Elementos básicos lv 2013 1 student version

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E!"#"$%& B'()*& +, C-#.$)*,çã- V)(.,! O que precisamos para nos comunicar visualmente

Sequencial de Produção de Moda – FURB Edecon 2013-1 Disciplina Linguagem Visual Profa. Melissa Haag


Todo material visual possui em suas formas mais simples os seguintes elementos:


Ponto

Cor

Linha

Textura

Forma

Escala

Direção

Dimensão

Tom

Movimento


•  A escolha e a manipulação

destes elementos visuais está nas mãos do criador.

•  As opções são infinitas. •  Os elementos são os

ingredientes básicos para desenvolver o pensamento e a comunicação visual.


Ponto


Ponto... •  Unidade visual

mínima, mais simples e irredutível, servindo como referência, o ponto tem sempre grande poder sobre o olho exercendo sobre este grande atração visual.


Ponto Muitos pontos juntos têm a capacidade de ligarem-se e dirigir o olhar e intensifica-se essa capacidade aproximando os pontos. Em números grandes e justapostos os pontos dão a ilusão de tom ou cor.


Ponto


Pontos


Ponto Na natureza é a formulação mais comum. A reta e o quadrado são raros. Qualquer material líquido quando é vertido sobre uma superfície assume uma forma arredondada, mesmo que esta não simule um ponto perfeito. Quando fazemos uma marca, pensamos nesse elemento visual como um ponto de referência ou indicador de espaço.


Linha


Linha ...

Quando os pontos estão tão próximos entre si que não se pode identificá-los, aumenta-se o poder de direção e temos outro elemento visual: a linha, que também pode ser descrita como um ponto em movimento.


Linha •  A linha nas artes visuais

nunca é estática.

•  Usada para articular a

forma é um elemento fundamental da prévisualização, tornando visível o que ainda não existe.


Ex: flexível, técnica...


Ex: precisa, rigorosa...


Ex: gestual, rรกpida...


Ex: esboรงo


Ex: no cotidiano


A linha

•  Reflete a intenção do

criador, seus sentimentos e emoções mais pessoais e sobretudo, sua visão.

o  Imprecisa o  Indisciplinada o  Delicada o  Nítida o  Grosseira o  Hesitante...


Linha (desenhistas)


Linha (Sin City)


Linha (estilistas)


Forma


Forma...

•  A linha descreve uma forma.


As três formas básicas são: •  o quadrado • o círculo e • o triângulo eqüilátero.

Todas as formas tem características específicas e significados atribuídos, sendo alguns deles:


Quadrado: honestidade, retid達o, esmero.


Triângulo: ação, conflito, tensão.


Círculo: infinitude, calidez, proteção.


•  Da combinação e

variação das formas básicas temos todas as formas físicas da natureza e da imaginação do homem.


Direção


As formas básicas expressam três direções visuais básicas: •  Quadrado: direção horizontal e vertical. •  Triângulo: direção diagonal. •  Círculo: direção curva.


Horizontal/Vertical •  A direção horizontal/

vertical é a referência primária do homem em termos de bem estar. •  Está relacionada ao seu

próprio equilíbrio e também ao equilíbrio de todas as coisas construídas e desenhadas.


Diagonal •  A diagonal está

relacionada à idéia de instabilidade, e por ser mais instável é também mais provocadora da percepção, sendo seu significado ameaçador e perturbador.


Curva •  A curva está associada

à abrangência, repetição e calidez (calor).


Tom


Tom •  Vemos graças à

presença ou ausência de luz.

•  Porém ela não se irradia

por igual no ambiente. Os objetos também refletem de modo variado a luz em sua superfície.


Tom Vivemos em um mundo dimensional, e o tom, com suas gradações diferentes de claro e escuro, contrastando e reforçando-se mutuamente, nos faz perceber essa dimensão.

Devido ao tom vemos o movimento súbito, a profundidade, a distância.


Tom •  Na natureza •  Entre a luz total e a

obscuridade total existem centenas de gradações tonais.

•  No pigmento •  Do branco ao preto

pode-se chegar a 30, 35 tons de cinza. Pigmentos e tintas, simulam o tom natural.


Tom O tom é muito usado nos desenhos de perspectiva principalmente com formas básicas, já que é com o acréscimo de sombra que reforçamos a sensação de dimensão.


Cor


•  O que primeiro percebemos ao

visualizar uma roupa, uma imagem?


•  Pesquisas

indicam que a nossa primeira reação é causada pela cor.


Essa reação é seguida:

•  Pelo interesse quanto ao desenho do modelo; •  Pela sensação tátil da roupa; •  Pela avaliação do preço.



Círculo cromático

•  Contém as

cores primárias, secundárias e mais algumas misturas de matizes.


Cores primárias •  Não podem ser formadas pela soma de outras

cores. •  As cores primárias da subtrativa (pigmento) são as secundárias na aditiva (luz) e vice-versa.


Cores secundárias

•  São formadas pela

mistura de duas cores primárias em quantidades iguais.


Cores complementares

•  São oticamente opostas. •  No círculo de cores ficam

em lados opostos.

•  Verde-Magenta •  Vermelho-Ciano •  Amarelo-Azul


Cores complementares Contraste simultâneo •  Se colocadas lado a lado, cores complementares

com a mesma luminosidade causam intensidade visual maior do que suas intensidades reais – o chamado contraste simultâneo.


Cores terciárias

•  Mistura de uma cor

primária com uma secundária.

