RELACIONANDO-SE COM A IMPRENSA
COMO LIDAR COM JORNALISTAS? ASSESSORIA DE IMPRENSA: GUIA PARA COLABORADORES DA FDC
Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade: Mais de 20 anos Servindo a Comunidade!
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INTRODUÇÃO A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, ao longo dos anos, tem conseguido uma ampla exposição das suas acções institucionais e de seus membros nos veículos de comunicação, construindo diariamente uma imagem de credibilidade perante a opinião pública. Neste sentido, saber relacionar-se com a imprensa e com as peculiaridades de suas áreas (impresso, web, rádio e televisão) é um diferencial para o bom sucesso de toda a comunicação da instituição. Este guia é um instrumento produzido pelo Departamento de Comunicação da Fundação para que sirva na interação com a mídia e apresenta, igualmente, dicas práticas para o contacto com repórteres e apresentadores de televisão. A pretensão é que seja um meio de consulta rápida e objectiva na relação com os fazedores de notícias, fornecendo orientação sobre como e o que deve passar na imprensa sobre a Fundação; como ter melhor posicionamento nas redes sociais, entre outros.
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O QUE PODE SER NOTICIÁVEL? Toda notícia é uma informação, mas nem toda informação é notícia. Isso quer dizer que nem sempre um facto relevante para a instituição tem interesse jornalístico. É por isso que há comunicados enviados pelas organizações e que não se transformam em notícias publicadas. Para ser notícia, a informação deve ser inédita, actual, relevante do ponto de vista do público e interessar ao maior número possível de pessoas. Em condições normais, o trabalho jornalístico é orientado pelos critérios de noticiabilidade (actualidade, relevância, proximidade, etc) que definem se o assunto a ser noticiado é ou não de interesse público. Há assuntos noticiados, durante a transmissão dos jornais, que não são de interesse público. A esses são reservados espaços publicitários, através dos quais as empresas jornalísticas conseguem rentabilizar para garantir sustentabilidade do negócio. A FDC é organização cujas actividades que desenvolve preenchem quase todos critérios de noticiabilidade procurado pelos jornalistas para recolha, processamento e tratamento da informação em forma de notícia, reportagem ou entrevista. Apesar de quase todos assuntos da FDC serem noticiáveis, pode não ser estratégico que todas as actividades passem na imprensa ou que o nome da organização esteja sempre na esfera pública, daí a necessidade de definir-se melhor quando, como e porquê uma certa actividade deve ser veiculada na imprensa.
QUANDO CHAMAR JORNALISTAS? A aceitação ou não do convite para cobertura de imprensa depende fundamentalmente dos critérios de noticiabilidade envolvido na actividade em questão. Outros factores como o nome da organização; a reputação das pessoas que vão falar, etc, são também avaliados, embora estes últimos em menor escala. Por essa razão, geralmente é mais estratégico convidar a imprensa para anunciar resultados sobre as nossas áreas de abrangência e não para anunciar as nossas metas; chama-los pela passagem duma certa efeméride para dar a conhecer o que está sendo desenvolvido e, às vezes, é mais estratégico não chama-los, mas sim disponibilizar-se para participar na grelha de programação dos estúdios, em programas informativos ou de entretenimento.
COMO LIDAR COM OS JORNALISTAS? Quando a FDC for procurada por jornalistas e não puder fornecer determinada informação, é preferível recebê-los e explicar o porquê da impossibilidade de divulgar os dados. Na entrevista devem ser evitadas as expressões herméticas ou excessivamente técnicas. Para um maior proveito da entrevista, pode ser interessante destacar, no início, os pontos principais do assunto, por meio de uma breve exposição geral. O entrevistado, que pode ser colaborador da FDC, não deve pedir que o texto final seja lido antes de sua divulgação, no caso de jornal impresso. Jornalistas não gostam desse tipo de atitude, pois entendem como uma forma de fiscalização e possível censura. Apenas nos casos de publicações ou cadernos especializados, onde o texto é basicamente técnico, o próprio jornalista tem por prática solicitar que o entrevistado o revise antes da publicação, a fim de garantir a correcta divulgação das informações. No que diz respeito à relação com a imprensa, a instituição é, na maioria das vezes, mais forte do que seus representantes. Para o caso da FDC, jornalisticamente falando, há representantes mais forte a instituição. Assim sendo, em alguns casos, sempre haverá o perigo em eventos no qual, por exemplo, a PCA participe, dos jornalistas procurarem a todo custo reduzir a magnitude do evento à escala da PCA, como, por exemplo,: ‘’Graça Machel reúne-se com mulheres da região Centro para falar da paz’’ enquanto que um dos melhores títulos seria, por exemplo,: Beira acolhe mulheres da região Centro para discutir paz e reconciliação’’.
