Poesias: o refúgio de uma alma romântica ISBN 323-314-591-474 Direitos reservados ao autor.
Antonio Ilson Kotoviski Filho Edição Independente Curitiba 2003
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Dedicatória. “Esta coletânea poética é dedicada a todos os leitores que gentilmente reservam um tempo de suas preciosas vidas para viajarem nos devaneios que as poesias proporcionam”.
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Apresentação
A referente obra foi elaborada em 2003 e por efeito se tornou a terceira de minhas criações poéticas. Não logrou a sorte de ser lançada por meio físico. Porém, depois de 10 anos ganha uma versão digital para chegar aos quatro cantos do mundo. Ideias que ganharam vida, através de palavras, versos e poesias. Assim nasceu mais uma obra poética com a missão de falar de amor sem denegri-lo ou tornálo melancólico, mas de exaltá-lo mostrando ao mundo que o amor existe e resiste dentro de todos os seres humanos do planeta. Manifestado nas mais diversas formas e sentidos. Um grande sinal que o amor é forte dentro de nós é a poesia que constantemente redigimos no livro da vida ou que a procuramos quando buscamos refugio para o conforto de nossa alma. Porém, esta poesia que falo é recitada por imagens, sons, sentimentos, acontecimentos... É universal, complexa, ambígua, metafórica. É percebida sempre! Porém são poucas as pessoas que buscam senti-las mais profundamente. Estas poesias podem ser captadas e interpretadas de acordo com o momento que vive a pessoa. Porém, existem pessoas que não se contentam em senti-la só, e por este motivo a expressam das mais diversas maneiras. Divulgando o amor para todos. Eu sou uma dessas pessoas, na qual, sinto-me no dever de manifestar mesmo que ambiguamente os segredos do amor. Pois, sei que alguém poderá um dia em sua vida aproveitar algumas das muitas mensagens que minhas poesias passam. Já que, como o título desse livro sugere, a poesia é o refúgio da alma.
Antonio Ilson Kotoviski Filho. kotovski@ig.com.br
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Capitulo I
Para o meu grande amor!
“O amor é um mestre admirável que nos ensina sermos o que nunca fomos, e muitas vezes, com as suas lições, mudam completamente os nossos costumes”. (Molière)
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Poesia introdutória Um novo começo, Novos versos, Infinitas mensagens, Incontáveis interpretações. Mais um livro de poesias, poemas e trovas. Todas dedicadas á alguém! Ou serão dedicadas á alguém? Pois o assunto que elas tratam é o amor. Cada breve criação, É a observação do amor em suas diversas manifestações. Desde na tradicional forma romântica e apaixonada, Há sua manifestação universal. Muitas são as poesias, Mas quantas se identificarão com você? Talvez uma, duas, várias. Eis que isso só você saberá. Saberá se ler com o coração, Sem muito o auxilio da razão, Apenas com um simples ato de reflexão. Porque ler, quase todos sabem, mas compreender o que leu... Amor adolescente Tenho saudades do tempo, Em que não compreendia o amor, Mas o vivia sem se preocupar com isso. Tenho saudades do tempo, Em que se vivia o amor. Sem necessitar de um motivo. Tenho a saudade do tempo, Em que o amor era puro, E não uma fantasia de interesse e objetivos sociais e materiais. Tenho tantas saudades desse tempo, Que nele eu parei. Porém apaixonado por alguém, Que nele finjo acreditar.
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Sonhar é provar existência. Para você eu existo sem existir, Sou alguém que um dia passou, E no passado ficou. Mas se eu não existisse, Será que seu presente existiria? Ou seria um sonho que você desejaria realizar? Quantas vezes você desejou por alguém que implorasse seus zelos? Se eu não existisse. Quem escreveria, tendo você como inspiração? Se eu não existisse. Quem a imortalizaria na história da literatura? Se eu não existisse, Você até poderia sorrir, viver... Mas passaria em branco uma parte de sua história. Pois ela deixaria de existir, No momento em que você deixasse seu corpo para partir. A sorte sua, é que eu existo. E você ainda existe para mim. E é a sua existência, que me faz sonhar. E quem sonha vive, porque fazem os seus sonhos existirem na realidade. Custe o custo que custar. Porque por um sonho, se doa uma vida inteira. Tudo em prol de um breve minuto de satisfação. Cartas Como alternativa de tanger sua alma, Minhas tentativas se resumiram em propostas, Redigidas com a ambigüidade sentimental, Que só as folhas de papéis entendem. Estas incontáveis folhas; carregam a minha história. A história de um apaixonado. Pois as mensagens falavam por si só, E contavam tudo sobre mim, Sem se quer, eu querer isso, Pois, elas são o reflexo de minha alma, De meu mundo e de minha personalidade. E mesmo que eu redigisse minha biografia, Não seria tão exata e nem convincente, Quanto o reflexo que a poesia tem de seu autor. Pois ela é tão perfeita quanto a isto, Que não nos deixa mentir, mesmo se tentarmos. E mesmo assim, sua alma continua intangível. Gostaria de saber por quê?
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Por que do silêncio, por que não existiu uma satisfação? Mistérios que fazem meu ser sofrer. Sofrer em meio ao nada, Não pelo amor que se sonha, mas porque não o conhece. Porque tens medo do arrependimento posterior de sua indecisa e confusa resposta. Motivos Quando tencionei seu amor, Não foi apenas para satisfazer meu desejo. Mas para desvendar os mistérios, Da mitificação que se perpetuou dentro do meu ser. Vejo você como um “passaporte”, Que abrirá as fronteiras da vida para mim. Mas vejo você como uma guia, Cujo seus zelos me indicarão sempre o melhor roteiro dessa viagem. Não sei quanto tempo esta viagem poderá durar, Mas será suficiente para que eu me integre ao mundo. Que um dia deixei só para viver exclusivamente no seu. A importância de seu amor Seu amor é importante, Porque dele renascerá a minha vida. Seu amor é importante, Porque com ele deixarei de ser um rebelde sem causa contra o seu mundo. Seu amor é importante, Porque é dele que nasce o meu desejo de experimentá-lo. Seu amor é importante, Porque é ele que me guiará para o rumo certo da vida. Seu amor é importante, Porque é importante tentar amar, quem te ama. Sendo o seu amor importante, Por que não doá-lo? Eis que o amor é algo que mesmo se doe sempre, Nunca acaba, Nunca diminui, Mas só aumenta! Então por que não doa-lo para mim? Quem sabe não esteja ai seu primeiro passo rumo à verdadeira felicidade! Quero tocá-la com a alma E na folha de papel, Que tento mostrar para você o céu, Mas o seu desinteresse por isso é cruel.
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Pois você não parece acreditar, Que alguém possa para o céu levar, Com apenas um simples gesto de te “tocar”. Este gesto de tocar, Pode se expressar, Com um verdadeiro ato de beijar. Ou um sincero olhar. Pois este gesto quando oriundos da alma, Transmitem uma calma, Que nos faz viajar sem nos preocupar, Para um mundo onde, os sentimentos bons, poderão se experimentar. Encontros De frente ao desconhecido, Nada pode passar despercebido, Nem os sentimentos escondidos, Captados pelo sexto sentido. Um silêncio se propaga, No intervalo das poucas palavras, Que aos poucos vão criando coragem, Em buscar uma fluente e sedutora linguagem. As horas passam rápido, Forçando-nos a sermos mais arrojados, E com um gesto não pensado, Provoca uma situação percebendo ser provocado. E sem perceber sinto o toque de um olhar, Correspondido com uma aproximação, E inevitavelmente começo a beijar, Sem se preocupar, se isto é certo ou não. E assim começo a conhecer, Todos os segredos de uma alma, Sem necessitar de palavras para me responder, Sobre o desejo que não sabia como viver.
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Queria... Queria evitar, Em só você pensar. Mesmo sabendo que a perdi, Ainda desse sonho não desisti, Mesmo vendo aos poucos você partir. Queria poder explicar, Porque quero tanto te amar. Mas não consigo, Pois estas respostas surgem de pensamentos ambíguos. Que muitas vezes “não estão comigo”. Queria poder crescer, Talvez assim consiga entender. Como as manifestações do amor devem acontecer, Para que assim eu tenha um exemplo de como fazer, Para você me compreender. Não quero morrer, Sem seu mundo conhecer, E nele realizar, Todos os desejos, que vivi a fabular, Sem ter o receio de a minha e a sua vida machucar. Quem ama não erra! Aonde eu errei? Será que foi no momento que te encontrei? Ou foram as atitudes românticas que tomei? Fico a pensar, Como fui me enganar, Nos métodos para conquistar, Aquela que eu iria amar. Mas logo percebi, Que neste passado em que vivo a refletir. Em nenhum momento eu errei, Tudo porque eu amei! Eis que sempre busquei através da verdade, O amor, na mais bruta realidade, Sem deixar meus sentimentos penderem à promiscuidade.
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Quantas vezes Quantas já são as últimas vezes? Que te peço, Imploro, Humilho-se, Choro... Tudo porque, Não consigo controlar, A vontade de te amar, Amar? Ou desejar? Essa confusão, Que afeta minha razão, Atrapalha-me em tomar uma decisão. Pois não sei se quero o teu coração, Ou satisfazer as minhas ilusões. Quando digo que é a última vez, Saiba que é a última vez no dia, Na semana, Ou até na infinidade de um mês, Mas nunca da vida! Inventar para conquistar? Não preciso esconder, Minhas intenções por você, Mas não consigo expressar, Um gesto para convencê-la a me amar. Pois ao invés de eu facilitar, Comecei a complicar, Pois quis te impressionar, Com palavras de amor, que vivo a inventar. Quis fazer algo diferente, Que em ti acendesse, O fogo da paixão, E aquecesse com minha alma o seu coração. Quis de uma situação indefinida, Criar um romance para você lembrar para a vida, Mas não consegui,
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E em um abismo sem fundo cai. Para dessa queda livre, escapar, Terei que voar, E um coração conquistar, Mas sem inventar! Amigo secreto Só ocultando a minha identidade, Eu consegui expressar minha vontade, De revelar-te as minhas intimidades. E assim despertá-lhe à curiosidade, De saber quem dedica tal afinidade. Não sei em quem pensou, Nem se gostou, Ou pelo menos de mim desconfiou, Eis que tentei explicar, Porque de ti comecei a gostar. Minhas palavras expressavam uma estima, Mas também um conseqüente enigma, Para você aos poucos saber, Quem é o admirador que lhe ousa escrever, Para você decidir se deve ou não este amor corresponder. Mas como explicar, Os motivos que levam-me a esconder-se atrás de palavras. Eis que não é a timidez, Mas sim um receio de errar, E para sempre não conseguir te amar. Salve-me Vendo você passar, Não consegui me controlar, Então corri para te alcançar, Para uma poesia a ti recitar. Recitei o amor, Que em mim se tornara dor, Porque sonhei com uma flor, Sem se preocupar com um único espinho protetor. Agora quando vejo você passar,
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Eu começo a chorar, Sem conseguir controlar, Minha irresponsável mania de sonhar. Mas agora que estou em sua frente, Quero que fique ciente, Que esse amor me deixou doente, E a cura esta em se gesto mais coerente. Salve-me desse destino fatal, Não existe nenhum mal, Em despertar um sentimento tão especial, Para salvar este humilde mortal. Afrodite Conversei com Afrodite, Acredite! Ela tinha uma beleza, Superior aos encantos da Natureza. Devido a sua perfeição, Até parecia fruto da minha imaginação, Uma real ilusão, Que tirou-me a ação. Seus longos e lisos cabelos dourados, Combinavam com seus olhos esverdeados, Seu corpo parecia ser moldado, Sem falar de seus lábios tão delicados. Seu olhar era de sedução, Seu toque era a perdição, Suas palavras carregavam a paixão, E minha ingenuidade era o meu caixão. Ela nem precisava me mandar, Eis que instintivamente já sabia como me comportar, E ao natural, Vivi um momento especial. Então ela partiu, Mas antes ela sorriu, E com um último beijo se despediu, E voltou para o seu mundo vazio.
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Tirana Reinando soberana sobre meus pensamentos, Atormenta-me com sua lembrança a todo, momento, Impotente a tudo isto, apenas lamento, Naufragando em um mar de lágrimas, História de revoluções e transformações dos sentimentos Atenuada apenas pelo meu proposital afogamento. Mensagens perdidas Com uma crédula esperança, Imaginei que você fosse ler, E consequentemente entender, As mensagens que muito têm à dizer, Sobre a minha intenção de te querer. Mas para a minha surpresa, Toda a minha romântica proeza, Desfez-se na incerteza, Que assombra Vossa Alteza, Fazendo-me sentir a tristeza. Se uma de minhas mensagens você ler, Minhas nobres intenções; irá conhecer, E talvez assim comece a me compreender, Evitando que por sua causa, eu continue a sofrer. Tudo porque um dia você deixou estas mensagens se perderem. A divindade irresponsável Cúpido seu irresponsável, Suas brincadeiras deixaram meu coração vulnerável, Pois todas as vezes que vejo uma dama pela minha frente passando, Começo a “sentir” aquele “encanto”, E nela, o dia todo fico pensando. Minha vida mudou, Quando a sua flechada em meu coração acertou, Pois ele muito sangrou, Ao perceber que você errou, O coração da dama com quem ele sempre sonhou. Sei que errar faz parte da vida de um mortal. Mas você é imortal! Ou melhor, um Deus!
