Monografia Arquitetura e Urbanismo - Museu da Música

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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO

LARA MENEZES DE MIRANDA

MUSEU DA MÚSICA

SÃO PAULO 2012


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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO

LARA MENEZES DE MIRANDA

MUSEU DA MÚSICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora da Universidade Bandeirante de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do professor Mestre Marco Peixe D’Elia

SÃO PAULO 2012


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LARA MENEZES DE MIRANDA

MUSEU DA MÚSICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora da Universidade Bandeirante de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do professor Mestre Marco Peixe D’Elia

Aprovada em

de

de

. BANCA EXAMINADORA

______________________________________

______________________________________

Nome:__________________________________

Nome:__________________________________

Instituição:_______________________________

Instituição:_______________________________

_____________________________________ Nome:__________________________________ Instituição:_______________________________

SÃO PAULO 2012


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Dedico este trabalho Ă minha mĂŁe, a pessoa que me apoiou, sempre incentivou nos estudos e de quem puxei o dom para as artes.


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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pois sem ele nada é possível. À minha família, amigos e pessoas que sempre me deram apoio, que quiseram o melhor para mim e que me acompanharam nessa trajetória. Aos amigos de curso, que lutaram dia a dia para vencer mais essa batalha e souberam como é árduo, mas compensador ser um arquiteto e urbanista. Aos professores por transmitirem seus conhecimentos e experiências ao longo desses cinco anos e aos lugares que estagiei. E à própria arquitetura por sua beleza e encantamento.


6

“Arquitetura é música petrificada”. Goethe


7

RESUMO

A Barra Funda é um bairro que se desenvolveu em meio às indústrias e à linha férrea. Dado esse fator, é uma área que possui poucos habitantes, áreas verdes e de lazer. Além disso, o trânsito, alagamento e o difícil acesso ao bairro prejudicam ainda mais a região. Para requalificar a Barra Funda, foram apresentados diagnósticos e diretrizes para que trouxessem novos usos para a região, entre eles empreendimentos culturais, além de novas transposições e áreas verdes para a área. Um dos empreendimentos culturais proposto foi o Museu da Música aberto para todos os tipos de público, em que reunisse museu, salas de concertos e oficinas de música. Uma praça e uma passarela transpondo a linha férrea complementam o projeto, trazendo mais visitantes para a área.

Palavras-chave: Barra Funda; Museu; Música; Cultura.


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ABSTRACT

The Barra Funda is a neighborhood that has developed among the industries and the railway line. Given this factor, is an area that has few inhabitants, green areas and leisure. Furthermore, the traffic, flooding and difficult access to the neighborhood region even damage. To upgrade the Barra Funda, were submitted guidelines for diagnosis and to bring new uses for the region, including cultural enterprises, and new transpositions and green areas for the area. One of the proposed cultural projects was the Music Museum open for all types of public, that would comprise the museum, concert halls and music workshops. A square and a bridge spanning the railroad tracks complement the project, bringing more visitors to the area.

Keywords: Barra Funda, Museum, Music, Culture.


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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................................12 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA..............................................................................................................................................13 2.1 MUSEUS...........................................................................................................................................................................13 2.1.1 Definição de Museus......................................................................................................................................................13 2.1.2 Histórico..........................................................................................................................................................................13 2.1.3 Os museus no Brasil.......................................................................................................................................................14 2.2 MÚSICA.............................................................................................................................................................................16 2.2.1 História da Música..........................................................................................................................................................16 2.2.2 Música no Brasil.............................................................................................................................................................17 3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS........................................................................................................................................19 4 INSERÇÃO URBANA...........................................................................................................................................................22 4.1 HISTÓRICO DO BAIRRO – BARRA FUNDA....................................................................................................................22 4.2 DEMOGRAFIA...................................................................................................................................................................26 4.2.1 Dados Sociais.................................................................................................................................................................26 4.2.2 Opiniões da população....................................................................................................................................................30 4.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO..........................................................................................................................................32 4.4 SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE..................................................................................................................................37 4.5 GABARITO DE ALTURA....................................................................................................................................................38 4.6 ESTADO E CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS.................................................................................................................41 4.7 EDIFÍCIOS SIGNIFICATIVOS E BENS TOMBADOS........................................................................................................43 4.8 HIDROGRAFIA E HIPSOMETRIA.....................................................................................................................................48 4.8.1 Rio Tietê..........................................................................................................................................................................48


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4.8.2 Córregos.........................................................................................................................................................................49 4.9 ZONEAMENTO.................................................................................................................................................................52 4.10 OPERAÇÃO URBANA ÁGUA BRANCA.........................................................................................................................52 4.10.1 Definição e caracterização da área..............................................................................................................................53 4.10.2 Perímetro de intervenção.............................................................................................................................................54 4.10.3 Mecanismos da operação urbana................................................................................................................................54 4.10.4 Lei nº 11.774/94...........................................................................................................................................................54 4.10.5 Medidas imediatas.......................................................................................................................................................55 4.10.6 Concurso Bairro Novo..................................................................................................................................................55 4.10.7 Objetivo do concurso....................................................................................................................................................56 5 DIAGNÓSTICO URBANO DA ÁREA...................................................................................................................................58 6 DIRETRIZES DA ÁREA.......................................................................................................................................................63 7 VISITAS TÉCNICAS............................................................................................................................................................65 7.1 AUDITÓRIO IBIRAPUERA...............................................................................................................................................66 7.1.1 Dados da obra...............................................................................................................................................................66 7.1.2 Descrição Geral.............................................................................................................................................................66 7.2 SESC POMPÉIA..............................................................................................................................................................74 7.2.1 Dados da obra...............................................................................................................................................................74 7.2.2 Descrição Geral.............................................................................................................................................................74 7.3 SALA SÃO PAULO DE CONCERTOS.............................................................................................................................80 7.3.1 Dados da obra...............................................................................................................................................................80 7.3.2 Descrição Geral.............................................................................................................................................................80 8 ESTUDOS DE CASO..........................................................................................................................................................91


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8.1 CASA DA MÚSICA.............................................................................................................................................................91 8.1.1 Ficha Técnica..................................................................................................................................................................91 8.1.2 Análise textual.................................................................................................................................................................91 8.2 CIDADE DA MÚSICA – Atual CIDADE DAS ARTES........................................................................................................99 8.2.1 Ficha Técnica..................................................................................................................................................................99 8.2.2 Análise textual.................................................................................................................................................................99 8.3 WALT DISNEY CONCERT HALL....................................................................................................................................104 8.3.1 Ficha Técnica................................................................................................................................................................104 8.3.2 Análise textual...............................................................................................................................................................114 9 PROJETO ARQUITETÔNICO............................................................................................................................................110 9.1 Programa de necessidades..............................................................................................................................................110 9.2 Partido Arquitetônico e Implantação.................................................................................................................................114 9.3 Projeto: Museu da Música................................................................................................................................................120 9.4 Demanda de pessoas......................................................................................................................................................123 10 CONCLUSÃO...................................................................................................................................................................152 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................................................153 LISTA DE IMAGENS..............................................................................................................................................................156 LISTA DE TABELAS...............................................................................................................................................................165 LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................................................................................166


12

Com diagnósticos e diretrizes foram determinados

1 INTRODUÇÃO

um novo uso para a área, para que atraísse o público e Ao longo do século XX o município de São Paulo se

obtivesse uma requalificação urbana. O Museu da Música

expandiu,

a

passaria a atender uma nova demanda de pessoas,

tornou-se

levando cultura e área verde para as pessoas e para a

novos

industrialização

e

habitantes o

uso

vieram,

do

automóvel

houve

bairros

região. A música por ser uma forma de arte que alcança o

passaram a ter novos usos e se modernizaram, passaram

público em geral, atinge crianças, jovens, adultos, idosos,

a atender a necessidade da população e a melhorar a

pessoas de classe média baixa ou alta, de qualquer cultura

região. Mas outros bairros pararam no tempo e mantiveram

e lugar do mundo.

significante.

Passado

algum

tempo,

muitos

o mesmo uso do solo ao longo do tempo, já não atendendo mais às necessidades atuais. É o caso da Barra Funda, um bairro industrial, com um parcelamento do solo sem regras, vias mal projetadas e o Rio Tietê e a linha férrea limitando a área. Com a Operação Água Branca novos usos vem surgindo na área, como edifícios residenciais e comerciais, devido à especulação imobiliária, mas só esses projetos não são necessários para a revitalização do bairro. A escassez de espaço público, áreas verdes e edifícios institucionais voltados para lazer e cultura, fazem com que a área seja ainda mais prejudicada e abandonada.


13 de expansão da memória, com o qual contribuem as enciclopédias, os

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA

dicionários, as bibliotecas e os arquivos. Desde a Idade Média, a aristocracia e a Igreja são as grandes responsáveis pela organização

2.1 MUSEUS

de coleções, que estão na origem dos museus. A partir da segunda metade do século XIV, formam-se novos grupos sociais definidos em

2.1.1 Definição de Museus

função do monopólio de conhecimentos e capacidades específicos: os

da

humanistas, os antiquários, os artistas e os cientistas. Com eles,

sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público,

surgem novos locais em que se formam coleções: as bibliotecas e

É

uma

instituição

permanente

a

serviço

para conservar, documentar, interpretar e expor acervos. O

gabinetes. Da expansão das viagens ultramarinas a partir do século XV, por sua vez, resultam objetos variados - tecidos, porcelanas,

museu oferece a percepção crítica da realidade, a

pedras, conchas etc. - que se acumulam nos "gabinetes de

produção de conhecimentos e oportunidades de lazer,

curiosidades"

podendo

Se até o século XVIII, a maior parte da população não tem acesso às

ser

um

patrimônio

cultural

como

recurso

de

príncipes

e

sábios.

coleções particulares - com exceção dos acervos da Igreja -, a partir de

educacional, turístico e de inclusão social.

então se verifica a criação de fundos públicos; primeiro as bibliotecas, em seguida os museus. Ao contrário das coleções particulares, os

2.1.2 Histórico

museus têm caráter público e permanente. Sua criação, de modo geral,

Segundo a Enciclopédia Einaudi. Porto: Imprensa

coincide com doações e compra de coleções particulares pelo Estado,

457p:

ou se relaciona de perto com a nacionalização das antigas

Os museus devem os seus nomes aos antigos templos das musas,

propriedades reais, nobiliárias ou eclesiásticas. Vale lembrar que as

que os gregos em sua mitologia consideravam "filhas da memória". A

fundações sem fins lucrativos estão na origem dos grandes museus

criação dessas instituições foi voltada para a conservação de acervos

americanos. Ao contrário do que se passa com as coleções privadas,

históricos, culturais, científicos e artísticos, e para a organização de

nos museus, as autoridades públicas ou a coletividade assumem as

exposições públicas - como parte de um processo histórico de

despesas com a organização e conservação de acervos, bem como os

expansão da memória escrita e iconográfica. Os museus são

custos com exposições e mostras. O uso de um espaço designado

Nacional

-

Casa

da

Moeda,

1984.

formados, diz o historiador Jacques Le Goff, no bojo de um movimento


14 como galeria para conservar obras de arte se difunde em fins do século XVI, conhecendo amplo desenvolvimento nos séculos posteriores. É frequente designar o período compreendido entre fins do século XIX e meados da década de 1920 como a "era dos museus". Diversos

2.1.3 Os museus no Brasil Segundo a publicação Museus em número – Vol. 1 Ministério da Cultura – Instituto Brasileiro de Museus,

museus são criados na Europa nessa época. A marca distintiva da

Brasília 2011:

museologia do século XIX é a especialização dos museus e,

O primeiro museu implantado no Brasil data do século XVII, quando

fundamentalmente, a separação entre "beleza" e "instrução", que

durante a ocupação holandesa em Pernambuco foi criada uma

resulta na criação de museus que lidam com artefatos científicos - os

instituição que englobava jardim botânico, jardim zoológico e

museus de história natural - e os que lidam com objetos estéticos, os

observatório astronômico dentro das instalações do parque do Palácio

museus de arte. Nota-se também a emergência de museus de artes

de Friburgo, ou Vrijburg. Em 1784 foi aberta a Casa de Xavier dos

decorativas e aplicadas e a forte inclinação didática dessas instituições,

Pássaros no Rio de Janeiro, que preparava exemplares da flora e da

pensadas em estreita relação com as escolas de arte. No correr do

fauna brasileiras e artefatos indígenas para serem enviados para

século XX, os museus conhecem novas especializações. São criados,

Portugal, permanecendo em funcionamento até o início do século XIX.

por exemplo, museus especificamente dedicados à arte do século XIX,

Com a chegada da Família Real portuguesa, em 1808, a Casa dos

outros dirigidos à arte moderna e à arte contemporânea. Além disso,

Pássaros foi demolida para a construção do prédio do Erário. Seu

museus organizados em torno de um artista se sucedem: o Museu

acervo serviu de base para a criação do Museu Real, no ano de 1818,

Picasso de Barcelona (1963) e o Museu Van Gogh em Amsterdã

por meio de decreto do então príncipe regente de Portugal, D. João. O

(1973), entre muitos outros.

Museu Real, hoje Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, é a instituição museológica mais antiga do Brasil ainda aberta ao público e também a que concentra o maior número de bens culturais no acervo. Em 1826, quatro anos depois da Proclamação da Independência, inaugurou-se o primeiro salão da Academia Imperial de Belas Artes, que pode ser considerado um dos antecedentes do atual Museu Nacional de Belas Artes. A partir da segunda metade do século XIX, seguindo a ideia da criação de museus como parte do processo de modernização da nação que


15 surgia, são inaugurados o Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838), o Museu do Exército (1864), a Sociedade Filomática (1866) - que daria origem ao Museu Paraense Emílio Goeldi - o Museu Paranaense (1876) e o Museu Paulista (1895).

Figura 1 - Dispersão Geográfica dos Museus Brasileiros Fonte: Museus em número – Vol. 1 Ministério da Cultura – Instituto Brasileiro de Museus, Brasília 2011

Tabela 1 – Quantidade de Museus Mapeados e cadastrados segundo unidades da Federação e grandes regiões Fonte: Museus em número – Vol. 1 - Ministério da Cultura – Instituto Brasileiro de Museus, Brasília 2011


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2.2 MÚSICA A música estava presente na vida dos povos da Antiguidade, como os Egípcios e Gregos. Ela desenvolveu‐se ao longo da história humana

2.2.1 História da Música

assumindo diversas funções. Não só como arte, a música tem função

Segundo o site www.portaldoprofessor.mec.gov.br, acessado

educacional,

em abril de 2012:

funcionar como simples entretenimento nas sociedades capitalistas

A música (do grego µουσική τέχνη ‐ musiké téchne, a arte das musas)

pós‐modernas. Tem presença central em diversas atividades coletivas,

constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio

como os rituais religiosos, festas e funerais.

organizada ao longo do tempo. É essencialmente uma prática cultural e

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré‐

humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou

história. Provavelmente a observação dos sons da natureza despertou

agrupamento que não possua manifestações musicais próprias.

no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de

Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser

uma atividade que se baseasse na organização de sons.

considerada uma forma de arte.

