Caderno de Linguagens Códigos e suas Tecnologias - Rede Passaporte Educacional KVK81

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M贸dulo 01

Linguagens, C贸digos e suas Tecnologias

Conhecimentos Gramaticais

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Rede Passaporte Educacional Direção Fatima Rosane Genovez João Vianney Valle dos Santos Gerencia Administrativa e Financeira Miraci José Valle Gerência Pedagógica Jane Motta Gerência de EaD Vilson Martins Filho Gerência de Operações Arthur E. F. Silveira Gerência de Relacionamento com o Mercado Jeferson Pandolfo Coordenação de Tutoria Patrícia Nunes Martins Coordenação de Relacionamento com Polos Maria Eduarda Klann Baptistoti Redes Sociais Thiago Jose Loch Assistente Financeiro e Secretaria Rosemary de Oliveira Leite Assistentes Administrativos Samoel Raulino Marina Rupp Assistente de Operações Francisco Asp Equipe de Estúdio Lucas Giron, Sergio Flores, Luiz Fernando Maciel, Cleber Magri

Elaboração de Originais - Módulo 01 Ciências Humanas e suas Tecnologias Alfredo C. de Souza Rosa , Carlos Eduardo Bastos, Josemir Cunha, Rui Alcides da Costa Ciências da Natureza e suas Tecnologias Fernando de Sá Moreira, Francisco Alice, Francislan Eduardo Isotton, Paulo Cesar Penteado, Williann L. Volpato Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Alencar Schueroff, Fatima Duarte Goulart, Mauricio Pierucci Sobrinho, Regina Brasil Matemática e suas Tecnologias Jorge Paulino da Silva Filho, Henrique Geraldo Folster Jr. Sergio Luis Sarkis Projeto Gráfico Vilson Martins Filho Diagramação Alice Demaria - Escritório de Design


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Comunicação Humana Observe a frase e a imagem a seguir. Depois, relacione-as e conclua a ideia que se estabelece. “A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social.” (Juan Diaz Bordenave)

http://www.praiadosantinho.com.br/praia.php “Presságios Favoráveis” (1944), de René Magritte

Cada um desses tipos redaciwonais mantém suas peculiaridades e características. Nesta aula, falaremos, basicamente, do texto narrativo. A palavra “comunicação” origina-se do latim comunnicare e, conforme a etimologia apresentada no dicionário Houaiss, significa “ação de comunicar, de partilhar, de dividir”. Então, podemos definir que comunicação humana consiste em um processo que envolve a troca de pensamentos, conhecimentos, sensações e ideias. Sendo o ato comunicativo a base da vida em sociedade, fica claro o motivo pelo qual o homem cria diferentes linguagens para se fazer compreender.

Observação: Tanto o homem quanto os bichos possuem linguagem, mas apenas os seres humanos são dotados da linguagem verbal.

Palavra Conjunto de letras ou sons o qual estabelece uma ideia. A palavra é considerada um signo linguístico, ou seja, para se constituir uma palavra dois elementos inseparáveis se fazem necessários na composição do signo: o significante e o significado. Veja a seguir um esquema dessa situação.

Linguagem Consiste no conjunto de sinais (códigos) que podemos empregar na comunicação. Esse código pode ser representado por meio da linguagem verbal (oral ou escrita) ou não verbal. Vejamos a seguir alguns exemplos das variadas linguagens: pintura, gestos, cores, símbolos, expressões faciais e corporais, libras, escultura, desenho, fotografia, música, palavra, entre outros exemplos.

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Africane – ek het jou lief

Assim, o significado é a ideia criada no cérebro da pessoa com base em um estímulo sonoro ou visual ou ambos, que é o significante. Logo, o signo é um símbolo utilizado para substituir a realidade.

Albanês – Të dua Esperanto – Mi amas vin Alemão – Ich liebe dich Italiano – lo ti amo Francês – Je t´aime

Língua

Guarani - Rohayhu

Segundo o dicionário Houaiss, “sistema de representação constituído por palavras e por regras que as combinam em frases que os indivíduos de uma comunidade linguística usam como principal meio de comunicação e de expressão, falado ou escrito”. O português, francês, espanhol, inglês, japonês são exemplos de língua. Veja a seguir a mesma mensagem “Eu te amo” em outras línguas.

Espanhol – Yo te amo Inglês – I love you

Elementos do Ato da Comunicação Para que ocorra a comunicação, deve existir a necessidade de interação, ou melhor, uma ação mútua. Em cada ato comunicativo podem os identificar os seguintes elementos: 1- Emissor ou interlocutor: é a pessoa ou grupo de pessoas que envia a mensagem. 2 - Receptor ou interlocutor: é a pessoa ou grupo de pessoas que recebe a mensagem. 3 - Mensagem: é a informação que a pessoa ou grupo de pessoas deseja transmitir.

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4 - Canal de comunicação ou contato: é o meio físico que possibilita a condução da mensagem.

a) ( ) No segundo quadrinho da tirinha, observamos um diálogo entre pai e filha.

5 - Código: é a linguagem utilizada pelo emissor para se expressar. Essa será recebida pelo receptor. Para que haja a eficácia da comunicação, ambos (emissor e receptor) devem dominar o mesmo código.

b) ( ) Ainda no segundo quadrinho, o homem assume a posição de emissor. c) ( ) O código utilizado pela garota (Mafalda) no último quadrinho é a língua portuguesa. d) ( ) Mafalda assume na história dois papéis do ato comunicativo: o primeiro de ouvinte e, o outro de emissora.

6 - Referente ou contexto: é o contexto, o assunto que define a mensagem.

e) ( ) O canal utilizado pelos personagens foi a internet.

Observação final: Para Fiorin (2005, p.74), quando alguém comunica algo, sua intenção é agir no mundo, isto é, produzir um sentido que influencie outros. Como podemos verificar, o ato comunicativo impulsiona as pessoas a saírem de dentro de si mesmas, motivando-as a construir pontes para interagir com o outro. Sem dúvida, ela favorece a aproximação de culturas, a troca de idéias e o alargamento das visões de mundo que podem abrir caminho para o conhecimento, a convivência harmoniosa e as inovações. (Disponível em:<http://www.orlandoribeiro.trd.br/ modules/smartsection/item.php?itemid=3>.Acesso em: 22 fev.2012.)

Questão 02 Com base nos estudo sobre comunicação humana, assinale a alternativa que apresenta uma incorreção. a) A comunicação só se efetiva quando o receptor entende o significado da mensagem. b) Não há necessidade de se conhecer o código para compreender o significado de uma mensagem. c) As mensagens podem ser elaboradas com base em diversos códigos. d) Para entender bem um idioma, é preciso conhecer suas regras. e) A fala é o uso individual da língua pelos falantes de uma comunidade linguística.

Exercícios Questão 1 O conhecimento dos componentes do ato de comunicação permite-nos exercer uma avaliação mais consciente de nossa posição nas diferentes situações comunicativas do cotidiano. No caso da leitura da tira de Mafalda, que segue abaixo, assinale V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).

Questão 3 Analise a situação transcrita, considerando os elementos do ato de comunicação. Em seguida assinale a alternativa correta.

Disponível em:<http://clubedamafalda.blogspot.com/2006_03_01_archive.html>Acesso em 23 fev.2012.)

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Questão 4 Levando-se em consideração os elementos constitutivos de um cartaz e a mensagem estabelecida; conclui-se que o autor do cartaz abaixo teve como objetivo:

Amir enviou um e-mail para sua esposa que está na África. Esse e-mail contém as seguintes palavras: “Amor, chego em dois dias. Tô com saudade! I Love you! Vc é D+. Beijos.”

a) utilizar uma linguagem sintética, amplamente objetiva, contendo informações necessárias para sensibilizar o leitor em relação ao problema do abandono de animais de estimação.

a) Os códigos, que o emissor usa, são apenas a língua portuguesa e o inglês. b) O canal utilizado pelo personagem é o meio físico ou virtual, que assegura a transmissão da mensagem. Nesse caso o e-mail encaminhado pelo internet.

b) criar suspense em relação a um problema social e despertar medo no leitor.

c) O destinatário é o Amir.

c) Apenas nos informar sobre o problema do abandono de animais.

d) A mensagem, que é o conteúdo transmitido, constitui tudo o que foi escrito pelo remetente.

d) Destacar o emprego da linguagem figurada.

e) O referente é o contexto, ou seja, o aviso da chegada de Amir da África.

e) Ironizar um problema social, a fim de provocar uma tomada de consciência do leitor para as dificuldades vividas pelos animais de estimação que são abandonados.

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Questão 05 (http://files.comunidades.net/aulapar ticular) Estabeleça a relação entre as colunas, numerando a segunda de acordo com os elementos do processo de comunicação expressos na primeira: ( 1 ) emissor ( 2 ) receptor ( 3 ) código ( 4 ) canal ( 5 ) mensagem ( 6 ) referente a) (

) Língua portuguesa formal

b) (

) Diário Oficial, documentos e publicações

c) (

) Órgãos Públicos e público em geral

d) ( blica

) Programas e projetos da Administração Pú-

e) (

) Informações, comunicados e registros

f) (

) Órgãos Públicos

Anotações

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Variantes Linguísticas Toda língua sofre mudanças no decorrer do tempo, e isso ocorre porque ela está em uso e integrada com o cotidiano dos falantes. Sabemos que uma língua não é falada do mesmo modo por todas as pessoas. Ao contrário, dependendo da região, classe social, da idade, do sexo, da época, apresenta variações linguísticas. Podemos dividir em três núcleos: variação histórica, variação regional, variação social e variação estilística.

Variação Histórica Consiste na transformação da língua através do tempo, ou seja, surgem novas palavras, há o desuso de outras, criam-se sentidos diferentes para um mesmo vocábulo, muda-se a ortografia.

(Disponível em:<http://descomplicandoared. blogspot.com/2011/01/o-modo-de-falar-dobrasileiro.html >Acesso em 27 fev. 2012.)

Variação Social Relaciona-se a fatores sociais, como idade, sexo, grau de escolaridade, grupo social, grupo profissional, etnia, etc. Veja uma frase nos moldes jurídico e a mesma situação na linguagem popular: - O fato ocorreu em legítima defesa. - Bateu, levou!

(Capital Paulista: revista mensal de artes e letras. São Paulo, julho/ 1899)

Anotações

Variação Regional Consiste nas diferentes formas de pronúncia (sotaque), de vocabulário e de estrutura sintática, em razão da região geográfica em que a língua é usada.

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Antigamente Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende-se que a variante apresentada no fragmento é a: a) geografia. b) histórica. c) estilística. d) social. e) geográfica e a social. Questão 2 (Enem/2005) Leia com atenção o texto a seguir. [Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.) O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:

(Disponível em:< http://www.ingenuidade.com. br/20-a-30-linhas-dicas-gerais/>Acesso em 27 fev. 2012.)

Variação Estilística Consiste no modo formal ou informal de falar ou escrever em uma situação de uso da língua. Dependendo do grau de intimidade, do tipo de assunto, do ambiente familiar ou profissional e de quem são seus interlocutores, a língua será adequada ao contexto. Então, uma mesma pessoa irá usar a língua de variadas maneiras. Um Diplomata não irá se comunicar em serviço da mesma forma familiar que fala em casa com seu filho.

a) ao vocabulário. b) à derivação. c) à pronúncia. d) ao gênero. e) à sintaxe.

Exercícios

Questão 3 Leia e analise o poema a seguir. Depois use V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).

Questão 01 Leia o fragmento do texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade.:

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Questão 5 (Enem/2009)

Manuel Bandeira escreve: A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Por que ele é fala gostoso o português do Brasil. Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada. a) ( ) Nos versos 6, 7 e 8, Bandeira critica e denuncia o desapreço às formas populares de expressão. b) ( ) Língua certa do povo e A sintaxe lusíada representam no poema os níveis de fala, ou seja, os modos variados de um indivíduo usar a língua, de acordo com o meio sociocultural em que ele vive.

A linguagem da tirinha revela:

c) ( ) Os versos 1 e 2 buscam retratar a forma como o falante adquire a linguagem culta; primeiramente por meio do contato com as pessoas próximas e depois a aprimorando com a leitura de jornais e livros.

b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.

a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.

c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho. d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência.

d) ( ) O verso 8 estabelece uma relação com a língua portuguesa falada em Portugal.

e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.

e) ( ) O gostoso português do Brasil, no texto, faz uma referência à língua padrão usada hoje pelos brasileiros.

Anotações

Questão 4 Sabe-se que no Rio Grande do Sul os guris brincam com pandorga, em São Paulo as crianças brincam com papagaios e no Paraná os piás brincam com pipas ou raias. Com base no estudo de variantes lingüísticas, podemos dizer que, na frase anterior, temos a presença da variante linguística: a) histórica. b) social. c) regional. d) social e histórica. e) sociocultural.

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Variantes Linguísticas Norma Culta

requer de seus usuários discernimento para adequar as formas que empregam à situação e à finalidade do ato comunicativo. É nisso que consiste a competência verbal de um cidadão. (AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p.66.)

Consiste na variedade linguística de uso real dos falantes que possuem maior contato com a escrita.

Norma Padrão É a normatização da gramática. O gramático delimita, localiza e identifica quem são os falantes da norma culta, coleta a língua utilizada por eles e fornece uma descrição objetiva e clara da língua. Observação: Com base no conceito de norma padrão, notamos uma situação problema: as normas culta e padrão no Brasil diferem-se em muitos pontos. Isso impede que os estudantes se apropriem de forma efetiva de sua língua como

Exercícios Questão 1 (Enem/ 2009) A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas. Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você:

instrumento de cidadania.

Níveis de linguagem Ao usarmos a linguagem verbalizada, podemos registrá-la de forma falada ou escrita. Ambas se apresentam aos contextos linguísticos, basicamente, de duas maneiras: de forma culta ou de forma coloquial. - nível culto: prima pela correção gramatical, pela ausência de gírias e de expressões ou termos regionalistas. As frases são mais bem elaboradas e o vocabulário mais rico. Encontramos esse tipo de linguagem nos livros, nas revistas, nas palestras, nas provas, na entrevista de empregos, dentre outras situações mais formais. - nível coloquial: dispensa formalidades, aceita termos regionais, gírias. É uma maneira mais descontraída e informal de usar a língua. Empregamos essa situação no bate-papo diário, na conversa familiar, no bilhete a alguém próximo, etc. Observação: Cabe a cada usuário da língua avaliar o contexto de uso e escolher a forma de expressão mais apropriada. Afinal, paralelamente à sua condição de sistema de unidades e regras combinatórias, a língua é expressão da imagem que os interlocutores fazem da situação social em que se encontram – ou seja, uma forma de comportamento -, e como tal

a) fará uso da linguagem metafórica. b) apresentará elementos não verbais. c) utilizará o registro informal. d) evidenciará a norma padrão. e) fará uso de gírias.

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Questão 2 Os dois níveis de fala, o coloquial e o culto, são determinados pela cultura e formação escolar dos falantes, pelo grupo social a que eles pertencem e pela situação concreta em que a língua é utilizada. Um falante adota modos diferentes de falar dependendo das circunstâncias em que se encontra. Leia os quadrinhos a seguir, observando a utilização do nível coloquial e, por fim, transporte as falas das personagens para o culto.

http://www.radicci.com.br/tirinhas.asp Questão 3 Leia a letra de música a seguir e responda o solicitado.

Tenha pena do agregado Não me dêxe deserdado Daquilo que Deus me deu. (PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008 (fragmento).

Quando você vem Pra passar o fim de semana Eu finjo que tá tudo bem Mesmo dura ou com grana Você ignora tudo que eu faço Depois vai embora Desatando os nossos laços Quero te encontrar Quero te amar Você pra mim é tudo Minha terra, meu céu, meu mar (Buchecha)

A partir da análise da linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu lírico revela-se como falante de uma variedade linguística específica. Esse falante, em seu grupo social, é identificado como um falante: a) escolarizado proveniente de uma metrópole. b) sertanejo morador de uma área rural. c) idoso que habita uma comunidade urbana.

a) Identifique e corrija a linguagem coloquial apresentada na letra de música.

d) escolarizado que habita uma comunidade do interior do país.

b) Justifique o coloquialismo empregado pelo autor.

e) estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país.

Questão 4 (Enem/ 2009) Iscute o que tô dizendo, Seu dotô, seu coroné: De fome tão padecendo Meus fio e minha muié. Sem briga, questão nem guerra, Meça desta grande terra Umas tarefa pra eu!

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Questão 5 (Enem/ 2011) Entre ideia e tecnologia O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como falamos o português nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade. (SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, Ano II, no 6, 2006.) O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a: a) inauguração do museu e o grande investimento em cultura no país. b) importância da língua para a construção da identidade nacional. c) afetividade tão comum ao brasileiro, retratada através da língua. d) relação entre o idioma e as políticas públicas na área de cultura. e) diversidade étnica e linguística existente no território nacional.

Anotações

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Funções da Linguagem Ao produzir um texto você também realiza a comunicação. Nesse ato, além de querer ser compreendido, deseja que suas idéias sejam depreendidas e aceitas pelo receptor. E, para a eficácia desse processo, são precisos seis elementos: emissor, receptor, canal, mensagem, código e contexto ou referente. Com base nesses elementos, podemos articular outro elemento, conforme a intenção do ato comunicativo. Deste modo, a linguagem atingiria diferentes funções ao dar prioridade a determinado elemento da comunicação. Classificamos essas funções em seis tipos: emotiva ou expressiva; referencial ou informativa; poética, conativa ou apelativa; fática e

que senhora chata. Já estou farto. Fiquei contente em saber que todos estão bem. Beija os meninos por mim e recebe um beijo meu com toda a saudade e o carinho do teu Jorge”. (Revista Cult, 165 – ano 15, fev.2012 – in Dossiê Jorge Amado, p.41) Com a leitura, você observa que o autor está centrado em si mesmo, revelando seus sentimentos e suas emoções (minha saudade a ti, Fiquei contente), por isso é comum a constância do pronome de primeira pessoa (minha, meu, mim) e verbos nessa mesma pessoa (recebi, tive, saio, escrevo...) O texto manifesta também opiniões (Oh! Meu Deus!, que senhora chata). A realidade do autor é retratada de forma subjetiva, é o seu ponto de vista que está em jogo. Além dessas características analisadas, o ponto de interrogação, reticências e exclamações são sinais que revelam emoções do emissor. Portanto, tudo o que em uma mensagem revelar emoções, sentimentos, opiniões e avaliações do emissor diante da vida pertencerá à função emotiva da linguagem. Observe ao lado um exemplo na linguagem não verbal da função emotiva.

metalinguística.

