Revista Carga de Notícia nº4

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ANO II - Nº04 MARÇO 2013

Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal

Impresso Especial 9912313270/DR/BSB 9912313270/DR/BSB

SINDIATACADISTA SINDIATACADISTA

DE DE GA GA

CORREIOS

CO

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

6

LEIA MAIS

O poder da

motivação

Especialistas defendem que colaboradores motivados rendem mais e agregam densamente para progresso da empresa

Estabilidade na gravidez Assessora trabalhista explica sobre estabilidade em período de experiência LEIA MAIS

5

Entrevista

Cesta básica

Uma das poucas mulheres à frente de uma empresa atacadista, Daniella Vieira revela a trajetória

Desoneração só deve influenciar nos preços no final de abril

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8

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9


EDITORIAL

COLUNA DO PRESIDENTE

Rede de motivação

Solidariedade e ação

R

A

judar! Essa é uma palavra de

enovação. Essa é, certamente, a atitude das empresas que buscam cada vez mais o

ordem para o Sindiatacadista/ DF, que foi criado com esse

objetivo. Há 11 anos, eu era um dos ata-

crescimento e o sucesso. Com o tem-

cadistas que não tinha representação, voz

po, os processos administrativos e de

e nem vez, pois fazia parte de um setor

produção mudaram. Os profissionais

ainda desorganizado. Foi a partir daí que

também. Nesta edição, a matéria de

fundamos o Sindicato do Comércio Ata-

capa traz especialistas que destacam

cadista do DF. Buscamos representação e

a importância de manter uma equipe

organização para ajudar na relação entre

motivada.

empresários e governo. E, graças a muito

Em homenagem ao mês das mu-

trabalho, conseguimos.

Fábio de Carvalho Presidente do Sindiatacadista/DF

lheres e à Páscoa, nossa entrevistada

Não esqueçamos, porém, que o cres-

desta edição é a proprietária da Casa

cimento só é válido quando compartilha-

ano de 2012, as campanhas beneficiaram

do Chocolate, Daniella Vieira, que

do com quem nos cerca. Foi a partir daí

3.797 mil pessoas. Podia ser melhor!

expôs os desafios que enfrenta ao ser

que pensamos nas campanhas sociais.

Sendo assim, aproveito esse es-

uma das poucas mulheres à frente de

Precisávamos fazer algo pela sociedade

paço para apelar às empresas que nos

uma empresa atacadista.

que por tantas vezes permanece ao nosso

ajudem e estejam mais presentes nes-

lado, na luta por melhores condições.

te processo. Devemos compartilhar

A novidade do mês também não ficou de fora dessa edição. A desone-

Elegemos como beneficiárias as

do nosso sucesso com quem pouco ou

ração de artigos da cesta básica é outro

crianças, que são o futuro desse mundo,

nada tem, seja com doações ou com a

assunto da 4ª edição do Carga de Notí-

e a tantos outros economicamente despri-

simples presença, levando uma palavra

cias. Há ainda os artigos jurídico e tra-

vilegiados. Todos os anos, doamos ma-

de conforto. Aproveito para agradecer

balhista para você se atualizar sobre o

teriais escolares, ovos de Páscoa, Cosme

os que estão sempre conosco. Vamos

setor; e a página mais divertida do jor-

e Damião, roupas, alimentos e sapatos.

continuar, prosseguir em nosso cami-

nal, com indicação de livros, filmes e

Assumimos nosso papel de setor respon-

nho empreendedor sem esquecer de

eventos para seus momentos de lazer.

sável diante do Distrito Federal, e não nos

que, em algum momento na vida, tam-

omitimos em nossas obrigações. Só no

bém fomos ajudados por alguém.

Boa leitura!

Presidente FÁBIO DE CARVALHO

Diretor social HENRIQUE PIZZOLANTE CARTAXO

Diretores suplentes ARIOVALDO JOSÉ DE SOUZA CLÁUDIO DA NOVA BONATO DELVANI FERREIRA DE ALMEIDA JOSARÁ DE MORAES OLIVEIRA MÁRIO SÉRGIO BUENO ROGÉRIO ARAGÃO ALBUQUERQUE SAULO DAVI DE MELO