Por volta do século V, a igreja católica começava a dominar a Europa,

terapêutica

(musicoterapia),

sociocultural

ou

pode

investindo nas “Cruzadas Santas” e outras providências, que mais tarde veio denominar de “Idade das Trevas” (primeiro período da Idade Média) esse seu período de poder. A Igreja, durante a Idade Média, ditou as regras culturais, sociais e políticas de toda a Europa, com isto interferindo na produção musical daquele momento. A música renascentista data do século XIV, período em que os artistas pretendiam compor uma música mais universal, buscando se distanciarem das práticas da igreja. Havia um encantamento pela sonoridade polifônica, pela possibilidade de variação melódica. A polifonia valorizava a técnica que era desenvolvida e aperfeiçoada, Figura 2 - Pintura num vaso grego antigo que representa uma lição de música (510 a.C.) Fonte: http://paulo-nosevos.blogspot.com.br/ Acessado em abril/2012

característica do Renascimento. Após a música renascentista, no século XVII, surgiu a “Música Barroca” e teve seu esplendor por todo o século XVIII. Era uma música de


17 conteúdo dramático e muito elaborado. Neste período estava surgindo

pensamentos e sentimentos mais profundos. É neste período que a

a ópera musical. Na Itália, o compositor “Antonio Vivaldi” chega ao

emoção humana é demonstrada de forma extrema. O Romantismo

auge com suas obras barrocas, e na Inglaterra, “Haëndel” compõe

inicia pela figura de Beethoven e passa por compositores como

vários gêneros de música, se dedicando ainda aos “oratórios” com

Chopin, Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre

brilhantismo. Na Alemanha, “Johann Sebastian Bach” torna-se o maior

outros. O romantismo rendeu frutos na música, como o “Nacionalismo”

representante da música barroca.

musical, estilo pelo qual os compositores buscavam expressar de

A “Música Clássica” é o estilo posterior ao Barroco. O termo “clássico”

diversas maneiras os sentimentos de seu povo, estudando a cultura

deriva do latim “classicus”, que significa cidadão da mais alta classe.

popular de seu país e aproveitando música folclórica em suas

Este período da música é marcado pelas composições de Haydn,

composições. A valsa do estilo vienense de Johann Strauss é um típico

Mozart e Beethoven (em suas composições iniciais). Neste momento

exemplo da música nacionalista.

surgem diversas novidades, como a orquestra que toma forma e

O século XX é marcado por uma série de novas tendências e

começa a ser valorizada. As composições para instrumentos, pela

técnicas musicais, no entanto torna-se imprudente rotular criações que

primeira vez na história da música, passam a ser mais importantes que

ainda encontra-se em curso. Porém algumas tendências e técnicas

as compostas para canto, surgindo a “música para piano”. A “Sonata”,

importantes já se estabeleceram no decorrer do século XX. São elas:

que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos movimentos

Impressionismo, Nacionalismo do século XX, Influências jazzísticas,

para um ou dois instrumentos. A “Sinfonia” significa soar em conjunto,

Politonalidade, Atonalidade, Expressionismo, Pontilhismo, Serialismo,

uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida

Neoclassicismo, Microtonalidade, Música concreta, Música eletrônica,

em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a

Serialismo total, e Música Aleatória. Isto sem contar na especificidade

sinfonia clássica foram Haydn e Mozart. O “Concerto” é outra forma de

de cada cultura. Há também os músicos que criaram um estilo

composição surgida no período clássico, ele apresenta uma espécie de

característico e pessoal, não se inserindo em classificações ou rótulos,

luta entre o solo instrumental e a orquestra. No período Clássico da

restando-lhes apenas o adicional “tradicionalista”.

música, os maiores compositores de Óperas foram Gluck e Mozart. Enquanto os compositores clássicos buscavam um equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os compositores do “Romantismo” pretendem maior liberdade da estrutura da forma e de concepção musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, revelando os

2.2.2 Música no Brasil De acordo com o site www.suapesquisa.com/mpb, acessado em abril de 2012:


18 A MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura

Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras para o exterior,

de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturaram-se no Brasil,

fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.

as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras militares,

A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960,

músicas

Também

influenciando na música. Nesta época, a TV Record organizou o

contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos

Festival de Música Popular Brasileira, onde foram lançados diversos

cantos e sons tribais.

cantores como Elis Regina, Chico Buarque e Caetano Veloso. Neste

Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se

mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem

desenvolvendo e aumentando demograficamente, dois ritmos musicais

Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos

que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu, de

e a cantora Wanderléa.

origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica

Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos

dançante. Já a modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e

quatro cantos do país. O mesmo acontece com DJavan, Alceu

falava de amor numa batida calma e erudita.

Valença, Gal Costa, Maria Bethânia, e Elba Ramalho. No cenário funk

Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir

aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor.

da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão europeia.

Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos

Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria o

musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas

samba. Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se

do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início

misturar os batuques e rodas de capoeira com os pagodes e as batidas

dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional. Com uma

em homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a

temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e

participação, principalmente de mulatos e negros ex-escravos.

amorosos, surgem várias bandas musicais. São deste período o grupo

Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e

Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho e Raul

1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Na década de

Seixas.

religiosas

e

músicas

eruditas

europeias.

1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto. Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João


19

3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

Além de atuar na área cultural, a música está presente também como terapia desde o início do século

A criação do projeto do Museu da Música surgiu de dois princípios: projetar algo que não houvesse em São Paulo e que agradasse e alcançasse a todos, independente de idade, sexo, classe social, cor e nacionalidade. O âmbito cultural é necessário na vida de qualquer pessoa, ele amplia ideias e horizontes, traz novos modos de pensar e agir e multiplica conhecimentos. Nos leva ao passado e nos faz pensar sobre o futuro, a criação de novos conceitos e sua difusão. A arte, as crenças, os costumes, tudo que foi vivenciado pelo homem como membro da sociedade, a cultura nos traz. O museu agrega diversas informações, faz o visitante presenciar aquilo que aconteceu e transmite conhecimento, além de que o livro oferece. Vivenciar a partir de textos, imagens, áudio e tato é o que o museu proporciona. Ele ajuda no desenvolvimento de uma sociedade, difundindo e expondo materiais que já pertenceram e/ou ainda pertencem a uma nação.

XX, conhecida como “musicoterapia”, que utiliza a música para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental. A música ajuda porque é um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, e ainda tem a música em sua vida. A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal. Para atrair o público, o museu tem que ter uma arquitetura qualificada, que proporciona conforto, fácil circulação e acesso e principalmente exposições que sejam significativas e chamativas. Para isso, os shows e oficinas de música complementariam o museu, trazendo mais pessoas para visitação. Interação com os visitantes é


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necessária, não basta expor um elemento, tem que fazer

O brasileiro vai pouco aos museus, não chega a 10% da população. A

com que a pessoa queira conhecê-lo, ouvir o seu som,

gente tem a sexta maior rede de museus do mundo, mas em visitação

saber sua história e que ele possa “tocar” o instrumento,

perde para Portugal, que tem 10 milhões de pessoas. Tem que ter uma questão tematizada dos museus e uma renovação. Às vezes a pessoa

não apenas encostar, mas produzir música e brincar com

vai uma vez e não volta mais pela falta de atratividade desses espaços.

as notas musicais.

Museus não são só espaços de exposição, podem ser espaços de várias coisas, de ter uma vida mais integrada à sociedade.”

O museu da música seria de propriedade pública, classificado documentos

como

um

sonoros,

museu

de

videográficos,

imagem

e

som:

filmográficos

e

fotográficos, além dos textos e instrumentos musicais.

Gráfico 1 - Porcentagem de museus segundo atividades culturais promovidas Fonte: Museus em número – Vol. 1 - Ministério da Cultura – Instituto Brasileiro de Museus, Brasília 2011

Tem que mudar o conceito “museu é lugar de coisas velhas”,

é

necessário

fazer

com

que

as

pessoas

enxerguem que ali, abriga não só artigos antigos, mas que oferece conhecimento e diversão. De acordo com a publicação “Esforço dos museus para atrair visitantes” de 16 de julho de 2010, Nahima Maciel diz:

Gráfico 2 - Porcentagem de museus por tipologia de acervo Fonte: Museus em número – Vol. 1 - Ministério da Cultura – Instituto Brasileiro de Museus, Brasília 2011


21

As exposições do museu seriam divididas em a

bancos, mesas, espelhos d’água, parque lúdico (com

história da música, estilos musicais e instrumentos

diversos instrumentos em escala maior para difundir a

musicais de cada um. Além disso, haveria também as salas

música entre crianças e pessoas que se interessem,

de concertos para apresentações dos estudantes de

fazendo com que se divirtam e aprendam ao mesmo

música, como para músicos e bandas convidadas de

tempo) e um anfiteatro para apresentação ao ar livre,

diversos tipos musicais, afinal música é diversidade e as

podendo ser usada por qualquer pessoa. Um lugar para

oficinas de música, que ofereceriam cursos de canto,

contribuir com o bem estar do cidadão.

instrumentos musicais e luthieria. As exposições não seriam expostas somente dentro do edifício, como na praça na parte externa e na passarela, que transpõe a linha férrea, fazendo com que as pessoas tenham vontade e curiosidade em passar por ali e não sejam apenas “obrigadas”. Três salas de apresentação de acordo com o gênero e quantidade diferente de público serão criadas, uma das salas seria livre de poltronas, pois há tipo de música em que as pessoas não queiram somente apreciar o som, como também dançar, no caso do samba e da música eletrônica, por exemplo. Outro elemento abordado no projeto seria a praça criada para o público e pessoas em geral que passam, trabalham e residem por ali. Um ambiente com árvores,


22

4 INSERÇÃO URBANA 4.1 HISTÓRICO DO BAIRRO – BARRA FUNDA Segundo o site www.almanaque.folha.uol.com.br, acessado em Abril/2012: No crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século 19 propiciou a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões. O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo

Figura 3 - Barra Funda antiga Fonte: http://www.ibamendes.com Acessado em março/2012

sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó. Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas. A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade. Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada integrando o primeiro trecho da linha. A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20 quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, onde hoje se encontra o viaduto Pacaembu, atendeu desde o início à crescente população do bairro atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.

Figura 4 - Linha férrea da estação Barra Funda Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br Acessado em março/2012


23 No início do século 20, as características do bairro começam a mudar. Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da

O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o

chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à

primeiro bonde elétrico de São Paulo que ligava a Barra Funda ao

ferrovia, estabeleceram nas suas casas serrarias e oficinas mecânicas

largo São Bento. Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra

que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos. Porém, o

Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto

que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil, que

final,

até hoje a maior parte das casas do bairro possuem uma arquitetura

desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade

simples

dos

com

algumas características

em

comum: construções

aglutinaram

bairros

atividades

Higienópolis

e

comerciais

Campos

e

de

Elíseos,

serviços.

atraiu

O

alguns

geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos,

representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região

uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida

passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro

como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri

lado do bairro, a Barra Funda de baixo. A divisão do bairro data da

(mestre de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra

construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre

no início da construção.

a linha de trem e a marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo foram ligadas por duas porteiras, uma na Rua Anhanguera e outra na Rua Assis. A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo. Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século 20 assistiram a uma ocupação industrial impressionante. Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 20: as Indústrias Reunidas Matarazzo. Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades

Figura 5 – Casarão na Barra Funda Fonte: http://www.pedromartinelli.com.br Acessado em abril/2012

industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era


24 produzido.

teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos. Reorganizado perseguida

como

pela

Camisa

polícia

Verde

política

por

de

Inocêncio

Vargas

Tobias,

confundido

foi

como

simpatizante do Partido Integralista até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração

do

IV

Centenário

de

São

Paulo.

Os anos 70 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um Figura 6 - Homens nas indústrias da Barra Funda Fonte: http://www.ibamendes.com Acessado em abril/2012

processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes. A partir de 1989 as coisas começariam a mudar. Foi inaugurado o

Mas o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela crise

Terminal Intermodal Barra Funda que reúne todas as modalidades do

de 29. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram

transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas

abandonados e com o tempo se transformaram em cortiços. Indústrias

Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM,

fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as

transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais). No mesmo

oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou

ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América

têxteis de pequeno porte.

Latina projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram

No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.

nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos

A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da

comerciais, prédios de negócios se instalaram, imóveis antigos foram

Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de

revitalizados. Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e em suas

tiririca (capoeira) e serestas. Conhecido assim pela venda de cachos

proximidades o Parque Industrial Tomas Edson e o Centro Empresarial

de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos. Lá que foi

Água

fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista,

No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América

o Grupo Carnavalesco Barra Funda. Formado por membros da

Latina, o bairro possui o Teatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque

população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo

de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o

Branca,

inaugurado

em

2001.


25 Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o SESC Pompéia.

Figura 7 - Shopping Bourbon Fonte: http://sweetlipstick.blogspot.com.br Acessado em abril/2012

Figura 9 - SESC Pompéia Fonte: http://portal.belezarevelada.com.br Acessado em abril/2012

Figura 8 - Palestra Itália Fonte: http://edugtm.blog.uol.com.br Acessado em abril/2012

Figura 10 - Casa das Caldeiras Fonte: http://www.mapadassensacoes.com.br Acessado em abril/2012


26

4.2 DEMOGRAFIA

Densidade Demográfica Ano População 1.980 17.894 1.991 15.977 2.000 12.965 2.010 14.383

4.2.1 Dados Sociais O bairro da Barra Funda é fisicamente bastante definido com relação à concentração de usos. Com base neste fato, torna-se perceptível que a população fixa encontra-se na parte que se convencionou chamar de Barra Funda Alta, ou seja, a região compreendida entre a

Tabela 2 - Densidade Demográfica Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE, março/2012

linha férrea e os bairros de Perdizes e Santa Cecília, que historicamente sempre teve este perfil. Já a chamada Barra Funda Baixa, região entre a via férrea e o Rio Tietê abriga a chamada população flutuante, formada em sua maioria por funcionários das indústrias remanescentes e dos edifícios

comerciais

e

de

serviços,

atividades

que

predominam na Região. Da população física, que segundo os dados do IBGE atinge a soma total de 14.383 pessoas em 2010, vemos

18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1.980

1.991

2.000

2.010

uma pequena diferença do sexo feminino para o masculino, sendo 7.972 mulheres. Já a faixa etária predominante é a de 15 a 29 anos.

