CriativaWorks Incubadora de empresas e aceleradora de startups
Fundamentos de TFG 2021.1
Aluna: Kézia Ketharine Torres Orientadora: Barbara Valeixo Professora: Denise Monetto Universidade Estácio de Sá Campus Tom Jobim Rio de Janeiro, RJ
Agradecimentos A Deus que me inspirou e capacitou de inúmeras formas para realizar este trabalho. Toda honra e gloria é Dele!! A minha orientadora Barbara Valeixo por toda dedicação e disposição em me ajudar a tecer esse trabalho. A minha professora e coordenadora Denise Monetto que em meio a um semestre extremamente conturbado não mediu esforços para ajudar a mim e a meus colegas a chegar ao fim desse ciclo.
A minha família, amigos que a faculdade me deu e a minha família na fé que com certeza são presentes de Deus pra minha vida e sempre estiveram comigo nos bons e maus momentos. Obrigado!!!
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo criar um espaço de apoio, desenvolvimento, capacitação e networking para micro e pequenos empresários, empreendedores individuais, estudantes universitários e recém formados. O empreendedorismo apresenta hoje um número crescente de adeptos no Brasil. Seja por necessidade, gerada pela pandemia de Covid 19, ou por vocação. De acordo com o Ministério da Economia esse setor movimenta milhões na economia brasileira desde 2018, quando os índices começaram a chamar a atenção. Analisando essa tendência de crescimento e as necessidades desse público a CriAtiva Works, busca unir em um único espaço arquitetônico a infraestrutura necessária para desenvolver esses profissionais.
ABSTRACT
This work aims to create a space for support, development, training and networking for micro and small entrepreneurs, individual entrepreneurs, university students and recent graduates. Entrepreneurship has today a growing number of followers in Brazil. Whether by necessity, generated by the Covid 19 pandemic, or by vocation. According to the Ministry of Economy, this sector has moved millions in the Brazilian economy since 2018, when the indices started to attract attention. Analyzing this growing trend and the needs of this audience, CriAtiva Works seeks to unite in a single architectural space the infrastructure necessary to develop these professionals.
ÍNDICE
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INCUBADORAS NA CONTEMPORANEIDADE E A EVOLUÇÃO DOS ESPAÇOS DE TRABALHO.
INTRODUÇÃO INCUBADORA DE EMPRESAS STARTUPS E ACELERADORAS UMA BREVE HISTÓRICO SOBRE A EVOLUÇÃO DOS ESPAÇOS CORPORATIVOS LINHA DO TEMPO DA EVOLUÇÃO DOS ESPAÇOS CORPORATIVOS COWORKING:NOVA ERA DOS ESPAÇOS CORPORATIVOS O PERFIL DOS INCUBADOS E COWORKERS
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02 03 04 05 06 07 09
A CRISE ECONÔMICA E OS SETORES ATINGIDOS POR ELA
O IMPACTO DA PANDEMIA NAS MICROS E PEQUENAS 12 EMPRESAS CRISE ECONOMICA, OS RECÉM FORMADOS E O MERCADO 13 DE TRABALHO 15 EMPREENDEDORES DA CRISE
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O CENTRO DO RIO: HISTÓRIA E ANÁLISE URBANA
O CENTRO DO RIO UM BREVE HISTÓRICO DA RUA DA QUITANDA UM BREVE HISTÓRICO DA TRAVESSA DO OUVIDOR ÁNALISES URBANAS
18 19 20 21
ESTUDOS DE CASO 32 39
CASA FIRJAM ICONÊ
O PROJETO 42 43 45 46 47 49 51 53 55 57 59 61 63
5
DIRETRIZES PROJETUAIS PROGRAMA DE NECESSIDADES CONCEITO E PARTIDO FLUXOGRAMA ESTUDO DA FORMA IMPLANTAÇÃO TÉRREO 1º PAVIMENTO 2º PAVIMENTO 3º PAVIMENTO CORTE FACHADAS PERSPECTIVAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS E IMAGÉTICAS 72 73
4
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS IMAGÉTICAS
1
INTRODUÇÃO
As micro e pequenas empresas representam hoje no Brasil a maior parte dos negócios ativos, junto com o empreendedores individuais que surgem todos os dias elas dominam o seguimento de inovação e tecnologia, trazendo novas soluções para problemas antigos e revolucionando o mercado brasileiro. Com a atual pandemia causada pelo corona vírus empresários e empreendedores tiverem que, de novo, se reinventar. Agora, o desafio é sobreviver as incertezas politicas e econômicas no país e se adaptar para suprir as necessidades de uma era pós covid 19. Considerando que a capacitação, a colaboração e o compartilhamento de ideias são fundamentais nessa adaptação e na evolução desse setor durante a crise nasce a CriAtiva Works. Um lugar para que toda a criatividade inerente ao ser humano se desenvolva, saia do papel e transforme a sociedade. O projeto tem o objetivo de proporcionar espaços de trabalho dinâmicos e flexíveis para receber esses profissionais. Além disso, o projeto também se propõe a receber estudantes universitários e recém formados com interesse em ser apoiados na criação do seus negócios. A infraestrutura do local lhes permitirá ter acesso a profissionais de áreas especificas, como coaches de carreia e gestores de negócios, auxiliando assim, nos primeiros passos de suas empresas. Criatividade e trabalho. O nome do projeto deriva de uma analogia feita a essas duas palavras (a segunda na sua versão em inglês), fazendo referência a duas qualidades inerentes aos profissionais dessa área: a capacidade de criar e a disposição para trabalhar duro. “É importante incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os microempreendedores individuais. Isoladamente, uma empresa representa pouco. Mas juntas, elas são decisivas para a economia de um país." Luiz Barretto Presidente do Sebrae
2
Incubadoras de empresas
Introdução
A definição mais comum para incubadora de empresas é a que envolve centro ou organização de apoio a empreendedores e micro empresários, mas a Amprotec vai além e consegue esclarecer melhor o que são essas entidades. Ela define: Incubadoras são instituições que têm o objetivo de apoiar empreendedores com ideias inovadoras a construírem empresas sustentáveis. São ofertados serviços de suporte em gestão, aperfeiçoamento do modelo de negócios e infraestrutura necessária ao desenvolvimento e consolidação da solução de negocio. (Amprotec, 2021) Historicamente as incubadoras são associadas a universidades e parques tecnológicos, mas atualmente elas se desenvolvem de diversas maneiras, sendo de iniciativa privada ou pública, e atuam em diferentes seguimentos como a indústria criativa, o setor de agronegócio e até no apoio a comunidades de baixa rende, com o modelo de incubadora social. No entanto, existem 3 principais modelos de incubadoras que devem ser destacados. São eles: Base tecnológicas - geralmente associadas a universidades ou institutos de pesquisa, abrigam empresas com tecnologia de alto valor agregado; Base tradicional se destinam a setores tradicionais da economia que queiram agregar valor a seus produtos e serviços, além de incrementos tecnológicos; Mistas abriga empresas de base tecnológica e setores tradicionais. A relação da incubadora de empresas com o desenvolvimento econômico é intrínseca. Ela é um agente de aquecimento econômico extremamente importante, pois faz a ligação entre as demandas da sociedade, os recurso e tecnologias nem sempre acessíveis e as empresas e empreendedores que se propõe a resolver ou suprir as necessidades atuais, mas nem sempre tem recursos pra isso.
