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FÔLEGO Com apenas 16 anos, Pâmela de Souza superou os limites de sua deficiência física e tornou-se a primeira cearense a vencer os jogos Parapan-Americanos Juvenis de Atletismo Lardyanne Pimentel

A paraatleta da Unifor Maria Pâmela Almeida de Souza, de apenas 16 anos, conquistou o título de campeã na prova em salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos Juvenis de Atletismo, realizados no dia 19 de outubro, no Complexo Desportivo El Salitre, em Bogotá, na Colômbia. Com a marca de 4m50, ela superou as cubanas e norte-americanas, favoritas à medalha de ouro, Pâmela tornou-se a primeira cearense vencedora dos Parapan-Americanos. “Fui para as competições em busca do meu objetivo. Graças a Deus tudo ocorreu bem e eu pude entrar em contato com outras equipes paraolímpicas e viver aquele mundo esportivo. Tudo isso contribuiu para que eu me dedique mais ainda ao esporte”. Essa foi a sua primeira participação em uma competição internacional, depois que alcançou o título de vice-campeã adulta nos Jogos Paraolímpicos do Norte-Nordeste. Pâmela começou a praticar esportes na Escolinha de Atletismo da Unifor, um projeto que beneficia atualmente 63 alunos, moradores de 16 bairros carentes de Fortaleza. Ela conta que se interessou pela Escolinha por influência de algumas amigas da comunidade onde vive. “As minhas amigas praticavam atletismo e me chamaram para participar. No começo, pensei que seria difícil para mim, pois eu sou diferente delas. Mas, pelo contrário, me destaquei no salto à distância e nas competições. Hoje, treino três horas por dia e minha irmã faz

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“O esporte é minha vida” Salto campeão de Pâmela rendeu-lhe o primeiro lugar nas paraolimpíadas juvenis. A cearense superou as favoritas ao prêmio e mostrou sua capacidade de superação Foto: aline CarDoso

ginástica rítmica. A Unifor é a minha segunda casa e o esporte, a minha vida”, revela. Pâmela Almeida nasceu com uma deficiência no braço esquerdo, fruto de uma má formação do membro durante a gestação. Nunca conheceu seu pai e foi criada pela mãe, a assistente de dentista Maria Vaulênia Almeida de Souza, com ajuda de seus avós. Ela cursa a oitava série no Colégio Dom Antônio de Almeida Lustosa e mora na comunidade do Dendê, localizada no bairro Edson Queiroz. A paraatleta foi descoberta pelo professor Vicente Matias, responsável pela disciplina de Ginástica Especial. Segundo seu coordenador técnico, o professor Marcos De Lazari, ela é um dos talentos que, no futuro, podem representar o Brasil em competições internacionais. “Pamela tem talento. Com a estrutura de que ela dispõe na Unifor e seguindo

sua rotina de treinos, será uma das atletas brasileiras nos próximos Jogos Parapanamericanos e nas Paraolímpiadas do Rio de Janeiro em 2016”, garante. A Escolinha de Atletismo da Unifor procura mudar a realidade social de alguns jovens por meio do esporte e da educação. O trabalho também é desenvolvido pelos estudantes universitários, o que lhes permite não somente a utilização do espaço físico para as aulas regulares, mas também a oportunidade para promover valores de caráter social. Pamela é o resultado desse trabalho desenvolvido pela Escolinha. Devido a suas conquistas no salto em distância, foi convocada pela Seleção Brasileira de Atletismo. “Quero praticar o atletismo por toda a minha vida, mas também quero ser médica”, afirma.

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O salto em distância Para realização do salto a distância, o atleta deve se concentrar, imaginar mentalmente seu salto e, em seguida, iniciar uma corrida com velocidade crescente, em direção à caixa de areia. Estabilizada sua velocidade, deve bater um dos pés na tábua de salto, impulsionando-se para saltar. Feita a impulsão, o saltador lança a perna que está livre para frente, ganhando elevação e desenvolvimento horizontal. A distância do salto será medida do ponto em que o saltador tocou a areia até a tábua de salto. Se o saltador, ao cair, colocar as mãos para trás e se apoiar, a medição será feita a partir do local em que tocou o chão com as mãos. O atleta pode tentar apenas três saltos, sendo computado o melhor deles. Ganha quem alcançar a maior distância.

História dos Jogos Paraolímpicos O esporte, voltado para pessoas com deficiência física, surgiu na Inglaterra e nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, em função de inúmeros ex-combatentes terem perdido os membros do corpo, a audição ou a visão em combate. Os primeiros jogos para deficientes foram realizados em 1948, na cidade de Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde se localizava o Centro Nacional de Lesionados Medulares, criado pelo governo com a ajuda do neurologista Ludwig Guttmann.

Fotos: Waleska Santiago

JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR

Saiba o que rolou no III Ceará Extreme, evento que reuniu os melhores dos esportes radicais no Ceará. Páginas 04 e 05


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Boliche é uma atividade física com diversão garantida jogadas seguintes. As bolas que compõem o boliche têm pesos variados. Começam com o mínimo de 2,72 kg e vão até o máximo de 7,25 kg. O jogador iniciante deve optar por uma bola um pouco mais leve, pois ainda não está familiarizado com o jogo. A maneira correta para segurar a bola de forma firme e confortável é introduzir o polegar no furo maior da bola e os dedos médio e anelar nos outros dois furos.