Gráfico 1 - Densidade Demográfica Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE, março/2012


27

Faixa Etária População de 0 a 14 anos População de 15 a 29 anos População de 30 a 44 anos População de 45 a 59 anos População de 60 a 74 anos População de 75 e mais TOTAL

1.974 3.061 2.513 1.908 1.269 653 11.378

17% 27% 22% 17% 11% 6% 100%

Escolaridade do Responsável

Tabela 3 - Faixa Etária Fonte: Acervo pessoal com base de dados da Prefeitura de São Paulo em 2006, março/2012

Nenhuma

36

1%

Primário

353

10%

Fundamental

481

13%

Médio

841

23%

Superior

1.901

53%

TOTAL

3.612

100%

Tabela 4 - Escolaridade do Responsável Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0

2000 1500 1000 500 0

Gráfico 2- Faixa Etária Fonte: Acervo pessoal com base de dados da Prefeitura de São Paulo em 2006, março/2012

Gráfico 3 - Escolaridade do Responsável Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

Entre os anos 2000 e 2010, observamos um Grande

parte

da

população

possui

nível

de

escolaridade Superior, ficando a minoria não alfabetizada.

crescimento de 1.418 pessoas. Este crescimento tímido se


28

deve ao fato de que a vocação natural de grande parte do

Domicílios por Tipo

bairro (uso industrial) não sofreu grande alteração ao longo

Casa

543

15%

dos últimos anos, sendo que o único fator responsável pelo

Apartamento

3.035

84%

pouco

Cômodo

34

1%

TOTAL

3.612

100%

expressivo

aumento populacional

é

apenas

o adensamento comum a toda a cidade. Porém,

hoje já

começamos

a

observar uma

significativa “mudança vocacional” da área. Isso não

Tabela 5 - Domicílios por Tipo Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

significa dizer que as indústrias, comércio e serviços estejam abandonando a área para dar lugar a mais residências.

O

fato

novo

atende

pelo

nome

de verticalização. E este processo será responsável pelo aumento de cerca de 30 mil novos moradores para a

4000 3000 2000 1000 0

região, ou seja, um crescimento na ordem de 200%.

Gráfico 4 - Domicílios por Tipo Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

Já famílias menores residem na região da Barra Funda, sendo 1.068 domicílios com 2 moradores e em segundo lugar, 987 domicílios com apenas 1 morador.


29

Quantidade de Moradores por Domicílio 1 morador

987

27%

2 moradores

1.068

30%

3 moradores

693

19%

4 moradores

532

15%

5 moradores

231

6%

6 ou mais moradores

101

3%

TOTAL

3.612

100%

Tabela 6 - Quantidade de Moradores por Domicílios Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

1500 1000 500 0

Gráfico 5 - Quantidade de Moradores por Domicílio Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

Renda em Salário Mínimo do Responsável Sem rendimento 154 4% Até 1 66 2% Mais de 1 a3 298 8% Mais de 3 a 5 372 10% Mais de 5 a 10 971 27% Mais de 10 a 20 918 25% Mais de 20 833 23% TOTAL 3.612 100% Tabela 7 - Renda em Salário Mínimo do Responsável Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012

1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0

Gráfico 6 - Renda em Salário Mínimo do Responsável Fonte: Acervo pessoal com base no IBGE em 2000, março/2012


30

Este crescimento, de acordo com as características

Em

segundo

plano,

os

empreendimentos

previstas para os novos empreendimentos imobiliários, irá

comerciais, grandes empresas, o Shopping Bourbon e o

gerar um aumento substancioso da população da classe

West Plaza e os empreendimentos culturais, como o

média alta.

Memorial da América Latina e o SESC Pompéia, se encaixam em pontos positivos também. Sendo bem frequentados

4.2.2 Opiniões da população De acordo com as opiniões dos moradores, pessoas que trabalham ou frequentam a Barra Funda, foram colhidas informações e os pontos positivos e negativos do bairro. Com essas opiniões, poderemos ir mais afundo e

pela

população,

não

somente

pelos

moradores da área, como também do munícipio de São Paulo e munícipios vizinhos. A tabela abaixo mostra a relação das pessoas com os benefícios da área:

saber realmente o que prejudica e o que traz benefícios para essas pessoas, podendo formar diagnósticos e diretrizes mais adiante. Os principais pontos positivos é a localização que a Barra Funda se encontra, sendo uma região central, com o Rio Tietê e o Rio Pinheiros próximos, fazendo a linha Norte – Sul, Leste – Oeste, por ter importantes Rodovias próximas, como a Rodovia do Bandeirantes e a Rodovia Anhanguera,

o

Elevado

Presidente

Costa

e

Silva

(Minhocão) e pelo acesso à área, podendo ser feita de trem (Linha 7 e 8 da CPTM), metrô (Linha 3), ônibus municipais, intermunicipais e de outros estados e carro.

Gráfico 7 - Pontos Positivos Fonte: Acervo pessoal com base nas opiniões dos moradores, março/2012


31

Quanto aos pontos negativos, obtemos bastante

ônibus na Rua Robert Bosch, uma das maiores ruas da

reclamação tratando do trânsito e do alagamento que

área, afetam o dia-a-dia dos trabalhadores da Barra Funda.

acontece na região. Por se tratar de uma área com vários

Abaixo a tabela com os pontos negativos da Barra

acessos, muitos carros passam diariamente pela região,

Funda:

provocando os engarrafamentos em horário de pico. A área por ser próxima do Rio Tietê, ter ocupações irregulares próximas à margem do Rio e não possuir áreas verdes, não tem por onde a água escoar, causando as enchentes e os alagamentos na Barra Funda. A falta de segurança no bairro, moradores de rua habitando a região, principalmente embaixo dos viadutos e a aparência da região, cinza, sem áreas verdes e pouco empreendimento para lazer afetam os moradores e os frequentadores da área. Os que mais saem prejudicados são os pedestres, pois o acesso à área e a circulação é precária, com a linha férrea cortando o bairro e o Rio Tietê em um dos limites, há dificuldade para o pedestre andar pelo bairro, principalmente de norte a sul, tendo que atravessar de um lado para outro pelos viadutos Pompéia e Antártica. E por último, o cheiro de esgoto que fica no ar, quando está calor e a falta de circulação de mais linhas de

Gráfico 8 - Pontos Negativos Fonte: Acervo pessoal com base nas opiniões dos moradores, março/2012


32

em sua maioria nas áreas de rotatórias e acessos à

4.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Apesar de ser uma área consideravelmente extensa,

existem

algumas

similaridades

na

região.

Percebemos que o uso é predominantemente industrial,

Marginal, salvo a Praça Conde Francisco Matarazzo Júnior, localizada na Avenida Francisco Matarazzo com a Rua Padra Antônio Tomaz, ao lado do Estádio Palestra Itália.

comercial e de serviços, com alguns pontos para cultura e

Há ainda uma clara conturbação entre os lotes, onde

lazer e uma exímia área residencial localizada entre a

sua ocupação irregular não permite distinguir o início e o

Avenida Antártica e a Avenida Francisco Matarazzo, sendo

fim dos lotes, especialmente na faixa entre a via férrea e

considerada de uso misto.

Avenida Marquês de São Vicente, onde notamos a

Em sua maioria, as áreas de uso comerciais são

presença de alguns equipamentos como o Controlar e uma

compostas de edifícios administrativos (escritórios, call

área de leilão de carros variados, o qual ocupa uma

centers e etc.) e, em menor parte, por pequenos edifícios

extensa área que se desenvolveu “organicamente” a seus

comerciais (restaurantes, copiadoras e etc.). Entre a linha

lotes vizinhos.

férrea e a Avenida Francisco Matarazzo estabeleciam-se

Pelo exposto, temos assim um macro parcelamento

algumas indústrias, como por exemplo, as Indústrias

do solo com uma ocupação esparsa e desigual, conforme

Reunidas Matarazzo, atualmente esta área foi loteada e

exposto no mapa abaixo.

comporta novas construções como o Centro Empresarial Água Branca, a Casa das Caldeiras e a Casa dos Eletricistas. A região oferece poucas áreas para lazer, sendo estas de uso privado, como o Playball (quadras esportivas), o centro esportivo Palmeiras e algumas danceterias. As áreas verdes também são escassas na região, encontradas


33

Figura 11 - Casa do Eletricista Fonte: Acervo pessoal, marรงo/2012

Figura 12 - Torres Comerciais Fonte: Acervo pessoal, marรงo/2012


34

Figura 13 – Banco Itaú Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 14 – Fábrica Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 15 - Fábrica Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 16 - Leilão de carros Fonte: Acervo pessoal, março/2012


35

Figura 17 - Mapa de uso do solo e sistema viรกrio Fonte: Acervo pessoal, marรงo/2012


36

Figura 18 - Mapa de ocupação do solo Fonte: Acervo pessoal, março/2012


37

subutilizadas, ora por serem ruas sem saída, ora por não

4.4 SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE Existem duas análises necessárias para se chegar a uma conclusão única do perfil do bairro com relação ao seu

ligarem pontos de grande tráfego a outro ponto igual. Grande parte do volume de veículos que passam pela região não tem como destino final o Bairro. Trata-se de um

sistema viário. Na primeira delas, podemos analisar o sistema

trânsito basicamente formado por pessoas que utilizam o

através do traçado das vias, considerando principalmente

bairro como “passagem” para quem deseja cruzar os eixos

sua relação com os automóveis particulares e com os

Norte/Sul ou Leste/Oeste. Os dois viadutos são as duas

transportes coletivos vistos enquanto veículos apenas.

transposições disponíveis para o Rio Tietê (ligando a Zona

Assim

aspecto

Norte) e a via férrea (ligando a Região Leste-Oeste), e este

hidrografia, outra característica do bairro é a limitação

é um dos principais motivos para o alto tráfego destas vias.

imposta pelo Rio Tietê. Somando a este “obstáculo

Partindo para o tópico Transportes Coletivos, o bairro

natural”, temos também paralelo a ele a linha férrea que

possui um dos principais terminais intermodais (que

também

Ambos

englobam as principais modalidades de transporte público

necessitam ser transpostos para que se consiga entrar ou

da cidade: Metrô, Trem, Ônibus Urbano e Ônibus

sair da região na direção Norte-Sul. Dentro deste

Intermunicipal).

como

se

percebemos

transforma

em

também

um

no

obstáculo.

quadrilátero, temos a Avenida Marquês de São Vicente,

Além disso, todas as vias citadas recebem grande

que cruza o Bairro paralelamente ao Rio Tietê, e os

número de linhas de ônibus, que em sua maioria oferecem

Viadutos

são

a ligação entre bairros da Zona Norte e a Zona Oeste, e

responsáveis por grande volume de veículos, e se mostram

também da Região Central com a Zona Oeste. Já as linhas

insuficientes para a demanda da região. Porém, dentro

de Trem são responsáveis pela ligação do extremo da

deste limite periférico citado acima, temos ruas amplas e

Zona Oeste a municípios circunvizinhos de São Paulo,

largas (principalmente na área industrial), mas que ficam

enquanto o metrô faz a ligação da Zona Oeste com a Leste

Antártica

e

Pompéia.

Estes

ramais


38

(além de permitir interligação com as zonas Norte e Sul em

4.5 GABARITO DE ALTURA

determinados trechos). Assim como ocorre com os

De acordo com a Lei de Zoneamento, a região

veículos, o bairro hoje não é o destino final para a maior

estudada, se enquadra na ZM – 3ª – Zona Mista de Alta

parte dos passageiros.

Densidade. Sendo assim, as edificações não têm limitação

As cinco linhas férreas que passam pela Estação

de altura a não ser em alguns pontos que são limitados por

Barra Funda são: Linha 3 Vermelha – Metrô; Linha 7 Rubi –

serem rota de transporte aéreo e determinado pelo órgão

CPTM; Linha 8 Diamante – CPTM; Expresso Turístico –

responsável.

CPTM e Linha de Carga.

Após visita constatamos que essa predominância de edifícios relativamente baixos é o único elemento na região que não colabora para o ambiente inóspito em que ela se tornou. Pois torna possível termos uma visão melhor da região como um todo ou, pelo menos, com maior amplitude. Situação que não se repete em bairros com edificações mais altas. Mesmo existindo a possibilidade de se construir edifícios altos, na região, a predominância é de edifícios com até cinco pavimentos. Isso se dá pelo uso das edificações que é, em sua maioria, industrial.

Figura 19 - Terminal Intermodal da Barra Funda Fonte: http://www.mundodastribos.com Acessado em abril/2012


39

Figura 20 – Fábrica com 3 pavimentos Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 22 - Fábrica com 3 pavimentos Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 21 - Torres comerciais altas Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 23 – Estacionamento para caminhões Fonte: Acervo pessoal, março/2012


40

Figura 24 - Mapa de gabarito de altura Fonte: Acervo pessoal, marรงo/2012


41

4.6 ESTADO E CONSERVAÇÃO DOS EDIFÍCIOS Em visita a área, pudermos observar que as fábricas e galpões lá existentes se preocupam em deixar suas construções com uma boa aparência. A grande maioria se encontra em bom estado de conservação, mas também encontramos algumas construções em estado regular, estando aptas para uso, porém se encontram mal conservadas. Apenas na área entre a Marginal Tietê e a Av. Marquês de São Vicente encontramos edifícios com estado ruim, não estando aptos para uso por estarem abandonados e mal usados.

Figura 26 - Edifício bem conservado Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Edifício em estado regular de conservação:

Alguns edifícios em bom estado de conservação:

Figura 25 - Torres comerciais novas Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 27 - Edifício pichado Fonte: Acervo pessoal, março/2012


42

Figura 28 - Mapa do estado de conservação Fonte: Acervo pessoal, março/2012


43

4.7 EDIFÍCIOS SIGNIFICATIVOS E BENS TOMBADOS Na região existem apenas dois edifícios tombados, Casa das Caldeiras e SESC Pompéia, e alguns edifícios significativos, Palestra Itália, Shoppings West Plaza e Bourbon Pompéia, Academia Brasileira de Circo, Igreja Batista da Água Branca e o Controlar. A Casa das Caldeiras era uma fábrica da década de 20, que abrigava as caldeiras que vinham da Europa e produzia energia para todo o parque industrial do Conde Francisco Matarazzo que estava sendo erguido em uma área de 100 mil m². As linhas de trens próximas facilitavam o recebimento e o escoamento de produtos. O edifício junto a Casa do Eletricista foi tombado pelo CONDEPHAAT em 1986, como edificações das IRFM – Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, (Processo 24263/85 Tomb.: Res. 14 de 05/06/86 D.O. 06/06/86. COMPRESP – Resolução 06/2002). O Conjunto ficou abandonado desde a década de 70 até 1998, quando começou a restauração que durou até o ano seguinte. Hoje o local recebe eventos sociais, culturais e artísticos.

Figura 29 - Casa das Caldeiras Fonte: Acervo pessoal, março/2012


44

entre

outros

serviços.

De

acordo

com

os

dados

cadastrados como nível de tombamento o SESC deve preservar sem alterações os seguintes edifícios: a) Antigos galpões industriais (atualmente ocupados pela Biblioteca, Área de Convivência e Teatro, incluindo o Saguão de entrada e espera) Nível de Preservação 1 (NP1): preservação interna e externa, incluindo as intervenções arquitetônicas realizadas pelo escritório da Arquiteta Lina Bo Bardi, quando de seu restauro e revitalização. b) Demais galpões industriais Nível de Preservação 2 (NP2): preservação das características arquitetônicas externas e estruturas internas das coberturas de madeira. c) Outros edifícios Nível de Preservação 3 (NP3): preservação das características arquitetônicas externas, Figura 30 - SESC Pompéia Fonte: http://leilaescobar.wordpress.com/ Acessado em abril/2012

O outro edifício tombado é o SESC Pompéia, um centro cultural e de lazer com teatros, quadras poliesportivas, piscinas, restaurante, lanchonete, espaço para exposições,

incluindo fachadas, volumetria e cobertura. d) Ruas internas: preservação dos pisos. O SESC foi implantado onde era a antiga Fábrica de Tambores pela arquiteta Lina Bo Bardi, onde o lugar já era frequentado nos finais de semana por famílias com crianças e jovens. O projeto foi desenvolvido em 1977.


