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Por trás dos brinquedos
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No século XX, houve a ruptura da tradição das artes plásticas, principalmente no sentido da busca de uma liberdade artística, porque a questão é fazer arte verdadeira. Os artistas se deram conta de que tinham sido servis por muito tempo às vontades e aos interesses da burguesia na cultura ocidental e não gostaram mais disso. Vik não se insere bem na vanguarda dessa época, que procura encontrar a própria receita da arte verdadeira. Ele não seria também uma última expressão da arte contemporânea. Ele está
Waleska Santiago
Para abrir o apetite
Medusa Marinada: Vik transforma a tragédia grega em uma arte feita com macarrão e molho
Carlos Velásquez Coordenador do Curso de Belas Arte da Unifor
um pouco entre as duas correntes. Por um lado, é muito ligado e observador das vanguardas do século XX, dos novos arranjos, materiais e sentidos; por outro lado, tem o pé bem colocado em tentar ressignificar objetos, reapresentar o que já foi feito, o que já foi colocado no mundo artístico.
Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, foi apresentada em duas versões: a da direita com geleia e a da esquerda com pasta de amendoim
Da geleia ao caviar Quem diria que mexer com comida podia virar arte? Chocolate, açúcar, macarrão, mel e caviar são algumas das matérias-primas que compõem a criação do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz. Além de materiais orgânicos, ele teve diferentes trabalhos expostos nos principais museus de arte contemporânea do mundo com outros elementos inusitados, como as centenas de pequenos diamantes usadas para montar o retrato de Elizabeth Taylor. Depois dos Estados Unidos, do Canadá e do México, a exposição veio ao Brasil no ano passado e teve recorde de público no Rio de
Janeiro e em São Paulo. A partir de 16 de abril, o Espaço Cultural Unifor será ambiente para as 141 fotos de tamanhos, origem e temas variados. Nesse mesmo dia, o artista estará no Teatro Celina Queiroz para falar do seu processo criativo. A palestra, que já está com as inscrições lotadas há duas semanas, está marcada para começar às 10h.
Vik nasceu em São Paulo, em 1961. Um tiro acidental na perna, enquanto separava uma briga, resultou numa boa quantia em dinheiro em troca de não denunciar o caso à polícia, o que acabou financiando sua viagem a Chicago, em 1983. Depois de dois anos, foi para Nova Iorque e passou por diversos subempregos, até ser descoberto pelo crítico de arte do New York Times, Charles Haggan. Filho único de pai garçom e mãe telefonista, não imaginava, quando mais novo, que cobraria futuramente o preço mínimo de US$ 5 mil por cada uma de suas fotografias. Nos Estados Unidos, o artista já alcançou US$ 75 mil por uma foto e US$ 150 mil por um conjunto de 14 painéis, arrematados num leilão em Paris. Mas, sempre que vende um trabalho no qual retrata problemas sociais, ele doa parte da renda para instituições de crianças e adolescentes carentes.
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Fotos: divulgação
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Serviço Vik Muniz Local: Espaço Cultural Unifor Visitação: de 16 de abril a 8 de agosto Horários: de terça a sexta (10h às 20h); sábados e domingos (10h às 18h) Entrada gratuita
Autorretrato: o artista reproduziu uma foto sua com brinquedos de plástico e depois a fotografou.
Jornal de Bandeja - Disciplina: Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I / Laboratório de Jornalismo da Unifor. Diretora do CCH: Profa. Erotilde Honório - Coordenador do Curso: - Prof. Eduardo Freire Concepção e edição: Prof. Jocélio Leal - Redação: Camila Marcelo, Thamires Heros e Viviane Sobral - Revisão: Profa. Solange Morais - Projeto gráfico: Eduardo Martins - Diagramação: Bruno Barbosa e Tamires Fontenele - Supervisor da Gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor
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“Eu faço arte para poder observar pessoas a observarem minhas obras” VIK Muniz