O esporte, que apareceu ainda no século III, na Alemanha, começa a ganhar espaço dentro dos grandes shoppings e casas de jogos por todo o Brasil João Bandeira Neto

Que tal reunir os amigos e jogar boliche? Esse é o mais novo passatempo de centenas de jovens. Com uma forma simples e divertida de interação, a prática do boliche atrai, cada dia mais, uma geração acostumada com a diversão. O público cearense dispõe de duas pistas de boliche, localizadas em dois grandes shoppings da capital. Na Via Bowling, instalada no Via Sul Shopping, cada pista tem capacidade para até 6 jogadores, monitorados por um painel individual, onde os participantes podem conferir a sua pontuação. “A Via Bowling é considerada de última geração, a única do Nordeste na área, e com oito pistas nos moldes internacionais”, explica Antônio Reale, coordenador do Via Bowling. Para os praticantes, a experiência de poder jogar um esporte que mistura diversão com uma competição acirrada a todo o momento é o que mais os atrai. “O boliche me deixou entusiasmado. Desde início,

Boliche vem crescendo no Ceará. As duas pistas de Fortaleza estão sempre lotadas durante os fins de semana Foto: Divulgação

chamei um grupo de amigos e a diversão foi garantida. Já estamos frequentando a pista semanalmente há quase dois meses”, conta o estudante de 21 anos, Fernando Sousa. A procura pela prática esportiva tem aumentado cada vez mais. “Nos finais de semana, chegamos a ter todas as pistas lotadas e com uma enorme lista de espera”, fala Monalisa Vieira, funcionária da Via Bowling, shopping Via Sul.

Entenda as regras Inicialmente convencionouse a disposição dos nove pinos na pista em forma de octógono. Ainda hoje, essa versão é disputada principalmente na Europa. A regra com 10 pinos (“ten-pin”) dispostos na forma triangular, é a mais usada pelos praticantes brasileiros e foi criada nos Estados Unidos no século XIX. O tamanho padrão de uma pista de boliche é de 19,16 cm

de comprimento por 4,5 m de largura. O jogo envolve 10 turnos e cada jogador tem direito a dois lançamentos de cada vez. Calcula-se um ponto para cada pino derrubado. Se um jogador conseguir derrubar os 10 pinos na primeira jogada, ele faz um strike; se por ventura ele só conseguir derrubar os pinos na segunda, ele faz um spare. No strike, o jogador ganha pontos e um bônus igual ao número de pinos que derrubar nas duas

Boliche pelo mundo A propagação do boliche pelo mundo aconteceu em 1650, quando praticantes holandeses criaram as primeiras regras do esporte. A cada ano, o boliche ganha mais força. A principal entidade desse esporte é a FIQ (Federation Internationale de Quilleurs), que foi fundada em 1952 e está sediada nos Estados Unidos. No mundo, atualmente, existem cerca de 250.000 pistas de boliche e mais de 100 milhões de praticantes espalhados em 90 países. Nos Jogos Olímpicos, o boliche teve apenas uma participação em 1988, na condição de esporte exibição, nos jogos realizados em Seul, capital da Coréia do Sul. Nos Jogos Pan-Americanos, o boliche faz parte do calendário desde 1991,quando foram realizados os jogos em Havana, Cuba.

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Aprendendo a jogar boliche Postura Inicial Segure a bola junto ao corpo, na altura do peito, com braço em “L”. Coloque os quadris e os ombros perpendiculares em relação aos pinos.

Como iniciar a jogada Coloque-se junto à linha de falta (de costas para os pinos), caminhe quatro ou cinco passos em linha reta, então vire-se em direção aos pinos e memorize um ponto de partida. Coloque o pé esquerdo ligeiramente à frente, se for destro (os canhotos devem colocar os pés na posição inversa). Em todas as jogadas procure iniciar voltando ao mesmo ponto de partida.

Segure a bola cuidadosamente com ambas as mãos, uma na bola e a outra por baixo apoiando o peso da bola, devendo os dedos mindinhos tocar-se ligeiramente.

Como iniciar os passos Avance a bola para a frente e saia com o seu pé direito (se for canhoto, use o pé esquerdo), num só movimento. Esse é o passo de saída.

Agora a bola deverá atingir o máximo do seu impulso e deixe o movimento atingir o máximo possível na altura do ombro. Não dobre o cotovelo.

Fonte: http://www.boliche.com.br/instru_basicas.htm

Caderno Fôlego - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profa. Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Eduardo Freire - Professor Orientador: Alejandro Sepúlveda - Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldeci Tomaz - Estagiária de Produção Gráfica: Katryne Rabelo - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Editores : Gabriela Gomes, Lardyanne Pimentel, Lauro Pimentel - Redação: Joafrânia Nogueira, João Bandeira Neto, João Paulo de Freitas , Jordânia Talerov, Roberta Arrais, Tamires Santos e Thalyta Vasconcelos.

Sugestões, comentários e críticas: cadernofolego@gmail.com


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Relatos de torcedores apaixonados Desentender-se com a família, deixar de comer e faltar ao trabalho para assistir a um jogo. Essas são algumas das provas de amor que torcedores demonstram pelo time Roberta Arrais, Tamires Santos e Thalyta Vasconcelos

A torcida por um time de futebol pode se tornar uma paixão e fazer com que alguém falte ao trabalho ou à escola, brigue com pessoas queridas, seja detida por engano e até mesmo acredite que o clube é a coisa mais importante da vida. Esse é o caso de Rodger Raniery, 22 anos, amante do Ferroviário e presidente da torcida organizada Falange Coral. “O Ferrão é a coisa que eu mais amo. Amo mais do que tudo, do que família, do que amigos, do que namorada”, assume. O presidente da Falange Coral afirma ser capaz de fazer tudo pelo Ferroviário. Ele conta que chegou até a passar fome pelo time. “O Ferrão tinha que ganhar e eu torcer para o Boa Viagem perder. Então fiz uma promessa afirmando que comeria somente pão e água se ele escapasse dessa e foi o que aconteceu”, lembra. Ele conta que certa vez foi detido por engano no jogo entre Limoeiro e Ferroviário na cidade de Limoeiro, em 2004. “A torcida adversária começou a jogar pedras no nosso ônibus. No momento, eu estava fora do ônibus e a Polícia me prendeu, afirmando que era a gente que tava jogando pedras”, explica. O torcedor Coral herdou a admiração pelo Ferroviário do pai, que sofreu com a paixão do filho. Rodger conta que, em 2004, decidiu viajar escondi-

