isso é interligada à fachada do fundo. No palco será instalado paredes móveis, que ajudarão a camuflar a passa-

gem interna e também servirá para alguma apresentação que venha a acontecer. Com a reforma da quadra, será possível atrair ainda mais usuários, visto que a mesma antes da degradação já era um símbolo na cidade, devido à ocorrência de jogos, campeonatos, festas e até colações de grau. A partir dessa reforma as pessoas poderão visitar, participar de atividades e até mesmo relembrar memorias passadas ali.

Figura 127. Vista da quadra reformada Fonte: Karoline Macedo

108 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


ELEVAÇÃO 03

ELEVAÇÃO 03

DEMOLIÇÃO DE PAREDE PARA CRIAÇÃO DE CORREDOR INTERNO

CORREDOR INTERNO

PAREDE MÓVEL

DEPOSITO DE EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS

-4,10

-4,50

CONSTRUÇÃO DE NOVO ESPAÇO

SUBSTITUIÇÃO DE JANELAS POR ELEMENTO VAZADO

-1,70

DEPÓSITO

-4,10

COZINHA

CONSTRUÇÃO DE PAREDES PARA SEPARAÇÃO DE AMBIENTES

-4,50

-4,50

ELEVAÇÃO 02

ELEVAÇÃO 04

ELEVAÇÃO 04

ELEVAÇÃO 02

ÁREA DE ALIMENTAÇÃO INTERNA PARA CLIENTE

RETIRADA DE JANELAS E DEMOLIÇÃO DE PAREDE PARA COLOCAÇÃO DE PORTA

-4,50

ALIMENTAÇÃO RÁPIDA VOLTADO PARA A QUADRA

DEPÓSITO

CORTE DE BEIRAL PARA AMPLIAÇÃO

ELEVAÇÃO 01

01

PLANTA BAIXAQUADRA QUADRA POLIESPORTIVA NÍVEL -4,50 PLANTA BAIXA POLIESPORTIVA NÍVEL -4,50 À DEMOLIR - À CONSTRUIR ESCALA 1:250

N

ELEVAÇÃO 03 01

PLANTAQUADRA BAIXA QUADRA POLIESPORTIVA NÍVEL -4,50 -4,50 PLANTA BAIXA POLIESPORTIVA NÍVEL ALTERADA ESCALA 1:250

N

À DEMOLIR À CONSTRUIR SUBSTITUIR POR ELEMENTOS VAZADOS EM MADEIRA

109 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


ELEVAÇÃO ANTES DA REFORMA

ELEVAÇÃO 1 ESCALA 1:250

ELEVAÇÃO 2 ESCALA 1:250

ELEVAÇÃO 3 ESCALA 1:250

ELEVAÇÃO 4 ESCALA 1:250 110 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


ELEVAÇÃO PÓS REFORMA QUADRA POLIESPORTIVA MUNICIPAL

ELEVAÇÃO 1 ESCALA 1:250

ELEVAÇÃO 2 ESCALA 1:250

ELEVAÇÃO 3 ESCALA 1:250

ELEVAÇÃO 4 ESCALA 1:250 111 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O EDIFÍCIO O projeto tem o objetivo de se comunicar com a cidade através da passarela de acesso, que faz a união entre a cidade e edifício. Essa passarela tem o propósito de convidar a população para o espaço todo transparente, que se conecta ao parque que está inserido. Através dessa conexão os usuários poderão não só utilizar o edifício, mas sim tudo o que o parque e a quadra oferecem ao espaço. O edifício é projetado em dois pavimentos que são totalmente integrados, essa integração acontece desde a passarela que interliga o edifício com a cidade, e convida as pessoas a conhecerem o espaço, até os elevadores panorâmicos que dão vista para a área, elevador comum, escadas internas e rampa externa que desce contemplando o prédio, além do saguão de exposições que possui um pé direito duplo assim como uma parte da biblioteca, que vistos de cima é possível contemplar os espaços. Todas essas circulações verticais estão alocadas em lugares intencionais fazendo com que o indivíduo permeie pelo edifício, contemplando a beleza interna e externa. Na cobertura em cima do saguão foi proposto uma estrutura móvel em vidro, ajudando na ventilação e iluminação. As caixas d’água foram instaladas na parte superior dos banheiros, elas são fechadas por paredes de elementos vazados, onde o mesmo recebeu o letreiro com o nome do edifício tendo uma maior visibilidade.