45

Sobre os edifícios significativos, três são mais

Palestra Itália. Será uma arena multiuso, com um edifício

imponentes: Shoppings Bourbon Pompéia, Shopping West

poliesportivo de três pavimentos abrigando campos de

Plaza e o Estádio Palestra Itália. Sobre os shoppings, cada

futebol society, com pista, quadras poliesportivas e de

um fica em uma ponta, o West Plaza foi o segundo

tênis, mais um edifício administrativo e um Memorial da

empreendimento de centro comercial da região, que ficava

Sociedade Esportiva Palmeiras.

próximo ao antigo Shopping Matarazzo. Era grande referencia na cidade nos seus primeiros anos, mas com o tempo foi tomando um perfil popular. Depois de uma crise o shopping foi vendido e em 2007 passou por uma grande reforma, novas lojas, um cinema maior e melhor, um grande boulevard e teria o nome alterado para Pátio West Plaza. Em 2008, foi inaugurado o Bourbon Shopping Pompéia, onde antigamente era o Shopping Matarazzo que foi demolido. É um centro comercial que atende a classe mais alta da região, por suas lojas de grifes famosas, Teatros, etc. Próximo

ao

Bourbon

localiza-se

a

Sociedade

Esportiva Palmeiras – Palestra Itália, que é um estádio de futebol localizado no terreno do antigo Parque da Antarctica que era um espaço de lazer para os funcionários da fábrica Companhia Antarctica Paulista. Atualmente o estádio está passando por reformas para abrigar a Arena

Figura 31 - Shopping Bourbon Fonte: Acervo pessoal, março/2012


46

Igreja Evangélica Batista Paulistana. É estranho imaginar uma igreja em formato de tenda de circo, mas é um bom jeito de chamar a atenção. Fugindo um pouco de edifícios significativos, tem o Controlar, que opera o Programa Municipal de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso da cidade. Em épocas de inspeção, o lugar fica bastante movimentado, causando filas de veículos e dificultando a locomoção dos que trabalham na região.

Figura 32 - Igreja Batista da Água Branca Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Do outro lado da linha do trem, existem três edificações que fogem do padrão. Duas delas são tendas redondas, uma delas abrigando a Academia Brasileira de Circo, que foi planejada para o ensino de todos os números circenses para quem se interessar, que oferece cursos para iniciantes e profissionais que desejam se especializar. Na outra tenda, que é maior, fica a Igreja Batista da Água Branca, que recebe cristãos evangélicos batistas. Foi fundada em 1937 por um grupo de cristãos oriundos da


47

Figura 33 - Mapa de edifícios significativos e tombados Fonte: Acervo pessoal, março/2012


48

4.8 HIDROGRAFIA E HIPSOMETRIA

absorver as águas provenientes dos mesmos, passa a

Principalmente por estar situado em plena vargem

despejar neles o seu volume excedente da pouca

do Rio Tietê, situação ainda mais crítica se considerarmos

capacidade de vazão. O bairro então, localizado em cota

que o leito original do rio foi alterado, o bairro da Barra

baixa, passa a represar todo este volume de água, que não

Funda é muito suscetível a enchentes, com várias áreas de

consegue escoar até que o Rio Tietê e os dois córregos

alagamento. A região estudada, considerando-se que seja

voltem a sua condição normal.

um quadrilátero, está limitada em dois de seus lados por córregos (Água Preta e Sumaré) e em seu terceiro lado pelo Rio Tietê. O quarto lado, não limitado por córregos, é

4.8.1 Rio Tietê Segundo o site http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/,

o que possui cotas mais elevadas (atingindo o ápice de

acessado em março de 2012:

730m). Os demais lados estão na cota de 720m. Aliados

Em seus quase 1.100 quilômetros de extensão, que cortam o Estado

aos demais fatores como área permeável praticamente inexistente, a canalização dos dois córregos citados acima

de São Paulo de leste a oeste, o Rio Tietê possui diversas represas que abastecem regiões, geram energia, incentivam a navegação pluvial e proporcionam lazer. Embora seja apenas um filete de água

e da atual defasada capacidade de escoamento do Rio

em Salesópolis, ele recebe a vazão de quase 30 pequenos afluentes e

Tietê, conclui-se que um dos grandes problemas do Bairro

vai tornando-se um rio volumoso.

consiste nos constantes alagamentos quando o bairro é

Ainda em Salesópolis, o Rio Tietê é limpo e atua inclusive como

atingido por chuvas fortes e/ou prolongadas. Isto ocorre basicamente porque as águas pluviais

atração turística da cidade. Em seguida, perto de Mogi das Cruzes, o rio passa a receber diversos resíduos industriais e domésticos, atingindo seu pior grau de poluição ao longo da cidade de São Paulo.

descem da cota mais elevada, unem-se a precipitação do

O Rio Tietê recebe em seu leito uma carga poluidora de cerca de 1.100

próprio local e não encontram vazão adequada nos

toneladas de matéria orgânica, sendo que 800 são provenientes de

córregos canalizados, que por sua vez recebem grande

esgotos domésticos e 300 de resíduos industriais; 6 toneladas de

volume de água provenientes do Rio Tietê, que ao invés de


49 matéria inorgânica de natureza industrial e mais de 400 toneladas de lixo, em resíduos sólidos. Depois que sai da capital, com a ajuda de processos naturais como a ação de bactérias que “limpam” a sujeira e acidentes geográficos como quedas d’água, o rio volta a se reabilitar. A partir da cidade de Barra Bonita, o rio está novamente limpo e segue assim até o encontro com o Rio Paraná. Na história do Brasil, o Tietê teve um papel fundamental no processo de conquista do interior do país e do desenvolvimento do estado. São Paulo, separada do litoral pela muralha da Serra do Mar, voltavase para o sertão, cuja penetração era facilitada pela presença do rio Tietê e de seus afluentes, que comunicavam os paulistas com o interior.

De acordo com uma publicação da EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO – EMURB, acessada em março de 2012: Córrego Água Preta O córrego Água Preta nasce nas imediações da Rua Heitor Penteado, percorre cerca de 4,5 km e deságua na margem esquerda do rio Tietê. Este curso d’água adentra aos limites da Área de Influência Direta – AID e Área Diretamente Afetada – ADA da Operação Urbana Água Branca na região do Shopping Center Bourbon, na Avenida Pompéia, e segue cerca de 2,0 km, a norte, em galeria fechada, até desaguar no Tietê. Dentro da área destinada à operação urbana, o córrego Água Preta segue por baixo da Avenida Nicolas Bôer, apresentando um divisor de água principal (em amarelo na figura abaixo), o qual divide a região em duas bacias de contribuições menores, uma, a sul, e outra a norte do mesmo. A figura apresenta, em maior detalhe e de forma esquemática, o percurso do córrego Água Preta dentro do perímetro da Operação Urbana Água Branca, destaca-se que tal córrego encontra-se em galeria fechada em todo o referido trajeto.

Figura 34 - Rio Tietê antigamente Fonte: Biblioteca do Governo de São Paulo Acessado em março/2012

4.8.2 Córregos


50 A antiga área da bacia deste córrego, a partir da Praça Marrey Jr. Até a foz natural no córrego Água Preta, compreendia áreas ocupadas pelo estádio de futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras e imediações da Rua Turiassú, Av. Francisco Matarazzo e faixa da CPTM. O desvio do córrego Sumaré ocorreu desde a Praça Marrey Jr. Sentido para jusante, seguindo rumo nordeste pela Av. Antártica até a Av. Marquês de São Vicente prosseguindo rumo norte pela Av. Ordem e Progresso até sua foz atual no rio Tietê, na ponte do Limão. Esta nova configuração do traçado deste córrego aumentou a área da Figura 35 - Córrego Água Preta Fonte: EMURB Acessado em março/2012

bacia em 1,94 km2, dessa maneira a atual bacia hidrográfica do córrego Sumaré apresenta uma área de 4,18 km2. A figura exibe o atual traçado do córrego Sumaré. Destaca-se que este córrego é canalizado por galerias celulares.

Córrego Sumaré Antes da ocupação da área de várzea do rio Tietê, o córrego Sumaré era afluente da margem direita do córrego Água Preta. Seu talvegue se desenvolve pelo fundo de vale ocupado atualmente pela Av. Sumaré até a Praça Marrey Jr., e a seguir desaguava no córrego Água Preta. A antiga bacia hidrográfica do córrego Sumaré apresentava uma área de 2,24 km2, contemplando seus limites passando pela Av. Dr. Arnaldo, Rua Professor Afonso Bovero, seguindo entre as ruas Diana e Caraíbas até a Rua Turiassú junto a Praça Marrey Jr. Depois deste primeiro percurso ele seguia pelas Ruas Tanabi, Homem de Melo, Ministro Godói, João Ramalho, Av. Cardoso de Almeida, Ruas Monte Alegre, Ilhéus e Tácito de Almeida.

Figura 36 - Córrego Sumaré Fonte: EMURB Acessado em março/2012


51

Figura 37 - Mapa de hipsometria e hidrografia Fonte: Acervo pessoal, marรงo/2012


52

4.9 ZONEAMENTO ZM – 3ª – Zona Mista de Alta Densidade

Figura 38 - Zoneamento da Barra Funda Fonte: Prefeitura de São Paulo – Subprefeitura da Lapa Acessado em março/2012

Com base nessas informações, podemos construir até 2,5 vezes mais o tamanho do terreno, podendo ser uma edificação com um gabarito alto e de acordo com o artigo 186 da Lei 13.885 “As edificações, instalações ou equipamentos, a partir de 6m (seis metros) de altura em relação ao perfil natural do terreno devem observar recuos laterais e de fundos, respeitando o mínimo de 3m (três metros)”.

4.10 OPERAÇÃO URBANA ÁGUA BRANCA De

acordo

com

o

site

www.vitruvius.com.br,

acessado em março de 2012: A região da Água Branca teve como indutor do desenvolvimento urbano a própria ferrovia, como consequência desse fato à ocupação ligada aos usos industriais definiu a atual “paisagem” construída: depósitos, armazéns e galpões industriais.


53 Na década de 60, o bairro e suas proximidades perderam importância como polo produtivo da cidade, a exemplo do processo ocorrido ao longo dos outros segmentos da ferrovia, na Mooca e Ipiranga. Dois elementos de grande significação marcaram a região: o Rio Tietê e as ferrovias. Os quais há décadas são “obstáculos físicos” que dificultam a integração espacial e fatores de degradação da região, estes elementos passaram a ser os principais indutores da renovação urbana. A região encontra-se próxima da área central e do centro histórico da cidade e apresenta boas condições de macro acessibilidade em função do sistema viário de porte e da presença do Terminal Intermodal da Barra Funda.

A ocupação desordenada das encostas e da várzea do

Tietê é fator preponderante e agravante dos problemas de drenagem que a região enfrenta. O plano de obras da Operação Urbana Água Branca aponta para a

Figura 39 - Área da Operação Urbana Água Branca Fonte: http://www.usp.br Acessado em março/2012

necessidade de complementação de diagnósticos que forneçam as diretrizes de revisão de projetos e implantação de obras de drenagem.

4.10.1 Definição e caracterização da área

A existência de glebas vazias ou com baixo aproveitamento (ordem de

A Operação Urbana Água Branca compreende um conjunto de ações

1.100.00m²) reforça as potencialidades de renovação urbanística da

coordenadas pela Prefeitura com a participação da iniciativa privada

região, como o uso e ocupação do solo.

que visa melhorar as condições urbanísticas da região. Seu perímetro de intervenção totaliza uma área de 504 hectares de área bruta. O zoneamento restritivo em algumas áreas desestimula a ocupação (áreas exclusivamente industriais). Problemas de drenagem fazem com que a região sofra constantes inundações.


54 As ferrovias que cortam a região são também barreiras de difícil

4.10.3 Mecanismos da operação urbana

transposição para veículos e pedestres.

A Operação Urbana é um instrumento legal que possibilita a execução

O tipo de uso e o estado de conservação dos imóveis ao longo da faixa

de obras e serviços num determinado perímetro com recursos

da ferrovia “induzem” à deterioração no entorno.

captados a partir da permissão de exceções à lei de zoneamento.

A descontinuidade do sistema viário interno prejudica a circulação e

Proprietários e investidores cujos imóveis estejam localizados no

integração de bairros vizinhos.

perímetro abrangido pela lei da Operação Urbana podem solicitar. É importante salientar que a adesão à Operação Urbana não é

4.10.2 Perímetro de intervenção

obrigatória, e que estes mecanismos poderão ser utilizados por

Apesar dos obstáculos, a região apresenta características que, aliadas

proprietários de imóveis situados dentro do perímetro em concordância

aos mecanismos e ações previstas neste projeto, podem propiciar as

com seus interesses econômicos.

condições adequadas para a sua “revalorização e desenvolvimento”:

A contra partida pela concessão dos benefícios poderá ser paga em

proximidade em vias de circulação de alta capacidade como a Marginal

dinheiro, em bens imobiliários, ou através da execução de obras

Tiete, Av. Pacaembu, Av. Francisco Matarazzo e Av. Sumaré,

constantes da lei.

possibilitando fácil acesso de automóveis vindos de diversas regiões da cidade.

4.10.4 Lei nº 11.774/94

Oferta de transporte de alta capacidade (metrô e trem metropolitano),

Esta lei tinha como justificativa recuperar um segmento da cidade, bem

proximidades com bairros de bom padrão de ocupação, existência de

localizado, que apresenta nível de aproveitamento aquém de sua

grandes áreas vazias ou subutilizadas. Além de equipamentos de lazer

potencialidade, dada a acessibilidade e infraestrutura de que dispõe. A

e cultura de médio e grande porte (SESC Pompéia, Memorial da

estrutura fundiária resultante do processo de ocupação, próprio do uso

América Latina, Parque da Água Branca e Playcenter).

industrial, apresenta grandes quadras que dificultam o deslocamento

O objetivo deste projeto é promover, através de uma série de

de pedestres, e sistema viário inadequado ao processo de renovação

mecanismos, o desenvolvimento da região de modo equilibrado, dando

lote a lote. A presença da ferrovia, indutora da primeira ocupação, ao

condições para que os obstáculos sejam superados e o potencial da

“cortar” longitudinalmente de leste a oeste toda área, dificulta a

região seja plenamente utilizado.

articulação viária transversal de norte a sul. A Operação Urbana Água Branca, inserida no contexto da diagonal norte, precisa ser estudada de forma a integrar-se funcionalmente às


55 demais, gerando indução à continuidade do encadeamento das

ferrovia e correção de problemas de macro e micro drenagem das

operações previstas pelo plano diretor.

diferentes zonas de uso, assim a operação urbana Água Branca

Em maio de 2001, foi criado um grupo de trabalho intersecretarial, com

deverá ser mais bem recebida pelo mercado.

o objetivo de reavaliação crítica e proposição de elementos para a elaboração de resolução normativa estabelecendo as seguintes

4.10.5 Medidas imediatas

diretrizes:

1- Análise imobiliária e fundiária no perímetro da operação urbana e

- o estabelecimento de um projeto urbanístico abrangente quanto às

nas regiões lindeiras identificando o valor da terra, e atividade

intervenções

imobiliária por segmento atendido;

que

seriam

promovidas,

e

que

contemplasse

a

diversidade de usos.