Emotiva ou Expressiva Leia a seguir a carta escrita por Jorge Amado a Zélia Gattai quando o escritor participava do Congresso da Paz, em Viena, em 1951. Essa carta é um exemplo de função emotiva. Viena, 4 Meu amor, Recebi hoje pela manhã teu telegrama, vou a buscar amanhã, segunda-feira, os remédios pedidos. Faço-te este bilhete durante uma reunião de Comissão para te enviar minha saudade a ti, a João e a Paloma. Nunca tive tanto trabalho em toda a minha vida. Entro no local da reunião antes das 8 da manhã e saio sempre depois da meia-noite. Ontem saí 1 e meia da manhã e fui despertado com teu telegrama às 6h. Estou fatigadíssimo. Todo mundo vai sem novidade. Todos te enviam abraços. Neste momento que te escrevo Dona Branca deve estar falando em plenário. Oh! Meu Deus!,

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Depois de tentar sem sucesso espantar a horda de invasores, Vergel ligou para a delegacia, segundo foi publicado no site argentino Infobae. "Eram dez e pouco da manhã e o homem, alucinado, nos contava sua tragédia. Fomos ao local com um caminhão preparado para o transporte de animais, mas chegando lá vimos que eram realmente muitas", declarou um dos policiais ao Los Andes online. Uma a uma, elas eram colocadas no caminhão na condição de presas. Foram encaminhadas a um centro de detenção de animais da polícia em Los Corralitos. Na mesma tarde, pelo menos três pessoas apareceram dizendo ser as proprietárias do rebanho. A polícia afirmou que não vai ser assim tão fácil tirar a bicharada da cadeia. Elas foram enquadradas no código 114 do Código Penal argentino, e o verdadeiro dono das cabras vai ter que pagar uma nota para libertálas. Sem falar nos tomates e milhos do agricultor inconformado. Revista Veja. São Paulo : Abril, n.31 – 03 ago.2011 – Panorama.

(Disponível em: <http://g1.globo.com/planetabizarro/>Acesso em: 07 mar.2012.) Você notou, que a notícia acima, o autor utiliza a linguagem de forma direta, objetiva e impessoal: não tece comentários ou expressa qualquer juízo de valor quanto ao assunto abordado. Além disso, os vocábulos não são empregados em sentido figurado, negando a possibilidade de mais de uma interpretação por parte do leitor. A mensagem foi organizada com a intenção de transmitir informação precisa. Portanto, no texto em questão, predomina a função referencial (denotativa) da linguagem, centrada na informação. Pode-se encontrar esse tipo de função em textos de caráter científico e jornalístico. Também predomina a função referencial na combinação do código nãoverbal e verbal, como pode ser visto no exemplo.

Referencial ou Informativa Leia a notícia apresentada a seguir. 06/02/2007 - 13h37 – G1 – Planeta Bizarro

Polícia prende 155 cabras e leva todas de camburão para a delegacia Devastaram plantação de tomate e milho de um argentino. Verdadeiro dono não apareceu para pagar fiança. MENDOZA, Argentina - O agricultor Antonio Vergel decidiu colher alguns dos tomates e milhos que cultiva em seu sítio em Mendoza, na Argentina e, quando pôs os olhos na plantação, seu coração gelou: uma quantidade inacreditável de cabras devorava tudo o que via pela frente.

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A anti-rosa atômica. Sem cor, sem perfume, Sem rosa, sem nada. (Vinicius de Moraes) O poema A rosa de Hiroshima revela que o poeta desejava valorizar a mensagem a ser transmitida e, para isso, além de explorar o conteúdo (os efeitos da bomba), também se preocupou com a forma de construção do texto. Para construí-lo, o autor cultivou alguns recursos que são capazes de despertar no leitor certo prazer estético (pelo seu caráter inovador) e uma determinada impressão. Logo, quando o emissor se preocupa em enfatizar a construção e a elaboração da mensagem, temse o predomínio da função poética. Embora esta seja mais corrente em poesias também pode ser encontrada em textos publicitários, alguns textos jornalísticos (crônicas) e populares (provérbios) e romances (Iracema, de José de Alencar, por exemplo, é um poema em prosa).

(Disponível em: <http://blog.mcsx.net/projetosplantas-de-casas-para-download/ >Acesso em 07mar 2012.)

Poética

Exercícios Questão 1 Leia este texto abaixo e identifique qual a função da linguagem predominante nele. Dê duas justificativas. A rainha Elizabeth I, conhecida como a Rainha Virgem, adotou a Rosa Tudor como seu emblema e escolheu as palavras “Rosa sine spina” como seu mote. Ficou conhecida como rosa sem espinho e muitos dos poetas elisabetanos escreveram sobre ela. A rosa tem sido o emblema nacional da Inglaterra desde então. O país é famoso por suas rosas e é raro um jardim que não as contenha. Não há nada igual ao perfume dessas flores, e é uma felicidade que a arte dos perfumistas tenha atingido tamanho grau de sofisticação que lhes permita reproduzir o aroma para nós e para os lares. Mas é Shakespeare que tão perfeitamente sumariza as virtudes da rosa em suas palavras.

A rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas, Pensem nas meninas Cegas inexatas, Pensem nas mulheres Rotas alteradas, Pensem nas feridas Como rosas cálidas. Mas, oh, não se esqueçam Da rosa, da rosa! Da rosa de Hiroshima, A rosa hereditária, A rosa radioativa Estúpida e inválida, A rosa com cirrose,

(A linguagem das Flores, Sheila Pickles. Melhoramentos: São Paulo, 1990. P.93)

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Questão 2 Leia o poema a seguir e identifique qual a função da linguagem predominante nele. Dê duas justificativas. Soneto LIV Ó como mais bela a beleza torna-se quando tem o doce ornamento da verdade! A rosa é bela, mas mais bela a vemos pelo doce aroma que nela habita. As rosas silvestres têm a mesma cor que as doces rosas perfumadas, os mesmos espinhos, a mesma volúpia quando o ar do verão expõe os botões escondidos; mas como têm na aparência única virtude, elas vivem esquecidas e murcham obscuras, sozinhas morrem. As doces rosas, não; de suas doces mortes nascem os mais doces perfumes. Assim também de ti, bela e amável jovem, fenecido o frescor, tua verdade em meu verso persiste. (Willian Shakespeare) Questão 3 Observe a tela e identifique qual a função da linguagem predominante nela. Dê duas justificativas.

Os relógios ou As horas derretidas, de Salvador Dali.

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Questão 4 Em relação ao texto apresentado a seguir, assinale a opção que indica corretamente qual é a função da linguagem predominante.

E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo.

Humor Excelente o texto de Sírio Possenti sobre as frases humoradas e seus sentidos (Língua 75). Uma grande oportunidade para entender o idioma sem caretices.

(BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.) Predomina no texto a função da linguagem:

Marta Oliveira Sérgio (BA), na seção Cartas de leitor da Revista Língua Portuguesa.

a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.

a) Função poética, porque o texto centra-se na mensagem e em como ela é transmitida.

b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.

b) Função conativa, pois o autor utiliza diversos recursos para convencer o leitor de suas ideias.

c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.

c) Função metalinguística, uma vez que faz reflexões sobre o próprio código.

d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.

d) Função referencial, na qual o emissor tem a função de transmitir informações.

e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.

e) Função emotiva, pois o texto expressa uma opinião e de forma subjetiva para revelar o “eu” que fala ao leitor.

Anotações

Questão 5 (Enem/ 2009) Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses

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Funções da Linguagem Dependendo da intenção que se deseja alcançar no processo de comunicação, a linguagem em uso pode assumir diferentes funções. Vimos, na aula anterior, as funções emotiva, referencial e poética. Nesta aula, estudaremos as funções conativa, fática e metalinguística.

Espalhe seu humor por aí, Divida uma risada com alguém.

Conativa ou apelativa

Fática

Está centrada no receptor e possui o objetivo de influenciar o comportamento daquele que recebe a mensagem e também chamar a sua atenção. Essa função tem a intenção de fazer com que as pessoas mudem de atitude, em razão disso, é comum o emprego do verbo no modo imperativo, uso de vocativos. Encontramos esse processo de comunicação em sermões, discursos, anúncios, campanhas publicitárias, placas de trânsito e até mesmo em uma receita de bolo. Observe o anúncio publicitário do perfume Humor da linha Natura.

Leia o diálogo a seguir.

Note que depois de todo um discurso de sedução, no final do poema há os verbos no imperativo (espalhe, divida) indicativos da função conativa.

- Não. Tenho certeza de que nós fomos colega? - Tenho. - Que engraçado. Eu não... Olha: desculpe, viu? - O que é isso? Acontece. - Esse café. Será que a gente pode... - Claro. Fica pra outra vez. - Desculpe, hein? Cabeça, a minha. - Tudo bem. - Então... Tchau. - Ana Beatriz... - Ahn? - E se eu dissesse que meu nome é Martins? - Mas não é. (VERISSIMO, Luis Fernando. O melhor das comédias da vida privada. Rio de Janeiro: Objetiva: 2004.p.84.) Nessa conversa entre os dois personagens anônimos, há falas através das quais poucas informações são transmitidas. No caso, o que se pretende é manter o contato entre eles. Portanto, a função fática envolve o contato entre emissor e receptor para iniciar a comunicação, prolongar o contato, interromper o ato de comunicação ou testar a eficiência do canal.

E se a gente levasse a vida com mais humor? Talvez, a gente descobrisse Um jeito mais leve de Se relacionar com quem está à nossa volta. Reparando menos em chatices E mais nos pequenos prazeres. Abrindo um pouco o sorriso - Nem que seja pra rir de si mesmo.

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Conhecimentos Gramaticais

Outro exemplo de função fática são os bate-papos na internet, as histórias em quadrinhos, algumas charges e tirinhas, como podemos observar a seguir

O Auto-retrato No retrato que me faço - traço a traço às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança... ou coisas que não existem mas que um dia existirão... e, desta lida, em que busco - pouco a pouco minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança... Terminado por um louco! (Mário Quintana

(Toda a Mafalda. Quino : [tradutores Andréa Stahel M. da Silva... et.al.]. – São Paulo : Martins Fontes, 1993. p. 42.)

Metalinguística Quando o código é usado para falar dele mesmo, também pode ser chamado de função metalinguagem. Os dicionários representam bem essa função, tendo em vista que ele define o significado das palavras, revelando o que elas são. A função em questão está centrada no próprio código: uma poesia que fala da própria poesia, uma peça de teatro que explica o próprio teatro, uma pessoa que faz seu autorretrato são exemplos de função metalinguística. Veja os exemplos a seguir na linguagem verbal e na linguagem não verbal.

Disponível em: <http://www.jgaraujo.com.br /antologia/mario%20quintana.jpg> Acesso em 08 mar.2012.

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico substantivo feminino Rubrica: pneumologia. Doença pulmonar (pneumoconiose) aguda causada pela aspiração de cinzas vulcânicas.

Para finalizar o assunto das funções da linguagem, é preciso saber que não existe função meramente pura quando redigimos, porém há aquela que predomina no texto. Além disso, cada mensagem a ser transmitida está intimamente ligada à intenção do falante, às funções e aos elementos da comunicação, como mostra o esquema.

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(função referencial) Referente Mensagem

Destinador (função expressiva)

(função poética)

Contato

(função fática)

Destinatário (função conativa)

Código (Função metalingüística)

Exercícios

III - Os verbos no imperativo são frequentes nos anúncios e conferem mais brevidade e impacto à mensagem que se deseja transmitir.

Questão 1 Funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da comunicação. Um texto pode apresentar mais de uma função, contudo há sempre uma que predomina. O texto a seguir consiste em um gênero textual, o qual é bastante comum em nossos dias: anúncio publicitário. Com base nesse gênero e no assunto sobre as funções de linguagem, analise as afirmativas.

IV - O anúncio publicitário apresentado proporciona uma reflexão sobre o papel do cidadão em práticas de maus tratos aos animais. V - Os verbos no imperativo, característicos da função referencial, não interferem na leitura do anúncio, uma vez que o uso deles se trata de uma questão meramente estilística. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) I. b) II e III. c) II, III e IV. d) III, IV e V. e) I e II.

I - A função apresentada é a poética, pois se centra na mensagem e em como ela é transmitida, e em razão disso, o anúncio possui algumas figuras de linguagem. II - A função conativa é bem própria do gênero textual que foi apresentado.

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Conhecimentos Gramaticais Questão 2 Leia os textos 1 e 2 para resolver a questão. Texto 1 O poder do e-mail

Um homem deixou as ruas cheias de São Paulo para tirar férias em Salvador. Sua esposa estava viajando a negócios e planejava encontrá-lo no dia seguinte. Quando chegou ao hotel, resolveu mandar um e-mail para sua mulher. Como não achou o papelzinho em que tinha anotado o endereço eletrônico dela, tirou da memória o que lembrava e torceu para que estivesse certo. Infelizmente, ele errou uma letra, e a mensagem foi para uma senhora, cujo marido havia morrido no dia anterior. Quando ela foi checar os seus e-mails, desmaiou. Ao ouvir o grito, sua família correu para o quarto e leu o seguinte, na tela do monitor. “Querida, acabei de chegar. Foi uma longa viagem. Apesar de só estar aqui há poucas horas, já estou gostando muito. Falei aqui com o pessoal e está tudo preparado para sua chegada amanhã. Tenho certeza que você também vai gostar... Beijos do seu eterno e amoroso marido. P.S.: Está fazendo um calor infernal aqui”. (Revista Língua Portuguesa, Ano 3, no 42, Abril de 2009,Editora Segmento, São Paulo, p.10) Texto 2

Disponível em: <http://www.digestivocultural.com/blog/imagens/2238-1.jpg> Acesso em: 08 mar.2012.)

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A análise das características gerais do Texto revela que:

Após comparar os dois textos, é correto dizer que: a) o texto 1 apresenta a linguagem padrão, com se observa nas expressões “encontrá-lo”, “uma senhora, cujo marido”; e os quadrinhos somente a linguagem informal, própria da fala.

1) ele tem uma função predominantemente fática; nele prevalecem a descrição e a utilização de uma linguagem formal, que está adequada ao gênero em que o texto se realiza.

b) o referente usado na carta “e-mail” e na conversa do sobrinho com o tio é igual.

2) sua função é prioritariamente referencial, embora no início do segundo parágrafo se evidencie um trecho metalingüístico; do ponto de vista tipológico, é caracteristicamente expositivo.

c) nos textos percebemos símbolos linguísticos utilizados na comunicação escrita, como P.S no texto 1 e :.), no 2.

3) nele, podem-se encontrar algumas marcas da oralidade informal; por outro lado, sua linguagem é eminentemente conotativa e, embora seja descritivo, apresenta vários trechos injuntivos.

d) a função fática, que tem por finalidade abrir, manter e fechar o canal de comunicação, permeia-se por ambos os textos. e) a comunicação processou-se pelo mesmo meio de comunicação e pela mesma maneira.

4) ele é um texto típico da linguagem escrita formal, que apresenta um vocabulário específico, embora numa formulação simples; cumpre uma função informativa e está elaborado conforme a norma padrão da nossa língua.

Questão 3 (UFAL) O estudo dos gêneros não é novo, mas está na moda. O estudo dos gêneros textuais não é novo e, no Ocidente, já tem pelo menos vinte e cinco séculos, se considerarmos que sua observação sistemática iniciou-se com Platão. O que hoje se tem é uma nova visão do mesmo tema. Seria gritante ingenuidade histórica imaginar que foi nos últimos decênios do século XX que se descobriu e iniciou o estudo dos gêneros textuais. Portanto, uma dificuldade natural no tratamento desse tema acha-se na abundância e diversidade das fontes e perspectivas de análise. Não é possível realizar aqui um levantamento sequer das perspectivas teóricas atuais. O termo “gênero” esteve, na tradição ocidental, especialmente ligada aos gêneros literários, cuja análise se inicia com Platão para se firmar com Aristóteles, passando por Horácio e Quintiliano, pela Idade Média, o Renascimento e a Modernidade, até os primórdios do século XX. Atualmente, a noção de gênero textual já não mais se vincula apenas à literatura, mas é usada em etnografia, sociologia, antropologia, retórica e na linguística.

Estão corretas apenas: a) 1 e 2 b) 2 e 3 c) 3 e 4 d) 1 e 3 e) 2 e 4 Questão 4 Leia as diferentes definições sobre a palavra desejo: a primeira concepção retirada do dicionário Houaiss e a segunda, de Adriana Falcão. Em seguida, indique duas funções de linguagem possíveis para cada texto. Justifique. Desejo Substantivo masculino Ato ou efeito de desejar; aspiração humana diante de algo que corresponda ao esperado; aspiração humana de preencher um sentimento de falta ou incompletude; querer, vontade. Rubrica: psicanálise. Segundo Sigmund Freud, moção psíquica que procura restabelecer a situação da primeira satisfação; expectativa consciente ou inconsciente de possuir (um objeto) ou alcançar (determinada situação

(MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008, p.147.)