3
Demandas da sociedade
Incubadoras de empresas
Recursos e tecnologias
Esquema que demostra o funcionamento de uma incubadora. Fonte: Anyele Silva, 2020. Adaptação: Autoria própria, 2021
Empresas e empreendedores
Aceleradora de startups Nos últimos anos o mercado consumidor se transformou e, com ele, as estruturas organizacionais de empreendedores e empresas também foram remodeladas. A principal mudança foi a quebra de paradigmas e padrões estabelecidos a décadas no setor empresarial. Anteriormente rentabilidade e estabilidade a longo prazo eram essenciais, hoje não mais. Entre os fatores que levaram a essas mudanças a criação das startups ganha destaque. Ditas como um modelo de negócio inovador e com baixo custo de manutenção as startups não são só isso. Segundo o Sebrae, uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócio repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Além disso, as startups costumam receber investimentos de forma menos convencionais, através de investidores anjo¹ e Crowdfunding². Neste categoria a lucratividade não é tão importante quanto a expansão do negócio e os investimentos podem ser pagos através de permuta, diferente do que acontece com empresas convencionais que geralmente são patrocinadas por empréstimos bancários. Nesse contexto, nasceram as Aceleradoras. Embora essas trabalhem, como as incubadoras, no estimulo a pequenas empresas, as Aceleradoras não precisam focar em uma necessidade previa, priorizando empresas escaláveis e com enorme potencial de crescimento, mesmo que esse crescimento envolva grandes riscos. Isso acontece porque aceleradoras são totalmente financiadas pelo setor privado, enquanto as incubadoras costumam receber algum investimento público.
IMAGEM 1
4
Breve histórico sobre a evolução dos espaços corporativos No início do século XX o modelo de gestão Taylorista influenciou não só as corporações mundo a fora, mas também a forma de ocupação dos espaços corporativos. A concepção dos ambientes preconizava a segregação espacial como meio de reafirmar as diferenças hierárquicas, visando o incentivo da competição interna e estimulo da individualidade. A racionalização era introduzida pela padronização do mobiliário e a rigidez do layout. Essa forma de ocupação administrativa foi dominante até a década de 50 quando um modelo de organização mais humanista teve maior disseminação. O chamado Landscape office ou escritório panorâmico previa espaços mais livres e menos compartimentados, porém ainda hierarquizados. Nesse período a ergonomia também começou a ser pensada. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, a exemplo da informática, foi necessário uma nova adequação dos ambientes de trabalho corporativos. Não eram mais necessárias divisórias até o teto ou uma definição tão rígida do espaço. Com isso, foram instalados biombos autoportantes que possibilitavam a passagem de fiação e ainda serviam de apoio ao material de escritório. As estações de trabalho ou cubículos permitiam a maior interação entre os funcionários, além de rapidez nas mudanças de layout. Dos anos 90 em diante a dinâmica de trabalho mudou drasticamente. Com a evolução constante da tecnologia e principalmente a criação da internet o conceito de escritórios não territoriais foi estabelecido e abriu espaço para o teletrabalho, o home office o escritório virtual e outros. Dessa modo, a infraestrutura física dos edifícios corporativos teve que mudar. Espaços amplamente abertos, flexibilidade, dinamismo e estimulo a coletividade foram as diretrizes dos dessas arquiteturas até que nos anos 2000 o conceito de Coworking surgiu para reafirmar tudo isso e introduzir novas formas de uso dos edifícios corporativas e de trabalho coletivo.
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Até os anos 50 Taylorismo
De 50 e 70
Landscape office
1980
1990
Escritórios não territoriais
Planta livre e estações de trabalho
Anos 2000 Coworking
Linha do tempo da evolução dos espaços corporativos IMAGEM 2, 3, 4, 5 e 6
6
Coworking Nova era dos espaços corporativos O coworking é um espaço de trabalho para os mais diversos tipos de empresas e profissionais, projetado para ser um ambiente que possibilite o networking, a inovação e a produtividade. A ideia é a otimização do espaço com a utilização do seu potencial máximo. Escritórios privados ou individuais, salas de reunião, áreas de descompressão e copa são ofertados com toda flexibilidade necessária para atender desde frelancers a empresas maiores. Segundo o senso de 2018 da Coworking Brasil o número de coworkings no pais cresceu cerca de 402%, saindo de 238 em 2015 para 1194 em 2018. E esse crescimento se deve ao fato de que o modelo de trabalho brasileiro mudou. Agora, a flexibilidade, a economia e o espaço de trabalho compartilhado são os principais interesses de novos empreendedores, o que torna tão necessária a expansão do coworking. +48%
1194 +114%
810
+52%
378 238 2015
2016
2017
2018
Mesmo com a pandemia de covd 19 o otimismo com relação ao futuro dos coworkings não mudou, muito pelo contrário a pandemia só acelerou o que já era tendência: a redução e o compartilhamento de espaços comerciais. A adaptação rápida do setor também contribuiu para esse otimismo e para a sobrevivência desses espaços durante a crise.
7
Estratégias dos coworkings para driblar a crise
65% Declarou ter utilizado descontos na hora de convencer os coworkers a permanecer;
35% Ofereceu um período de carência para o pagamento das mensalidades.
27% Parcelou os valores em aberto e diluiu nos meses seguintes.
14% Ofereceu cupons referentes aos valores já pagos que poderiam ser utilizados no futuro.