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Eis que é fruto do amor do Deus da guerra (Marte), Com a Deusa do amor (Vênus). É por este motivo que digo que brincas, Diverte-se vendo simples mortais implorarem o amor, Até serem destruído pela dor, A mesma que Vossa Divindade um dia viveu e deve ter esquecido, A ponto de preferir ter morrido se pudesse, do quê ter um dia vivido. Crystal, leia minhas poesias! Princesa de cristal, Por que interpretas mal, Estas mensagens com o amor vital? Rainha de diamante, Tudo o que eu queria, era ser seu amante. Poderia ser por vários dias ou por um breve instante. Lady Crystal, Sua ilusória lembrança imortal, Para mim esta sendo uma realidade fatal, Um eterno temporal. Que deveria à muito ter passado, Se Vossa Alteza tivesse lido e às interpretados, Pelo menos por curiosidade, As minhas simples, porém verídicas mensagens. Condenado Em minha vida você entrou, E tudo uma bagunça virou, Até o meu rumo mudou, Por este motivo que não sei onde estou, Mas por sorte ainda sei quem sou. Sinto-me em um labirinto sem paredes, Preso em uma prisão sem muro, No meio de uma estrada sem vias, Resolvendo uma complexa equação, Sem ter uma mínima noção do que estou fazendo. É um mundo “virado”, Onde o que é certo, está completamente errado, Até parece que este mundo foi inventado,
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Mas falta ser terminado, Para não se tornar um lugar para condenados. Não sei quando vou deixá-lo, Pois minha única alternativa e conquistá-la, E assim libertar-me, Mas isto até agora é um sonho, Impossível e medonho. Onde esta? Onde estarás a mulher que faça-me novamente sonhar? Tudo com apenas um breve olhar, Daqueles que não necessita de palavras para complementar, Um convite para desfrutar, Toda a magia da arte de amar! Faz tempo que espero, Alguém que seja sincero, Para não ter o receio de falar, Os motivos porque quer me amar, Sem precisar inventar. Será que essa mulher existe? Ou será mais um sonho que em minha mente persiste? Não procuro a perfeição, Mas uma garota que ainda haja com o coração, E sinta o amor com satisfação. Talvez até já tenha cruzado com alguma, Mas não percebi esta uma. Isto porque insisto em escolher. Aquela que deve o meu amor ter. Sem notar que várias donzelas; vivo a perder. Italiana No tempo do Colégio, Eu tinha muitas colegas, Mas uma me chamou a atenção, Eis que esta me despertava uma sensação, Diferente daquela que eu havia vivido até então. Era um sentimento diferente do desejo, Era mais que uma atração física, Muito parecido com reações químicas,
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Despertadas por profundo beijo, Mas que não me deixara sem “jeito”. Apesar de toda esta magia, Nunca tive coragem, De recitar uma romântica mensagem, E assim viver uma poesia, Mas algo dentro de mim me impedia. O tempo passou, E nossa amizade continuou, Mas nós não nos víamos freqüentemente, Apenas raramente, Atiçando os sentimentos por ela remanescentes. Mas agora compreendo o que é, Eis que é o verdadeiro e puro amor, Que não surge como uma louca paixão, Mas como uma atração pelo seu “todo”. Espero um dia dizer que gosto de você. Falta de interesse Eu queria impressionar, Com palavras que à fizesse acreditar, Que ao meu lado a felicidade é fácil de encontrar. Quis te mostrar, O que poucos conseguem provar, O doce gosto de ver um sonho sentimental se realizar. Infelizmente você até agora não quis acreditar. Em nenhuma das mensagens que os poemas tentaram passar. Talvez porque nunca interessou-se em tê-los lidos. Deixando-me sem respostas, esperançoso mas perdido. Preciso de suas respostas, Mesmo que sejam opostas, A tudo que sonhei, E que loucamente externei. Leia! Comece lendo esta poesia, Mesmo que esta não carregue a magia, De uma mensagem bela, Como a estorinha da Cinderela.
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Esta poesia esta sendo elaborada, Para chamar-lhe à atenção, Que as palavras sem razão, Querem mostrar um mundo além da paixão. Busco o seu interesse, Em desbravar cada um de meus poemas, Para que sinta o seu coração queimar, Sem eu necessitar tocar-lhe. Mas este não é apenas o meu único objetivo, Pois quero mostrar, Que não existem motivos para me evitar, Pois só quero te amar e não à prejudicar. Este amor que peço, Poderia ser doado com um simples beijo, Que satisfaria o meu desejo, E para sempre lhe deixaria, se assim quisesse. Pois a minha imagem, Foi criada em cima do receio, E não do que realmente eu sou, E é isto que eu tanto tento explicar. Hipóteses Os velhos objetivos corrompem, meu destino, Utilizam-se de artimanhas utópicas para seduzir-me, E assim cegam-me para o mundo que eu começava a desbravar. Gostaria de explicar que força de sedução é esta, Que me atrai, e leva a pensar em você. São sentimentos carregados com um ar de missão, Algo como se fosse uma porta a ser aberta para uma nova vida. Poderia considerar isto que sinto como doença mental, Mas não acredito que seja, Pois não as sinto como algo que leve-me a um destino fatal. Creio que esta inexplicável ligação, Seja realmente uma grande missão, Mas não tenho idéias para fundamentá-las, E assim por um fim a esta situação.
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Ilha da fantasia Hoje parei para observar, O que se passava à minha volta, Percebi que eu havia transformando-me em ilha, Pois estava cercado por um oceano de sonhos. Percebi estar isolado do mundo, Vi a necessidade de voltar ao continente, Porém o mar que me cercava, Era tenebroso, mais ao mesmo tempo sedutor. O que fazer? Um barco para levar-me de vez em quando ao continente? Ou uma ponte; para manter-me constantemente ligado à realidade? Uma dúvida, decisão ou solução? Meus sonhos, são o conforto que meu espírito possui, Minha realidade é o sentimento palpável dos meus sonhos realizados. Minha ilha é meu Reino, O continente é o Reino de Vossa Alteza. Como um sonho sobrevive sem a realidade? E como a realidade sobrevive sem um sonho? Mundos diferentes, mas com afinidades recíprocas, Assim como eu e você! Vaga recordação Talvez eu seja uma vaga lembrança, Iludido por um sentimento de esperança, Fazendo-me agir como uma criança, Que sonha com o impossível, Mas que deixa de realizar o que pode ser possível. Sou um fantasma, Que ronda sua vida, Aparecendo de vez em quando, Sempre procurando, Conquistar-te. Por mais verdadeiro que sejam minhas palavras, Por mais nobres que sejam minhas atitudes, Por mais belas que sejam minhas intenções, Passo uma imagem de canastrão, E isso me traz só decepção.
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Minha imagem, Não traz uma verdadeira mensagem, Capaz de dá-la fundamentos para julgar-me, Pois o verdadeiro julgamento, Esta na avaliação e análise de meus sentimentos. Se hoje eu sou uma vaga lembrança, Amanhã poderei ser uma eterna recordação, Pois eu sou um escravo do coração, Fazendo de tudo para sentir a sua paixão, Do jeito como tocam as românticas canções. Zumbi Enfeitiçado por seus encantos, Vago pelo mundo dos sonhos, Cegamente esbarrando na realidade, Sempre buscando a felicidade. Meus pensamentos, São momentos irreais, Tornando-me imortal, Enquanto vago derradeiramente. Minha realidade é ser um morto vivo, Guiado apenas pela luz de sua imagem, Que a cada dia torna-se mais utópica, E infelizmente menos real. Eis que viciei-me no sonho, Ao ponto, de deixar a realidade passar, Pois contentei-me com o amor fragmentado, De tanto ter sua resposta esperado. Saga de poeta A poesia fluente, Que transmito em livros, Possui sua fonte em uma paixão, Que ainda não existe uma explicação. É um amor que começou, No momento em que uma dança você apresentou, E com ela você elevou, Os meus sonhos a uma realidade próxima.
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Algum tempo passou, Mas por obra do destino a gente se cruzou, E o sonho em realidade se tornou, Mas por um incidente a realidade acabou. Os anos passaram, mas você não! E na tentativa de conquistá-la, Muitas loucuras românticas; realizei, Mas infelizmente, sua alma; não tangi. Como última alternativa, Mostrei através de poesias, minha vida, Meus objetivos, propostas e sentimentos, Que infelizmente passaram como o vento. Do que sobrou das poesias, Foi somente a magia, Que encanta outros corações, Realizando incontáveis paixões. Minha saga agora é escrever, É ver as minhas poesias se realizarem, O sonho de casais que eu nem conheço, Mas que provam que minhas palavras eram verídicas. Bom senso Quer me julgar, Então o faça com prudência e conhecimento, Não use seu pensamento, Visando uma única direção. Sabedora que te adoro tanto, Que prova queres que lhe de disso? Será que existe necessidade? Ou prefere mentiras ao invés da verdade? Conheço a sua realidade, O suficiente para me dar motivos para tê-la, E você conhece a minha verdadeira realidade? Ou conhece a minha irrealidade? Bom senso; será que você o possui? Ou acha que não precisa dele? Ou o perdeu entre as opiniões alheias? Uma contradição do verdadeiro juízo.
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O meu caminho é o seu Por caminhos diferentes andamos, Mas às vezes tento em seu caminho andar, Para alcançá-la e para o paraíso de realizações levá-la. Não sei se isto é certo, Mas errado não é, Pois corro atrás do amor! Talvez você nem sinta estar sendo seguida, Ou sabe e finge que não sabe. Tudo para confundir-me, E observar nas minhas atitudes, as respostas que procura. O que queres saber? Pois minha vida é um livro. De mensagens metafóricas e ambíguas. Porém feito a “minha imagem e semelhança”. Almas fundidas Nunca senti a verdadeira tristeza, Porque fui abençoado em perceber e viver as mais diversas alegrias. Como poderia eu falar do desamor? Se foi através dele que á desejei utopicamente. Seria uma ilusão eu chorar e esquece-la, Pois mesmo sendo um sonho, o destino pode trazê-la um dia para mim. Sua ausência poderia me perturbar, Porém carrego sua lembrança que tem o poder de consolar-me. Gostaria muito de recitar palavras de amor, Olhando profundamente em seus olhos verdes, Só para sentir acontecer, O seu toque em meus lábios, Fazendo-me sentir a fusão de nossas almas. Brilho estrelar Foi sonhando em ser o sol de sua vida, Que aprendi a importância de contentar-me em ser uma estrela. Pois percebi que mesmo o Sol possuindo um poderoso brilho, Este mesmo brilho impede que se olhe diretamente a sua verdadeira face. Já as estrelas pequeninas, Possuem um brilho suficiente para chamar a nossa atenção,
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Eis que não ofusca a nossa visão, O que nos permite olharmos a sua face. Porém pensei em ser a Lua, Mas logo percebi que mesmo a Lua sendo bela, E não ofuscar a visão com se brilho, Ela mostra apenas uma face, e esconde a outra. Como uma estrela, divido o firmamento com outros astros, Porém existem nuvens que encobrem o meu brilho, Mas pacientemente espero elas passarem. Para cintilar um dia a sua vida. Donzela Não sei se devo, Render-me aos meus sentimentos, Despertados no momento que à vi. É um sentimento honesto, Que não fundá-se em desejos mais quentes, Mas tem o poder de me deixar contente. Pois você impõem respeito, Sem necessitar pedir. É simpática, E ainda não possui atitudes enigmáticas. Age como donzela, Além de ser muito bela, Mas mesmo assim tenho prudência, Para que eu não sinta peso na consciência. Saudade Lembrança trazida da relação conflituosa, Da matéria, do tempo, do momento e de nossos sentimentos. Que perdidos estavam nos caminhos de nossa mente, Que inexplicavelmente se cruzam, Trazendo com isso a saudade de alguém muito especial, Mas traz também a triste consciência que nenhuma saudade por nós existe, Nos pensamentos dessa pessoa especial. É uma imagem viva, mas de sentimentos bons mortos. Como gostaria de viver novamente a realidade, Dessa dolorida saudade. Que tem você como uma viva imagem,
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E meus sonhos e esperanças como conforto. Pois até as palavras expressam esta saudade, Revelando meus sentimentos sem eu querer. Carinhos com amor O teu açucarado beijo, As suas suaves carícias, Atiçam meus desejos, É uma inexplicável delícia. O sabor do amor, Sente-se com o toque, Seja quando tocamos a alma, Ou quando tocamos a carne. Neste mundo sentimental, O toque carnal, Complementa a sensação espiritual, Elevando-nos a um estágio universal. Mas este estágio universal, Poucos conseguem alcançar, Pois só o alcança, Quem ama de verdade. Quem “ama” sem amor, Só satisfaz seus desejos, Com derradeiras sensações, Que começam e terminam com beijos. Resposta chave Por que ainda não desisti? Faço-me esta pergunta todos os dias, E toda vez que vejo meu sonho de amor passar. Será o amor? Será a curiosidade de saber por que o destino nos mantém separados? Será teimosia? Quantas vezes refleti sobre esta e outras perguntas. Muitas foram às conclusões, Mas nenhuma satisfatória. Todas traziam um mistério.
