FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO
KELVYN DEFOE
REVISTA CLOSE
OLINDA 2012
FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO Curso de Tecnologia em Design Grรกfico
REVISTA CLOSE
Kelvyn Defoe
Olinda, Junho de 2012.
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KELVYN DEFOE
REVISTA CLOSE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito complementar para obtenção do título de Tecnólogo em Design Gráfico das Faculdades Integradas Barros Melo.
Orientador: Verônica Freire
Olinda, Junho de 2012.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 1.1 Objetivos ................................................................................................ 4 1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................... 4 1.1.2 Objetivos Específicos................................................................... 5 1.2 Justificativa ............................................................................................ 5
2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................. 6 2.1 Design Editorial ..................................................................................... 6 2.1.1 Revista ........................................................................................... 6 2.1.2 Diagramação ................................................................................. 7 2.1.3 Grid ................................................................................................ 7 2.1.4 Elementos Gráficos da Diagramação.......................................... 9 2.2 Produção Gráfica.................................................................................. 10 2.2.1 Papel ............................................................................................ 10 2.2.2 Teoria e Elementos da Cor ......................................................... 15 2.2.3 Retícula ........................................................................................ 19 2.3 Tipografia .............................................................................................. 24 2.3.1 Fontes Serifadas ......................................................................... 24 2.3.2 Fontes sem Serifa ....................................................................... 25 2.3.3 Legibilidade ................................................................................. 28
3. METODOLOGIA DO PROJETO ................................................................. 30 3.1 Pesquisa de Mercado .......................................................................... 30 3.2 Briefing da Revista .............................................................................. 31 3.2.1 Suporte / Número de Páginas / Número de Cores ................... 33 3.2.2 Formatos ..................................................................................... 34 3.2.3 Mancha Gráfica ........................................................................... 35 3.2.4 Diagramação ............................................................................... 36 3.2.5 Texto Corrido / Linha de Apoio.................................................. 37 3.2.6 Títulos .......................................................................................... 38 3.2.7 Olhos ........................................................................................... 39
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3.2.8 Fotografias & Imagens ............................................................... 40 3.2.9 Box / Ilustrações ......................................................................... 41 3.2.10 Cartola & Seções / Assinaturas ............................................... 42 3.2.11 Anúncios ................................................................................... 43 3.2.12 Identidade Visual ..................................................................... 44 4. RESULTADOS OBTIDOS .......................................................................... 46 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 47 6. CONCLUSÃO .............................................................................................. 48 7. ANEXO......................................................................................................... 49 7.1 Pesquisa de Mercado – Perguntas ..................................................... 49 7.2 Pesquisa de Mercado – Resultados .................................................... 50 8. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 52
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1. INTRODUÇÃO
A Revista Close é uma publicação de cultura teen produzida pele aluno Kelvyn Defoe. Tem como característica principal dar um “close” em alguma artista ainda não conhecido, seja ele, ator, pintor, designer, banda, ilustrador etc., ou seja, trazê-los para o meio artístico através da revista. E que através das demais categorias, que vão integrar o que vai tratar o tema principal da revista na edição do mês, sejam bem interessantes e ligadas ao artista.
Como na maioria das revistas do gênero, são quase que exclusivos para o público feminino, a CLOSE terá também o objetivo de levar esses assuntos tão interessantes ao publico masculino, esse é um dos nossos diferenciais. Quanto à faixa etária, a publicação será destinada principalmente aos jovens com idade entre os 16 aos 21 anos. E por ser para um público adolescente irá contar com uma diversidade de categorias como moda, entretenimento, artes entre outras, de modo elegante, interativo e fashion, proporcionando aos jovens, novidades do mundo atual. A chamada da revista é: “um close é sempre um close”, porque iremos focar em artistas que não estão necessariamente no auge, mostrando a partir de uma matéria de capa todo o seu talento e diferencial, possibilitando incluí-los no meio artístico, a fim de serem revelações e novos talentos.
1.1. Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
Desenvolver um projeto editorial, baseado em todas as informações e estudos obtidos ao longo do curso de Design Gráfico. Com ênfase em objetivos, mas voltados ao Design de Revistas, validando todas as teorias técnicas do design editorial, tipos de materiais para criação, diagramação, impressão e exposição.
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1.1.2 Objetivos Específicos
Pesquisa de Mercado;
Elaborar Briefing para Revista;
Fazer o Editorial Gráfico da Revista;
Elaborar uma Revista Impressa.
1.2 Justificativa
O projeto gráfico é a formulação dos aspectos visuais de um produto midiático. No jornalismo, envolve a definição de aspectos como: cores, tipografia, utilização de imagem (fotografia, ilustração, colagem etc.), relação espacial entre estes elementos, disposição das páginas, papel, tamanhos etc.
A importância do projeto gráfico se dá, em primeiro lugar, ao envolvimento do artista a ser focado com o meio no qual ele quer ser lançado. E como a publicação é voltada ao público teen a cada edição nós iremos levar os leitores para mais perto dos seus ídolos mundialmente conhecidos e ainda para seus novos “ídolos”, por meios de entrevistas, notas rápidas, reportagens etc.
Futuramente o projeto da revista terá a intenção de criar um site, que vai interagir cada vez mais com os usuários e leitores, por exemplo, se em alguma entrevista que aparece na publicação mostra algum link de site ou outros meios de mídia, que não podem ser colocados na revista impressa, vai ser colocado no site. Na página oficial da revista, os leitores e usuários assíduos vão poder encontrar também notas sobre as próximas edições e conteúdos exclusivos para assinantes da Revista Close.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DESIGN EDITORIAL
Design editorial é uma especialidade do design gráfico que realiza o projeto gráfico na editoração. O Design editorial está intimamente ligado ao jornalismo. Por este motivo, o designer gráfico (seja o ilustrador, o infografista, editor de arte, diagramador etc.) está sempre em parceria com o jornalista.
2.1.1 REVISTA
Uma revista é uma publicação periódica de cunho informativo, jornalístico ou de entretenimento, geralmente voltada para o público em geral. Para revistas em quadrinhos (ou "gibis", de banda desenhada), veja os tópicos Histórias em Quadrinhos ou Banda desenhada.
No Brasil, as principais editoras de revistas são a Editora Abril, a Editora Globo, a Editora Símbolo, a Editora Três, todas sediadas em São Paulo. O grupo editorial Bloch, do Rio de Janeiro, foi uma grande editora de revistas que deixaram de existir, como a revista Manchete.
Formatos: Formato magazine 20 x 26,5 cm Formato americano 17 x26 cm Formato 31,5 x22,5 cm Formato francês 12 x19 cm Formato italiano, 16,5 x 12 cm Formatinho 13 x 21 cm
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2.1.2 DIAGRAMAÇÃO
É o ato de diagramar (ou seja, paginar) e diz respeito a distribuir os elementos gráficos no espaço limitado da página impressa ou outros meios (COLLARO, 1987). É uma das práticas principais do design gráfico, pois a diagramação é essencialmente design tipográfico. Entre as diretrizes principais da diagramação podemos destacar a hierarquia tipográfica e a legibilidade. A diagramação é aplicada em diversas mídias
como jornais, livros, revistas, cartazes, sinalização, websites,
inclusive
na televisão.
Atualmente, um diagramador também tem sido considerado, no Brasil e no exterior, um designer gráfico. Mesmo assim a diagramação não é uma atividade limitada a uma profissão específica.
A diagramação de publicações costuma seguir as determinações de um projeto gráfico, para que, entre outras coisas, se mantenha uma identidade em toda a publicação. Na diagramação, a habilidade ou conhecimento mais importante é o uso da tipografia.
Os elementos que irão compor o layout na diagramação têm uma forma clara, de fácil entendimento e que também chame a atenção. Deve ser feito com uma aparência estética valiosa, pois a estética não é o mais importante em uma arte, mas ela é que causa o primeiro impacto, e assim deve ser feito o estudo de diagramação e grid para que a peça esteja totalmente usual.
2.1.3 GRID
Grid é a junção de elementos visuais que estão em uma peça gráfica para transmitir uma informação, conhecimento, sendo composto por conjuntos de “regras” como colunas e linhas, que funcionam como guias para a distribuição dos elementos visuais. Com a utilização do grid, existem muitas vantagens, como clareza e eficiência na transmissão de informação.
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ELEMENTOS DO GRID
Margens: são os espaços que sobram entre o limite do formato (tamanho da folha) e as áreas que serão usadas para a diagramação, como colunas e guias. Essa área é usada muito para colocar informações secundárias ou mesmo para área de descanso para os olhos.
Guia Horizontal: são faixas horizontais, que ajudam no alinhamento e estrutura o texto, a orientar os olhos na hora e escrever o texto e também é usada para criar pontos de partida ou pausas no texto, para ficar um aspecto mais criativo e diferente.