ENTREVISTAS – O QUE FAZER? Para uma boa entrevista, preparação é a chave. Se for contactado directamente por um jornalista, procure o departamento de comunicação. O oficial de comunicação é um jornalista e vai ajudá-lo a levantar questões que deverão ser abordadas durante a entrevista. O oficial de comunicação trabalha para a organização, enquanto o repórter, para o órgão de imprensa. O interesse do Oficial de Comunicação é o da instituição, enquanto o repórter representa os interesses do veículo de imprensa. O colaborador deve definir previamente com o departamento de comunicação as mensagens que quer passar, qual o facto mais importante a ser comunicado e aproveitar o melhor momento para encaixá-lo. A melhor entrevista é a que deixa o repórter e o entrevistado satisfeitos em seus objectivos. O colaborador deve estar consciente das expectativas do jornalista em relação às informações que pretende obter. O jornalista sai da redacção com um objectivo definido. Se você não tiver os seus previamente seleccionados, ele conduzirá a entrevista até o seu término. Conheça o veículo para o qual vai falar, para usar linguagem e informações adequadas à sua linha editorial. Prepare-se para ser fotografado ou filmado. Lembre-se que você é uma figura pública e representa uma instituição. Quando estiver dando a entrevista em nome da instituição, não exponha sua opinião.
DURANTE A ENTREVISTA Tenha em mãos os dados que darão suporte às informações a serem prestadas na entrevista. Ofereça material de apoio que possa ser repassado ao jornalista, incluindo o material produzido pelo departamento de comunicação.
Converse informalmente com o repórter antes de começar a gravar, o que facilita detectar possíveis incompreensões e minimiza a tensão que às vezes ocorre no início da entrevista, receba o jornalista com um sorriso. Dê ao jornalista seu cartão de visita. Isso economiza tempo, permite consulta permanente e demonstra interesse do entrevistado e é a garantia de que nome e cargo serão publicados correctamente. Entenda bem as perguntas antes de respondê-las. Fale sempre de forma objectiva, concisa e clara, com frases curtas e sem intercalações excessivas ou ordem inversa. Responda apenas o que lhe for perguntado.
Fale em linguagem clara, sem mencionar siglas, expressões e termos técnicos. Se não for possível fazê-lo, explique o que significa o termo técnico e certifique-se que o jornalista entendeu. Transmita segurança e seja ágil. Evite análises cansativas. Ao final da entrevista, pergunte se ficou alguma dúvida sobre o que foi conversado. Entenda que muita coisa que parece irrelevante para você pode ser importante para o jornalista. Tenha paciência com o jornalista. Alguns não têm informação sobre o assunto, outros são agressivos. De qualquer forma, o ideal é atendêlos bem e desarmá-los. Repita, com enfoques diferenciados, os aspectos que você quer destacar.
DURANTE A ENTREVISTA Os repórteres de rádio e de TV são os profissionais mais “aflitos” do jornalismo. Eles trabalham contra o tempo. Ou seja, estão sempre em correrias pela insuficiência de meios e de equipas na redacção, o que pode provocar algum estresse quando há uma pequena demora no atendimento assim que chegarem ao local do evento. Por isso, sempre que possível, dê um retorno para o Jornalista, mesmo que não seja possível conceder a entrevista no momento solicitado. Algumas pessoas demonstram constrangimento e medo em atender a imprensa. A melhor maneira de atender a mídia é sendo autêntico, transparente e objectivo. Nas entrevistas gravadas para rádio e TV seja curto e sucinto. Do contrário será necessário eles editarem o seu discurso com risco de uso de frases que, fora do contexto, permitem manipulações e má interpretação do conteúdo. Evite gravar pessoalmente a entrevista. Isso soa como falta de confiança e dúvida na capacidade do repórter, criando um ambiente de antagonismo que é prejudicial para o entrevistado. Se for necessário gravar, peça permissão ao repórter, o que soará como sinal de respeito ao trabalho do profissional.
