Two & two

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Androginia na moda e também como um fenômeno cultural. Fique por dentro da Tendência de Beleza, Glitter Strobing

Entrevista com o fashionista e estudante de moda do senai CETIQT, Ruan Vicente! Lançamento da coleção de óculos de sol Paraty das Havaianas. Já nas lojas!

Já ouviu falar em coroa de sereia? Conheça a floritsta da austrália que inventou uma coroa feita com conchas!

Adultização das crianças e infantilização dos adultos no vestuário: Apenas uma tendência ou um escapismo da realidade?

Tudo sobre o nosso bate papo com o estilista Jerry fernando, criador da marca “O Costureiro”.


Fevereiro 2017

Sumário Nota do Editor - Página 04

Eternas Crianças: Matéria - Página 05

#EuCurti: Nostalgia - Página 07

Entrevista com o estilista Jerry Fernando - Página 08

Tendências de Beleza - Página 10

Editorial “Não me Deixe Crescer” - Página 12

Tendências de Beleza - Página 24

Matéria: Por quê não nasci pra usar rosa? - Página 26

#EuCurti: Coisa de Menino e De Menina - Página 29

Editorial “Papéis Invertidos - Página 30

Entrevista com o estudante de Moda Ruan Vicente - Página 38

Editorial “A Boca mais Quente” - Página 40


Release

Reportagem O uso das mais variadas opções como forma de mergulhar nesse mundo de fantasia pode ser observado em estilos de roupas, estampas e cores inspirados em grandes clássicos da Disney e em quadrinhos e outras animações que são escolhas unânimes da criançada. Ainda dentro dessa corrente nostálgica surge o gosto apurado pelo glitter, e seres mitológicos, como sereias e unicórnios, tudo usado como subsídio para escapar da monotonia e pressão da rotina diária.

Observando as grandes influências de hoje no mundo moda, podemos até ficar um pouco confuso com tanta informação e variedades. Dentro desse universo iremos abordar nesta edição uma temática que retrata de forma mais explícita essa forma eclética e democrática de manifestação, comportamento e até mesmo de reivindicação ou protesto. Mesmo tentando traduzir toda esse turbilhão de informação devemos ter muita cautela pois nem tudo é o que parece e como diz o velho ditado popular “nem tudo que reluz é ouro”, dessa forma muitos movimentos e militantes buscam mesmo à quebra de estereótipos e a libertação de rótulos. Dentro dessa ambiguidade, que por definição é tudo que possui vários sentidos, que pode ser até mesmo incerto ou indefinido e filosoficamente falando, traduz uma dualidade mais profunda, iremos mostrar uma realidade, um estilo ou simplesmente uma escolha de muitos jovens e adultos na atualidade, onde de maneira mais lúdica e descontraída adotam uma imagem mais infantil e até mesmo nostálgica. Seja em uma roupa, acessório ou mesmo em pequenos detalhes, resgatando aquela infância que deixou saudade ou que não foi vivida.

Dentro desse contexto de livre escolha e libertação, essa nova forma de comportamento e de ser vestir retrata muito mais que uma maneira de se livrar do peso das responsabilidades e compromissos que a idade acaba trazendo junto com o passar dos anos e mostra que está bem com você mesmo, não tem idade, cor ou padrão. Ainda visualizando essa acepção da ambiguidade também podemos ver a inversão de papéis onde crianças com seus gostos e escolhas cada vez mais precoces apresentam uma imagem que muitas vezes agregam uma estética mais adulta do que os padrões pregam na sociedade, levantando uma certa polêmica e dividindo opiniões. Desta forma iremos mostrar uma realidade com um olhar voltado para essa grande tendência de maneira mais suave e até mesmo artística com uma estética mais fashion, de forma a entreter, informar e até mesmo inspirar essa pequena fatia em ascensão do mercado da moda. Nota do Editor: Michael Antônio

Eternas Crianças Para muitos a expressão: sou uma eterna criança apresenta um simples estado de espírito nada muito profundo, somente uma forma de justificar alguns atos ou escolhas do dia a dia, mas, atualmente podemos observar uma grande tendência no universo da moda, que mostra u lado mais lúdico e infantilizado de pessoas que ao olho mais cético poderíamos dizer que já estão “bem grandinhas” para tal comportamento. Mas segundo o professor da Universidade (FAAP), João Braga, isso tudo vem muito antes, mais exatamente no final dos anos 90, onde essa tendência streetwear foi basicamente influenciada pelas músicas eletrônicas da época e retratada por tribos mais exóticas. Muitos acreditam que esse comportamento é uma forma natural de recusar o amadurecimento e juntamente as responsabilidades e surgem com ele.