2- Estabelecer programa de uso e ocupação visando à contratação de

- o poder público municipal ordenaria os investimentos públicos

projeto urbanístico para o local para tanto é necessário também rever e

- a operação urbana desencadearia a aplicação de investimentos

atualizar as indicações contidas na Lei nº 11.774, no tocante às

imobiliários, no interior do perímetro, no caso da Água Branca,

intervenções no local, sobretudo quanto ao sistema de drenagem,

mostrou-se ineficaz para promover a precipitação desse fenômeno. O

transposição da linha férrea entre outras;

poder público revelou-se tímido neste sentido. Embora a lei que

3- Contratação de projeto urbanístico com base no programa acima

instituiu a operação urbana, a constituição prevê um fundo (FEAB), e

mencionado.

para a sua gestão, cria um conselho composto por diretores da EMURB.

4.10.6 Concurso Bairro Novo

Cada uma das três operações urbanas institucionalizadas: Faria Lima,

A prefeitura do município de São Paulo promoveu através da

Centro e Água Branca, apresenta forma de gerenciamento e

Secretaria de Planejamento Urbano – SEMPLA e a Empresa Municipal

administração diferentes. No caso da Água Branca, a contra partida

de Urbanização – EMURB um concurso nacional para um projeto

realiza-se mediante o custeio de obras previstas no projeto, podendo

urbano.

também ser feita através de recursos financeiros correspondentes a

A iniciativa do concurso para o projeto “bairro novo” insere-se

uma ou mais obras dentre aquelas elencadas como fundamentais para

num conjunto de ações da prefeitura municipal de São Paulo, que nos

a renovação da área como fundamentais para a renovação da área.

últimos anos vem superando os obstáculos ao pleno desenvolvimento

Dentre as obras previstas para serem financiadas pelo processo da

da região e equipamentos públicos, compatíveis com as novas

operação urbana estão aquelas necessárias para a transposição da

condições de centralidade da área: alta acessibilidade e atividades


56 diferenciadas (Terminal Intermodal da Barra Funda, Memorial da

com suas características de alta acessibilidade e presença de

América Latina), pretendendo a ocupação e proposição de novas

atividades diferenciadas;

atividades para as glebas e edificações subutilizadas; melhoria das

- fornecer parâmetros a partir das propostas apresentadas no

condições ambientais e ampliação das qualidades urbanas e das

concurso, à futura revisão da Lei 11.774/95 desde que sejam

práticas

compatíveis com as diretrizes do plano diretor estratégico e respectivo

sociais

desse

setor;

viabilizar

a

implantação

de

empreendimentos através das participações dos diversos proprietários,

plano regional, da prefeitura de São Paulo.

agentes imobiliários e poder público, propondo empreendimentos imobiliários nas glebas existentes na área-foco, através da revisão da Lei 11.774/95 (Operação Urbana Água Branca) e compatibilização com as diretrizes do plano diretor estratégico e respectivo plano regional.

4.10.7 Objetivo do concurso O objetivo do concurso foi selecionar um projeto urbano em nível de estudo preliminar, a ser implantado na área de intervenção, localizada na área da Água Branca, município de São Paulo. O projeto urbano deveria ser composto para um conjunto de intervenções de reordenação urbanística que contemplassem, no mínimo, os seguintes objetivos gerais: - ocupar e propor novas atividades para as glebas existentes na áreafoco de intervenção; - melhorar as condições ambientais e ampliar as qualidades de vida urbana e as práticas sociais desse setor; - viabilizar a implantação de empreendimentos, através da participação de agentes públicos e privados; - criar área e equipamentos públicos, compatíveis com as novas condições potenciais de centralidade da área-foco de intervenção e

Figura 40 - Proposta para o Concurso "Bairro Novo" Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em março/2012


57

Figura 41 - Proposta para o Concurso "Bairro Novo" Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em marรงo/2012


58

5 DIAGNÓSTICO URBANO DA ÁREA

Segundo a análise urbana feita na região da Barra Funda, chegamos a certos diagnósticos, os problemas da área e o porquê isso acontece. Nos mapas abaixo separamos os diagnósticos com desenhos e textos.


59

Figura 42 - Mapa de Diagn贸sticos Fonte: Acervo pessoal, junho/2012 - Considerar somente escala gr谩fica.


60

Figura 43 - Mapa de Diagn贸sticos Fonte: Acervo pessoal, junho/2012 - Considerar somente escala gr谩fica.


61

Figura 44 - Mapa de Diagn贸sticos Fonte: Acervo pessoal, junho/2012 - Considerar somente escala gr谩fica.


62

Figura 45 - Mapa de Diagn贸sticos Fonte: Acervo pessoal, junho/2012 - Considerar somente escala gr谩fica.


63

6 DIRETRIZES DA ÁREA

Após a análise urbana feita na área da Barra Funda e o diagnóstico apontado pelo grupo, criamos diretrizes que achamos que melhoraria o bairro e traria benefícios às pessoas que ali residem, trabalham e passam. No mapa abaixo mexemos com o parcelamento e uso do solo, vias, viadutos, linha férrea, transposições e áreas verdes.


64

Figura 46 - Mapa de Diretrizes Fonte: Acervo pessoal, junho/2012 - Considerar somente escala grรกfica.


65

7 VISITAS TÉCNICAS

fator para a visita, foi por uma antiga estação de trem, ter sido revitalizada em uma sala de concertos ao lado de uma

Foram realizadas três visitas técnicas: no SESC

linha férrea. O mesmo acontece com o projeto do Museu

Pompéia, no Auditório do Ibirapuera e na Sala São Paulo

da Música, situado ao lado da linha férrea e com três salas

de Concertos.

de apresentação, muita gente pensaria que seria um

O SESC Pompéia foi escolhido por ser um polo

projeto impossível ou que poderia até ser construído, mas

cultural próximo à área da Barra Funda. Com ele saberia a

com uma acústica de má qualidade. Mas o projeto da Sala

quantidade de pessoas que costumam frequentar o lugar, o

São Paulo mostra como isso foi possível, pela isolação da

público que mais frequenta e como o SESC envolve

estrutura e alvenaria com materiais apropriados, evitando

diversos usos, teria embasamento para trabalhar com

assim a vibração que a linha férrea produz e com uma boa

diversos elementos no mesmo projeto. A área de estar e a

consultoria de acústica.

biblioteca foram os elementos que sobressaíram no projeto para eu tomar como um dos partidos arquitetônicos. Outro fator é o teatro e a divisão da plateia em duas, fazendo com que o palco se situe no centro do teatro. Já o Auditório do Ibirapuera quis visitá-lo por seu programa de necessidades como o auditório em si e as salas de aula. A arquitetura moderna é uma referência, traços retos e simples, uma obra sem ornamentos e localizado dentro de um parque é outro ponto relevante. Quanto a Sala São Paulo, além de sua sala de concertos e o projeto acústico bem solucionado, o principal


66

7.1 AUDITÓRIO IBIRAPUERA

7.1.2 Descrição Geral O Auditório do Ibirapuera foi construído para

7.1.1 Dados da obra:

apresentação de espetáculos musicais. Com grandes vãos,

Arquiteto/Equipe: Oscar Niemeyer (autor); Hélio Pasta

volumetria simples, que em planta é um trapézio e em corte

e Hélio Penteado (colaboradores)

um triângulo, ele completa o conjunto de edifícios do

Ano do Projeto: 2002

Parque do Ibirapuera.

Ano de Conclusão: 2005

Assim como os outros prédios do parque, o auditório

Área do Terreno: 1.584.000m²

foi construído com concreto armado e é inteiramente

Área Construída: 7.000m²

branco. Os únicos elementos que se destacam do branco,

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Ibirapuera, São

é a marquise de entrada e a porta do fundo, ambas

Paulo – SP

pintadas de vermelho. Na entrada do auditório encontra-se o foyer e posteriormente a ele, mas com entrada pelo mezanino (acessado pela rampa monumental ou por elevadores), situam-se a plateia e o palco. Atrás do foyer, tem o café de concepção simples e os banheiros. No subsolo encontra-se a administração, escola de música, camarins e a sede do

Figura 47 – Croquis do Auditório do Ibirapuera e da Oca Fonte: http://www.niemeyer.org.br Acessado em maio/2012

Instituto Música para Todos (IMT). Um dos elementos marcantes internamente é a gigantesca escultura vermelha de Tomie Ohtake, que ocupa parte das paredes e do forro.


67

no auditório. A música soava limpa, não se ouviam ruídos ou barulhos desagradáveis por causa do carpete que forrava o chão. Ele absorvia todos esses barulhos, sendo desagradáveis apenas as vozes das pessoas ao lado. Grande parte do público se encontrava do lado de fora do auditório antes de começar o show, poucas pessoas aguardavam no foyer e no café. Realizei algumas perguntas a um funcionário do auditório, Richner Santos e à equipe de comunicação. Segundo eles, o auditório Figura 48 - Vista aérea do Parque do Ibirapuera Fonte: Google Earth Acessado em abril/2012

costuma ser bem frequentado, com boa parte dos ingressos se esgotando rapidamente. O auditório ganhou três vezes consecutivo o prêmio de melhor casa de

A plateia possui dimensões incomuns: é larga e tem

espetáculo, pelos críticos da revista Época SP. A sala é

pequena profundidade. As paredes receberam acabamento

conhecida por oferecer uma das melhores acústicas da

de ripas de madeira e o forro é de gesso. A acústica foi

cidade, somada ao equipamento de som e luz, de última

desenvolvida por José Nepomuceno, o mesmo consultor

geração. Na opinião deles, o que há de melhor no auditório

em acústica da Sala São Paulo de Concertos. A porta de

é a sua arquitetura e os preços acessíveis por uma

20 metros ao fundo serve para dias em que a plateia será

programação de qualidade, mas eles disseram que deixa a

externa, podendo até 15 mil pessoas assistir ao concerto.

desejar

Além da visita técnica realizada em 12/05/2012, pude assistir ao Concerto da Orquestra Sinfônica de Berlim

o

acesso

ao

Parque

do

Ibirapuera

estacionamento cobrado com sistema Zona Azul.

e

o


68

Figura 49 - Marquise do Audit贸rio Fonte: Guilherme Braz, 2010

Figura 51 - Escultura da Tomie Ohtake Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 50 - Fachada lateral e posterior Fonte: Guilherme Braz, 2010

Figura 52 - Rampa de acesso ao mezanino Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


69

Figura 53 – Plateia Fonte: Guilherme Braz, 2010

Figura 55 - Orquestra Sinfônica de Berlim Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 54 - Plateia e palco Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 56 – Subsolo Fonte: Guilherme Braz, 2010


70

Figura 57 - Planta do Subsolo com estudo de setorização Fonte: Adaptado do site Arcoweb, maio/2012


71

Figura 58 - Planta do Térreo com estudo de setorização Fonte: Adaptado do site Arcoweb, maio/2012


72

Figura 59 - Planta do 1º pavimento com estudo de setorização Fonte: Adaptado do site Arcoweb, maio/2012


73

Figura 60 – Cortes Fonte: http://www.niemeyer.org.br Acessado em maio/2012

SETORIZAÇÃO AUDITÓRIO IBIRAPUERA Setor m² % Platéia 1.346,25 19,23% Palco 114,75 1,64% Sanitários 90,00 1,29% Foyer 527,25 7,53% Bar 133,00 1,90% Reuniões 85,00 1,21% Ar-Condicionado 121,75 1,74% Cozinha 25,50 0,36% Administração 76,00 1,09% Copa 27,50 0,39% Ensaios 152,50 2,18% Professores 32,50 0,46% Sala de aulas 97,50 1,39% Sala de ensaio 124,50 1,78% Sala de Imprensa 18,50 0,26% Camarim 132,00 1,89% Outros 3895,50 55,65% Total 7.000 100,00 Tabela 8 - Setorização do Auditório do Ibirapuera Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

7.2 SESC POMPÉIA


74

7.2.1 Dados da obra: Arquiteto/Equipe: Lina Bo Bardi, Marcelo Carvalho Ferraz e André Vainer Ano do Projeto: 1977 Ano de Conclusão: 1982 Área do Terreno: 16.573 m² Área Construída: 23.571 m² Endereço: Rua Clélia, 93 - Pompéia, São Paulo – SP

Figura 62 - Vista aérea do SESC Pompéia Fonte: Google Earth Acessado em abril/2012

7.2.2 Descrição Geral Antes de ser transformado em SESC, o local possuía uma fábrica de tambores dos Irmãos Mauser. O projeto trouxe um novo significado ao local, mas não deixa de respeitar a sua memória. Figura 61 - Croquis do Teatro Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em maio/2012

O tijolo e o piso foram mantidos e dois novos blocos de concreto foram construídos para abrigar o bloco esportivo. As janelas vermelhas de formas irregulares e as


75

passarelas entre eles é o que mais chama atenção nessa

como de final de semana. O SESC Pompéia é um dos

nova construção.

favoritos dela, por causa da sua arquitetura, pois não é um

Entre os galpões que abrigam exposições, oficinas, restaurante, choperia, teatro, biblioteca e área de estar,

prédio convencional e ele traz um bem estar para as pessoas.

existe uma rua em declive, que leva ao deck de madeira. Lina Bo Bardi quis que o SESC fosse um lugar convidativo, que fizesse com que as pessoas entrassem e passeasse entre os espaços por essa rua. Um lugar confortável, que nos remete a ideia de ser nossa própria casa. Essa ideia é tão convicta, que poltronas e lareira são distribuídos na área de estar, por onde um espelho d’água passa. Na visita técnica realizada no dia 06/05/2012, pude notar que a maioria do público que frequenta o SESC Pompéia é o idoso. As pessoas se concentram mais na área de estar, biblioteca, bloco esportivo e no café. O teatro possui ainda as paredes de tijolos e um palco no centro, dividindo a plateia em duas. Às nove horas acontecia um show por causa da Virada Cultural e grande parte dos lugares do teatro se encontrava ocupado. Conversei com a funcionária Adriana Amaral e ela disse que o SESC Pompéia costuma ser bem frequentado, tanto durante a semana por causa das oficinas e esportes,

Figura 63 - Entrada do SESC Pompéia Fonte: www.spcultural.com Acessado em abril/2012


76

Figura 64 - Área de estar Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 66 - Espelho d'água Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 65 – Área de Convivência Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 67 – Biblioteca Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


77

Figura 68 - Teatro - Show do Jair Rodrigues Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 69 - Maquete do SESC PompĂŠia Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 70 - Bloco esportivo Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


78

Figura 71 - Planta geral com estudo de setorização Adaptado do site www.teturaarqui.wordpress.com, maio/2012


79

Figura 74 - Elevação dos galpões Fonte: www.teturaarqui.wordpress.com Acessado em maio/2012

Figura 72 - Elevação do bloco esportivo Fonte: www.teturaarqui.wordpress.com Acessado em maio/2012

SETORIZAÇÃO SESC POMPÉIA Setor m² Estúdio de Música 290,00 Teatro 1540,00 Foyer 440,00 Restaurante e Bar 880,00 Cozinha 400,00 Área de Lazer 1815,00 Biblioteca 1485,00 Espaço para Esposições 825,00 Oficinas Administrativas 542,00 Outros 15354,00 Total 23.571,00

% 1,23% 6,53% 1,87% 3,73% 1,70% 7,70% 6,30% 3,50% 2,30% 65,14% 100,00

Tabela 9 - Setorização do SESC Pompéia Fonte: Acervo pessoal, maio/2012 Figura 73 - Corte do bloco esportivo Fonte: www.teturaarqui.wordpress.com Acessado em maio/2012

7.3 SALA SÃO PAULO DE CONCERTOS


80

7.3.1 Dados da obra: Arquiteto/Equipe: Cristiano Stockler das Neves e Samuel das Neves – Estação Júlio Prestes Nelson Dupré – Sala São Paulo de Concertos Ano do Projeto: Estação Júlio Prestes - 1925 Sala São Paulo - 1997 Ano de Conclusão: 1999 Área Construída: 25.000 m² Endereço: Praça Júlio Prestes, s/nº - Luz, São Paulo – SP

Figura 76 - Vista aérea da Sala São Paulo Fonte: Google Earth Acessado em abril/2012

7.3.2 Descrição Geral O maior diferencial da Sala São Paulo, além de ser uma antiga estação ferroviária (Estação Júlio Prestes) Figura 75 - Croquis da Sala São Paulo Fonte: MARCO, Anita Regina Di e ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p.

transformada em uma sala de concertos, é o seu forro acústico móvel de madeira. Quando o forro sobe ou desce, ele aumenta ou diminui o volume de ar dentro da sala. Isto


81

altera

efetivamente

o

dimensionamento

físico

e,

consequentemente, o tempo de reverberação do som. Sendo retangular e ‘estreita’ (conhecida como forma de caixa de sapatos), as reflexões primárias do som chegam lateralmente e alargam a fonte, dando a sensação de

espacialidade

e

de

envolvimento.