do para assistir a um jogo em Natal. “Eu prometi a ele que não ia. Mas fui escondido para o jogo. Quando cheguei, foi o maior bate-boca”, afirma. Amor e Profissão Fanático pelo Fortaleza desde criança, Ronaldo Rocha Filho, de 25 anos, também foi influenciado pelo pai a frequentar os estádios. Quando adolescente, começou a ir com os amigos da escola e logo entrou para a Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF). Mas Ronaldo não leva a sua paixão só para os jogos. Ela também norteia a sua vida profissional. Tornou-se empresário e hoje é dono de uma das lojas da TUF, que fica em um shopping local. O tricolor garante que não existe nada melhor do que trabalhar com o que gosta, pois é “Fortaleza de coração”. O amor pelo Fortaleza interfere até na sua vida amorosa. Segundo ele, brigas com a namorada são previstas quando há uma viagem para assistir aos jogos. Ele já foi para Belo Horizonte, Salvador, Natal, Recife e Sobral só para acompanhar os jogos de perto. Já foi até preso por causa de futebol. Segundo Ronaldo, em uma dessas partidas, ao sair do estádio em direção ao estacionamento, se envolveu em uma briga e acabou sendo detido junto com seus amigos tricolores. Mas garante: “nunca mais quero me envolver com brigas”. O lado Alvinegro Fernando Felício também é um apaixonado por futebol. No caso dele, o amor é pelo Ceará. “Torço desde que me entendo como gente”, afirma. Fernando, engenheiro há 25 anos, é o tipico apaixonado por futebol, aquele que não perde um jogo. Sempre vai ao

Rodger, Ronaldo e Fernando posam com a camisa dos seus times Foto: Tamires Santos

Rodger Raniery

Fiz uma promessa afirmando que comeria somente pão e água e foi o que aconteceu. Eu passei fome. Torcedor do Ferroviário e presidente da Falange Coral

estádio e, quando não é possível, assiste às partidas junto com os amigos em uma churrascaria. A paixão pelo Ceará Sporting Club foi tanta que Fernando chegou a fundar uma torcida organizada, “Águias Alvinegras”, da qual foi também o primeiro presidente. Os membros iam a todos os jogos inclusive aos que aconteciam fora do Estado. Ele lamenta que tudo tenha durado apenas cinco anos. “Acabou por falta de tempo dos organizadores”, explica.

Como todo fã de esportes, Fernando tem seus ídolos. Para o engenheiro, os melhores jogadores do Alvinegro de todos os tempos são: “Gildo, Zé Eduardo, Adilson e Sérgio Alves”. Ele se mostra empolgado com a atual atuação do Ceará nos campos. “Se a equipe continuar com essa campanha, sem dúvidas ele sobe para a primeira divisão”, garante. Todo apaixonado pelo seu time é capaz de cometer loucuras por ele; até inventar que está doente e faltar o trabalho. Foi com essa justificativa que Fernando foi assistir a um jogo do Ceará em Natal, quando era empregado em uma construtora. Essas histórias mostram que a paixão por um clube não acaba nos estádios. E não é com violência que se demonstra amor ao esporte. Mesmo torcendo por equipes distintas, concordam que “com a paz, o espetáculo das partidas de futebol fica ainda mais belo”.

Vantagens e benefícios de um sócio-torcedor Vários amantes do futebol aderiram às vantagens de ser um Sócio Torcedor. Nada mais é do que regulamentar o amor pelo time em um contrato no qual o torcedor adquire vantagens por meio do pagamento de uma taxa cobrada pelo clube. No projeto “Sou Mais Ceará”, as mensalidades vão de R$ 29 até R$ 69. Os benefícios são as entradas gratuitas aos jogos com mando de campo do Ceará. A diferença de preços é pela posição em que os torcedores irão assistir aos jogos no estádio, pois as localizações são mais privilegiadas para cada tipo de plano. Irineu Sales, 37 anos, é fã do alvinegro e aprova o car-

tão. “Não tenho que ir atrás do ingresso e não pego fila”, explica. Os sócios do Fortaleza pagam de R$ 30 até R$ 69 por mês, usufruindo das mesmas vantagens que os sócios do Ceará. A única diferença são sorteios realizados pelo clube. “É uma maneira de levar recursos para o clube e oficializar a minha paixão por ele”, disse Paulo Barreto, 18 anos, torcedor do Fortaleza. No caso do Ferroviário, os apaixonados que pretendem se tornar sócios pagam de R$ 5 até R$ 50 por mês. Os Corais possuem descontos ou gratuidades nas entradas para os jogos. Eles recebem a Revista Oficial do Ferrovi-

Carteiras de sócio torcedores do Ferroviário, do Fortaleza e do Ceará

ário e também usufruem de estacionamento grátis no pátio interno do estádio Tricolor da Barra. “É um benefício que ajuda o time e ainda traz comodidade ao torcedor”, relata

Foto: Tamires Santos

Cássio Rocha, 31 anos, admirador Coral. Os sócio estão ajudando ao Clube, pois a renda arrecadada é destinada apenas para despesas internas das equipes.