Essa ambiguidade dos momentos infantilizados e o fato de passar a viver como eternas crianças, pode ser uma linha um pouco tênue pois, algumas vezes os adultos infantilizados de hoje podem fazer parte um grupo preocupante que revelam a carência de não terem sido verdadeiras crianças no sentido cronológico do termo, e assim não tiveram uma infância como desejavam, seja por motivos sociais, familiares ou psicológicos.


Reportagem

Segundo a psicóloga Thais Piccelli, o ideal seria dar tempo ao tempo e deixar que as fases e transições ajam por si só sem interferências ou influências, uma vez que o meio em que estamos inseridos possui fatores determinantes para nossas escolhas e quando não existe uma certa orientação pode causar algumas consequências e muitas vezes podemos observar crianças que são verdadeiros adultos em miniatura tanto pelo seu modo de vestir quanto pelo seu comportamento diante de escolhas rotineiras. Saindo desse âmbito psicológico e visando o lado empreendedor dessa situação hoje podemos ver grandes marcas apostando nesse nicho de mercado e ainda pequenas marcas em ascensão, trabalhando essa ideia e apostando em público seleto e promissor.

NOSTALGIA

#EuCurti

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As que mais se destacam são que acreditam nas lojas virtuais, a exemplo disso podemos citar a @lojamerat, onde seu fundador, Jorge Queiroz relata que viu uma grande oportunidade nessa nova tendência e atualmente tem uma demanda que atende Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro e relata: “ A tendência é que as pessoas se sintam cada vez mais confortáveis em usar aquilo que realmente querem e gostam”..

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#1 Bolsa/ boca (EnjoyP) R$45,00 #2 Óculos de sol (Havaianas) R$199,00 #3 Case Iphone 6 (Capa do Bira) R$79,90 #4 Chic Petals Eau de Toillete Feminino (Moshino) R$139,00 #5 Caneca Caipirina (Imaginarium) R$54,90 #6 Short dress (Moshino) R$695,00 #7 Colar Unicórnio (Elo7) R$62,00 #8 Casual pants (Moshino) R$350,00 #9 Shoulder Bag (Moshino) R$1,695.00 #10 Cinto Metal Belt (Moshino) R$195,00 #11 Pantufas/Unicórnio (Merat) R$69,90 #12 Patches T-Shirt (Zara) R$49,70 #13 Xícara / Unicórnio (Elo7) R$32,10 #14 Sapatos Collor (Moschino) á partir de R$ 600


Bate papo

Confira a entrevista de Dayane Santos com o Estilista Jerry Fernando, fundador da marca "O Costureiro".

Bate papo

Dayane: Quais são as novidades da sua coleção mais recente? Jerry: Há um ano e meio mudei para os Estados Unidos e nesse momento estou envolvido em duas frentes : uma coleção de peças únicas 100% feitas por mim, aplicando o conceito de slow fashion e que pretendo expor e o desenvolvimento do figurino para um filme que está sendo rodado aqui em Los Angeles sobre o universo feminino…

Dayane: Quando e como surgiu a sua paixão por moda?

Dayane: Quais são os meios que você usa para fazer a divulgação?

Jerry: Minha relação com o universo de moda se dá desde que nasci! Minha mãe é costureira! Sempre achei MÁGICO!