No caso do repórter gravar a entrevista, nunca faça comentários que não possam ser publicados. Ao consentir em falar com um Jornalista identificado como tal não existe “off”, ou seja, não existe declarações dadas sob a promessa de não divulgação. Jamais corra tal risco. Aspectos fundamentais a considerar ¥ Conhecer o veículo que ele representa ¥ Listar pontos que deseja abordar ¥ Relacionar os assuntos que são delicados ¥ Buscar ajuda de auxiliares (departamento de comunicação, etc) ¥ Cogitar perguntas delicadas e de difícil resposta ¥ Juntar material com informação de apoio e fotos para dar ao jornalista ¥ Ter à mão material de consulta e cartão de visitas ¥ Entender bem as perguntas antes de respondê-las. Não faz mal dizer que não entendeu a pergunta e pedir que repitam ¥ Medir o interesse do jornalista na entrevista pelas suas atitudes ¥ Considerar que os assuntos abordados em um encontro informal são sempre passíveis de publicação
O BOM RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA DEVE SER UM CANAL PERMANENTE E DE MÃO DUPLA E NÃO UM INSTRUMENTO DO QUAL A INSTITUIÇÃO SÓ LANÇA MÃO QUANDO PRECISA. E É POR ESSA RAZÃO QUE NÓS TEMOS QUE PREVER FINANCIAMENTO PARA CONVIDAR JORNALISTAS PARA UM CAFÉ PELO MENOS DUAS VEZES AO ANO.
GUIA PARA COLABORADORES
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA São organizadas pelo departamento de comunicação, dependendo das necessidades da instituição e seguindo critérios jornalísticos. Podem ser marcadas para após CA, etc. Ao preparar uma conferência de imprensa, o departamento de comunicação tomará alguns cuidados: 1. Tema: o assunto deve ser relevantíssimo, a ponto de justificar a convocação da imprensa 2. Horários: devem se adaptar ao fecho das redacções de jornais e revistas, rádio e televisão. Melhores horários: manhã - 9h30min, tarde 14h30min e 15h 3. Escolha do dia: de preferência não coincidir com visitas ou acontecimentos importantes. Também ficar atento às datas de fecho de jornais semanais e revistas. 4. Evite conferências no final do dia, a não ser que o tema tratado tenha surgido no meio da tarde, e seja de urgência, impossível de deixar para o dia seguinte
5. Por questão de tempo, os profissionais de rádio e televisão podem pedir para gravar logo a entrevista. O pedido deve ser atendido, mesmo que os repórteres de jornal protestem. Os que trabalham em jornal têm mais tempo para escrever a notícia, além de que precisam sempre de mais detalhes. O bom relacionamento com a imprensa deve ser um canal permanente e de mão dupla e não um instrumento do qual a instituição só lança mão quando precisa, por isso os temos que prever financiamento de café com a imprensa pelo menos duas vezes ao ano. Para decidir se o momento é de falar ou de calar, uma (1) pergunta deve ser respondida: 1. Essas informações podem ser divulgadas neste momento? Se a resposta for sim, então é hora de falar. Também se deve levar em conta que a decisão de prestar ou não uma informação à imprensa está relacionada ao plano estratégico da Fundação.
PCA
Lembre-se, repita, com enfoques diferenciados, os aspectos que vocĂŞ quer destacar durante uma entrevista. Guia para colaboradores da FDC
Quem deve fala à imprensa: A melhor forma de determinar quem fala pela Instituição é hierarquizar assuntos, consciencializando a todos para a importância da tarefa. Temas mais ligados à imagem institucional, como seu desempenho perante a sociedade, relacionamento com os Governos, ou sua posição frente a uma determinada demanda são exclusividades dos membros do Conselho de Administração ou Direcção Executiva. Assuntos mais sectoriais ficam a cargos de demais representantes, como os gestores, sempre observando a questão hierárquica. Uma importante consideração é a de que o oficial de comunicação não é “lobista”. Não há garantias de que ele consiga espaços na mídia. Ele não deverá fazer pressão junto aos colegas da redacção. Quanto mais actual e inovador o assunto, maior a probabilidade de se conseguir naturalmente destaque junto aos veículos de comunicação.