Colunas: são os alinhamentos verticais, que se cruzam com as guias horizontais, que criam divisões horizontais entre as margens. A quantidade e a largura delas dependem muito de designer para designer, dependendo do tipo de trabalho ou quantidade de texto.
Módulos: são unidades individuais, como se fossem quadrados formados pela junção da coluna com a guia horizontal, e são separadas em espaços de tamanhos iguais, que repetidas por toda a página, criam colunas e faixas horizontais.
Zonas Espaciais: é um grupo de módulos, que formam um campo distinto. Cada zona espacial pode receber um tipo específico de informação, por exemplo, uma foto, ou mesmo uma coluna com um texto mais importante.
Marcadores: Encontrados na parte externa, na margem, são os indicadores para textos secundários ou informações constantes, como cabeçalho, rodapé ou um elemento que ocupe sempre o mesmo lugar na página, como por exemplo, o nome do livro ou a página do mesmo.
TIPOS DE GRID
Retangular: É o grid mais simples. Tem a característica de acomodar um longo texto corrido, como um livro ou um texto científico. Esse tipo de grid causa um grande
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cansaço, por ser muito simples, e com isso deve-se criar algo diferente para criar um estímulo a leitura, como tamanho do tipo, do espaçamento ou da margem.
De Colunas: O grid de colunas é flexível e pode ser utilizado para separar diversos tipos de texto ou mesmo informação. Ele pode ser composto por grids diferentes, cada um destinado a um tipo de conteúdo, por exemplo, em um site cada grid pode ter um tipo diferente de menu e imagem.
Modular: É o grid de coluna com muitas guias horizontais, criando módulos. Esse tipo de grid é originário da Bauhaus e do Estilo Internacional suíço. Muito usado para informações tabulares, gráficos, formulários e diagramas. Ele possui muitas vantagens com relação aos outros : Simplicidade nos grids; Unificação de diversos tipos de conteúdo, como textos e fotos no mesmos módulos; Combinação de 1, 2 e 3 larguras modulares.
Hierárquico: No grid hierárquico, a largura das colunas e entre colunas varia. A página da Internet é um exemplo de grid hierárquico. O conteúdo dinâmico da maioria dos sites e o redimensionamento das janelas exigem flexibilidade na largura e no comprimento, característica desse tipo de grid.
2.1.4 ELEMENTOS GRÁFICOS DE DIAGRAMAÇÃO
São de fundamental importância na caracterização da identidade da publicação. Sua repetição contribui para que se estabeleça a unidade gráfica.
Título: chamada principal da matéria ou notícia.
Subtítulo: texto que encabeça as divisões do texto.
Chapéu: palavra ou expressão curta, diagramada no alto da página ou logo acima da notícia que tem por função, introduzir o leitor ao assunto estampado.
Olho: complemento do título que visa chamar a atenção do leitor para o assunto estampado no corpo da matéria ou reportagem. Quando aplicado no meio do texto, além de destacar algum aspecto da matéria, areja e subdivide textos longos.
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Vinheta: recurso tipográfico usado para ornamentar arranjos gráficos, desenho abstrato ou figurativo que ilustra colunas ou seções fixas do jornal.
Infográfico: são representações visuais de informação. São usados onde a informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica.
Linha fina: frase usada para introduzir ou comentar o título de uma notícia. Se diagramada acima do título, é chamada de sobre título. Se abaixo, subtítulo.
Traços ou Fios: linhas horizontais ou verticais, usadas para separar notícias ou colunas.
Fundos: imagens repetitivas ou cores chapadas que diferenciam a mancha de texto do restante da página.
Capitular: letra caixa alta usada no início das composições em tamanho superior ao do tipo adotado no texto.
2.2 PRODUÇÃO GRÁFICA
2.2.1 PAPEL
Segundo Lorenzo (2005), a invenção da imprensa com caracteres móveis de metal (tipos), por volta do ano de 1450, multiplicou a demanda mundial de papel, que a partir de então substituiu definitivamente por esse material outros antigos suportes de escritura, como o pergaminho e o papiro. O Papel é o material obtido por laminação de uma massa pastosa de fibras vegetais de celulose. Utiliza-se para escrever, desenhar, imprimir, embrulhar e limpar, entre outras numerosíssimas aplicações.
Historicamente o primeiro testemunho histórico da existência do papel situase na China, por volta do ano de 105 da era cristã, Ts' ai Lun, conselheiro da corte chinesa, criou o primeiro processo de fabricação do papel. O papel era secado ao sol, pois pegando vários pedaços variados como madeira de amoreira, trapos de roupas, restos de redes de pescar, obteve as fibras que juntando tudo formou-se uma fibra.
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Durante o século VIII o uso do produto estendeu-se pela Ásia central e no século XIV foi introduzido pelos árabes no continente europeu, onde a partir de então se instalaram fábricas para sua produção em numerosas regiões. O surgimento da imprensa, que permitiu aumentar a produção de cópias de livros, acelerou o desenvolvimento das técnicas de fabricação de papel.
No século XIX, as diversas variedades de tecidos utilizadas como matériaprima foram substituídas pela madeira e outras pastas vegetais. A primeira máquina de fabricação de papel foi construída na França no final do século XVIII. Há mais ou menos 20 a 15 anos que artistas brasileiros vêem resgatando e utilizando técnicas de produção artesanal papel.
A escolha do Papel
Existe uma infinidade de escolhas de papel, de tipos e formas, cada um feita de uma maneira e de diversos materiais. Com tantas opções fica difícil saber qual escolher e também o mais sustentável (BARBOSA, 2011).
Antes de mais nada, é importante ter em mente qual a utilidade daquele papel, de quanto é o tempo de vida daquele produto, como vai ser ciclo de vida do material, qual a sua intenção com aquilo, etc. “Um material como o papel plástico, por exemplo, é útil para um material mais durável, como para um livro, uma apostila que vai ser muito manuseada. Já para um folheto, que vai ser jogado fora logo, é melhor outro papel”, analisa a designer gráfica e escritora de Elisa Quartim Barbosa, do blog “Embalagem Sustentável”.
Também é importante analisar outros aspectos da produção do material, como os produtos químicos utilizados na sua fabricação, como foi feito o seu transporte, a relação trabalhista dentro da fábrica, se a floresta utilizada era certificada, etc. “Podem ter casos em que o papel reciclado seja a pior opção, as vezes esse papel vem de um lugar distante, emitindo muito gás carbônico”, alerta Barbosa.
Para a designer, cada tipo de papel poder ser bem empregado se todos os fatores forem analisados antes da escolha. “É importante conhecer o produto e o clien-
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te, avaliar quais são as necessidades, visitar a produção e aí sim sugerir uma mudança. É preciso avaliar o acabamento, a degradação, a parte estética, se vai precisar de camadas, de plastificação, qual vai ser o melhor resultado, etc”, diz Elisa Quartim.
Ela ainda lembra que é preciso pensar não apenas no meio ambiente, mas também no resultado final. Na hora de escolher o tipo de papel, a autora sugere os papéis com certificação, que garantem que a madeira utilizada vem de reflorestamento, ou os que utilizam menos produtos químicos na sua fabricação. Mas ainda assim ela não se arrisca a dizer um favorito. “Não dá pra dizer, tudo tem que avaliar”, diz Elisa Quartim Barbosa.
Tipos de Papel
1. Papel para Imprensa Papel de impressão de jornais e periódicos, fabricado principalmente com pasta mecânica ou mecano-química, com 45 a 56 g/m2, com ou sem linhas d'água no padrão fiscal, com ou sem colagem superficial.
O papel imprensa é, na verdade, um produto da categoria de papéis para imprimir que, pela sua importância, é classificado separadamente. Existem duas empresas fabricantes deste produto, ambas localizadas no Estado do Paraná. É o tipo de papel que apresenta o maior volume de importações. Serve como papel para imprimir e escrever.
2. Couché Papel de impressão, que possui o máximo das qualidades necessárias para a reprodução perfeita de "clichés", resultante do seu revestimento com cargas minerais em uma ou duas faces, ele pode ser fosco ou brilho. Vide subitens para melhor classificação:
a) base para couché: papel fabricado para ser revestido em sua superfície com cargas minerais na máquina de revestir.
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b) couché fora de máquina: papel "Base para Couché" (suporte) revestido com cargas minerais aglutinadas com colas, em uma ou nas duas faces, na máquina de revestir.
c) couché de máquina: papel fabricado e revestido totalmente na própria máquina de papel, em uma ou nas duas faces.