1º Vice-presidente JOÃO RICARDO DE FARIA

Diretor tributário JÚLIO CÉSAR ITACARAMBY

Jornalista responsável LANIÉR ROSA

2º Vice-presidente JANINE SOARES DE BRITO

Diretor secretário MARCELO MANIERO

Editora Carolina Sales

3º Vice-presidente LYSSIPO BORGES GOMIDE

Diretor de rel. trabalho ROBERTO GOMIDE CASTANHEIRA

Publicidade RICARDO CAMELO

Sindiatacadista/DF End.: C – 01 LOTES 1/12 SALAS 314/316 ED. TAGUATINGA TRADE CENTER - TAGUATINGA/DF - CEP: 72010-010 TEL.: (61) 3561-6064

2

Diretor financeiro ADAUTO LÚCIO MESQUITA Diretor comercial CLAIR ERNESTO DAL BERTO

Revisão CAROLINA SALES Tiragem 2500 Gráfica Speed Gráfica Projeto Gráfico GuinaWeb - Ateliê Design Fale com a redação: (61) 3561-6064 comunicacao@sindiatacadista.com.br www.sindiatacadista.com.br

Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal


NOTAS

Esclarecimentos sobre Substituição Tributária

N

o dia 18 de março, o Sindiatacadista/DF realizou a 2ª edição de 2013 do “Tira-Dúvidas”. Desta vez, o tema discutido foi “A

Substituição Tributária para Produtos de Supermercado”. O diretor-executivo, Anderson Nunes, e o assessor tributário, Jacques Veloso, ambos do Sindicato, prestaram esclarecimentos aos 120 participantes. O evento aconteceu na Faculdade Senac do Distrito Federal.

Marque a data na agenda

Presente para o consumidor

lações do Consumo, cuja primeira missão é criar uma lista de produtos essenciais

Dia 18 de maio, guarde esta data

No Dia do Consumidor, comemora-

para o consumidor, com o intuito de di-

.Neste dia, os representantes comerciais

do em 15 de março, a presidente Dilma

minuir as diferenças territoriais de acesso

e vendedores do atacado irão participar

Rousseff anunciou o Plano Nacional de

a assistências técnicas. Na ocasião, Dilma

de um dos eventos mais aguardados

Consumo e Cidadania (Plandec). A pro-

também assinou o Código de Defesa do

posta de lei determina que os Institutos

Consumidor para o comércio eletrônico.

do ano: o 6º Brasvendas, que este ano será realizado no Brasília Alvorada – Royal Tulip. O local, além de confortável, tem capacidade para 1.700 pessoas. Curioso sobre o tema? Então

de Defesa do Consumidor (Procon’s) tenham poder executivo para solucionar conflitos, diminuindo a necessidade de

prepare-se! Nesta edição, os palestran-

encaminhar os casos para a justiça. Para

tes falarão sobre “A magia de vender”.

isso, foi criada a Câmara Nacional de Re-

Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal

Errata A edição anterior (número 3) do Carga de Notícias é referente ao mês de Fevereiro, e não de Março, como indicado na capa.

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ARTIGO JURÍDICO

O MPDFT e a insegurança jurídica do setor atacadista no DF

E

m 1998, o Distrito Federal

os atacados signatários do TARE ins-

iniciou uma política fiscal de

talados na capital. Infelizmente, estas

atração de novos investimen-

demandas tiveram sucesso no TJDF,

tos, reagindo a políticas há muito uti-

que fixou o entendimento de que re-

lizadas por alguns Estados da Federa-

almente o TARE era inconstitucional

ção, como São Paulo, Goiás e outros.

e as empresas deviam ser condenadas

Uma parte desta política, denominada

ao pagamento da aludida diferença.

Jacques Veloso Advogado e assessor jurídico do Sindiatacadista/DF

de TARE/ICMS, foi um grande suces-

Todavia, decisões recentes pare-

clusiva do DF, conforme 142 do CTN.

so, pois modificou a realidade do setor

cem dar um norte de solução para o

Este entendimento dá esperança ao

atacadista local, que passou de cerca

caso. Os juízes têm entendido que não

setor atacadista, pois entendendo o Ju-

de 100 empresas instaladas para quase

é possível dar andamento às execu-

diciário que a cobrança depende de pré-

1000; com um incremento na arreca-

ções promovidas pelo MPDFT, pois

vio ato do Distrito Federal, esse nada poderá fazer pois há uma lei que o impede: a Lei 4.732/11, a qual concede a remissão destes supostos débitos. Não bastasse, operou-se ainda a decadência quanto ao direito do DF de constituir estes débitos. O Código Tributário Nacional prevê que o prazo para constituição de débitos tributários é de cinco anos. Portanto, tendo o TARE sido extinto em fevereiro de 2008, já não é mais possível a cobrança. O fato é que as ações promovidas pelo MPDFT, ao final, apenas gerarão

dação tributária estimado em R$ 800

seria necessário o prévio lançamento

prejuízos a sociedade do DF, pois afas-

milhões por ano; gerando 30 mil pos-

tributário pelo Distrito Federal. Ou

taram diversos investimentos da nossa

tos de trabalho, aproximadamente.

