Arquitetura Japonesa: inventário do uso dos encaixes estruturais de madeira

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO

Curso de Arquitetura e Urbanismo

の 建

Trabalho Final de Graduação

LARISSA ABREU COMELLI

築 : 木 材 造 継 手

ARQUITETURA JAPONESA: inventário do uso dos encaixes estruturais de madeira

使 用 の 在 庫

SÃO PAULO 2018


LARISSA ABREU COMELLI

ARQUITETURA JAPONESA: inventário do uso dos encaixes estruturais de madeira Trabalho Final de Graduação Centro Universitário Belas Artes

ORIENTADOR Prof. Dr. Ademir Pereira dos Santos

São Paulo, dezembro de 2018


Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes sob orientação do Prof. Dr. Ademir Pereira dos Santos.

Comelli, Larissa Abreu ARQUITETURA JAPONESA: inventário do uso dos encaixes estruturais de madeira/ Larissa Abreu Comelli – São Paulo, 2018 Monografia (Arquitetura e Urbanismo) Universitário Belas Artes de São Paulo

Centro

Orientador: Ademir Pereira dos Santos 1.Arquitetura Japonesa 2. Inventário 5. Sustentabilidade

Encaixes

3.

Madeira

4.

São Paulo, 2018


DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, Célia e Marco, minha irmã Isabella e meus avós Darcy e Gilberto. Que me apoiaram incondicionalmente, nunca me deixaram faltar nada, principalmente nos estudos e me deram coragem para seguir em frente independente de qualquer situação e chegar aqui.


AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu querido orientador Ademir Pereira dos Santos por abraçar esse tema tão singular e desafiador com o mesmo interesse e entusiasmo que eu. À Japan House, que possibilitou conhecer o colaborador Hayato Fujii, que foi crucial no fornecimento de informações sobre as obras estudadas, à Prof. Luiza Naomi Iwakami, pelas dicas sobre as construções de imigrantes japoneses no Brasil. À Associação Casarão do Chá e à Senhora Mary Noriko Nakatani, que gentilmente me recebeu na visita ao local. À Bunkyo- Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, responsável pela administração do Pavilhão Japonês do Ibirapuera e a um de seus funcionários, Kazuto Messias, que disponibilizou seu tempo para responder a todas minhas dúvidas sobre a obra. À José Gildenor, meu chefe no Fab Lab Craft da faculdade, por me ensinar tudo o que pôde sobre marcenaria durante minha monitoria e me ajudar a fazer um dos encaixes. As minhas queridas que conheci nessa trajetória acadêmica, Giselle, Letícia e Victória, sendo uma segunda família para mim. Às minhas amigas Michele Saidon, Camila Missio, Vitor Roma e Estela Ohmati, que me auxiliaram nesse trabalho. À minha querida chefe Eloá Peetz, por toda sua paciência e compreensão. E por último, ao meu melhor amigo Mário Andrade por me aguentar em todos esses anos de amizade.


RESUMO

Este trabalho tem como objetivo estudar e inventariar a técnica construtiva dos encaixes da arquitetura tradicional japonesa em madeira. Trata-se de um estudo sistemático baseado no uso de fichas de caracterização e análise de cada um dos 100 (cem) encaixes identificados. A metodologia contemplou a revisão bibliográfica, feita a partir de textos clássicos da historiografia da arquitetura japonesa; o desenvolvimento de uma ficha de inventariação e o sistema de classificação associação dos sistemas de encaixes expresso num diagrama síntese, formado por colunas verticais e horizontais, no qual se buscou expressar as semelhanças e diferenças entre as duas grande modalidades identificadas, tsugite e shiguchi. Como resultado apresenta-se a atualidade do uso do encaixe e da madeira da tradicional arquitetura japonesa como uma referência fundamental para a arquitetura contemporânea, devido às demandas pela sustentabilidade, uma das exigências dos dias atuais.

PALAVRAS-CHAVE Arquitetura Japonesa; Encaixes; Madeira; Inventário; Sustentabilidade.


ABSTRACT

This work has as objective to study and to inventory the constructive technique of the joinery of the traditional Japanese architecture in wood. This is a systematic study based on the use of characterization and analysis sheets for each of the 100 (one hundred) identified joints. The methodology contemplated the bibliographical revision, made from classic texts of the historiography of the Japanese architecture; the development of an inventory file and the classification system association of the joinery systems expressed in a synthesis diagram, formed by vertical and horizontal columns, in which it was tried to express the similarities and differences between the two great modalities identified, tsugite and shiguchi. As a result, the use of wood and dove of traditional Japanese architecture is presented as a fundamental reference for contemporary architecture, due to the demands for sustainability, one of the demands of today. KEYWORDS Japanese Architecture; Joinery; Wood; Inventory; Sustainability.


RELAÇÃO DE FIGURAS

Figura 1: Antiga área florestal transformada em pastagem. ................. 20 Figura 2: A Amazônia Legal ............................................................ 21 Figura 3: Fichas Técnicas do Eucalipto Citriodora................................ 22 Figura 4: Fichas Técnicas do Eucalipto Grandis. ................................. 23 Figura 5: Fichas Técnicas do Pinus- elioti. ......................................... 24 Figura 6: Vigas de Madeira Laminada Colada, fabricadas na sede da Ita Construtora em Vargem Grande. ................................................ 26 Figura 7: Madeira Laminada Colada Cruzada. .................................... 27 Figura 8. Foto aérea da cidade de Yokohama antigamente. .................. 29 Figura 9. Seção da estrutura do pagode do templo Horyu-ji. ................ 31 Figura 10. Ilustração dos carpinteiros japoneses “montando” a obra. .... 36 Figura 11. Emsambladura utilizando encaixes, assemelha-se a solução do encaixe Igeta Shikuchi. ............................................................. 37 Figura 12 Emsambladura utilizando encaixes, assemelha-se a solução do encaixe Yonmai Kama Tsugi. ..................................................... 38 Figura 13 e 14. Esquematização e exemplo de encaixes de vigas no pilar. ............................................................................................. 39 Figura 15: Tipologias básicas de encaixe. .......................................... 41 Figura 16. Esquema de uso dos encaixes em uma edificação................ 42 Figura 17. Encaixe Sogi-Tsugi ......................................................... 43 Figura 18. Gráfico do sistema de coordenadas x, y e z. ....................... 44 Figura 19 Diagrama geral da classificação dos encaixes....................... 53 Figura 20 Panorama geral do templo Todai-ji. ................................... 161


Figura 21 O grande salão Buda, é perceptível a grande quantidade de encaixes logo na fachada para aguentar tamanha estrutura. ......... 162 Figura 22 Portão de entrada ao complexo Todai-ji, conhecido como maior portão de todos os templos no Japão. ........................................ 163 Figura 23 e 24. Maquete da estrutura do Portão de entrada. ............... 164 Figura 25 Vista interna do Grande Salão Buda, pilares largos eram uma solução construtiva na época, antes da criação do método kiwari de proporção. ............................................................................. 164 Figura 26. Esquematização do sistema estrutural do Grande Salão Buda. ............................................................................................ 165 Figura 27 Panorama geral do templo Kinkaku-ji. ............................... 166 Figura 28. Kinkaku-ji após o incêndio. ............................................. 167 Figura 29. Vista externa do Casarão do Chá. .................................... 169 Figura 30. Estrutura interna por treliças e encaixes. .......................... 170 Figura 31, 32 e 33. Encaixes da estrutura do telhado em pilares, vigas e vergas................................................................................... 170 Figura 34 e 35. Encaixes detalhados ............................................... 171 Figura 36 e 37. Encaixes realizados durante o restauro, para a substituição da madeira avariada. ............................................................... 172 Figura 38 Panorama geral do Templo Kinkaku-ji de Itapecerica. .......... 173 Figura 39. Panorama geral do Pavilhão Japonês do Ibirapuera. ............ 174 Figura 39. Imagem da época da construção. .................................... 175 Figura 40. Exemplos de encaixes utilizados na restauração. ................ 175 Figura 41 e 42. Varanda do lago das carpas e corredor de conexão do salão principal ao salão expositor. ..................................................... 176 Figura 43. Entrada do Pavilhão. ...................................................... 177 Figura 44. Restauração de 2013. .................................................... 178