3. Jornal Papel de impressão, similar ao "Imprensa", porém, sem limitação de gramatura, alisado ou monolúcido. Usado para impressos comerciais, blocos de rascunho etc.
4. Offset Papel de impressão, fabricado essencialmente com pasta química branqueada com elevada resistência da superfície. Usado geralmente para impressão em "Offset" (SUDIPEL, 2007).
5. Color Plus Apresenta colorido na massa, boa lisura para impressão, sem dupla face, resistência das cores à luz, estabilidade dimensional, controle colorimétrico e continuidade das cores. Suas aplicações são em trabalhos publicitários, papel para carta, envelopes, convites, catálogos, blocos, capas, folhetos, cartões de visita, mala-direta, formulários contínuos (SUDIPEL, 2007).
6. Flor Post Tem um de seus lados brilhante, que dá uma opção a mais para obter-se uma melhor qualidade de impressão. Suas aplicações são em vias de notas fiscais, pedidos, cópias de carta e documentos (SUDIPEL, 2007).
7. Papéis reciclados e importados Esses papéis são reciclados, constituindo de 50% papéis aparas (sobre de papel), sem impressão. O restante variam de 20-50% de papéis impressos reciclados póscosumido, variando de acordo com o efeito que se deseja obter. Além de alguns mais específicos que são reciclados em 100%, outros utilizam-se de anilinas em processo exclusivo de fabricação. Todos os papéis oferecem uma variedade muito
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grande de cores e textura, proporcionando ao usuário um resultado diferenciado dos papéis freqüentemente utilizado. É ideal para impressões finas em livros de arte, hot stamping, relevo seco, obras de arte, efeitos de porcelana, impressão em jato de tinta e impressão à laser (SCHIAVENIN, 2010).
8. Papel Canson Papel colorido utilizado em colagens, recorte e decorações (SCHIAVENIN, 2010).
Formato Segundo o site “Chocoladesign”, o formato bem definido resulta em aprovei-
tamento de papel, o que pode proporcionar economia. Isto não só vale para custo, como para uma consciência ecológica. Por exemplo, Parece não haver maior diferença se um cartaz com 46 cm de altura x 32 ou 34 cm de largura, certo? São apenas dois centímetros a mais, e talvez fique “mais bonito” se ele for um pouco mais largo. No entanto, com 32 cm, cabem quatro cartazes em cada folha 2B, formato muito utilizado para impressão em grande escola. Com 34 cm, apenas dois, havendo um grande desperdício de papel. Vamos considerar uma tiragem de quatro mil cartazes – o que não é muita coisa. Com 32 cm, serão necessárias pouco mais de mil folhas de papel (considerando sobras para testes e erros), enquanto com 34 cm serão necessárias mais de duas mil. Nós devemos sempre nos informar com as gráficas em que imprimimos nossos materiais sobre os formatos de papeis possíveis para impressão, gastando menos papel, e claro, o orçamento fica mais acessível, deixando também é claro nosso cliente mais feliz (COLLARO, 2008).
Cor
A cor do papel pode influenciar na composição criativa das cores que você usa na sua arte. Geralmente, o papel escolhido é branco, ao passo que tons amarelados ou caramelados tendem a ser associados com baixa qualidade. Existem diversas peças gráficas que podemos realizar com os papeis já coloridos de fábrica, deixando a peça gráfica com uma criação diferente e de orçamento mais baixo (BAER, 2005).
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Textura
A textura pode ser definida como o aspecto do papel (lisos, telados, etc.) ou quanto ao seu grau de rigidez. A textura do papel pode ser escolhida de acordo com a arte. Tomando o processo offset como referência, quanto mais liso o papel, mais nítida e viva será a impressão. Os papéis com textura, por sua vez, tendem a singularizar o produto final, mas não são indicados para policromias com grande exigência de nitidez nos detalhes (como livros de arte, por exemplo). Da mesma forma, devem ser evitados quando do uso de corpos muito pequenos (abaixo de oito pontos). Na serigrafia, na xerografia e na impressão digital, eles são contra-indicados no que confere a legibilidade e definição de detalhes (COLLARO, 2008).
2.2.2 TEORIA E ELEMENTOS DA COR
O que é cor? A cor é composta por ondas eletromagnéticas transmitidas pelo espaço, que são captadas pelos nossos olhos, causam certas impressões no cérebro, provocando sensações diversas.
Só enxergamos as cores quando existe luz no ambiente. A visão humana é relativamente limitada, e com isso, a característica física da cor faz a diferença na hora da escolha entre as diferentes matizes e seus meios de transmissão. Para iniciar o estudo de cores, o primeiro fator a ser estudado é as sínteses, aditiva e subtrativa, e o círculo cromático, que posiciona as cores, dispostas de acordo com suas classificações (VILLAS-BOAS, 2008).
RGB
RGB e CMYK (RED, GREEN & BLUE)
– É utilizado em aparelhos eletrônicos que emitem as cores
através de equipamentos elétricos, como os televisores, monitores, ipods, celulares etc. Esses equipamentos não conseguem produzir 4 cores do CMYK (COLLARO, 2008).
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CMYK
(CYAN, MAGENTA, YELLOW & BLACK)
– Este formato de cor é utilizada para impres-
sões em gráficas rápidas, gráficas com fotolitos e outros tipos de impressões (COLLARO, 2008).
No RGB se você retirar as cores obtém o preto e, ao adicionar todas as cores, obtém o branco (COLLARO, 2008).
Já no CMYK funciona ao contrário. Ao adicionar as cores elas irão somar e a adição de todas as cores terá o preto. Olha a lógica disto: Você tem guache e está jogando tinta num papel. Se você jogar várias tintas diferentes em um mesmo local e misturálas. A cor final será preta (LORENZO, 2005).
Psicologia das Cores
A muitos estudos sobre as análises feitas para saber a preferência do individuo por algumas cores. Muitas vezes a escolha da cor é vinda a partir do que se pretende fazer com ela. (Psicologia das cores - Silvio Eduardo Teles) Se um indivíduo pensa, consciente ou inconsciente, em uma cor com determinado uso que irá fazer dela é evidente que sua relação não é diante da cor em si, mas da cor em função de algo.
Cada cor pode remeter algo diferente para cada grupo de pessoas, dotada de significados. Abaixo, uma relação de cores e sua respectivas influências psicológicas (MODESTO, 2006):
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1. Preto A cor preta, por representar ausência de luz, sugere morte, algo trágico, luto, infortúnio, noite, fim, solidão, porém aplicada de um jeito certo, como por exemplo, ao receber um acabamento especial, como verniz, plastificação fosca, ou mesmo como fundo de um cartão, pode vir a mostrar elegância, distinção, luxo, se tornando uma cor muito chique (MODESTO, 2006).
2. Branco A cor branca, por ser a reunião de todas as cores, remete a paz, isolamento, pureza, calma, inocência, dignidade. Porém culturalmente, em religiões orientais, essa cor pode sugerir a passagem para planos espirituais (MODESTO, 2006).
3. Cinza A cor cinza é uma cor neutra, que dependendo das combinações que tiver, assume diversos significados. A cor em si remete a tristeza, angústia, desânimo, tédio, decadência, passado, pena, sabedoria. Quando colocado com tons mais escuros remete a sensação de sujeira. Como disse por ser uma cor neutra, ela é muito usada hoje em dia tanto com cores frias como cores quentes, dando uma combinação muito boa em logotipos (MODESTO, 2006).
4. Vermelho A cor vermelha remete a sensações como alegria, força, vitalidade, dinamismo, energia, coragem, intensidade, porém é uma cor que transmite vulgaridade, sensualidade, perigo, fogo, calor. É uma cor que se impõe. Classificada como cor quente, para alguns teóricos, a cor mais quente (para Kandinsky amarelo seria a cor mais quente), ela tem essa característica de aumentar visualmente os objetos que possuem essa cor. Ela tem o significado que vai da proibição até ao estímulo da procriação, sobrevivência (MODESTO, 2006).
5. Verde A cor verde é considerada a cor mais calma, estática, fria, está associada a estabilidade. Quanto mais amarelado, mais associado a força ativa, e quando tem mais predominância ao azul, causa a sensação de serenidade. É a cor que está associada com paz, vida, frescor, saúde, bem estar, abundância, tranqüilidade, segurança.
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Também a cor do jogo, do destino, muito usada como fundo de mesas de jogos, e com isso remete ao dinheiro (MODESTO, 2006).
6. Azul A cor azul é uma cor que remete a profundidade, como por exemplo, o céu, mar, universo. Introvertida, cor feminina, discreta, é a cor preferida dos adultos, pois traz serenidade, infinito, espaço, viagem, afeto, intelectualidade, confiança, amizade. Essa cor transmite uma calma diferente da cor verde, pois o azul é mais dinâmico, e nos remete a viagens imaginárias (MODESTO, 2006).