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Hoje, não sei se estou apaixonado por Vossa Alteza, Ou se estou obcecado em desvendar este mistério. Tenho receios, mas ao mesmo tempo necessito dessas respostas. Pois sei que as respostas serão as chaves para os portões que obstruem meus caminhos. Receios Às vezes tenho medo de decepcionar-se com o que criei. Pois idealizei um mundo utópico, Para senti-lo no mundo real. Sempre estive ciente que a perfeição só existe nos sonhos. Porém meu receio é sentir as qualidades negativas, Mais fluentemente que as qualidades positivas. Preocupações de um apaixonado que perdeu-se no seu próprio mundo. Mas uma preocupação real. Pois ela corre na vida das pessoas a todo segundo. E em todos os lugares do nosso planeta. Mas este “medo” não apaga o meu desejo, De sentir o corpo de Vossa Alteza, Fluir entre o meu. Pois minha vida é o meu sonho. Desejo resguardado Por palavras tento chegar até você. Arrisco meus sentimentos. Tudo para a sua atenção conseguir. Recito o amor. Invoco a magia mais pura, bela e fascinante. Compulsivamente guiado pelo coração. Irresponsavelmente errando para acertar. Atrevidamente consciente. Meu novo sonho. É o caminho à felicidade. Universalmente realizador. Bom motivo para amar. Especialmente se tratando de nobre dama. Muito te quero bem.
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Desesperado Como eu poderia prever. Que o meu desejo se tornaria tão sério. Nunca deveria ter deixado o sonho dominar-me. Afastando-a de mim. Mostre-me como você quer que eu seja. Para que eu mereça sua atenção. Eu preciso saber. Eis que a solidão esta corroendo-me. Ainda acredito em um grande romance. Dê-me uma chance. E trilhe meus caminhos só mais uma vez. Pois você é minha fonte vital. Estou cego diante de sua radiante luz. Quase tudo faria por você, Mas não foi assim que planejei, Pois nunca planejei apaixonar-me por você! Areia do deserto A areia que o vento facilmente carrega, Eu assoprei ao redor do mundo. Sem ter a certeza porque disto. Qual o significado disto? Estive com esses grãos de areias tantas vezes, Assim como as palavras que se ligaram em minha mente. O que pensar disto? O que mais você pode ser do que as coisas que eles dizem que seria? Diga que você me ama, Fique e me abrace, Quero ser seu garoto, minha dourada garota. Nunca percebi, Que é tão fácil perder você, Pois você é como a areia, que o vento leva. Declaração ao vento Declarei meu amor ao vento, E ele espalhou-se sem destino.
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Declarei meu amor às paredes, E a resposta foi um eco. Sonhei apoiado em palavras, Na esperança de sentir as conseqüências dela. Mas o silêncio foi a única conseqüência. Gostaria de compreender o silêncio, Para conversar com você. Pois parece a única linguagem que entende. Sinto em ter-me declarado, Por não sentir a sua reação. Mesmo sendo ela um revés de tudo aquilo que eu objetivava. Pois assim eu teria as respostas que me fariam parar de sonhar. Noites Em noites de insônia, Onde a realidade de não tê-la, Confronta-se com o sonho de tê-la. Observo o tempo passar, Sob a trilha sonora da noite, Apavorante mas fascinante. No silêncio da noite, Apavoro-se com o vazio, E compara-o a solidão, Minha tormentosa realidade. Mas a noite possui um céu, Que confortá-me, E uma serenata de sons, Que mostra que mesmo em um deserto, pode haver esperança.
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Capítulo II
“A vida através de mensagens”.
“O homem nunca sabe do que é capaz até que é obrigado a tentar”. (DICKENS, Charles).
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Choradeira O ar que se movimenta, Parece tentar algo dizer, O céu escurece, calando as estrelas, De repente uma luz, em seguida um urro. Parece que o céu não suporta ver, O que o breve instante luminoso mostra. Em urro, a urro, assustando que o escuta. Então ele começa chorar. Breves lágrimas caem, nem justificam tantos urros. Porém de repente uma seqüência incontável de luzes, E ele não urra. Mas desanda a chorar, Suas lágrimas são pesadas e ensurdecedoras ao tocarem o chão. Descubro então que as lágrimas falam, Pois elas são o reflexo do que pensamos enquanto à escutamos. E elas me dizem que o céu não chora de tristeza e nem por alegria. Mas chora pelos homens que não conseguem chorar. Chora por aqueles que temem a bonança, devido ao medo das tempestades posteriores. Mensagens Na expressão silenciosa de um entardecer, Existe uma mensagem que nos ensina a renascer, Mesmo sem saber o que é para entender, Nos dá um motivo para viver. Esta mensagem se completa com o luar, Que inspira todos os seres que querem amar, Para terem em suas vidas, uma história para recordar, A qual, nem á morte pode apagar. Mas existe a alvorada, Que anuncia sempre uma nova jornada, Em um caminho que não admite paradas, Mesmo para as pessoas que se acham fracassadas. Pois nos relâmpagos das tempestades, Estão às luzes das oportunidades, Mesmo sendo eles acompanhados do trovão, Um obstáculo a ser enfrentado, em busca da solução. Pois em cada mensagem de luz, Que a natureza produz.
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Esta nos faz rever, Nossa maneira de viver. Todo o amor é uma nova história Quando um amor vira história, Afetando nossa vital trajetória, Torna-se difícil apaga-lo da memória, Mesmo tendo uma explicação satisfatória. Não sabemos o que fazer, Pois qualquer atitude que tomamos, Nos leva a sofrer. Mas temos que crescer, Se não paramos de viver, Pois a vida, Só possui o caminho de “ida”. O nosso dever, é as conseqüências dessa história enfrentar. Para que nos caminhos da vida possamos voltar a andar. E novamente uma nova história de amor criar! Solidão As miragens da paixão, São frutos dos sedentos desejos do coração, Em meio do deserto da solidão. Neste gelado mundo, Os sentimentos mais profundos, Despertam sem poder serem compartilhados, E consequentemente não experimentados. Estas ilusões, São sentimentos que não possuem ações, É como um sonho que nasce morto. Que não se transforma, Apenas se deforma, É um temeroso pesadelo, Que não permite compreende-lo.
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Recaída Vinte e oito primaveras, E ainda não sei qual o destino que me espera, Só sei que começa a faltar areia, Nas ampulhetas que controlam a minha vida, Tudo passa tão rápido, E eu aqui parado. Esperando um empurrão, Que me faça ir para alguma direção, Espero uma ocasião, Para dizer que os assuntos do coração, Aparentemente trazem a decepção, Quando não encontram razão, Para explicar a solidão, De um coração partido, De um tempo dedicado perdido, E de um sonho falido, Que nos arremessam ao chão, Fazendo-nos sentir os efeitos colaterais da paixão. Destino desconhecido III Poderia eu andar entre sombras e desertos, Mas saberia onde iria. Poderia eu andar entre florestas, Mas saberia o que encontraria. Poderia eu escalar as maiores montanhas, Mas saberia o que do alto eu veria. Mas quando eu desbravo o destino, Fico perdido, Tenho uma idéia para onde ir, Mas não uma certeza que lá vou chegar, E tão pouco do que irei pelo caminho encontrar, E nem a certeza de como irei ver o que fui procurar. Mesmo temendo o que pode acontecer, Eu enfrento este caminho só para crescer, E quem sabe encontrar, Aquilo que vivo a sonhar, Mas não consigo notar, Enquanto este caminho não terminar.
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O mundo não pode estar errado! Queria apenas conquistar um amor mais profundo, Mas sem perceber conquistei o mundo, Com as mesmas poesias, Que não conseguiram a simpatia, Daquela que carregava o amor que tanto eu queria. Como poderia explicar, Que apaixonados usam as minhas poesias para encantarem, Aquelas pessoas com quem pretendem o amor compartilharem, E conseguem com sucesso conquistarem. E com isso seus sonhos sentimentais realizarem. Mas como explicar, A impotência dessas mesmas palavras, Quando as pretendo usa-las, Para conquistar, O coração daquela que pretendo amar. A explicação esta nas aceitações, Dos mais variados corações, Das mais diversas nações, Que comprovam que minhas poesias, Foi lida por quem não merecia o amor que eu oferecia. Só me restou á satisfação, De saber que minhas mensagens, Em suas viagens, Levam a realização. Do amor de pessoas do estrangeiro e de toda a minha nação. Poeta herege? Lecionando sobre a Igreja Medieval, Abordei o assunto sobre a Inquisição, Explicando que os inquisidores para conter o “mal”, Fiscalizavam qualquer tipo de manifestação. Seja ela política, cultural ou social. Após a análise da explicação, Fiz em silêncio uma auto regressão, Que me fez imaginar, As situações que eu como poeta iria enfrentar, Pois naquele tempo, eu não poderia se expressar, Criando mensagens poéticas que mostram o dom de amar.
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A Igreja Medieval pregava o dom de amar, Mas relacionado a ideologia espiritual, Diferentes de minhas mensagens, Que transmitem uma idéia espiritual, Relacionada com o carnal e individual, Mas nunca com um sentido de transmitir o mal. Mas mesmo na inocência do amor que transmito, Sem querer criar seguidores, Minhas idéias seriam corruptíveis para a época, E me julgariam como herege ou até mesmo como bruxo, E cometeriam o absurdo, de me queimarem, Sem de uma forma justa, me julgarem. Mas graças ao Renascimento Cultural, E aos movimentos da Reforma Protestante, Que deixaram a igreja mais liberal. Posso falar de um amor formal e até de um amor carnal. Sem desrespeitar os princípios da moral. Agradeço a Deus por ter nascido no século atual. Último sonhador? Por eu ser um sonhador, Sem muito me esforçar, Arrisquei meus primeiros passos como escritor. Comecei falando de amor, Com características que não negam meu dom de sonhador, Pois, valiosas ideias tento propor. Esse mundo que me permeia, É um mundo que consiste, Em um amor que existe, Mas que muitos fingem em não encontra-lo, Pois possuem o temor de enfrentá-lo. Eis que as pessoas tornaram-se cépticas. Não acreditam mais em visões poéticas, Pois desvirtuaram a ética, Criando um novo juízo do amor. Colocando em extinção o “ser” sonhador.
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O que é vida? A vida, É uma poesia para o escritor, Uma imagem para o pintor, E uma musica para o compositor. A vida, É a essência do sonho, É a essência da realidade, É a essência do pós-fatalidade! A vida, É como o tempo, números e palavras, Nunca acaba, Apenas renova-se, em uma nova visão e perspectiva. A vida, É uma questão, De muitas explicações, Das mais diversas razões. A vida, É um padrão infinito, Descrito na infinidade de acontecimentos cotidianos, Que se repetem e se repetirão em incontáveis anos. Não quero morrer! Quando escrevo um livro, A minha intenção não é tanto a de vendê-lo, Mas sim é a de deixar uma lembrança de minha existência, Para que depois que eu morrer, Ninguém venha a me esquecer. Não busco a fama de ser um grande escritor, Apesar de assim parecer. Mas quero viver, Depois que eu morrer, Nas palavras de quem meus versos ler. Pois, minhas palavras são a minha história, De derrotas e vitórias, São o reflexo da minha natureza, Que se expressa na beleza, De poesias escritas com atos de nobreza.