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Como filiar-se ao seu clube Para se tornar um sócio do seu time do coração, é necessário realizar um pagamento mensal no valor escolhido após realizar um cadastro, feito de formas diferentes pelo Ceará, pelo Fortaleza e pelo Ferroviário. Ferroviário – Para se cadastrar é necessário preencher o formulário básico que é realizado no Portal Oficial do Ferroviário (www.ferrao. com.br), ou pelo telefone 3237.0872. Os planos são: Tubarãozinho no qual se paga R$ 60,00 anuais; o Classic, de R$15 mensais; o Plano Primuim, no qual se paga a mensalidade de R$30; e o Máster, que se paga R$50 e obtém o maior número de vantagens. Ceará – O cadastro do alvinegro é feito através do site do Ceará (www.soumaisceara.com.br) e também ligando para a central do Sócio Torcedor Alvinegro, número: 3392.3600. Os planos são divididos em: Bronze, no qual se paga R$29; Prata, onde o torcedor desembolsa R$39; e Ouro, no qual é pago R$69,00. Fortaleza – No caso do Tricolor, é necessário realizar o cadastro para obter a carteirinha nas lojas da TUF ou na sede do Fortaleza (Avenida Senador Fernandes Távora, 200 - Pici). Informações no número: 3496.2143. Como no Ceará, os planos são divididos em Bronze, Prata e Ouro, com os preços de R$30, R$45 e R$69 mensais respectivamente.


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Ceará Extreme traz novidades em sua terceira edição Por terra, água e ar, muitas manobras radicais. Foi bastante emoção para os competidores e para o público presente. A competição também contou com palestras e uma feira de produtos esportivos Lauro Pimentel e João Paulo de Freitas

Adrenalina, esporte, diversão, cultura e arte. É assim que podemos descrever o III Ceará Extreme, realizado pela Associação Cearense de Esportes Radicais Atletas da Luz. No evento foram realizadas competições de várias modalidades (veja o quadro ao lado). Com a participação de atletas de alto nível, a terceira edição do Ceará Extreme aconteceu durante os meses de agosto, setembro, outubro e novembro, com etapas realizadas em Beberibe, Praia da Taíba, Porto das Dunas, Praia do Preá, Praia do Futuro, na Cidade Fortal e no Centro Esportivo e Cultural Atletas da Luz, em Fortaleza. Uma enorme estrutura foi preparada para as competições. Como palco para as provas de Sandboard, por exemplo, foi montada uma mega rampa artificial. Já para o Skate Down Hill, uma pista foi feita na Cidade Fortal, com várias curvas e espaços para os competidores fazerem suas manobras. Os dez atletas classificados de cada modalidade participaram das finais que foram realizadas nos dias 20, 21 e 22 de novembro de 2009. Os três primeiros colocados de cada categoria foram premiados com medalhas, pranchas, kits, acessórios e com o dinheiro de um bolão referente ao valor simbólico

das inscrições, sendo 50% para o primeiro lugar, 35% para o segundo e 15% para o terceiro. Além de se divertir com as manobras radicais feitas pelos competidores, o público também pode curtir várias atividades interativas. Um show de Hip Hop, com o grupo MT no Verso, garantiu boa música aos visitantes. Para aqueles que gostam de se expressar através da arte, foi criado o Es-

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Dicionário dos esportes Bicycle MotoX (Dirt Jump): Modalidade ciclística disputada em rampas de madeira ou de terra, com variação de altura e distância. Pode ser praticada com uma única rampa, com duas ou sequenciais, chamadas de trails. Kitesurf: Utiliza uma pipa e uma prancha com uma estrutura de suporte para os pés. O atleta é impulsionado pelo vento e, através de uma barra, consegue-se escolher o trajeto. Sandboard (Big Air): Os competidores deslizam por dunas de areia realizando manobras radicais. Na categoria Big Air, o objetivo é fazer o melhor salto. Skate Down Hill (Free Ride): O objetivo do competidor é realizar manobras consecutivas sem colocar os pés no chão em lugares planos ou com pouca inclinação. Skate Down Hill (Speed): Trata-se um circuito, parecido com a Fórmula 1, em que os competidores descem uma ladeira (geralmente estrada), para desenvolver alta velocidade. Skate Street: Os skaters realizam manobras em obstáculos comuns, como bancos, corrimãos e escadas. Wakeboard: As baterias são sempre disputadas entre dois competidores. Aquele que executar as melhores manobras passa de fase.

paço Grafite onde essas pessoas puderam mostrar seus dons para o restante do público. Novidades No evento também aconteceu a mostra Pipoca com Adrenalina, com vídeos gravados das melhores manobras e piores tombos do III Ceará Extreme. As imagens foram mostradas no coquetel de lançamento da Exportes Nordeste, uma feira voltada para a exposição de novos produtos para a prática de esportes radicais, realização de oficinas e atividades interativas. A Associação promoveu a Rodada de Negócios, um encontro entre profissionais, associações, representantes comerciais, produtores e empresários da área de esportes radicais com o objetivo de atrair potenciais investidores e compradores. Uma grande oportunidade para o crescimento do mercado esportivo. O III Ceará Extreme não foi apenas um espaço para diversão. O evento também foi um local para aprendizado. Foram realizadas palestras para os atletas e para os visitantes. Uma dos temas abordados foi A Segurança do Atleta de Esportes Radicais – A Importância do Uso de Equipamentos de Segurança, ministrada por Eduardo Lopes, da Companhia da Aventura e do Grupo Voluntário de Busca e Salvamento (GVBS). Outra atividade oferecida foi uma palestra sobre Clínica de Preparação para Atletas de Alto Rendimento, com os preparadores físicos Lino Délcio e Paulo Emílio Tavares. Através dela, os atletas puderam aprender sobre treinamento funcional para suas modalidades esportivas. O evento teve o apoio do Governo Estadual do Ceará, através da Secretaria do Esporte, e da Prefeitura Municipal de Fortaleza. O início do Ceará Extreme A Associação Cearense de Esportes Radicais Atletas da Luz é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo divulgar, estimular e consolidar a prática de esportes radicais no Estado do Ceará. O evento foi criado com o intuito de reunir os atletas em uma grande confraternização do final dos circuitos cearenses. A Associação promoveu no ano de 2007 o I Ceará Extreme. A edição foi realizada