Dayane: O que te inspira? E as melhorias que você sempre faz na hora da Dayane: Quais são os cursos de graduação, preparação? técnicos ou livres que fosse já fez? Jerry: Sou geminiano. Vivo inspirado por Jerry: Mesmo antes de fazer a opção por qualquer imagem que mexa com meus seguir a carreira de estilista, fiz muitos sentidos. Após o momento de PIRAÇÃO, cursos livres no SENAC (desenho, figurino, volto pra terra e adapto a inspiração aos propaganda...) no SENAI (através de uma CUSTOS, PÚBLICO alvo é etc.. incubadora de negócios) ESCA (corte e costura), até abandonar a faculdade de Direito e o trabalho em Recursos Humanos Dayane:Qual é a maior dificuldade na hora para me dedicar ao curso de Design de de criar uma coleção? Moda pela Universidade Cândido Mendes. Tem que ESTUDAR pra ser competitivo. Jerry: Quanto mais rico o teu universo Mas comecei experimentando minhas ideias simbólico mais fácil fica a tarefa de através de resíduos sólidos recicláveis! CRIAR. Associar criação e business é sempre a maior dificuldade... Dayane: Quais os maiores desafios que você enfrentou na área da moda? Dayane: Como você define a moda que cria? Jerry: As pessoas sempre me acharam E pra quem é? bastante criativo. Mas moda não se faz só com CRIAÇÃO. Moda é BUSINESS e o Jerry: MODA QUE VENDE! Meu público é meu maior desafio foi justamente principalmente de mulheres a partir dos 30 conseguir juntar os dois. anos que deseja bom design e discrição ...

Jerry: inegavelmente as REDES SOCIAIS são os melhores e mais baratos caminhos para divulgação de qualquer proposta ou produto... Dayane: Como você faz para conciliar família, emprego e lazer?

Dayane: Como você vê a moda no Brasil atualmente? E fora do Brasil?

Jerry: Moro num apartamento de 2 andares e meu atelier funciona na parte de cima . Trabalhando em casa tenho a família e o cachorro por perto. Quando quero me divertir as opções são muitas aqui na Califórnia incluindo o Pier de Santa Mônica até a Disneyland...

Jerry: Na minha opinião a moda tá passando por um processo de adaptação no mundo todo. Vejo que as pessoas estão um pouco cansadas que CORRER atrás da última novidade publicada na VOGUE. A Califórnia me mostra a necessidade de economizar água, reciclar o lixo e pensar o tempo todo em formas de minimizar os desperdícios e os impactos na natureza. Existe um boulevard chamado Abbot Kinney aqui próximo de onde moro onde não existem lojas de grandes marcas apenas ESTILOSISSIMAS grifes com foco na exclusividade sem cobrar os olhos da cara. O Brasil vai precisar acompanhar essas mudanças ...


Beleza

Beleza

Que tal substituir as coroas de flores por coroas de sereias? A criação foi de uma florista da Austrália que atualmente vende coroas floridas, porém com conchas. Chelsea Shiels manteve suas criações escondidas com medo de uma possível rejeição, mas mal sabia ela que as fadas, unicórnios, sereias e as criaturas do fundo do mar iriam invadir o mundo da moda. Foi por esse motivo que ela criou coragem de mostrar o seu trabalho e hoje vende suas coroas no seu país, na Austrália e na Europa.

Conheça o Glitter Strobing A técnica utilizada para iluminar as áreas específicas do rosto. Mas pra quê usar um brilho que deixe tudo bem natural se você jogar a descrição para escanteio e usar glitter que é o queridinho dessa estação? Para colocar essa técnica em prática, use um gel translúcido para fixar o produto, a seguir use o iluminador com uma camada de glitter sobre as maçãs do rosto, na testa e nos cantinhos dos olhos que são considerados os pontos chave pelos maquiadores profissionais. Aposte em uma base de efeito matte, que garante a aderência do glitter.


NÃO ME

DEIXE CR

Direção de Arte: Dayane Santos, Kelvin Saldanha, Michael Antônio e Nicholas Matheus. ​ Styling: Kelvin Saldanha e Nicholas Matheus. Modelos: Nicholas Mogima, Mariana Vigné e Rony Elson.​ Fotografia: Gabriel Dourado ​ Assistente de Fotografia: Renata Apolinário​ Make: Nicholas Mogima ​

ESCER!







Beleza

Cabelo laqueado: Da passarela para as ruas Não vai dar tempo de secar o cabelo antes de sair de casa? Isso não é mais um problema! O cabelo lambido com aspecto molhado está de volta, ele saiu das passarelas e agora promete vir para as ruas. Aplique o gel ou o famoso laquê assim que molhar, passe o pente rente a raíz mantendo o cabelo sempre atrás da orelha e está pronta para festa!

Beleza

Cada um tem o Chifre que merece! O canal do YouTube Super Deluxe ensinou em um dos seus tutoriais a como fazer um penteado de unicórnio que promete fazer sucesso nas festas à fantasia. Com os seus cabelos coloridos, a Hairstylist Amanda Ozard usa um isopor em formato de cone pra servir de estrutura para o chifre.