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Universitária Na busca pelo conhecimento, Ás explicações do professor; fico atento, Mas existem dias, que é difícil à atenção prestar. Pois tenho uma colega que não me deixa na aula concentrar-me. Não que ela seja bagunceira, E tão pouco conversadeira, O problema é que ela é muito excitante, Provocando-me sem saber, a todo instante. Faz-me acordado sonhar, Com as mais diversas situações, Todas relacionadas com as loucuras do coração, Geralmente uma idéia sem coesão. Às vezes eu fico até com coragem para cortejá-la, Mas começo a lembrar, Que poço me apaixonar. E um preço muito alto por este sentimento pagar. Arrumando o passado Irei minha máquina do tempo ligar, Eis que é o rádio que vou usar. E em uma estação vou sintonizar, E nas musicas que tocar, No tempo irei retornar. O som e a letra de uma canção, Trazem-me a recordação, Os momentos mais felizes de uma paixão, Como também lembram a pior decepção. Como pode várias canções, Mexer com os nossos corações, Aponto de trazer recordações, Que tentamos esquecer, Sem precisar para isso morrer. Talvez seja a melodia, Que uma energia irradia, Fazendo despertar, O que tentamos enterrar,
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Isso pode acontecer, Porque deixamos de terminar, O que, um dia resolvemos começar, Mas nos decepcionamo-se, Deixando esse destino sem o enfrentar. Muitas vezes a musica nos mostra a solução, Em uma simples missão, A de nosso passado enfrentar, E os maus entendidos resolver, E o nosso destino completar. O amor não desbravado Em meio a tanta desordem, Na atual nova ordem, Ainda é possível encontrar, O amor puro que muitos dizem que se extinguiu. A partir do momento que a moral se poluiu. É um sentimento raro, Ás vezes muito caro, Pois não se encontra em qualquer lugar, E nem vive por muito tempo. Pois logo é seduzido pelos caminhos sombrios dos desejos. A pureza de um amor, E como a Natureza que não conhece um desbravador, Pois enquanto intocada, Não possui perspectiva da dor, E todos os sonhos possuem a beleza e a magia de uma flor. Mas depois que este amor é desbravado, Acontecem alterações, Que muitas vezes são forjadas com decepções, Que muda as opiniões, De um sonhador coração. Infelizmente as pessoas demoram a compreender, Que isto uma hora ou outra iria acontecer, Havendo amor ou não, Porque os homens mesmo possuindo a razão, Não entendem a natureza do amor.
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Missão A vida muitas vezes nos parece injusta, Pois nós nos comportamos de maneira justa, Seguimos uma conduta ordeira, Respeitamos os sentimentos dos outros, Primamos pela honestidade e humildade, E acreditamos no Amor. E mesmo assim o destino nos faz sentir a dor. É lógico que não possuímos a perfeição. Mas se compararmos a nossa vida, Com a de um outro cidadão, Que muitas vezes não possui a nossa educação, E dessa forma provoca situações, Que não possuem explicações, Observamos que existe uma injusta pré-destinação. Como pode alguém seguir uma linha desvirtuada, E não ser castigado? Eis que observo muitas situações, Que envolvem pessoas com boas virtudes, Sofrerem a sua vida toda. Enquanto pessoas ruins e com más intenções, Quase nem sofrem a intervenção de uma educativa lição. Por que tem que ser assim? Será que os bons são os errados? Ou será que o mundo pelo mal, já está quase dominado? É uma eterna questão, Que nem o tempo tem jurisdição, Pois isto tudo talvez seja parte de uma missão, Que o destino nos faz a realizar com precisão. Criticas as ideologias sobre a igualdade Sem passar uma imagem negativa, Irei fazer uma critica, Que faça muitas pessoas refletirem, Nos sonhos sobre igualdade que pretendem realizarem. Eis que muitos falam e escrevem sobre a igualdade. Mas infelizmente esquecem de observar a verdadeira realidade, Que não se faz presente em livros, Mas sim em cada pessoa que busca uma prioridade. Pois, para se falar em igualdade, Deve-se considerar uma infinidade de realidades,
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E principalmente os elementos que se inter-relacionam, Para tentar compreender como as coisas funcionam, Pois, a complexidade dessa análise, Para a formulação de uma tese, Já esbarra na própria Natureza, Onde a igualdade não existe entre os seus integrantes. Nós fazemos parte da Natureza, Mas somos inteligentes e evoluímos por causa disso, Mas somos consequências de nossa evolução. Diante disso, para resolvermos o problema da desigualdade. Temos que resolver as conseqüências maléficas de nossas invenções, Que nos trazem a evolução, Mas nos tornam escravos delas, A ponto de nos separar de nossos semelhantes. Nossos pensadores, se prendem a técnica, A ideologia e ao vício de não escutar, E ainda teimam e criticam, Aqueles que com a sabedoria da observação tentam ajudar. E assim criam problemas, Ao invés de criar soluções, Pois colocam na cabeça das pessoas idéias experimentais, E não reais. E irresponsavelmente moldam pessoas, A serem suas cobaias, Quando na verdade, Deveriam se preocupar com a realidade Pois é dessa realidade que fazem parte, E é dessa que sofrem as conseqüências, Justamente por causa da imprudência, Do que dizem ser ciência. Escrevi tudo isso porque, Igualdade para mim, Infelizmente nunca acontece absoluta e a qualquer momento, Mas na maior perspectiva, apenas cinquenta por cento, Pois, o homem é um ser sentimental, E também sonhador, Carrega dentro de si, o bem e o mal, E é livre para um caminho na vida escolher. Como o vento Viajar pelo pensamento, É ser como o vento, Que não tem direção, Mas tem o poder de mudar uma estação.
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Hoje eu sou como o vento, Soprando muito lento, Mas alcançando os limites das alturas, Onde o ar pouco se mistura. Sinto-me uma divindade, Pois tenho a liberdade, De modificar a realidade, Sem causar uma tempestade. Mas esta utopia, Encerra-se como uma poesia, Onde a realidade vira fantasia, Aliviando nossa agonia. Em que amor acreditar? Outrora fui romântico, Daqueles que buscava nos cânticos, Os fundamentos para seus encantos. Houve um tempo que mandava flores, E estas exalavam cheiros de sabores, Um desejo nas mais variadas cores. Esse tempo acabou, No momento que minha esperança se esgotou, Em uma dama que me endoidou, E sobre meus atos românticos pisou. Agora fico sem saber, No que eu devo crer, Se é no amor romântico, Ou no frio amor sem encanto. Gêneses De uma atração física, surge o desejo. Do desejo surge o sonho. Do sonho surge o amor. E do amor nasceu uma nova visão de vida. Com essa nova vida, Vi nascer a esperança, E senti-a como uma criança.
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Mas esta esperança, Tornou-se uma obsessão, Pois virou paixão, E como castigo; presenciei a solidão. Mas mesmo neste caminho, Que se segue sozinho, Ainda é possível achar alguém que lhe doe carinho. Purificação O amor quando nasce, É como a água que das profundezas da terra brota, Surgindo pura e cristalina. Porém quando exposta, Vai aos poucos, poluindo-se, Chegando muitas vezes ser imprópria até para vegetais. Quando a água esta nesta situação, De extrema poluição e degradação, Temos que trata-la, E aos poucos purifica-la, Tornando-a limpa para tomá-la. É assim também o amor, Quando este passa por um processo denegridor. Onde a busca exclusiva do prazer, só traz a dor. Porém ao contrario da água, a sua purificação, É conseguida só através de sacrifícios, paciência e aceitação. Relâmpagos Esperando a chuva passar, Comecei a notar, Que algo ela queria me mostrar. Então comecei a observar, Cada relampejar, E nele espelhei meus pensamentos. Meus pensamentos são como um flash na escuridão, Muitos querem me mostrar, Mas muito pouco consegue-se algo aproveitar, Pois estão sempre a brilhar, Ofuscando o que se pretendia raciocinar.
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Eis que meus pensamentos só querem recitar o amor. Mas querem evitar uma mensagem de dor. Querem desenvolver as aventuras, Mas sempre com um toque de ternura. E sempre sem abreviatura. Libertinagem A sacanagem que estão fazendo com a palavra liberdade, É fruto de uma dura realidade, Que se desenvolveu na contemporaneidade, E que ganhou uma ampla diversidade, Das negativas qualidades. Esta nova idéia de liberdade, Vem provocando um caos na humanidade, Transformando cidadãos civilizados, Em um povo primitivo e barbarizado. Um processo que começa a ficar descontrolado. O que era certo, atualmente é errado, E o que era errado, parece ser certo. Uma divergência confusa até para entender, E difícil de adaptar-se, Principalmente para aqueles que ainda possuam bom senso. Esta tal liberdade, Que prega a igualdade, De um bandido com um honesto trabalhador da sociedade. Uma ideologia comprometedora, Levando o mundo a ser uma nova Gomorra. Responsabilidade Quase ia esquecendo-me, De escrever sobre a parceira mais importante do amor, Tão importante que amor sem ela, é só dor. Dor de cabeça, na honra e no coração, Não importando a situação. Para viver o amor, Tem que estar ciente da responsabilidade. Responsabilidade é o preço que se paga na realidade, Para desfrutar da liberdade, Pois sem responsabilidade a relação será uma eterna adversidade.
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Ser responsável, não é criar a nostalgia, Mas é garantir a magia, Da eterna poesia, Que vive em cada namorado, Que se conscientiza das fraquezas de estar apaixonado. Pois quem ama deve preservar o amor, E não desenvolver em seu relacionamento a dor. Deve responsabilizar-se em manter a crença no amor verdadeiro, E não transforma-lo em um amor derradeiro. O qual leva até as melhores recordações. Pois a responsabilidade, É o amor disfarçado de seriedade, Que aprende com os erros da nossa realidade, Sem cair em promiscuidade, Ensinando-nos a utilizar a nossa liberdade. Romance Todo romance, Produz um lado fascinante, Que valoriza cada instante, Das pessoas que o vivenciam, Pois ele é feito de magia, Que surge da ingenuidade, credibilidade e fantasia. O mundo romântico, É um eterno cântico, Que ilude com seus encantos, Fazendo a pessoa viver, Em um sonho de alegria e prazer, E nesse lugar, a responsabilidade perder. Mas um romance, Não ocorre a todo instante, Pois ele nasce de situações, Impossíveis de serem explicadas pela razão, Apenas são entendidas pelo coração, Psicólogo dos assuntos ligados a paixão. O sentido que pede socorro O amor que acontece em forma de miragem, Nos passa uma desesperada mensagem, De um desejo reprimido,
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Ou quem sabe perdido, Que dentro de nós, vive escondido. Queria encontrá-lo, Mas é difícil de achá-lo, Pois existe uma imensidade a percorrer, E muito sentimentos para experimentar, Para uma pista de seu paradeiro encontrar. É um trabalho de investigação, Que necessita uma rápida resolução, Pois o meu coração, Necessita dessa emoção. Para continuar a desempenhar a sua função. A magia de uma arte Quando não temos certeza, Para agir com frieza, Em momentos de fraqueza, E nossa coragem desaparece, Assim que a garota que gostamos aparece. Então por receio do que possa acontecer, Deixamos de dizer, As palavras que o coração nos dita, E aos poucos vemos passar, Mas uma chance de um amor experimentar. Necessitamos uma rápida providência tomar, Pois o desejo dentro de nós parece querer estourar, E na busca por alternativas, Uma carta; com pseudônimo pode ajudar, Até acharmos coragem para o nosso destino enfrentar. É uma inesquecível aventura romântica, Que faz renascer a magia do amor, Pois quebra a rotina, sem causar nenhuma dor, Faz o sentimento amor ser vivido, Sem ser carnalmente sentido, A utopia que carrega uma enigmática mensagem, Só é superada pelo mais sonhador e puro beijo, Até é estranho entender a magia de uma carta misteriosa. Mas é gostoso! Assim como é enfrentar o nosso destino.
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Versos misteriosos Poucos são as mulheres capazes de decifrarem, Os segredos dos meus sentimentais versos, Que criam um romântico Universo, Ao ponto de todas as suas utopias realizarem. Em um mundo alicerçado por sentimentos, Não se pode entrar com uma mentalidade de aventura, Pois este mundo tem o poder de enfeitiçar e contagiar, Todos os seus visitantes antes de desabar. Sabedoras do grande período de um romance, Muitas mulheres tentam dele viver distante, Mesmo carregando a infelicidade, Por não possuírem uma relação de verdade. Mas existem donzelas, Que mesmo enfrentado experiências ruins, Ainda acreditam no amor. Eis que já decifraram o caminho para a felicidade. Coração partido Um coração sem dono, Vagando sem rumo, Perdido em seu próprio mundo, A beira de cair em um abismo profundo, Fazendo desse, seu túmulo. É um período de silêncio, Que incomoda mais que qualquer insuportável barulho, É o ego ferido, As conseqüências de um coração partido, E a sensação de um amor para sempre perdido. E quase o mesmo que ver, Um ente querido morrer, Porém é pior! Porque carregamos uma culpa. A de ter colaborado com esta perda. Mas esta sensação terminal, Pode sentir a graça da redenção. Encontrada somente dentro do coração. Mas desde que seja procurada,
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Por uma desafiante jornada. Maturidade O usufruto da liberdade, Vem acompanhada da responsabilidade, Definindo os traços de nossa identidade, Fazendo evoluir a maturidade. A maturidade, Não vem com a idade, Mas com as experiências, E suas diversas conseqüências. Para ser uma pessoa madura, Não basta somente ter responsabilidade, Mas deve-se possuir a arte de compreender, Antes de alguma decisão tomar. Nesse sentido a idade biológica, Não é um exemplo de lógica, Pois muitas vezes as aparências, Não define um ciclo de existência. O preço por ter crescido Afastei-me do mundo, Simplesmente por buscar respostas, Que não achavam-se prontas, E que escondiam-se entre tempestades e trevas. Este período; quero esquecer! Pois me fez crescer, Muito mais rápido, Do que o programado. Adquiri a sabedoria, Mas perdi a captação da magia. Ganhei consciência e prudência. Mas perdi o gosto em desbravar novas experiências. Pois tudo se tornou previsível, Quase tudo compreendo, E mesmo assim, sei que não sei nada. Mas suo tentado a saber.
