Centro, lazer e história

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Centro, lazer e história Introdução ao Urbanismo

Ana Maria Paes, Lara Cristina C. Wanderley e Sara Vicente Minaré

Universidade Federal de Goiás

Introdução ao Urbanismo

Profa. Dra. Erika Kneib

Goiânia, agosto de 2022

Ana Maria Paes Borges

Lara Cristina C. Wanderley

Sara Vicente Minaré

Sumário 1. Introdução.........................................................................................3 2. Metodologia.....................................................................................3 3. Referencial Teórico........................................................................5 4. Centro, lazer e história..................................................................7 4.3. A imagem da cidade............................................................5 4.1. Antrópolis.................................................................................5 4.2. Morte e Vida de Grandes Cidades...................................5 5. Teatro Goiânia.................................................................................8 6. Diagnóstico......................................................................................9 6.1 Localização...............................................................................9 6.2 Cheios e Vazios.....................................................................12 6.3 Usos e Atividades.................................................................14 6.4 Gabaritos.................................................................................17 6.5 Arborização............................................................................19 6.6 Vias e Fluxos..........................................................................21 7. Intervenção...................................................................................23 7.1 Interpretação teórica..........................................................23 7.2 Quadro Síntese....................................................................23 8. Proposta..........................................................................................25 Referências Bibliográ cas.............................................................27

1. Introdução

O presente trabalho busca estudar a área da Av. Anhanguera próxima ao Teatro Goiânia para entender as relações culturais presentes no Centro de Goiânia. O estudo tem como objetivo promover uma proposta urbana com base nos princípios da Antrópolis discutidos por Jane Jacobs e Kevin Lynch, valorizando, portanto, os apectos históricos da região, com atenção aos percurcos pedonais e à paisagem urbana, entendo a cidade como cenário de conexões entre as pessoas e os espaços.

2. Metodologia

As pesquisadoras zeram uma visita a campo e levataram dados e fotogra as sobre os aspectos urbanos observados, incluindo o discurso da prórpia experiência pessoal do caminhar pela cidade. A partir desse primeiro contanto, foi feita uma análise da região - pensando em uma possível proposta de intervenção para o local - etapa que teve como produto mapas e diagramas sobre os aspectos analisados. Além da visita pessoal ao local, foram utilizadas fontes online para obtenção de dados, em especial para a produção de mapas e para o levantamento histórico.

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Introdução ao Urbanismo . Centro e Cultura 3
Fonte: Autoras, 2022.

3. Referencial Teórico

Antrópolis

Proposta de um planejamento urbano mais humanista, tendo o homem como base e indo contra a ideia de cidade-tipo. Surge na década de 50 e seus grandes pesquisadores foram Jane Jacobs e Kevin Lynch Entre os principais potos que resumem a proposta, estão:

os olhos da rua: a rua como local de orescimento da vida pública contra o zoneamento: mescla de usos e usuários para proporcionar convivência

análise particular: não existe cidade-tipo, existem cidades particulares projeto humanista: a cidade é moldada pelas relações que a perpassam

balé da calçada: a calçada entendida como parte da rua que cabe ao pedestre

Morte e Vida de Grandes Cidades (1961)

Jane apresenta o livro como "uma ofensiva contra os princípios e os objetivos que moldaram o planejamento urbano e a reurbanização modernos e ortodoxos".

A imagem da cidade (1960)

Kevin Lynch deixa claro como é importante trabalhar a imagem da cidade para criar sentidos de pertencimento, conectividade, percepção, organização e harmonia no ambiente urbano. Para guiar as pessoas, para que elas reconheçam a cidade e suas características, a m de se localizarem não apenas sicamente, mas cultural e socialmente, é necessário empregar soluções e equipamentos que criem uma imagem singular de cada um sobre a cidade, de modo a humanizar os trajetos, as construções e espaços públicos. A cidade deve ser legível aos olhos de quem habita.

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Fonte: Autoras, 2022.

4. Centro, lazer e história

A ocupação da região de Goiás ocorreu com o avanço das bandeiras paulistas que buscavam ouro. No nal do século XIX, após a aprovação da Constituição de Estado de 1891, iniciou-se propriamente o processo de mudança de capital. Durante a Revolução de 1930, Pedro Ludovico Teixeira deu início a construção da cidade que seria a nova capital, Goiânia. O urbanista responsável foi Atílio Corrêa Lima, cujo projeto, com referências ao urbanismo francês do início do século XX, deu origem à Praça Cívica, e à organização das vias Av. Goiás, Av. Araguaia e Av. Tocantins, que delimitam a região do “manto” do centro. No Plano de Goiânia, Atílio aborda primeiramente as questões de ordem histórica, social, econômica e política - seguindo o modelo do urbanismo francês, em que o planejamento da cidade tinha como objetivo abrigar as atividades de produção, circulação e consumo de bens industrializados. O traçado da cidade teve como base três questões principais: o sistema viário, zoneamento e topogra a do terreno.