7. Amarelo A cor amarela, segundo Kandinsky, seria a cor mais quente do círculo cromático, e possui uma expansão muito grande. É uma cor que representa energia, alegria, verão, considerada a cor mais luminosa e representante mais próximo da luz, porém pode também representar a loucura, o delírio, a inveja, euforia, orgulho, ciúme, e a também a ouro e fortuna (MODESTO, 2006).
8. Violeta A cor violeta transmite misticismo, meditação, sonho, igreja, fantasia, mistério, delicadeza, sendo a tonalidade de lilás remetendo a sensação de magia. Ainda representa a espiritualidade, o equilíbrio entre o espírito e os sentidos, a inteligência e a paixão, a sabedoria e o amor (é a cor das roupas do bispo, obrigado a não cometer os pecados da carne). Porém essa cor representa também a violência, furto, agressão (olho roxo), miséria, engano (MODESTO, 2006).
9. Laranja A cor laranja transmite radiação, com muita força. Pode ser associada ao calor, fogo, luz, aurora/pôr-do-sol, chama, festa, robustez. Também está associada a fidelidade, e contrapartida, também representa a luxúria, e infidelidade. Representa o perigo, euforia, tentação, prazer, advertência (MODESTO, 2006).
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10. Marrom A cor marrom é uma cor realista, que não vulgariza, e nem brutaliza, representando os pés no chão. Exprime compactação, doença, sensualidade, desconforto, pesar, melancolia, vigor e resistência (MODESTO, 2006).
11. Rosa A cor rosa é a cor íntima, de fácil assimilação, quanto a sensações, transmitindo feminilidade, intimidade. dignidade real, vidência, autocontrole, estima, valor, dignidade, calma. O rosa claro exprime graça, ternura (COLLARO, 2008; BAER, 1999).
2.2.3 RETÍCULA
No Design, retícula funciona como controle de estética e qualidade no trabalho. O processo funciona com seleção de cores fazendo com que imagens sejam elas, fotos ou imagens digitais tenham uma continuidade em retícula, para que quando o material estiver pronto o cliente ter a impressão de a imagem ser continua.
Esse processo chama-se reticulagem e cuida diretamente na qualidade dos impressos, dando essa impressão de continuidade na imagem. Se ao olhar uma revista por exemplo, bem de perto irá perceber que a imagem é formada por vários pontos e que unidos formam a imagem.
As partes mais claras são as áreas onde as retículas são ou muito pequenas ou estão mais distantes, enquanto as partes mais escuras as retículas estão ou maiores ou mais unidas. Graças a isso, é possível confeccionar as matrizes para qualquer processo de impressão (BAER, 1999).
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Tipos de Retículas
O número de linhas por centímetro ou por polegada linear de uma retícula determina o grau de resolução da imagem impressa. Uma retícula "grossa", que tem menos de 40 linhas por cm, torna-se visível, sem contar com a sua reprodução tosca, que omite os detalhes mais delicados. Por outro lado, o uso de uma retícula demasiadamente "fina" em uma impressão, sem o complemento de um papel adequado, pode acarretar inúmeras falhas (BAER, 1999).
1. Meio-tom e imagem em traço Em um desenho animado ou em histórias em quadrinhos, os personagens e demais elementos visuais geralmente têm seus contorno delimitados por traços, que são preenchidos por cores chapadas (uniformes, sem variações).
No entanto, no nosso dia-a-dia, não é assim que vemos as coisas. Em vez de traços, percebemos o limite dos elementos visuais por variações de tons (os meios-tons) – sejam eles abruptos (quando há um grande contraste entre os elementos) ou tênues (como no caso das sombras, por exemplo). Da mesma forma, não vemos as coisas “preenchidas” por cores chapadas, mas sim por cores repletas de meios-tons.
Assim, percebemos as imagens ao nosso redor não através de cores e traços, mas através de meios-tons – que nos dão a percepção das luzes e das sombras, das texturas, da profundidade, etc. É a diferença entre uma fotografia e um desenho simples feito com esferográfica: na foto, as formas são definidas por meios-tons; no desenho, por traços e pelas cores que os preenchem. Na foto, dizemos que há uma imagem em meio-tom; no desenho, temos a imagem a traço (VILLAS-BOAS, 2008).
2. Imagem em Meio Tom No entanto, não é tão simples reproduzir estes meios-tons num impresso. Para que isso seja possível, é preciso decompor estes meios-tons em pequenos pontos que, variando de tamanho e de cor, misturam-se em nossa visão (porque são minúsculos). Por conta desta mistura ótica, estes pequenos pontos simulam uma variação natural da cor e, assim, também simulam o aspecto “natural” das formas que estão
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sendo reproduzidas. Estes pontos são organizados numa rede, denominada retícula (ou seja, uma pequena rede). Assim, os meios-tons são obtidos na impressão através do uso de retículas (OLIVEIRA, 2002). Muitos processos gráficos utilizam retículas – como o offset, a rotogravura e a impressão digital – e, assim, têm como reproduzir imagens fotográficas com bastante realismo. Se utilizarmos uma lente de aumento (ou um conta-fios, que é o instrumento que os profissionais usam para isso), veremos que trata-se de uma simples simulação, obtida através dos pontos de retícula (OLIVEIRA, 2002).
Outros processos, por questões tecnológicas, não têm como reproduzir pontos tão pequenos e, por isso, não têm como simular os meios-tons. É o caso da serigrafia (na maior parte das vezes), da flexografia e do cote eletrônico. A plotter de jato de tinta é um caso a parte: embora utilize pontos pequenos, seu meio-tom só é satisfatório quando observado a uma certa distância, devido a baixa resolução do processo eletrônico utilizado (VILLAS-BOAS, 2008).
Quando não utilizamos meio-tom, temos uma impressão a traço. O traço é a propriedade de todo elemento impresso que é formado por uma única tinta e, portanto, por uma única cor física: não há meio-tom algum. Por exemplo: os grandes jornais, que são impressos no processo offset, utilizam traço para a impressão dos textos (com tinta preta) e meios-tons para as fotos (VILLAS-BOAS, 2008).
3. Imagem em Traço Nas fotos em preto-e-branco, estes meios tons são formados apenas com a tinta preta. Nas fotos coloridas, são usadas outras tintas que, na nossa visão, parecem se misturar através de retículas. Cada uma destas tintas é impressa separadamente (ainda que uma logo após a outra, na mesma máquina). Isto significa que um impresso que possui mais de uma cor foi, em realidade, impresso mais de uma vez (VILLAS-BOAS, 2008).
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Cores Complementares Segundo Villa – Boas (2008) uma cor primária é complementar de uma cor
secundária quando ela não faz parte da mistura que forma a cor secundária. É a complementação por oposição. Muitos teóricos defendem que cor complementar é a cor que está situada na diagonal oposta no círculo cromático. Entende-se que no círculo cromático o vermelho é complementar do verde, assim como o violeta do amarelo, onde uma cor terciária é sempre complementar a outra cor terciária, oposta no círculo cromático.
Um exemplo importante está na criação de um layout, onde deve-se ficar atento ao contraste e a visibilidade. As cores contrastantes devem ser usadas com cuidado, pois elas por chamarem muita atenção causam impacto visual e que se for usado de forma errada pode causar perturbação aos olhos.
A combinação de tons análogos, que sãos os tons próximos do círculo cromático, as cores vizinhas, ficam muito boas usadas em alguns layouts, como detalhes, mas usadas como sendo uma delas a escrita e a outra o fundo, as vezes ficam com visibilidade média, como por exemplo o vermelho e laranja, mas a maioria, como por exemplo o verde e o azul, obtêm uma visibilidade ruim.
Cores Especiais
Assim como temos monocromias em meio-tom e a traço, também temos impressões coloridas que não utilizam meios-tons, apenas traço. Ou seja: suas cores não são produzidas por meios-tons, mas pelas tintas propriamente ditas – que são, em geral, duas ou três.
Estas impressões coloridas, porém, não são chamadas de policromias, mas simplesmente de impressões em duas ou três cores. E as cores das tintas utilizadas não são cores de escala, sim cores especiais. Uma cor especial é, justamente, qualquer uma que não seja o ciano, o magenta, o amarelo ou o preto – ou seja, qualquer cor que não seja impressa a partir da combinação das tintas ciano, magenta, amarelo e preto. No meio gráfico, o vermelho é uma cor especial quando impresso com
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tinta vermelha, assim como um determinado tom de amarelo que não seja aquele da escala, ou o verde, o lilás, o dourado, prata, etc.
