Jornal Folego 31

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JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR

OUT/NOV 2012

ANO 7

N° 31

Febre nas academias, o MMA vêm se tornando cada vez mais comum entre crianças e mulheres. A prática do mix de lutas promete queimar muitas calorias de um jeito leve e divertido. Página 3

Jornalistas preparam-se para Copa Viagens, pesquisas e estudos tem feito parte da rotina do narrador esportivo Antero Neto. O jornalista é uma das novas promessas da mídia esportiva atual

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Setoristas em números

Rafael Trigueiro e Samuel Asafe

Muito trabalho e dedicação preenchem a rotina dos profissionais escalados para cobrir a Copa do Mundo de 2014. Cursos, pesquisas e estudos tem feito parte do aquecimento do jornalista esportivo Antero Neto. Ele é um dos novos profissionais da TV Verdes Mares, afiliada da TV Globo no estado, que está realizando um amplo planejamento para levar ao telespectador todas as noticias dos jogos de uma forma inovadora. Desde a preparação do pessoal até a parte técnica da emissora, todos estão recebendo uma espécie de up-grade. As equipes de reportagem já estão com câmeras em HDMI (Interface Multimídia de Alta Definifição), e a qualificação dos profissionais está sendo intensa.

Sobre o repórter Antero Neto é natural de Aracati, interior do Ceará e começou a carreira no ramo esportivo quando ainda era adolescente. Quando jovem,

Nas principais redações esportivas dos veiculos de comunicação de Fortaleza, a presença de repórteres esportivos é pequena em comparação as demais editorias.

Durante a cobertura da Copa América, na Argentina, o repórter aguarda transmissão do jogo

já narrava jogos de futebol da sua cidade, após o termino do ensino médio, se mudou para a Capital Desde que ingressou na TV Verdes Mares, o rapaz teve várias oportunidades na carreira, uma delas foi nesse ano quando foi ao Rio de Janeiro, juntamente com seu colega Luís Costa, passar uma temporada no SporTV, canal por assinatura especializado em esportes. E no final deste ano,

repetiu a dose. Antero fala da expectativa para a cobertura do maior espetáculo esportivo da terra. “Vai ser a minha primeira Copa, em vista da Copa América que eu já cobri em 2011, a dimensão é mil vezes maior.”Ele já vem participando de reuniões para a cobertura do evento e destaca o o planejamento que a TV Globo está tendo. “Nas reuniões em que eu já fui, eles (TV Globo) já informaram a posição das câ-

jornalistas especializados em esportes compõem as redações da Capital.

foto: Arquivo pessoAl

meras, das luzes e os cenários que vão ser utilizados durante as transmissões dos jogos.” Em Recife, o jornalista especializado esteve com os outros profissionais da área Tino Marcos e João Pedro Paes Leme, que é diretor executivo da Central Globo de Esportes (CGESP). A palestra foi voltada para todos aqueles que atuam nas cidades-sede dos próximos megaeventos esportivos onde existem afiliadas da rede.

Repórter avalia experiência anterior O futebol é o esporte mais amado pelos brasileiros e também o favorito dos homens. Ao pensar nesse esporte, lembramo-nos de grandes jornalistas esportivos que marcaram por cobrir fatos importantes que ficam na história. Como Tino Marcos, Mauro Naves e Tiago Leifert. Mas, quando nos referimos às repórteres esportivas? Surge até um préconceito, apesar do aumento de mulheres assumindo esse cargo. E em Fortaleza não poderia ser diferente. A repórter Ana Cláudia Andrade, 26, em entrevista ao Folego, ela revelou que sempre foi apaixonada pelo jornalismo esportivo. “Quando entrei na primeira emissora que trabalhei, sempre quis ter oportunidade de ir para o setor esportivo. Achava o máximo. E depois de alguns meses, consegui.” Ana Cláudia se destacou em 2010 quando participou