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que supra uma aspiração do corpo ou do espírito); ambição, exigência. Regionalismo: Portugal. Pesar devido à ausência de (alguém ou algo); saudade. (Dicionário Houaiss) Desejo Para o bebê, colo de mãe. Para mãe, riso de filho. Para os cabelos, vento. Para chuva, pára-brisa. Para brisa, rede. Para os olhos, paraíso. Para isolados, visita. Para visita, atenção. Para teimosia, não. Para adolescentes, chão. Para adulto, ser criança. Para sobreviver, trabalho. Para trabalho, pagamento. Para pobreza, justiça. Para cima, elevador. Para baixo, tobogã. Para casados, liberdade. Para solteiros, companhia. Para companhia, uma boa pessoa. Para pessoas em geral, alegria. Para coisas, nomes. Para menina, cor de rosa. Para flor, um regador. Para dor, anestesia. Para prazer, suspiros. Para as mãos, aperto. Para os pés, descanso. Para o cansaço, sono. Para mertiolate, sopro. Para agonia, calma. Para a alma, céu. Para um corpo, outro. Para a boca, beijo. E comida para todos. (FALCÃO, Adriana. Pequeno dicionário de palavras ao vento. 2.ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.p.30)

(Revista Veja. São Paulo : Abril. n.34. 24 ago. 2011.)

Questão 5 Em um texto, quase sempre, aparece mais de uma função de linguagem. O essencial é notar aquela que predomina. No anúncio publicitário ao lado, existe mais de uma função. Identifique-as e justifique sua escolha.

Anotações

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Desvendando Operações e Habilidades Conversa inicial

mensagem que se pretende transmitir, das ideias principais e da opinião do autor, mesmo que essa seja contrária a nossa.” (KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.)

Antes de entrarmos no assunto desta aula sobre as operações do que é compreender, analisar e interpretar; devemos ter clareza de que há dois tipos de texto: o literário e o não literário (técnico). Por que pensar nisso? Ora, o texto literário é plurissignificativo e merece – portanto - um olhar diferenciado em sua leitura. Isso porque ele apresenta a função poética, há um compromisso com a arte. Nesse tipo de texto, encontramos a licença poética, ou seja, a autorização que o autor possui para fugir da norma padrão. Não em razão de não conhecê-la, mas a transgressão é fruto de algo que o autor deseja dizer ao seu leitor. Já, nos textos técnicos, a linguagem deve ser denotativa, com isso encontramos a objetividade, clareza, exatidão e norma padrão culta, constituindo elementos essenciais para a elaboração do texto. Assim, queremos deixar clara a importância do olhar diferenciado para a leitura de um texto literário e, técnico.

O foco da compreensão textual é: - trabalhar com a paráfrase - solicitar vocabulário - aplicar os recursos linguísticos (regência, pontuação, etimologia, emprego dos tempos verbais etc.) - reconhecer o sentido denotativo e conotativo das palavras Então, compreensão = o que está explícito no texto.

Analisar Análise de texto consiste no modo como o texto está organizado, a maneira como ele está construído, é a arquitetura do texto. O foco da análise textual é:

Desvendando Operações e Habilidades

- reconhecer o intertexto; - relacionar títulos ao texto;

Na prova do Enem, você é convidado a enfrentar novos desafios, e esses já se iniciam pelos enunciados das questões, sejam elas das áreas Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens, Códigos e suas tecnologias. Assim, na aula de hoje e nas duas subsequentes, você aprenderá a lidar com operações e habilidades valorizadas na matriz da prova Enem, tais como relacionar um texto literário e não literário, analisar afirmativas, interpretar textos de diferentes épocas, compreender gráficos, dentre outras operações.

- contextualizar a obra no tempo e no espaço; - identificar a tipologia e o gênero textual; - reconhecer as figuras de linguagem; - levantar o problema abordado; - verificar a coerência e a coesão textual; - apreender a idéia central e as secundárias do texto; - buscar a intencionalidade textual. Logo, a análise aciona em algumas situações conhecimentos prévios.

Compreender “A compreensão de um texto abrange o entendimento, a percepção do conteúdo global, da

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Conhecimentos Gramaticais Interpretar

Conforme Lino Macedo, um dos mentores da prova do Enem, interpretação “constitui sempre uma inferência ou conclusão autorizada por sinais, indícios presentes em um texto. Interpretar supõe acrescentar sentido, ler nas entrelinhas, preencher os vazios e, dentro dos limites de determinado material, ampliar o seu conteúdo.” (MACEDO, Lino de. Esquemas de ação ou operações valorizadas na matriz ou prova do ENEM. In: Eixos Cognitivos do ENEM, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Ministério da Educação, Brasília, 2007.) Para se chegar a uma boa interpretação de texto, temos que passar por outras operações mentais, como se essas fossem passos intermediários. Por isso, as ações de compreender, analisar, comparar, levantar hipóteses são alguns operadores que levam às inferências, ou seja, às entrelinhas do texto. Interpretação = aquilo que está implícito no texto.

Exercícios Questão 1 (UEM – PR) MAFALDA

QUINO

Quanto ao emprego dos elementos linguísticos utilizados nos quadrinhos a seguir, assinale a(s) alternativa(s) que está(ão) correta(s): a) Mafalda toma sopa com freqüência e a contragosto. b) Mafalda entende que os assuntos importantes são alheios às relações familiares. c) Mafalda vê os deveres de casa como uma obrigação inútil. d) Mafalda, ao contrário de que escreve, não é mimada pela mãe. e) Mafalda imagina que a professora tenha uma relação hipócrita com a própria mãe.

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Questão 2 (UFBA – BA)

Com base na leitura dos quadrinhos, que apresentam o diálogo entre as personagens Calvin (o garoto) e Haroldo (o tigre) assinale a(s) alternativa(s) que está(ão) correta(s): a) Os interlocutores estabelecem, no texto, uma interação conflituosa. b) Haroldo demonstra predisposição para aceitar, sem discussão, as explicações de Calvin. c) Os argumentos de Calvin expõem um ponto de vista inflexível sobre “o jogo”. d) A argumentação de Calvin é acolhida por Haroldo no decorrer do “jogo”. e) A última fala do tigre induz o leitor a uma suposição de que o seu interlocutor não age com lisura em seus negócios. f) O humor da história é provocado pela ambiguidade das palavras na conversação. g) A análise dos quadrinhos permite concluir que a visão de uma dada realidade pode variar, quando as pessoas, a partir de seus interesses, falam de posições distintas.

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Conhecimentos Gramaticais

e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v. 17).

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A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender.

Questão 5 (UFF – RJ)

A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério.

(Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar, Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.) Questão 3 (Enem) Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em:

Com base na análise da charge, pode-se afirmar que: a) nos desenhos, as palavras “prostituta, pobre, paraíba”, no contexto, nomeando pessoas do mundo real, classificam-se como adjetivos.

a) situações formais e informais. b) diferentes regiões do país. c) escolas literárias distintas. d) textos técnicos e poéticos. e) diferentes épocas.

b) a expressão “Enquanto isso” estabelece uma coesão de valor temporal entre a expressão dos fatos apresentados na charge e outros que estão ocorrendo em contextos distintos.

Questão 4 (Enem) No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho: a) “A linguagem / na ponta da língua” (v. 1 e 2).

c) a expressão grifada em “Então montei uma miniacademia” estabelece uma relação de concessão com a frase anterior. d) o emprego do diminutivo “ amiguinhos” ressalta a atitude crítica da mãe em relação ao comportamento das crianças.

b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v. 5 e 6). c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v. 14).

e) as expressões do diálogo “... Do anúncio? É aqui, sim!” são exemplos de frases nominais em discurso indireto.

d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v. 15).

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Texto Literário e Texto Não-Literário Quando indagamos a respeito do que é que distingue um texto literário do não-literário, percebemos que não há uma única resposta e sim várias respostas porém não definitivas, corroborando para a complexidade do assunto tanto posto em discussão. Podemos, no entanto, apresentar os critérios mais usados atualmente para caracterizar o texto literário e não-literário. Distinguí-los com base no caráter ficcional ou não-fic cional já fora constatado outrora problema insolucionável, devido à impossibilidade de diferençar o real do fictício em certas situações concretas. Por exemplo, a história de uma aparição da Virgem Maria ou da intervenção de um espírito podem provocar risos num cético, mas são ouvidas com respeito por um crente. Entretanto, modernamente, tem-se buscado a demarcação dos textos em outros campos. As análises mostraram que todo texto possui uma FUNÇÃO. Com base nesta conclusão, diz-se que o texto literário apresenta uma FUNÇÃO ESTÉTICA, enquanto o texto não-literário tem uma FUNÇÃO UTILITÁRIA (informar, convencer, explicar, responder, ordenar etc.).

Novos casos Hoje, a Suíça e a Holanda confirmaram seus primeiros casos de gripe suína e a Espanha subiu o número de casos confirmados para 13 pessoas e o de possíveis contágios sob observação para 87.

O texto acima pretende unicamente informar o leitor sobre o número de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína nos Estados Unidos. Nele o texto é tecido de forma clara e direta e o plano de expressão remete a um único plano do conteúdo. Aliás, o conteúdo é o seu principal foco. Expliquemos melhor esse conceito do genebrino Ferdinand de Saussure (Genebra, 26 de novembro de 1857 – Morges, 22 de fevereiro de 1913). Saussure considera a língua como um sistema de SIGNOS formados pela “união” do sentido, conceito ou ideia (SIGNIFICADO), e da imagem acústica (impressão psíquica do som), que vai ser o SIGNIFICANTE. Cada signo ou cada conjunto de signos articulados dentro de uma estrutura textual terá, obviamente, um PLANO DE EXPRESSÃO e um PLANO DE CONTEÚDO. Levando este conceito para o nível textual constatamos que todo signo linguístico é DENOTATIVO.

NOTÍCIA Autoridades dos Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que o número total de casos de gripe suína no país subiu para 109. Na quarta-feira, autoridades sanitárias dos Estados Unidos confirmaram que um bebê mexicano de 23 meses morreu no Texas vítima de gripe suína, o que configura a primeira morte causada pela doença fora do México. Kathy Barton, porta-voz do departamento de Saúde de Houston, afirmou que a criança havia viajado para a cidade para fazer tratamentos médicos.

Denotação É a significação objetiva da palavra. Pode-se dizer que é a palavra em estado de “dicionário”. Podemos concluir em primeira instância que um texto em forma de notícia é considerado um texto não literário porque possui, como principal característica, a função utilitária de informar o leitor. Seu tecido é constituído prioritariamente de signos linguísticos de caráter denotativo cuja significação é sempre objetiva. Agora, antes de chegarmos à FUNÇÃO ESTÉTICA do texto literário, voltemos a um dado sobre o signo

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linguístico para melhor absorvermos esse processo sob outra forma. Um plano de expressão + um plano de conteúdo, eis o signo lingüístico por natureza. Entretanto, sobreposto ao significado DENOTATIVO implanta-se o significado CONOTATIVO, que consiste em um novo PLANO DE CONTEÚDO investido no signo como um todo.

Exercícios Texto para as questões 01, 02, 03, 04 e 05.

Nós, os imortais Amigos, é certo que houve o diabo, anteontem, no Maracanã. Poucas vezes, desde que me conheço, tenho visto uma partida tão truculenta. Foi pé na cara de fio a pavio do jogo. E quando soou o apito final, só uma coisa admirou: é que ninguém tivesse saído de maca ou rabecão. Mas o futebol é muito divertido. À saída do estádio, só vi gente vociferando contra a indisciplina. Um sujeito fazia uma espécie de comício. Dizia, de olho rútilo e lábio trêmulo: “Isto é uma vergonha !” Fazia o suspense de uma pausa e reforçava: “Uma pouca-vergonha!” Só eu no meio de tantos, de todos, não estava nado irado, nada ultrajado. Sempre que vejo dois times baixarem o pau, concluo, de mim para mim: “Eis o homem”. Pode ser lamentável e acredito que seja lamentável. Mas, que fazer se é esta, exatamente esta, a condição humana? A rigor, ninguém tem o direito de se espantar com o alheio pecado. O homem sempre foi assim, desde o Paraíso e antes do Paraíso. E nenhum jogador vai para o inferno só porque meteu o pé na cara de outro jogador. Todos nós temos o fanatismo da disciplina, mas creiam: é um fanatismo suspeito ou, como dizia outro, de araque. A disciplina foi feita para o soldadinho de chumbo e não para o homem. E o futebol tem de ser passional, porque é jogado pelo pobre ser humano. A grandeza de um clássico ou de uma pelada está em que fornece uma imagem fidedigna do homem. Assim somos todos nós. Quando a multidão vaia um jogador feroz, está agindo e reagindo como um Narciso às avessas que cuspisse na própria imagem.Ninguém é melhor do que ninguém. Se a multidão

Conotação É a significação subjetiva da palavra. Ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca. Exemplo: Minha vida é um mar de dissabores. Observe o texto abaixo:

Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer te algua causa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver te, quão cedo de meus olhos te levou. (Luis de Camões) Se no texto não-literário demos o exemplo da notícia, cuja função era de informar por meio objetivo o leitor e com o foco no conteúdo, o texto acima remete-nos a uma outra concepção: nele o conteúdo (trata-se, basicamente, da mulher amada que morreu e que deve repousar no céu, enquanto o amado deve viver triste na terra) fica evidentemente em segundo plano. A forma (plano de expressão) é o mais importante; cada signo rompe com seu significado racional para recriar certos conteúdos na organização da expressão.

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Questão 2

estivesse no lugar do jogador faria a mesma coisa e, se o jogador estivesse no lugar da multidão, vaiaria do mesmo jeito. Portanto, eu não consigo me escandalizar com a baderna de anteontem. Eu me espantaria, sim, se, ao ser agredida, a vítima retribuísse com um beijo na testa. Mas se o agredido esperneia, tenho de admitir a lógica do seu comportamento. Há, também, o caso do juiz. Ao meu lado, um confrade esperneava: “Inconcebível!” E, de fato, o árbitro fez o diabo. Só faltou subir pelas paredes e se pendurar no lustre de cabeça para baixo. Está certo: S.Sa errou. Mas pergunto: por que cargas d’água só o juiz há de ser o incorrupto, o infalível, se nada disso pertence à condição humana? Se reis, príncipes, barões cometeram as maiores iniqüidades, por que um juiz de futebol há de ser irrepreensível? Se Maria Antonieta fez uma piada sobre a fome; e se pagou essa piada com a cabeça – o árbitro de anteontem pode marcar um pênalti errado. Amigos, a disciplina é uma convenção. E qualquer convenção nasce e existe para ser violada. (Nelson Rodrigues. Fla-Flu... e as multidões despertaram!)

Segundo o texto, a alternativa correta é: a) Como errar é próprio da condição humana, não há por que estranhar as atitudes da torcida, dos jogadores e mesmo do juiz. b) Um jogador que mete o pé na cara de seu adversário age e reage como um Narciso que se espelha na multidão. c) A disciplina dos soldados, apaixonados ou não por futebol, fornece uma imagem fidedigna do homem. d) As convenções existem para serem quebradas; do mesmo modo, o erro, quando ocorre, deve ser punido. e) Percebe-se que todos os times baixam o pau, seja num clássico, seja numa pelada, e o fanatismo passional não escandaliza mais ninguém.

Questão 3 Através da frase “A rigor, ninguém tem o direito de se espantar com o alheio pecado”, diz-se que: a) não se pode tolerar a violência. b) o juiz cometeu erros imperdoáveis. c) os jogadores têm o direito de revidar as agressões de seus adversários. d) o homem descobriu que é pecador no Paraíso e mesmo antes dele. e) todos os seres humanos estão sujeitos à indisciplina.

Questão 1

Questão 4

A alternativa que melhor resume o texto de Nélson Rodrigues é:

Correlacione a coluna da esquerda com a coluna da direita, identificando os significados: ( 1 ) truculento

a) O homem sempre foi um pecador sem-vergonha, passional e feroz, capaz de transformar uma partida de futebol, mesmo um clássico, numa batalha. b) O texto é uma descrição detalhada dos fatos ocorridos no estádio do Maracanã, no jogo de futebol entre Flamengo e Fluminense. c) O erro e a indisciplina transformam os eventos esportivos numa baderna inconcebível, razão por que os responsáveis devem ser punidos. d) O autor refere-se ao engano do árbitro e à conseqüente revolta da multidão como pretexto para emitir seu ponto de vista sobre o comportamento muito comum entre os homens, que é o de violar regras e leis. e) Trata-se de uma matéria de cunho jornalístico usada para fins didáticos, pois através dela o autor nos ensina como foi construída a história da humanidade.

( 2 ) rabecão ( 3 ) rútilo ( 4 ) de araque ( 5 ) iniquidade ( ) de qualidade inferior, ordinário ( ) atroz, terrível, cruel, bárbaro, feroz ( ) perversidade, maldade ( ) carro para transporte de cadáveres ( ) muito brilhante

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos Questão 5

A alternativa que contém a seqüência verdadeira, de cima para baixo, é:

Quanto à tipologia, o texto de Nélson Rodrigues classifica-se como:

a) 2 - 3 - 4 - 1 - 5

a) conto

b) 5 - 2 - 3 - 4 - 1

b) crônica

c) 4 - 1 - 5 - 2 - 3 d) 4 - 5 - 1 - 2 - 3

c) reportagem

e) 2 - 1 - 3 - 4 - 5

d) resenha crítica e) fábula

Anotações

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Prosa e Verso Prosa Prosa é um texto "comum", escrito em pa-rágrafos. Como exemplo, utilizamos o divertido O homem trocado, de Luís Fernando Veríssimo o qual, como se percebe, lança mão também de muitos diálogos em seus textos, dando a eles agilidade.

- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e... Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista. - Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil. - O senhor não faz chamadas interurbanas? - Eu não tenho telefone! Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes. - Por quê? - Ela me enganava. Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer: - O senhor está desenganado. Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite. - Se você diz que a operação foi bem... A enfermeira parou de sorrir. - Apendicite? - perguntou, hesitante. - É. A operação era para tirar o apêndice. - Não era para trocar de sexo?

O homem trocado O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem. - Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo. - Eu estava com medo desta operação... - Por quê? Não havia risco nenhum. - Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos... E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês. - E o meu nome? Outro engano. - Seu nome não é Lírio?