Figura 45. Restauração de 2013 nos pilares do lago das carpas. .......... 178 Figura 46, 47, 48, 49, 50 e 51. Encaixes encontrados no Pavilhão Japonês. ............................................................................................ 179 Figura 52. Panorama geral do Edifício da Tamedia. ............................ 182 Figura 53. Vista interna de edificação. ............................................. 183 Figura 54 e 55. Esquema de montagem e vista da obra durante a construção. ............................................................................ 184 Figura 56. Encaixe pela junta de pino. ............................................. 184 Figura 57. Panorama geral da Japan House. ..................................... 185 Figura 58. Prancha de Elevação da Japan House com brise, vista da Av. Paulista. ................................................................................ 186 Figura 59. Parte da estrutura do brise solei composta pelos encaixes. .. 187 Figura 60. Gráficos de especificação de cada uma das 36 camadas do brise soleil. .................................................................................... 189 Figura 61 Panorama geral da Prefeitura de Yusuhara. ........................ 190 Figura 62. Vista interna da praça coberta. ........................................ 190 Figura 63. Corte detalhado da estrutura e dos painéis da fachada. ....... 191 Figura 64. Detalhamento da estrutura, encontro de pilar com vigas. .... 192 Figura 65: Fábrica da ITA Construtora, localizada em Vargem Grande. . 193 Figura 66: Vigas de MCL, recém montadas na fila para usinagem na CNC. ............................................................................................ 194 Figura 67: Junta de pilar e viga realizado por uma peça metálica. ........ 195 Figura 68 e 69: Modelagem Tridimensional em CADWORK® e interface do software da máquina de usinagem automática. ........................... 196 Figura 70: Usinagem de pilar em máquina CNC HUNDEGGER K2®. ..... 197 Figura 71. Catálogo de encaixes “atualizados” produzidos pelo professor Jochen Gros e o designer Friedrich Sulzer. .................................. 198


Figura 72 e 73. Comparação entre novo modelo projetado com o encaixe tradicional japonês Kishikake Ari Tsugi. ...................................... 199 Figura 74 e 75. Comparação entre novo modelo projetado com o encaixe tradicional japonês Tenbin no Gyaku Kumi Tsugi. ........................ 199


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................... 10 CAPÍTULO 1 ......................................................... 14 1.1 A construção civil e seus resíduos .................. 15 1.2 Porque a madeira ........................................ 16 1.3 A madeira é o material do século 21? ............. 17 1.3.1 Depósito de carbono .............................. 18 1.3.2 Comportamento sob incêndio .................. 19 1.3.3 Propriedades ......................................... 19

IMPORTÂNCIA DAS CONSTRUÇÕES EM MADEIRA

1.4 A madeira no Brasil ...................................... 20 1.5 Quais madeiras e seus derivados ................... 22 1.5.1 Derivados da Madeira ............................. 25 CAPÍTULO 2. ........................................................ 28 2.1 A Arquitetura Japonesa ................................. 30

ARQUITETURA

2.1.1 Construções Japonesas ........................... 32

“TRADICIONAL”

2.2 O modo de construir no Japão Pré-Moderno ..... 33

JAPONESA

2.3 O Mestre Carpinteiro .................................... 34

E O PAPEL

2.4 A importância dos Encaixes ........................... 35

DOS ENCAIXES

CAPÍTULO 3. ........................................................ 40 3.1 Classificação ............................................... 43 3.1.1 Núcleos ................................................ 44 3.1.2. Encaixes “Irmãos” e Encaixes “Primos” .... 48 3.2 Diagrama Síntese e Fichas de Identificação ..... 53 3.2.1. Códigos de localização e Classificação de Complexidade ............................................. 155

OS ENCAIXES


CAPÍTULO 4. ...................................................... 160 4.1 No Japão .................................................. 161 4.1.1 TEMPLO TODAI-JI (東大寺) .................... 161 4.1.2 TEMPLO KINKAKU-JI (金閣寺) ................. 166 4.2 No Brasil .................................................. 168

OBRAS REFERENCIAIS

4.2.1 CASARÃO DO CHÁ ............................... 169 4.2.2 TEMPLO KINKAKU-JI DE ITAPECERICA DA SERRA........................................................ 173 4.2.3 PAVILHÃO JAPONÊS DO IBIRAPUERA ...... 174 CAPÍTULO 5. ...................................................... 180 5.1 Uso dos encaixes atualmente ...................... 181 5.1.1 EDIFÍCIO DA TAMEDIA OFFICE BUILDING 182

OS ENCAIXES

5.1.2 JAPAN HOUSE ..................................... 185

HOJE

5.1.3 PREFEITURA DE YUSUHARA................... 190 5.1.4 ITA CONSTRUTORA .............................. 193 5.2 Atualização dos encaixes ............................ 197 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................... 200 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................... 200


INTRODUÇÃO

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O presente trabalho tem como objetivo estudar e inventariar a técnica construtiva dos encaixes da arquitetura tradicional japonesa em madeira. Busca inicialmente investigar, valorizar e atualizar o uso da madeira como uma solução em um modo de construir sustentável pois, a madeira é um dos raros materiais renováveis à disposição. Inclusive, em conjunto com as atuais tecnologias para a sua reprodução, antes possível apenas artesanalmente, hoje pode ser retomada dentro dos mesmos padrões da carpintaria japonesa, porém, em grande escala e respeitando as demandas de precisão industrial, proporcionando baixo impacto ambiental na concepção de uma edificação. Entre os objetivos específicos pode-se destacar o papel introdutório no estudo da arquitetura tradicional japonesa, realizado por meio do uso de fichas de caracterização e análise de cada encaixe identificado. Outro aspecto a ser destacado é a atualidade do uso do encaixe e da madeira nas obras contemporâneas no Brasil e no exterior. Justifica-se este trabalho devido à importância adquirida pelo uso da madeira na arquitetura contemporânea. A arquitetura japonesa tornou-se uma referência significativa, devido ao uso de

técnicas

construtivas baseadas no encaixe e em procedimentos característicos, tais como, a modulação que permite a flexibilidade de geometria e durabilidade devido o material ficar no seu estado natural sem intervenção de outros materiais. A ligação entre as peças verticais, horizontais e transversais é o principal papel desempenhado pelos encaixes nas construções. Porém, as técnicas de ligações foram esquecidas por suas dificuldades de fabricação, sendo um processo praticamente artesanal. Por este motivo foram substituídas por artifícios como, conectores metálicos, pregos, parafusos, cordas e cola. O estudo dos encaixes em madeira também se justifica pelos desafios contemporâneos, associados a sustentabilidade. Vive- se em um 11


momento no qual a engenharia e a construção devem incorporar processos que otimizem o uso de energia e os procedimentos que possam contribuir uma economia de recursos e ampliação das soluções pautadas pela renovação da matéria prima. Considera-se que é necessário mudar a maneira de construirmos para evitarmos impactos indesejáveis no ambiente atendendo, os requisitos da sustentabilidade. Como metodologia foi feito inicialmente uma introdução ao tema das construções em madeira e a necessidade delas, ressaltando a importância da arquitetura japonesa para a contemporaneidade, especialmente pelo uso do seu principal material, a madeira. Foi elaboração de um sistema de classificação por meio de um diagrama para apresentar os encaixes levantados, distinguindo duas modalidades: Shiguchis e Tsugites, cada uma com uma característica singular. Dentro de cada modalidade há uma subdivisão que reúne encaixes semelhantes, porém com variações que apresentam para cada situação uma solução específica. Para caracterizar cada encaixe foi elaborada uma ficha de identificação e análise, contendo informações e descrições, e, para cada encaixe foi gerado um código para auxiliar a localização no diagrama. A pesquisa e a localização dos dados para criação de um inventário de referências foram utilizados livros, revistas, artigos, teses, dissertações e entrevistas

sobre

o

tema.