Ana Cláudia

Repórter posa para a foto em jogo do Brasil na Copa na África do Sul

da Copa do Mundo na África do Sul pela TV Diário. Segundo a jornalista, a sensação de cobrir uma copa é de grande responsabilidade. “A sensação é muito boa, confesso que quando chamada a primeira sensação que veio foi de responsabilidade. E

foto: Arquivo pessoAl

depois pensei que deveria aproveitar ao máximo cada momento naquele lugar.” E destacou que a principal dificuldade. “A dificuldade maior é de ir pela primeira vez, onde você tem que sair da sua cidade, do seu estado, do seu país e ir para um ou-

Onde estou trabalhando atualmente, não há nada preparado para 2014. E vejo isso como um problema, pois é necessário que o jornalista que irá cobrir uma copa se prepare com um grande tempo de antecedência, mesmo não sendo a emissora oficial. Repórter esportiva

06 na TV Verdes Mares 04 na TV Jangadeiro 02 na TV Cidade 07 no jornal O Povo 02 na TV Diário 10 no Diário do Nordeste 01 no O Estado 02 na TV O Povo tro continente. Essa eu considero a grande dificuldade.” E quando perguntada se Fortaleza estaria pronta para receber a copa, ela respondeu comentando sobre as dificuldades que a África enfrentou. “Quando tocamos nesse assunto as pessoas lembram logo de mobilidade e etc, mas quando estive na África pude perceber que muitas coisas ainda estavam por fazer. Acredito que quando a FIFA entrar em ação para ajeitar o que precisa ser arrumado, creio que muitas coisas vão mudar.” Sobre a preparação dos jornalistas para 2014, Ana Cláudia Andrade afirmou que tudo depende da empresa onde se trabalha. “Onde estou trabalhando atualmente, não há nada preparado para 2014. E vejo isso como um problema, pois é necessário que o jornalista que irá cobrir uma copa se prepare com um grande tempo de antecedência. Mas a expectativa é de aproveitarmos ao máximo quando tivermos as oportunidades.”


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SOBPRESSÃO OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2012

Entrevista

Paradesportista trouxe medalha do Open de Berlim O paradesportista cerense de natação, Henrique Gurgel, é medalhista de bronze do Open International Swimming Championships ocorrido no final de junho deste ano em Berlim, Alemanha. A medalha foi conquistada na categoria 50m estilo peito. A atual fase de conquistas do nadador é tema da entrevista a seguir conscedida pelo para-atleta ao Fôlego.

Especialidade: nAdo peito. foto: fArley AguiAr

“Você tem sempre que acreditar no que busca. Seguir uma ética, um trabalho, ter dedicação e profissionalismo. Hoje todas as pessoas que estão bem no esporte têm profissionalismo e consequentemente credibilidade. Acredite nos projetos, na sua capacidade e não desista dos seus objetivos. O caminho é difícil, mas tem espaço para as pessoas que trabalham direito”.

Farley Aguiar e Mayara Sampaio

Fôlego - Antes de entrar nessa fase de conquistas no esporte você chegou a pensar em parar de nadar? Por quê? Henrique - Sim. Existem algumas dificuldades em relação ao treinamento, transporte, patrocínio, barreiras arquitetônicas e de atitudes, que acabam contribuindo para você não ter motivação. E eu passei por tudo isso no início, mas quando você alcança uma maior visibilidade e credibilidade com algumas pessoas, empresas e outros parceiros, você acaba vendo que o seu projeto e as suas atividades esportivas tem certo valor e você acaba conseguindo ter motivação para continuar. F - Discorre para nosso leitor como você conseguiu chegar a Berlim e conquistar uma medalha de bronze. H - Comecei a me planejar em novembro de 2011, quando saiu o calendário do Comitê Internacional de Natação informando que o mundial em Berlim seria a última competição antes das olimpíadas de Londres. E eu comecei a traçar planos para poder chegar até lá, através de projetos, patrocínios. Então, tracei um plano de treinamento e de coisas básicas, até junho de 2012 para poder chegar a um nível bom e ir para Berlim. Participei do campeonato nacional de natação que houve em Natal em abril deste ano. Fiquei entre os cinco melhores na minha modalidade, nado peito, e consegui a vaga para o Mundial em Berlim. F - Então você destaca ai a importância do planejamento? H - Sim. Sempre. Porque você tem que traçar objetivos de acordo com as competições

É preciso acreditar para conquistar

Henrique Gurgel

Saiba mais... Henrique é estudante de Educação Física e pretende abrir no futuro um centro paraolímpico de referência nacional no Estado do Ceará.