Há gráficas que cobram um pequeno acréscimo pelo uso de cores especiais, justamente porque elas saem do padrão, requerendo um trabalho adicional. Primeiramente, a impressora terá de ser lavada especialmente para receber a nova tinta e, após finalizada a impressão é lavada novamente para retirá-la. Tal não ocorre com as tintas das cores de seleção, pois elas são utilizadas sucessivamente em diversos trabalhos, já que são padronizadas. E, em segundo lugar, porque a gráfica terá de adquirir a tinta daquela cor específica ou produzi-la através da mistura de outras tintas. Todavia, o acréscimo cobrado não é alto, sendo compatível com o benefício almejado (VILLAS-BOAS, 2008).
Situações para usar cores Especiais: Em primeiro lugar, quando queremos um impresso colorido mas dispomos de um orçamento baixo (VILLAS-BOAS, 2008). Uma impressão em CMYK, por exemplo, faz com que os custos de pré-impressão e impressão (exceto o papel) sejam multiplicados por quatro, por serem quatro as cores da escala. Afinal, como observado anteriormente, cada tinta representa uma impressão em separado – e um impresso em policromia recebe, na realidade, quatro impressões. Em vez disso, opta-se por apenas duas ou três cores, barateando os custos. Podem-se obter resultados formidáveis desta forma (VILLAS-BOAS, 2008).
Podemos então realizar um cartaz azul-claro e laranja mais ou menos pela metade dos custos. Em vez de utilizarmos a escala para simular estas cores, simplesmente serão utilizadas apenas tintas: uma azul-clara e outra laranja. Assim, temos apenas duas impressões – e não quatro (VILLAS-BOAS, 2008).
Outro uso mais comum das cores especiais tem a conseqüência oposta: ele não barateia, mas encarece o impresso, por gerar a necessidade de uma quinta impressão. É quando se usa a cor especial, em adição às quatro da policromia, para o alcance de uma cor impossível de ser obtida através das cores de seleção. É o caso das cores metálicas (dourado, prata, cobre) e fosforescentes. Desta forma, além da impressão do ciano, do magenta, do amarelo e do preto, é feita uma quinta impressão utilizando-se da tinta na cor desejada (VILLAS-BOAS, 2008).
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2.3 TIPOGRAFIA
A definição do nome tipografia tem um sentido extenso, pois está ligada aos meios empregados nela. Isso insere no uso de imagem e materiais, sendo assim ferramentas de comunicação. O termo tipo é o desenho de uma determinada família de letras como, por exemplo: verdana, futura, arial, etc. As variações dessas letras (light, itálico e negrito) de uma família especifica são fontes desenhadas para a elaboração de um conjunto completo de caracteres que consta do alfabeto em caixa-alta e caixa-baixa, números, símbolos e pontuação. Os tipos permitem você ter expressão através da imagem. “Tipografia é transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou texto manuscrito e precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia” (WEINGART, 2006).
A escolha da fonte é uma das tarefas mais difíceis e importantes para o designer, onde a pesquisa deve ser feita com muito estudo e cuidado para que erros posteriores não ocorram e prejudiquem a publicação e quem a lê. Mas qual seria a fonte adequada para um trabalho especifico? As classificações usadas nos meios tipográficos, como cada fonte está inserida num contexto histórico e cultural no seus significados e também objetivos que nos fazem ter uma compreensão ampla de comportamento e uso adequado (HEITLINGER, 2006).
2.3.1 FONTES SERIFADAS
Esse tipo de fontes com serifas são os "bicos" que finalizam os traços de muitas fontes e têm a dupla função de ornamento e auxílio para a leitura. Na história acredita-se que a serifa surgiu numa conseqüência natural de textos escritos em pedras, quando eram esculpidas e nos seus terminais deixariam essas marcas.
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Os escribas usaram essa técnica durante muito tempo até surgir a prensa de Gutenberg, no século XV. Era comum o uso das fontes fraktur e blackletter nos primeiros exemplares de livros da época, mas apartir do século XV os tipos baseados em caracteres romanos começaram a surgir. Fontes serifadas são consideradas mais legíveis do que as sem serifa, e por isso são as mais usadas em textos de revistas e jornais. (CLAIR, 2009) As fontes Serif podem ser classificadas em quatro grupos, que são: Old Style, Transitional, Modern e Slab Serif.
Exemplos de tipos Old Style: Adobe Jenson, Janson , Garamond , Bembo , Goudy Old Style , e Palatino. Exemplos de tipos Transitional(Transição): Times New Roman e Baskerville. Exemplos de tipos Modern(Moderna): Bodoni , Didot , e Computer Modern. Exemplos de tipos Slab Serfi: Clarendon , Rockwell e Courier (CLAIR, 2009).
2.3.2 FONTES SEM SERIFA
As famílias tipográficas sem serifas são conhecidas como sans-serif (do francês "sem serifa"). O primeiro tipo sem serifa apareceu em 1816, pela casa fundidora Caslon e foi considerado bem avançado para a época, que era dominada pelos tipos de serifa quadrada. Foi um fracasso comercial. Pouco tempo depois, Willian Thorowgood produziu o primeiro alfabeto sem serifa com minúsculas, que ficou conhecido como Grotesque, base dos alfabetos sem serifa mais conhecidos. Um dos investimentos mais pesados em fontes foi a Futura. A fonte foi desenhada em 1927 por Paul Renner baseado em princípios rigidamente geométricos, inspirada nos ensinamentos da Bauhaus (CLAIR, 2009).
Estas fontes ótimas para a leitura, dão idéia de modernidade, próprias para chamar a atenção e trazer impacto, despertando no cliente interesse em um cartaz, por exemplo. Tem um efeito de alta legibilidade e informação direta, suas características fizeram com que ela fosse a preferida dos vanguardistas dos anos 20 e 30. Mas assim como a Gill Sans (a outra importante sem serifa da época) se inspirou
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diretamente no tipo que Edward Johnstondesenhara para os transportes urbanos londrinos, também a Futura foi derivada de letras já existentes, por exemplo da Kramer-Grotesk, uma sem serifa desenhada pelo arquitecto alemão Ferdinand Kramer para uso do município de Frankfurt am Main, em todas as suas publicações (CLAIR, 2009).
Outra letra que terá servido de modelo e inspiração foi a Erbar Grotesk, desenhada por Jakob Erbar para a Fundição Ludwig & Mayer (a partir de 1922), da Mergenthaler Linotype e da Linotype Londres.
Hoje em dia encontram-se muitas versões contemporâneas da Futura, com versões grátis que podem ser baixadas em sites da web.
O modernismo e as fontes sem serifas
A tipografia no final da Art Déco teve mudanças bastantes extremas o que causou muitas reações por conta de atingir limites de extravagância e extremos. O movimento Arts&Crafts onde era liderado por Williams Morris que defendia a volta dos tipos e formas de impressão, valorizando o trabalho manual. Era contra a máquina, bastante utilizada no período. Muitos grupos se opuseram a essa nova tecnologia, como os copistas que tinham como meios de subsistência e as autoridades religiosas, controlando o que era impresso. Por muito tempo em alguns países europeus, só poderiam fazer o uso do impresso com a autorização da igreja, e somente em impressoras autorizadas. (ROSA, 2009). Os copistas bem como os calígrafos e os miniaturistas se opuseram seriamente ao processo e reprodução de livros que surgia. Porém mais tarde perceberam que teriam que continuar contribuindo com seu trabalho mesmo que de outra maneira, desenhando as letras iniciais, criando novos tipos e até ilustrando os livros para os impressores (ROSA, 2009). A imprensa criada por Johann Gutemberg não foi uma invenção pacífica. Muitos temiam que um livro que não era saído da tinta de um monge copista seria uma força perturbadora, capaz de abalar a fé e comprometer as autoridades. De modo positivo, os temores tinham fundamento, liberdade, entre outras coisas, presume
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acesso irrestrito à informação, multiplicá-la, portanto, foi uma das bases da disseminação da democracia (PHINNEY, 2004). O movimento contribui para muitos trabalhos bons, mas no entanto poucos recursos para acompanhar a crescente industrialização do séc. XX. Os copistas bem como os calígrafos e os miniaturistas se opuseram seriamente ao processo de reprodução de livros que surgia. Porém mais tarde perceberam que teriam que continuar contribuindo com seu trabalho mesmo que de outra maneira, desenhando as letras iniciais, criando novos tipos e até ilustrando os livros para os impressores (ROSA, 2009).