Reportagem

Reportagem

Por que não nasci para usar Rosa? Que o famigerado movimento um tanto quanto polêmico denominado como Genderless está em alta como uma tendência nós já sabemos, mas pouco se fala sobre a androginia. No mundo da moda, ela não é nenhuma novidade, principalmente no armário das mulheres. Vide a estilista Coco Chanel que sempre apostou em roupas que até então eram feitas exclusivamente para homens. Também como exemplo, temos a atriz Marlene Dietrich que adotava o estilo Tomboy, focado em peças masculinas clássicas e sociais, calças compridas, terno e gravatas. Irmão do Tomboy, tivemos também o estilo Boyfish, baseado em peças com uma pegada street, mais modernas e despojadas.

Será que hoje o que é visto como algo que causa vergonha alheia até para os excêntricos mais tradicionais pode vir a ser algo moderno e conceitual? Um homem de saias, batom, brincos, de vestido, turbante, salto alto, uma figura que é facilmente alvo da zoação dos machões heteronormativos, e talvez até dos gays mais “discretões”. Mas será que a androginia se resume somente em um homem vestido de mulher e uma mulher vestida como homem? A resposta é não.

Muitos confundem a androginia com o movimento genderlees, sendo que a maior diferença entre os dois termos na moda é que um deles possui um estilo neutro, sem definir uma identidade sexual para ele, ou seja, que nega, desconhece ou pelo menos não expõe as diferenças entre os dois gêneros através das suas peças oversized, minimalistas, de cores cruas, tons pastéis, com cortes retos e sem ajustes no corpo. Enquanto o outro inverte completamente os papéis, quem nasceu pra usar rosa usa azul e quem nasceu pra usar azul usa rosa. Seria essa uma futura tendência?

O que poucos sabem é que a androginia também é encarada por muitos como um fenômeno cultural, quando os dois sexos se confundem, sem que isso interfira na sua sexualidade. Ou seja, um homem ou uma mulher serem andróginos não significa que eles devem possuir um comportamento sexual ambíguo, pode significar também a troca da função social. Um exemplo disso é a inversão de papéis que ocorre no relacionamento de muitos casais em que a mulher é o homem da relação e vice-versa.


Reportagem

#EuCurti

Coisa de Menino e De Menina

As boas línguas das mulheres dizem que atualmente o cavalheirismo está em extinção, tanto que nos tempos de hoje as mulheres estão até mais ousadas, passam cantadas, chamam pra sair, pagam o jantar, pedem em namoro, tomam as decisões no relacionamento, são mais decididas, determinadas e racionais... Desenvolvendo características necessárias para o padrão de homem imposto pela sociedade mais rígida e conservadora. Enquanto os homens acabam ocupando o papel da "mocinha da relação" digamos assim, com uma insegurança mais característica das mulheres, sem ter medo de expor seus sentimentos mas tendo receio de tomar as atitudes no namoro, não tem iniciativa, sendo o passivo tanto na relação quanto na sociedade.

Pensando assim e enxergando a androginia como um fenômeno cultural, como um fator interno e psicológico, existem mais andróginos no mundo do que nós imaginamos. Porque não necessariamente todos eles estão nas lojas de departamento comprando roupas na seção feminina, muitos deles podem estar comprando em lojas destinadas a pais de família, mas por ocupar um papel social feminino, acabam sendo mulheres por dentro. O que não influencia em nada a sua sexualidade, não faz deles crossdressers ou homossexuais não descobertos.

Calça Pantacourt - Uma Touca Cinza Beanie - Elo7 Saia Kilt Escocêsa - Dafiti Sandália Plataforma - Uma Blusa Social - Renner Camisa Xadrez - Reserva Sandália de Salto Anabela - Uma Calça com Suspensório - A Alto Coturno - Renner Chemise - Uma


Direção de Arte: Dayane Santos, Kelvin Saldanha, Michael Antônio e Nicholas Matheus. ​ Styling: Kelvin Saldanha e Nicholas Matheus Modelos: Nicholas Matheus, Isabel Cuerci e Vivian Lima. Fotografia: Gabriel Dourado ​ Assistente de Fotografia: Renata Apolinário​ Make: Isabel Cuerci

Papéis invertidos





Bate papo Nicholas: O que você quis dizer então é que aprendeu a não ligar, mas que no fundo as vezes dói? Me corrija se a minha interpretação estiver errada.