Foram

também

utilizadas,

palestras

documentários e vídeos. Realizou-se também visitas à obras referenciais em São Paulo, para a elaboração de estudos de caso, como por exemplo o Casarão do chá, a Japan house e o Pavilhão japonês do Ibirapuera.

Como

resultado

é

esperado

que

o

presente

estudo

auxilie

na

conscientização sobre o uso de uma técnica ancestral, que pode contribuir 12


para

soluções

de

problemas

contemporâneos

na

arquitetura,

principalmente a premência do uso de materiais e sistemas construtivos renováveis.

13


1. IMPORTÂNCIA DAS CONSTRUÇÕES EM MADEIRA

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Segundo especialistas a construção civil é a maior fonte geradora de lixo, geralmente na forma de resíduos sólidos, também é quem mais causa os impactos ambientais, consome recursos naturais não-renováveis e modifica radicalmente a paisagem.

1.1 A construção civil e seus resíduos Os resíduos provenientes da construção civil são um grave problema, segundo o professor Pedro Carlos Schenini, em toda a sociedade, a construção civil é a maior fonte geradora de lixo, seus entulhos podem chegar a representar até 70% da massa total de resíduos sólidos urbanos de uma cidade brasileira de médio e grande porte. (SALSA, 2009) De acordo com Akatu (2010) 66% da madeira consumida de florestas naturais – e que muitas vezes não sofrem remanejo adequado – têm como destino a construção civil. O setor também é o que mais consome recursos não-renováveis como o cobre e o zinco, cujas reservas têm estimativa de durarem apenas mais cerca de 60 anos. (AKATU, 2010) Estima-se que 40 a 60% dos resíduos sólidos urbanos gerados, são de resíduos de construção e demolição. Em sua grande maioria, são lançados nas margens de rios e córregos, em terrenos baldios, encostas, em botaforas clandestinos, em calçadas, áreas públicas ou em até áreas protegidas por lei. Impactos ambientais tais como o assoreamento e entupimento de cursos d’água, associados às constantes enchentes, além de promover o desenvolvimento de vetores nocivos à saúde pública, são as consequências. Em Salvador, Bahia, a quantidade de entulhos recolhida em obras e reformas chega perto de 60% do total de lixo da cidade. Em Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS) esse índice chega a 55%. Em Belo Horizonte, o volume de resíduos gerados nas obras representa 45% do lixo recolhido pela prefeitura. A solução foi criar um banco, onde construtoras podem vender e comprar terra e entulho descartados das obras. Em São Paulo, foram recolhidas por dia mais 15.000 toneladas de entulho, dados da prefeitura de São Paulo, em 08 de janeiro de 2007. A implementação de Ecopontos, 15


locais de recolhimento do material reciclável e a construção de aterros de inertes constituem as soluções adotadas pela prefeitura numa difícil tarefa de tornar o meio ambiente menos poluído ou contaminado, em todas as subprefeituras da cidade. (SALSA, 2009)

A urbanização das cidades, o aumento das densidades, são fatores que geram cada vez mais impactos no ambiente. O desafio maior se dá pela mudança do material padrão nas construções: concreto e aço. Materiais do século passado que consomem muita energia e emitem gás de efeito estufa em seu processo. O aço representa cerca de 3% da emissão humana de gás de efeito estufa e concreto 5%. Então se pensarmos nisso, 8% da nossa contribuição para o efeito estufa atualmente vem só desses dois materiais. (GREEN, 2013)

1.2 Porque a madeira Ainda vivemos uma cultura que associou durante anos o uso do material a construções muito simples ou muito sofisticadas. Foi considerada, pelo senso comum, como uma arquitetura arcaica, rústica, em que sempre ligavam a imagem da madeira a um material primitivo, por conta de ser um dos primeiros materiais, além da palha e da terra, usados para constituir desde a Pré-história. Depois da invenção do concreto o “material novo”, moderno, que representava o futuro, mais resistente e também a junção com o aço criando o concreto armado, a madeira passou a ter pequena participação, ou participação secundária, na construção civil, deixando de fazer parte da estrutura ou vedação. A madeira ainda é utilizada nas construções de concreto armado como auxiliar, por exemplo, na construção de andaimes e fôrmas para concreto, em esquadrias, forros, pisos, na cobertura ou com funções decorativas. Porém, esse preconceito disfarçado vem mudando ano a ano, acompanhando a tendência mundial de emprego cada vez maior da madeira como elemento estrutural.

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Se eliminarmos a floresta, substituindo-a por pasto, plantações ou área urbana, enfrentaremos, cada vez mais, os problemas causados pelas mudanças climáticas, como inundações, falta de água e poluição do ar, entre outros. ... Em tempos de drásticas alterações no clima do planeta, é dever do setor produtivo procurar matériasprimas certificadas que valorizem as florestas e, consequentemente, contribuam para a redução de gases do efeito estufa. (HAMÚ, apud ZENID, 2009, p. 5)

O Brasil é o maior setor usuário de madeira tropical e precisa se conscientizar sobre a necessidade do uso racional e sustentável do material, minimizando os impactos na extração mineral, consumindo menos matériaprima, produzida por mineração, sem mencionar a questão da destinação de resíduos. O uso correto da madeira, selecionada e tratada com produtos preventivos contra

o

ataque

de

organismos

xilófagos,

pode

incentivar

e

consequentemente, expandir o mercado de madeira, consolidando- a como um material ambientalmente sustentável. A madeira, acompanhada de provas documentais que garantam sua origem legal e não predatória, se constitui em produto sustentável, natural e oriundo de uma fonte plenamente renovável - a floresta. Reconhecida há muito como amiga da humanidade, a madeira deve ser reapresentada à sociedade atual como alternativa ecológica a materiais como metais, plásticos, compostos de cimento e outros que, em sua produção, utilizam como fonte de energia a própria madeira e, em seus ciclos de vida, acarretam incomparáveis impactos ambientais. Quando utilizada na fabricação de bens duráveis como móveis, objetos de decoração e nas nossas habitações, se constitui em ferramenta para fixação do carbono, contribuindo para a redução do aquecimento global. (ZENID, 2009, p. 14).