8
Perfil dos incubad
Gênero e idade média
50% Dos usuários de
incubadoras e coworkers são homens.
49% Dos usuários de
incubadoras e coworkers são mulheres
30 Anos é a media de
usuários desse tipo de espaço, com uma variação que vai de 18 a 60 anos.
9
Grau de escolaridade 44% são pós graduados
ou cursam pós graduação
38% São graduados 18% Tem superior
incompleto ou estão cursando
dos e coworkers
Perfil profissional e faturamento
Hábitos e estilo de vida
43% São proprietários da
42% Acessam o local de
31% são profissionais
71% Usam o local de 3 a 6x
37% Faturam até 5 mil
77% Se alimentando no
própria empresa.
independestes
reais mensais.
32% Faturam entre 5 e 15
transporte público ou a pé.
na semana.
ambiente de trabalho ou próximo.
mil reais mensais.
31% faturam acima de 15 mil reais mensais
10
11
Impacto da pandemia nas micro e pequenas empresas
De acordo com ministério da economia o seguimento de micro e pequenas empresas representa 99% dos negócios no Brasil e é responsável por 55% dos empregos gerados, mas com a crise sanitária causada pelo corona vírus alguns negócios chegaram a falência e outros tiveram perdas de 39% de sua receita. A segunda edição da pesquisa O impacto da pandemia de Coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae, atesta que o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas, o que equivale a 31% do total foi prejudicado pela crise. Outros 10,1 milhões, ou seja 58,9%, interromperam as atividades temporariamente. As politicas públicas de isolamento, o chamado lookdown, impostas por governos estaduais e municipais foi o motivo que levou a suspensão das atividades de 79% das empresas que deixaram de funcionar. Outras 21% pararam por conta própria. O Sebrae também enfatiza que a situação financeira da maioria das empresas, 73,4%, já não estava boa antes da crise. Quase a metade dos empresário, 49%, respondeu que as finanças estavam razoáveis e outros 24,4% responderam que estavam com as finanças ruins. Apesar de representar maior custo pra maioria das empresas, cerca de 57% do total, apenas 18,1% delas precisou fazer demissões para manter a saúde financeira do negócio, demitindo em média 3 colaboradores desde o início da crise. Diante de tamanhas perdas, seja dos empresários ou da população em geral com perda de postos de trabalho e disponibilidade de serviços, o setor teve que evoluir. Adaptações na infraestrutura gerencial, organizacional e física dessas empresas também foram observadas pelo estudo do Sebrae. Quando indagadas sobre o funcionamento da empresas durante a crise os empresários responderam: 58,9%
31%
6,6% Não mudou o funcionamento
3,5% mudou o funcionamento
Interrompeu o funcionamento
Fecharam a empresa de vez
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Crise econômica, recém formados e o mercado de trabalho A inserção no mercado de trabalho é o primeiro desafio encontrado por recém formados e estudantes universitários. Aqueles que tem pouca ou nenhuma experiência em suas áreas de atuação encontram ainda mais resistência de um mercado avido por experiência. Em 2020 esse cenário ficou mais desanimador. Segundo estudo realizado pelo IBGE no primeiro semestre do ano passado cerca de 27% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos estavam desempregados. Esse número aumentou em comparação com o trimestre anterior, quando o percentual era de 23,8%. Essa faixa etária é justamente a que concentra o maior número de universitários em cursos presenciais, conforme apontou o Semesp, e essa realidade ajudou a engordar o total de desempregados brasileiros que bateu recorde com 14 milhões de pessoas . Outros dados pertinentes sobre o assunto são revelados pela Instituto Ipsos, em pesquisa feita com 9 mil professores e estudantes em 19 países.
13
54%
Dos entrevistados acreditam que é necessário aumentar a inserção dos recém formados no mercado de trabalho.
63%
Dos ouvidos pela pesquisa afirmam que as universidades não foram capazes de oferecer ou ensinar as competências exigidas pelas empresas.
Apesar de toda essa dificuldade ter um diploma universitário ainda é vantajoso. O salário de pessoas graduadas é quase 3 vezes maior comparado ao de pessoas sem graduação. No entanto, outro problema ocorre em momentos de crise, a subtilização de mão de obra qualificada. Profissionais diplomados se submetem a um cargo que não aceitariam em situação de emprego pleno. Segundo o Fala! Universidades, startup brasileira especializada em universidades, para escapar do desemprego e do subemprego um número cada vez maior de recém formados opta pelo empreendedorismo, mesmo com medo e se sentindo despreparados.
77%
dos universitários entrevistados responderam que pretendem empreender
35%
pretendem empreender ainda durante o período da faculdade.
79%
desses estudantes dizem ter medo de empreender.
62%
dos que tem medo de empreender dizem que seu maior medo é não saber administrar sua empresa ou liderar sua equipe para o crescimento.
73%
é o percentual de jovens universitários que, quando questionados sobre o modelo de negócio, apostam em modelos híbridos ou totalmente digitais.
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Empreendedores da pandemia Não exatamente por vocação, mas principalmente por necessidade, em 2020 ocorreu o maior boom de empreendedores individuais (MEI’s) da história do Brasil. Segundo o Portal do empreendedor, do governo federal, foram cerca de 1,15 milhões de novas formalizações entre fevereiro e setembro do ano passado, um crescimento de 14,8% em um curto período de tempo. Considerando as baixas e exclusões, houve um total de mais de 1,8 milhões de inscritos em 2020, alcançando a marca de mais de 11,3 milhões de microempreendedores individuais formalizados, ou 56,7% de todos os negócios ativos no país.
“o número de novos empreendedores é expressivo, mas ainda há muitos na informalidade. Seja pela falta de informação ou pelo negócio em estágio inicial, há muitos empreendedores que não estão formalizados e há proteções importantes para eles, além do recolhimento de impostos para o governo”. Alexandre de Carvalho, Contador e fundador do portal EasyMei
Apesar da boa notícia quanto ao crescimento do números de MEI’s é preciso, no caso do empreendedor, construir, além da ideia de negocio, uma autogestão que envolva planejamento e organização para conseguir lidar com as oscilações e incerteza politicas e econômicas em um momento de crise nunca antes vivenciado. Inúmeras iniciativas para ajudar e dar certo nível de capacitação aos empreendedores foram criadas no auge da pandemia, mas nenhuma delas formal ou a longo prazo, que acompanhe o MEI da fase inicial do seu negocio ao crescimento dele.