seja, para que o tributo seja cobrado,

capital e, junto com estes, emprego e ar-

Entretanto, inexplicavelmente, o

antes, o DF tem de apurar o quanto

recadação - e não trarão qualquer resul-

MPDFT entendeu que esta política era

devido e lavrar um auto de infração

tado útil. Esperamos que ao fim, a lógica

danosa à sociedade do DF e ajuizou

consolidando o valor. A grosso modo,

do mundo real e do empreendedorismo

centenas de ações civis públicas contra

a competência para lançamento é ex-

prevaleça sobre a lógica do gabinete.

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Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal


ARTIGO TRABALHISTA

Estabilidade Provisória da Gestante no Contrato de Experiência

C

onforme prevê o artigo

sentido de que a empregada gestante

10, II, “b”, do ADCT/88,

teria sim direito à estabilidade, sob o

a empregada gestante tem

fundamento de que o artigo em co-

direito à estabilidade provisória des-

mento não impõe nenhuma restrição

de a confirmação da gravidez até cin-

quanto à modalidade de contrato de

co meses após o parto. Ocorre que

trabalho, se a prazo determinado,

existia uma polêmica sobre o direito

como é o contrato de experiência, ou

da gestante, mesmo que contratada

à estabilidade nos casos de contra-

sem estipulação de prazo, e também

temporariamente, tem sim direito à

tos por prazo determinado, como por

que a garantia prevista no aludido ar-

estabilidade prevista no artigo 10

exemplo, o contrato de experiência.

tigo visa, em última análise, à tutela

do ADCT/88, pelos mesmos fun-

do nascituro.

damentos acima expostos exarados

Até o ano passado, a Súmula 244

Clarisse Dinelly Advogada e assessora trabalhista do Sindiatacadista/DF

do Col. TST estabelecia que a empre-

Esse entendimento passou a ser

gada gestante contratada por prazo

adotado por alguns ministros do

Sendo assim, as empresas devem

determinado não tinha direito a cita-

TST e, em setembro de 2012, o tema

ficar atentas, pois qualquer emprega-

da estabilidade, pois seu contrato já

foi discutido pelo pleno daquele tri-

da gestante, inclusive aquelas con-

se iniciava com data prevista para seu

bunal e foi decidido pela mudança

tratadas por contrato de experiência,

término.

da redação do item III da Súmula

tem direito à estabilidade provisória,

No entanto, o Supremo Tribu-

244. Com isso, a matéria foi pacifi-

desde a confirmação da gravidez até

nal Federal firmou entendimento no

cada estabelecendo que a emprega-

cinco meses após o parto.

GS1020-13 Anuncio Rodape adacadista.pdf

Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal

1

2/15/13

nas decisões do STF.

4:17 PM

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MATÉRIA DE CAPA

O poder da motivação Especialistas defendem que a motivação de equipe é uma das ferramentas essenciais para o crescimento da empresa. Jovens têm buscado, cada vez mais, a satisfação pessoal acima da remuneração

P

ara manter uma equipe qualificada e que gere resultados positivos para a empresa, existe

um quebra-cabeça com peças que precisam ser cuidadas e acompanhadas. Uma delas denomina-se motivação. Os funcionários ou empregados necessitam de um motivo que os estimule a crescer e levar a companhia a alçar voos mais altos. “Devemos entender motivação como o estado de espírito que promove o comprometimento, a proatividade e a assertividade das ati-

tudes dos colaboradores”, afirma Carlos Hilsdorf, palestrante motivacional. A partir disso, é comum notar empresas tomando atitudes criativas e inovadoras em busca de uma equipe motivada e trabalhos de qualidade, como a Google, que permite aos funcionários escolherem o próprio horário, e receberem massagens ou joga-

professor Carlos Neymer. Segundo

presa. Ferreira ressalta, porém, que o

rem durante o expediente. Tudo isso

o especialista, a organização é quem

funcionário deve sempre buscar fato-

em busca da satisfação do colaborador

mais se beneficia com esse tipo de

res que o motivem a permanecer na

e de motivá-lo a permanecer e produ-

ação, uma vez que o retorno é um qua-

organização e se desenvolver como

zir mais para a organização.