Tipografia: Aspectos Estruturais
Segundo Farias (1998), a tipografia funcionalista do século XX buscou criar formas mais legíveis, universais que seriam definitivas. Muitos acreditavam que seria estabelecido o tipo mais lógico e legível, não haveria mais necessidade de voltar às incertezas da experimentação. Nos primórdios desenvolver uma família tipográfica era um processo que exigia um detalhamento meticuloso para garantir a qualidade e legibilidade, pos seu sucesso está nos detalhes e na perfeição. No século XXI que se inicia, a tecnologia facilita a criação de fontes, com ótima estética e fácil compreensão. Dessa forma existem inúmeros tipos de fontes, e muitas ainda estão sendo criadas e aperfeiçoadas para os diferentes tipos de projeto gráfico. Tipografia do grego typos (forma) e graphein (escrita) é a composição de um texto, tanto de forma física ou digital. Segundo Perrota (2005), tipografia não é somente o desenho da forma das letras, mas também a sua organização no espaço. Não é somente desenvolver uma fonte, mas também fazer o bom uso dela. De acordo com Tschichold, uma palavra bem ajustada é o ponto inicial de toda tipografia.
Fonte, estilo e família
Fonte é um conjunto de caracteres em um único estilo. Nos primórdios, na tipografia dos tipos móveis, mesmo que fosse do mesmo estilo, cada tamanho era considerada uma fonte diferente, isso porque era necessário, para cada um destes conjuntos, cortar e fundir matrizes diferentes. Na tipografia digital, uma fonte é uma
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“matriz” virtual que pode ser atualizada em qualquer corpo de forma automática. E por isso pode ser definida por suas características visuais. Família é formada por todas as variações de uma fonte, por exemplo, normal, bold, itálico, light, etc. (WILLBERG, 2007).
2.3.3 LEGIBILIDADE
Vários são os fatores que influenciam na legibilidade de um tipo, como espaçamento, contraste, tamanho, formas, cor dos caracteres, cor do fundo, tipo do papel, tipo da impressão, entre outros. (WHITE, 2006).
Espaços brancos, transparência e legibilidade
É necessário ter equilíbrio de espaços entre letras, palavras, linhas, quando os textos são próprios para leitura. De acordo com Rocha (2002), o espaço entre as letras dever ser eqüidistante. As letras não devem ficar muito perto, nem tão longe que as palavras deixem de ser percebidas como palavras.
Quando os espaçamentos estiverem adequados, este se tornará invisível ou transparente, dessa forma o leitor poderá se concentrar com mais facilidade e rapidez no significado das palavras e nem perceber sua existência. Apenas deve perceber o espaço entre as palavras e linhas. Por isso que o espaçamento tem um importante significado na legibilidade. Hoje em dia, o controle de espaçamentos (kerning) é um recurso que faz parte de softwares de criação, muitas vezes não é usado, por cauda da falta de conhecimento. De acordo com Couto (1969), o espaçamento é a alma do desenho de letras. Bom espaçamento não significa distância igual, mas sim áreas proporcionais de espaço em branco que ficam entre uma letra e outra. Também é importante, que os espaços dentro da letra, sejam uniformes, sem precisar ser necessariamente iguais.
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Legibilidade dos caracteres
Para serem identificados com maior facilidade, os caracteres devem estar legíveis. Os seguintes itens contribuem para a legibilidade dos caracteres: • Força: representa a espessura e o espaço entre cada letra, palavra ou linha; • Orientação: Quanto mais inclinada à palavra ou a frase em relação à horizontal, menos legível se apresenta. É preferível evitar a direção inclinada, a não ser que se justifique o uso pelo benefício; • Harmonia: Quanto ao uso de letras deve se observar a harmonia ao destacar os caracteres das palavras ou grupo de palavras em relação a tamanho (corpo), espessura (negrito) e orientação (itálico) (LUPTON, 2008); • Tipos simples: Caracteres mais simples, sem enfeites ou serifas são os mais legíveis. Ex: Com Serifa. Sem Serifa (PHILLIPS, 2008); • Texto em Itálico: Textos compostos exclusivamente em letras itálicas podem diminuir de forma significativa o ritmo de leitura (MORAES, 1996); • Letras minúsculas e maiúsculas: Em um texto contínuo em caixa alta e baixa, a leitura é facilitada quando a primeira letra é maiúscula e as demais minúsculas. As letras maiúsculas devem ser preferencialmente utilizadas para títulos e nomes próprios e para abreviações familiares ao usuário (LUPTON, 2008).
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3. METODOLOGIA DO PROJETO
3.1 PESQUISA DE MERCADO
Nessa parte do projeto, foram feitas perguntas bem simples, para facilitar o entendimento das pessoas e as experiências, para assim alcançar os objetivos desejados. Como a Pesquisa de Mercado é uma ferramenta importante para obter informações valiosas sobre o mercado em que atuam ou pretendem atuar, usamos essa ferramenta para obter um maior conhecimento sobre o mercado, clientes, fornecedores e concorrentes. O público da revista, como já falado anteriormente é uma grande massa de jovens (do gênero masculino e feminino), que sempre estão atualizados com o novo mundo. Abaixo é possível ver algumas das principais perguntas:
1. O que você quer encontrar na Revistas Close? 2. Qual a importância de levar a revista em todos os lugares? 3. Por ter tantas concorrentes, o que te faria comprar a revista?
Essa pesquisa foi categorizada com uma das principais fontes que incrementarão nas categorias da revista. Foram entrevistadas 75 pessoas com a faixa etária dos 14 aos 25 (apesar do principal público ser entre os 16 aos 21 anos), onde foi possível perceber que 90% de chances da Revista Close se apresentar e se incluir entre os principais concorrentes do mercado.
Como a cada edição a revista vai focar em um determinado artista, e agora o público é misto, foi feito um estudo sobre quais cores tem maior influência a cada gênero. Por exemplo, tem artistas que são voltados ao rock (música), logo as cores são bem fortes e místicas, como o roxo, preto, vermelho etc. Se for um ilustrador de estilo Pop Art, suas referências serão de cores intensas, brilhantes e vibrantes, para chamar atenção do público. Então a cada edição a formulação de cada categoria tem que se destacar dentro do ambiente que a matéria principal vai posicionar.
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3.2 BRIEFING DA REVISTA
Tipo de Publicação: Revista Impressa Nome da Publicação: REVISTA CLOSE Slogan: ...um close é sempre um close! Objetivo: Dar foco (close) em alguma ARTISTA “anônimo”, seja ele, ator, pintor, designer, banda, ilustrador etc., ou seja, trazê-los para o meio artístico através da revista. E sem esquecer no que acontece nesse meio que são as chamadas celebridades, através das demais categorias, que vão integrar o que vai tratar o tema principal da revista na edição do mês. Por exemplo, se a edição falar de música, a capa vai dar um “CLOSE” em artistas do assunto, e assim vai seguir todas as seções, mas não deixando uma leitura cansativa e repetitiva.
Público-Alvo: Quanto à faixa etária, pode-se dizer que a revista foca entre os 16 aos 21 anos. A Revista Close tem com foco, o público masculino e feminino em geral. E quanto à classe social, ela é destinada principalmente às classes A e B.
Seções: A revista tem aproximadamente 15 seções, variando de acordo com a edição, além do Sumário, Editorial, Expediente/Créditos que são fixas, podem-se citar as seguintes seções: Capa, Perfil, Artes & Espetáculos, Photo Hits, 15 Minutos..., Beijando Sapos, entre outras.
Tiragem Aproximada: 5000 exemplares.
Abrangência da Publicação: O raio de atuação da revista terá como principais estados, o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, mas parte dos exemplares será distribuída pelo resto do País.
Periodicidade: A Revista Close tem uma periodicidade mensal, podendo ter edições especiais, com um número bem reduzido de páginas quando houver algum especial destinado a algum gênero da publicação.
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Concorrentes: No mercado nacional há várias similares como: a Gloss, Atrevida e Capricho. Porém em todo país, não há revistas especificas para dar ênfase em artistas anônimos, que posteriormente possam se tornar famosos.
Diferencial: Por ser uma revista focada em artistas ainda não conhecidos pela grande massa, ela se apresenta com um número regular de pautas a serem produzidas. Por esse motivo, ganha em qualidade e intensidade na produção de suas reportagens. Possui um design bem expressivo e elegante, com cores bem distribuídas – o que gera organização e mantém uma diagramação super legal em suas páginas. Também se diferencia pelo valor de R$5,00 sempre com alguma promoção ou brinde para seus leitores.
Forma de Distribuição: A distribuição estará disponível, à venda nas bancas de jornal e revistas, em versão Digital (virtual), e também tem distribuição via assinatura.
Estimativa de Preço: A Revista Close tem o valor de R$5,00 (cinco reais).
Conceito e Estilo
Palavras e Associações: artistas, fama, close, objetivos, anonimato, artes, mundo e pessoas.