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Sou um adulto, Resolvendo problemas sem sentido, Que não me trazem prazer, Mesmo eu sabendo que isto vai fazer-me crescer. Minha única desvinculação com esta vida, Está quando eu escrevo poemas e poesias, Ou quando pratico Mountain Bike. Mas também, quando desbravo e busco um novo romance. Internauta Não a conheço pessoalmente, Mas a imagino em minha mente, Uso como referência de criação, Apenas os dados de sua breve descrição. A cada e-mail, uma nova idéia formulo, E sobre ela confabulo, Intimamente com o silêncio interno do meu ser, Se devo mais uma aventura ao desconhecido empreender. Pois toda aventura nos reserva surpresas, Algumas boas, carregadas com sentimentos de nobreza, Outras ruins, proporcionando-nos a tristeza. Para lidar com as surpresas é necessário destreza, Pois o desconhecido nos ilude com o amor em sua infinita beleza. Atraindo-nos para as armadilhas que levam a tristeza. Jornada de um espírito O espírito que vaga o desconhecido, Não sente a dor de presenciar, Um grande amor desaparecer, Pois distrai-se com as aventuras que vive. E assim nunca caminha só. Já o espírito que teme o desconhecido, Vive e carrega a dor da perda, Não consegue compreender porque o amor acabou, Pois não possui nada para ocupar seus pensamentos, E assim isola-se da vida, provando o gosto da solidão. Todos os espíritos possuem a mesma essência e chances, E todos recebem caminhos capazes de enfrentar,
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Nunca mais difícil que outro, e tão pouco mais fácil.. Porém achamos que alguns caminhos são mais fáceis que outros, Isto porque se observarmos breves resumos de uma vida, e nunca a sua trajetória. Não existe então a impossibilidade de viver o amor, Pois ele existe e se faz presente a nossa volta, Porém é necessário coragem para enfrentá-lo, E responsabilidade para vivê-lo, E assim não precisar comparar a nossa vida com uma outra. Infelicidade A nossa infelicidade, É fruto do egoísmo que possuímos, Em querer sentir todas as manifestações de felicidade, E assim deixamos de perceber “as felicidades” acontecerem a nossa volta. Deixamos de sentir satisfatoriamente; determinada felicidade, Por que buscamos outra manifestação de felicidade, Porém, perseguimos a felicidade que deixamos passar, Em um futuro próximo. É até cruel o que o destino nos faz passar, Parece ser um castigo. Que pagamos com desencanto, O ato de escolher como queremos ser feliz. A felicidade não se escolhe, Mas à aproveita assim que ela aparece. Não à procura em pessoas, objetos e palavras. E assim as percebe acontecer á todo momento a nossa volta. Pois a felicidade não esta distante, Mas sim dentro de nós, Ela esta na forma como a sentimos, E nunca em uma formula pré-estabelecida. A felicidade nasce com nós, É propagada por nós, Nunca morre ou desaparece, Apenas adormece.
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Supremo poder Alma que brilha como um arco-íris, Que flutua tão graciosamente, Entre os jardins floridos e verdejantes da vida, Parecendo uma borboleta, Mas com um jeito de fada. Maravilha-me com inexplicável e complexa beleza. É ambíguo prover qualquer explicação do que sinto. Ao vê-la em minha frente passando, Esqueço que o mundo existe, E viro um deus mortal, criador de mundo. Mundo onde tudo é paz, alegria e felicidade, Nada haver com a realidade, Pois a realidade não me permite toca-la, Já em meus sonhos, você é até Rainha! Direito adquirido por possuir incontáveis qualidades. Meus sonhos são reflexos de meus desejos, Que poderiam ser realizados com seus beijos, Fazendo-me provar o maior poder do Universo, Elevando-me a um lugar sagrado, Onde sinto as benévolas conseqüências do amor. Yin-Yang Mundos opostos, Que se cruzam nas estradas da vida, Trocando mensagens com simples olhares, Escrevendo uma história única entre ás milhares existente. É como o calor que necessita do frio para se autocontrolar. É a luz que vive graça a escuridão, e vice-versa, Algo complexo de entender, Mas não impossível de perceber. Pois as atividades dos meus atos, Tentam quebrar a passividade da sua vontade, Eis que buscam a firmeza da terra, Para vagarem tranqüilamente na imensidão celestial. E assim o meu amor tenta penetrar em seu coração, Esperançosamente luta para ser absorvido também pela sua alma. Pois naturalmente meus impulsos masculinos,
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Complementam seus desejos femininos. www.amor.... Amor virtual? Sem toque carnal, Sem troca de olhares, Sem um complemento real. Sei que devemos valorizar o amor espiritual, Sei também do valor que as palavras possuem, Sei que existe um despertar sentimental. Mas amor virtual? Não o vejo como algo mal, Pode ser mais uma alternativa romântica, Mas amor virtual, não é real, E sim um sonho artificial! Pessoas se conhecem pela rede, Da mesma forma que se conhecem por rádio, telefone... Mas troca de sentimentos, beijos, toques, sexo pela rede? E sem conhecer a pessoa pessoalmente! Que ilusão é esta, A substituição do natural pelo artificial? Ou mais uma fonte de capital? Que deforma a relação sentimental. Em um mundo virado, Está é uma tendência que faz a pessoa se tornar viciada, De um mundo onde tudo se realiza conforme deseja, Mas que afastá-a da realidade vital. Xodó Quando os zelos tornam-se íntimos e exclusivos a uma pessoa, E o mundo para na presença dessa pessoa, Vive-se a química do amor. Acontece espontaneamente, Quando olhares, palavras, toques, são sentidos diferentemente, É quando os sentimentos se sintonizam, e os atos acontecem naturalmente. Então existe a necessidade da convivência, Uma incontrolável atitude de compartilhar a existência,
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E a vida ganha um colorido novo, Um eterno sonho real. Os momentos se tornam inesquecíveis, E as realizações se tornam possíveis, Pois o tempo parece ficar parado, Para não atrapalhar um casal de namorado. As italianas da minha vida Uma é loira, Outra é morena, Para a loira me declarei, Para a morena minha declaração resguardei. A loira é quase tudo que sonhei, A morena é o amor que não reparei, Com a loira decepcionei-me, Mas com a morena tudo certo farei. Pois a loira, despertá-me o desejo, A morena eu a sinto como realização, E meu destino vejo encaminhado na decisão, Com quem compartilharei minhas emoções. Gostaria que fosse com a ilusão, Mas a realidade fornece-me boas razões, Por este motivo tenho que o mais rápido agir. Antes que as oportunidades deixem de existir. Morrer para aprender viver? Quando morremos de mentira, Morremos para aprender, O quanto é importante á vida aproveitar. Quantas vezes renascemos, Sem perceber que crescemos com isso, Mas achamos que não aprendemos nada, Pois cometemos muitas vezes os mesmos erros. Tudo em virtude de um passado, Que vive a nos matar, Quando deveria ser o contrário. De nós matarmos o passado.
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Pois muitas vezes a morte de mentira, Nos avisa do perigo da morte prematura de verdade, E para a morte de verdade, não existe ressurreição. Amar! Meu amor é abrangente, Não pode ser calculado, pois não tem fim. É mágico como o luar. Amo minha terra, ou melhor, meu planeta Terra, Admiro o céu e os pássaros que nele vagam. Sou apaixonado pela noite, compostas por infinitas estrelas, Amo tudo que pode ser visto! Até da dor, tiro lições que me mostrem o amor, E por mais que a tristeza persiga-me, Sempre encontro um motivo para alegrar-me. Eis que a vida que possui o amor, É uma beleza eterna! Por este motivo que amo intensamente. E intensamente amarei até o tempo dizer-me para parar. Pois só vive aquele que ama! E morre aos poucos aqueles que não querem amar! O que é morte? Morte é desaparecer do sonho de quem queremos bem, É não ser lembrado por nossos conhecidos, É ser ignorado enquanto vivo. É ser quem não somos. Porém a morte se manifesta com conseqüências de uma atitude, Ela vive em homens sem virtude, Mora no desconhecimento do amor, Paira os irresponsáveis. Sendo a morte a vida ao contrário! Ela não pode ser confundida como o bem ao contrário. Mas sim, deve ser compreendido como uma viagem. Que se faz para renascer “melhor”. No entanto existe um tipo de morte, Que até pode ser prevista, Mas nunca com uma certeza, Pois ela é o fim de um destino. A morte é um convite obrigado ao desconhecido,
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É pavorosa não por levar-nos, Mas porque muitos pensam ser o momento do juízo. O julgamento que decidirá entre o céu ou o inferno. Mas existem pessoas que possuem a confiança, De desfrutar uma nova vida, Tudo porque, nunca morrerão enquanto vivas. Eis que sempre procuram viver eternamente cada minuto. Ambíguas contradições As pessoas choram por quem não as amam, E fazem chorar aqueles que dedicam uma parte de sua vida a elas. Isto ocorre todo o dia, hora, minuto... Ocorre com o amigo, conhecido, com nós... E sempre ocorrerá, desde que: Busquemos o verdadeiro amor, Naquele que busca o amor em nós. E não em um desejo derradeiro, Ou em uma fantasia. Pois o amor é um sentimento sério, E não um refrão de bolero. Eis que já cometi este erro. E possivelmente o cometerei novamente. Mas nunca com a mesma magnitude, Porque estou ciente do mau que poço causar. Tanto para mim, quanto para a pessoa que busco. Por isto que não procuro mais o amor! Mas deixo ele achar-me. Sempre o percebendo nas pessoas, Mas nunca o inventando nelas. Pois aprendi a observar, antes de algo tentar, Eis que um erro pode ser fatal, Como a passividade também! Então o que fazer em meio a tantas contradições, dessa ambígua mensagem? Ser sábio suficientemente para sentir o amor e não o desejo! Sonhos e consequências A materialização utópica, Nada mais é que uma manifestação hipócrita, Que aproveitá-se de nossos sentimentos, E o espalha com a ajuda do vento. Cria uma esperança, Afastando qualquer desconfiança, Mas nos decepcionamos com a insatisfação,
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De não ser tudo aquilo idealizada em nossa razão, Até parece ser um castigo. Que faz rastejarmos como um mendigo, Catando migalhas de um amor, Entre sentimentos forjados com a dor, E deficiente de “verdades”. Quem sou eu? Quem sou eu? Que vaga no mundo, Recitando e escrevendo versos de amor? Tudo para conquistar um coração? Quem sou eu? Que ainda acredita no amor? Mas sabe que o amor é como uma flor, Que rapidamente apaixona-se por sua beleza, mas que rapidamente murcha. Quem sou eu? Que alegrá-se com tudo? Mas que entristece com pouco? Mesmo sabendo que sempre existirá o dia de amanhã. Quem sou eu? Que vê na morte a vida, E na vida a morte, Mas que se preocupa apenas com o tempo. Quem sou eu, Que vê nos problemas, Uma estrada de alternativa? E nas alternativas uma missão? Eu sou um poeta! Uma pessoa! Que observa a realidade, E a transforma em magia. Dia dos namorados Comemorar o amor, Homenagear a união, De seres com pensamentos e atitudes diferentes, Mas que desfrutam e sentem juntos os mesmos sentimentos.