Inesquecível: A medAlhA de bronze em berlim foi A conquistA mAis mArcAnte pArA hrnrique Até hoje. foto: fArley AguiAr

que tem em foco. Então, você pega um calendário e tenta co locar as suas prioridades. F - Que diferenças você sentiu no campeonato mundial de natação em Berlim comparado aos outros três mundiais que você já competiu? H - Nos outros mundiais eram dez países competindo, em Berlim foram cinquenta. Os melhores competidores do mundo estavam reunidos naquela cidade da Europa. O complexo esportivo era maior. Além disso, o nível cultural, porque a parte de você está em um meio onde cinquenta países estão reunidos é muito rica. F - Durante a competição você chegou a imaginar que não traria algum tipo de premiação? Explica. H - Eu nadei seis provas. Teve prova que eu fiquei em déci-

Planejar

Sempre. Porque você tem que traçar objetivos de acordo com as competições que tem em foco. Então, você pega um calendário e tenta colocar as suas prioridades.

Henrique Gurgel

mo e me preocupei, mas eu fui percebendo que eu poderia ter mais chances nas provas de nado peito, meu estilo mais forte. Porém, passa mil coisas na cabeça, há muita pressão, porque você vai daqui para lá com um investimento muito alto e de alguma forma você se

sente pressionado para trazer algum tipo de resultado positivo da competição. F - Fala sobre a prova que você ganhou a medalha de bronze. H - Eu cheguei na frente do nadador que estava competindo comigo, pelo bronze, por uma braçada. Foi algo que se eu não tivesse tido um pouco mais de empenho eu ficaria para traz. F - Por que você não conseguiu ir para as olimpíadas de Londres com o resultado de Berlim? H - Por que só havia 14 vagas para atletas, homens, do Brasil e as competições ocorridas anteriormente no país já tinha classificado aqueles que alcançaram índice para Londres. Então, não tinha mais vaga. F - Você tem algum tipo de frustração por não ter con-

seguido ir para Londres? Por quê? H - Não. Por que o Open de Berlim é a maior competição paraolímpica aberta do mundo. É a segunda competição de natação mais importante do planeta. Então, para mim ter estado numa competição desse porte, com diversos países, foi gratificante e ter ficado entre os qualifi do ranking foi muito bom. F - Como você pretende se preparar para as paraolimpíadas de 2016? H - Como é exigido um parâmetro forte, temos que traçar metas. Talvez eu tenha que ir até São Paulo para fazer um exame médico com relação a parte cardiorrespiratória para poder treinar de acordo com a minha capacidade física e cardio respiratória um treinamento. Então, requer um pouco mais de planejamento e um pouco mais de exames para poder me preparar e ai agente vai traçar metas, participar de competições nacionais e internacionais e fazer planilha de treino em dezembro para poder se preparar melhor.


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SOBPRESSÃO OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2012

MMA propicia bem estar e autocontrole A prática do MMA vêm se tornando cada vez mais comum entre todas as idades. Alguns dos objetivos das lutas é o bem-tar respeito mútuo

Flávia Queiroz e Gizela Farias

Quem assiste uma luta profissional de MMA (Mix de artes marciais) se impressiona com a força dos golpes e a agressividade dos atletas. Mas quem não tem a pretensão de se tornar um lutador, atualmente nas academias de ginástica a modalidade pode ser uma boa opção para trabalhar o corpo e a mente. O esporte ganha cada dia mais adeptos por ter banido à violência dos treinos, que permite desde crianças a mulheres a uma prática física saudável. Explica o faixa preta, Paulo Formiga, o treino nas academias ganha praticantes porque o objetivo não é lutar mas melhorar o condicionamento físico do aluno, ensinar técnicas de defesa pessoal e ainda contribuir para a tonificação dos músculos. O formato light da modalidade do MMA que é a combinação diferente das artes marciais (no total sete), dentre elas o Boxe, Karatê e Muay Thai, segundo o faixa preta, durante as aulas acontecem os golpes mas sem o combate corpo a corpo. Usa-se o aparador (almofada retangular) durante o treino com o colega sem machucar, tornando o treino divertido. O lutador enfatiza que a modalidade permite aos participantes aplicar diferentes golpes e