III Ceará Extreme premiou os três primeiros colocados com medalhas, kits e materiais esportiv

No Wakeboard a altura das manobras contam na pontuação final Foto: Divulgação

Sandboard é a versão tropical do snowboard Foto: Divulgação


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João Bandeira Neto

Olimpíadas 2016: contagem regressiva

vos e dinheiro de um bolão arrecadado com o valor simbólico das inscrições Foto: Divulgação

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Glossário das manobras 180: 1/2 rotação para a direita ou esquerda. 360: Uma rotação inteira. 900: Duas rotações e meia. No skate, o primeiro foi realizado por Tony Hawk, em 27 de Junho de 1999. Alley Oop: Quando uma manobra é feita na direção inversa daquela em que o atleta está. Backside: Quando a volta ou a manobra é executada de forma a que as costas do atleta estejam viradas para o arco da manobra. Frontside: Quando a volta ou a manobra é executada de forma a que a frente do atleta esteja virada para o exterior do arco da manobra. Grab: Agarrar a prancha com uma ou as duas mãos, em backside ou frontside. McTwist: Um 540 (uma rotação e meia) realizado numa rampa. O nome vem do skater Mike McGill. Fonte: www.360graus.terra.com.br

Na cidade do Fortal foi construída uma grande rampa com areia Foto: Divulgação

no Beack Park, no Porto das Dunas, e teve a participação dos dez melhores atletas do ranking cearense, que foram convidados a competirem em Expression Sessions, ou seja, a melhor manobra. No ano de 2008, o II Ceará Extreme foi realizado no Oceani Resort, também na Praia do Porto das Dunas. Nessa edição, além de todas as competições

esportivas, foi montada uma estrutura para o lazer. Paredão de escalada, tirolesa, massagem e avaliação física foram algumas dessas atividades interativas.

Serviço Associação Cearense de Esportes Radicais Atletas da Luz Tel.: (85)8607-8731 associacao@atletasdaluz.com.br

Quando paramos para analisar o que foi conquistado pelo Rio de Janeiro, a primeira palavra que nos vem à cabeça é de uma grande responsabilidade. Na próxima década, uma boa parte do mundo voltará seus olhos para o nosso país - mais especificamente para o Rio de Janeiro. Uma série de obrigações nos faz despertar o sentimento de medo, nos invade a dúvida sobre a nossa capacidade para cumprir tudo o que foi prometido quando apresentamos a nossa candidatura. A vitória do Rio de Janeiro mostra que algo mudou. Hoje, o mundo já conhece melhor a nossa cultura e o potencial econômico do Brasil. Já não enxerga o nosso país como mais um país do terceiro mundo que só se destaca pelo futebol. Parece que o proverbial país do futuro começa a se desenhar no horizonte. Há 15, 20 anos seria impensável ver o Brasil sediando alguns dos maiores eventos esportivos do planeta. E isso se justificava, pois tínhamos uma democracia nova, economia instável e uma imagem pouco consolidada no mundo. O sentimento de euforia presente hoje nos brasileiros começa a ganhar um ar de preocupação, pois a execução das obras exige não apenas vultosos investimentos, mas também uma ampla capacidade de planejamento nos próximos anos. O risco de superfaturamento e o desvio de recursos assombram a cabeça da população. Somos um povo acostumado a ver os escândalos e as corrupções se alastrarem em nosso país como se fossem algo normal e aceitável. No dia em que conquistamos o direito de sediar uma Olimpíada, o brasileiro está feliz, mas desconfiado. Comemora, mas, ao mesmo tempo, pensa sem admitir: “vão meter muito a mão”. Está orgulhoso, mas com um pé atrás. É justo. Basta olhar para o passado recente. “O Brasil deve mudar por dentro. Precisa abolir suas regras surdas, deixar de achar que conchavo e conversinha resolvem os grandes problemas. Deve, em resumo, abolir o malandro”, acredita o jornalista Gustavo Poli, em defesa de uma conscientização moral do nosso país, a fim de despertar um sentimento comum de honestidade. A partir daí, a necessidade de acompanhamento de todos os brasileiros para o que será

feito no Rio nas próximas décadas. Os jogos olímpicos não são apenas competições entre atletas. São espetáculos dotados de uma capacidade de alavancar uma economia e promover cidades. A previsão brasileira para 2016 é, hoje, de R$ 25 bilhões de investimentos. A experiência mostra que esse é apenas o ponto de partida. Não se sabe por quantas vezes esse montante ainda será multiplicado. Violência As últimas ondas de violência que tomaram conta do Rio repercutiram negativamente em várias partes do mundo. Em especial, as imagens que mostravam um helicóptero da Polícia Militar sendo abatido pelos traficantes. O episódio chocou pela ousadia e foi destaque na imprensa mundial. Diante disso, é natural que o mundo se pergunte se o país do futebol tem estrutura e condições suficientes de garantir segurança durante os Jogos Olímpicos. Mais do que isso. Como foi permitido ao Rio de Janeiro ser sede das Olimpíadas, foi dada ao mundo uma espécie de “permissão” para acompanhar de perto o que iremos apresentar para eles. Promessas mais uma vez foram apresentadas. Resta saber se agora, diante das enormes responsabilidades envolvidas nos preparativos dos Jogos Olímpicos, vão ser realmente cumpridas, livrando a “cidade maravilhosa” da guerra urbana em que está mergulhada há décadas. As Olimpíadas trazem um sopro de esperança para os cariocas: um pouco de paz combinada com o que eles têm de melhor, a alegria. Temos, pois, sete anos para aproveitar a oportunidade de transformar o Brasil. Fiscalizar e manifestar indignação. Participar e cobrar. Só assim, realizaremos não só um espetáculo olímpico de um mês de duração, mas sim, colocaremos em prática tudo aquilo com que sonhamos para o nosso país. A contagem regressiva já começou.