dro de retenção de capital humano e

profissional: “A empresa deve propor-

aumento de produtividade.

cionar ferramentas e metodologias de

“Hoje, sobrevivem no mercado somente as empresas que se renovam e

O analista de RH Bruno Ferreira

melhoria para que o desenvolvimento

investem em seus funcionários. Não

concorda com a visão do professor.

do trabalho seja algo mais prazeroso.

há mais espaço para empresas retró-

Para ele, o colaborador renderá mais,

Todavia, a motivação é algo que deve

gradas”, é o que afirma o life Coach,

o que significa mais lucro para a em-

partir também do empregado”.

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Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal


• Baixo rendimento; • Clima organizacional “pesado”; • Alto índicie de reclamações e insatisfações; • Funcionários insatisfeitos; • Atrasos constantes dos colaboradores; • Não fazem nada além do que consideram o básico do seu cargo; • Não são comprometidos com a empresa ou gestor em questão.

Sintomas de uma equipe desmotivada

Motivando funcionários A secretária executiva Andréia Ta-

vezes aumento de salário não quer di-

Cada empresa tem uma rotina dife-

vares já passou pela experiência de

zer satisfação ou motivação”. Outro

rente, por isso, as soluções não são pa-

trabalhar em uma empresa que a des-

ponto que elenca como motivador são

dronizadas. A gerente da filial da Bras-

motivava. “O clima não era favorável,

os treinamentos e cursos que partici-

press de Brasília, Edilene Rodrigues,

o ambiente de trabalho era pesado, não

pa. Carlos Neymer explica que o fun-

usa planilhas de resultados, ao final de

me sentia valorizada, mas o que mais

cionário se sente valorizado quando a

cada mês, e premia os dois colaborado-

me incomodava era o assédio moral por

empresa realiza treinamentos e investe

res que mais se destacaram com folgas.

parte de um chefe”, conta.

em cursos que vão engrandecê-lo como

“Com uma equipe motivada, a empresa

profissional. “No final, ganha a empre-

tem vida. Sem motivação, qualquer em-

sa e o funcionário”, conclui.

presa está fadada ao fracasso”, avalia.

Atualmente, ela trabalha numa empresa que a motiva e destaca: “Muitas

• Escute o que a equipe tem a dizer; • Busque manter proximidade com os colaboradores; • Busque diversificar as ações dentro do setor; • Valorize o trabalho de seus funcionários; • Dê os devidos créditos à sua equipe; • Invista em treinamentos, cursos, palestras e eventos motivacionais; • Use mecanismos de reconhecimento moral e material (elogios, premiações por desempenho, reconhecimento frente aos pares, salário, benefícios materiais, etc); • Pontue a qualidade dos relacionamentos envolvidos; • Aponte as possibilidades concretas de aprendizagem e crescimento. • Use mecanismos de reconhecimento moral e material (elogios, premiações por desempenho, reconhecimento frente aos pares, salário, benefícios materiais, etc);

Como motivar sua equipe Dados do infográfico por Bruno Ferreira, analista de RH, e Carlos Hilsdorf, palestrante motivacional. Leia a entrevista completa com Bruno Ferreira e Carlos Hilsdorf no www.sindiatacadista.com.br

Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal

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ENTREVISTA

Presença marcante

Q

uem conhece Daniella Vieira, sabe: ela vai opinar e falar alto e com propriedade sobre o que pensa. Presença marcante por onde passa, a jovem mineira ousou e adentrou em um mercado predominantemente masculino. Como uma das poucas mulhe-

res à frente de uma empresa atacadista, ela afirma que “mulheres tem mais jogo de cintura que homens”. Apaixonada pelo esposo e pelos dois filhos, a proprietária da Casa do Chocolate afirma que doces são mais do que alimentos. Muitas vezes, eles são uma viagem para a infância.