PAGAMENTO DE JORNALISTAS Apesar de ser do interesse e dever do jornalista noticiar assuntos de interesse público, as empresas jornalísticas enfrentam profundos problemas económicos, que se reflecte na falta de meios principais e básicos de trabalho. Por essa razão, as empresas e instituições nacionais, incluindo a presidência da república, pagam aos jornalistas pelas coberturas de certas actividades. Um hábito e uma competitividade fomentada pelas empresas e que nos leva à viciação no exercício normal da profissão de jornalista. No caso da FDC, ela só pagará aos jornalistas apenas em caso de solicitações que envolvam a deslocação de jornalistas e do seu material de trabalho para cobrir actividades que decorram no campo, implicando para esse efeito o pagamento pelas ajudas de custo no valor de 3500 (três mil e quinhentos meticais). O valor exclui pagamento de alojamento, em casos de dormidas.
VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS Cada um dos meios de comunicação tem suas particularidades. A seguir, confira princípios gerais de como se relacionar e agir em entrevistas com cada uma das mídias disponíveis: Televisão Já diz o ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”. Esse é o conceito básico quando lidamos com a mídia televisiva. Devemos cuidar com a imagem desde o local onde vamos conceder a entrevista até a roupa que vestimos. É aconselhável sempre usar algo que lhe identifique como sendo da instituição, seja roll ups ou vestes. Figurino A imagem é nosso cartão de visita, por isso, atenção ao figurino na hora da entrevista. Evite o xadrez e estampados, que acabam por embaralhar a imagem na televisão, dando um aspecto estranho e por vezes aumentando a silhueta. Cores muito fortes também não são aconselhadas. Na televisão, menos é mais.
Se for realizar a entrevista em estúdio, pergunte se haverá bancada. Neste caso você não precisará se preocupar com sapatos ou saias, por exemplo. Se for sem bancada, cuide com os sapatos. No caso das mulheres, observe as saias, pois a pessoa aparece de corpo inteiro na entrevista. Portanto, fica o conselho para as mulheres: se quiserem evitar constrangimentos ou surpresas com o local da entrevista em estúdio, prefira calças. Também evite acessórios muito grandes ou chamativos. Para os homens que utilizam ternos, sempre observar se a gravata está no lugar. Outra dica é sempre puxar o casaco pra baixo, na parte das costas, e sentar em cima da borda, pois a gola do casaco costuma ficar fora do lugar. Preferencialmente, usar calças, meias e sapatos da mesma cor, para dar uma ideia de continuidade na linha visual da perna. O modelo ideal de meia é a 3/4 longa, para evitar que ao cruzar as pernas, apareça o tornozelo. RELAÇÃO COM O JORNALISTA DE TV
Outro aspecto muito importante a ser destacado é a forma como lidamos com os repórteres de televisão. Devemos ter em mente que numa entrevista de 10 minutos, por exemplo, só alguns segundos podem ser usados na matéria. Portanto, se deseja que o seu discurso seja veiculado na íntegra e sem cortes, FALE POUCO, da forma mais objectiva possível. Isso garantirá que o conteúdo não seja distorcido. Se for fora do estúdio, com relação ao ambiente, procure por um local organizado e iluminado, para colaborar com o trabalho do cameraman. Locais muito escuros prejudicam a imagem. Antes de começar a entrevista, converse com o repórter sobre o assunto e o que é mais interessante para a matéria na perspectiva institucional. Cuidado com as gesticulações, às vezes, pode transparecer que o entrevistado está nervoso. E, dependendo do assunto, pode ser um ponto negativo a ser destacado pelo repórter. Por exemplo: se a notícia é negativa, o Jornalista pode dizer que o assunto é tão delicado, que o colaborador ficou nervoso ao dar a entrevista.