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Nami oferece tratamento para crianças deficientes Nami (Núcleo de Atenção Médica Integrada) oferece o serviço de Personal Training Para Grupos Especiais. O trabalho é realizado por uma equipe de professores e alunos da Unifor Joafrânia Nogueira

“Lá-lá-lá-lá-lá... Nam-namnam-nam...” são as sílabas que se ouve na forma de canção de ninar ao abrir a porta da Sala de Hidroterapia, no Nami. Dentro da piscina, Vicente Cristino, professor do curso de Educação Física da Unifor, segura em seus braços uma criança, que ora grita e morde o bracinho esquerdo, ora aquieta-se. Ele canta para acalmá-lo. Emanoel (nome fictício) é uma criança portadora de deficiência intelectual, o que o impede de desenvolver a fala e outras habilidades cognitivas. Cenas como essa se repetem todas as terças e quintasfeiras pela manhã no Nami, primeiro núcleo de extensão da Universidade de Fortaleza (Unifor). Criado em 1978, o Núcleo oferece atendimento médico gratuito. Os serviços oferecidos aos pacientes variam de consultas médicas, vacinas, análises laboratoriais a atendimentos materno-infantis e serviços especializados em enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. A idéia de capacitar um profissional de educação física para atender exclusivamente grupos especiais surgiu há aproximadamente dez anos, quando o professor Américo Ximenes ainda era coordenador do curso de Educação Física da Unifor, hoje coordenado pela professora Liana Braid. A necessidade de oferecer atividades esportivas voltadas

Criado em 1978, o Nami oferece serviços que abrangem a medicina, fisioterapia, enfermagem e educação física

para portadores de deficiência intelectual, auditiva, física e visual deu origem a uma nova prática de extensão denominada Personal Training Para Grupos Especiais, cujo trabalho é desenvolvido dentro do Nami. Atualmente, o projeto é coordenado pelo professor Vicente Cristino e as atividades estão dispostas nas categorias adulto e infantil. Apaixonado pelo que faz, Vicente acredita que o segredo do sucesso profissional está em fazer a escolha certa. “Só se pode ser feliz fazendo o que gosta, porque você faz com vontade,

com prazer. O dinheiro é apenas um detalhe, a consequência de um trabalho bem feito”, explica. Para ele, não existe pagamento melhor do que o sorriso de uma criança. Mestre em Educação Especial, faz questão de deixar claro que “o trabalho é de toda a equipe”. O atendimento às crianças deficientes é apenas uma das especialidades que compõem o projeto de extensão. Dentro da Unifor, outras práticas do curso beneficiam adultos e crianças, como os projetos “Educação Física Escolar”, que consiste em práticas esporti-

Foto: Aline Cardoso

vas desenvolvidas em escolas públicas e particulares, coordenado pela professora Vanda Almeida; e o “Escolinha de Esporte”, que tem por objetivo tirar crianças carentes das ruas e ocupá-las em atividades esportivas, coordenada pelo professor Marcos Brasil. A maioria das crianças que participam desses projetos são de famílias com baixo poder aquisitivo. Sem dinheiro para pagar um tratamento particular, buscam no Nami a realização de um desejo em comum: superar os obstáculos impostos pelas limitações físi-

cas e materiais. Ao todo, são quase trinta crianças beneficiadas pelo projeto, cada uma com histórias de dor e alegria. As mães acompanham o tratamento dos seus filhos. Ao redor da piscina, todas sentadas com suas crianças no colo, as mães aguardam, com um sorriso largo no rosto e uma conversa sempre animada, o início dos trabalhos. O trabalho é feito por uma equipe formada por um educador físico, uma terapeuta ocupacional e mais seis alunos do curso de Educação Física.

Histórias de vidas diferentes Pedro (nome fictício), de apenas quatro anos, impressiona pelo seu jeito autônomo de se locomover. É com as próprias mãozinhas que ele gira os grandes pneus da cadeira de rodas pelo corredor que dá acesso à piscina. A mãe vem atrás, carregando as bolsas e atenta a cada movimento dele. Quem o vê assim, nem imagina que ele tem hidrocefalia e mielomeningocele. As doenças adquiridas antes do nascimento causam, respec-

tivamente, déficit intelectual e complicações na coluna. É para esses sintomas que ele busca tratamento. Chegar até o Nami não é tarefa fácil, mas, mesmo assim, sua mãe nunca pensou em desistir. Eles saem de um bairro distante, o Antônio Bezerra, para se submeter às atividades aquáticas. Para chegar ao Nami é preciso pegar dois ônibus, “mas vale a pena”, assegura a mãe de olhar afetuoso e voz tímida. “Ele já con-

segue caminhar no andador”, justifica. Entre as mães ali presentes está uma que teve que abandonar o trabalho para cuidar do filho, hoje com quatro anos. “Não dava para continuar trabalhando. Ele nasceu com paralisia cerebral e precisa de mim o tempo todo”, explica. Na piscina, Felipe (nome fictício) se diverte com a mesma intensidade com que assiste ao Pica-pau - quando está em casa, sua distração favorita.

Projeto beneficia cerca de 30 crianças com deficiência física ou mental Foto: Aline Cardoso


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Método Pilates conquista cada vez mais praticantes Criado por um atleta alemão durante a Primeira Guerra Mundial, ele se transformou em nova atividade física para os que fogem da rotina das academias

Sprint

Título mundial no Shooto Foto: Arquivo Pessoal

O cearense Willamy ‘Chiquerim’ derrotou o japonês Kenishiro Togashi, sagrando-se campeão mundial no Shooto, campeonato japonês de Artes Marciais Mistas (MMA), na categoria até 70 quilos. Com o torneio, o atleta de 22 anos amplia o seu cartel de resultados, que já contabiliza 37 lutas, com 34 vitórias, sendo 20 por nocaute. Enquanto aguarda a possibilidade de defender o status de campeão mundial do Shooto, ‘Chiquerim’ prepara-se para o World Extreme Cagefighting (WEC), outro evento mundial de artes marciais mistas, disputado nos Estados Unidos.