O Setor Central, da maneira como se con gura hoje, possui grandes potencialidades em razão da carga histórica, artística e cultural atribuída a muitos de seus espaços e edifícios. A problemática encontrada, no entanto, é a desvalorização de muitos desses locais, o que resulta na perca de seu signi cado para a cidade, enquanto se encontram deteriorados e abandonados, com pouca ou nenhuma atenção do poder público. Vê-se uma grande riqueza presente nas áreas centrais porque além de abrigar patrimônios históricos, percebe-se a apropriação cada vez mais frequente de alguns espaços pelo público jovem, trazendo fortes marcas da arte e da linguagem contemporâneas, gerando um encontro de gerações e períodos históricos: passado e presente, velho e antigo.

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

5. Teatro Goiânia

O teatro foi projetado pelo arquiteto Jorge Félix no estilo art déco muito presente no centro da cidade. A construção se iniciou em 1940 e sua inauguração se deu cerca de dois anos depois. Também conhecido como Cine-Teatro Goiânia, o nome veio da impossibilidade estrutural de realizar apresentações teatrais, uma vez que as dimensões do palco eram reduzidas e impróprias para a montagem de espetáculos amplos. Na função de sala exibidora de lmes, o Cine-Teatro atingiu sua fase áurea na década de 40. O edifício contava com moderna aparelhagem cinematográ ca e acomodações confortáveis. Nesse período, o local cou conhecido apenas como Cine Goiânia. Pela falta de estrutura teatral, o edifício entrouem abandono e ocorreu até mesmo deterioração de suas instalações.

Em 1976, o Teatro foi fechado e passou por reforma com os Aldo Calvo e Igor Iresnewsky como engenheiros responsáveis pela obra. Após a reforma, o espaço deixou de ser cinema e entrou, nalmente, em atividade como Teatro. A reinauguração aconteceu em março de 1979 com apresentação do Corpo de Baile da Associação de Ballet do Rio de Janeiro. Em 1982, o Teatro Goiânia foi tombado pelo Estado e recebeu o nome de "Centro Cultural João Bennio". O hall de entrada do Teatro recebeu o nome de "Tia Amélia", em homenagem a Amélia Brandão, famosa pianista intérpretes do choro no Brasil. Em 1998, com 50 anos, o Teatro teve sua segunda reforma. Essa, por sua vez, teve como objetivo fazer a restauração do edifício. Após a reforma, o Teatro se tornou uma das mais modernas casas de espetáculos do país.

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Fonte: Autoras, 2022.

6. Diagnóstico

6.1. Localização

Situada em Goiania, capital do estado de Goiás, a área estudada se localiza nas quadras da Avenida Anhanguera, no trecho entre a Avenida Goiás e a Rua 11, praticamente de encontro á Alameda dos Buritis. A quadras são, precisamente, as qua abrigam o Jóquei Clube, o Teatro Goiânia, o Beco da Codorno a as duas quadras voltadas de frente para a rua 8, onde há passagem exclusiva de pedestres. Trata-se de uma região de intenso uxo de veículos e de atividades comerciais.

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Fonte: Google Earth, 2022 Fonte: Google Maps, 2022 Fonte: Google Maps, 2022 Fonte: Google Maps, 2022

Legenda

Setor Central Área de estudo

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Área Macro
0 290m N

Quadra de intervenção

Quadras do entorno

Quadras

Vias

Cheios

Avenida Paranaíba

A

Alameda dos Buritis

Área Meso

Avenida Anhanguera
venid
a Goiá s Avenida Tocantins
0 75m N
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Legenda

6.2. Cheios e Vazios

Tanto nas quadras do entorno quanto na nas de estudo, observa-se a grande ocupação da região, que resume uma parcela do setor central. Percebe-se que em muitas quadras, inclusive nas que irão receber uma proposta de intervenção, a presença de vazios centrais, que hoje servem de espaço de estacionamento. Em especial na quadra do Jóquei Clube, hoje desativado, também é representada uma grande área vazio, que não recebe uso atualmente.