RÁDIO A rádio é um meio de comunicação de massa e, como tal, exige uma linguagem mais coloquial possível para facilitar o entendimento do ouvinte. A comunicação com veículos de rádio costuma ser mais fácil e prática. Realizada em geral através do telefone, esse tipo de entrevista permite fácil acesso quando, por exemplo, o entrevistado está em viagem ou fora do gabinete. Da mesma forma como acontece com entrevistas para televisão, na rádio também devemos saber que são editados alguns segundos do que dissemos. Portanto, se você deseja que sua fala seja veiculada na íntegra e sem cortes, FALE POUCO e da forma mais objectiva possível; isso garantirá que o conteúdo não seja distorcido. JORNAL OU REVISTA O repórter de jornal geralmente dispõe de mais tempo para fazer as suas matérias. Entretanto, é preciso atentar para o horário de fecho das edições e não deixar para dar a resposta muito tarde, pois ele precisará informar aos editores se poderão contar ou não com a pauta para o dia seguinte. Não há problema se o entrevistado falar de forma mais pausada, pois a maioria dos repórteres de veículo impresso ainda escreve em blocos de papel. Isso facilitará o entendimento do assunto por parte do Jornalista e também fará com que a fala do entrevistado saia tal como ele realmente disse, sem correr o risco de distorções. Destaque bem aquelas informações mais relevantes para a matéria. Não se deve pedir para ler o texto do repórter, mas se coloque à disposição para, em caso de dúvidas, prestar os esclarecimentos necessários. Geralmente, os erros de informações que saem nas matérias (como, por exemplo, confusão com o uso adequado dos termos técnicos) acontecem por desconhecimento sobre o assunto.
FOTOGRAFIAS O envio de fotos, especialmente no caso de eventos, sempre consubstancia a notícia. No entanto, as imagens precisam ter boa qualidade para serem utilizadas. ¥ Evite fotos “posadas”, com as pessoas paradas uma ao lado das outras. Dê preferência a fotos que retratem o evento: se for uma palestra ou um curso, por exemplo, mostre o palestrante/professor, mas também o público; em reuniões ¥ Registre as pessoas à mesa, durante os debates ¥ As fotos devem ser claras, com boa iluminação. Tome cuidado também com o foco, de forma que a imagem fique nítida ¥ Utilize uma boa resolução de imagem: fotos com tamanho em torno de 500KB podem ser utilizadas tanto na internet quanto no Informativo Eletrônico (boletim interno/newsletter). Fotos muito pequenas (menos de 100KB) muitas vezes não podem ser usadas nem mesmo em sites ¥ Fotos ‘’scaneadas’’ perdem muito a qualidade, tornando difícil sua utilização ¥ Envie as imagens em anexo, não as cole no Word ou no corpo do e-mail. Alguns serviços de e-mail muitas vezes perguntam se o remetente deseja reduzir as fotos para enviar; escolha a opção “não redimensionar, enviar originais” ¥ Envie os nomes e sobrenomes de todas as pessoas que aparecem na foto. A exceção é no caso de imagens em que aparece um grande grupo de pessoas ou quando não é possível obter o nome do fotografado ¥ Informar sempre o crédito (nome completo do autor da foto)
DOCUMENTAÇÃO & MEDIA
APESAR DE SER DO INTERESSE E DEVER DO JORNALISTA NOTICIAR ASSUNTOS DE INTERESSE PÚBLICO, AS EMPRESAS JORNALÍSTICAS ENFRENTAM PROFUNDOS PROBLEMAS ECONÓMICOS, QUE SE REFLECTE NA FALTA DE MEIOS PRINCIPAIS E BÁSICOS DE TRABALHO.