1.3 A madeira é o material do século 21? Os benefícios que o uso da madeira trás em comparação a outros materiais é que a madeira no âmbito da questão da sustentabilidade, tem como características a leveza, beleza, o preço competitivo e definido, velocidade na execução, durabilidade, liberdade de formas, pode ser utilizada em

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qualquer região, e, ao contrário do que se pensa, segurança em caso de incêndio. Além de utilizar pouca energia para ser produzida, infinitamente menor se comparada a outros materiais, é o único material de construção renovável, reutilizável, inesgotável, ótimo desempenho no ponto de vista econômico, térmico e ambiental. Ademais, contribui para amenizar o efeito estuda por meio do sequestro de carbono e utiliza uma energia limpa para sua produção, a energia solar. Com tudo isso, é o único material que pode ser chamado efetivamente de ambientalmente correto. Há modelos para florestamento sustentável que permite cortar árvores adequadamente, o único tipo adequado para o uso sem aumentar o nível de desmatamento. Existem sistemas de reflorestamento com ciclos bem rápidos de crescimento, árvores de 10, 12 e 15 anos.

1.3.1 Depósito de carbono O sequestro de carbono é realizado durante o processo de crescimento das árvores. Este fato aponta para a necessidade retirar as árvores adultas do ambiente antes que ela envelheça e devolva o equivalente a todo o gás carbônico

que

absorveu

durante

seu

crescimento

na

atmosfera.

Efetivamente, o gás coletado permanecerá estocado por dezenas de anos, até séculos, se a madeira for utilizada na construção. A respeito da performance da madeira e o seu papel no sequestro de carbono, vale a pena lembrar, que a produção de 1m³ de madeira se iguala a 1 tonelada a menos de CO² na atmosfera. A “Construção Civil é o maior emissor de CO2, de 40 a 50%. [...] Todos os movimentos ambientais hoje, convergem para o uso da madeira” (OLGA JR, 2018)

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1.3.2 Comportamento sob incêndio Embora seja um material combustível, as estruturas de madeira têm um desempenho melhor do que os outros materiais porque resistem mais tempo ao fogo, que é o mais importante para salvar a vida das pessoas. (JUNIOR, Hélio Olga de Souza; FERNANDES, Daniel Salvatore. 2014). Se selecionarmos a aço como um material para a comparação, veremos que ele é muito mais sensível ao calor por ser um ótimo condutor térmico. Já a madeira sob incêndio perde água, ganha resistência e gera uma camada externa de carvão, o carvão é um bom isolante térmico, ou seja, a madeira se auto protege no incêndio. No Japão as estruturas metálicas são revestidas de madeira, ela age como um isolante térmico. “Apesar de ser um material combustível, a madeira tem um comportamento sob incêndio muito melhor que o aço e do concreto” (OLGA JR, 2018)

1.3.3 Propriedades Fazendo uma relação de peso e quantidade de energia necessária para a produção do material, 60Kg (sessenta quilogramas) de madeira usa em torno 60 KW (sessenta quilowatts) de energia de origem solar. Em comparação, 78Kg (setenta e oito quilogramas) de aço utiliza 561KW (quinhentos e sessenta e um quilowatts). Por último, o concreto, material mais utilizado na construção civil brasileira, a produção de 300Kg (trezentos quilogramas) do material necessita de 240KW (duzentos e quarenta quilowatts). Portanto, comparando as relações de peso e energia, o aço é o material que mais utiliza energia para sua produção, o concreto é o material que menos necessita energia por peso, porém, não é de origem renovável e bem mais sustentável como a madeira que utiliza a energia solar.

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1.4 A madeira no Brasil No Brasil, a madeira é um material amplamente utilizado na construção civil porque

não

requer

equipamento

caro,

não

requer

mão

de

obra

especializada, ou seja, tem um custo relativamente baixo e é fácil de processar. Foi amplamente utilizada desde o início da colonização portuguesa na construção civil e naval, móveis, molduras, ferramentas e como fonte de energia. Nos anos de 1960, grandes projetos agrícolas, com o apoio do governo, iniciaram a destruição que continua até hoje. Apenas uma pequena parte da madeira foi processada, enquanto a maioria foi queimada para abrir pastos. Figura 1: Antiga área florestal transformada em pastagem.

Fonte: JUNIOR, Hélio Olga de Souza; FERNANDES, Daniel Salvatore. 2014.

Atualmente, a extração de madeira é baseada em reflorestamento para produção de celulose. Em relação aos recursos florestais naturais do Brasil, não podemos deixar de mencionar a Amazônia. A área ocupada pela chamada Área da Amazônia Legal representa aproximadamente 33% do território nacional, ou 2,8 milhões de km². 20


Figura 2: A Amazônia Legal

Fonte: OLGA JR e FERNANDES, Daniel Salvatore. 2014.

Estima-se que em 2013, a floresta já tenha perdido cerca de 20% de sua vegetação original. Hoje, apenas 1% da madeira produzida na Amazônia vem de florestas gerenciadas, certificadas pelas organizações (“selo verde”). A produção restante é feita sem controle, muitas vezes clandestinamente. A Mata Atlântica ao longo da costa estava quase destruída e hoje permanece menos de 7% da área original. A grande floresta de Araucárias, no sul do país, também foi explorada de forma predatória. Outro bioma que merece atenção é o Cerrado, que não goza de nenhuma proteção.

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1.5 Quais madeiras e seus derivados No Brasil, as madeiras pioneiras para o uso na construção civil são o Eucalipto e o Pinus. Em 2012, a área plantada com eucalipto e pinus plantações no Brasil alcançaram 6,66 milhões de hectares, crescimento de 2,2% em relação a 2011. Figura 3: Fichas Técnicas do Eucalipto Citriodora.

Fonte: ZENID, 2009.

Plantações de eucalipto representam 76,6% da área total e as plantações de pinus para 23,4%. (OLGA JR e FERNANDES, 2014).

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Figura 4: Fichas Técnicas do Eucalipto Grandis.

Fonte: ZENID, 2009.

23


Figura 5: Fichas Técnicas do Pinus- elioti.

Fonte: ZENID, 2009.

Porém, de acordo com o IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas, há muitas madeiras de origem nativa e certificada com amplo potencial construtivo no Brasil, indicadas para a substituição de madeiras em risco. Como por exemplo:

Peroba-rosa,

Pinho-do-paraná,

Angelim-vermelho, Bacuri,

Amesclão,

Cambará, Cedrinho,

Angelim-pedra,

Cedrorana,

Cupiúba,

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Curupixá, Fava-orelha-de-negro, Garapa, Goiabão, Itaúba, Jacareúba, Jatobá, Louro-vermelho, Pau-roxo, Piquiarana, Quaruba, Sucupira e Tauari.

1.5.1 Derivados da Madeira 1.5.1.1 MDF- Medium Density Fiberboerd São produzidas com fibras de madeira aglutinadas com resina sintética termofixa, que se consolidam sob ação conjunta de temperatura e pressão, resultando numa chapa maciça de composição homogênea de alta qualidade. Pode ser usado em móveis e na construção civil, com destaque para portas de armário, frentes de gavetas, tampos de mesa, molduras, pisos e outras aplicações. 1.5.1.2 Compensado Composto

de

várias

lâminas

desenroladas,

unidas

cada

uma,

perpendicularmente à outra, através de adesivo ou cola, sempre em número ímpar, de forma que uma compense a outra, fornecendo maior estabilidade e possibilitando que algumas propriedades físicas e mecânicas sejam superiores às da madeira original. Extensamente utilizado na indústria de móveis e construção civil. 1.5.1.3 MLC- Madeira laminada colada Formado a partir de tábuas (lâminas) de madeira dispostas de tal maneira que suas fibras ficam paralelas unidas entre si por um adesivo à prova d’água, certificado para uso estrutural. Surgiu como produto industrial na Alemanha, desde então, é utilizada em todos os tipos de estruturas, de pontes a residências; de estádios a edifícios. Utilizando-se pequenos pedaços de madeira para formar uma peça maior, sem as restrições da madeira maciça, resistente e durável, a MLC permite vencer grandes vãos de até 100m sem apoio intermediário.