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Segundo a Inovaparq existem 6 pilares de capacitação para um empreendedor. Gestão, contabilidade, financeiro, marketing, vendas e recursos humanos. O que contribui para a falência do empreendedor logo nos primeiros anos de seu negócio envolve, segundo o Sebrae, falta de conhecimento nesses seis pilares.
61%
Não receberam ajuda de pessoas ou instituições para a abertura de negócio.
Não planejaram como a empresa funcionaria em sua essência. Ex: período de férias.
42%
55%
Não calcularam o nível de vendas para cobrir custos e gerar o lucro pretendido.
Não conheciam aspectos legais do tipo de negócio que estavam implementando.
38%
Esse e outros aspectos contribuem para um taxa de mortalidade de empresas de 24,4% nos dois primeiros anos e de 50% nos 4 primeiros anos.
16
17
Centro do Rio: História e análise urbana
Muitas são as maneiras de começar a narrar a história do Rio de Janeiro e em todas elas o Centro da cidade segue como um dos personagens principais. As transformações urbanas, econômicas e culturais ocorridas ao longo dos séculos e dos diferentes tipos de governo que o Brasil teve (colonial, imperial e república) culminaram na cidade que temos hoje. Atualmente o Centro é predominantemente um bairro comercial, corporativo e, a partir dos esforços do governo municipal, turístico. Mas nem sempre foi assim. A partir da fundação da cidade Maravilhosa em 1567 ocorreu a ocupação do Morro do Castelo e a expansão do bairro. Uma malha desordenada surgiu em direção a rios e lagoas existentes, os caminhos criados tornaram-se ruas e essas abriram espaço para a ocupação das áreas onde atualmente encontra se os bairros da Gloria, Catete e a Praça Tiradentes. Entre 1650 e 1700 com crescimento do comércio marítimo a região portuária se tornou centro econômico e administrativo do município. Uma serie de aterramentos também ocorreram nesse período. A primeira mudança radical ocorrida na cidade foi a chegada da família real portuguesa em 1808. A recentemente nomeada capital do Brasil, em 1763, teve que se adequar aos padrões do império. Nesse período foram criadas importantes instituições como a Academia brasileira de arte e o Banco do Brasil. Nesse contexto também começaram as expedições cientificas na cidade. Com a assinatura da Lei Aurea em 1888 acontece mais um movimento de expansão. Dessa vez, liderado por ex-escravos que começaram a ocupar encostas e morros próximos ao centro. A tão famosa reforma modernizadora e higienista de Pereira Passos trouxe mais uma enxurrada de transformações em 1903. Abertura de ruas, desmonte do Morro do Castelo, a criação de estruturas de saneamento básico e a demolição de cortiços foram algumas das intervenções. A consolidação das favelas também ocorreu nesse época. A primeira delas foi o Morro da Providência. Hoje a região Central é o berço econômico carioca. A infraestrutura consolidada, equipamentos públicos, variedade de modais de transporte e uma densa estrutura de comercio e serviços tornam o bairro favorito para a inserção de novas empresas, mesmo com problemas evidentes como o esvaziamento nos fins de semana e o número baixo de residências .
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Um breve histórico da Rua da Quitanda Uma das mais antigas ruas do Centro do Rio é o local de implantação da Criativa Works. A necessidade de se falar da rua da Quitanda se dá não só pela importância que ela tem hoje, mas pela identidade histórica que ela carrega. Com uma variedade de nomes ao longo de sua vida o nome que a identifica atualmente se da pela antiga quitanda de mariscos que existia ali em 1686. A rua foi aberta como uma das primeiras vias da cidade. O intuito era criar uma ligação entre o extinto bairro da Misericórdia com o também extinto bairro da Prainha. Ela sai da Rua São Bento, e corre paralelamente à Av. Rio Branco, atravessando a Av. Presidente Vargas, e ruas tradicionais com a Alfândega, Ouvidor, Sete de Setembro e a rua da Assembleia, até terminar na Rua São José, próximo ao Edifício Garagem Menezes Cortes. Hoje a rua da Quitanda abriga diversos bens tombados e edifícios importantes como o Edifício Galeria, projetado por Joseph Gire em 1949. Nela também existem alguns vazios urbanos, como é o caso do terreno escolhido para implantar o projeto. Nele funciona um estacionamento. Sua configuração de uso é predominantemente comercial e de serviços, tem calçadas estreitas e apenas uma faixa de veículos em um único sentido, o que acaba lhe conferindo um caráter de compartilhamento entre veículos e pessoas.
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IMAGEM 7
Um breve histórico da Travessa do Ouvidor Algumas das peculiaridades exclusivas aos centros de cidades como o Centro da Metrópole carioca é a possibilidade de um edifício ou terreno ter fachada para duas ruas diferentes. E o que acontece com o terreno escolhido para sediar a Criativa Works. Como uma fachada para a rua da quitanda e outra para a travessa do ouvidor é necessário entender o contexto histórico e urbano que envolvem as duas vias. A história da Travessa do Ouvidor se mistura, ou melhor, está incorporada a história da Rua do Ouvidor. Criada exclusivamente para ser uma passagem entre a rua do ouvidor e a antiga Rua do Cano, hoje Sete de Setembro, a Travessa do Ouvidor teve papel de coadjuvante até o famoso musico de samba Pixinguinha passar a frequenta-la e fazer dela seu palco ao ar livre. Hoje a Travessa do ouvidor continua sendo uma via de passagem para pedestres e carrega mais do que só o seu icônico passado. Ela também é sede de edifícios comercias e corporativos, além de hospedar a Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro.
IMAGEM 8 e 9
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Terreno e entorno Rua da Quitanda 55, Centro do Rio - RJ.
CANDELARIA VLT CANDELARIA
CCBB
BARCAS URUGUAIANA PRES. VARGAS
500m
PALACIO DA JUSTICA
PRAÇA TIRADENTES
CARIOCA
1000m
PETROBRAS CATEDRAL METROPOLITANA
CINELANDIA
O terreno escolhido para implantar o projeto é hoje subutilizado , dando espaço a um estacionamento. Com TRAV. DO OUVIDOR duas fachadas, uma pra Travessa do Ouvidor e a outra pra Rua da Quitanda o terreno dispõe de uma área de 1440m². Com edificações de diferentes gabaritos no seu entorno a construção da Criativa Works no local levará em consideração as condicionantes de um contexto urbano já consolidado e tentará trazer uma configuração de edifício diferente para a região.