112 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


B

C 519 Avenida Presidente Kennedy

-4,50 -4,50

520

-1,00 I= 2% LAJE IMPERMEABI LIZADA

-4,50 -0,30

ELEVAÇÃO 03

-0,30

-4,50

I=10% TELHA FIBROCIMENTO

D

I=10% TELHA FIBROCIMENTO

TELHA GALVANIZADA ARREDONDADA

A

522

I=2% LAJE IMPERMEABILIZADA

+9,60

+9,00

I=2% LAJE IMPERMEABILIZADA

I=10% TELHA FIBROCIMENTO -1,30

D

+9,50

ELEVAÇÃO 02

+9,50 -0,40

ELEVAÇÃO 04

521 -4,50

+11,00

A

-0,30

+9,50

+11,50

-0,30

-0,30

Caixas d' água

+0,10

-4,50

0,00

-4,50

-2,00

523 Avenida Presidente Castelo Branco

C

B

ELEVAÇÃO 01

524 N

IMPLANTAÇÃO DO RECORTE ESCALA 1:450

0,00

Recorte definido para implantação de projeto

Acesso ao parque

Acesso ao estacionamento Acesso a quadra / acesso a cantina

Diretriz para ciclo-faixa

Acesso ao edifício

Acesso carga e descarga

Acesso ao campo 113 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 128. Vista da Av. Presidente Castelo Branco para a rampa e a passarela de acesso Fonte: Karoline Macedo 114 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


115 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 129. Vista da Av. Presidente Castelo Branco para o edifício Fonte: Karoline Macedo 116 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


117 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 130. Saguão de exposições – vista para a Av. Presidente Castelo Branco Fonte: Karoline Macedo 118 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


119 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


120 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 131. Saguão de exposições – vista para a entrada e o parque Fonte: Karoline Macedo 121 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


ESTRUTURA, FECHAMENTOS E FACHADA

Para a fachada do edifício, os pilares-paredes de 2m em concreto aparente, vidros, elementos vazados com linhas horizontais que remetem aos antigos elementos utilizados na quadra, brises flexíveis em madeira, e a vegetação, deixando o prédio mais atrativo e esteticamente mais bonito.

A estrutura do edifício é feita por pilares-paredes de 2 metros nas fachadas, e também por pilares convencionais no interior. A laje utilizada é do tipo nervurada bidirecionais, foi devido sua função de vencer maiores vãos, já que os pilares estão com uma distância média de 8 metros, dispensando assim vigas enormes, e com essa distância é possível uma redução de pilares, o que deixa o ambiente mais flexível. Para a passarela de ligação entre o nível 0,00 e a Avenida Presidente Castelo Branco, foi utilizada a estrutura metálica, com vigas vierendeel de 3 metros de altura, e entre os vãos da viga, foi utilizado o vidro para garantir a segurança, toda a estrutura é pintada em vermelho, com a intenção de chamar a atenção das pessoas que passam por ali, convidando-as a entrarem no edifício.

Figura 133. Esquema sobre os elementos vazados Fonte: Karoline Macedo

Figura 134. Detalhamento – vista do edifício voltada para a Av. Presidente Castelo Branco Fonte: Karoline Macedo

Figura 132. Esquema sobre a estrutura Fonte: Karoline Macedo 122 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Devido as fachadas mais utilizadas estarem voltadas justamente para o sentido leste-oeste, foram utilizados os brises em madeira levemente inclinados, fazendo a função de filtro solar, dessa forma é ainda é possível ter uma visão dos ambientes tanto internamente quanto externamente. Os brises são flexíveis e podem ser utilizados de várias formas, entre elas o inclinado e o fechado.