Alongamento e diversão com a Flying Yoga Flying Yoga (ioga voadora) ou Aerial Yoga é uma versão moderna da prática meditativa tradicional e vem se destacando como uma forma ímpar de perder calorias e manter a boa forma. Ao misturar movimentos de pilates, ioga e divertidas acrobacias circenses, o exercício tem a vantagem de não pressionar o pescoço com o peso do resto do corpo, tornando mais fácil alongar e relaxar a musculatura.Com a ajuda de um tecido elástico preso ao teto, a ideia é sair do chão, balançar no ar e alongar. Além disso, a Flying Yoga fortalece os músculos, melhora a flexibilidade, corrige a postura, desenvolve a força e a consciência e trabalha a respiração. Surgida em 2007, nos Estados Unidos, criação do ex-dançarino e ginasta, Christopher Harrison, a Flying Yoga vem se consolidando no Brasil nos últimos anos, já sendo encontrada em academias de yoga de São Paulo.

Você conhece o Roller Derby? As jornalistas Marília Camelo e Thays Lavora mostram o mix de artes maciais pode ser uma grande aliado para a conquista da boa forma foto: Arquivo pessoAl

técnicas de várias lutas, sem a agressividade do treino entre profissionais. Normalmente, o ambiente onde acontecem os treinos, as paredes tem cores suaves e contam apenas com som ambiente. O treino A aula começa com alongamento, depois passa por técnicas das artes marciais. Dentro de uma aula de MMA a disciplina é uma das exigências. “Ensinamos as técnicas e defesas, mas também acontecem momentos teóricos, onde enfatizamos que estamos treinando um esporte e não fazendo uma aula para incentivar a violência e a agressão nas ruas”, explica o faixa preta Paulo Formiga. Uma aula gasta em média 800 calorias por hora – o que a põe no rol das atividades com maior potencial de queima calórica, afirma o faixa preta.

Entrevista

Para a lutadora Camila Alcântara, aluna de “Pepey” o respeito da parte dos lutadores homens, sempre existiu e ela recomenda a modalidade para todas as mulheres. Segundo ela, além de melhorar o condicionamento físico, perde-se peso e ganha-se flexibilidade. Mas para ter resultados satisfatórios é preciso treinar todos os dias e ter uma alimentação saudável e balanceada. Se a ideia é perder peso, o MMA pode ser um grande aliado, mas de acordo com o lutador, muitas mulheres encontraram no MMA um jeito de emagrecer de uma forma menos monótona. Das modalidades que fazem parte da mistura do MMA, o jiu-jitsu e o muay thai. estão mais presentes durante os treinos, que apesar de serem agressivas, nas lutas do Mix recebem uma combinação de técnicas light, explica Paulo. Godofredo Pepey

Ele é a pimenta do MMA cearense O cearense Godofredo Castro, o “Pepey”, luta desde os 15 anos de idade, o faixa preta, leciona e jiu jitsu e Muay Thai em Fortaleza. Coleciona títulos no nordeste nas modalidades de jiu- jitsu e MMA, na categoria peso pena(atletas com 61,6 kg até 65,7kg). Profissional desde 2003,o atleta de 25 anos, atualmente de contrato assinado com o Ultimate Fighting Championship(UFC), que é a maior organização de artes marciais mistas do mundo. Em entrevista ao Fôlego revela que tenta levar o reconhecimento do público com naturalidade, do grande incentivo do irmão para seguir a carreira de lutador e da convivência do renomado lutador Victor Belfort. Confira a entrevista de Pepey.