Vagas de pilotos abertas para temporada 2010 A Fórmula 1 terá, para a temporada de 2010, doze equipes. Dos 24 lugares no grid, apenas 11 já têm donos - três deles são de brasileiros: Felipe Massa na Ferrari, Rubens Barrichello na Williams e Bruno Senna na Campos. As 13 vagas abertas são o sonho para os pilotos recém desempregados. A lista de “candidatos” inclui o atual campeão, Jenson Button, que ainda não renovou com a Brawn GP. Os brasileiros Lucas di Grassi, Antonio Pizzonia e Nelsinho Piquet brigam por vagas, principalmente nas quatro equipes estreantes.

Lardyanne Pimentel

Em Fortaleza é crescente a propaganda de clínicas fisioterápicas, estéticas e escolas de dança que oferecem aulas de Pilates. Mas, afinal, o que seria o Pilates e quais são os seus benefícios? O método, como também é denominado, consiste em exercícios de resistência com elásticos, camas e bolas, sem impacto, a fim de trabalhar todo o corpo. Dentre os ganhos que ele promove, está o fortalecimento muscular uniforme, especialmente do abdome, quadril e coluna. Proporciona melhor postura corporal, alivia a tensão, o estresse e as dores crônicas. Também aumenta a força sem prejudicar a flexibilidade, e, consequentemente, facilita a realização das tarefas do dia a dia. Além disso, é utilizado no tratamento de patologias que acometem as diversas articulações do corpo, como, por exemplo, a artrite. O fitoterapeuta Rodrigues Júnior, especializado na área, explica que “o ambiente relaxante da prática do Pilates, no qual se coloca uma música ao fundo, aliado a diversos tipos de exercício de flexibilidade, permite um resultado físico e mental.” A prática Há pessoas que não conseguem se enquadrar na rotina de uma academia de musculação, que exige bastante esforço físico. Para fugir dessa atividade, elas estão optando pela prática do Pilates, que permite ao aluno, por meio de exercícios suaves e uso de aparelhos, com poucas repetições, conseguir uma rigidez muscular e uma postura correta, sem o tradicional desgaste físico. Os resultados das modificações corporais podem ser sentidos a partir da décima primeira aula. Após trinta sessões, já se tornam visíveis. A atividade pode ser realizada por pessoas sedentárias e atletas. A escolha do profissional é fundamental, pois o pilates trabalha com movimentos de regiões muito delicadas do corpo, como a coluna. Isso sig-

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Festa e Tristeza para o futebol cearense em 2010 Após longos 16 anos, o Ceará voltará a disputar a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro em 2010. Com uma rodada de antecedência, o Vozão, apelido carinhoso do time, garantiu o acesso à elite ao vencer a Ponte Preta por 2 a 1. Com o resultado, o time alvinegro chegou à vice-liderança da Série B. Para o torcedor alvinegro, a festa da conquista do time não tem dia para acabar. Já o time do Fortaleza, não tem nada a comemorar em 2009. A derrota para o São Caetano decretou o rebaixamento do Leão do Pici para a Série C. Com um ano de muitas contratações e pouco planejamento, o Tricolor amargou durante todo o campeonato as últimas colocações, finalizando com um rebaixamento sofrido e esperado pelos torcedores.

Copa do Brasil de Futebol Feminino Foto: Divulgação

Pilates melhora a postura, alivia a tensão, o estresse e as dores crônicas Foto: Camila Marcelo

nifica que, se os exercícios não forem realizados de maneira adequada, podem provocar sérias lesões. Portanto, é necessário que o profissional tenha formação em fisioterapia ou educação física com especialidade na área. Origem A modalidade esportiva foi desenvolvida por Joseph Pilates, um atleta alemão nascido em 1880. Ele ficou recluso durante a Primeira Guerra Mundial no campo de concentração em Lancaster, na

Inglaterra, por ser considerado inimigo estrangeiro. Nesse período, atuou como enfermeiro e desenvolveu exercícios para manter a si e aos companheiros saudáveis. No Brasil, o método chegou com a professora Inélia Garcia, em 1997. Formada pelo The Studio Pilates, em Nova York, ela foi instruída pela professora Romana Kryzanowska, exaluna de Joseph Pilates. Inália montou o primeiro estúdio de Pilates em São Paulo. A partir daí, o método se espalhou por todo o País.

Teve início no dia 1º de novembro a segunda edição da Copa do Brasil de Futebol Feminino. Em 2007, a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos foi uma das motivações para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criar o torneio, que tem como atual campeão Mato Grosso do Sul. Este ano, depois da prata nas Olimpíadas de Pequim, a CBF dá mais um passo na tentativa de reforçar e popularizar a modalidade no país. O torneio contou, no início, com 32 times de 27 estados brasileiros. A competição encaminha-se para a fase de quartas de final e tem a equipe do Santos como a principal favorita para levar o título.

Nova temporada do NBB

Foto: Divulgação

Começou a segunda edição do Novo Basquete Brasil (NBB). O torneio organizado pela Liga Nacional de Basquete conta na edição 2009/2010 com quinze equipes. A lista de times tem duas novidades: a inclusão de Londrina e Nova Iguaçu. O time do Flamengo, campeão da primeira edição do torneio, procurou reforços e vem com a sua força máxima na busca pelo bicampeonato.