Nicholas Matheus entrevista o Estudante de Moda, Ruan Vicente!

Sim. Exato

Estudante do curso técnico em Produção de Moda no campus de Riachuelo, morador de Campo Grande e com 18 anos, Ruan Vicente chama atenção por onde passa devido ao seu estilo autêntico e ousado. De batom, esmalte, vestido, turbante e brincos de argola. É assim que Ruan Vicente se veste no seu dia a dia, vestindo acima de tudo a sua coragem e a sua personalidade forte como todo Escorpiano que se preze têm. E é na sua personalidade que mora o seu estilo, talvez sem ela a sua maneira de se vestir e se expressar não seria tão inspiradora como é. Nicholas: Reparando na sua maneira de se vestir, no seu jeito de se expressar bem peculiar e inusitado, gostaríamos de saber: Já faz quanto tempo que você adotou esse estilo? Ruan: Olha, eu era super normativo, por incrível que pareça.... Eu andava na rua, olhava as gays e achava super estranho, eu até não gostava. Mas eu não tinha contato com gay nenhuma, não conhecia ninguém e depois fui conhecer o que eu era, porque não temos ninguém para explicar para a gente o que a gente é, e eu cresci achando que era errado e tal.... Passei a me vestir assim quando comecei a sair para festas e depois de entrar no Técnico em Produção de Moda aonde abri a minha mente.

Bate papo

Nicholas: Então você diria que a sua maneira de se vestir é uma ruptura do seu eu antigo para seu novo eu? O que você é realmente? Ruan: Assim, eu não quero ser classificado como algo diferente/exótico. Eu só gosto de me vestir assim e me sinto bem. Acho que roupa e só uma segunda pele sabe não sei como dizer isso.... Você entendeu? (Risos) Nicholas Matheus: E depois de quanto tempo você parou de se preocupar com os comentários alheios? Ou você nunca se importou com isso desde que começou a se vestir como se sente bem? Então, eu costumo guardar as coisas para mim.... Eu sou meio foda-se sabe, mas na verdade não é nada assim, incomoda claro as pessoas olhando, mas não vou arrumar briga por causa disso. Tem pessoas que querem discutir, mas discutindo a gente não vai chegar a lugar nenhum e nem mudar a cabeça deles nem que seja um pouquinho né? É ruim os caras no carro gritando para você na rua, os olhares e as vezes aqueles também são sabe? (Risos)

Nicholas: E como é a sua relação com a família? Ruan: Então, é complicado, minha mãe é a única que aceita mas demorou. Só que em casa não mora só a gente, mora minha tia, avó, meu primo de sete anos.... Então minha mãe reclama mais por causa disso. Minha tia fala que eu posso ser gay mas tenho que ser gay homem um gay normal porque é só o que elas conhecem. Meu padrasto também fala bastante, fala que isso é ridículo. Nicholas: Já ouviu dizer que as pessoas temem o desconhecido? Então, talvez eles só tenham medo do que eles não conhecem. Nós, que já sofremos uma forte opressão por todos, devemos quebrar esse ciclo que se forma de sentimentos ruins, dando amor e tendo compaixão. Ruan: Sim, concordo. Eles também têm medo de que aconteça algo ruim comigo na rua, me baterem e tal.

Nicholas Matheus: E quais são suas influências? No que ou quem você se inspira? Ruan Vicente: Eu amo a Nick Minaj (Gritos). Mas para o meu estilo eu me inspiro no brechó replay, eles são fodas ❤ Nicholas: Pra finalizar, como você se imagina daqui à uns dez anos? Ruan: Me imagino tendo minha independência financeira, morando sozinho, estudando e trabalhando na minha área.


Direção de Arte: Dayane Santos, Kelvin Saldanha, Michael Antônio e Nicholas Matheus. ​ Styling: Kelvin Saldanha e Dayane Santos. Modelos: Nicolas Mogima, Mariana Vigné e Isabel Cuerci Fotografia: Gabriel Dourado ​ Assistente de Fotografia: Renata Apolinário​ Make: Nicolas Mogima ​e Isabel Cuerci

AB

e t n e u Q s i a M oca






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