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RUA DA QUITANDA
IMAGENS 15, E 16
Como dito anteriormente o terreno tem duas fachadas, na 1º foto a visada da rua da quitanda onde funciona a entrada do estacionamento. Na 2º foto temos a vista da Travessa do ouvidor com a inscrição do estatua de tributo a Pinxinguinha na 3º foto. Com as imagens é possível entender melhor a configuração urbano extremamente adensado do entorno do terreno e verificar que apesar de viável não existe nenhuma passagem entre as duas fachadas do terreno.
Rua da quitanda
Trav. do ouvidor
Legislação: Área de Especial Interesse Urbanístico II: Destinada à projetos específicos de estruturação ou reestruturação, renovação e revitalização urbana. Gabarito: 4 vezes e meia a largura total do logradouro ( até 36m, 12 pavimentos de pé direto 3m)
Índice de Aproveitamento: 15,0 Afastamento Frontal e Lateral: Não existem. Taxa de Permeabilidade: 0% IMAGEM 10 e 11
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Mobilidade Urbana A região de implantação do projeto dispõe de uma variedade de modais de transporte. O terreno está a cerca de 2 min da estação de VLT sete de setembro, a 5 minutos da estação de metrô Carioca e a 9 minutos da estação das barcas. Por isso, usuários de transporte público tem total comodidade em acessar o local. Para os adeptos do uso de transporte sustentáveis existem cerca de 6 estações da BikeRio a uma distância confortável do terreno, a mais próxima a 2 minutos. Para usuários de veículos particulares existe o edifico garagem a 5 minutos e outro estacionamento a 7 minutos do terreno. Então, seguindo a tendência de valorização e incentivo do uso de transportes públicos e sustentáveis e de acordo com a disponibilidade de estacionamentos próximos ao local, o projeto do edifício visa não contar com estacionamento próprio.
Ponto de ônibus Estação das barcas Estações bike rio Estação de Metrô Estação de VLT Ed. Garagem e estacionamentos
0
250m
750m
Possíveis diretrizes e estratégias a serem adotados:
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Incentivo ao uso de transporte público
Hierarquia viária Por ser uma centralidade a região do projeto possui um grande fluxo de veículos em quase todas as suas vias, inclusive as locais. A construção do mapa de vias observou não só a hierarquia viária, mas também a conexão dessas vias com outros bairros para fazer a classificação. Logo, as vias que tem um extremo fluxo de veículos e fazem ligação direta com outros bairros foram classificadas como arteriais e, conforme a diminuição do fluxo e da conexão com outras regiões, se deram as classificações de vias coletoras e locais. As duas ruas que recebem as duas fachadas do terreno foram consideradas locais, sendo a Rua da Quitanda uma via compartilhada com fluxo de pedestre e veículos e a Travessa do Ouvidor classificada como via apenas de pedestres. Apesar da proximidade não existe conexão direta entre essas duas vias.
Arterial Coletora Local 0
250m
750m
Possíveis diretrizes e estratégias a serem adotados:
Permitir permeabilidade urbana
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Tipos de uso O Centro do Rio é múltiplo em muitas aspectos, mas no uso de suas edificações há uma singularidade: quase todas são de uso comercial/serviços. Esse inclusive foi um dos aspectos relevantes para a escolha do bairro como o local de implantação do projeto. O potencial de utilização do equipamento que será implantado ali pelas empresas da região é enorme e a possibilidade de networking também. O mapa também sinaliza o relevante número de universidades e cursos técnicos da região, polo de outro público alvo do projeto. Com isso, além de trazer conveniências para o usuário da edificação o projeto também propõe a utilização do espaço por frequentadores do bairro.
Comercial e serviços Inst. de ensino
universidades e cursos técnicos
Inst. públicas Cultural
Praças e largos Saúde
0
250m
750m
Possíveis diretrizes e estratégias a serem adotados:
No raio de 750m acima existem 8 universidades e 10 cursos técnicos, mas ao todo na região Central são: 11 Universidades: Mais próxima a 2 min a pé.
Mais distante a 7 min de bus.
15 Cursos ou escolas técnicas Mais próxima a 3 min a pé.
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Criação de área de conexão urbana
Criação de espaços verdes
Mais distante a 11 min de bus.
Gabaritos Com análise do mapa de gabaritos observa se mais uma multiplicidade do Centro do Rio: os diferentes gabaritos existentes. Dos mais baixos aos extremamente altos o Centro concentra praticamente todos. Em maior quantidade existem edificações de 1 a 16 pavimentos. No entanto, no entorno imediato ao terreno as edificações tem gabaritos em torno de 10 pavimentos, o que requer uma preocupação com questões de ventilação e insolação, abrindo espaço para o lançamento de diretrizes projetuais nesse sentido.
De 1 a 8 pavs. (até 24m)
De 9 a 16 pavs. (entre 27 e 49 m)
De 17 a 26 pavs. (entre 52 e 78m)
De 27 a 38 pavs. (entre 81 e 114m)
Acima de 38 pavs (acima de 14m)
0
250m
750m
Possíveis diretrizes e estratégias a serem adotados:
Prover ventilação natural
Manter gabarito das edificações do entorno imediato
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Figura e fundo Na analise do mapa de figura e fundo fica evidente o adensamento da região, com a maior parte das edificações preenchendo todo o lote. Fica restrito a ruas, passeios e avenidas de diferentes portes a existência de espaços públicos livres. Em quantidade quase insignificante vemos praças, largos e espaços verdes na direção da orla do bairro. Os resultados dessa análise, somado as resultados das anteriores, podem trazer diretrizes projetais relacionadas a criação de espaços livres e melhoria das condições ambientais geradas pelo intenso adensamento da área.
Vazios Cheios
Possíveis diretrizes e estratégias a serem adotados:
Criação de espaço público
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Insolação e ventilação Os estudos de ventilação da região revelam uma maior incidência de ventos vindos do sudeste. Contudo, devido a complexidade morfológica das edificações, observada nos mapas anteriores, a circulação do ar na região fica comprometida, gerando inclusive inúmeras ilhas de calor no bairro. O estudo da incidência solar revela a demanda que as edificações do bairro tem em atender aos requisitos mínimos de conforto térmico e incidência solar adequados. Entretanto, essa mesma incidência solar mostra um potencial de utilização na eficiência energética da edificação, com o uso de placas solares por exemplo.