Por não possuir cortinas e carpete, a absorção acústica é controlada pelo tipo de poltronas, pelo número de pessoas sentadas e pelo volume de ar dentro da sala. Construída com estrutura de concreto e alvenaria de tijolos, a estação não foi construída de acordo com o

usado foi o neoprene, assim ele isolaria a sala de concerto das vibrações da linha férrea. Atualmente a Sala São Paulo é considerada a melhor sala de concertos da América Latina. A visita foi realizada dia 19/05/2012 e vi que grande parte do público vai à Sala São Paulo não somente pelos concertos, como também para conhecê-lo. O projeto tanto da estação, como da sala de concertos é belo, mas infelizmente muitas pessoas deixam de conhecer por causa do entorno, muitos mendigos pela rua e mau cheiro são encontrados pelo caminho.

projeto original por causa da verba. Sua restauração, além

No dia seguinte, fui a um concerto na Sala São

de abrigar a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de

Paulo, onde grande parte do público aguardava no

São Paulo, traria vida novamente ao bairro Campos

boulevard antes do espetáculo. O som chega perfeitamente

Elíseos, que antes estava abandonado e esquecido.

ao fundo da plateia, mas pelo piso ser de madeira, dá para

Para a construção da sala de concertos, no lugar do grande hall foi necessário o reforço da fundação, a construção

da

cobertura,

a

criação

dos

balcões

independentes da estrutura do prédio, o mezanino de estrutura metálica e madeira, o forro acústico móvel, a restauração das esquadrias, pisos, pilares e adequação de normas de segurança e ar condicionado. Um dos isolantes

ser ouvido ruídos, passos das pessoas e o ranger da madeira.


82

Figura 78 - Escada em estrutura metálica e madeira Fonte: Thamyres Bertoni, 2012

Figura 77 – Salão da Sala São Paulo Fonte: Acervo pessoal, 2012

Figura 79 - Sala São Paulo Fonte: Acervo pessoal, 2012


83

Figura 80 - Sala São Paulo Fonte: Acervo pessoal, 2012

Figura 81 – Cúpula Fonte: Acervo pessoal, 2012


84

Figura 82 - Sala de Concertos Fonte: Acervo pessoal, 2012

Figura 83 - Palco e Sala de Concertos Fonte: Acervo pessoal, 2012

Figura 84 - Forro ac煤stico m贸vel Fonte: Acervo pessoal, 2012


85

Figura 86 - Planta do Mezanino com estudo de setorização Figura 85 - Planta do térreo com estudo de setorização Fonte: Adaptado livroVerde. MARCO, Anita Di eConcertos ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Fonte: Adaptado do livro MARCO, Anita Regina Di e ZEIN,doRuth Sala SãoRegina Paulo de - Revitalização Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p. da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p.


86


87

Figura 87 - Planta do 1º pavimento com estudo de setorização Fonte: Adaptado do livro MARCO, Anita Regina Di e ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p.


88

Figura 88 - Planta do 2º pavimento com estudo de setorização Fonte: Adaptado do livro MARCO, Anita Regina Di e ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p. Figura 89 - Planta do 3º pavimento com estudo de setorização Fonte: Adaptado do livro MARCO, Anita Regina Di e ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p.


89


90 SETORIZAÇÃO SALA SÃO PAULO DE CONCERTOS Setor m² Lounge 198,00 Foyer 408,00 Bar 180,00 Palco 225,00 Plateia 714,00 Hall Público 620,00 Hall dos músicos 589,00 Orquestras Convidadas 236,00 Doca de carga e descarga 143,00 Descanso dos Músicos 300,00 Balcões 568,00 Restaurantes 408,00 Cozinhas 215,50 Arquivo Musical 225,00 Camarins 700,00 Sala de Ensaio 1.016,50 Depósito 243,75 Administração 1430,5 Coro 99,00 Auditório master classes 232,75 Salão Nobre 414,00 Centro de Referência 130,50 Editora 99,75 Redação 85,50 Diretoria 288,00 Presidente 132,00 Estúdio de Rádio 144,00 Outros 14954,25 Total 25.000,00

% 0,79% 1,63% 0,72% 0,90% 2,86% 2,48% 2,36% 0,94% 0,57% 1,20% 2,27% 1,63% 0,86% 0,90% 2,80% 4,07% 0,98% 5,72% 0,40% 0,93% 1,66% 0,52% 0,40% 0,34% 1,15% 0,53% 0,58% 59,82% 100,00

Tabela 10 - Setorização da Sala São Paulo Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 90 - Pesquisa de satisfação com o público - 2011 Fonte: http://www.osesp.art.br


91

8 ESTUDOS DE CASO 8.1 CASA DA MÚSICA 8.1.1 Ficha Técnica Local: Porto, Portugal Autor (ES): Rem Koolhas e Ellen van Loon Ano do projeto: 1999 Término da Obra: 2005 Área construída: 22.000m²

8.1.2 Análise textual A Casa da Música resulta de concurso ganho em julho de 1999, situada no local da antiga garagem dos bondes elétricos, na cidade do Porto, em Portugal. Sua concepção teve como base um projeto residencial elaborado

pelo

ateliê

holandês

e não

executado.

A acústica do auditório principal é considerada a segunda melhor de todo o mundo, já que todos os materiais

de

revestimento

foram

cuidadosamente

escolhidos, assim como a geometria dos volumes da sala, dos materiais da concha acústica e cortinas absorventes. Sua estrutura é de concreto autoportante e é todo revestido com mármore travertino. As circulações internas mantêm sempre o perfil neutro, com vidros e chapas de alumínio presentes em todo o espaço. Já nas salas especiais há uma variedade de cores e texturas. O grande auditório tem o formato de caixa de sapato e o acabamento das paredes é feito em painéis de madeira.

A sala de concertos deixa penetrar a luz do dia

através de vãos vedados por vidros ondulados e suas Figura 91 - Vista aérea com o 3D da Casa da Música Fonte: Google Earth Acessado em abril/2012

sinuosidades fazem do material um elemento acústico. Na Casa da Música, as três grandes praças


92

garantem o convívio de diferentes gêneros musicais e públicos. Além da sala principal –sala suggia – destinada à música erudita, a sala-praça 2 destina-se aos demais gêneros, sobretudo pop, rock, jazz e a terceira, uma praçalounge na cobertura, dedicada à música ambiente e disco. Bares e restaurante são distribuídos pelas linhas de circulação. O principal elemento que se destaca na Casa da Música, é a claridade do edifício. Ambientes claros e vidros transmite a suavidade do projeto. Linhas retas, concreto e diferentes praças de apresentação, de acordo com o

Figura 92 - Estudos da volumetria Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em abril/2012

gênero musical são outros fatores interessantes a serem estudados.

Figura 93 - Casa de Música Fonte: www.arktetonix.com.br Acessado em abril/2012


93

Figura 94 - Saguão Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em abril/2012

Figura 96 - Casa da Música Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em abril/2012

Figura 95 – Lounge Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em abril/2012

Figura 97 - Sala de concertos Fonte: www.arktetonix.com.br Acessado em abril/2012


94

Figura 98 - Planta do subsolo com estudo de setorização Adaptado do site do Arcoweb, maio/2012


95

Figura 99 - Planta do Térreo com estudo de setorização Adaptado do site do Arcoweb, maio/2012


96

Figura 100 - Planta do 3º pavimento com estudo de setorização Adaptado do site do Arcoweb, maio/2012


97

Figura 101 - Planta do 4º pavimento com estudo de setorização Adaptado do site do Arcoweb, maio/2012


98

Figura 102 - Corte Seção Norte-Sul Fonte: www.arcoweb.com.br Acessado em abril/2012

Figura 103 - Corte Seção Leste-Oeste Fonte: www.arcoweb.com.br Acessado em abril/2012


99

8.2 CIDADE DA MÚSICA – Atual CIDADE DAS ARTES

8.2.2 Análise textual Nova sede da Orquestra Sinfônica Brasileira e o

8.2.1 Ficha Técnica Local: Rio de Janeiro, RJ

principal centro de espetáculos musicais do estado do Rio de Janeiro, a Cidade da Música abriga a segunda maior

Autor: Christian de Portzamparc

sala de concertos de orquestra sinfônica e ópera da

Ano do projeto: 2002

América Latina.

Término da Obra: Previsto para 2012 Áreas: Aproximadamente 95.644 m² do terreno e 87.403 m² construído

A edificação divide-se em quatro grandes conjuntos funcionais e a Grande Sala é o principal desses conjuntos. Os outros blocos abrigam os demais equipamentos: sala de música de câmara, sede da OSB, salas de ensaio, salas de aula, camarins, sala eletroacústica, os cinemas, midiateca e restaurante. De sua imensa esplanada, a dez metros de altura do solo, o visitante pode apreciar a beleza das formas arquitetônicas do prédio e a natureza ao seu redor, além de seus grandes ambientes arejados e bem iluminados. Os ambientes foram projetados com isolamento e proteção acústica, a partir das alvenarias. As paredes da edificação são de alvenarias de concreto estrutural de alto desempenho, as salas especiais possuem paredes com

Figura 104 – Vista aérea da Cidade da Música Fonte: Google Earth Acessado em abril/2012

alvenarias duplas, com preenchimento de lã de vidro, e ainda as alvenarias flutuantes. Para não concorrer com o


100

som exterior, o isolamento acústico de cada sala de música foi constituído a partir do conceito de "caixa dentro da caixa”. O entorno possui grandes lagos artificiais com desenhos orgânicos e jardins. A Cidade da Música é interessante por causa de diversos fatores: a acústica e o isolamento da edificação, a área livre no terreno criando o paisagismo e espelho d’água, pelo uso, não somente por salas de concerto, como

Figura 105 - Croquis da Cidade da Música Fonte: www.vitruvius.com.br/ Acessado em abril/2012

também para sala de aulas e pelo projeto em si, por não ser um edifício alto, ele soube aproveitar a dimensão do terreno.

Figura 106 - Cidade da Música Fonte: www.rioresiste.blogspot.com.b Acessado em abril/2012


101

Figura 107 - Cidade da MĂşsica Fonte: www.rioresiste.blogspot.com.br Acessado em abril/2012

Figura 109 - Sala de MĂşsica Fonte: www.cumbu.com Acessado em abril/2012

Figura 108 - Sala de Concerto Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em abril/2012

Figura 110 - Grande Sala de Concerto Fonte: www.vitruvius.com.br Acessado em abril/2012


102

Figura 111 - Planta nível superior e nível esplanada com estudo de setorização Fonte: Cidade da Música. Revista AU, São Paulo, p. 50-59, dezembro/2010.


103

Figura 112 – Cortes Fonte: Cidade da Música. Revista AU, São Paulo, p. 50-59, dezembro/2010.


104

8.3 WALT DISNEY CONCERT HALL 8.3.1 Ficha Técnica Local: Los Angeles, Estados Unidos Autor: Frank Gehry Ano do projeto: 1988 Término da Obra: 2003 Áreas: Terreno 18.500 m² e construção de 27.000 m²

8.3.2 Análise textual O Walt Disney Concert localizado na área central de Los Angeles, EUA, se tornou a sede da Orquestra Filarmônica dessa cidade. O edifício foi projetado com um detalhado projeto de acústica que garante a qualidade do som. Ele possui paredes de madeira e um órgão, que foi desenhado pelo próprio arquiteto. Atrás do palco, um corredor leva a uma área técnica com jardins para os músicos se concentrarem. A construção do WDCH foi um passo importante para a revitalização do centro da cidade trazendo os turistas de volta a região, que a noite costumava ser frequentada por ladrões. Se visto das vias expressas que cortam Los Angeles, o Walt Disney Concert Hall se assemelha a uma gigantesca rosa de aço. As proporções do edifício são monumentais. No interior da sala, as poltronas têm cores vivas. As poltronas foram dispostas de forma a que qualquer assento proporcione uma visão completa da

Figura 113 - Vista aérea do Walt Disney Concert Hall Fonte: Google Maps Acessado em maio/2012

orquestra. Inicialmente ter construído uma sala de concertos para revitalizar o centro da cidade é um ponto relevante, já


105

que na Barra Funda pretendemos fazer a mesma coisa. Trazer pessoas para a região por meio de projetos e revitalização da área é um dos itens mais importantes da nossa diretriz. O Walt Disney Concert Hall foi escolhido para saber como isso foi possível, seja por meio das salas de concerto ou pela sua forma irreverente. A concepção das salas de concerto, o projeto de acústica implantado, os detalhamentos, as cores e a disposição das poltronas, o jardim para os músicos, se preocupando não somente ao conforto dos visitantes, como também de quem se

Figura 114 - Croquis do Walt Disney Concert Hall Fonte: http://www.archdaily.com.br Acessado em abril/2012

apresenta são componentes atrativos.