O fato de se tratar de uma área altamente ocupada, com poucos respiros ou áreas de lazer, implica na falta de qualidade do espaço urbano, favorecendo o ambiente caótico em detrimento do bem-estar do pedestre, principalmente se não existem equipamentos ou áreas de lazer, que façam a intermediação entre uma rotina urbana acelarada e o real aproveitamento do espaço público, enquanto valor histórico e social.

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

Lazer Institucional Residencial Comercial

Serviços

Vias

Vila Cultural

Cora Coralina

Área de Estudo

Quadras do entorno

Alameda dos Buritis

Área Meso

Avenida Anhanguera
Avenida Goiá s Avenida Tocantins
Avenida Paranaíba
0 75m N
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Legenda

6.3. Usos e atividades

Percebe-se que há grande diversidade de usos no entorno das quadras a serem trabalhadas, sendo que predomina uso comercial, em especial ao longo da Avenida Anhanguera e da Avenida Goiás. Nas quadras de estudo, há a presença de equipamentos culturais e de lazer, além de espaços com grande potencial para a apropriação e revitalização, como estacionamentos e lotes vagos. Também se observa o uso misto de muitos edifícios, geralmente, com uso comercial no térreo e uso comercial/residencial/serviço nos pavimentos superiores.

Pensando em uma possível proposta de revitalização do local, vê-se uma di culdade de adaptar as atividades existentes atualmente na região ao programa de percursos culturais, uma vez que o comércio já está enraizad e consolidado na rotina das pessoas que vivem ou desempenham atividades no local. Na Avenida Anhanguera, percebe-se que há resquícios do estilo Art Decó em algumas fachadas, em contraposição a muitos cartazes e fachadas comerciais.

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

A quadra do Jóquei apresenta muitos vazios e hoje serve como estacionamento. Um espaço com grande potencial é o de um estacionamento desativado que esta na esquina da Av. Anhanguera com a R. 23, de frente para o Teatro Goiânia, lugar onde acontecem atividades noturnas, principalmente, o que demanda um uxo de carros considerável.

A quadra do Teatro Goiânia possui grande potencial para o desenvolvimento de um percurso cultural, talvez sendo um dos principais pontos. Atrás do teatro, está a Vila Cultural Cora Coralina, localizada no subsolo, com uma praça aberta no andar térreo. Hoje, a praça exerce local de pssagem, uma vez que carece de equipamentos públicos de estar e de arborização.

Loja Residêncial Estacionamento Institucional Quadra Legenda 0 35m N
0 20m N
Vila Cultural Cora Coralina (Subsolo) Teatro Goiânia
Quadra
Projeção Vila Cultural
Legenda
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Fonte: Google Earth 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

A quadra 21 merece atenção especial devido à presença do seu centro vazio, que hoje dá espaço ao que chamamos Beco da Codorna. O local é bastante visitado por pedestres, mesmo não contendo nenhum tipo de equipamente de estar. Hoje, o lugar serve como estacionamento durante o dia, e à noite dá acesso a um pequeno bar.

Sendo um importante ponto do percurso cultural, a rua 8 no trecho entre as quadras 07 e 22 é um espaço exclusivo para pedestres, contendo atividades comerciais durante o dia e grandes espaços com potencial de usos lúdicos e de lazer, uma vez que dá acesso a dois becos, ambos dotados de bons equipamentos, como bancos, brinquedos, quadra, etc.

Loja Residêncial Estacionamento Institucional Farmácia Clínica Restaurante Quadra Legenda 0 35m N
Quadra Legenda 0 35m N
Loja Residêncial Estacionamento Institucional Clínica Banco
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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

6.4 . Gabaritos

Apesar da discrepância existente entre alguns edifícios, a malha urbana da porção analisada é caracterizada por edifícos com alturas semelhantes. Em especial na Avenida Anhanguera, a maioria dos prédios está entre 10 e 19 metros. Nas demais quadras, observa-se o mesmo efeito: gabaritos -

semelhantes, com poucos edifícios estritamente térreos. A vantagem desse fato no caso de uma possível intervenção de fachadas, seria a facilidade de harmonização, em especial nos prédios da Avenida Anhanguera.