Daniella Vieira, proprietária da Casa do Chocolate

Como surgiu seu interesse em

dista. Existe alguma dificuldade

uma benção de Deus. Na nossa

trabalhar no comércio?

em ser mulher nesse ramo?

vida, não dá pra parar e pensar. A

Aos 11 anos, quando cheguei a

Sendo mulher, sobreviver em meio

gente está ali, o tempo todo resol-

Brasília, fui trabalhar com o meu

aos homens é uma batalha diu-

vendo os problemas. Eu acordo,

tio. Estudava de manhã e à tar-

turna. Eu sinto que o tempo todo

arrumo os meus filhos para a es-

de eu ia para o mercado, onde eu

os homens competem e esperam

cola e dali começa a loucura.

aprendi de tudo um pouco.

um erro vindo de mim. E quando acontece o acerto, eles pensam:

Como são escolhidos os produtos

E como foi esse início?

“Por que ela acertou e eu não?” É

que vai vender em sua loja?

Comecei empacotando, pesando

o que vejo diariamente. A verdade

Desde criança, adorava suspiro.

os produtos e trabalhei no caixa.

é que mulheres têm mais jogo de

Porque era maior e barato, então

Aos 15 anos, tornei-me gerente da

cintura que homens.

era o doce que eu comprava com a moeda que minha avó me dava.

loja. Desde novinha eu tive muita responsabilidade. Já ali eu tinha

Qual o maior desafio no comér-

Quando cheguei a Brasília, eu não

que saber e decidir se queria ser

cio atualmente?

achava por nada esse doce. Hoje,

uma pessoa vencedora.

Certamente, é em relação aos fun-

eu volto lá no fundo do baú para

cionários. Nós competimos direta-

comprar os doces que são impor-

Como é o dia a dia no comércio?

mente com o governo. As pessoas

tantes para as pessoas, como o

É um desafio diário. Você não

querem estudar, prestar concurso e

suspiro era pra mim.

pode ter medo. Tem que ter garra

ir embora. Para reter os funcioná-

para sobreviver. Tanto para agra-

rios é muito difícil.

Qual a sua avaliação em relação ao mercado de Brasília?

dar o cliente quanto para atender o Você é mãe, empresária e esposa.

Muito bom! É aberto, os produ-

Como consegue lidar com tanta

tos vendem muito bem. Todos os

Você é uma das poucas mulheres

responsabilidade?

novos artigos que eu trago para a

à frente de uma empresa ataca-

Eu sempre digo que a mulher é

loja vendem.

fornecedor e os funcionários.

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Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal


ECONOMIA

Produtos de cesta básica são desonerados

A

presidenta Dilma Rous-

Provisória n° 609, de 8 de março de

Precisamos diminuir a carga tributária

seff anunciou, no dia 8

2013, os percentuais de 3,65%, para as

e esse foi um passo importante”, afirma

de março, a desoneração

empresas optantes pelo regime de tri-

o vice-presidente do Sindiatacadista/

imediata dos produtos de cesta básica,

butação do Lucro Presumido, e 9,25%,

DF, João Ricardo de Faria.

podendo alcançar a redução de R$ 18,3

para as empresas optantes pelo regime

Com a redução das contribuições,

bilhões em tributos, segundo expecta-

de tributação do Lucro Real, não incidi-

em tese, o preço desses produtos vai

tiva do próprio governo. Dois dos prin-

rão sobre os seguintes produtos: carnes

baixar. O Departamento Intersindical

tributos

de Estatística e

que influencia-

Estudos Socioe-

vam o preço dos

conômicos (Die-

alimentos eram

ese)

o PIS (Progra-

que os preços

mas de Integra-

da cesta básica

ção Social), ins-

subiram em 15,

tituído pela Lei

das 18 capitais

Complementar

em

n° 7, de 7 de se-

Mas nos últimos

tembro de 1970,

12 meses, a infla-

e a Cofins (Con-

ção manteve-se

tribuição

para

numa média de

Financiamento

13%, o que dimi-

da

nui o impacto da

cipais

Seguridade

Social),

informou

fevereiro.

desoneração.

insti-

tuída pela Lei Complementar n° 70,

(bovina, suína, aves e peixes), arroz,

Faria explica, porém, que a redução

de 30 de dezembro de 1991. As duas

feijão, ovos, leite integral, café, açúcar,

nos preços não vai ser sentida imedia-

contribuições, apesar de originarem-se

farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas,

tamente. “Vai demorar um pouco para

de diferentes legislações, têm uma re-

legumes, sabonete, papel higiênico e

o benefício chegar ao consumidor. Isso

lativa semelhança em seu cálculo, pois

pasta de dentes. Esses três últimos fo-

porque nós temos produtos em estoque

em sua formação devem ser somadas

ram recentemente incluídos na cesta

que já foram tributados com o PIS e a

todas as receitas auferidas, com as ex-

básica. “Essa decisão beneficia toda

Cofins. Acredito que a partir do final de

ceções e exclusões previstas em lei.

a cadeia produtiva e o consumidor. É

abril o consumidor já perceba a dimi-

sempre bom ter produtos barateados.

nuição nos preços”.