Figura 115 - Walt Disney Concert Hall Fonte: http://www.arctecart.com.br Acessado em abril/2012


106

Figura 116 – Entrada Fonte: http://arktetonix.com.br Acessado em abril/2012

Figura 118 - Café Fonte: http://arktetonix.com.br Acessado em abril/2012

Figura 117 – Sala de Concertos Fonte: http://turismo.culturamix.com Acessado em abril/2012

Figura 119 – Sala de apresentação Fonte: http://www.arctecart.com.br Acessado em abril/2012


107

Figura 120 - Planta do térreo com estudo de setorização Fonte: GREGORY, Rob. As mais importantes Edificações Contemporâneas: Plantas, Cortes e Elevações. 1ª edição Porto Alegre: Bookman, 2009. 240p


108

Figura 121 - Planta do 1º pavimento com estudo de setorização Fonte: GREGORY, Rob. As mais importantes Edificações Contemporâneas: Plantas, Cortes e Elevações. 1ª edição Porto Alegre: Bookman, 2009. 240p


109

Figura 122 – Corte Fonte: GREGORY, Rob. As mais importantes Edificações Contemporâneas: Plantas, Cortes e Elevações. 1ª edição Porto Alegre: Bookman, 2009. 240p

Figura 123 - Corte Fonte: GREGORY, Rob. As mais importantes Edificações Contemporâneas: Plantas, Cortes e Elevações. 1ª edição Porto Alegre: Bookman, 2009. 240p


110

9 PROJETO ARQUITETÔNICO

9.1 Programa de necessidades A partir da setorização e estudo de áreas das visitas técnicas realizadas e estudos de caso, se obteve o programa de necessidades e o dimensionamento necessário para cada área. Como mostra o estudo à base do organograma, o programa partiu da divisão dos três blocos e a partir deles foram criados os ambientes necessários, a área estimada para cada um deles e a organização do projeto.


111

Figura 124 - Organograma Geral Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 125 - Organograma Oficina de MĂşsica Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


112

Figura 126 - Organograma Geral Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 127 - Organograma Museu Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


113

Figura 128 - Organograma Geral Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 129 - Organograma Casa de Show Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


114

9.2 Partido Arquitetônico e Implantação

instrumentos em escala maior, como piano, guitarra,

O projeto surgiu a partir da ideia de juntar por meio

percussão, cornetas e etc., ou apenas contemplação da

de uma circulação os três blocos existentes, o museu, as

paisagem, formada por áreas verdes, espelhos d’água e

salas de apresentação e a oficina de música. Um edifício

mobiliários urbanos.

de concreto com linhas simples, retas e sem ornamentos,

Uma das diretrizes propostas era a criação de duas

voltado para a arquitetura moderna e de gabarito de altura

transposições da linha férrea na área da Barra Funda, uma

médio, que conversasse com o entorno, não criando novas

delas ligando o projeto do Museu da Música a outro terreno

barreiras. A volumetria com base em inclinações foi assim

do outro lado da linha férrea. Para isso, foi criada uma

projetada para criar espaços livres de circulação pela

passarela de estrutura metálica, que abrigasse exposições

implantação e suas coberturas proporcionariam leveza e

temporárias sobre música, fazendo com que o pedestre

fluidez ao projeto, além de acompanhar o desenho das

tenha o prazer e a curiosidade de atravessar pela

salas de apresentação.

passarela, além de bancos distribuídos ao longo do

A escolha do terreno foi feita com base pelo terreno

percurso (atingindo quase 220 metros).

ser próximo à Estação Barra Funda, facilitando assim o

Por ser um projeto próximo à Estação Barra Funda,

acesso das pessoas, por seu tamanho e comprimento,

o uso de transportes coletivos e caminhada é um incentivo

podendo comportar um museu, três salas de apresentação,

para se chegar ao museu, além dele abrigar um bicicletário

oficinas de música e a praça, sem ter que criar vários

com 19 vagas, podendo o ciclista alugar uma bicicleta na

pavimentos para isso e por ser um terreno nivelado.

Estação Barra Funda e pedalar até o museu ou então vir

De grande importância para o projeto e para o

com sua própria bicicleta. Foi projetado um estacionamento

bairro, será criada a praça de convivência, convidando as

com 46 vagas para automóveis e 08 para motocicletas,

pessoas para o lazer a céu aberto, shows no mini

mas seu uso é voltado para portadores de necessidades

anfiteatro, diversão e aprendizado no Parque Lúdico, com


115

especiais, idosos e funcionários do museu, exatamente por esse fator.

Figura 131 - Terreno de intervenção Fonte: Acervo pessoal, março/2012

Figura 130 - Terreno de intervenção Fonte: Google Earth, março/2012

Figura 132 - Terreno de intervenção Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


116

Figura 133 - Croquis - 1ยบ estudo Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 134 - Croquis - 1ยบ estudo Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 135 - Croquis - 2ยบ estudo Fonte: Acervo pessoal, maio/2012

Figura 136 - Croquis - 3ยบ estudo Fonte: Acervo pessoal, junho/2012


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Figura 137 – Implantação com entorno e passarela Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


118

Figura 138 – Implantação Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


119

CARACTERÍSTICAS DA ZONA DE USO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA TAXA DE PERMEABILIDADE MÍNIMA ÁREA TOTAL DO TERRENO

0,20 a 2,50 0,5 0,15 -

Tabela 11 - Tabela de Características da Zona de Uso Fonte: Acervo pessoal, junho/2012

PERMITIDO 5.038,83 a 62.985,35m² 12.597,07m² 3.779,12m² -

TERRENO (m²)

TERRENO (%)

21.124,57 10.271,98 5.890,03 25.194,14

34% 41% 23% 100%


120

9.3 Projeto: Museu da Música Como o museu foi dividido em três blocos, cada um deles possui um gabarito de altura diferente. O museu possui quatro pavimentos, com áreas livres para exposição, somente se diferenciando o térreo, por abrigar a reserva técnica e a sala de controle de som e

interagem quando são suspensas as placas, formando uma sala somente. Ou então, quando necessário, se a orquestra for muito grande, daria pra ampliar o palco. A última sala é a sala de concertos, voltada para música clássica e orquestras, com 645 poltronas. Além das salas, o bloco possui camarins individuais

iluminação e o quarto pavimento, que possui a casa de

e coletivos nos dois pavimentos, lounge dos músicos,

máquinas, caixas d’água, depósito, depósito de material de

depósito de instrumentos, cenários e figurinos, carga e

limpeza, ar-condicionado e depósito de equipamentos. Os

descarga de instrumentos, sala de controle, sanitários,

sanitários, elevadores e a escada se situam no centro do

além de depósito, depósito de material de limpeza, ar-

museu, deixando a área ao redor livre para as exposições.

condicionado e uma sala de ensaio individual e outra

Já no segundo bloco encontram-se três salas de apresentação. A primeira de porte menor para até 200

coletiva para os alunos da oficina. E por último, o bloco de oficina da música, com a

pessoas é voltada para apresentações de diversos gêneros

biblioteca, salas de leitura, área de estar, escada e

musicais e foi projetada livre de poltronas, para que o

elevadores no centro e ao redor do térreo e mezanino salas

público pudesse dançar também, não somente escutar a

de aula de canto, instrumentos e luthieria, administração,

música. Já no pequeno mezanino possuiria mesas e

secretaria, sala dos professores, diretoria, segurança,

cadeiras para quem quisesse ficar sentado.

refeitório para funcionários e sanitários.

A segunda sala de apresentação possui 452

A disposição dos pilares de 10 em 10 metros facilita

poltronas e nela os principais gêneros musicais

a circulação e a criação dos ambientes. A fachada principal

apresentados seriam jazz e MPB. O mais interessante é

de vidro permite a iluminação natural ao longo do dia, sem

que a segunda e a terceira sala de apresentação se

raios solares chegando, por ser a fachada sul. A praça


121

situada do lado leste do terreno receberia sol pela manhã e a praça norte receberia ao longo do dia. Já a fachada oeste

Para garantir absoluto isolamento acústico dos ruídos e

deveria receber sol à tarde, mas por existirem quatros

vibrações exteriores (principalmente da linha férrea), optou-se

torres comerciais ao lado, elas fariam sombra na região do

por isoladores de neoprene em disco, com 5 cm de altura.

estacionamento. Na fachada posterior (norte), onde o sol bate grande parte do dia, recebeu brises metálicos vermelhos.

Figura 139 - Croquis estudo da insolação - 3º Estudo Fonte: Acervo pessoal, junho/2012 Figura 140 – Detalhe acústico Fonte: Acervo pessoal, out/2012


122

As janelas das salas de aula possuem vidro duplo com câmara Para isolamento acústico nas paredes das salas de

de ar entre elas, fazendo assim com que o som não vá para o

apresentação, salas de aula e salas de ensaio foram utilizadas lã

exterior, e nem que os ruídos externos entrem nas salas.

de rocha entre gesso acartonado e concreto, assim, isolando as ondas sonoras.

Figura 141 – Detalhe acústico Fonte: Acervo pessoal, out/2012

Figura 142 – Detalhe acústico Fonte: Acervo pessoal, out/2012


123

Na tabela abaixo, mostra quantos decibéis são permitidos, segundo a NBR 10152/1987:

Tabela 12 - Tabela de decibéis Fonte: Acervo pessoal, out/2012

9.4 Demanda de pessoas: Museu – até 1.100 pessoas Bloco de apresentações - até 1.250 pessoas Oficina da música - até 300 pessoas Totalizando, 2.650 pessoas.


124

Figura 143 - Croquis - 2ยบ estudo Fonte: Acervo pessoal, maio/2012


125

Figura 144 - Planta Baixa TĂŠrreo e 1Âş pavimento Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


126

Figura 145 - Planta Baixa 2ยบ e 3ยบ pavimento Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


127

Figura 146 - Cobertura Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


128

Figura 147 – Ampliação do Museu - Térreo Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


129

Figura 148 – Ampliação do Auditório - Térreo Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


130

Figura 149 – Ampliação da Oficina de Música - Térreo Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


131

Figura 150 – Ampliação do Auditório – 1º pavimento Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


132

Figura 151 – Ampliação da Oficina de Música – 1º pavimento Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


133

Figura 152 – Ampliação da Oficina de Música – 2º pavimento Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


134

Figura 153 – Ampliação do Museu – 3º pavimento Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


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Figura 154 – Corte AA e BB Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


136

Figura 155 – Corte CC e DD Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


137

Figura 156 – Ampliação Corte AA Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


138

Figura 157 – Ampliação Corte AA Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


139

Figura 158 – Ampliação Corte AA Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


140

Figura 159 – Elevação Frontal e Posterior Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


141

Figura 160 – Elevações Laterais Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


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Figura 161 – Planta e Corte da Passarela Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


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Figura 162 – Diagramação da forma Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 163 – Setorização – Museu, Auditório e Oficina da Música Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


144

Bloco - MUSEU Setor Área de exposições Reserva Técnica Sala de Controle Bilheteria Sanitários Ar Condicionado Depósito D. M. L. Casa de Máquinas Reservatório das Caixas d'Água TOTAL Tabela 13 - Tabela de áreas Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Área (m²) 5624,66 46,92 33,12 11,50 175,56 50,47 75,00 37,52 83,79 165,20 6303,74

Bloco - AUDITÓRIO Setor Sala de Apresentação 1 Sala de Apresentação 2 Sala de Apresentação 3 Camarins Lounge dos Músicos Carga e Descarga de Instrumentos Depósito de Cenários e Figurinos Depósito de Instrumentos Sanitários Ante-Salas Foyer Salas de Ensaio Depósito D. M. L. Ar Condicionado Salas de Controle Loja de Conveniência Café Bar Loja de Instrumentos e CD/DVD Bilheteria Informações TOTAL Tabela 14 - Tabela de áreas Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Área (m²) 366,99 667,03 807,70 877,51 137,60 100,62 101,91 61,06 444,75 387,78 1282,99 72,52 117,64 26,10 85,74 278,17 48,43 93,12 57,47 57,62 7,59 7,68 6088,02


145

Bloco - OFICINA DA MÚSICA Setor Área (m²) Salas de Canto 298,38 Salas de Instrumentos 823,3 Salas de Lutheria 161,83 Sala dos Professores 44,41 Biblioteca 242,7 Área de Estar 126,42 Secretaria 81,63 Sanitários 171,52 Administração 51,71 Diretoria 27,97 Refeitório 53,98 Segurança 52,65 Depósito 146,08 D. M. L. 80,93 Ar Condicionado 75,53 TOTAL 2430,04 Tabela 15 - Tabela de áreas Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


146

Figura 164 – Perspectiva Externa Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 165 – Perspectiva Externa Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 166 – Perspectiva Externa Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


147

Figura 167 – Parque Lúdico Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 168 – Bicicletário Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 169 – Mini anfiteatro Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


148

Figura 170 – Museu Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 171 – Museu Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


149

Figura 172 – Sala de Apresentação 2 Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 173 – Sala de Apresentação 2 Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


150

Figura 174 – Sala de Aula Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 175 – Sala de Aula Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


151

Figura 176 – Maquete Física Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 177 – Maquete Física Fonte: Acervo pessoal, nov/2012

Figura 178 – Maquete Física Fonte: Acervo pessoal, nov/2012


152

10 CONCLUSÃO

Com a proposta do Museu da Música, ele traria

O Museu abriria as portas para o entretenimento,

benefícios à região, como visitantes, área de lazer e cultural,

diversão, conhecimento e lazer com as áreas expositivas, shows

além da área verde para uma região que está crescendo e se

e apresentações, aulas de música e o parque lúdico, para todos

desenvolvendo urbanisticamente, com novos usos, entre eles

os estilos musicais, gostos e pessoas. Projeto proposto não

residenciais e comerciais, dando uma nova imagem ao bairro.

somente para moradores da região, como para todos em geral,

Com o estudo do diagnóstico e as novas propostas para

sendo facilitado o acesso pela Estação Barra Funda. Sua

diretrizes, o novo parcelamento do solo, a criação de áreas

volumetria despertaria a curiosidade dos visitantes e se

verdes e as transposições (passarelas) seriam as mudanças que

diferenciaria dos edifícios do entorno, sendo mais um atrativo

iriam mais favorecer a Barra Funda e as pessoas que

para

frequentam a área no dia a dia.

a

região.


153

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Base de dados da população. São Paulo, 2012.

Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano – EMPLASA. Base de dados de urbanismo. São Paulo, 2012.

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Auditório do Ibirapuera. Disponível em: <www.arcoweb.com.br>. Acesso em abril/2012.

SESC Pompéia. Disponível em: <www. teoriacritica13ufu.wordpress.com/>. Acesso em abril/2012.

Sala São Paulo de Concertos. Disponível em: <http://www.osesp.art.br/>. Acesso em abril/2012.

Casa da Música. Disponível em: <www.arcoweb.com.br>. Acesso em abril/2012.

Cidade da Música. Disponível em: <http://obras.rio.rj.gov.br>. Acesso em abril/2012

Walt Disney Concert Hall. Disponível em: < http://veja.abril.com.br>. Acesso em abril/2012


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MARCO, Anita Regina Di e ZEIN, Ruth Verde. Sala São Paulo de Concertos - Revitalização da Estação Júlio Prestes: o projeto arquitetônico. 1ª ed. São Paulo: Alter Market, 2001. 247 p.

BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. 80 p.

CARVALHO, Régio Paniago. Acústica Arquitetônica. Brasília: Thesaurus, 2010. 238 p.