Conteúdo e Público: Matérias focadas em artistas anônimos, entretenimento, novidades, opiniões publicas e também em famosos, com suas variações dentro da cidade, da região e do mundo. É uma revista que foca a informação textual quanto visual, mas que preza também pela publicidade. Focando diretamente um público que quer descobrir novas coisas e esta sempre aberta as diferentes e incríveis experiências que surgem no dia-a-dia.
Referenciais Visuais: A revista se usa de referências visuais do Pós-modernismo, Pop Art e Cibercultura.
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3.2.1 SUPORTE / NÚMERO DE PÁGINAS / NÚMERO DE CORES
SUPORTE
a) Tipo de Papel: A capa é em Couche Brilho com Laminação Brilho de gráfica. Já as páginas internas, as do miolo, são folhas também em Couche Brilho, mas com gramatura diferente da capa.
b) Gramatura: A capa tem gramatura 170g e o miolo 90g.
c) Acabamento: Grampo, com Corte Reto e Dobra Manual.
NÚMERO DE PÁGINAS
Esta edição da Revista Close foi fechada em 80 páginas.
NÚMERO DE CORES
Por ser uma revista com grande necessidade da presença de cores para dar movimento e idéia de ação, ela se usa do padrão CMYK, com lâminas 4x4 cores.
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3.2.2 FORMATOS
Para dar uma aparência diferente das revistas do mercado, o formato da Revista Close se apresenta em um tamanho menor, próximo ao estilo Formato Americano (17 x26 cm). Suas dimensões editorias são 17x23 cm, esse pequeno formato, sendo diferente das tradicionais, tem a vantagem de possibilitar que os leitores, possam levar e ler a revista em qualquer lugar.
340 mm < >
230 mm < >
230 mm < >
170 mm < >
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3.2.3 MANCHA GRÁFICA
A mancha gráfica da Revista Close é caracterizada por toda a página. Ela usa todo o espaço de uma folha nas dimensões citadas acima. Normalmente segue um padrão de ter uma margem de 1,5 cm na esquerda, direita, na superior e inferior da
1,5 cm
página.
1,5 cm
1,5 cm
1,5 cm
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3.2.4 DIAGRAMAÇÃO
Foram estipulados os seguintes critérios para a diagramação da revista:
Alinhamento: Nas matérias e colunas os textos serão na maior parte justificados, e de acor-
do com a diagramação da página, podem ser alinhados a esquerda, direita ou centralizada. Salvo exceções como o sumário, que tem sempre uma formatação diferente, há cada edição e o editorial/expediente que é alinhado no centro da página. Em textos soltos, sobrepostos às figuras, os textos variam, podem ser alinhados á uma das margens, centralizados ou justificados.
Número de Colunas:
a) No Editorial: Uma coluna para o texto de apresentação. Já o Expediente/Créditos ficará em uma barra na parte inferior da página com as informações. (sempre em uma página); b) Na Reportagem principal: Uma coluna na primeira página e duas colunas na segunda, tudo isso para haver uma dinâmica entre o texto e as imagens utilizadas; c) Reportagens Secundárias: -
Duas páginas: Duas colunas na primeira folha e uma coluna na página se-
guinte para dar espaço às imagens. (a ordem da página pode variar). -
Uma página: Possibilidade de variação de acordo com o texto, normalmente
foi usada uma coluna. -
Mais de duas páginas: Duas colunas em cada página.
d) Texto solto com sobreposição em foto: Possibilidade de variação conforme o espaço possível da foto.
Espaçamento: Normalmente as entrelinhas possuem espaços simples de 1pt e entre as co-
lunas 0,8cm de distância (podendo variar de acordo com a diagramação).
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As Cores: Por ser uma revista que faz o uso de um design mais moderno, com muitas
variações, que na maioria das vezes é um estilo bem limpo. Quanto às cores, na sua quase totalidade, a revista usa a cor preta em seus textos para contrastar com o fundo claro e dar maior destaque, e isso pode variar de acordo com o fundo. Quando ao fundo, a Revista Close é bem diferenciada, joga uma tonalidade de acordo com a cor da figura mais próxima do texto.
3.2.5 TEXTO CORRIDO / LINHA DE APOIO
Foram estipulados os seguintes critérios para a diagramação da revista:
TEXTO CORRIDO
Os textos corridos da Revista Close são em sua totalidade horizontal. Apresentam os seguintes padrões:
Tipografias e Tamanho: As fontes tipográficas utilizadas em quase todos os textos corridos são a da
família Garamond e Ubuntu.
Cores: Normalmente são na variação do preto, e de acordo com o estilo, diagrama-
ção e design da página a cor do texto pode variar para tons claros ou escuros de qualquer cor, para que não haja uma discordância com a cor do fundo da página.
LINHA DE APOIO
Quando há necessidade a Revista Close usa apenas linhas de apoio inferior, logo abaixo dos títulos das reportagens. Que tem a função de complementar a informação do título e instigar à leitura do texto.
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3.2.6 TÍTULOS
A reportagem para a seção FLOP usa o título em ambas as páginas. Título em linha dupla com cores diferentes, combinando com as cores predominantes do estilo da matéria: o azul e o preto. Usa a seguinte tipografia: Bebas Neue, tamanho vaiando dos 100 aos 160 para o título. A linha de apoio usa a mesma tipografia, mas com o tamanho 48, também em linha dupla.
Já na reportagem secundária da seção FALA CELESTE abaixo, a Revista Close usa para o título um padrão diferente. Com a fonte Didot LH RomanOsF, tamanho 72, e com a linha de apoio em tamanho 14, ambos na cor branca, devido ao fundo preto. Com traços fortes e limpos, e uma letra serifada.
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3.2.7 OLHOS
A Revista Close quebra os padrões normais de revistas, ela possui uma variedade de estilos para seus olhos no meio do texto. O olho fica acima das colunas, no meio do texto corrido, sobre imagens ou abaixo das colunas. Ele tem a formatação em diversas tipografias de acordo com a do texto principal, geralmente é utilizado à mesma fonte tipográfica. Como pode-se observar nas imagens abaixo:
“Não existe dificuldade em ser artistas, todos nascem com sua própria arte, o difícil é conseguir mostrar essa arte para as pessoas e ser aceito...”
“Tenho feito viagens internacionais para poder treinar em ondas mais perfeitas e evoluir cada vez mais.” Ou “Minha vida era bem corrida, mas estava totalmente satisfeita com minha escolha e fui adiante”
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3.2.8 FOTOGRAFIAS & IMAGENS
Por ser uma revista que predomina o uso de muitas imagens e fotografias, elas possuem a distribuição que for necessária, conforme as seguintes regras:
Em Textos Soltos: As fotografias têm a disposição dependendo do texto utilizado.
Nas Reportagens: As imagens ou fotografias são utilizadas principalmente para compor e dar
destaque nos textos das diversas reportagens. Elas podem ser alinhadas à direita, à esquerda ou centralizadas. Isso pode implicar na disposição e diagramação do texto por toda página.
Nas Propagandas: Ocupam praticamente uma ou duas folhas da revista e possuem disposição
aleatória dependendo da arte criada.
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3.2.9 BOX / ILUSTRAÇÕES
BOX
A Revista Close apresenta boxes bem modernos para dar um dinamismo e certo movimento ao conteúdo apresentado nas páginas. Pode variar sua tipografia, tamanho e formatação, conforme os exemplos a seguir:
ILUSTRAÇÕES
As ilustrações na revista aparecem em forma de fundo de página ou ornamentos nos espaços em livres e com textos para dar um estilo mais dinâmico e também trazer um ar mais elegante e ligado ao tema da reportagem, veja os exemplos a seguir:
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No exemplo 1, a ilustração é composta por elementos no estilo desenhos a mão e pintura, que compõe a diagramação da matéria que está com um fundo vintage. Já no exemplo 2, o fundo da página é uma ilustração de um ambiente de museu com elementos pintados nos quadros e no título da reportagem que compõem a página. E no exemplo 3, onde estão às fotos elas estão dentro de ilustrações de folhas para fotografias, que também estão presas por fitas adesivas, e os números estão com um estilo de letreiro em neon.
3.2.10 CARTOLA & SEÇÕES / ASSINATURAS
CARTOLA & SEÇÕES
São colocados acima do título principal, na parte superior das páginas, complementando a informação do título. Ela é a responsável por determinar o assunto da seção. Juntamente com o elemento gráfico de uma esfera cortada onde tem o nome da seção (sempre com a fonte tipográfica: Distro Mix e tamanho do corpo 18) é composta por uma cor única que represente a matéria. Por exemplo: Perfil (cor laranja), Teste (cor cinza), 15 Minutos... (cor marrom) entre outras.