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Verso

Exercícios

os poemas são escritos em versos. Os poemas podem ter rimas (mas não obrigatoriamente). Muitas vezes há uma preocupação com o ritmo, a musicalidade da poesia.

Cidade grande Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta indústria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe tão notória, prima-rica do Rio de Janeiro, que já tem cinco favelas por enquanto, e mais promete.

Convite Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio,pião de tanto brincar se gastam.

(Carlos Drummond de Andrade)

Questão 1

As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam.

Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a: a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem. b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica. d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo. e) prosopopéia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?

Todo texto literário apresenta dois planos essenciais: o plano de forma e o de conteúdo. A FORMA envolve a construção do texto, ou seja, o vocabulário, a sintaxe, a sonoridade, as imagens, a disposição das palavras no papel. São os aspectos lingüísticos e gráficos do texto. O CONTEÚDO é o plano das idéias. O conteúdo envolve os significados do texto e as suas relações com o mundo. Por exemplo: há autores que privilegiam mais a forma. Os poetas parnasianos, por exemplo, tinham grande preocupação com a forma (rimas, métrica etc.). Tudo deveria estar perfeito. Já os modernistas preferem caprichar no conteúdo e muitas vezes desprezam as rimas.

Poema para questões 02, 03, 04 e 05.

José E agora, José ? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? e agora, você ? você que é sem nome, que zomba dos outros,

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos você que faz versos, que ama protesta, e agora, José ?

Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José !

Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José ?

Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José ! José, para onde ?

E agora, José ? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora ?

Questão 2 Para o poeta, José só não é: a) alguém realizado e atuante. b) um solitário. c)um joão-ninguém frustrado. d) alguém sem objetivo e desesperançado.

Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora ?

e) n.d.a.

Questão 3 Das possibilidades sugeridas pelo poeta para que José mudasse seu destino, a mais extremada está contida no verso: a) "se você tocasse a valsa vienense". b) "se você morresse". c) "José, para onde?". d) “quer ir para Minas”. e) "José, e agora".

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Questão 4

Questão 5

O verso que exprime concisamente que José é "ninguém" é:

Assinale a afirmativa falsa a respeito do texto. a) José é alguém bem individualizado e a ele o poeta dirige com afetividade. b) O ritmo dos sete primeiros versos da 5ª estrofe é dançante. c) "Sem teogonia", significa "sem deuses", "sem credo", "sem religião". d) Os versos são em redondilha menor porque tal ritmo se ajusta perfeitamente à intimidade, singeleza e espontaneidade das idéias. e) n.d.a.

a) "você que faz versos". b) “a festa acabou”. c) "você que é sem nome". d) “que zomba dos outros”. e) "Mas você não morre".

Anotações

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Gêneros Literários São três:

Gênero Épico ou Narrativo A função da arte 1 Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar! (Eduardo Galeano)

Gênero Lírico São textos que expressam sentimentos, estados da alma. Geralmente são poemas.

Gênero Épico ou Narrativo Esses textos possuem enredo, narrador, personagens. São os contos, crônicas, fábulas, romances, epopéias, entre outros.

Gênero Dramático São os textos teatrais. Exemplos:

Gênero Dramático

Gênero Lírico Soneto da separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. (Vinícius de Moraes)

– O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria.

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Assinale a alternativa incorreta: a) A sátira é um gênero que pretende despertar o riso do público. b) Além do divertimento, a sátira pretende moralizar a sociedade. c) Podemos afirmar que este gênero é conservador. d) O conservadorismo da sátira está no fato que pretende punir, através do ridículo, aqueles que transgridem as leis sociais. e) A sátira é um gênero revolucionário que pretende abolir as instituições estabelecidas como a Igreja e a Monarquia.

Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia.

Questão 2 Ainda sobre o soneto acima, assinale a alternativa incorreta: a) O poeta faz uma brincadeira com as próprias regras do soneto. b) O personagem é satirizado pois não tem nenhuma qualidade digna de louvor, por isso, compor o poema é algo penoso e difícil para o poeta. c) O personagem é cheio de virtudes, o que tornar extremamente difícil fazer-lhe um elogio à altura de suas qualidades. d) O personagem é vítima da sátira, pois pretende obter honrarias (no caso um soneto) em sua homenagem para as quais ele não é digno. e) Ao ridicularizar o personagem, o poeta mantém uma posição conservadora, pois repõe a ordem social no lugar.

Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta. (João Cabral de Melo Neto. Morte e vida Severina)

Exercícios

Questão 3

Questão 1

Leia a narrativa seguinte e assinale a alternativa correta.

Leia abaixo um soneto de Gregório de Matos: "Um soneto começo em vosso gabo; Contemos esta regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo. Na quinta torce agora a porca o rabo: A sexta vá também desta maneira, na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi? Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais, Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei. Nesta vida um soneto já ditei, Se desta agora escapo, nunca mais; Louvado seja Deus, que o acabei”.

Prova de amor “Meu bem, deixa crescer a barba para me agradar”, pediu ele. E ela, num supremo esforço de amor, começou a fiar dentro de si e a laboriosamente expelir aqueles novos pêlos, que na pele fechada feriam caminho. Mas quando, afinal, doce barba cobriu-lhe o rosto, e com orgulho expectante entregou sua estranheza àquele homem: “Você não é mais a mesma”, disse ele. E se foi. (COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.)

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Questão 5

a) A produção voluntária de barba, no caso da personagem feminina do conto, é cientificamente impossível; mas, no mundo da literatura, pode ocorrer tudo o que o autor quiser. b) A produção voluntária de barba, no caso da personagem feminina do conto, é cientificamente impossível; assim, a autora deveria se apegar a coisas que podem acontecer na vida real. c) O conto é um bom texto literário, porém falha por faltar-lhe provas sobre a verdade do que nele está escrito. d) É, na verdade, um conto não-literário, pois refere-se ao mundo real, já que é comum maridos pedirem favores às sua esposas. e) É um texto não-literário, pois a autora tem uma escrita simples, dispensando cuidados com a palavra.

Leia o poema. Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto E hoje quando me sinto É com saudades de mim. (Mário de Sá-Carneiro) Esse é um exemplo de: a) Poesia épica. b) Poesia satírica. c) Poesia lírica. d) Poesia dramática. e) Prosa poética.

Questão 4

Anotações

(Enem-MEC) “Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. ‘Textos guardados acabam cheirando mal’, disse Silvia Plath, [...] que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? Guardar ou jogar fora?” (Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.) Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da criação literária. A idéia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase: a) “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa”. b) “O período de maturação na gaveta é necessário, [...]”. c) “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma”. d) “ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho”. e) “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda”.

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Tipologia Textual – Parte I Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação ou composição textual. Basicamente, existem três tipos de redação: narração (base em fatos), descrição (base em caracterização) e dissertação (base em argumentação). Cada um desses tipos redacionais mantém suas peculiaridades e características. Nesta aula, falaremos, basicamente, do texto narrativo.

O cara ficou assombrado e mais assombrado ficou quando o nenenzinho disse: – Papai vai morrer às duas horas! – dito o que, passou a chupar o bico da mamadeira e mais não disse nem lhe foi perguntado. O cara voltou para casa inteiramente abilolado. Sem conter o nervosismo, não contou pra ninguém a revisão do menininho precoce, mas ficou remoendo aquilo. Dez e meia, onze, meio-dia... e o cara começou a suar frio. Uma da tarde, o cara já estava suando mais que o marcador de Pelé. Quando deu duas horas ele estava praticamente arrasado e quando passou da hora prevista um minuto ele começou a se sentir mais aliviado. E estava dando o seu primeiro suspiro, quando ouviu um barulho na casa do vizinho. Uma gritaria, uma choradeira. Correu para ver o que era: o dono da casa tinha acabado de falecer.

Narração Modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. A seguir, um texto tipicamente narrativo, de Stanislaw Ponte Preta (Sergio Porto): O menino precoce Diz que era um menino de uma precocidade extraordinária e vai daí a gente percebe logo que o menino era um chato, pois não existe nada mais chato que menino precoce e velho assanhado. Todos devemos viver as é ocas condizentes com as nossas idades; do contrário, enchemos o próximo. Mas deixemos de filosofias e narremos: diz que o menino era tão precoce que nasceu falando. Quando o pai soube disso não acreditou. O pai não tinha ido à maternidade, no dia em que o filho nasceu, não só porque não precisava, como também porque tinha que apanhar uma erva com o Zé Luís de Magalhães Lins, para pagar a “délivrance” que era quase o preço de um duplex, pois a mulher cismou de ir ara a casa de saúde do Guilherme Romano. Mas isto também não vem ao caso. O que importa é que o menino já nasceu falando. Quando o pai soube da novidade, correu à maternidade para ouvir o que tinha o menino a dizer. Chegou perto da incubadeira e o garoto logo se identificou com um "ôba".

Elementos da Narrativa O mundo da ficção desenvolve-se ao redor dos seguintes elementos estruturais: 1 – Personagem: É a pessoa (de persona) que atua na narrativa. Pode ser principal ou secundária, típica ou caricatural. 2 – Enredo: É a narrativa propriamente dita, que pode ser linear ou retrospectiva, cuja trama mantém o interesse do leitor, que espera por um desfecho. Chama-se também simples-mente de ação. 3 – Ambiente: É o meio físico e social onde se desenvolve a ação das personagens. Trata-se do pano de fundo ou do cenário da história, também designado de paisagem. 4 – Tempo: É o elemento fortemente ligado ao enredo numa seqüência linear ou retrospectiva, ao passado, presente e futuro, com seus recuos e avanços. Pode ser cronológico ou psicológico. Cronológico, quando avança no sentido do relógio; psicológico, quando é medido pela repercussão emocional, estética e psicológica nas personagens.

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5 – Foco narrativo: Tecnicamente, podemos dizer que se refere às diferentes maneiras de narrar. Geralmente, se resumem em duas: a) narrador-onisciente: autor conta a história como observador que sabe tudo. Usa a 3ª pessoa. b) narrador-personagem: autor conta, encar­ nando-se numa personagem, principal ou secundária. Usa a 1ª pessoa. 6 – Discurso: É o procedimento do narrador ao reproduzir as falas ou o pensamento das personagens. Há três tipos de discurso: direto, indireto e indireto-livre.

opressiva e autoritária sobre empregados. c) A inutilidade atribuída à sala de visitas se explica pela condição de recolhimento em que vive a família do narrador, fechada em si mesma. d) O narrador se coloca em uma postura objetiva, estabelecendo um distanciamento em relação ao espaço retratado. e) a separação nítida entre espaços de patrões e de empregados funciona como evidencia e denuncia do elitismo característico da família patriarcal nordestina. Questão 2 Qual é o foco narrativo do texto?

Exercícios

Questão 03 O texto a seguir foi reproduzido da orelha do livro como ser feliz sem dar certo – e outras historia de salvação pela bobagem, do cronista gaúcho Carlos Moraes (Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2001). Leia-o para responde à questão.

Questão 1 O texto a seguir pertence ao livro infância (1945), de Graciliano Ramos. Leia-o e assinale a alternativa correta sobre ele. O ponto de reunião e fuxicos era a sala de jantar, que, por duas portas, olhava o alpendre(1) ea cozinha. Como falavam muito alto, as pessoas se entendiam facilmente de uma peça para outra. Nos feixes de lenha arrumados junto ao fogão, na prensa de farinha, nos brancos dutos que ladeavam a mesa, a gente se sentava e ouvia as emboanças(2) do criado, um cabloco besta e palrador(3). Rosenda lavadeira cachimbava e engomava roupa numa tábua. (...) Vivíamos todos em grande mistura – e a sala de visitas era inútil, com as cadeiras pretas desocupadas, uma litografia(4) de S. João Batista e uma do inferno, o pequeno espelho de cristal que Amâncio, afilhado de meu pai, trouxera do Rio ao deixar o exercito no posto de sargento.

Auto-orelha e contra-ajuda Pois lá estava esta obra quase esculpida na editora, quando alguém se percebeu: falta a orelha! E agora?, pensei. De silicone é moda, mais o órgão no caso, não comporta. Pedir uma para um colega mais graduado, tudo bem, só que ai o livro corre o risco de sair, como tantos outros, com mais orelha do que cérebro. Não é fácil uma orelha. Não faltou nem um engraçadinho sugerindo pedir uma ao nosso escritor mais famoso, sob a torpe alegação de que ele é mago mesmo e tem por sobrenome um bicho com orelha de sobra, Das ilações de Van Gogh, justo o meu pintor do coração, nem é bom falar. No fim, sabe a quem vou solicitar uma orelha? A você, amigo leitor. Mando aos cuidados da editora. Sim, porque este é um país estranho e mesmo um livro de contra-ajuda, e sobre bobagem, corre o risco de nos adentrados do milênio, chegar a uma segunda edição. Essa é claro, de orelha nova. A sua, amigo leitor. Toda ou em parte, nunca se sabe. Se chegarem muitas, a gente pode até montar um banco de orelhas. Há tanto escritor carente por aí. (...)

Notas: (1) varanda coberta; (2) conversas sem importância; (3) falante; (4) espécie de pintura.

a) No trecho, o narrador estabelece uma relação contrastante entre dois espaços domésticos distintos. b) Ao afirmar que a sala de jantar “olhava o alpendre e a cozinha”, o narrador cria uma metáfora da vigilância

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos Questão 5

Assinale a alternativa incorreta: a) o autor do livro cogitou que um escritor de sobrenome Coelho, que além de tudo é mago, poderia escrever a orelha do livro. b) O autor prefere não comentar as comparações entre seu livro e Van Gogh, seu pintor preferido. c) na opinião do autor, há livros cujo texto de apresentação é mais inteligente que o conteúdo. d) Em determinada passagem do texto, o autor compara seu livro a uma escultura. e) A expressão “banco de orelhas” até poderia ser interpretada como um banco de órgãos humanos, dado o caráter humorístico do texto.

“Bang. Bang. Bang. Acertei os três tiros, três latas de pomarola voaram, deram piruetas e caíram em cima do lixo. Fui até o muro, coloquei cinco garrafas, eu preferia garrafas, os cascos estilhaçando, eu gostava daquele barulho. Até matar o primeiro cara a gente pensa que existe essa história de aprender a matar. Aprender a matar é como aprender a morrer, um dia você morre e pronto. Ninguém aprende a matar. Isso é conversa furada de tira. Todo mundo nasce sabendo. Se você tem uma arma na mão, é isso, você já sabe tudo.” (Patrícia Melo, O matador. São Paulo, Companhia das Letras, 1995)

Questão 04 Jura, China, Mixaria e Burgos estavam tomando cerveja em frente ao Bar do Policia e quando avistaram Geovas pegando uma lata de Cocaola do chão, se ligaram que o mano ia fumar pedra. Começaram então, a comentar o futuro do maluco. Ratinho chegou na banca e ouviu os comentários sobre Geovas e disse que ele já tava vacilando e que roubara o botijão de gás da Dona Izé. Burgos se irritou e disse que não adiantava o Ratinho agitar encrenca, que ele tava a pampa e começou a falar muito nervoso, quase chorando. (Ferréz, Capão Redondo)

A partir da leitura do texto acima, analise as seguintes afirmações: I. O trecho de Patrícia Melo revela incompatibilidade entre a matéria narrativa e a escolha vocabular – dissonância que caracteriza a literatura brasileira dos anos de 1990. II. A narrativa em primeira pessoa reforça uma visão objetiva da realidade, ao mesmo tempo em que permite um mergulho profundo na psicologia da personagem. III. O fragmento pode servir como exemplo da exploração da temática violência que a literatura brasileira das ultimas décadas tem apresentado. IV. A violência é incorporada pela própria narrativa, na naturalidade com que a personagem relata seus crimes.

Assinale a alternativa incorreta a respeito do texto: a) O narrador se utiliza de uma linguagem que realça seu distancionamento da matéria narrada. b) tanto na temática quanto no plano do conteúdo, o texto apresenta um retrato da vida nas periferias de grandes cidades brasileiras. c) Embora predomine registro coloquial, existem exemplos de obediência à norma culta. d) A compreensão plena do texto requer certos conhecimentos do leitor, como o sentido de expressões como “fumar pedra”, “vacilando” e “a pampa” e) A linguagem sugere a proximidade do narrador em relação ao assunto de que trata.

Assinale a alternativa adequada: a) Estão corretas apenas as informações I e II. b) Estão corretas apenas as informações III e IV. c) Estão corretas apenas as afirmações II, III e IV. d) Todas as afirmações estão incorretas. e) Todas as afirmações estão corretas.

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Tipologia Textual – Parte II Descrição

cuidado em relação às colocações, pois também revela um pouco de seu temperamento, numa espécie de psicotécnico. Abaixo, um pequeno exemplo de texto dissertativo:

Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. A famosa canção Garota de Ipanema, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim é bastante descritiva, como mostra seus primeiros versos:

Mim Descobri que Arnaldo Antunes escreveu a letra de “Beija Eu”, a qual foi projetada na voz de Marisa Monte. O ex-titã se inspirou na fala de seu filho, que, sabiamente, fugia da norma culta para expressar a vontade de ser bem quisto. Me parece difícil pedir algo tão primitivamente subjetivo, preocupandose com regras. Somente as crianças são capazes de tamanha espontaneidade, pois sua sinceridade é por demais profunda e só consegue enxergar e demonstrar a essência das coisas. Minha filha, até alguns anos atrás, usava o “mim” em várias frases. Perguntava, por exemplo, “Tu ajuda em mim?” e “Tu brinca com mim?”. Penso que não pode haver nada mais essencial e sublime do que isso. Além do mais, é de grande sonoridade. Experimente comparar “Tu brinca com mim?” com “Tu brinca comigo?”. O “comigo” é muito mais seco do que o “mim”, cuja nasalização faz propagar e ecoar o som. Mas a musicalidade não é o mais importante nos barbarismos da minha filha. O trunfo maior da sua subversão gramatical é a forma como ela consegue ser plural em significados. Perguntar “Tu ajuda em mim?” é como querer saber se o interlocutor pode, não só ajudar você, mas também entrar na sua alma e comungar dos seus anseios/receios. O “mim” possibilita um passeio pelos sentidos, oblíquos ou não. Alguns adultos infantis, não suportando ouvir as colocações fora de ordem das crianças, corrigem implacavelmente. É o mesmo que acontece com alunos que são podados por professores quando escrevem, por exemplo,

Olha que coisa mais linda Mais cheia de graça É ela menina Que vem e que passa No doce balanço, a caminho do mar Moça do corpo dourado Do sol de Ipanema O seu balançado é mais que um poema É a coisa mais linda que eu já vi passar Ah, porque estou tão sozinho Ah, porque tudo é tão triste Ah, a beleza que existe A beleza que não é só minha Que também passa sozinha Ah, se ela soubesse Que quando ela passa O mundo inteirinho se enche de graça E fica mais lindo Por causa do amor Obs.: Normalmente, narração e descrição mesclamse nos textos; sendo difícil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos.