Possíveis diretrizes e estratégias a serem adotados:
Promover conforto térmico
Privilegiar a iluminação natural
Usar as condicionantes locais para prover eficiência energética ao edifício
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Projeção de sombras Com um estudo de insolação mais aprofundado é possível analisar o impacto que as edificações do entorno do terreno tem sobre ele nas diversas estações do ano. No verão, por exemplo, fica claro a ausência de sombra no horário mais quente do dia, enquanto nos equinócios há existência de sombra em praticamente todo o dia, apesar da variação. Na estação onde a sombra não é muito desejado, o inverno, ela aparece praticamente todo o dia.
inverno
outono
primavera
verão
9:00
29
12:00
15:00
Síntese da análise urbana Na mapa síntese os principais aspectos negativos e positivos do bairro e entorno do terreno do projeto ficam evidentes.
Legendas: Usos
Vias
Transporte
Comercial e serviços
Arterial
Inst. de ensino universidades e cursos Inst. públicas
Coletora
Modais de transporte público
Local
Cultural Praças e largos Saúde
Aspectos positivos
Aspectos negativos
• Variedade e diversidade de modais de transporte público; • Entorno com concentração do público alvo e possíveis usuários do projeto.
• Pouca permeabilidade urbana • Poucos espaços de lazer e ou arborizados • Criação de ilhas de calor por conta alto gabarito dos prédios
30
31
Estudos de caso
CASA FIRJAN ARQUITETOS: ATELIE77 ÁREA: 6800M² ANO:2018 IMAGEM 12
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Situada no Bairro de Botafogo a Casa Firjan é uma incubadora voltada para o segmento da indústria criativa. Foi implantada no antigo terrena da família Guinle, ao lado do palacete Líneo de Paula que também abriga parte do programa da incubadora. A composição da volumetria do edifício no terreno leva em consideração o entorno imediato, condicionantes ambientais e a disposição dos acessos. Com isso, foram dispostos dois blocos de proporções adequadas as edificações existentes, um deles em frente ao palacete, criando uma praça central no terreno. Depois, o térreo, pavimento de acesso as áreas comuns, gera ligação entre os blocos e o programa subterrâneo. Para conexão dos blocos foi criado um elemento de ligação no último pavimento, sendo esse a cobertura de uma praça interna que permite um percurso vertical e continuo entre todos os setores do edifício. Esse percurso gera recortes na fachada, organizando as circulações em áreas externas, com ligação direta ao ambiente da praça externa e do palacete. Nas fachadas temos uma dinâmica mistura de painéis de brise para proteção solar e uma tecnologia que permite a apresentação de filmes na fachada da midiateca que avança para fora do conjunto.
Volumes
Programa
Percurso externo
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Cultural Praça interna, Midiateca, auditório, sala de exposição
Embasamento
Midiateca
Educacional Salas de aula, laboratórios específicos
Corporativo Coworking, salas de reunião, ateliers
Conexão e percurso
Fachada dinâmica
Administrativo Administração, Salas de reunião, direção
IMAGEM 13
34
Na implantação fica evidente a criação de dois acessos, um principal, na rua Guilhermina Guinle, e outro segundaria, na rua Dona Maria. Ao ir de um acesso a outro é criada uma linha de força no terreno, por onde acontece o maior parte do fluxo. Dessa linha de força saem as circulações para o palacete, para o café externo, os jardins e os diferentes acessos ao edifício principal da Casa Firjan.
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IMAGEM 14, 15 e 16
1
2
3
1. 2. 3.
Casa Firjan Palacete Líneo de Paula Café externo
Pré existência Nova edificação
Acesso pedestres Acesso Veículos
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Perspectiva
Salas de aula, coordenação pedagógica Salas de reunião, salas corporativas Laboratórios Salas administrativas Escritórios adm Midiateca
Auditório, praça interna Foyer/ exposição Loja
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Acesso Restaurante
Corte AA
A circulação vertical continua, mencionada anteriormente, também fica clara nesse corte.
Corte BB
No corte BB fica clara a intenção do projeto de apropriação do espaço pelo usuário através da praça interna. Além disso, as estratégias bioclimaticas que renderam ao edifício o 2º lugar do premio Saint-Gobain habitat sustentável também ficam expostas.
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Iluminação natural pela cobertura
O edifício de escritórios Ícone, localizado em Luxemburgo, aborda as tendências atuais para ambientes de trabalho como a elaboração de layouts flexíveis, o uso de vegetação interna, permeabilidade visual e a criação espaços de colaboração e por isso se torna uma referência para esse projeto Fluidez visual interna
Vegetação interna
Malha estrutural racional
Criação de espaços de reunião e encontros informais
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IMAGEM 18
ICONE – EDIFICIO DE ESCRITÓRIOS ARQUITETOS: NORMAM FOSTER + PARTNERS ÁREA: 18.900M² ANO:2022
40
41
Diretrizes projetuais e estratégias associadas
Estética Arquitetônica Arquitetura contemporânea
• Uso de superfícies coloridas • Fachada dinâmica • Malha racional • Composição em volumes
Usuário e construção Promover a colaboração entre os usuários; Fluidez visual ; Trazer conexão entre usuários.
• Criar espaços de co criação entre áreas privadas • Uso de fechamentos translúcidos e vazados • Uso de vegetação nos ambientes comuns
Entorno e construção
Entorno e construção
Criar permeabilidade urbana; Criar espaço de conexão urbana; Respeitar gabarito do entorno.