Ao seu redor, foram criados caminhos que interligam o edifício, a quadra, o campo e a rua, criando praças e deixando todo o restante em solo natural, entre os caminhos há a existência de vegetações como o Ipê Amarelo, Jacarandá e Sibipiruna, que deixam o ambiente mais natural e fresco, além de fazer a função de um brise natural, barrando a entrada direta do sol. Ao longo desses caminhos é possível encontrar bancos sombreados pela vegetação que garantem a permanência no local.

Figura 137. Vista para área de bancos Fonte: Karoline Macedo

Figura 135. Esquema sobre o brise aberto Fonte: Karoline Macedo

Figura 136. Esquema sobre o brise fechado e aberto Fonte: Karoline Macedo

123 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


PROGRAMA DE NECESSIDADES O edifício de dois pavimentos é constituído por dois níveis o -4,50 e o 0,00. No nível -4,5 o acesso será direto pelo parque onde a quadra se localiza, logo ao chegar já é possível notar os pergolados com as mesas espalhadas, estas serão utilizadas para apoio a área de alimentação, para jogos de mesa e também para apoio para a biblioteca, ao entrar no edifício é possível verificar que a maior parte do setor educativo se encontra ali, como a biblioteca, os ateliês e a brinquedoteca, seguido de áreas de apoios, que tem acesso pelo interno do edifício e também pelo externo como os vestiários de apoio ao campo a área de funcionários e o saguão de exposições. Figura 138. Visa da entrada voltada para os pergolados e edifício Fonte: Karoline Macedo

Figura 139. Biblioteca – vista interior Fonte: Karoline Macedo

I= 8,33%

I= 8,33% I= 8,33%

I= 8,33%

CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL SANITÁRIO VESTIÁRIO BRINQUEDOTECA SAGUÃO DE EXPOSIÇÕES ATELIER LOUND ATELIER BIBLIOTECA COPA DE FUNCIONÁRIOS VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS

Figura 140. Biblioteca – vista para o parque Fonte: Karoline Macedo 124 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