SITUAÇÕES DE CRISE Toda a Instituição, seja ela pública ou privada, eventualmente enfrentará algum tipo de crise. Nessas ocasiões, o importante é não agravar o problema. Em primeiro lugar: não tente resolver tudo sozinho. E muito menos se esquive do problema. Este é o pior caminho. O Oficial de Comunicação (OC), com a orientação da Direcção Executiva (às vezes com a presença de um advogado), irá definir a melhor estratégia de defesa. Crise se enfrenta com posicionamento estratégico e conduta correcta. Saiba que: ¥ Por mais apertado que seja o nó, sempre é possível desatá-lo. Depois de definir uma posição, é preciso mantê-la com firmeza. O melhor a fazer é divulgar essa posição por meio de nota de esclarecimento e/ou de entrevista (colectiva ou não). ¥ Na nota de esclarecimento, o OC deve apurar e redigir o texto com o maior número possível de informações a fim de evitar mais perguntas. ¥ Se for dar entrevista, as perguntas devem ser respondidas, preferencialmente, por uma única pessoa, que se torna o porta-voz da instituição para o assunto em questão. ¥ O OC treina com o membro da D.E as respostas, antevendo as perguntas que serão feitas. O importante é não falar nada além do combinado e mostrar disposição em resolver logo o problema. ¥ Numa crise, nunca deixe de atender uma entrevista no prazo solicitado. Sua versão será excluída da matéria, sobressaindo o facto negativo que posteriormente será irreversível. ¥ Ninguém é obrigado a saber de tudo. Quando não souber uma resposta, diga isso claramente ao repórter. Se possível, informe como ele pode conseguir esta informação. Melhor ainda: se comprometa a apurar e informar posteriormente os dados solicitados.
¥ Se o jornalista estiver a repetir a mesma pergunta frequentemente? Ele pode estar apenas a verificar se não há contradições ou (e aí mora o perigo) a tentar obter uma afirmação que dê sustentação a pauta jornalística. Exemplo: houve um escândalo financeiro na fundação. O repórter pergunta repetidamente quais medidas foram adoptadas para evitar o escândalo. No fundo, ele quer uma afirmação que confirme a negligência. O mesmo cuidado deve-se tomar quando ele faz uma afirmação e pede que você confirme. Ele poderá escrever como se a afirmação fosse sua. Em resumo: seja firme em suas posições. Não deixe que ele coloque palavras em sua boca. ¥ O jornalista que começa a fazer uma pergunta em cima da outra? Não aceite isso. Continue respondendo à pergunta anterior e só depois de concluir seu raciocínio passe para a outra. ¥ Nunca fuja das perguntas. Isso mostra que você está na defensiva e que pode estar a esconder algo. Quando o jornalista é por demais agressivo, responda o essencial, elegantemente, e corte logo a conversa. Não polemize – é o que ele quer. Seja educado, em qualquer situação. – ¥ Não fale em off nem faça comentários que você não gostaria que fossem públicos. ¥ Em nenhuma parte do mundo o desmentido é levado a sério, por isso sempre que puder evitar uma crise, evite. É a melhor estratégia.
Em entrevista
ATENÇÃO Ninguém é obrigado a saber de tudo. Quando não souber uma resposta, diga isso claramente ao repórter. Se possível, informe como ele pode conseguir esta informação.
A MATÉRIA SAIU. E AGORA? ¥ Atente desde já para uma coisa fundamental: suas frases não serão publicadas exactamente como você as disse. Cada jornalista e cada veículo têm seu próprio estilo de tratar os temas. Antes de varrer o texto com olhar crítico, fique atento ao que de facto importa: o conteúdo. O que lhe parece essencial pode soar irrelevante ao repórter ou ao editor ou ao leitor. O mesmo vale para matérias de TV. ¥ Atenção: a palavra escrita tem mais peso. Muitos só se dão conta da gravidade do que disseram depois de lerem suas declarações publicadas – e aí já é tarde demais. Não negue o que disse, mesmo que você tenha se arrependido. O jornalista tem o direito de seleccionar o que interessa a ele, e não o que convém a si, como pessoa ou organização. ¥ Seja leve: não dê tanto peso ao tom do título ou mesmo do texto – às vezes uma pitada de humor pode lhe causar estranheza e você acaba interpretando tudo de modo negativo. Pode ser apenas sua interpretação – ou não, mas por via das dúvidas leia mais de uma vez ou peça para outros lerem também antes de sentir-se incompreendido. ¥ Saiu algum erro? Se for algo pequeno, sem grande impacto, ignore e volte a comentar o facto numa próxima vez. ¥ Quando o erro é grave, peça para o OC ligar para o repórter antes de qualquer atitude. Uma boa conversa talvez resolva o problema de modo mais rápido e indolor. Não comunique o erro aos superiores do repórter sem antes falar com ele. Além de deselegante, pode prejudicá-lo desnecessariamente. Depois do papo com o repórter, combine a melhor forma de correcção. ¥ Às vezes, erros acontecem na edição das matérias. Na correria do fecho, cortam-se palavras que acabam mudando o significado do todo, ou alguém dá um título totalmente equivocado, anunciando o contrário do que está no texto. Novamente só peça correcção quando o erro for sério.