Dissertação Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de ideias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. É a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espécie de “raio-X” do candidato no tocante a suas opiniões. Nesse sentido, exige dos candidatos mais

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos Questão 2 Leia o texto a seguir:

uma composição. Os pequenos, assim como na fala, escrevem com uma linearidade que lhes é própria. As ideias parecem não fazer sentido. E não fazem mesmo, para quem está habituado a um mundo cartesianamente chato. Eu amo “mim”. E amo as crianças também. Pena que a licença poética delas dura tão pouco: rapidamente (des) aprendem o correto. É como ouvir a música “Beija Eu” em meio a uma aula de Reforma Ortográfica. Um lampejo de liberdade ante o mundo de regras que estão em volta. (Alencar Schueroff)

Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta ter dinheiro na mão. É imprescindível que o comprador seja frio, calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a emoção é um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim, por mais que se goste de uma casa, convém manter sempre um certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de emoção, isso poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão que quem compra para especular ou apenas para investir costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura de um lugar para morar.

Exercícios

Segundo o texto: a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os compradores, e vice-versa. b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando o comprador não está bem informado sobre o mercado de valores. c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas para quem pretende especular. d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença pode propiciar negócio mais vantajoso para o comprador. e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha gostado muito.

Questão 1 Parceria Reeditada “Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela “Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise Saraceni. Ela deverá voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de pedra”, nova novela das 18h”. (O Globo, 08/02/08) A opção que melhor justifica o título do texto é: a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em 1991. b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni. c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela “Felicidade” d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felicidade” e trabalhar novamente com ela em “Ciranda de pedra”. e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Manoel Carlos.

Questão03 Segundo o mesmo texto: a) Quanto maior a disponibilidade financeira do comprador, maior a probabilidade de sucesso no negócio imobiliário. b) Disponibilidade econômica não é o único fator que possibilita a realização de um bom negócio. c) O vendedor, por preferir negociar com investidores, desfavorece o comprador da casa própria. d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou para investimento. e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras para o investidor que para o especulador.

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Questão 4

Em vários momentos do texto, Rubem Braga utiliza longas enumerações cujos termos aparecem ligados pela conjunção E. Esse recurso tem a seguinte finalidade textual: a) trazer a ideia de riqueza da cidade, em sua ampla variedade; b) mostrar desagrado do autor diante da confusão reinante; c) indicar o motivo de a cidade ser ainda considerada “maravilhosa”; d) demonstrar simpatia pelo comércio popular; e) procurar dar maior dinamismo e vivacidade ao texto.

Cidade maravilhosa? Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos da natureza e de todas as servidões humanas. Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens. (Rubem Braga)

Questão 5 A Carta de Pero Vaz de Caminha De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. (In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações) A respeito do trecho da Carta de Caminha e de suas características textuais, é correto afirmar que: a) No texto, predominam características argumentativas e descritivas. b) O principal objetivo do texto é ilustrar experiências vividas através de uma narrativa fictícia. c) O relato das experiências vividas é feito com aspectos descritivos. d) A intenção principal do autor é fazer oposição aos fatos mencionados. e) O texto procura despertar a atenção do leitor para a mensagem através do uso predominante de uma linguagem figurada

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Estilo Individual e Estilo de Época O homem sofre influências do momento histórico em que vive, mas, simultaneamente, é capaz de ter uma postura pessoal, própria, individual frente a esse contexto social. Essa mesma escolha diante dos elementos da realidade também faz parte do processo de criação dos artistas em geral: do músico, do pintor, do escultor, do cineasta, do escritor. Em literatura, além de selecionar o tema, o assunto a ser abordado, o escritor escolhe e combina, entre as possibilidades de expressão da língua, as palavras que tecerão criativamente seu texto. A essa maneira pessoal do escritor de escolher e combinar as palavras dá-se o nome de estilo individual. Como todo ser humano, O escritor também recebe, influências.de sua época. Sua obra, portanto, contém elementos pertinentes ao momento em que vive; reflete os costumes, os gostos, os valores morais, religiosos, políticos e sociais. A essa semelhança entre os escritores de uma mesma época expressarem a realidade dá-se o nome de estilo de época. Observe, nos textos A e B, como se processa o estilo individual e o estilo de época.

Texto B Isso do corpo de Fraulein não ser perfeito, em nada enfraquece a história. Lhe dá mesmo certa honestidade espiritual e não provoca sonhos. E aliás, se renascente e perfeito, o idílio seria o mesmo. Fraulein não é bonita, não. Porém traços muito regulares, coloridos de cor real. E agora que se veste, a gente pode olhar com mais franqueza isso que fica de fora e ao mundo pertence, agrada, não agrada? Não se pinta, quase nem usa pó-de-arroz. A pele estica, discretamente polida com os arrancos da carne sã. O embate é cruento. Resiste a pele, o sangue se alastra pelo interior e Fraulein toda se roseia agradavelmente. (Mário de Andrade, Amar, verbo intransitivo.)

Você pôde observar, nos textos A e B, que o mesmo assunto, a mulher, foi tema de escritores que viveram em épocas diferentes. No texto A, a mulher aparece de forma idealizada. É vista como uma heroína, extremamente bonita, delicada, graciosa. Esse texto foi escrito no século XIX e essas características seguem a linha de produção literária dos escritores românticos. No texto B, a mulher aparece de uma forma mais objetiva. Ela deixa de ser encarada como a beleza personificada; passa a ter características positivas e negativas. Esse texto foi escrito no século XX. Essa descrição demonstra crítica frente à realidade, própria dos escritores modernos. Uma obra de arte literária só pode ser verdadeiramente compreendida e apreciada dentro do contexto histórico - social - econômico em que foi produzida. Se estudarmos a produção literária de uma certa época, verificaremos que existem procedimentos artísticos comuns e concepções de realidade semelhantes em certos grupos de escritores. Isto nos permite agrupá-los no que chamamos de Escolas Literárias ou Tendências de

Texto A Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão pelas matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. (José de Alencar, Iracema.)

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Época, o que muitas vezes nos ajuda a compreender melhor certas obras e ideias. Dessa forma, percebemos, em cada época, a concepção da realidade desses escritores e dessa época. As obras de arte literárias ficam como testemunhas das ideias que os homens fazem do mundo. A situação histórica e o contexto cultural deixam, muitas vezes, suas marcas nas obras literárias. Não podemos, no entanto, esperar encontrar as mesmas características em todos os autores. Em cada época podemos levantar os procedimentos artísticos mais frequentes e conteúdos que nos mostrem as semelhanças entre diversos autores. Ao identificarmos essas tendências entre os autores, delimitamos os diferentes períodos literários, isto é, os procedimentos artísticos e as concepções da realidade mais frequentes e comuns entre os artistas de uma determinada época. Essa divisão em períodos ou movimentos literários nos dá uma visão global da literatura e facilita o estudo de sua evolução. Vamos observar, a seguir, a lista de estilos de época da literatura brasileira:

As Escolas Literárias sucedem-se umas à outras numa relação de ruptura e/ou continuidade. Os elementos de ruptura estabelecem a diferença entre elas, enquanto os elementos de continuidade formam tradição. Assim, Escolas Literárias de épocas bem diferentes podem apresentar certas semelhanças que decorrem da influência que a tradição exerce. Há duas grandes tradições artísticas que se opõem, se alternam e se combinam na história da Literatura.

Exercícios Questão 1 O texto a seguir foi extraído de um romance brasileiro. A partir de sua leitura, é possível extrair traços que permitam identificar o estilo literário a que pertence. Assinale a alternativa que indique esses traços e a escola a que o trecho pode ser filiado. Caía a tarde No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça se embalançava indolentemente numa rede de palha presa aos ramos de uma acácia silvestre, que estremecendo deixava cair algumas de suas flores miúdas e perfumadas. Os grandes olhos azuis, meios cerrados, às vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz, e abaixavam de novo as pálpebras rosadas. Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite; o hálito doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. Sua tez(1), alva e pura como um froco(2) de algodão, tingia-se nas faces de uns longes(3) cor-de-rosa, que iam, desmaiando, morrer no colo de linhas suaves e delicadas. O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que é possível conceber; mistura de luxo e simplicidade. Tinha sobre o vestido brando de cassa(4) um ligeiro saiote de rico (5) azul apanhado à cintura por um broche; uma espécie de arminho(6) cor de pérola, feito com a penugem macia de certas aves, orlava(7)

Era colonial •• •• •• ••

Escritos de Formação* (séc. XVI) Escritos de Informação* (séc. XVI) Barroco (séc. XVII) Neoclassicismo (séc. XVIII)

Era nacional •• Romantismo (séc. XIX – Primeira metade) •• Realismo/Naturalismo/Parnasianismo (séc. XIX – Segunda metade) •• Simbolismo (fim do séc. XIX) •• Pré-Modernismo* (início do séc. XX) •• Modernismo (séc. XX) -- Primeiro momento -- Segundo momento -- Terceiro momento

* Não constituem Escolas Literárias

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos Assinale a alternativa incorreta a respeito do texto: a) Percebe-se no poema a exploração da sonoridade das palavras. b) O texto tem como tema as contradições do sentimento amoroso. c) A ausência de rimas reproduz a fala cotidiana. d) A linguagem do texto possui uma dimensão coloquial. e) A postura do eu lírico é marcada pela perplexidade.

o talho (8) e as mangas, fazendo realçar a alvura de seus ombros e o harmonioso contorno de seu braço arqueado sobre o seio. Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e caíam em volta do pescoço presos por uma presilha finíssima de fios de palha cor de ouro, feita com uma arte e perfeição admirável. A mãozinha afilada(9) brincava com um ramo de acácia que se curvava carregado de flores, e ao qual de vez em quando segurava-se para imprimir à rede uma doce oscilação.

Leia a letra de canção que segue, para responder às questões 03 e 04. O Pulso O pulso ainda pulsa. O pulso ainda pulsa. Peste bubônica, câncer, pneumonia, Raiva, rubéola, tuberculose, anemia, Rancor, cisticercose, caxumba, difteria, Encefalite, faringite, gripe, leucemia O pulso ainda pulsa (pulsa). O pulso ainda pulsa (pulsa). Hepatite, escarlatina, estupidez, paralisia, Toxoplasmose, sarampo, esquizofrenia, Úlcera, trombose, coqueluche, hipocondria, Sífilis, ciúmes, asma, cleptomania E o corpo ainda é pouco, E o corpo ainda é pouco, Reumatismo, raquitismo, cistite, disritmia, Hérnia, pediculose, tétano, hipocrisia, Brucelose, febre tifóide, arteriosclerose, miopia, Catapora, culpa, série, cãibra, lepra, afasia. O pulso ainda pulsa, O corpo ainda é pouco. Ainda pulsa (Arnaldo Antunes. Faixa 6 do CD Acústico MTV – Titãs de 1997)

Notas: (1) pele; (2) floco; (3) tonalidades suaves; (4) tecido fino (5) tecido de lã; (6) tipo de agasalho; (7) enfeitava; (8) corte (do vestido); (9) fina.

a) A sensualidade e animalização que se associam à personagem evidenciam traços naturalistas. b) A construção de uma imagem urbanizada e cosmopolita da figura feminina denuncia a estética modernista. c) A colocação da personagem apenas como pretexto para tratar de aspectos da natureza revela o neoclassicismo d) A imagem espiritualizada da mulher, de franca inspiração religiosa, aponta para a estática barroca. e) A descrição idealizada da mulher e seu envolvimento harmonioso com a natureza brasileira permitem aproximar a imagem do Romantismo. Questão 2

Questão 3 As enumerações da letra da canção: a) reforçam a dificuldade do pulso em continuar pulsando. b) são constituídas exclusivamente de moléstias infecciosas. c) englobam, sobretudo transtornos da natureza psiquiátrica. d) distinguem claramente os distúrbios do corpo e da alma. e) apenas reforçam o sentido da palavra “hipocondria”.

o amor, esse sufoco agora há pouco era muito, agora, apenas um sopro ah, troço de louco, corações trocando rosas, e socos (Paulo Leminski)

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Questão 4 O uso de “ainda” nos versos “O pulso ainda pulsa” e “O corpo ainda é pouco”: a) indica ações concluídas, que não voltarão a correr. b) pressupões que essas ações acontecerão indefinidamente. c) é equivalente ao emprego de apenas ou somente. d) sugere ações em curso, embora não necessariamente incessantes. e) remete a ações durativas, cuja finalidade é desconhecida.

Assinale a alternativa adequada: a) Estão corretas apenas as informações I e II. b) Estão corretas apenas as informações III e IV. c) Estão corretas apenas as afirmações II, III e IV. d) Todas as afirmações estão incorretas. e) Todas as afirmações estão corretas.

Anotações

Questão 5 “Bang. Bang. Bang. Acertei os três tiros, três latas de pomarola voaram, deram piruetas e caíram em cima do lixo. Fui até o muro, coloquei cinco garrafas, eu preferia garrafas, os cascos estilhaçando, eu gostava daquele barulho. Até matar o primeiro cara a gente pensa que existe essa história de aprender a matar. Aprender a matar é como aprender a morrer, um dia você morre e pronto. Ninguém aprende a matar. Isso é conversa furada de tira. Todo mundo nasce sabendo. Se você tem uma arma na mão, é isso, você já sabe tudo.” (Patrícia Melo, O matador. São Paulo, Companhia das Letras, 1995) A partir da leitura do texto acima, analise as seguintes afirmações: I. O trecho de Patrícia Melo revela incompatibilidade entre a matéria narrativa e a escolha vocabular – dissonância que caracteriza a literatura brasileira dos anos de 1990. II. A narrativa em primeira pessoa reforça uma visão objetiva da realidade, ao mesmo tempo em que permite um mergulho profundo na psicologia da personagem. III. O fragmento pode servir como exemplo da exploração da temática violência que a literatura brasileira das ultimas décadas tem apresentado. IV. A violência é incorporada pela própria narrativa, na naturalidade com que a personagem relata seus crimes.

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Trovadorismo Designa-se por Trovadorismo o período que engloba a produção literária de Portugal durante seus primeiros séculos de existência (séc. XII ao XV). No âmbito da poesia, a tônica são mesmo as Cantigas em suas modalidades; enquanto a prosa apresenta as Novelas de Cavalaria.

detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais, marcando bem a superioridade de uma sobre a outra. O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares Taveirós, provavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.

Contexto Histórico Momento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a cultura apresenta a religiosidade como elemento marcante. A vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valores religiosos e para a salvação da alma. O maior temor humano era a idéia do inferno que torna o ser medieval submisso à Igreja e seus representantes. São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso, essa época é chamada de Teocêntrica. As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes eram os

Características A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram origem ao nome deste estilo de época português. Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana. As cantigas eram cantadas no idioma galegoportuguês e dividem-se em dois tipos: líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e maldizer). Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial, pois formam a base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente, tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.

Líricas •• Cantigas de amor: Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e contatos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social superior, inatingível. Refletindo a relação social de servidão, o trovador roga a dama que aceite sua dedicação e submissão. O eu-lírico é masculino Trovadores medievais

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Exercícios

•• Cantigas de amigo: Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado (chamado “amigo”), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes, as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o caráter popular da cantiga de amigo. O eu-lírico é feminino

Questão 1 Estudar a literatura portuguesa medieval não significa simplesmente compreender o passado. O estudo das cantigas trovadorescas, por exemplo, permite-nos uma melhor compreensão da forma como se vê o amor também no século XX. Pixinguinha e João de Barro, em nosso século, produziram Carinhoso, uma canção muito conhecida: Meu coração, não sei por quê, Bate feliz quando te vê E os meus olhos ficam sorrindo E pelas ruas vão te seguindo Mas, mesmo assim, foges de mim. Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso E o muito, muito que te quero E como é sincero o meu amor Eu sei que tu não fugirias mais de mim.

Cantigas satíricas Aqui os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios. •• Cantigas de escárnio: crítica indireta e irônica. •• Cantigas de maldizer: crítica direta e mais grosseira. A prosa medieval retrata com mais detalhes o ambiente histórico-social desta época. A temática das novelas medievais está ligada à vida dos cavaleiros medievais e também à religião. A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura portuguesa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do Rei Artur em busca do cálice sagrado (Santo Graal). Este cálice conteria o sangue recolhido por José de Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Esta busca (demanda) é repleta de simbolismo religioso, e o valoroso cavaleiro Galaaz consegue o cálice.

Relacione a canção acima aos estudos sobre cantigas trovadorescas. A alternativa verdadeira é: a) Faz-se perceptível, na letra da canção, a ridicularização dos defeitos humanos, como o fato de a mulher estar fugindo de uma situação constrangedora, sendo o texto, portanto, uma cantiga satírica. b) Esta canção assemelha-se às cantigas medievais pelo tratamento dado ao objeto do amor e também porque, segundo a classificação das cantigas trovadescas, esta letra pode ser considerada uma cantiga de amigo, do tipo bailia. c) A postura do trovador diante da mulher amada coincide com o eu-lírico da canção: a mulher, que é facilmente conquistada, caracteriza esse texto como uma cantiga de amor.