Sprint

Fôlego - De onde vem o apelido Pepey? Pepey - Minhas irmãs colocaram por eu ser muito moleque e danado. Vem de apimentado, segundo minha mãe. Fôlego - É muito difícil pra você se manter na categoria peso-pena? Pepey - É difícil. Quando eu não estou em fase de luta eu costumo comer muito. Eu peso mais ou menos 78 kg, mas quando estou em luta baixo pra 66kg. Fôlego - O seu irmão que é faixa preta em jiu-jitsu. Qual foi a influência dele na sua carreira? Pepey - Meu irmão, Cláudio Godofredo, é meu grande ídolo, comecei a treinar jiu-jitsu com ele. Então devo todo incentivo e

aprendizado com as artes maciais graças a ele. Fôlego - Como foi pra você ter conhecido o grande Victor Belfort? O que você pôde aprender na convivência com ele? Pepey - O Victor foi um excelente professor, ele e o Wanderley Silva. A experiência foi maravilhosa e ele não é o que a maioria das pessoas acham, um playboy. Ele é simples e tem um grande coração sempre procura ajudar os alunos e os amigos. Fôlego - Como é pra você ter que lidar com o reconhecimento do público? Pepey - É gratificante ter o apoio e carinho de quem nos acompanha, tanto crítica como fãs.

Importado há mais ou menos quatro anos dos EUA, o Roller Derby vem se consolidando como importante elo entre o esporte e o movimento feminista no Brasil. Com seus protetores de boca, capacetes, meia calças coloridas e maquiagem, as garotas se dividem em dois times com cinco jogadoras, cada um composto por: uma atacante (a única que pode marcar pontos), também conhecida como“jammer”; três zagueiras, responsáveis por parar as atacantes do time adversário e uma pivô, que controla a velocidade do time. Somente é possível diferenciá-las pelos seus capacetes, no da atacante há uma estrela, enquanto que a pivô usa um capacete listrado e as zagueiras um capacete liso. Realiza-se uma série de corridas (jam) em volta da pista de patinação, com duração de dois minutos cada. Os times ganham um ponto por cada jogadora adversária ultrapassada pelas atacantes em cada volta, ou seja, 4 pontos por volta, um ponto para cada jogadora adversária. Atualmente, no Brasil, existem 15 ligas que ensaiam seus primeiros passos no esporte. Além de uma seleção brasileira, formada para disputar a copa do mundo de Roller Derby, que aconteceu no Canadá, no ano passado. O primeiro brasileirão aconteceu nos dias 12 a 14 de outubro no Rio de Janeiro.

Celular personal trainer Uma vida de sedentarismo e comodidade não faz bem para ninguém e ao contrário do que muitos pensam é possível usar as novas tecnologias a favor da boa forma e do bem-estar. Assim, alguns aplicativos para smartphones e tablets têm surgido para auxiliar na organização de dietas e treinos para aqueles que querem aderir a um estilo de vida saudável. Um dos aplicativos de mais sucesso no ano passado foi o “My Fitness Pal”, disponível para iPhone e Android, no qual a pessoa posta a dieta e programa de exercícios diários no facebook e no twitter e os colegas podem ajudar e acompanhar os esforços. O “Daily Burn” (App Store), por sua vez, escaneia os códigos de barras dos alimentos e informa quantas calorias cada um tem, além de permitir que o indivíduo compartilhe com os amigos a rotina de exercícios. O “Target Weight”(iOS), ao inserir peso, altura e uma foto, o aplicativo calcula o seu peso ideal, dando dicas de dietas e atividades fisicas.

Jogos Internos em reta decisiva Muita emoção e diversão estarão presentes até o fim de novembro nas quadras e campos da Unifor. Trata-se da oitava edição dos jogos internos, que reúne estudantes de todos os centros disputando as mais diversas categorias, como futesete, handebol, futsal, voleibol, além de esportes individuais e em duplas. Para as equipes vencedoras, a premiação são medalhas e troféus As partidas são realizadas ás sextas começando a partir das 14 horas, e sábados, os jogos começam às 8 horas.