Promover a eficiência energética
• Permitir circulação de pedestres pelo terreno • Criar praça pública • Manter gabarito da edificação até 24m
• Prover ventilação natural • Privilegiar iluminação natural • uso de placas solares
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Programa de necessidades
Convívio e conexão
Após análise das referencias anteriores, pesquisa de campo feita no Instituto Gênesis (incubadora de empresas do mesmo seguimento proposto) e consultoria online feita com representantes da WeWork (rede de coworkings) foi possível estruturar o programa de necessidades com capacidade para 400 pessoas. Ambiente Recepção/ hall principal Praça de convivência Salão de eventos Banheiros Restaurante Café
Q 1 1 1 2 1 1
M² 60 128 150 8 112 60
Total 60 128 150 16 112 60 526m²
Incubação e aceleração
Hall da incubação/convivência Escritórios de germinação Escritórios de incubação P Escritórios de incubação M Salas de assistência Sala multiuso Laboratório de tecnologia Espaço de coworking Banheiros Espaços de convivência Varandas Impressão/ papelaria
1 8 10 18 2 4 1 1 2 1 2 1
60 8 12 16 12 16 60 124 14 84 dd* 12
60 64 120 288 24 64 60 124 28 84 88 12
Serviços
1016m²
Hall de serviço/descompressão Segurança Supervisão Vestiários Copa Deposito geral DML geral Área técnica geral Lixo
1 1 1 2 1 1 1 1 1
72 12 12 14 16 12 12 17 17
72 12 12 28 16 12 12 17 17
ADM
198m²
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Administrativo Direção geral Coordenação geral Copa Banheiro do administrativo
*Diferentes dimensões
1 1 1 1 1
132 14 12 16 6
132 14 12 16 6 180m²
Ambiente
Corporativo
Hall da incubação/convivência Escritórios corporativo P Escritórios corporativo M Salas multiuso Espaço de coworking Banheiros Espaços de convivência Varandas Impressão/ papelaria
Q
M²
1 8 8 2 1 2 1 1 1
60 16 32 16 96 14 72 48 12
Total 60 128 256 32 96 28 72 48 12
Educacional
732m²
Hall do educ/convivência Salas de aula Midiateca Sala dos professores Coordenação pedagógica Direção pedagógica Banheiros Espaços de convivência Varandas Impressão/ papelaria
1 10 1 1 1 2 1 1 3 1
60 16 70 24 12 12 14 32 dd* 12
60 160 70 24 12 12 28 32 96 12 506m²
ÁREA TOTAL: 4167m² (Com 30% de circulação vertical e horizontal)
6% 6% 32% 16%
Gráfico de áreas por setor
No gráfico de áreas é possível notar que os setores de incubação corporativo ocupam mais da metade do programa da Criativa Works, com quase 60% do total. 16% 23%
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Conceito O conceito do projeto busca resumir a proposta da criativa Works de criar um espaço que não seja apenas de conexão entre profissionais, mas de co criação, colaboração e desenvolvimento.
Co criação
45
Colaboração
Desenvolvimento
MODULAÇÃO 1
MODULAÇÃO 2
MODULAÇÃO 3
Modulação dinâmica A tradução desse conceito em arquitetura explora um sistema de modulação para criar fluidez e interação entre espaços de trabalho privados e ambientes de co criação, proporcionando flexibilidade necessária aos espaços de trabalho atuais. Logo, as possibilidades se tornam quase infinitas: criação de novos espaços (sejam eles formais ou informais), dinâmica de layouts e redimensionamento de escritórios de acordo a demanda dos usuários.
Partido 46
Fluxograma TÉRREO
Acesso principal
Hall de serviços
Área de serviços
Hall principal
Praça central Circ. vertical
Acesso de serviço
Salas de aula
Café e Restaurante
1º PAV.
Germinação Espaço de convivência
Midiateca
ADM
2º PAV. Escritorios de incubação
Espaço de convivência Circ. vertical
Espaços de Co criação
Escritórios corporativos
Espaço de convivência
Espaços de Co criação
Auditório
Espaço de convivencia
3º PAV. Escritórios corporativos Espaço de convivência
Legenda
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Convívio e conexão
Incubação e aceleração
Serviços
Educacional
Corporativo
Administrativo
Estudo da forma
Mallha Criação da malha no terreno
Térreo Criado a partir da malha com espaço pra circulação de pedestres pelo lote e praça central interna.
1º Pavimento Criado partir da malha com ventilação natural
2º Pavimento Criado partir da malha com ventilação natural
3º Pavimento Criado a partir da malha com ventilação natural
A forma final Foi feito o uso de cor na fachada junto com painéis vazados para a proteção solar.
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Estratégias projetuais Perspectiva Composição em volumes
Circulação de ar pela fachada (painéis metálicos vazados)
Fechamentos translúcidos Uso de vegetação externa
Superfícies coloridas
Criação de espaço de conexão urbana (praça pública Fachada dinâmica
Permeabilidade urbana (Cir. de pedestres pelo lote)
Estratégias projetuais Corte perspectivado Ventilação e iluminação natural pela claraboia Capitação de energia solar
Fluidez Visual interna
Espaços de Co criação e colaboração
Uso de cor em áreas comuns
Praça central interna Ventilação natural em todas as áreas comuns
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Sistema estrutural O sistema estrutural do projeto é composto por vigas e pilares metálicos e segue a malha proposta inicialmente, com variações de vãos de 4, 8 e 12m, de acordo com a modulação dos andares e da necessidade dos espaços dos mesmos.
Conexão viga pilar
Pilares perfil I
50
Implantação
Piso Intertravado com grama
Mobiliário urbano colorido
0
51
m
20m
Na implantação é possível entender melhor como funcionam os fluxos do projeto diretrizes. Os acesso principal e de serviço ficaram voltados para a Rua da Quita pessoas. Por meio do terreno é possível acessar a Trav. Do Ouvidor e a grande praç área mais permeável e devolvendo um espaço público a cidade, duas premissas de maximizar o aproveitamento solar interno, outra diretriz.