Anotações

d) A mulher, no texto, sofre a coita amorosa, identificada na letra da música, pelas palavras foges e fugirias. e) A canção Carinhoso aproxima-se das cantigas trovadorescas pelo tratamento dado à mulher amada – uma mulher praticamente inatingível - bem como pela existência de uma melodia que acompanha a letra da música, o que também ocorria nas cantigas medievais.

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Questão 2

d) As cantigas satíricas perfazem cerca de uma quarta parte da poesia contida nos cancioneiros galegoportugueses. Isso revela que a liberdade da linguagem e a ausência de preconceito ou censura (institucional, estética ou pessoal) eram componentes da vida literária no período trovadoresco, antes de a repressão inquisitorial atirá-las à clandestinidade.

Atrás da porta Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei Eu te estranhei, me debrucei Sobre o teu corpo e duvidei E me arrastei, e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos Nos teus pelos, teu pijama Nos teus pés, ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei prá maldizer o nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua Até provar que ainda sou tua (Chico Buarque)

e) Algumas composições satíricas do Cancioneiro Geral e algumas cenas dos autos gilvicentinos revelam a sobrevivência, já bastante atenuada, da linguagem livre e da violência verbal dos antigos trovadores. Questão 4 (Vunesp-SP) Leia e observe com atenção a composição seguinte: “Ay flores, ay flores do verde pinho, se sabedes novas do meu amigo! ay Deus, e hu é*? Ay flores, ay flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! ay Deus, e hu é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu no que pôs comigo! ay Deus, e hu é? Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu no que me há jurado! ay Deus, e hu é?

Na canção “Atrás da porta” Chico Buarque nos remete as cantigas trovadorescas. Que tipo específica de cantiga ele nos remete? Justifique sua resposta. Questão 3 Assinale a afirmação falsa sobre as cantigas de escárnio e maldizer:

* Não constituem Escolas Literárias

a) A principal diferença entre as duas modalidades satíricas está na identificação ou não da pessoa atingida.

A composição anterior, parcialmente transcrita, pertence à lírica medieval da Península Ibérica. Ela tem autor desconhecido, arte poética própria e características definidas do lirismo trovadoresco, podendo-se ainda descobrir o nome pelo qual composições idênticas são conhecidas. Em uma das alternativas indicadas acham-se todos os elementos que correspondem a essas afirmações.

b) O elemento das cantigas de escárnio não é temático, nem está na condição de se omitir a identidade do ofendido. A distinção está no retórico do “equívoco”, da ambigüidade e da ironia, ausentes na cantiga de maldizer. c) Os alvos prediletos das cantigas satíricas eram os comportamentos sexuais (homossexualidade, adultério, padres e freiras libidinosos), as mulheres (soldadeiras, prostitutas, alcoviteiras e dissimuladas), os próprios poetas (trovadores e jograis eram freqüentemente ridicularizados), a avareza, a corrupção e a própria arte de trovar.

a) O autor é Paio Soares de Taveirós. Destacam-se o paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o refrão. O poeta pergunta pelo seu amigo.

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Questão 5 Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal. a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música. b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros. c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão. d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino. e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.

b) O autor é Nuno Fernandes Torneol. Destaca-se o refrão como interpelação à natureza. Trata-se de uma cantiga de amigo. c) O autor é el-rei D.Dinis. Destacam-se o paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o refrão. O poeta canta na voz de uma mulher e pergunta pelo amado, porque é uma cantiga de amigo. d) O autor é Fernando Pessoa. Destaca-se a alternância vocálica. Trata-se da teoria do fingimento, que já existia no lirismo medieval. e) O autor é Martim Codax. Destaca-se o ambiente campestre. O poeta espera que os pinheiros respondam à sua pergunta.

Anotações

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Humanismo O Humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado. Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes. Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu. Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos. O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza. As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus. Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas. É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.

•• Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião. “Auto da alma” e “Auto da barca do Inferno” (uma das mais importantes do dramaturgo) são alguns exemplos. •• Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano. “Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são algumas delas. Poesia Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época. O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros. Prosa Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos. Fernão Lopes foi o mais importante cronista (historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.

Exercícios HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO Questão 1 Leia o excerto abaixo, extraído da ultima cena do Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, e marque a alternativa correta sobre ele.

Algumas manifestações Teatro O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período. Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças. Sua obra pode ser dividida em dois blocos:

Anjo: Ó cavaleiros de Deus a vós estou esperando, por Cristo, Senhor dos Céus! Sois livres de todo mal, mártires da Madre Igreja, que quem morre em tal peleja merece paz eternal. a) A salvação dos cavaleiros, que são convidados pelo Anjo para irem ao Céu, ocorre porque eles morreram em lutas de expansão do cristianismo.

Ilustração da edição original do Auto da barca do Inferno

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b) Os versos em medida nova utilizados no texto apontam para as preocupações poéticas que o teatro de Gil Vicente possuía.

Com base nessas palavras e nos conhecimentos sobre o Humanismo, é correto afirmar: a) O Humanismo procura retratar a realidade de forma ingênua, revelando uma visão idealizada do mundo expressa pelo verso “casa, filha, e aproveite”.

c) Essa cena final do Auto da barca do inferno prova que o teatro vicentino, embora seja o precursor da literatura renascentista, ainda estava preso a convicções típicas do teocentrismo medieval (no caso, representado na salvação dos cavaleiros cristãos).

b) O fragmento citado trata o casamento como resultado de um envolvimento amoroso pleno. c) A leitura do fragmento confirma que o Humanismo, embora dirigido a um público palaciano, adota alguns padrões de discurso popular, como se observa nos quatro últimos versos.

d) O Anjo, no texto, não recebe nenhum tratamento alegórico, pois sua fala não está de acordo com os dogmas católicos. e) A “paz eternal” a que se refere o texto é uma ironia, pois os cavaleiros não tinham motivos para ir ao Céu.

d) O verso “Este é o certo caminho” indica o predomínio de uma visão idílica e idealizada em grande parte do discurso humanista.

Questão 2 Gil Vicente, autor representativo do Humanismo em Portugal (1), revela-nos, em sua obra lírica (2), uma ambivalência típica desse período (3): de um lado, a ideologia teocêntrica do mundo medieval (4); de outro, influenciado pelo antropocentrismo emergente (5), é o analista mordaz da sociedade portuguesa do século XVI. É essa ambivalência que o situa como autor de transição (6): entre o Humanismo e o Antropocentrismo (7). Dos fragmentos destacados:

e) O olhar humanista, no fragmento citado, imprime à união conjugal uma motivação sentimental. Tal postura suplanta o lirismo amoroso presente em algumas cantigas trovadorescas. Questão 4 Todo o Mundo: Folgo muito d’enganar e mentir nasceu comigo. Ninguém: Eu sempre verdade digo sem nunca me desviar. (Belzebu para Dinato) Belzebu: Ora escreve lá, compadre, Não sejas tu preguiçoso! Dinato: Quê? Belzebu: Que Todo o Mundo é mentiroso E Ninguém diz a verdade.

a) todos estão corretos. b) todos estão incorretos. c) apenas 4 e 5 estão incorretos. d) apenas 2 e 7 estão incorretos. e) apenas 2, 5 e 7 estão incorretos. Questão 3 Não queiras ser tão senhora: casa, filha, e aproveite; não percas a ocasião. Queres casar por prazer no tempo de agora, Inês? (...) sempre eu ouvi dizer: Ou seja sapo ou sapinho, ou marido ou maridinho, tenha o que houver posses Este é o certo caminho. (Gil Vicente. Farça de Inês Pereira)

(FUVEST-SP) O texto afirma que: a) todo o mundo é mentiroso. b) Ninguém é mentiroso. c) Todo o mundo diz a verdade. d) ninguém diz a verdade. e) Todo o Mundo é mentiroso.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos

Questão 5 Leia o trecho abaixo, extraído do Auto da barca do Inferno, de Gil Vicente, e assinale a alternativa incorreta. a) Na fala “Senhor, a vosso serviço”, o Diabo está demonstrando gentileza para com o fidalgo, afinal, está recebendo em sua barca um nobre.

Fidalgo: Esta barca onde vai ora, Que assi está percebida? (aparelhada) Diabo: Vai pera a ilha perdida, E há de partir logo essora. (agora mesmo) Fidalgo: Pera lá vai a senhora! Diabo: Senhor, a vosso serviço. Fidalgo: Parece-me isso cortiço. Diabo: Porque a vedes lá de fora. Fidalgo: Porém a que terra passais? Diabo: Para o Inferno, senhor. Fidalgo: Terra é bem sem sabor. Diabo: Quê! E também cá zombais? Fidalgo: E passageiros achais Pera tal habitação? Diabo: Vejo-vos eu em feição Pera ir ao nosso cais. Fidalgo: Parece-te a ti assi? Diabo: Em que esperas ter guarida? Fidalgo: Que deixo na outra vida Quem reze sempre por mi. Diabo: Quem reze sempre por ti? Hi hi hi hi hi hi hi E tu viveste a teu prazer, Cuidando cá guarecer, (salvar-se) Porque rezam lá por ti? Embarca, ou embarcai. Que haveis de ir à derradeira. Mandai meter a cadeira, Que assi passou vosso pai.

b) Na fala “Quê! E também cá zombais?”, o Diabo faz referência à arrogância do fidalgo. c) O Diabo ironiza a presunção do fidalgo, que acredita que obterá a salvação eterna porque deixou na Terra quem rezasse por sua alma, desmistificando a ideia bastante propalada de que rezar pelos mortos garante a eles o reino dos céus. d) O Diabo alterna as formas de tratamento (“Embarca, ou embarcai”) para deixar claro que, depois da morte (na “hora da verdade”), a distinção de classe ou de hierarquia social não tem valor. e) O fidalgo carrega uma cadeira, pois pretende continuar recebendo, depois da morte, o mesmo tratamento distinto. A cadeira simboliza, portanto, o seu elevado status social e a sua presunção.

Anotações

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos

Classicismo mais significativa é Os Lusíadas. Assim como citado acima, Camões foi de grande importância para a cultura classicista. Mas também vale ressaltar os nomes de Dante Alighieri, Petrarca e Boccacio. Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael Sanzio, Andrea Mantegna, Claudio de Lorena entre outros, são nomes ilustríssimos das artes plásticas do classicismo. Já do Neoclassicismo são Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn, Ludwig van Beethoven. Vale deixar claro que essa cultura classicista formou-se duas grandes manifestações classicistas da Idade Moderna europeia são o Renascimento e o Neoclassicismo. •• Renascimento: redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. •• Neoclassicismo: Também tem o interesse da Antiguidade clássica, porém surge com uma ideias iluministas; pode-se também perceber conotações políticas com valores bem fortes como: honra, dever e heroísmo. O Classicismo chegou ao fim em 1580 com a passagem de Portugal ao domínio espanhol e também com a morte de seu maior representante, Camões.

O Classicismo trata-se de uma corrente artística que supervaloriza as antiguidades, ou melhor, da Antiguidade Clássica, resgatando elementos artísticos dessa cultura, num período de grandes transformações culturais, políticas e econômicas.

Características Gerais Tem-se como característica principal exatamente a valorização dos aspectos culturais e filosóficos da cultura das antigas Grécia e Roma. Além desta, confira as demais características: 1. Influência do humanismo. 2. O homem como centro do universo: antropocentrismo. 3. Críticas as visões do mundo voltadas à religião. 4. Racionalismo. 5. Busca pelo equilíbrio. 6. Universalismo. 7. Paganismo. 8. Neoplatonismo 9. Perfeição formal: métrica, rima, correção gramatical, tudo isso passa a ser motivo de atenção e preocupação

Luís Vaz de Camões Viveu entre 1525 e 1580. Poeta português nascido, provavelmente, em Lisboa, considerado o maior de todos, que consolidou a língua portuguesa e conferiu-lhe amplitude, aptidão e maleabilidade capazes de abarcar motivos de significado nacional e universal ao mesmo tempo. De origem humilde, mas que frequentava a corte ou ocupava cargos importantes, como um tio que era prior do mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, conseguiu estudar em Coimbra e adquiriu uma vasta cultura. Serviu a coroa portuguesa como militar. Em um combate no Marrocos, perdeu o olho direito. Já como poeta consagrado, após o indulto de D. João III, iniciou viagens (1553) por várias partes do

Parthenon, na Grécia Na Música: O Classicismo era possível ser percebido através das músicas clássica e erudita. Na Literatura: Camões, principal escritor português da corrente, contribuiu muito para que o movimento se tornasse tão importante. Sua obra

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos A poesia lírica de Camões A obra lírica de Camões é constituída por poemas feitos em medida velha e em medida nova. A medida velha obedece a poesia de tradição popular, as redondilhas, de 5 ou 7 sílabas (menor ou maior, respectivamente). São composições com um tema. Os poemas em medida nova são formas poéticas ligadas a tradição clássica. São eles: •• Sonetos (composições poéticas de 14 versos, distribuídas em dois quartetos e dois tercetos); •• Éclogas (poesia em forma de diálogo, com tema pastoril); •• Elegias (composições que expressam tristeza); •• Canções (composições curtas); •• Oitavas (poemas com as estrofes de 8 versos); •• Sextinas (poemas com as estrofes de 6 versos). A seguir, o famoso soneto Alma minha gentil, que te partiste:

Luís Vaz de Camões mundo oriental, como Goa, China, Malásia, Vietnam e, finalmente, Moçambique. Com os originais de Os lusíadas prontos, mas totalmente sem recursos, com o favor de amigos, especialmente Diogo do Couto, regressou a Lisboa (1569) para tentar sua publicação. A Inquisição lhe outorgou uma licença requerida (1571) e a obra, depois de censurada, teve sua primeira edição (1572). Além de Os lusíadas, só três ou quatro de seus poemas foram publicados durante sua vida. A maior parte da obra lírica, tal como os autos e as cartas, permaneceu inédita durante sua vida sendo recuperada por pesquisadores de sua obra. Nas poucas cartas que sobreviveram das muitas escritas por ele, numa descreve a vida social de Lisboa, seus costumes e pecados. Com ironia ácida, ataca a hipocrisia das relações mundanas e as contrapõe às doçuras da vida no campo, de onde o amigo escrevera. Morreu em Lisboa e seus restos mortais desapareceram.

Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta sida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou

Anotações

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos Literários e Artísticos

Exercícios

Questão 5 O que a indagação final revela?

Leia o texto a seguir, de Camões. Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer;

Anotações

É um não querer mais que bem querer; é solitário andar por entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Questão 1 O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente presente. a) “Amor é fogo que arde sem se ver.” b) “É um contentamento descontente.” c) “É servir a quem se vence, o vencedor.” d) “Mas como causar pode seu favor.” e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?” Questão 2 O poema pode ser considerado como um texto: a) argumentativo. b) narrativo. c) épico. d) de propaganda. e) teatral. Questão 3 É um exemplo de medida nova ou medida velha? Por quê? Questão 4 Qual a figura de linguagem presente em todo o poema e por que ela foi utilizada?

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês

Polissemia e Interdiscursividade 2. O que o texto apresenta como falha dos governantes em relação ao cuidado do meio ambiente?

3. As grandes empresas têm ajudado na conservação do planeta? Por quê? There are some species in the world which are in risk of extinction. According to the WWF (World Wild Foundation1), about 300 species are exhausted2 in rainforests each year. There is lack3 of responsibility of population and the government, which doesn’t usually stimulate the conservation of our environment4.

4. Traduza ou explique em português o seguinte trecho do texto:

There are some NGOs5 that try to motivate the protection of our world, but, at the same time, there are big industries that do not take this issue6 seriously.

“There are some species in the world which are in risk of extinction.”

Vocabulary 1. World Wild Foundation – 2. Exhausted –

Grammar in use

3. Lack – 4. Environment –

There + to be

5. NGO (Non-Governmental Organization) – 6. Issue –

Questions on the text Responda em português de acordo com o texto:

Singular

Plural

Present

THERE IS

THERE WAS

Past

THERE ARE

THERE WERE

Examples: There is a girl near the door.

1. Quantas espécies são extintas ao ano nas florestas tropicais, de acordo com os dados da WWF?

There are five tickets for the show in my hands. There was a car in front of our house yesterday. There were some people at the party last week.

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Complete these sentences with THERE IS, THERE WAS, THERE WERE:

Exercícios

1. ________ AN ENGLISH test at school today.

Questão 1

2. ________ SOME QUESTIONS about prepositions.

Na oração “According to the WWF (World Wild Foundation1), about 300 species are exhausted in rainforests each year.”, a palavra em negrito significa, em português:

3. ________ A PARTY at Paul’s house LAST WEEK. 4. ________ TEN BOYS and five girls at the club LAST SUNDAY.

a) cansadas

5. ________ A FRENCH BOOK on the table NOW.

c) extintas

b) acamadas d) descobertas

6. ________ A GAME on TV LAST NIGHT.

e) relacionadas

7. ________ TWELVE STUDENTS at the library YESTERDAY.

Questão 2

8. ________ A CAR here two hours AGO.

A melhor tadução em português para o termo “political issues”é:

9. ________ A SANDWICH in the fridge. It is a cheese sandwich.

a) dívidas políticas

10. ________ SOME CHILDREN on the street at 3 o’clock YESTERDAY.

b) questões políticas c) razões políticas d) esquemas políticos

Try to say it very fast:

e) reações políticas

Questão 3

“There were three witches who sat watching three watches. If three witches were watching three watches, which witch was watching each watch?”

___________ ten dollars in her pocket last night. Choose the best alternative to complete the sentence above: a) There was b) There are

Traduza ou explique em português o seguinte trecho do texto:

c) There is d) There were

“There is lack of responsibility of population and the government, which doesn’t usually stimulate the conservation of our environment.”

e) There to be

Questão 4 I believe ___________ lack of responsibility from population that year. a) there was b) there to be c) there are d) there is e) there wer

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Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês Questão 5 Marque as orações que estão gramaticalmente corretas: 01. There were five dollars in his pocket yesterday. 02. There was some boys on the street. 04. There are beautiful girls in our classroom. 08. There is a tall man in front of our house now. 16. There were some cheese in my sandwich. 32. There was a teacher who lived here some years ago.