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SOBPRESSÃO OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2012

Stand UP Paddle cresce no Ceará O SUP é conhecido por ser uma atividade que permite incontáveis possibilidades de diversão. É o esporte aquático que mais cresce no mundo

Caio Pinheiro

O Stand Paddle Surf (SUP) não tem uma precisão de origem muito definida. Segundo o historiador de surf Eduardo Amaral, essas buscas são no mundo todo. O que se tem conhecimento é que tudo começou aproximadamente há quatro ou cinco séculos por habitantes das ilhas polinésias, que se divertiam nas ondas sobre tábuas polidas. Esse contexto de diversão ficou meio esquecido, pois apenas os líderes e os guerreiros podiam fazer esse tipo de surf primitivo de pé, os outros habitantes da tribo só podiam praticar deitados, então, isso acabou criando uma certa hierarquia. Esses achados antigos fazem parte da cultura polinésia e também dos povos antigos do Peru. “O contexto histórico mais interessante do Stand Up Paddle é esse, só que alguns desenhos de povos antigos das ilhas [polinésias] mostram, em épocas muito mais antigas, pessoas de pé sobre canoas remando, então, tem uma mistura de informações”, acrescenta o professor Walter Cortez, da Universidade de Fortaleza (Unifor). Depois, ainda se tem conhecimento da prática sendo utilizada como forma de deslocamento entre

Carla Arruda desce ondas na Praia Principal em Jericoacara foto: Arquivo pessoAl

as ilhas, oferecendo uma boa visão para a pesca. O primeiro marco histórico recente importante do esporte ocorreu, ao mesmo tempo na Califórnia e no Havaí. O professor Walter Cortez, da Universidade de Fortaleza (Unifor), explica que grupos nativos, conhecidos como beach boys (garotos de praia), que moravam e surfavam nestas praias, passaram a aproveitar a possibilidade de ficar em pé nas tábuas para fazer fotos dos turistas, pois ficavam melhor posicionados. Para se deslocar, eles idealizaram os remos grandes. O professor Walter é um dos que reconhece o SUP moderno reinventado pelos beach boys.

Há uns dez anos um grande surfista californiano, adotado ainda pequeno por pais havaianos, veio a se tornar um dos mais conhecidos ‘waterman’ (termo designado para alguém que pratica todos os esportes de praia) e divulgou o esporte.“Laird Hamilton é um surfista diferenciado pela sua inovação, dedicação, criação de equipamentos aquáticos, um waterman completo” afirma Cortez. Baseado na experiência dentro mar, criou uma série de equipamentos novos para o surf. Laird mergulha, nada, rema de prancha deitado, rema de stand up, rema de canoa havaiana, veleja de wind, veleja de kite, e criou uma prancha bem futurista junto com amigos, a foil board, que

Benefícios para saúde Como educador físico, Walter já fez dois estudos: um em cima do ponto de vista cardiovascular, onde foi observada uma remada de passeio que dura em torno de uma hora e que tem uma atividade cardiovascular de gasto semelhante a um trote, sendo uma boa atividade física do ponto de vista cardiovascular. O outro estudo foi musculoesquelético das musculaturas envolvidas, onde se verificou que pela movimentação do esporte que envolve trabalho muscular de moderado a alta intensidade, acaba mexendo com todos os músculos gerais do corpo, o que da um aspecto muscular global. Além disso, é um esporte que meche com as habilidades de equilíbrio, uma atividade física bem completa, que melhora a habilidade motora. Quem rema muito tempo pode ter outros benefícios na vida, diminuem as quedas, en-

Saiba mais...

Dicas para iniciantes Escolher uma prancha de acordo com seu tamanho e peso para facilitar o aprendizado. Ter cuidado com a postura. Não remar cansado, nem em dias de vento

torse de tornozelo, aumenta a coordenação motora. Escolas em Fortaleza Hoje já existe uma escola organizada de SUP em fortaleza, formada especificamente para dar aula de SUP e idealizada pelo professor Walter Cortez, da Universidade de Fortaleza, a supfitness (www.supfitness. com.br), que conta com equipamentos importados próprios para dar aula, possibilitando aproveitar o esporte como atividade física. Existe também o clube de maratonas aquático que da aula de stand up, e o clube de wakeboard que também oferece aula de SUP. Aqui em fortaleza não tem loja especifica que venda pranchas e equipamentos de SUP, o que tem é representação de equipamentos, você escolhe o equipamento e encomenda. 3 a 4 mil reais é o preço médio do equipamen-