B

C

519 Avenida Presidente Kennedy

-4,50

520

-4,50

39 ELEVAÇÃO 03

-4,50

-4,50

CORTE NO TERRENO NA ELEVAÇÃO DA QUADRA

02 ELEVAÇÃO 02

12

04

06

07 08

10

11

A

13

09

I= 8,33%

I= 8,33%

-4,10

D

38

35

34

-4,50

05

02

03

02

01

32

-4,50

33

D

A

02

I= 8,33%

I= 8,33%

-4,50

ELEVAÇÃO 04

26

27

28

-4,50

30

-4,50

29

31

521

-4,50

522

-4,50 -4,50

36

-4,10

-4,50

37

-1,70

-2,00

523 Avenida Presidente Castelo Branco

Recorte definido para implantação de projeto Diretriz para ciclo-faixa

N

PLANTA BAIXA TÉRREO NÍVEL -4,5 ESCALA 1:450

B

ELEVAÇÃO 01

C

524

0,00

01-SAGUÃO DE EXPOSIÇÕES A= 277,58 M²

05- BIBLIOTECA A= 199,39 M²

09- VESTIÁRIO FEM A= 53,06 M²

13- COPA FUNCIONÁRIOS A= 10,40 M²

29- LANCHON/REST. A= 115,90 M²

33- SANITÁRIO MASC. A= 28,71 M²

37- VESTIÁRIO FEM. A= 24,40 M²

02-ATELIER A= 47,86 M² 03- LOUND ATELIER A= 46,53 M²

06 - VESTIÁRIO MASC A= 53,82 M² 07- SANITÁRIO MASC A= 20,52 M²

10- VEST. FEM. FUNCIO. A= 8,46 M² 11- VEST. MASC. FUNCIO. A= 8,46

26- DEPÓSITO QUADRA A= 39,28 M² 27- DEPÓSITO COZINHA A= 26,07 M²

30- BAR A= 73,60 M²

34- CORREDOR INTERNO A= 49,04 M² 35- PALCO A= 56,65 M²

38-QUADRA POLIESPORTIVA A= 1131,11 M²

31- DEPÓSITO BAR A= 8,80 M²

04- BRINQUEDOTECA A= 128,08 M²

08- SANITÁRIO FEM A= 19,54 M²

12- DML A= 7,33 M²

28- COZINHA A= 26,34 M²

32- VESTIÁRIO MASC. A= 14,24 M²

36- SANITÁRIO FEM. A= 29,07 M²

CIRCULAÇÃO A= 543,70 M²

39- DL (DEPÓSITO DE LIXO) A= 48,86 M²

125 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O nível 0,00 se encontra parte do setor educacional e o setor administrativo, e o mesmo é acessado pela passarela que conecta o edifício com a Av. Presidente Castelo Branco. O setor educacional é composto por salas de aula, sala de dança e sala multimídia. O administrativo por recepção, sala administrativa, sala de reunião, almoxarifado, sala dos professores e diretor, e o setor de apoio por banheiros. Desse nível é possível ter uma visão superior de todo o parque, da biblioteca e do saguão de exposições. A circulação interna é feita pela escada da biblioteca, escada geral e elevadores.

Figura 141. Sala de dança – vista para o parque Fonte: Karoline Macedo

Figura 142. Recepção – vista da entrada voltada para o parque Fonte: Karoline Macedo

I= 8,33%

I= 8,33%

I= 8,33%

I= 8,33% CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL SANITÁRIO SALA DIRETOR SALA PROFESSOR SAGUÃO DE EXPOSIÇÕES SALA DE REUNIÃO SALA ADMINISTRATIVA ALMOXARIFADO RECEPÇÃO SALA DE AULA SALA DE DANÇA VESTIÁRIO DANÇA SALA MULTIMÍDIA