ASSINATURAS
A Revista Close geralmente faz a identificação do autor de uma reportagem, próximo ao título da reportagem, sempre com um corpo de texto e tonalidade semelhante ao do texto corrido ou título, assim como a tipografia usada. Já para uma fotografia ou ilustração, o tamanho da legenda/crédito é com um tamanho bem menor que a do texto corrido, e quase sempre escrito com a fonte tipográfica Arial.
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3.2.11 ANÚNCIOS
Seguindo os objetivos da Revista Close os anúncios têm grande presença e participação na revista. Ocupam quantidade de páginas e são todos de folha inteira e até dupla, inclusive a contracapa. Com exceção da página 59 (segunda parte da reportagem sobre a Carreira Militar, que tem um mini anúncio no lado direito sobre o lançamento de um álbum da cantora Lady GaGa) na revista. Foram criados anúncios exclusivos para essa edição da Revista Close a fim de preenchimento, como, por exemplo: Motorola Milestone 3, McDonald’s CBO, Chocolate Intenso e outros. Logo em seguida, um exemplo de página dupla e página única.
Anúncio Página Dupla
Anúncio Página Única
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3.2.12 IDENTIDADE VISUAL
A Identidade Visual da publicação possui letras sem serifa com traços mistos e fortes. Foram escritas com a variedade da família tipográfica Distro. Na logomarca, tanto a palavra “close” quando “revista”, pode-se dizer que necessariamente a versão Distro Mix, foi predominante. Essa tipografia está sendo utilizadas inclusive nas chamadas das seções, paginações e em alguns títulos editoriais da publicação.
A logo da Revista Close, tem duas formas de serem apresentadas, uma para versões digitais e a outra para impressos, mas isso não quer dizer que ambas possam ser usadas nesse misto. E se tratando de cores, elas podem variar isso vai depender o tema mensal. Porém suas principais cores institucionais são o “Bege Rosado e Lilás Escuro”, como se vê abaixo:
Versão Impressão
Versão Digital
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ESCALAS: Bege Rosado
Lilás Escuro
CMYK:
29, 88, 70, 0
100, 100, 0, 80
RGB:
186, 60, 69
19, 0, 44
Versão Preta e Branca:
Para uso em publicações monocromáticas deverão ser utilizadas as versões com a variação de tonalidades preta e branca.
Redução:
A redução mínima para as assinaturas é de 4,6 x 1,6 cm.
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4. RESULTADOS OBTIDOS
Em todo projeto da Revista Close, todos os objetivos a serem alcançados foram obtidos com sucesso, de forma estratégica e eficaz. Se tratando da Pesquisa de Mercado, tudo que foi visto para iniciar a revista, como os concorrentes, opiniões gerais do público alvo, tudo foi pensado e executado com muita determinação e segurança.
Após um resumo especifico, no qual foi verificado há qual público a Revista Close iria se destinar foi iniciado uma pesquisa mais técnica sobre Design Editorial, que também tiveram resultados incríveis e surpreendentes para o início da fase final, que contava na elaboração da Revista Close.
Com a aplicação dessas técnicas no projeto editorial, o trabalho foi desenvolvido sistematicamente. Como também as perguntas que surgiram e automaticamente foram respondidas, por exemplo: “Quais os formatos escolher? Quais cores combinam com o tema da publicação? Essa tipografia é legal para textos?”. Assim sendo, verificou-se que as características específicas do usuário apontavam para uma tendência muito ligada ao aspecto visual.
Depois das descrições, e algumas desconsiderações, por parte do projetista, de relações entre espaços e os seus aspectos simbólicos decorrentes da relação do design visual, social e textual, tudo foi para um briefing, onde foi fundamental para escolher os temas e peças gráficas que compõem a revista em sua versão final.
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5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Com os resultados finais do produto já expostos, nota-se uma funcionalidade prática e estética por parte de todo projeto gráfico. Devido às integrações das técnicas pesquisadas e suas respectivas aplicações por toda Revista Close.
Os resultados obtidos no pós-projeto foram representados em função dos mesmos resultados obtidos no pré-projeto. Com analise nas perguntas fechadas no projeto inicial, pode-se dizer que as metodologias utilizadas em todo projeto conseguem superar com sucesso as alternativas referidas.
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6. CONCLUSÃO
A fundamentação teórica foi essencial para dar início à criação do projeto, todas as informações coletadas deram a possibilidade de analisar os fundamentos de design gráfico e suas variáveis até chegar ao design editorial de revistas.
O estilo da revista ajudou muito na hora de fazer uma pesquisa de campo, para classificar qual o público se encaixava em seus parâmetros, assim como, a oportunidade de cada artista ser incluído e notado nas edições, atingindo todos os objetivos propostos para a elaboração da revista.
Acredita-se que foi muito importante conhecer um pouco mais das tendências e adquirir um conhecimento mais técnico no que se referem à diagramação, teorias da arte, comunicação, tipografia entre outras. Além das demais áreas que o DESIGN engloba, contribuindo assim para as necessidades que foram geradas para obter novos conhecimentos e conectar estes as demandas sociais, abrangendo assim todas as dimensões da sua atuação como profissional.
Para isto, faz-se importante conhecer através do compromisso de todos os indivíduos em uma sociedade tudo que está se conectando com o universo do Design Gráfico, que possibilita a integração do homem com o produto e o espaço, atuando e influenciando assim com sabedoria.
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7. ANEXO 7.1 PESQUISA DE MERCADO – PERGUNTAS
1.
O que você quer encontrar na Revistas Close? A) Noticias dos Famosos; B) Novidades do Entretenimento; C) Novos Artistas; D) Qualquer coisa.
2.
Qual a importância de levar a revista em todos os lugares? A) Para poder ler e guardar em qualquer lugar; B) Tempo para leitura; C) Sempre ter acesso aos conteúdos; D) Isso NÃO me importa.
3.
Por ter tantas concorrentes, o que te faria comprar a revista? A) Pelo Preço; B) Saber sobre novos Artistas; C) Me manter Informado.
4.
Já que a filosofia da revista é dar um “close” em novos artistas, isso vai
possibilitar o que? A) Conhecer esses “Novos Artistas”; B) Estar sempre aberto as NOVIDADES do mundo; C) Dar chance aos que querem chegar a “FAMA”; D) Nada.
5.
Qual é o melhor formato para uma revista, tenho em mente sua visuali-
zação em qualquer lugar? A) Grande. Tamanho Normal; B) Pequeno. Tamanho de Bolso; C) Compacto. Tamanho Médio.
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7.2 PESQUISA DE MERCADO – RESULTADOS Questão 1 –
Faixa Etária (14-15): A; D – 60% Faixa Etária (16-17): A; B – 50% Faixa Etária (18-19): B; C – 80% Faixa Etária (20-21): A; C – 60% Faixa Etária (22-23): C; B – 50% Faixa Etária (24-25): C – 100%
Questão 2 –
Faixa Etária (14-15): A – 100% Faixa Etária (16-17): A; B – 70% Faixa Etária (18-19): A; B; C – 50% Faixa Etária (20-21): A; C – 90% Faixa Etária (22-23): A; C – 50% Faixa Etária (24-25): A; D – 80%
Questão 3 –
Faixa Etária (14-15): A; – 100% Faixa Etária (16-17): A; B – 80% Faixa Etária (18-19): A; B – 60% Faixa Etária (20-21): A; B – 50% Faixa Etária (22-23): B; C – 80% Faixa Etária (24-25): C – 90%
Questão 4 –
Faixa Etária (14-15): A; D – 70% Faixa Etária (16-17): A; C – 60% Faixa Etária (18-19): A; B – 60% Faixa Etária (20-21): A; B; C – 50% Faixa Etária (22-23): A; B – 70% Faixa Etária (24-25): A; C – 50%
Questão 5 –
Faixa Etária (14-15): A – 40% Faixa Etária (16-17): A; C – 50% Faixa Etária (18-19): A; C – 50% Faixa Etária (20-21): C – 100% Faixa Etária (22-23): B; C – 60% Faixa Etária (24-25): A; C – 60%
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Observações:
Foram entrevistadas 75 pessoas no período de Dezembro 2010 há Março de 2011, e 80% das mesmas deram respostas semelhantes, onde foi possível concluir que o público escolhido seria com a faixa etária dos 16 aos 21 anos. E também quais seriam os seguimentos para as edições da Revista Close. Assim como o formato impresso de apresentação.
Pela análise geral dos dados referente à Pesquisa de Mercado realizada, as porcentagens exposta acima tentem a explicar como às devidas e necessárias respostas para dar inicio ao processo de criação do material gráfico da revista foram colocadas as necessidades da sociedade, tendo em vista tudo que já havia sido obtido com a pesquisa técnica sobre design editorial.
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8. REFERÊNCIAS
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