Anexos Material Complementar Alguns exercícios complementares e informações sobre os assuntos discutidos em aula você pode encontrar nos seguinte link: http://www.englishselftaught.blogspot.com. br/2008/01/verb-there-to-bepresent-tense.html

Aconselho, também, a visitar a seguinte página da WEB para melhor conhecimento de textos acerca do assunto relacionado à essa aula: http://www.planetsave.com/

Anotações

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês

Unidade de Linguagem em Uso e Textualidade: Coerência/Coesão

Disponível em: http://www.comics.com/creators/wizardofid

Vocabulary 1. meaning – That's

2. earlier –

my

3. later –

baby

4. development – 5. is (to be) able to – 6. for instance –

When I see my daughter Suzan trying to say her first words, I feel very comfortable to understand the real meaning1 of the miracle of life. I know that there are babies who begin talking much earlier2, as there are ones who start it later3, but my wife and I are happy with her development4. Now, she is able to5 look at us and say, in a clear but still infant pronounce, the words “mom” and “daddy”. When she sees, for instance6, a glass of water, she would stretch out7 her arms and say “please”, showing that she wants it.

7. to stretch out – 8. to consider – 9. bring – 10. joy –

Questions on the text Responda ás seguintes questões de acordo com o texto: 1. O pronome us sublinhado no texto refere-se:

It is important to observe that we always stimulate her to communicate. Parents should consider8 it when their kids are in their first phase of life.

a) a Suzan b) ao autor do texto

A baby always brings9 new joy10 to a family home. More than that, a baby can show everybody how communication begins early in life and how interesting and intelligent this process is.

c) ao autor do texto e sua esposa d) ao bebê e) a família

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês Grammar in use

2. It é um pronome pessoal (objective pronoun) e, no texto, substitui:

Personal pronouns

a) the baby

Subjective Case

Objective Case

c) mom

I

You

d) daddy

You

You

He

Him

She

Her

It

It

We

Us

a) mom

You

You

b) daddy

They

Them

b) a glass of water

e) development 3. Em “It is important to observe that we always stimulate her to communicate”, a quem se refere o pronome sublinhado?

c) home d) Suzan

O SUBJECTIVE PRONOUN age sobre o verbo, ou seja, funciona como sujeito da oração.

e) the parents

Sally wants to visit her cousin in Paris next week. 4. According to the text, “When I see my daughter Suzan trying to say her first words, I:

She Researchers develop new vaccines.

a) feel enormously content to comprehend the real significance of the miracle of life.

They

b) believe she can do more than that.

O OBJECTIVE PRONOUN recebe a ação do verbo, ou seja, funciona como objeto da oração.

c) understand my wife better. d) feel unhappy to misunderstand the words she says.

Mr. Myers always takes care of the dogs. them

e) try to help her to pronounce the words correctly.

We prefer to help Tina. her

5. A oração “…a baby can show everybody how communication begins early in life..” significa, em português:

Substitute the following underlined nouns into subjective or objective pronouns:

a) os bebês sempre dão um show quando tentam se comunicar.

1. Mary prefers to talk to Joe.

b) um bebê pode mostrar todo mundo quando se comunica no início da vida. c) um bebê pode mostrar a todos como a comunicação principia-se no início da vida.

2. The children are playing tennis with father.

d) bebês sempre se comunicam no início da vida. e) um bebê pode iniciar sua comunicação com todos ao mesmo tempo.

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês Questão 3

3. Mary and I want to show Tom and Sally the new house.

____ and ____ can work together. a) You and me b) You and I

4. I will buy a book this afternoon. The book is about history.

c) He and Them d) You and Her e) She and us

5. Aunt Polly doesn’t have to worry now. The dogs are sleeping.

Questão 4 He is able to speak to ______. a) we b) they

6. Can you help me to clean these chairs?

c) he d) us e) I

Questão 5

Exercícios

John is a student in England. ____ likes to travel a lot.

Choose the correct alternatives or proposition(s):

a) He b) Him

Questão 1

c) She

There are some boats on the river now. _____ are all fishing boats.

d) e)

a) Them

f) It

b) It

g) Us

c) He d) They e) Its

Anexos

Questão 2

Material Complementar

Tom and Peggy are very good friends. There’s nothing wrong between _____ and _____.

Visite o link: http://www.englisch-hilfen.de/en/exercises/ pronouns/personal_pronouns.htm

a) him and she b) he and her c) they and them d) he and she e) him and her

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês

Unidade de Linguagem em Uso e Textualidade: Coerência/Coesão

Disponível em: http/www.comics.com/peanuts

Reading 2. O trecho “when I look at myself - I see my soul” do poema acima pode ser traduzido, em português, por:

"When I look in the mirror1 - I see myself. when I look at myself - I see my soul2. when I look at my soul - I see the sky. When I look at the sky - I see myself."

a) Quando me canso, canso minha alma. b) Sempre que me olho, esqueço-me de minha alma.

Extracted from: www.queendom.com/mindgames

c) Ao olhar minha alma, vejo meu filho. d) Quando olho para mim mesmo, vejo minha alma.

Myself (My*self”) (?), pron.; pl. Ourselves (¿). I or me in person; -- used for emphasis, my own self or person; as I myself will do it; I have done it myself; -- used also instead of me, as the object of the first person of a reflexive verb, without emphasis; as, I will defend myself. (-- reflexive pron. --)

e) Minha alma é vista por mim mesmo.

Grammar in use Possessive Adjective

Possessive

I

My

Mine

You

Your

Yours

He

His

His

She

Her

Hers

It

Its

Its

One

One's

One's

Vocabulary 1. Mirror 2. soul -

Questions on the text 1. De acordo com o texto, o autor do poema acima: a) Prefere não olhar para o espelho. b) Vê sua própria alma através das estrelas. c) Acredita que pode ver também sua própria alma quando se vê no espelho.

We

Our

Ours

You

your

Yours

d) Enxerga o céu através do espelho de seu quarto.

They

Their

Theirs

e) Acredita que sua própria alma reflete o espelho.

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês

Veja estes exemplos:

I – Use the possessive adjective or possessive pronouns to complete the sentences below:

My car is blue; yours is white. I believe Glenda is here tonight. That’s her coat.

1. Mrs. Sutlive is here now. That is ____ coat.

I have my money and she has hers.

2. I have _____ own dream and you have ____. 3. We are sorry, but these are not ____ books. 4. They introduced to us some friends of ______ last night.

Atenção: One of my friends = A friend of mine.

5. I know Jack and Sally; his house is on Wayne Street and _____ is out of town.

Reflexive or Emphasizing Pronouns

II – Complete the following sentences using the reflexive or emphasizing pronouns:

Subjective

Reflexive

I

Myself

You

Yourself

He

Himself

2. We should protect ______ against pollution in big cities.

She

Herself

3. I ______ want to be the first to help Sally.

It

Itself

One

Oneself

We

Ourselves

You

Yourselves

They

Themselves

1. The little girl always looks at ______ in the mirror after she wakes up.

4. “Come on, Peggy and Nancy! You need to put _____ in my situation to understand me.” 5. The boys will have to do everything by ________.

Exercícios Questão 1

O REFEXIVE (EMPHASIZING) PRONOUN pode ser usado nas seguintes situações:

I take _____ English classes on Mondays and Tuesdays. ____ kids have ______ on Saturdays.

1 – Para dar ênfase ao sujeito:

a) my – Ours – his

I myself need some more rest.

b) my – Our – theirs

The car itself is good, but the price is not.

c) my – Our – hers d) mine – Ours – theirs

2 – Quando a ação retorna ao sujeito:

e) mine – Ours – their

I cut myself shaving this morning.

Questão 2

The man looks at himself in the mirror.

VUNESP As a tool, the computer assists ___________ to perform a lot of activities.

3 – Para indicar “sozinho” ou “sem ajuda” (neste caso, precedidos pela preposição BY):

a) we b) us c) ourselves d) they e) to us

We will do the exercises by ourselves. I don’t want to go anywhere. I want to be by myself tonight.

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês Questão 3

I - Could you tell ____ what has happened in the pub?

PUCPR Have you seen Patrick? I would like to talk to

II - His uncle gave ____ the money to set up his new business.

________ as soon as possible. I’m quite sure I’ve left my glasses in the car.

III - It was kind of you to let me borrow ____ computer.

I must have left ________ there the day before

IV - She ignored ____ father’s warning and jumped into the swimming pool.

yesterday. If you see Rachel, tell ________ to give ________ a

V - Just a minute, I’m going to hang ____ jacket in the wardrobe.

call. I guess the book over there is ________.

a) I – me; II – him; III – your; IV – her; V - my

________ is over here.

b) I – them; II – her; III – your; IV – her; V – yours a) him - them - her - me - yours - mine

c) I – him; II – them; III – his; IV – its; V – mine

b) his - them - her - mine - your - my

d) I – her; II – us; III – their; IV – our; V – yours

c) him - them - her - me - your - my

e) I – us; II – his; III – her; IV – his; V – him

d) his - their - she - me - yours - mine e) him - their - she - mine - yours – mine

Questão 4

Anexos

Have you seen Patrick? I would like to talk to________ as soon as possible. I’m quite sure I’ve left my glasses in the car. I must have left ________ there the day before yesterday.

Material Complementar

If you see Rachel, tell ________ to give ________ a call.

Responda o questionário abaixo revelando as preferências, gostos, etc, para que possa conhecer “yourself” melhor:

A portrait of myself.

I guess the book over there is ________. ________ is over here. a) him - them - her - me - yours - mine b) his - them - her - mine - your - my c) him - them - her - me - your - my d) his - their - she - me - yours - mine e) him - their - she - mine - yours – mine

Questão 5 PUCC Which option contains the correct use of the pronouns?

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` Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conhecimentos da Língua Estrangeira Moderna / Inglês Anotações

- I like sport practicing. YES ( ) NO ( ) - I have a boy-friend/girlfriend. YES ( ) NO ( ) - I study more than two hours day. YES ( ) NO ( ) - I read, at least*, five books a year. YES ( ) NO ( ) - I hate to do activities by myself. YES ( ) NO ( ) - I like to talk to people. YES ( ) NO ( ) - I like outdoor activities. YES ( ) NO ( ) - I am an altruist person. YES ( ) NO ( ) * at least – no mínimo

Answers: If most (or all) of your answers are “YES”, then you are probably an extrovert person and like to be with friends, but if you answered “NO” for most questions, then perhaps(1) you are a little shy(2) or prefer to spend some time(3) with yourself. No matter what(4) you answered to the questions above, you should(5) always say “YES” for the topic “I read, at least, five books a year.”, ok? (1) perhaps - talvez (2) shy – tímido (3) to spend some time – passer algum tempo (4) No matter what – Não importa o que (5) should - deveria

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Redação

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Redação

Mãe

o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu correndo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia. Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspera, e o casal ouvia, muito interessado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quando a Mãe se ergueu de repente: — E o Joãozinho? Os três olharam em todas as direções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreensivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe. — Joãozinho! O pai levantou-se, foi lá, não era. Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele. — Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando comigo, depois ele sumiu. A Mãe, que viera correndo, interpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garoto, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo braço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?". — Acho que entrou... ou então foi-se embora. De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um segundo cada um daqueles meninos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou parada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um menino estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasinho, o mar o levou, o corpinho só apareceu

(Crônica dedicada ao Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico) Rubem Braga O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas; o pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol. Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contribuição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte. Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungando, mas logo voltou a se interessar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mundana — "que vestido horroroso o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento vamos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente: — Cadê Joãozinho? O outro menino, interpelado, informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior. — Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta! O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era preciso: — O menino tem OITO anos, Maria! — OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse! E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho. — Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada. Talvez a sombra do medo tivesse ganho também

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Questão 02 No trecho “O menino e seu amiguinho brincavam nas primeiras espumas”, a expressão destacada dá a entender que as crianças brincavam (A) na parte mais alta das ondas. (B) na parte rasa do mar. (C) só com a espuma que as ondas produziam. (D) na areia,longe da água.

cinco dias depois, aqui nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!". Banhistas distraídos foram interrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ridículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpados — "Joãozinho !" — ela mesma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trêmulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho !" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele ficasse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado! O pai e o amigo voltaram a sentar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sentiu que a tempestade estava passando fez o comentário em voz baixa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais: — Mãe é chaaata... Maio, 1953 Disponível em: http://www.releituras.com/ rubembraga_pavao.asp 07/04/2012,

Questão 03 O texto trata PRINCIPALMENTE (A) da preocupação de uma mãe com a moda na praia. (B) da despreocupação geral dos homens na criação dos filhos. (C) da preocupação de uma mãe em relação ao filho. (D) do perigo de se ir comprar sorvete em uma praia. Questão 04 No texto, pode-se perceber que (A) o pai e a mãe chegam ao mesmo tempo na praia. (B) o pai e o amigo chegam ao mesmo tempo na praia. (C) a mãe chega depois do pai na praia. (D) o menino chega antes dos pais na praia. Questão 05 No trecho “mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atravessar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada”, a expressão em destaque significa

Exercícios

(A) sandália que se prende ao pé por tiras de couro ou de pano.

Questão 01 O texto tem como subtítulo “Crônica dedicada ao Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico” porque

(B) roupa que se veste sobre a roupa de banho. (C) adereços decorativos especiais só para quem vai às praias que têm areias fofas e escaldantes.

(A) não é legal fazer uma crônica sobre mães que vão à praia de maiô.

(D) sapato social que havia sido deixado ao lado da cadeira de praia.

(B) no final da história, embora o menino tenha entendido a preocupação da mãe, o pai não gostou da reação dela.

Questão 06 Da leitura do texto depreende-se que: (A) não se deve levar crianças à praia. (B) as pessoas nunca prestam atenção aos filhos na praia. (C) pais costumam ignorar a existência dos filhos. (D) mães tendem a exagerar na reação quando imaginam problemas com os filhos.

(C) não se espera que um texto em homenagem ao dia das Mães termine por uma qualificar uma delas como “chata”. (D) o menino queria de volta o sorvete que a mãe tirara dele.

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O Pavão

Exercícios

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. Rio, novembro, 1958 Disponível em: http://www.releituras.com/ rubembraga_pavao.asp 07/04/2012

(A) descreve cientificamente uma ave bem grande.

Poeminha Sentimental

(A) das andorinhas que existem nas grandes cidades e pousam nos fios de luz.

Questão 01 O primeiro texto apresentado tem como título O Pavão porque

Rubem Braga

(B) descreve como ser um grande artista. (C) diz que o amor é igual a um pavão, cheio de água e brilho.. (D) compara o amor e a arte com a simplicidade expressa no esplendor das cores de um pavão. Questão 02 No trecho “O pavão é um arco-íris de plumas”, pode-se entender que (A) o arco-íris é uma espécie de pavão. (B) o autor utiliza o sentido real, denotativo, das palavras. (C) o pavão é um arco-íris disfarçado com plumas. (D) o autor utiliza o sentido figurado, conotativo, das palavras. Questão 03 O texto 2 trata PRINCIPALMENTE

(B) da despreocupação das andorinhas ao pousarem nos fios das estradas. (C) da comparação entre o amor do poeta e um fio telegráfico onde andorinhas podem pousar.

Mario Quintana

(D) do fato do poeta jamais ter amado de verdade, por isso a dor da perda das andorinhas.

O meu amor, o meu amor, Maria É como um fio telegráfico da estrada Aonde vêm pousar as andorinhas... De vez em quando chega uma E canta (Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!) Canta e vai-se embora Outra, nem isso, Mal chega, vai-se embora. A última que passou Limitou-se a fazer cocô No meu pobre fio de vida! No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo: As andorinhas é que mudam.

Questão 04) No texto 2, pode-se perceber que (A) o poeta não sabe se realmente andorinhas podem cantar. (B) da preocupação do poeta em fazer ficar sobre o fio telegráfico cada andorinha que aparece, mesmo que seja para fazer cocô na estrada. (C) toda andorinha que pousa no fio telegráfico canta e vai embora. (D) o poeta está contando a Maria o que lhe aconteceu ao passar sob um fio telegráfico na estrada.

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Questão 05 Os dois textos apresentados têm em comum (A) a maneira de se expressar no espaço da folha de papel, ambos se utilizam da prosa. (B) a maneira de se expressar no espaço da folha de papel, ambos se utilizam da poesia. (C) a temática do amor. (D) o fato de tratarem denotativamente sobre aves, embora o pavão seja grande e as andorinhas pequenas.

Anotações

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Tintim

para “triz”. Substantivo feminino. Popular. “Icterícia.” Triz quer dizer icterícia. Ou teremos que mudar todas as nossas teorias sobre o Universo ou teremos que mudar de assunto. Acho melhor mudar de assunto. O Universo já tem problemas demais.