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O dia mágico, Exageradamente poético, Exclusivamente para aqueles que fazem parte do clube, O clube dos namorados. Nesse dia, que deveria ser de alegria, Existem pessoas que entristecem-se, Tudo porque, sentem a alegria dos diversos casais, Mas não sente a sua, pois vivem a solidão. Em um dia de sonhos, Muitos se realizam, Outros desaparecem, Pois o destino é o elemento soberano. Muitos sentimentos, Eternos momentos, Todos sentidos para comemorar em um dia, O que deveria ser comemorado todos os dias. Se o mundo acabasse amanhã Se o mundo acabasse amanhã, O que faria? Esperaria o fim chegar, antes do mundo acabar? Que lembrança recordaria? Em que pensamento novamente viveria? Ah! Se o mundo acabasse amanhã! Com certeza as pessoas o destruiriam antes do fim. Pois irão querer fazer, o que não fizeram em uma vida toda. Iriam fazer o que adiaram sempre, E descobriram da pior maneira que não há mais tempo para sonhos. Mas para muitos, o mundo não acaba amanhã, Porque já acabou ontem. E não existe nada, se não eles mesmos, Que possam fazer algo. E isto passou um preço alto para pagar. Porém para outras pessoas, O mundo nunca acabará, Porque elas carregarão, As suas lembranças, para o novo mundo. Um mundo que ninguém voltou para contar como é.
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Se o mundo acabasse amanhã, Ficaria triste, por não tê-lo mais. Mas ao mesmo tempo contente, Pois vivi esse mundo, E isto me traz conforto pelas boas recordações. Manifestações do amor O amor é mais que uma palavra, É um conjunto de sentimentos, Que acontece de formas diversas. O amor pode ser romântico, Mas não se limita apenas a esta manifestação, Pois ele pode ser percebido e relacionado ao ato de gostar. Gostar de alguém, Gostar do que faz, Gostar de viver, Gostar de tudo que nos cerca. O ato de gostar, É a expressão universal do amor. Presente sempre nas atitudes boas que nos dão satisfação. Ocasionando as nossas realizações diárias. Não deixe nunca de acreditar nas magias que iluminam nossas vidas É com tristeza que vejo tudo aquilo que acredito morrer, Não estou apenas falando do amor, Mas sim da magia do Natal, Páscoa, do bem, Da justiça, da fé e até de Deus. É absurdo para muitos, Realidade para os mais observadores, O mundo virou um caos, Eis que amor se confunde com sexo, As festas religiosas viraram um produto capitalista. A justiça não pune o mal porque acha estar ferindo o bem. O homem quanto mais conhecimento adquiri, Mais ignorante fica, e mais sentimentos perde. E para piorar acha que pode provar que Deus não existe. Por que esta magia se tornou tão frágil diante das dificuldades, derrotas e incompetência das pessoas em não perceber a sua própria felicidade ? Será uma revolta que elas possuem em não poderem com seus próprios erros? Será que as pessoas possuem inveja daquelas que compreendem como a vida funciona ?
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Tantas respostas, mas nenhuma solução. A única mensagem que poço passar é que as pessoas deveriam estar cientes, Que Deus nos esta carregando mais do que devia nos últimos anos. Por este motivo é que muitas vezes ele não consegue evitar nossos infortúnios. Pois é muita gente para carregar nos braços quando estas não conseguem passar pelos caminhos mais tempestuosos, pedregosos e sombrios. E ainda para piorar a situação, ocorre que mesmo nos estarmos sendo carregado por Deus, Insistimos em piorar a situação. Pense nisso, antes de dizer que Deus nos abandonou ou até que não existe. Pois quando deixamos de acreditar em qualquer força mágica que sustenta nossa vida, Deixamos de acreditar em uma parte de nós, E começamos caminhar a passos rápidos, Entre caminhos derradeiros e sem volta. Refletindo Seria o amor injusto, só porque ele não ocorreu quando queríamos? Seria o destino cruel em usar o amor para nos ensinar? Seria a morte proposital um motivo para expressar a revolta? O que seria certo? Seria certo percebemos o amor e não ir contra ele. Seria certo compreender o destino e não ficarmos arranjando culpados e obstáculos para nossos infortúnios. Pois o amor, o destino e a vida, São os elementos mágicos que encantam nosso caminho, Sem eles, não haveria sonhos e nem decepções! Tudo seria como uma folha de papel sulfite, Não haveria a necessidade dos sentidos. Pois tudo seria como um cálculo matemático simples, Sempre aconteceria um resultado já previsto que nunca muda. Você conseguiria viver em um lugar assim? Sem a decepção do amor, porque o amor não existiria, Sem o ensinamento do destino, porque este nunca seria aplicado, Sem o medo da morte, porque nunca fora sentido o gosto pela vida? Muitos diriam que sim. Sabe por quê? Porque estes possuem o medo de serem felizes, Com a desculpa de que quando a felicidade se for, eles vão conhecer a dor. Será que o destino ensinou-lhe algo? Ou a vida possui um diferenciado novo foco de observação.
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Silêncio maligno O fim se traduz em silêncio, Uma longa e assustadora ausência de som, Que acorda a consciência do imenso vazio que nos cerca. Um deserto de miragens. Silêncio traduz os mais variados estados de espírito, Silêncio é uma palavra de vários significados, O silêncio é o companheiro da solidão. Muitos buscam o silêncio por opção, Pois existem infinitas boas razões, Porém existe um silêncio que não se busca, Mas surge sempre depois das tempestades trazendo conseqüências. O silêncio que a tempestade traz, Parece incomodar mais do que o mais ensurdecedor barulho, Porque muitas vezes traz lembranças e arrependimentos. Amor doentio Amor mórbido, Não se cura com simples palavras, Que se propagá-se e impregna a vida, Que não deveria ser chamado de amor, Mas sim egoísmo sentimental. Não existe compreensão para este sentimento, Pois estamos vulneráveis a ele, Sendo que este nos contamina sem percebermos, E quando percebemos, já é tarde. Tarde de mais para mudar os erros. Erros que nos transformam, Em pessoas que não somos, Mas éramos enquanto contaminados, Por este sentimento, Que faz de nossas vidas um tormento. Inveja Existem pessoas que não possuem competência, De buscarem a felicidade, sucesso, amor... Não por serem incapazes de fazerem, Mas porque preocupam-se demais com pessoas que vivem.
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Além de se preocuparem, Começam a procurar culpados para o seu infortúnio, Antes mesmo de galgar o caminho para suas realizações. Nessa busca, sobra para o parente, vizinho, patrão, político... Mas nunca a culpa é dele. Pois a vontade de ter ou ser como alguém, Esbarra na realidade que o caminho para ter ou ser impõem. Daí começa as divergências, E novamente sobra para quem não tem nada haver, Só que dessa vez é acompanhada de maldade, De denegrir a imagem das pessoas que possuem o que eles não possuem. Pois para quem nunca teve nada, É fácil dizer que alguém só tem “aquilo”, porque roubou o fez malandragem. Porém qualquer pessoa consciente sabe que nada vem de graça, E o que as pessoas vêem não é o dia a dia, Mas sim o resultado do sacrifício de vários anos. A inveja é o sinal da verdadeira pobreza, A pobreza de espírito! A incompetência de buscar saídas fáceis quando diante da realidade, É a perda do respeito e a conquista de inimigos, É o caminho mais rápido para se tornar fantoche de seita, da mídia, políticos, radicais... É a solidão adquirida aos poucos. Poeta desconhecido Sou um poeta desconhecido, Querendo ver as minhas mensagens serem conhecidas, Um sonho ou desafio? Para ser sincero os dois. Pois minhas poesias possuem um objetivo maior, O de conquista! De leitores? Poderia dizer que sim, Mas o leitor que quero é um em especial. Imagine que é? Esta mesmo! A musa que inspirá-me em fazer poesias de amor. Mas só as de amor! Não sei se o que escrevo é aproveitável, Pois o que escrevo sobre o amor, É um ditado ambíguo e complexo feito pelo coração, E palpitadas pelos sentimentos. Por este motivo é que perguntei, se o que escrevo é aproveitável. Espero que seja!
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Poesias: o refugio de uma alma romântica No conforto das palavras, Mensagens surgem, No simples ato de organizá-las. Frases são versos incompletos, De uma poesia derradeira, Que muito nos diz, Com tão poucas palavras. Tudo se vincula ao momento, E aos seus vitais acontecimentos, Narrados, encenados e criticados por nós. Seja de forma escrita ou falada. As nossas palavras são os nossos refúgios, São elas que traçam nossos caminhos, E nos encaminham a ele.
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Capitulo III
“Amor sem a Natureza é como uma peça sem cenário”.
“Não temo nossa extinção. O que realmente me assusta é que o homem arruíne o planeta antes de partir”. (AISELEY, Loren)
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Ordem e Progresso Na expressão das cores da flâmula nacional, Observo o verde, Ó mesmo de nossas lavouras, pastos e florestas. Observo o amarelo, Cor símbolo, da riqueza de nosso subsolo, E da riqueza de nossa economia. Admiro o azul, Que metaforicamente retrata a imensidão de sua soberania. Tendo em meio desse universo, O brilho das estrelas, Demonstrando a autonomia pacífica e ordeira de seus membros. Porém na realidade que cerca esta flâmula, Vemos o verde ser substituído pelo marrom e o bege, Observo com tristeza o amarelo virar vermelho, Como se fosse um sinal de perigo e alerta. E não enxergo mais o azul de nosso céu, E a luz das estrelas, agora é fosca. Vejo um cinza tóxico que encobre nossas cidades. Sinto o brilho do Estado, enfraquecer em cada acordo bilateral mal negociado. Nosso símbolo maior, Parece ter se tornado uma lembrança do passado, Mas mesmo assim não consigo imaginá-lo, Sem sua mensagem metafórica promissora. Pois nela ainda existe um limite ao descaso! Escrito com o verde da esperança, Sobre uma estreita faixa branca de paz e tranqüilidade. Autoagressão. O homem em sua convivência com a Natureza, Vem a destruindo, ofuscando sua beleza, Parece não ter consciência, Que faz parte de um ciclo de interdependência. Pois ele é uns dos elementos naturais, Assim como o clima e o relevo, Assim como o ar, água e os vegetais, E também como os animais e os minerais. Eis que estes elementos, Fazem parte de um sistema, Que recebe o nome de ecossistema.
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Nesse sistema, qualquer alteração, Provoca uma conseqüente modificação. Porque se trata de um sistema de inter-relação. Triste imaginação Observe o luar, O entardecer, Não esqueça do mar, E nem de sentir o ar puro do amanhecer, E tão pouco da beleza dos animais e vegetais, Que se distribuem pelo relevo que nos faz deslumbrar. Eis que peço tudo isso, Após imaginar, Que se ninguém uma providência breve tomar, Em poucos séculos isso tudo vai virar, Páginas e fotos em livros, a recordar. E apenas lamentar. A camada cinza que ofusca o poderoso brilho estrelar, Um dia que vira noite sem o entardecer, E um mar que ninguém poderá nadar, Além do absurdo de pagarmos pelo ar que respirarmos, Vegetais e animais, só existira aqueles que servem para comercializar. E haverá só paisagens artificiais para admirar. Como seria a poesia, Sem o encanto e a magia. Dos elementos naturais, Que nos levam a interpretarmos, Sem muito nos esforçarmos, Todos os sentimentos vitais. Mas este perigo que nos ronda. Parece uma bomba. Pronta para explodir, E tudo destruir, Pois existem poucas pessoas para esta devastação impedir, E muitas pessoas para a ação desses heróis, atrapalhar.
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Adaptando-se Devemos nos conscientizar, Na idéia de conservar, A Natureza como garantia do nosso bem estar, Sem as “leis” alterar, para nos adaptar. Pois a Natureza é fonte de vida. É de onde provêm a nossa comida, E tudo mais relacionado a nossa sobrevivência. Sendo assim ela é a fonte de nossa existência. Se ela nos permite sobrevir, Então temos que compreender, Que se a Natureza um dia falecer, Todos nós conseqüentemente iremos morrer. Mas para isso não acontecer, Temos que respeita-la, Criando novos métodos de conservá-la, Adaptando o progresso às leis regidas pela Natureza. Cidadão Um verdadeiro cidadão, É aquele que combate a poluição, Sem precisar de uma explicação, Para fazer tal vital ação. Pois quem combate a poluição, Luta pela sobrevivência, E retardando as conseqüências, Que surge com a propagação. Dessa terrível maldição. A poluição é um castigo, A toda ambição, Residente na razão, De quem promete o progresso, Sem uma organização. Devemos progredir, Mas planejando para onde ir, Sem querer ultrapassar, Para com segurança, os objetivos conquistar.