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SOBPRESSÃO

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NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2009

A largada foi dada. Oriente-se! A Corrida de Orientação é a atividade ideal para quem gosta de desafio, contato com a natureza, integração e raciocínio lógico Jordânia Tarelov e Gabriela Ribeiro

A brincadeira de caça ao tesouro virou esporte. Nessa corrida inteligente, não ganha o mais forte ou mais rápido, mas aquele que toma decisões corretas e sabe se orientar melhor. Com um mapa e uma bússola, o participante tem de encontrar locais demarcados por bandeiras em um terreno desconhecido e comprovar que passou por ali. Quem terminar primeiro, ganha. Antes da largada, cada participante recebe um mapa detalhado de toda a área em que se dará a corrida, com a demarcação dos pontos por onde deverá passar. Em cada local, há uma bandeira e um picotador – uma espécie de grampeador – com o qual o orientista faz uma marca específica em um cartão que serve como controle, para comprovar que passou por aquele lugar. Pessoas de todas as idades podem participar. As competições são divididas em categorias por faixa etária e há várias modalidades de corrida de orientação (veja o quadro). Como um dos fatores mais importantes é a capacidade de se orientar, quem não tem condicionamento físico perfeito também pode competir. Gleidy Medeiros, por exemplo, tem 66 anos de idade e pratica o esporte. Para ela, a modalidade é, mais do que atividade e lazer, qualidade de vida. Um dos mais importantes momentos de sua carreira foi quando se tornou campeã em sua categoria, no evento nacional Cinco Dias de Orientação, que aconteceu em vários pontos da cidade de Caucaia. “A satisfação de concluir uma prova desse nível já é muito boa. Ser campeã, então, é demais”, garante. Outro atrativo do esporte é a possibilidade de conhecer novos locais. As competições acontecem em vários estados do Brasil. Como é preciso avaliar a capacidade de ler mapas dos competidores, são escolhidos lugares com muitos acidentes geográficos e belezas naturais. Como participar Walter Sant’anna, diretor da Federação Cearense de Orientação (FECORI), explica que quem quiser se iniciar no esporte precisa, antes, filiar-se a um clube, que o informará dos locais de treinos e onde acontecerão as provas. Alguns também fornecem cursos de cartografia e noções de espaço,

Corrida de orientação é um esporte em que a capacidade do atleta de ler mapas conta mais do que o seu preparo físico Foto: Divulgação

já que o esporte exige conhecimento sobre as simbologias no mapa. O orientista filiado recebe um número nacional e passa a ser vinculado à Federação e à Confederação Brasileira, o que permite que ele participe de provas em outros estados. A corrida de orientação ainda é um esporte pouco divulgado, mas que cresce de forma satisfatória. No início, segundo Sant’anna, eram apenas 100 pessoas. Hoje, o esporte conta com mais de 2.000 atletas no

estado do Ceará, organizados em mais de 10 clubes. V Campeonato de Orientação O diretor da Federação também é presidente do clube COFORT (Clube de Orientação de Fortaleza) e organizou o V CCO (V Campeonato de Corrida de Orientação), que aconteceu no ano de 2009. Sant’anna diz que quando acontece uma prova, um determinado clube fica responsável por organizar o evento. Isso significa que

ele é responsável por providenciar equipamento de som, computadores de controle e uma casa para servir de local de descanso para os atletas, além da montagem de postos de reidratação.“Se o esportista não estiver bem hidratado, pode vir a passar mal durante as provas. A hidratação do organismo também é fundamental para que não falte oxigenação no cérebro e se dificultem as tomadas de decisão do atleta”, alerta o diretor.

Outro ponto atrativo nesse esporte é que as provas são sempre inéditas. “Os preparativos para prova dão uma trabalheira danada porque cartógrafos precisam fazer o mapa com a nomenclatura toda internacional, mas a prova é essa maravilha que vocês estão vendo agora,” afirma Walter, apontando para as belezas naturais da praia do Cauípe, local onde foi realizada a primeira etapa do V CCO.

Saiba mais...

Modalidades de Corrida de Orientação Orientação em corredor O competidor vê apenas uma pequena porção do mapa e tem de acompanhar o percurso marcado. O restante do mapa é escondido. Deve-se tomar cuidado de não sair desse corredor e ter habilidade para se localizar sem visualizar o mapa inteiro. Orientação em janela O mapa mostra apenas uma janela que envolve a largada, cada um dos controles e a chegada, mantendo escondido o restante do mapa. O competidor deve monitorar cuidadosamente a direção e a distância percorrida e, ao mesmo tempo, deve ter habilidade para se localizar tendo disponível apenas uma pequena porção do mapa. Orientação por pontuação difere da orientação tradicional pelo fato de que: cada controle tem uma pontuação associada a ele; os controles podem ser visitados em qualquer ordem; qualquer número de controles pode ser visitado; há um tempo limite em que cada competidor deve se apresentar na chegada; o vencedor é

aquele que atingir a maior pontuação final, que é computada por meio da soma dos pontos obtidos quando se visitam os controles e da subtração dos pontos perdidos quando se apresenta após o limite de tempo na chegada. Orientação por memorização O atleta corre sem o mapa. Em cada controle, há um mapa que mostra todo o percurso. Na largada e em cada controle, o orientador deve memorizar detalhes do mapa e do percurso que lhe permitam navegar com sucesso até o próximo ponto, onde ele poderá memorizar detalhes para o próximo pedaço do percurso. Orientação noturna A competição se realiza à noite. Alguma vezes, os prismas têm iluminação de maneira que possam ser vistos com mais facilidade. Geralmente, os atletas usam uma lanterna de cabeça para iluminar sua progressão.

(Fonte: www.jbetol.hpg.ig.com.br)

Competidora da primeira etapa do V CCO, que aconteceu no Cauípe Foto: Divulgação

Serviço Fecori Rua Carolina Sucupira, 1680. Aldeota, Loja 05. (85)3258-1002


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