Gostou do que leu? Elogie. O jornalista, como qualquer um de nós quando reconhecidos, se sentirá gratificado.
VOCÊ FOI VÍTIMA DE CALUNIA OU DIFAMAÇÃO EM UMA REPORTAGEM? Você tem direito de resposta, o que é obtido judicialmente. O direito de resposta deve ocupar o mesmo espaço ou tempo da matéria. Como a justiça é lenta, talvez seja necessário recorrer a um anúncio pago para mostrar sua versão dos factos e assim diminuir os danos de imagem.
REDES SOCIAIS Com a novíssima tecnologia, mais precisamente das mídias sociais, as informações são repassadas em frações de segundo, aumentando a responsabilidade do internauta que acessa esse tipo de ferramenta na internet. Dessa forma, o cuidado com o que se diz e se publica nas redes deve ser redobrado. São exemplos de mídias sociais: Blogs (publicações, editoriais independentes), Facebook, Twitter, YouTube, Flickr, Instagram, entre outros. A partir do momento em que se está vinculado a uma instituição, tudo o que for postado pode ser encarado pelos usuários como sendo a mensagem da própria instituição (mesmo que não exista nada oficializado nesse sentido). Na prática, isso ocorre porque usuários em redes sociais passam a ser pessoas públicas. Os desafios ao lidar com redes sociais incluem: ¥ Representar um Poder ou Instituição sem que esta o tenha nomeado porta-voz oficial ¥ Manter a própria liberdade de expressão (que é diferente de liberdade de opinião) ¥ Conviver em uma realidade em que todos são pessoas públicas (a não ser que não se tenha nenhum perfil pessoal em mídias sociais) Perfis pessoais Algumas recomendações são importantes para os colaboradores da FDC que utilizam mídias sociais como forma de manter a integridade de todos os envolvidos: Conselho de Administração, Direcção Executiva, Parceiros e outros. O perfil pessoal não pode ser proibido, no entanto, as informações escritas na rede são de responsabilidade de quem a posta, que deve ter em mente que o conteúdo de suas publicações pode atingir a todos. A partir do momento em que o usuário define o seu local de trabalho, invariavelmente as informações postadas poderão ter um teor profissional.
Preste atenção nas dicas: ¥ Sempre que postar algo nas redes sociais entenda que o conteúdo da sua mensagem será visto por colegas, chefes, parceiros, amigos e familiares ¥ Nunca poste nada que possa ser usado contra você no ambiente de trabalho ¥ Evite postar qualquer coisa que possa gerar danos à imagem do seu local de trabalho ou da instituição; ¥ Escrever não é o mesmo que falar: suas palavras ficam na web e são indexadas quase que instantaneamente por outras redes. Assim, mesmo que apague um post do qual tenha se arrependido, ele provavelmente já terá sido indexado pelo Google e por outros sites, se espalhando na internet e ao alcance de todos os usuários, para além dos riscos decorrentes dos famosos ScreenShot. ¥ Como qualquer cidadão, os colaboradores são livre para pensar e expressar o que desejar, da forma que preferir. Mas, como qualquer pessoa pública, tem que entender que tudo o que expressar provavelmente trará consequências, sejam estas positivas ou negativas ¥ Apesar disto, o uso das mídias sociais, se bem exploradas, pode ser uma óptima ferramenta para aproximar a sociedade das actividades promovidas dentro da organização, levando informações como forma de contribuir para a boa imagem da organização.