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Figura 6: Vigas de Madeira Laminada Colada, fabricadas na sede da Ita Construtora em Vargem Grande.

Fonte: Foto da autora, 2018.

1.5.1.4 MLCC- Madeira laminada colada cruzada A partir do mesmo conceito da MLC, o material também é composto por tábuas (ou lamelas) de madeira, somente difere na hora da colagem, onde cada camada de tabuas orienta-se perpendicularmente à anterior.

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Figura 7: Madeira Laminada Colada Cruzada.

Fonte: SOUZA, Eduardo. 2018.

Ao unir as camadas em sentidos diferentes, obtém-se uma maior rigidez estrutural em comparação com o painel de MLC. Agindo de forma parecida ao compensado, o painel apresenta boa resistência para tração e compressão.

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2. ARQUITETURA “TRADICIONAL” JAPONESA E O PAPEL DOS ENCAIXES

28


Analisando a arquitetura tradicional, percebemos que no Japão, a arquitetura é praticamente a mesma até hoje, mudando apenas o programa, que evolui, porém, os conceitos estruturais e a linguagem continuam constantes. Figura 8. Foto aérea da cidade de Yokohama antigamente.

Fonte: GREVE, 2014.

É tão importante essa “constância” que o calendário japonês usa um sistema conhecido como nengō (年号), o Calendário Imperial Japonês, no qual o tempo é dividido por Eras e cada uma das Era é caracterizada de acordo com o reinado do imperador da época. Finda-se uma Era com o fim do reinado do mesmo, e inicia-se uma nova Era quando ascende ao trono um novo imperador.

Tabela 1. Relação de anos dentro do calendário imperial japonês, no qual tem eras e períodos.

Era (Período) Período Asuka Período Nara Período Heian Período Kamakura

Início da Era

Fim da Era

538 710 794 1185

710 794 1185 1333 29


Período Daikakuji e Jimyōin Período Muromachi Período Sengoku Período Azuchi-Momoyama Período Edo Era Meiji Era Taishō Era Shōwa Era Heisei

1333 1392 1467 1573 1603 1868 1912 1926 1989

1392 1 1573 1603 1867 1912 1926 1989 2019

Fonte: Desenvolvida pela autora.

Ao longo da história do Japão, aconteceram milhares de guerras internas e muitos Imperadores tiveram um período curto de reinado. Então, haviam casos de que os Períodos (ou Eras), foram contados de acordo com eventos históricos e não com reinado de um Imperador. Apenas em 1873, o calendário gregoriano foi incorporado à contagem dos anos durante a Reforma Meiji, que deu origem ao Japão Moderno. A

cultura

japonesa,

que

diferente

da

brasileira

tem

sua

história

tecnicamente recente datada a partir de 1500, tem uma memória milenar com séculos de evolução. O que também explica como um país ancestral contém uma tecnologia tão avançada, a ponto de que já está misturada com a cultura local. Isso significa que, a arquitetura japonesa “contemporânea” não é nada mais nada menos do que uma constante arquitetura que se molda às novas exigências do momento.

2.1 A Arquitetura Japonesa Na Grécia e em outras áreas da Europa antiga, onde imponentes castelos deram origem a cidade, o conceito de arquitetura abrange tanto a construção de prédios como a engenharia civil e a tecnologia militar- um antigo exemplo disso são as pirâmides do Egito. No Japão, porém, a construção de castelos e de imensos túmulos não era considerada necessariamente arquitetura. A palavra japonesa para esse tipo de construção 30


apresenta dois ideogramas referentes a “terra” e a “madeira”, com significado bastante diferente de “arquitetura”. Normalmente, ela é traduzida como “engenharia civil”, mas pode ser mais bem vertida a um conceito de “agronomia”. A principal característica que distingue a arquitetura japonesa são seus vínculos intrínsecos com a construção de embarcações e a tecnologia da madeira. (NOBORU, 1965, p. 5).

Uma das arquiteturas de maior referência em uso em madeira, abriga a mais antiga e maior quantidade de edifícios em madeira no mundo. Mestres na arte da criação de grandiosas obras em madeira, os japoneses possuem ampla experiência nas inúmeras técnicas de durabilidade e resistência. Figura 9. Seção da estrutura do pagode do templo Horyu-ji.

Fonte: GARRIDO, 2018. 31


Nesta secção do pagode do Templo Horyuji Ikaruga, construída por volta do ano 700, é considerada uma das estruturas de madeira mais antigas construídas. Os pagodes dos templos resolvem uma maior luz interior a partir de pequenos pedaços de borda por meio de um processo de adição e aproveitando as capacidades estruturais que dão aos cachorros, que melhoram a flecha das vigas interiores. Ao feixe primário horizontal é adicionado pelo menos duas camadas inclinadas, a primeira com a mesma saliência e a segunda com uma saliência maior, obtendo uma maior proteção contra as chuvas das juntas. (GARRIDO, Fermina. 2018)

Muitas das construções tradicionais do país passaram por uma história de construção, destruição e reconstrução devido a vários fatores como causas naturais (ex: incêndios causados por trovoadas, terremotos ou até tsunamis), como por causas do homem (ex: guerras, bombardeios e incêndios intencionais). Mas não há um edifício histórico no Japão que já não tenha sido destruído e reconstruído, uma ou várias vezes. No Japão, há uma cultura de que a mensagem que o local traz é o mais importante. Portanto, é muito comum, se necessário, que os restauros substituam materiais originais por novos. Porque a essência do local ou da obra, é preservada.

2.1.1 Construções Japonesas Procedimento de construção, dimensão e detalhe foram escritos em pergaminhos de papel e mantidos pelo mestre carpinteiro. Como a profissão era hereditária, os roteiros eram transmitidos de pai para filho. (ENGEL, 1987). A singularidade dos templos budistas, no entanto, é uma função da maneira pela qual o desenvolvimento e disseminação do budismo, resultante de influências cruzadas, hibridizações, alterações e idiossincrasias, em toda a Ásia gerou mudanças arquitetônicas cumulativas. Desse modo, pode-se perceber influências e detalhes de templos budistas indianos, tailandeses, chineses, coreanos ou japoneses, mas que compartilham a mesma base 32


conceitual subjacente. Já, a arquitetura residencial, não sofreu influência de significativas de outros países. A casa japonesa

é

considerada uma

tradição para a arquitetura

contemporânea, ao longo de sua evolução preservou um equilíbrio único entre forma, espaço e construção. Basicamente, os detalhes construtivos possuem algumas variações, diferenças locais, especialmente adaptações climáticas, até mesmo preferências pessoais dos carpinteiros, porém eles são os mesmos em todo o Japão.