NEUFERT, Peter. Arte de Projetar em Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili, 1976. 618p.

Cidade da Música. Revista AU, São Paulo, p. 50-59, dezembro/2010.


156

LISTA DE IMAGENS

Figura 1 - Dispersão Geográfica dos Museus Brasileiros.................................................................................................................15 Figura 2 - Pintura num vaso grego antigo que representa uma lição de música (510 a.C.).............................................................16 Figura 3 - Barra Funda antiga............................................................................................................................................................22 Figura 4 - Linha férrea da estação Barra Funda................................................................................................................................22 Figura 5 – Casarão na Barra Funda..................................................................................................................................................23 Figura 6 - Homens nas indústrias da Barra Funda............................................................................................................................24 Figura 7 - Shopping Bourbon.............................................................................................................................................................25 Figura 8 - Palestra Itália.....................................................................................................................................................................25 Figura 9 - SESC Pompéia..................................................................................................................................................................25 Figura 10 - Casa das Caldeiras..........................................................................................................................................................25 Figura 11 - Casa do Eletricista...........................................................................................................................................................33 Figura 12 - Torres Comerciais............................................................................................................................................................33 Figura 13 – Banco Itaú.......................................................................................................................................................................34 Figura 14 – Fábrica.............................................................................................................................................................................34 Figura 15 – Fábrica.............................................................................................................................................................................34 Figura 16 - Leilão de carros................................................................................................................................................................34 Figura 17 - Mapa de uso do solo e sistema viário..............................................................................................................................35 Figura 18 - Mapa de ocupação do solo...............................................................................................................................................36 Figura 19 - Terminal Intermodal da Barra Funda................................................................................................................................38 Figura 20 – Fábrica com 3 pavimentos...............................................................................................................................................39


157

Figura 21 - Torres comerciais altas..................................................................................................................................................39 Figura 22 - Fábrica com 3 pavimentos.............................................................................................................................................39 Figura 23 – Estacionamento para caminhões..................................................................................................................................39 Figura 24 - Mapa de gabarito de altura............................................................................................................................................40 Figura 25 - Torres comerciais novas................................................................................................................................................41 Figura 26 - Edifício bem conservado................................................................................................................................................41 Figura 27 - Edifício pichado..............................................................................................................................................................41 Figura 28 - Mapa do estado de conservação...................................................................................................................................42 Figura 29 - Casa das Caldeiras........................................................................................................................................................43 Figura 30 - SESC Pompéia..............................................................................................................................................................44 Figura 31 - Shopping Bourbon.........................................................................................................................................................45 Figura 32 - Igreja Batista da Água Branca.......................................................................................................................................46 Figura 33 - Mapa de edifícios significativos e tombados..................................................................................................................47 Figura 34 - Rio Tietê antigamente....................................................................................................................................................49 Figura 35 - Córrego Água Preta.......................................................................................................................................................50 Figura 36 - Córrego Sumaré.............................................................................................................................................................50 Figura 37 - Mapa de hipsometria e hidrografia.................................................................................................................................51 Figura 38 - Zoneamento da Barra Funda.........................................................................................................................................52 Figura 39 - Área da Operação Urbana Água Branca.......................................................................................................................53 Figura 40 - Proposta para o Concurso "Bairro Novo"......................................................................................................................56 Figura 41 - Proposta para o Concurso "Bairro Novo"......................................................................................................................57 Figura 42 - Mapa de Diagnósticos...................................................................................................................................................59


158

Figura 43 - Mapa de Diagnósticos.................................................................................................................................................60 Figura 44 - Mapa de Diagnósticos.................................................................................................................................................61 Figura 45 - Mapa de Diagnósticos.................................................................................................................................................62 Figura 46 - Mapa de Diretrizes.......................................................................................................................................................64 Figura 47 – Croquis do Auditório do Ibirapuera e da Oca..............................................................................................................66 Figura 48 - Vista aérea do Parque do Ibirapuera...........................................................................................................................67 Figura 49 - Marquise do Auditório..................................................................................................................................................68 Figura 50 - Fachada lateral e posterior..........................................................................................................................................68 Figura 51 - Escultura da Tomie Ohtake.........................................................................................................................................68 Figura 52 - Rampa de acesso ao mezanino..................................................................................................................................68 Figura 53 – Plateia.........................................................................................................................................................................69 Figura 54 - Plateia e palco .............................................................................................................................................................69 Figura 55 - Orquestra Sinfônica de Berlim.....................................................................................................................................69 Figura 56 – Subsolo.......................................................................................................................................................................69 Figura 57 - Planta do Subsolo com estudo de setorização...........................................................................................................70 Figura 58 - Planta do Térreo com estudo de setorização..............................................................................................................71 Figura 59 - Planta do 1º pavimento com estudo de setorização....................................................................................................72 Figura 60 – Cortes..........................................................................................................................................................................73 Figura 61 - Croquis do Teatro.........................................................................................................................................................74 Figura 62 - Vista aérea do SESC Pompéia....................................................................................................................................74 Figura 63 - Entrada do SESC Pompéia..........................................................................................................................................75 Figura 64 - Área de estar................................................................................................................................................................76


159

Figura 65 – Área de Convivência..................................................................................................................................................76 Figura 66 - Espelho d'água...........................................................................................................................................................76 Figura 67 – Biblioteca...................................................................................................................................................................76 Figura 68 - Teatro - Show do Jair Rodrigues................................................................................................................................77 Figura 69 - Maquete do SESC Pompéia.......................................................................................................................................77 Figura 70 - Bloco esportivo...........................................................................................................................................................77 Figura 71 - Planta geral com estudo de setorização.....................................................................................................................78 Figura 72 - Elevação do bloco esportivo.......................................................................................................................................79 Figura 73 - Corte do bloco esportivo.............................................................................................................................................79 Figura 74 - Elevação dos galpões.................................................................................................................................................79 Figura 75 - Croquis da Sala São Paulo.........................................................................................................................................80 Figura 76 - Vista aérea da Sala São Paulo...................................................................................................................................80 Figura 77 – Salão da Sala São Paulo...........................................................................................................................................82 Figura 78 - Escada em estrutura metálica e madeira...................................................................................................................82 Figura 79 - Sala São Paulo...........................................................................................................................................................82 Figura 80 - Sala São Paulo...........................................................................................................................................................83 Figura 81 – Cúpula........................................................................................................................................................................83 Figura 82 - Sala de Concertos.......................................................................................................................................................84 Figura 83 - Palco e Sala de Concertos..........................................................................................................................................84 Figura 84 - Forro acústico móvel...................................................................................................................................................84 Figura 85 - Planta do térreo com estudo de setorização...............................................................................................................85 Figura 86 - Planta do Mezanino com estudo de setorização.........................................................................................................86


160

Figura 87 - Planta do 1º pavimento com estudo de setorização..................................................................................................87 Figura 88 - Planta do 2º pavimento com estudo de setorização..................................................................................................88 Figura 89 - Planta do 3º pavimento com estudo de setorização..................................................................................................89 Figura 90 - Pesquisa de satisfação com o público – 2011...........................................................................................................90 Figura 91 - Vista aérea com o 3D da Casa da Música.................................................................................................................91 Figura 92 - Estudos da volumetria...............................................................................................................................................92 Figura 93 - Casa de Música.........................................................................................................................................................92 Figura 94 – Saguão......................................................................................................................................................................93 Figura 95 – Lounge......................................................................................................................................................................93 Figura 96 - Casa da Música.........................................................................................................................................................93 Figura 97 - Sala de concertos......................................................................................................................................................93 Figura 98 - Planta do subsolo com estudo de setorização..........................................................................................................94 Figura 99 - Planta do Térreo com estudo de setorização...........................................................................................................95 Figura 100 - Planta do 3º pavimento com estudo de setorização...............................................................................................96 Figura 101 - Planta do 4º pavimento com estudo de setorização...............................................................................................97 Figura 102 - Corte Seção Norte-Sul............................................................................................................................................98 Figura 103 - Corte Seção Leste-Oeste.......................................................................................................................................98 Figura 104 – Vista aérea da Cidade da Música..........................................................................................................................99 Figura 105 - Croquis da Cidade da Música...............................................................................................................................100 Figura 106 - Cidade da Música.................................................................................................................................................100 Figura 107 - Cidade da Música.................................................................................................................................................101 Figura 108 - Sala de Concerto..................................................................................................................................................101


161

Figura 109 - Sala de Música......................................................................................................................................................101 Figura 110 - Grande Sala de Concerto......................................................................................................................................101 Figura 111 - Planta nível superior e nível esplanada com estudo de setorização.....................................................................102 Figura 112 – Cortes....................................................................................................................................................................103 Figura 113 - Vista aérea do Walt Disney Concert Hall...............................................................................................................104 Figura 114 – Croquis do Walt Disney Concert Hall....................................................................................................................105 Figura 115 - Walt Disney Concert Hall………………………………………………………………………………………………...105 Figura 116 – Entrada..................................................................................................................................................................106 Figura 117 – Sala de Concertos.................................................................................................................................................106 Figura 118 – Café.......................................................................................................................................................................106 Figura 119 – Sala de apresentação............................................................................................................................................106 Figura 120 - Planta do térreo com estudo de setorização..........................................................................................................107 Figura 121 - Planta do 1º pavimento com estudo de setorização..............................................................................................108 Figura 122 – Corte......................................................................................................................................................................109 Figura 123 – Corte......................................................................................................................................................................109 Figura 124 - Organograma geral................................................................................................................................................111 Figura 125 - Organograma Oficina de Música...........................................................................................................................111 Figura 126 - Organograma Geral...............................................................................................................................................112 Figura 127 - Organograma Museu.............................................................................................................................................112 Figura 128 - Organograma Geral...............................................................................................................................................113 Figura 129 - Organograma Casa de Show................................................................................................................................113 Figura 130 - Terreno de intervenção..........................................................................................................................................114


162

Figura 131 - Terreno de intervenção.....................................................................................................................................115 Figura 132 - Terreno de intervenção.....................................................................................................................................115 Figura 133 - Croquis - 1º estudo............................................................................................................................................116 Figura 134 - Croquis - 1º estudo............................................................................................................................................116 Figura 135 - Croquis - 2º estudo............................................................................................................................................116 Figura 136 - Croquis - 3º estudo............................................................................................................................................116 Figura 137 – Implantação com entorno e passarela..............................................................................................................117 Figura 138 - Implantação.......................................................................................................................................................118 Figura 139 – Croquis estudo da insolação - 3º estudo..........................................................................................................121 Figura 140 – Detalhe acústico...............................................................................................................................................121 Figura 141 - Detalhe acústico................................................................................................................................................122 Figura 142 - Detalhe acústico................................................................................................................................................122 Figura 143 – Croquis – 2º estudo...........................................................................................................................................124 Figura 144 – Planta Baixa – Térreo e 1º pavimento...............................................................................................................125 Figura 145 – Planta Baixa – 2º e 3º pavimento......................................................................................................................126 Figura 146 - Cobertura...........................................................................................................................................................127 Figura 147 – Ampliação do Museu - Térreo...........................................................................................................................128 Figura 148 – Ampliação do Auditório – Térreo.......................................................................................................................129 Figura 149 – Ampliação da Oficina de Música – Térreo.........................................................................................................130 Figura 150 – Ampliação do Auditório – 1º pavimento.............................................................................................................131 Figura 151 – Ampliação da Oficina de Música – 1º pavimento...............................................................................................132 Figura 152 – Ampliação da Oficina de Música – 2º pavimento...............................................................................................133


163

Figura 153 – Ampliação do Museu – 3º pavimento........................................................................................................134 Figura 154 – Corte AA e BB...........................................................................................................................................135 Figura 155 – Corte CC e DD..........................................................................................................................................136 Figura 156 – Ampliação Corte AA..................................................................................................................................137 Figura 157 – Ampliação Corte AA..................................................................................................................................138 Figura 158 – Ampliação Corte AA..................................................................................................................................139 Figura 159 – Elevação Frontal e Posterior.....................................................................................................................140 Figura 160 – Elevações Laterais....................................................................................................................................141 Figura 161 – Planta e Corte da Passarela.....................................................................................................................142 Figura 162 – Diagramação da Forma.............................................................................................................................143 Figura 163 – Setorização................................................................................................................................................143 Figura 164 – Perspectiva Externa...................................................................................................................................146 Figura 165 – Perspectiva Externa...................................................................................................................................146 Figura 166 – Perspectiva Externa...................................................................................................................................146 Figura 167 – Parque Lúdico............................................................................................................................................147 Figura 168 – Bicicletário..................................................................................................................................................147 Figura 169 – Mini Anfiteatro............................................................................................................................................147 Figura 170 – Museu.........................................................................................................................................................148 Figura 171 – Museu.........................................................................................................................................................148 Figura 172 – Sala de Apresentação 2..............................................................................................................................149 Figura 173 – Sala de Apresentação 2..............................................................................................................................149 Figura 174 – Sala de Aula................................................................................................................................................150


164

Figura 175 – Sala de Aula..............................................................................................................................................150 Figura 176 – Maquete Física..........................................................................................................................................151 Figura 177 – Maquete Física..........................................................................................................................................151 Figura 178 – Maquete Física..........................................................................................................................................151


165

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade de Museus Mapeados e cadastrados segundo unidades da Federação e grandes regiões..........15 Tabela 2 - Densidade Demográfica..........................................................................................................................................26 Tabela 3 - Faixa Etária.............................................................................................................................................................27 Tabela 4 - Escolaridade do Responsável.................................................................................................................................27 Tabela 5 - Domicílios por Tipo..................................................................................................................................................28 Tabela 6 - Quantidade de Moradores por Domicílios...............................................................................................................29 Tabela 7 - Renda em Salário Mínimo do Responsável............................................................................................................29 Tabela 8 - Setorização do Auditório do Ibirapuera...................................................................................................................73 Tabela 19 - Setorização do SESC Pompéia............................................................................................................................79 Tabela 10 - Setorização da Sala São Paulo............................................................................................................................90 Tabela 11 - Tabela de Características da Zona de Uso.........................................................................................................118 Tabela 12 - Tabela de Decibéis.............................................................................................................................................123 Tabela 13 - Tabela de Áreas.................................................................................................................................................144 Tabela 14 - Tabela de Áreas.................................................................................................................................................144 Tabela 15 - Tabela de Áreas.................................................................................................................................................145


166

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Porcentagem de museus por tipologia de acervo...............................................................................................20 Gráfico 2 - Porcentagem de museus segundo atividades culturais promovidas..................................................................20 Gráfico 3 - Densidade Demográfica......................................................................................................................................26 Gráfico 4- Faixa Etária..........................................................................................................................................................27 Gráfico 5 - Escolaridade do Responsável.............................................................................................................................27 Gráfico 6 - Domicílios por Tipo..............................................................................................................................................28 Gráfico 7 - Quantidade de Moradores por Domicílio.............................................................................................................29 Gráfico 8 - Renda em Salário Mínimo do Responsável........................................................................................................29 Gráfico 9 - Pontos Positivos..................................................................................................................................................30 Gráfico 10 - Pontos Negativos...............................................................................................................................................31


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