é equipada com hidrofólio, uma quilha cujo formato lembra o de uma asa de avião. Laird e seus amigos foram responsáveis pelo redescobrimento do SUP no Hawai, eles trouxeram de volta a ideia e foram os responsáveis pelo boom que ocorreu no mundo todo. “Hoje em dia, quase todos os continentes praticam stand up. É fácil para todo mundo tentar, então, isso difundiu a pratica”, conta Walter. Explica ainda que é um esporte que exige habilidade motora de equilíbrio como prioridade, “as pessoas que são mais calmas, e escutam o que o instrutor tá falando, costumam ter mais facilidade para aprender”. Os mais ansiosos têm mais

dificuldade em aprender, mas, se bem trabalhado, aprendem como qualquer pessoa. A diferença entre esses dois tipos de pessoas é a velocidade com que ele vai aprimorar a prática. A prancha de SUP é bem mais fácil de ficar em pé do que uma prancha de surf normal, pois ela tem uma área e um volume grande, tornando-a muito estável. Walter dá algumas dicas: É bom começar a remar devagar e, aos poucos, vai desenvolvendo outras habilidades. Existem algumas limitações que podem atrapalhar um pouco no começo, como não saber nadar ou ter medo de água, mas nada que impeça o aprendizado. Você fica preso a uma cordinha e, se cair, a prancha não se afasta, então, rapidamente é fácil subir de novo. O estudante de Engenharia Mecânica da Unifor, Ricardo França, falou sobre a sua primeira experiência no SUP: “É muito fácil e divertido, todos deveriam experimentar pelo menos uma vez na vida, a maior parte da terra é formada de água, então são muitos locais para se explorar o contato com a natureza”. Walter alerta para a preocupação quanto ao local onde você vai remar. “É bom que não tenha vento, nem correnteza, nessas condições é perigoso ir para longe, pois pode haver dificuldade em voltar, ou locais que tenham fundo de pedra, onde se houver uma queda pode machucar”. Água corrente de rio é difícil, porque vai te levando embora, os melhores locais são águas paradas, como lagoa e açude, mar sem ondas, e enseadas.

Posição do corpo

1) Joelhos flexionados 2) Abdômen flexionado 3) Cabeça ereta com os olhos fixados aonde se quer chegar

Equipamentos

Pranchas Existem pranchas para várias modalidades de SUP: corrida, maratonas, passeio, desempenho, boa para qualquer condição. O tamanho das pranchas variam de 14’ a 8’11. Aula de sup na disciplina optativa de esportes com a natureza foto: cAio pinheiro

to completo em qualquer lugar do Brasil, e inclui prancha, deck, capa da prancha, capa do remo, e remo.

Leash São cordinhas para prender a prancha ao surfista. Remos Os remos geralmente são feitos de fibra de carbono ou

madeira e são encomendados de acordo com a altura da pessoa. Capas As capas costumam ser de toalhas ou reflexivas e são encomendadas de acordo com o tamanho da prancha Racks Presilhas feitas para amarrar as pranchas no carro. Decks São antiderrapantes colados nas pranchas de surf Material de Borracha Não deixa o pé deslizar na prancha

Caderno Fôlego - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Diretor do Centro de Ciências Humanas: Prof. Carlos Bittencourt - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Professora orientadora: Janayde Gonçalves- Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldeci Tomaz, Clara Magalhães e Bruna Feijó - Edição: Giselle Nuaz - Redação: Caio Pinheiro, Farley Aguiar, Flávia Queiroz, Gizela Farias, Mayara Sampaio, Rafael Trigueiro e Samuel Asafe - Coordenação de Fotografia - Júlio Alcântara - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 750 exemplares

Sugestões, comentários e críticas: jornalsobpressao@gmail.com (85) 3477.3105


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