GLOSSÁRIO Âncora - Na televisão ou rádio é o apresentador dum programa que pode comentar uma notícia; Artigo - Texto opinativo assinado. É de responsabilidade exclusiva do autor, pode expressar opiniões diferentes das emitidas pelo jornal e seus jornalistas; Assessoria de Imprensa - Um dos serviços do departamento de comunicação responsável pela divulgação de matérias jornalísticas nos órgãos de comunicação social; “Briefing” - Significa informe. Em Jornalismo, pode ser usado como resumo de informações sobre qualquer evento que uma fonte dá aos jornalistas. Em publicidade, é um conjunto de informações que vão servir de subsídio para o desenvolvimento de um determinado trabalho; Chamada - Na rádio, flash gravado sobre matéria ou programa. Em jornal impresso, pequeno texto usado na primeira página para chamar a atenção do leitor para determinada matéria Clipping - Levantamento das matérias institucionais publicadas nos veículos de comunicação e que são organizados a partir da leitura, acompanhamento e selecção das notícias que interessam à Instituição. Cobertura - Actividade do repórter ou equipa de reportagem no local de um acontecimento Coluna - Secção de jornal ou revista, assinada ou não, tratando de temas ligados à editoria ou seção Crédito – É para conferir a autoria do texto, vídeo ou foto. Deadline - Último prazo para que uma edição seja fechada ou que uma reportagem seja concluída Derrubar - Termo usado para expressar que uma reportagem ou matéria não vai ser publicada. Geralmente ocorre quando o repórter percebe que não vai conseguir apurar as informações, quando uma entrevista é cancelada, quando o editor desiste de abordar o assunto ou ainda quando entra um anúncio; Diagramação - Adequação dos textos, desenhos, gráficos e fotos numa página, de acordo com os padrões visuais da publicação; Editoria - Secção especializada em determinado tipo de cobertura (desporto, polícia, arte, meio ambiente, educação, etc.) Editorial – Posição do órgão de comunicação semanal ou diário sobre um determinado assunto; Não vem assinado e geralmente localiza-se diariamente na página de opinião do jornal
Vox pop - Pequenas entrevistas feitas a muitos entrevistados com o objectivo de colher opinião colectiva Conferência de Imprensa - entrevista que reúne jornalistas de vários veículos. Geralmente é convocada pelo departamento de comunicação. Entrevista exclusiva - Entrevista concedida a um único Jornalista Estourar - Ocorre quando um texto (notícia) é maior que o espaço reservado no layout do jornal. Na rádio, é quando a matéria tem mais tempo do que o previsto. O editor normalmente suprime ou corta parte do texto, geralmente as últimas linhas Fecho - Etapa do processo de edição em que os trabalhos são encerrados. Depois do fecho não há mais revisão do texto e a edição é enviada para a gráfica Furo - Matéria jornalística exclusiva de grande repercussão Gancho - Pretexto que gera a oportunidade de um trabalho jornalístico. Quanto mais pretextos há para a produção de uma investigação jornalística mais oportuna ela é. Quanto mais “ganchos” estiverem por trás de uma edição mais “quente” ela é. Um facto que ligue, que dê margem a outro, que sirva de ponte, de gancho, enfim, para a notícia Lead ou Lide - Abertura duma notícia tradicional. Precisa responder às seguintes perguntas: Quem, quando, onde, porque e de que maneira Nota oficial - Documento impresso com a opinião de uma determinada fonte Off the record- Declaração dada sob compromisso de não ser revelada a fonte Pingue-pongue - Entrevista em forma de perguntas e respostas rápidas Plantar - Publicar informação com outro objectivo que não de informar. Geralmente atende a lobby ou a interesses pessoais Release – Genericamente pode ser entendido como Comunicado de Imprensa Sonora - É um trecho da entrevista individual para rádio ou TV Pauta – Tema escolhido pelo jornalista para fazer notícia ou reportagem Vinheta - Forma gráfica usada para caracterizar uma secção na página de jornal ou revista. Também é empregue em rádio e televisão para indicar abertura e passagens de programas
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Preparado por Laque Francisco
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