2.2 O modo de construir no Japão Pré-Moderno A introdução de técnicas de construção de templos budistas, no século VI, representou um grande avanço na complexidade técnica, sofisticação, versatilidade e durabilidade. Mesmo existindo em abundância no país, a madeira era considerada como principal material de construção, contrastava fortemente com a tradição ocidental, cujos monumentos antigos eram quase sempre de pedra e tijolo. Outro fator pode ter também justificado sua escolha, a maior resistência ao fogo. Por outro lado, a madeira também é considerada como elemento sobrenatural, o que pode ter influenciado nessas escolhas. No Japão, acredita-se que uma arvore, possui um espírito, e o carpinteiro fica incumbido de dívidas morais quando a corta por meio da crença de que a natureza exige ao homem um preço para a coexistência. O carpinteiro fica no papel de assegurar que a arvore continue existindo dentro de onde ela esteja sendo usada, de preferência sendo valorizada por séculos através da beleza. O sobrenatural não só influenciava apenas na escolha do material como também no layout e na orientação do plano da construção. Dentro da cultura há uma superstição, que mexe na base de considerações práticas e

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lógicas. Certas “regras” do projeto garantiriam a ajuda de bons espíritos e não provocariam o antagonismo dos maus. Uma característica marcante do modo de construir japonês é a modulação, utilizada pelo menos, nos últimos trezentos anos para a produção das casas. Com a Revolução Industrial (e uso das máquinas), a base da criação arquitetônica também evoluiu, a partir da padronização dos elementos em uma base modular, muito importante na arquitetura contemporânea. O Japão, por sua vez, já possuía uma elaborada padronização que controlava a arquitetura residencial, que sobreviveu até o presente. Evidentemente, o construtor-arquiteto japonês, o carpinteiro, seguiu essa a tendência do design modular, se não de forma consciente, mas instintivamente (ENGEL, 1987).

2.3 O Mestre Carpinteiro O sistema de construção no Japão feudal baseava se na organização de guildas, corporações de artesãos e carpinteiros por tipologia de edifícios. Cada uma com sua especialidade. Dentro de cada guilda havia o mestre carpinteiro e seus aprendizes. Membros da classe trabalhadora dos Shokunin, geralmente traduzido como artesão, tem uma forte característica ética e espiritual O Shokunin, além de reembolsar uma dívida à natureza incorrida por sua exploração dos recursos da Terra, deve cumprir sua obrigação para a sociedade, principalmente fazendo o que for necessário, rapidamente e sem desperdício. Este código ético e consciência social é cultivada desde o início do aprendizado (que antes dos dias de educação secundária obrigatória começou no início de nove ou dez anos). (BROWN, 1989)

Há, no Japão, quatro categorias de mestres carpinteiros, embora todos sigam a mesma prática, existem modalidades profissionais na aplicação que diferem entre si.

34


O Miyadaiku (宮 大 工), pratica a construção de santuários e templos, conhecidos pelo uso de juntas elaboradas para criar estruturas bem estruturadas e extremamente duradouras. Frequentemente encontrados como as estruturas em madeira mais antigas do mundo. O Sukiya-daiku (数 奇 屋 大 工), famosos por construções delicadas e estéticas. Normalmente constroem casas de árvores e estruturas de tipo residencial, como escadas e caixilhos de janelas. O Tateguya (建 具 屋), especializados em acabamentos interiores que constroem shōji 障 子 (portas de correr japonesas). Também criam baixos e altos relevos esculpidos e decorações de parede que são conhecidas como ranma 間 間. O Sashimono-shi (指 し 物 師), semelhantes aos Tateguya, porém criam móveis, como sofás, cadeiras, armários entre outros. Durante a era pré-moderna, havia um diálogo ativo entre carpinteiros japoneses e uma sensação de competição que resultou em inovação constante e perceptível melhoramento em habilidades para o artesanato como um todo, tudo feito enquanto luta contra uma qualidade de diminuição progressiva de madeira disponível. Mas, naquela tomada, construção de madeira representava a única tecnologia disponível para o prédio no Japão; hoje em dia é usado extensivamente apenas em casas pré-fabricadas e de maneira cada vez mais automatizada. Diante de indústrias interligadas que se instalaram no aço e no concreto como os meios mais práticos e lucrativos de construção, a madeira tornou-se uma espécie de luxo. (BROWN, 1989).

2.4 A importância dos Encaixes Originados a partir de um pensamento em que a estrutura rígida convencional sucumbe a tufões e terremotos, eventos muito recorrentes, as limitações práticas ditavam a arquitetura, e por essa razão, o Japão foi um país que exclusivamente dedicou-se a construção utilizando a madeira na estrutura, os encaixes agem como uma espécie de amortecedor,

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proporcionando uma solução fluida e flexível ao edifício a ponto de absorver o tremor e resistir aos eventos naturais. Além disso, o fato de a madeira nativa do Japão ter uma resistência natural ao ataque de bactérias, fungos e insetos - os cupins nativos do Japão também são inofensivos - faz da madeira uma opção ainda melhor como material de construção. (EDELSON, 2015)

Por outro lado, é interessante notar que, durante este período, a técnica dos encaixes dependia da viabilidade econômica da marcenaria que tem baixo custo em relação a outros técnicas e materiais. Figura 10. Ilustração dos carpinteiros japoneses “montando” a obra.

Fonte: NISHI e HOZUMI, 1985. Embora a abundância de madeira tenha contribuído definitivamente para a concentração na construção de madeira no Japão, outros fatores afetaram essa escolha de materiais. Uma delas é a pura força destrutiva da natureza vista nas numerosas experiências de tufões e terremotos no Japão. A construção de madeira, por causa de sua massa menor, é mais capaz de resistir a terremotos do que a construção de pedras ou tijolos. Durante um terremoto, as articulações (encaixes) tão necessárias para a construção da madeira funcionam um pouco como amortecedores, proporcionando uma certa quantidade de 36


construções de madeira, o que não é possível com a construção de tijolos ou pedras rígidas. (SEIKE, 1977, p. 12).

Também era uma solução de durabilidade, onde a estrutura toda encaixada da obra podia ser desmontada de tempos em tempos e as peças mais avariadas serem substituídas. Figura 11. Emsambladura utilizando encaixes, assemelha-se a solução do encaixe Igeta Shikuchi.

Fonte: CHAREST, 2018. 37


Um edifício, especialmente um de madeira, é primariamente uma rede esquelética que ilustra o estresse estratificado, gerado por padrões desejados de uso e ocupação humana. O posicionamento das colunas depende de onde as pessoas precisam de abrigo para ficar de pé ou em movimento, e o tamanho das partes depende, digamos, do tamanho que se deseja que o todo seja. Isso pode ser chamado de "função simbólica", um termo que se aplica a muitos detalhes de configuração. Estas e as características físicas e mentais (incluindo as culturais) dos construtores ditam como os componentes serão unidos uns aos outros. Todos conectados. Como uma vasta teia.... As juntas de madeira, por exemplo, são muito bonitas em seu estado nu, mas uma vez ativadas por posicionamento adequado, elas geralmente se tornam invisíveis. Uma linha pode aparecer na superfície, mas não sugere as contorções topológicas do todo. A estrutura do telhado, igualmente notável em suas camadas e interconexões, é em grande parte oculta, em deferência a um código estético que exige uma ilusão de apoio estrutural sem esforço. E, no entanto, é muito gratificante notar como as conformações intricadas acabam se cumprindo, peças escorregando em ranhuras alocadas, artesãos cumprindo suas tarefas determinadas e seguindo em frente. (BROWN, 1989). Figura 12 Emsambladura utilizando encaixes, assemelha-se a solução do encaixe Yonmai Kama Tsugi.

Fonte: HIDAKUMA, 2018. 38


Como a obra pode ser desmontada e remontada, também traz a questão da arquitetura transitória ou efêmera. Desta forma uma obra pode mudar de lugar ou mesmo de uso. Figura 13 e 14. Esquematização e exemplo de encaixes de vigas no pilar.

Fonte: COMPANY, 2017.

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3. OS ENCAIXES

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Historicamente, o carpinteiro tradicional japonês tem sido arquiteto e engenheiro tanto quanto carpinteiro ou marceneiro. Porque seu papel tem sido tão importante, é impossível separar a discussão da marcenaria e carpintaria japonesas da discussão da própria arquitetura japonesa. (YOBUKO; DAVIS, 1986 apud SEIKE, 1977, p. 7).