Placas de energia sola
Pavimento técnico Claraboia
o e como foram implementadas algumas anda, que concentra maior circulação de a pública que foi criada, tornando assim a projeto. Na cobertura uma claraboia para
Piso intertravado
LEGENDAS: ACESSO PRINCIPAL ACESSO SERVIÇO ACESSO RESTAURANTE PERMEABILIDADE URBANA
52
Térreo
2
Convivência e serviços 7
10m
0
53
20m
1
Acesso serviço
A
Acesso principal
9
10
11
Parede vazada (cobogo)
8 12 1
Corredor posterior com circulação de ar cruzada
13
6
5
2
Vão pra circulação de ar interna 14
15
3 16
17
4
A
LEGENDA 1 HALL PRINCIPAL 2 PRAÇA CENTRAL INTERNA 3 CAFÉ 4 RESTAURANTE 5 WC FEMININO 6 WC MASCULINO 7 PRAÇA PÚBLICA 8 HALL SERVIÇO/ DESCOMPRESSÃO 9 SUPERVISÃO 10 SEGURANÇA 11 COPA SERVIÇO 12 DEPOSITO GERAL 13 ÁREA TÉCNICA GERAL 14 DML GERAL 15 VESTIÁRIO FEMININO 16 VESTIÁRIO MASCULINO 17 LIXO
54
1º Pavimento
2
Educacional e administrativo
25
26
22
10m
0
55
20m
24
23
1
A
17
28
16
16
18
18
18
18
18
18
18
18
16
Escritórios de germinação 8m² - 2 pessoas
Salas de aula 15
2
21
5 19
20
6
16
16
16
16
16
16
A
LEGENDA 5 WC FEMININO 6 WC MASCULINO 15 HALL DO 1º PAVIMENTO 16 SALAS DE AULA 17 MIDIATECA 18 ESCRITÓRIOS DE GERMINAÇÃO 19 SALAS DOS PROFESSORES 20 COODERNAÇÃO PEDAGOGICA 21 DIREÇÃO PEDAGOGICA 22 ESPAÇO ADMINISTRATIVO 23 CORDENAÇÃO GERAL 24 DIREÇÃO GERAL 25 COPA ADM 26 LAVABO ADM 27 VARANDAS
56
2º Pavimento
2
Incubação
28
2 29 32
2
31
30
10m
0
57
20m
29
29
1
A 28
29
29
29
29
29
29
29
29
29
29
29
29 29
Escritórios de incubação 12m² - 3 pessoas
29 2 29 2 15
29
Escritórios de incubação 24m² - de 6 a 8 pessoas
5
33
Escritórios de incubação 16m² - 4 pessoas
6
29
29
2
A
LEGENDA 2 ESPAÇO DE CONVÍVIO 5 WC FEMININO 6 WC MASCULINO 15 HALL DO 2º PAVIMENTO 28 VARANDAS 29 SESCRITÓRIOS DE INCUBAÇÃO 30 SALAS DE ASSISTENCIAS 31 SALAS MULTIUSO 32 LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA 33 COWORKING
58
2º Pavimento
Corporativo
2
34
34
3
34
34
3
34
34
10m
0
59
20m
A
1
Escritórios corporativos (sede de empresas) 40m² - 10 a 12 pessoas
34 34 34 34 34 34
34
34
34
15
33
Escritórios corporativos 12m² - 3 a 4 pessoas
Escritórios corporativos 16m² - 4 a 5 pessoas
Escritórios corporativos (sede de empresas) 24m² - 6 a 8 pessoas
5 2
6
34
28
34 35
LEGENDA 2 ESPAÇO DE CONVÍVIIO 5 WC FEMININO 6 WC MASCULINO 15 HALL 3º PAVIMENTO 28 VARANDAS 33 COWORKING 34 ESCRITORIOS CORPORATIVOS 35 SALÃO DE EVENTOS
A
60
Corte AA
Escritórios corporativos Escritórios de incubação Escritórios de germinação
Descompressão
0
61
10m
20m
+22.50
Pav. técnico +18.00
Salão de eventos +13.50
Escritórios de incubação
+9.00
Salas de aula +4.50
Restaurante +0.10
00
62
Painéis metálicos vazados
Fachada
Fachada 1 - Oeste Painéis metálicos
Fachada 3 - Sul
0
63
10m
20m
Vidro
o colorido
Vidro
a 2 - Norte
Composição de fachadas As fachadas são compostas basicamente por 3 tipos de materiais: Painéis metálicos vazados, painéis metálicos convencionais e vidros coloridos.
64
65
66
67
68
69
70
71
Referencias bibliográficas e imagéticas
Referências Bibliograficas
Incubadoras na contemporaneidade e a evolução dos espaços corporativos. • Artigo – incubadoras de empresas – Voitto • Artigo - Como as incubadoras de empresas podem ajudar o seu negócio – Sebrae • Artigo – Incubadoras em operação – Amprotec • Artigo – O que são startups – Associação Brasileira de startups • Artigo – a evolução dos espaços corporativos – RD design • Artigo - a evolução dos escritóriod – worksolution • Artigo – o que é coworking - beercoffe Brasil • Pesquisa – Como o mercado de coqorking superou a crise – coworking brasil • Senso coworkin brasil – o perfil dos incubados e coworkers A crise econômica e os setores atingidos por ela. • Pesquisa: “O Impacto da pandemia de corona vírus nos Pequenos Negócios – 2ª edição” – Sebrae – 2020 • Pesquisa: universitárops brasileiros pensam em empreender – R7 – 2020 • Pesquisa: Causa Mortis das empresas - Sebrae • Pesquisa Crise econômica brasileira e o mercado de trabalho as dificuldades de • Recém-formados em conseguir o primeiro emprego – Conic Semesp – 2020 • Pesquisa: Brasil deve atingir marca histórica de empreendedorismo – GEM , IBQP e Sebrae • Artigo - A importância da capacitação para os empreendedores – Inovaparq – 2017 • Artigo - Pandemia faz Brasil ter recorde de novos empreendedores Pedro Vilela – Agencia Brasil • Artigo - Desemprego entre recém-formados: os desafios de conseguir uma vaga na área de formação – Patrícia Carvalho - 2020 • Artigo: Veja as medidas de apoio do governo aos pequenos negócios – Sebrae – 2020 • Artigo - O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios – Sebrae 2020 • Artigo – recém formados enfrentam emprego e subemprego – nube - 2019 • Portal do ministério da economia Centro do rio – histórico e analise urbana • “História do Rio de Janeiro” – Lacon – UERJ • “Historia do Morro do Castelo – Diário do Rio • “História da Rua Quitanda e seus muitos nomes” - Diário do Rio • “Historia da rua do ouvidor – Rio de janeiro aqui • Legislação do Centro do Rio – Legislação bairro a bairro Estudos de Caso • Casa Firjan – Atelie77 • Iconê – Norman fortes site • Saadat Abad e Arcoworking – archiday Brasil
Referências Bibliograficas • • • • • • •
Imagem 1 - freepick Imagem 2, 3, 4, 5 e 6 - arqteoria – aula sobre a evolução do desenho Imagem 7, 8 e 9 - diário de rio Imagem 10 e 11 - imagens de autoria da autora Imagem 12, 13, 14, 15 e 16 – atelie77 Imagem 18 – Norman foster site Imagem 19 e 20 – Archdaily brasil
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