•  Uma cor terciária é

sempre complementar a outra cor terciária (oposta no círculo crom.) Anil= ciano + azul Violeta= magenta + azul


Cores análogas

•  São as cores com

nuanças em comum, que ficam adjacentes no círculo de cores.



As cores desempenham funções •  Organizar, •  chamar atenção, •  destacar, •  criar planos de

percepção, •  hierarquizar informações, •  direcionar o olhar…


•  A cor pode ser usada como elemento de

design para realçar ou valorizar uma parte do corpo e criar ou desfazer um ponto focal.






Diferenças de percepção A percepção da cor é o mais emocional dos elementos. Tem grande força e podemos tirar proveito para expressar e intensificar a informação visual.


Sendo pessoal, a cor nos traz um sentimento próprio. Se o vermelho pra alguém traz a sensação de paixão, temos que entender que para muitos não, pode ser de raiva.


Azul esverdeado ou Verde Azulado? Os objetos não tem uma cor absoluta, e sim uma frequência que, quando refletida pela luz, nos traz uma informação interpretada como a cor X ou Y, e isso é pessoal.


Mudanças de percepção: a luz •  Um dia cinzento ou

uma luz fluorescente podem afetar a percepção de uma cor.

•  Até a cor da luz

natural de um país é levada em conta no ramo de tingimento de tecidos.


Contexto da cor •  A cor é um fenômeno

altamente relativo: As cores mudam de aparência dependendo do contexto. Em qualquer esquema de cor, tão importante quanto a identidade de uma cor em particular é a sua relação com as outras cores da composição.


Contexto da cor •  Uma cor fosca pode

ficar mais brilhante, uma cor forte pode ser suavizada, uma cor individual pode mudar sua identidade de vĂĄrias maneiras, dependendo das cores que a cercam.


Escolha cores x pessoa Na hora de escolher as cores levar em conta os efeitos que causa nos tons de pele, cabelo e olhos.


Mais Atenção à faixa etária e à cor de pele dominante do público-alvo.



Aspectos culturais •  Há uma série de

convenções sociais e significados simbólicos associados às cores.


Rosa x Azul Até a década de 1940, o rosa foi considerado adequado para os meninos, porque estava ligado ao vermelho uma cor masculina, enquanto que o azul era considerado adequado às meninas, porque era uma cor mais delicada e sutil, e relacionada com a Virgem Maria. Desde a década de 1940, a norma social aparentemente inverteu para que se tornasse adequado o rosa para meninas e azul adequado para os meninos, uma prática que tem continuado no século XXI.







Marilyn Monroe no filme O Pecado Mora ao Lado, 1955.






•  O uso da cor é um

dos aspectos mais atraentes da criação.

•  Uma boa dica é

construir uma biblioteca de cores com retalhos de tecido e papel, para ajudar a perceber quais cores combinam.


Textura


Textura

•  É o elemento visual que às

vezes substitui as qualidades de outro sentido, o tato.

•  Ou podemos reconhecer

por ambos.


Textura

•  Em uma página impressa a

textura é apenas visual.

•  Em um tecido a textura pode

ser real, ótica e tátil. O julgamento do olho pode ser confirmado pelo da mão. É ou parece ser?


Escala


Escala •  Elementos visuais, quando juntos numa composição,

modificam e definem uns aos outros.

•  Esse processo em si constitui o elemento escala.


Escala


Escala

•  Uma mesma cor pode ser brilhante ou apagada,

dependendo da cor que está atrás ou ao lado, como também determinado quadrado pode parecer grande em uma composição e pequeno na outra.

•  Em outras palavras o grande não existe sem o

pequeno, existindo a escala pela comparação.


Escala - cores


Dimens達o


Dimensão •  A dimensão existe no mundo

real. Podemos senti-la e vêla.

•  A dimensão em formatos

bidimensionais é uma ilusão.

•  Nas representações visuais

como desenho, pintura, cinema, etc ela é apenas uma ilusão e o principal artifício para simulá-la é a perspectiva, cujos efeitos podem ser intensificados com a manipulação tonal através do claro e escuro.


Dimensão •  A perspectiva tem

fórmulas exatas, com regras múltiplas e complexas. Recorre à linha para criar efeitos e sua intenção final é criar uma sensação de realidade.


Dimens達o


Dimensão •  Na fotografia

predomina a perspectiva.

•  Ela simula a

dimensão como o olho humano, porém o olho tem uma ampla visão periférica, coisa que a câmera não consegue reproduzir.


A dimensão na moda

•  A moda trabalha com a

dimensão real, assim como a arquitetura, a escultura, o design industrial...

•  Requer a capacidade de pré-

visualizar e planejar em tamanho natural.


Arte Julian Beever – arte simulando 3D


Arte


Arte


Movimento


•  Assim como a

dimensão, o movimento como elemento visual é frequentemente sugerido.

•  Uma das forças visuais

mais dominantes na experiência humana.


Movimento •  Enquanto tal só

existe no cinema, na televisão ou em objetos visuais com componente de movimento.


Movimento •  A sugestão de

movimento numa manifestação estática é usada para descrever tensões e ritmos compositivos nos dados visuais.


Mesmo no cinema esse movimento não é 'real' já que ele acontece pelo efeito produzido em nossos olhos. Fenômeno fisiológico chamado de persistência da visão (emenda as imagens uma na outra).


Referências

ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual, São Paulo: Pioneira/EDUSP, 1997. DONDIS, Donis A.. Sintaxe da Linguagem Visual, São Paulo: Martins Fontes, 1999.


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