Antes da criação de pregos, parafusos, fixadores ou peças metálicas de ligação, durante muitos séculos, artesãos japoneses eram mestres da arte dos encaixes em madeira. Usavam juntas complexas e interligadas para a montagem da estrutura, existindo uma linguagem própria para as construções em madeira. Figura 15: Tipologias básicas de encaixe.

Fonte: GHOST, 2014.

A partir destas tipologias básicas, os encaixes começam a ter suas variações de acordo com o esforço solicitado. Até recentemente, no entanto, essas técnicas eram guardadas pelas corporações de famílias carpinteiras, possuidoras de segredos de produção 41


artesanal passados de geração a geração com acesso restrito e inacessíveis ao conhecimento público. Mas algumas articulações foram documentadas em livros e revistas, porém havia dificuldade de interpretação devido falta de informações detalhadas, visualização pela representação bidimensional e um número limitado de referências bibliográficas sobre o assunto. “A carpintaria no Japão se desenvolveu dentro de um sistema de guilda familiar que parece ter sido, às vezes, incomparável em qualquer lugar em sua autoridade absoluta e absoluta proteção de técnicas de guilda secretas. Não apenas havia corporações especializadas, como as de santuário, templo e construção doméstica, mas havia grupos rivais de corporações especializadas em diferentes áreas do país”. (SEIKE, 1997, p.7).

No repertório das corporações de carpintarias familiar há várias técnicas de marcenaria, entre elas, a técnica do autotravamento, criação de vigas e pilares, e outras, mais usadas, para virar cantos. Figura 16. Esquema de uso dos encaixes em uma edificação.

Fonte: WWTECH. 2018.

Funcionam por meio da união por fricção, ajudando a criar um encaixe seguro. Os cortes complexos que se conectam, maximizam a quantidade de área de superfície compartilhada pelos elementos de madeira. 42


Figura 17. Encaixe Sogi-Tsugi

Fonte: SEIKE, 2001, p.37.

3.1 Classificação Foi adotado um sistema de classificação baseado em duas modalidades, Shiguchi e Tsugite. Shiguchi - 仕口 (kanji) ou しぐち (hiragana). Tradução Literal: Método, Caminho. No contexto dos encaixes Shiguchi significa conexão conjunta. Shiguchi é uma modalidade de encaixes nos quais se adotam mais de um eixo. Por exemplo, se utilizarmos o sistema de coordenadas formado pelos eixos x,y e z, os shiguchis tem a variação bidimensional de x+y, x+z, z+y e tridimensional de x+y+z. Tsugite - 継ぎ手 (kanji) ou つぎて (hiragana). Tradução Literal: Próximo, seguinte, subsequente ou remendo, sucessor. No contexto dos encaixes Tsugite significa junção de emenda. 43


Já o Tsugite é uma modalidade de encaixes nos quais se adota apenas um eixo, no sentido de x ou no sentido y. Figura 18. Gráfico do sistema de coordenadas x, y e z.

Fonte: FEC-UNICAMP, 2018.

3.1.1 Núcleos Em cada modalidade foram identificados núcleos que reúnem encaixes semelhantes para articular os mesmos eixos. Cada núcleo é formado por variações que apresentam para cada situação uma solução específica. Quando a característica principal de um núcleo se repete, mas há uma variação na forma de apresentação, o núcleo se subdivide em A e B.

Tabela 2. Tabela com relação de encaixes por núcleos.

Família Shiguchi

NÚCLEO 1 Igeta shikuchi Komisen tsugi shikuchi no sanposashi Sampo gumi shikuchi Shachisen tsugi shikuchi no shihousashi Watari ago niju hozo shikuchi Yonmai kama tsugi 44


NÚCLEO 2A Nimai kama tsugi Nimai kasane toshi hozo komisen shikuchi Sao shachisen tsugi no nihousashi

NÚCLEO 2B Dodai sumi meji ire shikuchi Dodai sumidome hozosashi shikuchi Hozosaki sanmaigumi shikuchi Tome saki sashi hozo shikuchi Toshi chigai hozo sachi hanasen shikuchi

NÚCLEO 3A Dakase ari uchi hozo sashi shikuchi Jigoku hozo Katagi oire shikuchi Oire hozo sashi Otoshi ari hozo shikuchi Yatoi hozo sashi shikuchi Yatoi hozo shachi sen shikuchi

NÚCLEO 3B Jumonji matakaki ari sashi shikuchi

NÚCLEO 4A Shinozashi ari shikuchi Yose ari hozo shikuchi Yose ari hozo shikuchi 2

NÚCLEO 4B Arigata tsuri hozo shikuchi Suitsuki sashi shikuchi

NÚCLEO 5A Mata kaki arigata hozo shikuchi Tomegata hako hozo shikuchi

NÚCLEO 5B Hashi dome arigake shikuchi Koshi kake ari otoshi shikuchi Tsutsumi ari gake shikuchi

NÚCLEO 6 Ari hozo sashi shikuchi Kasane hozo shikuchi

NÚCLEO 7A 45


Ari gata sashi gumi shikuchi Arigata sanmai shikuchi Hako aikaki shachi sen shikuchi Ooire arigata sashigumi shikuchi Tomegata ari sanmai shikuchi Tomegata kakushi gomai shikuchi Uwaba tomegata yonmai shikuchi Yatoizane tome shikuchi

NÚCLEO 7B Hafuita ogami shikuchi Família Tsugite

NÚCLEO 8A Arigata kumi tsugi Kakushi arigata kumi tsugi Kogiku kumi tsugi Kohibi tenbin kumi tsugi Nejire kumi tsugi Niju mizu kumi tsugi Ryonaka kumi tsugi Tenbin no gyaku kumi tsugi

NÚCLEO 8B Shihou koguchi kumi tsugi

NÚCLEO 9 Hako tsugi Kai no kuchi tsugi

NÚCLEO 10A Osaka jo otemon hikae bashira tsugi Shihou ari tsugi Shihou hozo tsugi Shihou kama tsugi Sumi nihou kama tsugi

NÚCLEO 10B Kawai tsugite

NÚCLEO 11A Hako sen tsugi Kakushi kanawa tsugi Kanawa tsugi Shippasami tsugi 46


NÚCLEO 11B Dai mochi tsugi Kabuse aigaki meji tsugi Kama tsugi Kishikake ari tsugi Koshi kake kama tsugi Koshikake ari otoshi tsugi Naname agokake meji tsugi Noge tsugi

NÚCLEO 12A Hako kakushi tsugi Hako shachisen tsugi Hirakake komisen tsugi Kabuse meji tsugi Kakeawase komisen tsugi Meji tsukikake awase tsugi Okkake daisen tsugi Sao shachi tsugi Yokosen shachi tsugi

NÚCLEO 12B Hagata shimen isuka tsugi Hika isuka tsugi Miyagima tsugi Osujikai tsugi Shimen isuka tsugi Sumikiri isuka tsugi

NÚCLEO 13A Ari gata hozo tsugi Hira inro tsugi Hirakake kakushi meji tsugi Kakushi meji tsugi Komisen inro tsugi Ougi hozo tsugi

NÚCLEO 13B Arigata yatoizane tsugi Hako mechigai tsugi Juji machigai tsugi Kakushi meji nimai hozo tsugi Kinegata chigiri tsugi Mata juji mechugai tsugai Yatoi sao shachi tsugi Fonte: desenvolvida pela autora. 47


3.1.2. Encaixes “Irmãos” e Encaixes “Primos” Em cada núcleo há encaixes semelhantes, quase iguais, aspecto que explica a metáfora aqui utilizada de “encaixes irmãos”.