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Pelos caminhos tristes da poluição Um céu encoberto, Mas não por nuvens de chuva, Mas por um gás tóxico, Que impregna a saúde, destruindo-a . Um som que não é dos pássaros, Que não é do vento, Que não propaga a paz, Mas que irrita. Uma imagem, Que não é paisagem, Que não traz uma sábia mensagem, Porém corrompe nossa sociedade. Um córrego, Com cara de valeta, Que abriga os hospedeiros de doenças, Que cheira a decomposição. É assim que a poluição se expressa, Propagando-se sem controle, Com o nosso consentimento. A todo o momento. Floresta Amazônica Floresta equatorial. A casa de diversas espécies de animais, Muitos em extinção, Devido á desorganizada ocupação, Desse território da nação. Por esta imensidão verde, Corta o maior rio do mundo em volume de água, Uma dádiva para os nativos, Que dele tiram o seu sustento e sobrevivência. Desbravando seus 6.868 quilômetros. Esta floresta esconde mistérios, Esconde animais e vegetais não catalogados, Esconde curas para doenças mortais, Esconde um povo e uma cultura fascinante, Mas não esconde as marcas do novo tempo.
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Dizem ser o pulmão do mundo, Mas na verdade existe um interesse mais profundo, Na sua conservação, Provada em cada exploração, Feitas por cientistas das mais diversas nações. A Amazônia é brasileira! Mas muito cobiçada pelas nações estrangeiras, Que vê nela, uma fabrica de dinheiro, E por isto querem tomá-la dos brasileiros, Propagando a idéia de “reserva natural da humanidade”. Ecologistas Pensar em ecologia, É motivo para fazer poesia, Ainda mais em nossos dias. Possuir pensamentos ecológicos, É buscar em um vital propósito, Atenuar as agressões ambientais feitos por um mundo despótico. Um mundo do consumo, Mais terrível que a fumaça do fumo, Mas que provoca um câncer. Que consome o mundo aos poucos. A sorte é que o planeta conta com Guardiões, Os ecologistas de plantão, Que lutam contra qualquer tipo de agressão, Que coloque em risco o ecossistema. O mortal caminho do capital O planeta começa agonizar, Pois o meio ambiente começa se degradar, E não existe uma previsão para isto parar. O homem mesmo percebendo esta triste manifestação, Não conseguem propagar em grande escala, uma solução, Pois ainda vivemos em um mundo de opressão. O capitalismo dita regras, Que praticamente entrega, As nossas vidas e de todos os seres vivos do planeta,
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A um destino fatal, Pois só se importa com o capital. É triste, mais é real, E o culpado é o homem que age mal, Gastando mais que o ideal, Fortalecendo o mercado na sua busca por capital, Que não percebe esta atitude, para todos é fatal. Escravos de suas invenções Apesar de suas evoluções, O homem se tornou escravo, De suas invenções. Perdeu sua independência, Na busca pela fácil sobrevivência, Isso lhe trouxe uma grande conseqüência. Sem perceber, começou a morrer, Tudo porque quis ser, autossuficiente, Mas com atitudes imprudentes, Quebrou as relações interdependentes, Deixando o planeta doente. Agora os homens mais conscientes, Tentam este planeta salvar, Mas precisam mais adeptos a esta causa conquistar, Para ter força para lutar, Contra aqueles que não querem se salvar. Poluição invisível A pior poluição, E a radiação, Pois não conseguimos vê-la, Mas apenas sentimos, Quando é tarde demais. Ela se propaga, Pelo ar, água e metais, E poder ser transmitida, Não como energia, Mas como conseqüência da radiação, Pelos animais e vegetais infectados por esta poluição.
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É um grande problema, Que quebra qualquer sistema, Não escolhe vítimas, Pois a sua ação é universal, Assim como as conseqüências de seu mal. Para esse mal ser combatido, É necessário ser promovido, Uma nova visão, quanto a utilização, De tecnologia que não utilizem a radiação, Mas que alcance as mesmas pretensões benéficas.
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Capitulo IV
“Apaixonadamente um esportista”.
“Descansar em demasia é oxidar-se”. (SCOTT, Walter)
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Um passeio de mountain bike Montanhas a minha volta, Atiçam o meu desejo de desbravá-las, Eis que sei, que quanto maior elas forem, Maior será o meu horizonte de satisfação, O perigo existe, Galhos, pedras, valetas, buracos... Mas onde estaria a graça se eles não existissem? Com certeza não seriam encontrados apenas em descidas ou subidas, Nem tampouco nas surpresas que a mata esconde, Jaguatiricas, ouriços, cobras, vespas, aranhas... Ou será que existiria graça? Bem a questão não é a dificuldade, e sim o desafio, O desafio, ao desconhecido, ao limite do corpo, da coragem, da sabedoria e do raciocínio rápido. Pois o prêmio para quem encara este desafio, Esta na paisagem que o acompanha pelas trilhas, O horizonte, visto no alto da montanha, O verdadeiro sabor da água, A sensação de êxtase após um esforço, E a satisfação de ter uma história para contar. Contar sobre a curva que não venceu, Da velocidade que alcançou, Dos buracos, valetas e galhos que saltou, Do tombo que levou, Do freio a disco que superaqueceu e não pegou, Das ladeiras de 70o de inclinação que corajosamente enfrentou. E da bicicleta e do ciclista que após tudo isto, inteiro para casa voltou. O exército do povo Na terra das araucárias, Brotou forte um grande clube de futebol, Fruto da união de duas agremiações pioneiras no futebol paranaense. Este filho do Estado do Paraná. Espelha-se em seu povo que audaciosamente, Esta terra desbravou e aqui enraizou-se. Eis que possui um sangue voluntarioso e guerreiro, Possui a força mas que suficiente para trabalhar e crescer. Que vê o horizonte com olhos soberanos e sonhadores, Mas que acima de tudo carrega a nobreza de seus atos. É assim em breve descrição o povo do Paraná, O povo em quem o Atlético se vê refletido, Este clube que hoje é um senhor de oito décadas. Parece não ter sentido o tempo,
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Eis que é uma eterna criança travessa, Que a cada dia forja sua história, Com conquistas, vitórias, gols, ídolos... Faz parte da vida de tanta gente, E mesmo sendo travesso e muitas vezes decepcionar as pessoas que o amam, Elas nunca o abandonam. É como se fosse uma relação de pai e filho. Esse clube, cuja, cores já demonstram seu ar de guerreiro, É revolucionário, imponente e supremo. Um eterno rebelde, contra a tirania de instituições que pararam no tempo. Mas um rebelde ordeiro e de classe, Que mostra seus objetivos no campo, Na temível “Arena”, Onde sopra como um tornado devastador, Pois é um furacão, sempre imprevisível. Tudo que os outros sabem, é que uma hora ou outra ele sopra. E quando sopra, não respeita nem a casa de seus adversários, Sejam eles carregadores de constelações ou reles céus nublados. Pois o Atlético não é só um time, É um exército, que guarda sua nação de apaixonados. Corridas e resultados Setenta e sete largadas, Disputadas entre trilhas e estradas, Quantas trombadas, Quantas risadas. A bicicleta era minha namorada, Fiel companheira de jornada, Que para o podium me carregava, E um outro lado da vida me mostrava. Corridas em Rio Branco do Sul, Até Caxias do Sul, Sem esquecer de Bocaiúva do Sul, Mas na verdade corri em todo o Sul. Quantas idas e vindas, Meu Deus, quantas voltas, Em apenas duas rodas, E nunca com derrotas. Eis que eu vivia, Era a beleza da Natureza que me seguia, E isto era a magia,
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Que explica porque eu corria. Hoje olho as medalhas e troféus que conquistei, E neles vejo uma parte de minha história, Escrita sobre os obstáculos que enfrentei, Mas na satisfação de ter sentido a vitória. Atividades esportivas Enfrentar odisséias, Superar à nós mesmo, Proporcionar satisfação e alegrias, Obedecer regras, Renascer em cada vitória, Transpirar sem estressar-se, Experimentando um êxtase único e intransferível, Sem precisar pagar ou pedir. Kung-Fu Uma arte marcial, Muito especial, Que expressa com elementos da mitologia, Uma rica e profunda filosofia, Com o propósito de propagar a harmonia. Que forja o espírito de seus praticantes, Com elementos universais importantes, Que não se encontra em qualquer lugar, Pois este se tem que conquistar, Obrigatoriamente sem lutar. Uma arte milenar, Que nos ensina a domesticar, O dragão existente, Dentro da gente, De forma paciente. Nos ensina a aproveitar, Cada movimento e pensamento, Que pretendemos utilizar, Para um melhor proveito tirar, Da experiência da vida ainda a enfrentar, É uma arte que valoriza a natureza, Porque observa em sua beleza,
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Os movimentos que fundamentam, A sua filosofia e atitudes, Fortalecendo assim, a busca por virtudes. Ai que saudade dos nossos antigos campeões! Um barulho de motor, Um som ensurdecedor, Levando ao delírio o espectador. Carros passando em alta velocidade, Desfrutando da liberdade, De enfrentar nas curvas a gravidade. No meio de tanta emoção, Aparece na reta, dois carros disputando uma posição, Será que o que esta na frente agüentará a pressão? Ou será um ataque sem precisão? Vamos esperar a próxima volta para fazer uma previsão. Pois a disputa que vale é aquela que esta o nosso campeão, Que acaba de entrar no boxe, perdendo um tempão... Algo sem explicação... Em meio a frustração, Temos que nos contentar com mais uma vitória do alemão. Trio de ferro Na capital do Paraná, Existem três agremiações, muito difícil de enfrentar, Todas elas ostentam títulos de campeão, Tanto do Estado quanto da Nação, E uma grande torcida que os amam de coração. Possuem uma gigante tradição, Colocada a prova, sempre em grandes competições, Mas sempre com intuito, de ser mais uma vez campeão. Quando se confrontam, O jogo vira uma guerra! De heróis e vilões. Pois a virtude de vestir o manto sagrado, Rubro negro do Atlético, O alviverde do Coritiba, E o tricolor do Paraná,
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É o mesmo que uma farda militar colocar! Esportes radicais Esporte para mim tem que ser radical, Eis que adoro um desafio mortal, Pois sabendo enfrenta-lo, ele não nos causa mal. Os esportes radicais me fascinam, Porque eles protagonizam a sua arte com magia, E assim a todos contagiam. Um salto no ar, Uma manobra no mar, Uma queda no chão, Haja emoção! Atletas radicais, São artistas ou poetas? Pois eles fazem o perigo, Ser tão inofensivo! Capoeira Um antigo ritual, Que mistura dança, Com defesa pessoal. Começou com os escravos, Mas atualmente, É praticado até por fidalgos. É uma expressão, Da rica cultura de nossa nação, Onde o sincretismo tupi- afro- europeu, Criou história e estória que à fortaleceu, E sua divulgação pelo mundo percorreu. Hoje somos o centro de referência, Para essa virtuosa tendência, De luta sem violência, Mas de um jogo de agilidade e resistência, Seguindo sempre um ritmo e ginga como seqüência.
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Atletiba Não é apenas um jogo, É uma decisão, Entre dois grandes campeões, Que mexe com o Estado, Devido a sua eterna rivalidade É uma guerra de nações, Que mexe com os corações, Dos torcedores dessas agremiações, Que depositam neles, A esperança por alegria. Mais esta rivalidade, Não se limita apenas ao campo, Pois se propaga em cada torcedor, Que muitas vezes sente mais dor, Só em pensar nesse confronto, em ser perdedor. Por este motivo que esse jogo recebe o nome de clássico, Pois é um jogo tão disputado, Que ás vezes se torna chato, Devido ao excesso de voluntariedade, Demonstrado sempre com lealdade. É um jogo de heróis e vilões, Julgados sempre pelos torcedores, Que devido á cegueira causado por essa paixão, Não vê os jogadores como simples mortais, Mas sim como pessoas especiais. Que não podem errar! Pois em cada resultado, Faz-se uma história, Que não se apaga na memória, E fica registrada no passado. O clássico Atletiba, É a tradição do Coritiba, Contra a raça dos atleticanos. Que só acontece em Curitiba, Á quase oitenta anos.
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Capitulo V
“Sempre teremos alguém para nos lembrar em nossa caminhada”.