A partir da publicação da Medida Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal

9


EVENTOS

Páscoa solidária

H

ummm! O Sindiatacadis-

nhar ovos de páscoa, quem dirá uma

DF. Este ano, a entidade visa ainda

ta/DF ouviu muito esse

criança. Por isso, fazemos questão

realizar as ações de “Meio ambien-

som no dia 28, é 27 de

de manter viva essa tradição. Cuida-

te”, “Cosme e Damião”, “Dia das

março, ao entregar os 1.600 ovos

mos com carinho das nossas crianças

Crianças” e “Natal”. No ano pas-

de Páscoa para crianças de oito ins-

para que as menos privilegiadas não

sado, 3.797 mil crianças foram be-

tituições do Distrito Federal. Essa

deixem de viver a doçura da vida”,

neficiadas. Para 2013, o Sindicato

é a quinta edição da campanha que

confessa o presidente do Sindiataca-

pretende aumentar este número. As

seleciona entidades e distribui ovos

dista/DF, Fábio de Carvalho.

campanhas são realizadas com a co-

de chocolate a fim de manter a tra-

A Campanha faz parte do calen-

dição da época. “Até eu espero ga-

dário de ações do Sindiatacadista/

10

laboração de associados, não-associados e comunidade.

Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal


CARGA DE CULTURA

A visão de um vencedor

H

meio empresarial. Ainda assim, ela não

para receber novos investi-

deixou de ser atual. Existem os que en-

mentos. O proprietário de uma empre-

xergam oportunidades e os que param nas

sa de sapatos resolveu enviar um de

visíveis dificuldades. Tony Hsieh prefere

seus melhores funcionários para que

enxergar oportunidades. Percebeu que,

fizesse uma avaliação de mercado.

cada vez mais, os consumidores querem

Este, ao ligar para o chefe, concluiu:

facilidades e comodidades, e construiu

- Como o senhor me manda para um

a “Zappos”, uma empresa bilionária de

lugar desses?! Essas pessoas não usam

vendas de sapatos online. No livro “Satis-

positivamente o cliente e visar, acima do

sapatos. Aqui, o negócio certamente que-

fação Garantida: No Caminho do lucro e

dinheiro, a paixão pelo trabalho.

braria. Persistente, o empreendedor resol-

da paixão”, Tony nos leva a ampliar nossa

veu enviar outro de seus colaboradores,

visão de negócios e mostra como transfor-

Dica de leitura: Satisfação Garantida:

ao que recebe a ligação: - Chefe, estamos

mou a “Zappos” em uma das melhores

No caminho do lucro e da paixão

ricos! Aqui ninguém usa sapatos. Vendere-

empresas para se trabalhar nos Estados

Editora : Thomas Nelson

mos como água.

Unidos, com sua cultura de surpreender

Autor: Tony Hsieh

Gil 70

O Museu da República recebe, até o dia 28 de abril, a exposição Gil 70, em homenagem ao cantor e compositor Gilberto Gil. Vinte e seis artistas expõem peças entre pinturas, grafite, vídeo, poe-sia, instalação e fotografia. A entrada é franca. Boletim mensal do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal

Indomável sonhadora

Em “Indomável sonhadora”, Hushpuppy, uma garotinha de 5 anos, mostra que é preciso enfrentar os medos de frente. O filme emociona e nos faz refletir sobre a importância das relações humanas. Indicado ao Oscar em quatro categorias.

Sugestão de Evento

mundo, uma cidade pronta

Sugestão de Filme

Essa história é muito conhecida no

Sugestão Cultural

avia, em algum lugar deste

Flor do cerrado

Para quem quer levar a família para passear e ainda promover a própria cidade, uma boa dica é visitar a Torre Digital (BR 001), apelidada de Flor do Cerrado. A bela construção foi projetada por Oscar Niemeyer e está aberta para visitas de 9h às 17h, aos fins de semana. Entrada Gratuita.

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