Durante alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema métrico, como a braça, a légua, etc. Outro mistério era o triz. Qual a exata definição de um triz? É uma subdivisão de tempo ou de espaço. As coisas deixam de acontecer por um triz, por uma fração de segundo ou de milímetro. Mas que fração? O triz talvez correspondesse a meio tintim, ou o tintim a um décimo de triz. Tanto o tintim quanto o triz pertenceriam ao obscuro mundo das microcoisas. Há quem diga que não existe uma fração mínima de matéria, que tudo pode ser dividido e subdividido. Assim como existe o infinito para fora - isto é, o espaço sem fim, depois que o Universo acaba - existiria o infinito para dentro. A menor fração da menor partícula do último átomo ainda seria formada por dois trizes, e cada triz por dois tintins, e cada tintim por dois trizes, e assim por diante, até a loucura. Descobri, finalmente, o que significa tintim. É verdade que, se tivesse me dado o trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado tanto. Mas o óbvio, às vezes, é a última coisa que nos ocorre. Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas. Originalmente, portanto, “tintim por tintim” indicava um pagamento feito minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil, tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito. Tintim por tintim. A menina muito dada namoraria sim-sim por sim-sim. O gordo incontrolável progrediria pela vida quindim por quindim. O telespectador habitual viveria plim-plim por plimplim. E você e eu vamos ganhando nosso salário tin por tin (olha aí, a inflação já levou dois tins). Resolvido o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria, resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. “Triz”, diz ele, significa por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos algarismos, vírgulas, zeros, definições

Sexa - Pai... - Hmmmm? - Como é o feminino de sexo? - O quê? - O feminino de sexo. - Não tem. - Sexo não tem feminino? - Não. - Só tem sexo masculino? - É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino. - E como é o feminino de sexo? - Não tem feminino. Sexo é sempre masculino. - Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino... - O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino. - Não devia ser "a sexa"? - Não. - Por que não? - Porque não! Desculpe, porque não. "Sexo" é sempre masculino. - O sexo da mulher é masculino? - Sexo mesmo. Igual ao do homem. - O sexo da mulher é igual ao do homem? - É. Quer dizer... Olha aqui: tem sexo masculino e o sexo feminino, certo? - Certo. - São duas coisas diferentes. - Então como é o feminino de sexo? - É igual ao masculino. - Mas não são diferentes? - Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra. - Mas então não muda o sexo. É sempre masculino. - A palavra é masculina.

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(D) o fato de tratarem denotativamente o significado de estrangeirismos na língua portuguesa.

- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculino seria "o pal..." - Chega! Vai brincar, vai... O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta: - Temos que ficar de olho nesse guri... - Por quê? - Ele só pensa em gramática...

Questão 04 No texto 1, pode-se perceber que (A) há uma referência a um célebre dicionário brasileiro. (B) embora o autor brinque bastante e seja agradável, termina-se a leitura da crônica sem saber o que significa o vocábulo tintim.

Exercícios

(C) o autor nos informa que, na verdade, triz significa muito doente, gravemente infectado por icterícia..

Questão 01 O primeiro texto apresentado tem como título Tintim porque

(D) pode-se perceber uma seriedade bastante grande tanto no trato com as palavras como com a ideologia política expressa no texto.

(A) descreve cientificamente a sonoridade produzido pelo barulho de moedas se chocando.

Questão 05 No texto 2, pode-se perceber que

(B) brinca com a possibilidade de significado de uma palavra estrangeira.

(A) o Pai irrita-se facilmente com o menino porque o filho não quer ler a gramática.

(C) tenta desvendar a relação de oposição que os vocábulos tintim e triz mantêm entre si.

(B) a mãe concorda com o filho quanto ao gênero da palavra sexo.

(D) brinca com a possibilidade de significado de uma palavra da língua portuguesa formada por imitação de som.

(C) o filho sabe que o Pai jamais poderia responder-lhe qualquer coisa, porque não lia a gramática.

Questão 02 O segundo texto apresentado tem como título Sexa porque

(D) o filho apresenta dúvida sobre o gênero da palavra sexo.

(A) o Pai achava que só existia sexo feminino.

Anotações

(B) o filho achava que o feminino de sexo deveria ser sexa. (C) o Pai acreditava que sexa não deveria existir porque mulheres não deveriam ter sexo. (D) para o Pai, o filho não entendia nada de sexo, ainda era criança. Questão 03 Os dois textos apresentados têm em comum (A) o fato de crianças pensarem diferente de adultos. (B) a temática das palavras diferentes que não nos são explicadas em sala de aula. (C) a temática das curiosidades da língua portuguesa.

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Redação

Segurança

Mas os assaltos continuaram. Foi reforçada a guarda. Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos. E ninguém pode sair. Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua. Mas surgiu outro problema. As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade. A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as mais belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados1. Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas. Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês. Mas os assaltos continuaram. Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar. Mas os assaltos continuaram. Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram engradadas. Mas os assaltos continuaram. Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.

Exercícios Questão 01 O texto tem como título Segurança porque (A) a temática do texto é a falta de segurança nas grandes cidades, onde os condomínios fechados são sempre os mais atacados pela violência das ruas. (B) a questão da segurança é abordada de maneira clara e científica, debaixo de uma análise sociológica bastante séria. (C) a questão da segurança é abordada de maneira irônica, debaixo de um questionamento sobre o que é estar seguro. (D) o maior problema das grandes cidades é justamente a falta de segurança.

1 Adjetivo masculino: linguagem informal, receber crachá, ser identificado com um crachá

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Questão 02 Depreende-se do texto que

Questão 05 Da leitura do texto depreende-se que:

(A) um dos pontos altos de venda do condomínio era a beleza das casa, superada apenas pela perfeição dos playgrounds.

(A) embora o condomínio vendesse segurança, só garantia a tranquilidade de alguns poucos condôminos.

(B) os jardins e as piscinas eram incríveis, mas o ponto alto era justamente a altura dos muros do condomínio.

(B) as pessoas nunca prestam atenção aos limites de segurança dentro de um condomínio.

(C) desde o início havia assaltos no condomínio, mas após alguns deles, os assaltantes começaram a ser chachados .

(C) somente as pessoas que entravam no condomínio eram perigosas, as que saíam eram sempre conhecidas dos seguranças.

(D) além de toda a beleza e conforto que o condomínio oferecia, havia a segurança, ponto mais forte de venda do local.

(D) ironicamente há uma inversão de valores, ao final da crônica.

Questão 03 Infere-se do texto

Anotações

(A) uma sequência narrativa que vai gradativamente acrescentando elementos de segurança a um local já vendido como seguro. (B) a insegurança de se morar em um condomínio fechado com torres. (C) a preocupação dos condôminos com as babás e os bebês. (D) o perigo de andar por aí de carro, já que o perigo de assaltos é grande. Questão 04 Em “Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar”,pode-se subentender que (A) fios de alta tensão tendem a matar mais pessoas que um batalhão de guardas. (B) tocar um fio de alta tensão era algo comum no condomínio tratado na narrativa dada nesta aula. (C) como a segurança era o mais importante no condomínio, corria-se o risco de morrer acidentalmente ao tocar o fio de alta tensão ou, se não acontecesse morte, ser literalmente fuzilado por um batalhão de guardas. (D) o batalhão de guardas não conseguia controlar os fios de alta tensão, por isso fuzilava as pessoas que sobreviviam ao choque terrível que acontecia quando alguém os tocava.

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Redação

Papos

Adolescência

- Me disseram... - Disseram-me. - Hein? - O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”. - Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”? - O quê? - Digo-te que você... - O “te” e o “você” não combinam. - Lhe digo? - Também não. O que você ia me dizer? - Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz? - Partir-te a cara. - Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me. - É para o seu bem. - Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu... - O quê? - O mato. - Que mato? - Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? - Eu só estava querendo... - Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo! - Se você prefere falar errado... - Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me? - No caso... não sei. - Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não? - Esquece. - Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. - Depende. - Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o. - Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser. - Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dá. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia. - Por quê? - Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

Já o Jander tinha quatorze anos, a cara cheia de espinhas e como se não bastasse isso, inventou de estudar violino. — Violino?! — horrorizou-se a família. — É. — Mas Jander... — Olha que eu tenho um ataque. Sempre que era contrariado, o Jander se atirava no chão e começava a espernear. Compraram um violino para ele. O Jander dedicou-se ao violino obsessivamente. Ensaiava dia e noite. Trancava-se no quarto para ensaiar. Mas o som do violino atravessava portas e paredes. O som do violino se espalhava pela vizinhança. Um dia a porta do quarto do Jander se abriu e entrou uma moça com um copo de leite. — Quié? — disse o Jander, antipático como sempre. — Sua mãe disse que é para você tomar este leite. Você quase não jantou. — Quem é você? — A nova empregada. Seu nome era Vandirene. Na quadra de ensaios da escola era conhecida como "Vandeca Furacão". Ela botou o copo de leite sobre a mesa-decabeceira, mas não saiu do quarto. Disse: — Bonito, seu violino. E depois: — Me mostra como se segura? Depois a vizinhança suspirou aliviada. Não se ouviu mais o som do violino aquela noite. O pai de Jander reuniu-se com os vizinhos. — Parece que deu certo. — É. — Não vão esquecer o nosso trato. — Pode deixar. No fim do mês todos se cotizariam1 para pagar o salário da Vandirene. A mãe do Jander não ficou muito contente. Pobre do menino. Tão moço. Mas era a Vandirene ou o violino. — E outra coisa — argumentou o pai do Jander. — Vai curar as espinhas. 1 Verbo: dividir; dar uma parte, uma cota

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Exercícios

Questão 05 No texto 2, pode-se perceber

Questão 01) O primeiro texto apresentado tem como título Papos porque

(A) uso de chantagem emocional por parte de Jander, em relação à família.

(A) descreve cientificamente um diálogo entre dois jovens.

(B) inexistência de referência sexual. (C) a temática do amor puro e casto sendo trabalhada.

(B) descreve como se deve falar corretamente a língua pátria.

(D) o fato de tratarem Jander como uma pessoa especial porque sabia tocar violino.

(C) trabalha um diálogo cuja temática é a dúvida sobre o nível culto da fala. (D) compara as duas maneiras de falar e chega a conclusão que o primeiro falante está correto.

Anotações

Questão 02 No primeiro texto, na sequência “O mato./Que mato?”, pode-se perceber (A) um mal entendido, já que um amigo jamais mataria o outro. (B) um duplo sentido, já que o ouvinte pediu para que identificasse o tipo de “mato” a que o outro estava se referindo. (C) um subentendido, já que o ouvinte não quis mais conversa com o outro e saiu assustado. (D) um completo entendimento do verbo matar. Questão 03 O texto 2 trata PRINCIPALMENTE (A) das dificuldades de se aprender violino. (B) das dificuldades de se conseguir boas empregadas. (C) das dificuldades de se lidar com um adolescente. (D) da possibilidade de os vizinhos ajudarem a pagar uma empregada doméstica para um amigo. Questão 04 No texto 1, pode-se perceber (A) uso de nível de linguagem somente culto. (B) uso de nível de linguagem somente informal. (C) uso de nível de linguagem somente regional. (D) uso de nível de linguagem culto e informal.

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Rápido

- É menina! - O que é que você tem? - Por quê? - Parece distante, frio... - Problemas no trabalho. - Você tem outra! - Que bobagem. - É mesmo... Você me perdoa? - Vem cá. - O Júnior saiu com o carro. Ia pegar uma garota. - Você já falou com ele sobre... - Já. Ele sabe exatamente o que fazer. - O quê? Você deu instruções? - Na verdade ele já sabia melhor do que eu. Essa geração já nasce sabendo. Só precisei mostrar como se usa o macaco. - O quê?! - Ah, você quer dizer... Pensei que fosse o carro. E a Beti? - Parece que é sério. - Ela e o analista de sistemas? - É. Aliás... - Estão vivendo juntos. Eu sabia! - Ela está indo para o hospital. - Já?! - São gêmeos! - Sabe que você até que é uma avó bacana? - Quem diria... - Vem cá. - Olha as crianças. - Que crianças? - Os gêmeos. A Beti deixou eles dormindo aqui. - Ai. - Que foi? - Uma pontada no peito. - Você tem que se cuidar. Está na idade perigosa. - Já?! - Sabe que a Beti está grávida de novo? - Devem ser gêmeos outra vez. O cara trabalha com o sistema binário. - Esse conjunto do Júnior precisa ensaiar aqui em casa? Que inferno. - E o nome do conjunto? Terror e Êxtase. - Vão acordar os gêmeos. - Ai.- Outra pontada? - Deixa pra lá. Olha, essa música até que eu gosto. Não é rock-balada? - Não. Eles estão afinando os instrumentos. - Quer dançar? - Não! Você sabe o que aconteceu da última vez.

Acho que era o Marcel Marceau1 que tinha uma pantomima2 em que ele representava a vida de um homem, do berço ao túmulo, em menos de um minuto. Shakespeare, claro, tem seu famoso solilóquio sobre as idades do homem que também e uma maravilha de sintetização poética. Nossas vidas, afinal, comparadas com a idade do Universo, se desenrolam em poucos segundos. Cabem numa página de diálogo. - Quer dançar? - Obrigada. - Você vem aqui sempre? - Venho. - Vamos namorar firme? - Bom... Você tem que falar com o papai... - Já falei com seu pai. Agora é só marcar a data. - 26 de julho? - Certo. - Não esqueça as alianças... - Você me ama? - Amo. - Mesmo? - Sim. - Sim. - Parece mentira. Estamos casados. Tudo está acontecendo tão rápido... - Sabe o que foi que disse o noivo nervoso na noite de núpcias? - O quê? - Enfim, S.O.S. - Você estava nervoso? - Não. Foi bom? - Mmmm. Sabe de uma coisa? - O quê? - Eu estou grávida. - É um menino! - A sua cara... - Aonde é que você vai? - Ele está chorando. - Deixa... Vem cá. - Meu bem... - Hmm? - Estou grávida de novo. 1 Mímico francês muito conhecido no pós Segunda Grande Guerra 2 Substantivo feminino: monólogo teatral, às vezes sem fala, só com gestos, mímica

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O Classificado Através da História

CASAMENTO - Homem só, boa aparência, situação estável. Procura moça para ser companheira pelo resto da vida dela. Procurar Barba Azul. CORRESPONDÊNCIA - Quero me corresponder com qualquer pessoa em qualquer lugar. Escrever para Robinson Crusoé com urgência. CHICOTE - Correntes, arreios, chapa quente, Cadeirinha de Afrodite, Cabrito Mecânico, grande seleção de alicates, uma prensa, ferros para marcação. Vendo tudo com manual de instrução. Motivo prisão. Tratar com Marquês de Sade. ASSISTENTE DE PINTOR - Deve ter prática em pintar de costas. Preciso de assistente porque estou momentaneamente impossibilitado de trabalhar. Caiu pingo no meu olho. Procurar Michelangelo, na Capela Sistina. ENGENHEIRO - Precisa-se, urgente, para substituir elemento demitido motivo embriagues. Tratar prefeitura de Pisa, Itália. TRIPULANTES - Preciso para excursão marítima. Jogo tudo nesta empreitada. Tentaremos provar que se pode chegar à índia viajando para o Oeste. Se conseguirmos, seremos famosos. Se não, a história nos esquecerá. Tratar com Cristóvão Colombo.

SÍTIO -Vendo. Barbada. Ótima localização. Água à vontade. Árvores frutíferas. Caça abundante. Um paraíso. Antigos ocupantes despejados por questões morais. Ideal para casal de mais idade. Negócio de Pai para filhos. Tratar com Deus. CRUZEIRO - Procuram-se casais para um cruzeiro de 40 dias e 40 noites. Ótima oportunidade para fazer novas amizades, compartilhar alegre vida de bordo e preservar a espécie. Trazer guarda-chuva. Tratar com Noé. ELEFANTES - Vendo. Para circo ou zoológico. Usados mas em bom estado. Já domados e com baixa do exército. Tratar com Aníbal. CAVALO - Troco por um reino. Tratar com Ricardo III. CISNE - Troco por qualquer outro animal de porte, mais moço. Deve ser macho. Tratar com Leda. LEÃO - Oferece-se para shows, aniversários, quermesses, etc. Fotogênico, boa voz, experiência em cinema. Tem referências da MGM, para a qual trabalhou até a aposentadoria compulsória. ÓRGÃO - Compro qualquer um. À vista. Também a audição, o sistema linfático, etc. Tratar com Dr. Frankestein, no Castelo. CABEÇAS - Compro para coleção. Tenho as de João Batista, Maria Antonieta e todo o bando de Lampião. COZINHEIRA - Procuro. Para família de fino trato. Deve ter experiências em banquetes e uma boa mão para venenos. Se falhar, pode dormir no emprego, para sempre. Tratar com Lucrecia Borgia. TORRO TUDO - E toco cítara. Tratar com Nero. BARBADA - Vendo ótima residência por preço de ocasião. Motivo força maior. 117 qtos., 80 banhs., amplos salões, lustres, tapetes, dependências completas. p/ 200 empregados, 50 vagas na estrebaria. Centro de terreno ajardinado. Tratar com Luís XVI, em Versalhes, antes que seja tarde. TELEFONE - Pouco usado. Prefixo 1. Tratar com A.G. Bell.

Exercícios Questão 01 O primeiro texto apresentado tem como título Rápido porque (A) descreve cientifica e pacientemente a passagem do tempo como um fator que contribui para o amadurecimento pesoal. (B) especifica cada detalhe da vida a dois, após o casamento. (C) parece refletir a fugacidade do tempo na rapidez com que faz o diálogo entre as personagens acontecer. (D) afasta-se de qualquer conjuntura temporal, dando vazão ao entendimento apenas de um sentimento chamado amor, na relação interpessoal.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Redação

Questão 02 O texto 2 trata PRINCIPALMENTE

Questão 03 Os dois textos apresentados têm em comum

(A) de como vender terrenos e materiais de pintura através de um jornal.

(A) a mesma forma de apresentação, ambos traçam uma espécie de diálogo entre personagens muito próximas.

(B) da despreocupação das vendas através de jornais.

(B) a mesma temática, já que ambos abordam uma espécie de relacionamento amoroso.

(C) da possibilidade de aluguel, compra, venda, troca de correspondência, etc., de coisas e serviços inusitados, diferentes, através do tempo e de classificados de um jornal.

(C) uma abordagem diferente para mostrar a passagem do tempo. (D) o fato de tratarem denotativamente sobre pessoas, embora as apresentadas no texto 2 sejam em maior número que as do texto 1.

(D) da passagem do tempo de forma coordenada e precisa, com marcadores exclusivamente históricos.

Questão 04 No texto 2, pode-se perceber (A) referência apenas a pintores brasileiros. (B) referência apenas à literatura brasileira. (C) referência à mitologia Greco-latina. (D) referência ao folclore brasileiro.

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