126 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


B

C Avenida Presidente Kennedy

-4,50

520 -4,50

ELEVAÇÃO 03

-0,30

-0,30

-0,30

-4,50

15

18

D

07 08

19

20

-0,30

ELEVAÇÃO 02

14

16

21

22 23

-4,10

17

17

17

24

0,00

I= 8,33%

I= 8,33%

-4,50

I= 8,33%

-0,30

-0,30

522

-4,50

25

-4,10

0,00

-4,50

-1,70

523 Avenida Presidente Castelo Branco

ELEVAÇÃO 01

C

B

A D

I= 8,33%

-4,50

ELEVAÇÃO 04

-4,50

A

521

-4,50

N

PLANTA BAIXA SUPERIOR NÍVEL 0,00 ESCALA 1:450

07- SANITÁRIO MASC A= 20,52 M² 08- SANITÁRIO FEM A= 19,54 M²

16- SALA MULTIMÍDIA A= 69,97 M² 17- SALA DE AULA A= 62,88 M²

14- SALA DE DANÇA A= 104,30 M²

18- SALA DIRETOR A= 28,91 M²

15- VESTIÁRIO DANÇA A= 53,79 M²

19- SALA PROFESSOR A= 19,29 M²

20- ALMOXARIFADO A= 8,69 M²

23- RECEPÇÃO A= 17,94 M²

21- SALA DE REUNIÃO A= 42,75 M²

24- LOUND A=114,53 M²

22- SALA ADMINISTRATIVA A= 22,96 M² 25- PASSARELA A= 159,23 M²

CIRCULAÇÃO A= 543,70 M²

127 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


+11,00 +9,00 -0,30

RAMPA I=8,33%

-1,00

0,00 I= 8,33%

I= 8,33%

-4,50

-4,50

CORTE AA ESCALA 1:450

+11,00 +9,50

+9,00

0,00

-4,50

CORTE BB ESCALA 1:450

+11,50

+11,00

+9,50

+9,00

0,00

0,00

-4,50

CORTE CC ESCALA 1:450

+11,50 +9,00

9,60

+9,50

7,60 RAMPA I=8,33%

0,00

0,00 -1,30

-2,00

-1,00

I= 8,33% I= 8,33%

-4,50

-4,50

CORTE DD ESCALA 1:450

128 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


CCE

CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO

ELEVAÇÃO 1 ESCALA 1:450

ELEVAÇÃO 2 ESCALA 1:450

RAMPA I=8,33%

I= 8,33%

I= 8,33%

ELEVAÇÃO 3 ESCALA 1:450

ELEVAÇÃO 4 ESCALA 1:450

129 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 143. Vista do parque para o pergolado, quadra e edifício Fonte: Karoline Macedo 130 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


131 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


132 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 144. Vista do parque para o pergolado e quadra Fonte: Karoline Macedo 133 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 145. Vista para o edifício voltada para o campo e parque Fonte: Karoline Macedo 134 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


135 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


136 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Figura 146. Vista geral voltada para o parque Fonte: Karoline Macedo 137 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


10

CONSIDERAÇÕES FINAIS

138 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


O

principal objetivo deste trabalho foi abordar o assunto sobre o lazer, o esporte, e a cultura, e como a arquitetura é capaz de moldar esses espaços. Todo o estudo aqui a apresentado serviu para que o projeto fosse a melhor proposta para a cidade, visto que como moradora da mesma, é possível enxergar de perto a problemática do município em relação ao tema. O objetivo era criar um espaço onde toda a população pudesse utilizar, sem restrições de idades ou de atividades, e que o espaço não fosse apenas agradável mas que fosse também convidativo, como explica o conceito do projeto, para que todos pudessem conhecer, apreciar e participar das atividades oferecidas no edifício. Assim conclui-se que, essa proposta de intervenção no parque, supre as necessidades da população, e que de alguma forma essa intervenção mudará a maneira com que a população utiliza aquele espaço, uma vez que ele não será mais apenas um espaço para prática de exercícios, mas sim um local onde é possível encontrar várias atividades e também um apoio para os usuários.

139 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

140 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


BIBLIOTECA São Paulo / aflalo/gasperini arquitetos.2012. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/0138052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos?ad_medium=gallery. Acesso em: 18 abr. 2020 BIBLIOTECA São Paulo é Finalista em Premiação Internacional. 2018. Disponível em: https://www.revistahabitare. com.br/arquitetura/biblioteca-sao-paulo-e-finalista-em-premiacao-internacional/. Acesso em: 18 abr. 2020. BIBLIOTECA São Paulo. Disponível em: https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalo-gasperini-arquitetos_/biblioteca-sao-paulo/58. Acesso em: 18 abr. 2020. CIA. Paulista de Estradas de Ferro (1903-1971) FEPASA (1971-1998). 21 mar. 2015. Disponível em: https:// www.estacoesferroviarias.com.br/b/ barrinha.htm. Acesso em: 16 maio 2020. CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES, LEI N° 1.218, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1991. Disponível na Prefeitura Municipal de Barrinha-SP. COMO USAR o esporte para desestressar. 2020. Disponível em: https:// www.runtastic.com/blog/pt/esporte-para-relaxar/. Acesso em: 1 maio 2020. CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: Edusc, 2012 ESPECIAL EPTV 40 anos homenageia Barrinha (SP) nesta terça-feira (9). 9 abr. 2019. Disponível em: http://g1.

globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/ videos/v/especial-eptv-40-anos-homenageia-barrinha-sp-nesta-terca-feira 9/7526185/. Acesso em: 16 maio 2020. FUNDAÇÃO Bradesco / Shieh Arquitetos Associados. 2017. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/ br/872135/fundacao-bradesco-shieh-arquitetos-associados?ad_medium=gallery. Acesso em: 18 abr. 2020. HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. Local: Livraria Martins Fontes Editora LTDA, 1999. 43 p. IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Sistema de Indicadores de Percepção Social para a Cultura, 2010. Disponível em: https://www.culturaemercado.com.br/site/sistema-de-indicadores-de-percepcao-social-para-a-cultura/. Acesso em: 8 nov. 2019. MAHFUZ, Edson da Cunha. Ensaio Sobre a Razão Compositiva: Uma investigação sobre a natureza das relações entre as partes e o todo na composição arquitetônica. Belo Horizonte: UFV / AP, 1995. p. 16-23 MAHFUZ, Edson. Reflexões sobre a construção da forma pertinente, 2004. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.045/606. Acesso em: 8 nov. 2019. MORADAS infantis Canuanã - Fundação Bradesco. 2016. Disponível em: http://rosenbaum.com.br/projetos/ fundacaobradescocanuana/sobre-o-projeto/. Acesso em: 1 maio 2020.

MORADIAS Infantis / Rosenbaum + Aleph Zero. 2017. Disponível em: h t t p s : / / w w w. a r c h d a i l y. c o m . b r / b r / 8 7 9 9 6 1 / m o ra d i a s - i n f a n t i s - ro senbaum-r-plus-aleph-zero?ad_medium=gallery. Acesso em: 1 maio 2020. NEVES, Renata Ribeiro. Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. Especialize: Revista On-line IPOG. Goiânia/GO, 2013. NOVA Escola da Fundação Bradesco. 2017. Disponível em: https://www. galeriadaarquitetura.com.br/projeto/ shieh-arquitetos-associados_/nova-escola-da-fundacao-bradesco/4073. Acesso em: 18 abr. 2020. PARQUE da Juventude - Carandiru,11. Disponível em: https://www. galeriadaarquitetura.com.br/projeto/ aflalo-gasperini-arquitetos_/parque-da-juventude-carandiru/353. Acesso em: 29 abr. 2020. PARQUE da Juventude: Paisagismo como ressignificador espacial. 2017. Disponível em: https://www.archdaily. com.br/br/880975/parque-da-juventude-paisagismo-como-ressignificador-espacial?ad_medium=galler y. Acesso em: 29 abr. 2020.

a ação do Galpão Cine Horto. Escola de Ciência da Informação da UFMG. Belo Horizonte- MG, maio 2007. Revista Tabuleiro de Letras, PPGEL – Salvador, Vol.: 09; nº. 01, p. 04-18, Junho de 2015. ISSN: 2176-5782 SANTOS, J.L. O que é cultura. 6° . ed. São Paulo: Brasiliense, 2006. 87 p. SESC Bertioga Conjunto de Hospedagem. Disponível em: https://www. galeriadaarquitetura.com.br/projeto/teuba-arquitetura-e-urbanismo_/ sesc-bertioga-conjunto-de-hospedagem/2395. Acesso em: 21 abr. 2020. SESC Bertioga. Disponível em: https://centrodeferias.sescsp.org.br/. Acesso em: 21 abr. 2020. SHIEH Arquitetos: Escola, Osasco, SP. 2017. Disponível em: https://revistaprojeto.com.br/acervo/shieh-arquitetos-escola-osasco-sp/. Acesso em: 18 abr. 2020. SOARES et.al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. TXP, 2020. Disponível em: https://todoporlapraxis.es/.

PLANO DIRETOR DE BARRINHA, LEI N° 1.905, DE 17 DE OUTUBRO DE 2006. Disponível na Prefeitura Municipal de Barrinha-SP. RAMOS, Luciene Borges. O centro cultural como equipamento disseminador de informação: um estudo sobre 141 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


142 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


143 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


144 • Karoline Macedo Bastos | CCE CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.