“Esconde-te das pessoas que te fazem promessas sem exigir contra-prestações”.(BARUCH,Bernard)
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Meu amigo guarda-costas. Todos nos temos um guarda-costas, Não importa o que somos ou o que temos, Eis que este guarda-costas, sempre estará com nós, Seja onde nós formos ou estivermos, Não nos cobra nada por isso, Mas se decepciona quando não consegue nos guiar, Para o caminho do bem, Pois temos livre arbítrio, porém utilizamos o, muito mal, Uma das missões dele é aconselhar-mos, Para melhor utilizar este livre arbítrio, Comunica-se com nós, através de sonhos, Usa na consciência e às vezes mexe com nosso destino, Tudo para nos guiar ou nos aproximar de nossos objetivos. Não o objetivo que criamos, mas aquele que nos é traçado antes de nascermos. Mas por esses caminhos, podemos vir a encontrar obstáculos. E quando os obstáculos são maiores do que a nossa real possibilidade de suportá-los, É ai que entra nosso fiel amigo, Aliviando o grau de dificuldade desses obstáculos. E ás vezes até intervindo em acontecimentos mais graves. Tudo porque, possuímos um tempo pré-determinado, E uma história pré-traçada, onde nada deve sair fora do previsto. Por este motivo é que rezo todas as noites, Para meu anjo da guarda Hahahel. Que me ilumine e me guie sempre quando eu me perder nos caminhos da vida. Obrigado Deus por colocar Hahahel como meu fiel amigo e guarda-costas. É preciso em Nossa Senhora acreditar! Protetora da Nação, Dedico com devoção, Todas minhas boas ações, Pois sei que sempre tive sua proteção. Pelos atalhos da vida, A senhora me ilumina, Sendo muitas vezes minha guia, Em situações em que entro em fria. Minha mãe Nossa Senhora, Quando observo a aurora, Parece que falo com a senhora, O que me traz a paz por horas. Não sei como agradecer,
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Por este motivo tento escrever, Uma poesia que tente dizer, O quanto é importante na senhora crer. E começo a pensar, Nas pessoas que não querem acreditar, Na sua existência, Tudo por não possuírem uma própria consciência. Peço que as perdoe, Pois vivem num mundo de confusão, Onde tudo deve possuir uma razão, Fundamentada em uma pobre opinião. Não acho impossível em uma mensagem mostrar, O quanto é importante em ti acreditar, Pois todos sabem que as suas graças são realidades, O que torna essa breve mensagem uma pura realidade. Polônia Sob o céu boreal, Na Europa Oriental, Um povo eslavo ocidental, Ocupou desde o século VI, As margens do Vístula, Que corre sinuosamente entre a Planície Central. No século X começou sua história como nação, Mas no século XI, houve um período de tenção, De guerra civil e agressões, Entre Tártaros e cavaleiros teutões. Passado quase dois séculos de desunião, Os reis poloneses conseguiram promover a união. Com consecutivas conquistas e anexações, A Polônia foi o segundo maior país europeu em extensão, Pois tinha o mar Báltico e o Negro como possessão. Varsóvia sua capital, Tornou-se centro cultural. Em meio a tanta prosperidade, Sua população nem imaginava que seu reino, Um dia tivesse um destino fatal, Pois a Polônia começou a ser desmembrada, E em 1795 desaparece do mapa.
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Mais de cem anos se passaram, E um tratado com o fim da I Guerra foi assinado, Prevendo as resoluções muitas questões, Uma delas era a ressurreição, Da Polônia como Nação. Com essa poética versão, Fiz uma verídica recordação, Da história da mãe pátria de meus ancestrais paternos, Que à deixaram por diversas razões, Mas que encontraram no Brasil sua segunda Nação. Itália De um grande Império, A Itália ainda guarda seus mistérios, Em cada construção, E na sua história de infinitas versões. Seu povo é quente como o Etna, Sua cultura é o berço do Renascimento, E a sua tradição, Esta marcada em cada possessão. Ás suas famílias já vem de gerações, Do tempo que Roma era o centro das atenções, Famílias de guerreiros e trabalhadores, Que nem por um minuto temeram as dores. Dessa Itália de encantos mil, Também brilha o céu azul – anil, Mas que um dia se cobriu, Com a cinza fumaça bélica da I e II Guerra. Por este motivo, muitos filhos dela partiu, E rumaram para o Brasil, Assim como os meus ancestrais maternos, Que aqui no Brasil adaptaram-se por ser um país terno. Minha família Uma grande tradição, Que poderia ser contada em uma simples canção, Fez da sua existência, Uma história de muita prudência.
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Uma família de sangue ítalo-polonês, Nessa terra tamandareense se fez, Com o fruto de seu trabalho, Nunca se abateu com os obstáculos. Cresceu do comércio, Da lavoura, E do calcário. Pois foi uma das pioneiras, Que junto com Almirante Tamandaré cresceu, E nesse município a sua história escreveu. Mulheres contemporâneas Tão meiga e delicada, Heroínas de tantas jornadas, Um ser humano também! Que muito quero bem. Revolucionarias, Em sua luta diária, Por um mundo igual, E não por tratamento especial. Já foram destratadas, Por milênios humilhadas, Quase sempre usadas, Com a desculpa de serem amadas. Provaram a sua força, Sem perder a sua essência, Nem sua feminilidade, Mas com uma nova consciência. As consciências de que todas as mulheres são livres, Livres para serem, O que bem entenderem, E as mesmas oportunidades na vida obterem. O poeta Um bom poeta, É aquele que com palavras completa, O que o desejo,
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Não conseguiu expressar com um beijo. Na magia de vários versos, Inúmeros sentimentos confessos, Mas nunca com promessas. O poeta não escreve com pressa, Pois sempre busca analisar, O universo que pretende dissertar, Para nada deixar de mostrar. E com uma inquestionável precisão, Decifra os segredos da paixão, Apenas escutando o coração. Almirante Tamandaré: Causos e lendas de um povo. Uma história de lendas e magia, Que ao misturar-se com a realidade, Transforma-se em uma infinita poesia. Ultrapassando os limites da eternidade. Uma nostalgia, Que ainda se irradia, Nos ancestrais das pioneiras famílias, Que aqui nessa terra fizeram valer nossos dias. Neste solo desbravado por bandeirantes, Colonizados por portugueses e imigrantes, Em um tempo distante, Já fora pisado por primitivos habitantes. Mais de trezentos anos de mistura cultural, Guardada junto com o mais importante valor moral, Que faz de nossa querida terra natal, O nosso maior bem patrimonial.
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Capitulo VI
“Palavras derradeiras”.
“O tempo é o melhor autor: sempre encontra um final perfeito”. (CHAPLIN, Charles).
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O fim dos sentimentos Minha idéia era criar poesias com vida, Que falassem além dos limites das letras e palavras, Mas hoje, minha inspiração vital me abandonou, Não consegui criar nada com vida, E as palavras parecem se perderem no vazio, No vazio do abstrato “nada”, De mensagens que nem dizem e tão pouco ocultam, Pois não existe um entendimento para elas, Porque foram elaboradas entre os espaços da confusão e da solução. É a réstia não aproveitada, de uma idéia equivocada. Que parece desligada de tudo, mas que confunde mesmo assim. E assim nos leva a crer, Que essa manifestação é reflexo do vazio interior, De um vazio que precisa ser preenchido com vários sentimentos. Desde os positivos como também os negativos. Pois se não fizermos isto, este nada potencializasse, Propagando-se por nosso ser, Impregnando nossa alma, Assassinando os sentimentos mais fragilizados, Fazendo-os desaparecer, E assim nossa vida é corrompida e bitolada pelo mundo concreto. Um mundo onde o sentimento para ser real, Deve ser carnal. E não apenas sentido com a alma, Pois o toque, a imagem, o som, se separam, E não apenas sentido com a alma, Pois o toque, a imagem, o som, se separam, E não acompanham mais as ações sentimentais humanas. É estranho, mas tudo isto se resume em buscar o prazer e a luxuria. Porém esquecendo de uma coisa importante, Que é a alma que deve ser complementada, E não a carne, Pois a carne se desintegra com o fim da vida, Já a alma, é eterna, assim como as palavras bem escritas. Conclusão Concluo meu pensamento poético sobre o amor, Ciente que ele é um sentimento forjado na dor, Mas anestesiado pelo mais puro fervor, Que nasce na esperança, De conquistar a confiança, Daquele que nos faz sonhar, E por um universo de desejos viajar,
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Só com um simples olhar, O amor é um feitiço, Que nos tira do juízo, A ponto de nos levar ao suicídio, Este amor é o mesmo que nos faz arrepender-se. De tudo que foi dito, Dos momentos perdidos, Dos cartões escritos, Mas é o mesmo que nos faz de tudo isso lembrar, Fazendo-nos tudo isso recomeçar-mos, Simplesmente por um novo desejo de amar-mos, Não existe uma explicação, Para esse sentido oriundo do coração, E nem um ciclo exato para definir... Impossibilitando minhas poesias concluir. Falecer sim, morrer jamais! E tudo aos poucos vira esquecimento, Pessoas, momentos, sentimentos... Tudo que um dia foi o nosso motivo de existência, Mas que agora é apenas uma parte de nossa vivência. Apenas poucas lembranças sobraram, E estas logo se exaurirão, Pois vão se perdendo com o andar do tempo, Até decomporem-se as últimas essências que restam. E assim a morte chega, Primeiro leva a alma, Depois a vida que vivia na lembrança dos vivos, E aquele que um dia existiu, para sempre sumiu. Que triste é saber que nossa vida passou em branco, Ao ponto de nenhum ato nosso ser lembrado, É o mesmo que ser um morto-vivo entre os vivos. “Uma existência sem consciência”. Por este motivo que escrevo, “Para quando eu morrer, não morrer”. Quero ficar vivo nos meus versos, E quem sabe alcançar as fronteiras do Universo.
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Poesia tardia É tarde demais, Para escrever, E nada dizer. Pode ser a última chance, Para tentar uma revanche, Para mantê-la em meu alcance. Mas pode ser o fim, O último sonho a resistir, Lutando para o coração não partir, E assim sua partida impedir. Essa é a última história, Que vivi na memória, Que narra uma trajetória, Que não conhece uma vitória. Poesia final Mas um livro chega ao final, Tornando-se assim uma expressão universal, Pois manifesta os sentimentos mais especiais, Sentidos por seres mortais. Com derradeiras palavras, Agradeço a sua atenção, Que atentamente descobriu os segredos de meu coração, E flutuou pelo mundo da ilusão. Sendo esta a última poesia, Que seja esta então que carregue as últimas faíscas de magia, Que consiga trazer a alegria, Que ainda não foi percebida. Pois apenas terminou um livro, Não os sonhos, Terminou o limite para escrever, Não a futura e eterna continuação das frases do livro da vida.
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Biografia do autor. O escritor paranaense Antonio Ilson Kotovski Filho, é natural da cidade de Almirante Tamandaré (Região Metropolitana de Curitiba – PR), onde vive desde seu nascimento em 10 de outubro de 1976. É professor do Estado do Paraná, onde exerce sua função nas disciplinas de História e Geografia. Formado em Estudos Sociais com licenciatura em História pela UNOESTE, e Mestre em Ciência da Educação pela Universidade Internacional (PORTUGAL). Bacharel em Direito pela UNIBRASIL. Especialista em Historia do Brasil pela Faculdades Integradas de Jacarepaguá e especialista em Geografia do Brasil pela Faculdade Internacional Signarolli. É autor dos livros de poesias: Amor descrito por um apaixonado pela vida!, Sonhando escrevi sobre o amor, e Relatos de um tamandareense: a história do município de Almirante Tamandaré. Foi um membro da UBE-PR (União Brasileira de Escritores) e da ACPAI (Associação Cultural Paranaense de Autores Independentes). Teve o poema Enigma de mulher, publicado na 19a Antologia Poética – Painel de Novos Talentos da Câmara Brasileira de Jovens Escritores - RJ, além de possuir os poemas Alguém, e Poeta publicados na Coletânea de poesias do projeto Pintando um Verso Bem Diferente.
Antonio Ilson Kotoviski Filho autografando a obra Relatos de um tamandareense/Foto: família, agosto de 2011.
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Divulgando. A satisfação de um escritor é saber que suas criações foram bem aceitas pelos leitores. E mais ainda, é saber que existe uma busca e curiosidades sobre novas obras. Diante de tal fato meus livros são:
1. AMOR DESCRITO POR UM APAIXONADO PELA VIDA! (Poesias); 2. SONHANDO ESCREVI SOBRE O AMOR, (Poesias); 3. VERSOS IMPERFEITOS. INTENÇÕES VERDADEIRAS, (Poesias); 4. VIAGEM VERSADA, (Poesias); 5. POESIAS: O REFUGIO DE UMA ALMA ROMÂNTICA, (Poesias); 6. INSPIRAÇÃO DERRADEIRA, (Poesias); 7. ESCRITURAS ROMÂNTICAS, (Poesias); 8. VOZ INTERIOR! (Poesias); 9. REFLEXOS DE MUITOS MOMENTOS, (Poesias); 10. A HISTÓRIA DA HUMANIDADE EM VERSOS, (Poesias); 11. A HISTÓRIA BRASILEIRA EM VERSOS, (Poesias); 12. OS PAÍSES DO PLANETA TERRA EM VERSOS, (Poesias); 13. LIVRO NEGRO. O LADO OPOSTO DO AMOR, (Poesias); 14. HORIZONTE TERMINAL. (Romance); 15. A INDISCIPLINA NO CONTEXTO ESCOLAR. (Dissertação); 16. O INTEGRALISMO NO BRASIL. (Monografia); 17. RELATOS DE UM TAMANDAREENSE. HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ, (Histórico Científico).
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