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.
0 - 9 m 10 - 19 m 20 - 39 m 40 - 59 m 60 m ou mais Legenda Avenida Anhanguera Avenid a Goiá s Avenida Tocantins Alameda dos Buritis 0 75m N Avenida Paranaíba Introdução ao Urbanismo . Centro e Cultura 18
Micro
Área

6.5. Arborização

Na porção analisada, percebe-se que há muitos trechos em que a arborização é escassa, o que gera problemas conforto térmico na região. A falta de árvores também implica na escassez de sombreamento natural, o que di culta, muitas vezes, a realização de atividades ao ar livre, ou mesmo o ato de caminhar pela cidade. Em especial da Avenida Tocantins, como mostra a foto abaixo, são poucos os pontos de sombreamento que proporcionam um estar para o pedestre. Outro ponto importante é a escolha da espécie a ser escolhida para fazer a

arborização do local. Um exemplo da falha nessa escolha é a praça que está por cima da Vila Cultural Cora Coralina, que apresenta grandes espaços vazios e árvores com copas pequenas e escassas. Entende-se a di culdade de posicionar árvores de grande elevado no local em razão do edifício no subsolo, mas entende também que outros equipamentos e espécies trepadeiras poderiam gerar espaços de estar, como pergolados, por exmplo.

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

Árvores

Edifícios

Vias

Área de intervenção

Quadras do entorno

Avenida Paranaíba

Avenida Anhanguera

Avenida

Goiás

Alameda dos Buritis

Área Micro

Avenida Tocantins

0 75m N
Legenda
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6.6. Vias e uxos

A região estudada está cercada de importantes avenidas para a cidade de Goiânia, uma vez que se trata das primeiras avenidas que surgiram na cidade, inclusas no planejamento de Atílio Correa Lima: Avenidas Goiás, Tocantins, Araguaia e Anhanguera. Essas são avenidas de uxo intenso, classi cadas como arteriais; nessa classi cação, também estão a rua 3 e a rua 4, também muito importantes para o comércio e serviço locais.

A estrutura dessas avenidas, largas e com grandes dimensões longitudinais, caracterizam o tipo de percurso apropriado para o uxo de automóveis, o que reduz o espaço de locomoção livre e segura para o pedestre, que se vê refém de um sistema viário que não o favorece. Há uma variação na largura das calçadas; onde estão grandes avenidas, há calçadas mais largas, com cerca de 5m de largura, e onde estão ruas com a caixa mais estreita, notam-se calçadas um pouco menores.

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

Área de intervenção

Área do entorno

Área Micro

Avenida Anhanguera Avenida Paranaíba Avenid a Goiá s Avenida Tocantins
Buritis Rua 3 Rua 4 0 75m N
Coletora
Alameda dos
Arterial
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7. Intervenção

7.1. Interpretação teórica

Ao associar as análises da área com o referencial teórico, como base para o desenvolvimento da proposta, chegamos a uma conclusão que relaciona os estudos de Kevin Lynch em A imagem da Cidade (1960) com as características do local. Assim, apontamos no mapa os conceitos trazidos pelo pesquisador: vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos.

7.2. Quadro Síntese

Após todas as analisas feitas, concluimos e sintetizamos nosso estudo apresentando os desa os e principais potencialidades para a área.

Desa

- Jóquei Clube de Goiânia como espaço inutilizado; com grandes vazios na quadra.

- Espaços privados mal aproveitados, como estacionamentos abandonados e comércios pouco movimentados.

- Espaço com possibilidades de intervenção limitadas, em razão do Vila Cultural Cora Coralina, localizada no subsolo;

- Grande praça pouquíssimo utilizada, pelo mal uso dos equipamentos urbanos (bancos, árvores, postes de iluminação, etc), gerando pouco ou quase nenhum conforto térmico.

- Espaços inseridos na quadra com pouca utilização efetiva;

- Existência de equipamentos urbanos de uso limitado, como estacionamentos privados;

- Jóquei Clube de Goiânia como grande potencial para resgate cultural e histórico da cidade, sendo um símbolo da arquitetura nacional;

- Diversidade de usos e grande disponibilidade de espaços para reaproveitamento e revitalização.

- Edifícios de grande valor histórico e cultural para o contexto da proposta, podendo ser o destaque do percurso a ser apresentado;

- Possibilidade de ampliar e aprimorar a imagem da quadra como abrigo de um monumento arquitetônico, representado pelo Teatro, devido à sua posição estratégica em um nó na malha do centro.

- Existência de galerias internas com variadas possibilidades de usos, uma vez que interliga vários pontos da quadra, como o Beco da Codorna, e gera diversas entradas e pontos de acesso para esses espaços.

-

- Pouca visibilidade dos espaços no interior da quadra, o que pode gerar a sensação de desconforto ou mesmo favorecer a violência, se for aplicado um uso adequado. Essa camu agem dos espaços também podem não ser vistos pelo público ou não reconhecidos na proposta, se não ganharem o destaque necessário.

- Pouca visibilidade dos espaços no interior da quadra, o que pode gerar a sensação de desconforto ou mesmo favorecer a violência, se for aplicado um uso adequado. Essa camu agem dos espaços também podem não ser vistos pelo público ou não reconhecidos na proposta, se não ganharem o destaque necessário.

- Local de passagem restrito a pedestres através desse trecho da rua 8, com várias possibilidades de usos e diversidade de atividades que podem ser aplicadas, como feiras diurnas e noturnas, eventos culturais, etc. O mesmo se aplica ao espaço dos becos, mais frequentados pelos públicos jovem e infantil.

- Local de passagem restrito a pedestres através desse trecho da rua 8, com várias possibilidades de usos e diversidade de atividades que podem ser aplicadas, como feiras diurnas e noturnas, eventos culturais, etc. O mesmo se aplica ao espaço dos becos, mais frequentados pelos públicos jovem e infantil.

Local de Intervenção
os Potencialidades
Quadra
Quadra 68 Quadra 67 Quadra 21 Quadra 20
07
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Fonte: Autoras, 2022.

Legenda

Vias

Quadra de estudo

Edifício

Marco

Percurso

Avenida Anhanguera Avenid a Goiá s Avenida Tocantins
dos Buritis
0 75m N Praça Cívica
Avenida Paranaíba
Alameda
Marcos
Nó Vias
Percurso
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8. Proposta Percurso Histórico- Cultural

Calçadas: mais largas, acessíveis, com mais lixeiras e mais placas informativas.

Vila Cora Coralina: aumentar vegetação, reorganizar bancos, adicionar espelho d'água, reformar fachada do Teatro.

Acessos: repensar os acessos distribuídos pelas quadras com galerias, reformar estacionamentos, revitalizar o Beco da Codorna.

Avenida Anhanguera: revitalização de fachadas com estilo Art Decó

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Fonte: Autoras, 2022. Fonte: Autoras, 2022.

Avenida Anhanguera

Quadras de estudo

Vias

Edifícios

Quadras do entorno

Na Avenida Anhanguera, a ideia é revitalizar as fachadas que se encontram neste trecho, ao longo das quadras onde a proposta seria aplicada. As quadras dos dois lados da avenida seriam reorganizadas, de modo a criar a ideia desse resgate cultural e deixar claro o percurso que está sendo criado.

Avenida Anhanguera

Alameda dos Buritis

Para a quadra do jóquei, a proposta seria utilizar alguns espaços vazios, como o estacionamento abandonado ao lado do teatro, como um local próprio para estacionamento de veículos, com o intuito de realocar o excesso de carros nos becos e espaços que receberiam outras atividades.

A proposta para a quadra do Teatro Goiânia seria a revitalização da praça, com implantação de equipamentos urbanos que gerem sombreamento e criem uma paisagem mais verde, com atenção para o edifício de se localiza no subsolo, a Vila Cultural Cora Coralina. O objetivo é trazer vida à praça, aumentar o uxo de pessoas e criar um espaço de convivência e bem-estar efetivo.

A rua 8 e os becos das quadras 20 e 07 receberiam atividades diurnas e noturnas, de modo tornar esses espaços públicos (para pedestres) mais frequentados e melhor vistos pela cidade, como um local de comércio, lazer e bem estar.

O Beco da Codorna receberia mais atividades diurnas e noturnas, que trouxessem o público para visitar bares, restaurantes, exposições, etc. Para isso, haveria uma intervenção mais profunda na quadra em si, com a reapropriação de galerias existentes, e dos muitos espaços para estacionamento, que hoje existem naquele local.

Avenid a Goiá s Avenida Tocantins
0 75m N Introdução ao Urbanismo . Centro e Cultura 26
Legenda

Referências Bibliográ cas

DAHER, T. O PROJETO ORIGINAL DE GOI NIA. Revista UFG, Goiânia, v. 11, n. 6, 2017. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48233. Acesso em: 5 ago. 2022.

Goiânia - Teatro Goiânia. Ipatrimônio, 2022. Disponível em <ipatrimonio.org/goiania-teatro-goiania>. Acesso em 01 de agosto de 2022.

História de Goiânia. Prefeitura de Goiânia, 2022. Disponível em: <https://www.goiania.go.gov.br/sobre-goiania/historia-de-goiania/>. Acesso em 20 de agosto de 2022.

História - Goiânia. Iphan, 2022. Disponível em <portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1488>. Acesso em 01 de agosto de 2022.

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3a Edição. São

Paulo: Martins Fontes, 2011.

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Universidade Federal de Goiás

Introdução ao Urbanismo

Goiânia, agosto de 2022

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Profa. Dra. Erika Kneib

Fonte: Autoras, 2022.

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