Tabela 3. Tabela com relação de encaixes irmãos.

Família Shiguchi

NÚCLEO 1 Komisen Tsugi Shikuchi no Sanposashi e Shachisen Tsugi Shikuchi no Shihousashi

NÚCLEO 2B Dodai Sumi Meji Ire Shikuchi e Dodai Sumidome Hozosashi Shikuchi

NÚCLEO 3A Oire Hozo Sashi e Yatoi Hozo Sashi Shikuchi

NÚCLEO 4A Shinozashi Ari Shikuchi, Yose Ari Hozo Shikuchi e Yose Ari Hozo Shikuchi 2

NÚCLEO 5B Hashi Dome Arigake Shikuchi e Tsutsumi Ari Gake Shikuchi

NÚCLEO 7A Ari Gata Sashi Gumi Shikuchi, Arigata Sanmai Shikuchi e Ooire Arigata Sashigumi Shikuchi Tomegata Ari Sanmai Shikuchi, Tomegata Kakushi Gomai Shikuchi e Uwaba Tomegata Yonmai Shikuchi Família Tsugite

NÚCLEO 8A Arigata Kumi Tsugi e Kakushi Arigata Kumi Tsugi Kohibi Tenbin Kumi Tsugi e Tenbin No Gyaku Kumi Tsugi Nejire Kumi Tsugi, Niju Mizu Kumi Tsugi e Ryonaka Kumi Tsugi

NÚCLEO 10A Shihou Ari Tsugi e Shihou Hozo Tsugi Shihou Kama Tsugi e Sumi Nihou Kama Tsugi

NÚCLEO 11A Hako Sen Tsugi e Kakushi Kanawa Tsugi 48


Kanawa Tsugi e Shippasami Tsugi

NÚCLEO 11B Kama Tsugi, Koshi Kake Kama Tsugi e Noge Tsugi Kishikake Ari Tsugi e Koshikake Ari Otoshi Tsugi

NÚCLEO 12A Hako Kakushi Tsugi e Hako Shachisen Tsugi Hirakake Komisen Tsugi, Kakeawase Komisen Tsugi, Meji Tsukikake Awase Tsugi e Okkake Daisen Tsugi Sao Shachi Tsugi e Yokosen Shachi Tsugi

NÚCLEO 12B Hagata Shimen Isuka Tsugi, Hika Isuka Tsugi e Shimen Isuka Tsugi Miyagima Tsugi, Osujikai Tsugi e Sumikiri Isuka Tsugi

NÚCLEO 13A Ari Gata Hozo Tsugi e Ougi Hozo Tsugi Hira Inro Tsugi e Komisen Inro Tsugi Hirakake Kakushi Meji Tsugi e Kakushi Meji Tsugi

NÚCLEO 13B Arigata Yatoizane Tsugi, Kinegata Chigiri Tsugi e Yatoi Sao Shachi Tsugi Juji Machigai Tsugi e Mata Juji Mechugai Tsugai Fonte: desenvolvida pela autora.

Dentro dos núcleos há encaixes que repetem a mesma solução técnica, mas são distintos porque apresentam formas resultantes diferentes, trata-se, de acordo com a metáfora acima utilizada, de “primos”. Fato que explica o uso do mesmo nome ou sobrenome, alocados em núcleos diferentes.

Tabela 4. Tabela com relação de encaixes primos.

Primos Kanawa

Núcleo:

Kakushi Kanawa Tsugi Kawana Tsugi

11A 11A

Primos Meji

Núcleo:

Kabuse Aigaki Meji Tsugi Naname Agokake Meji Tsugi Kabuse Meji Tsugi

11B 11B 12A 49


Meji Tsukikake Awase Tsugi Kakushi Meji Tsugi Hirakake Kakushi Meji Tsugi

12A 13A 13A

Primos Sao

Núcleo:

Sao Shachisen Tsugi no Nihousashi Sao Shachi Tsugi Yatoi Sao Shachi Tsugi

2A 12A 13B

Primos Koshi

Núcleo:

Koshi Kake Ari Otoshi Shikuchi Koshikake Ari Otoshi Tsugi Koshi Kake Kama Tsugi

5B 11B 11B

Primos Hako

Núcleo:

Tomegata Hako Hozo Shikuchi Hako Aikaki Shachi Sen Shikuchi Hako Tsugi Hako Sen Tsugi Hako Shachisen Tsugi Hako Kakushi Tsugi

5A 7A 9A 11A 12A 12A

Primos Komisen

Núcleo:

Komisen Tsugi Shikuchi no Sanpousashi Nimai Kasane Toshi Hozo Komisen Shikuchi Kakeawase Komisen Tsugi Hirakake Komisen Tsugi Komisen Inro Tsugi

1 2A 12A 12A 13A

Primos Ari

Núcleo:

Otoshi Ari Hozo Shikuchi Dakase Ari Uchi Hozo Sashi Shikuchi Jumonji Matakaki Ari Shachi Sen Shikuchi Shinozaki Ari Shikuchi Yose Ari Hozo Shikuchi Yose Ari Hzo Shikuchi 2 Arigata Tsuri Hozo Shikuchi Mata Kaki Arigata Hozo Shikuchi Tsutsumi Ari Gake Shikuchi Hashi Dome Arigake Shikuchi Koshi Kake Ari Otoshi Shikuchi Ari Hozo Sashi Shikuchi Ari Gata Sashi Gumi Shikuchi Ooire Arigata Sashigumi Shikuchi Arigata Sanmai Shikuchi Kakushi Arigata Kumi Tsugi Arigata Kumi Tsugi

3A 3A 3B 4A 4A 4A 4B 5A 5B 5B 5B 6 7A 7A 7A 8A 8A 50


Shihou Ari Tsugi Kishikake Ari Tsugi Koshikake Ari Otoshi Tsugi Ari Gata Hozo Tsugi Arigata Yatoizane Tsugi

10A 11B 11B 13A 13B

Primos Shachisen

Núcleo:

Shachisen Tsugi Shikuchi no Shihousashi Sao Shachisen Tsugi no Nihousashi Yatoi Hozo Shachi Sen Shikuchi Hako Aikaki Shachi Sen Shikuchi Hako Shachisen Tsugi

1 2A 3A 7A 12A

Primos Toshi

Núcleo:

Nimai Kasane Toshi Hozo Komisen Shikuchi Toshi Chigai Hozo Sachi Hanasen Shikuchi

2A 2B

Primos Mechigai

Núcleo:

Mata Juji Mechigai Tsugi Juji Mechigai Tsugi Hako Mechigai Tsugi

13B 13B 13B

Primos Inro

Núcleo:

Hira Inro Tsugi Komisen Inro Tsugi

13A 13A

Primos Kabuse

Núcleo:

Kabuse Aigaki Meji Tsugi Kabuse Meji Tsugi

11B 12A

Primos Kama

Núcleo:

Yonmai Kama Tsugi Nimai Kama Tsugi Sumi Nihou Kama Tsugi Shihou Kama Tsugi Koshi Kake Kama Tsugi Kama Tsugi

1 2A 10A 10A 11B 11B

Primos Tome

Núcleo:

Tome Saki Sachi Hozo Shikuchi Tomegata Hako Hozo Shikuchi Yatoizane Tome Shikuchi Tomegata Kakushi Gomai Shikuchi Uwaba Tomegata Yonmai Shikuchi

2B 5A 7A 7A 7A

Primos Otoshi

Núcleo:

Otoshi Ari Hozo Shikuchi Koshi Kake Ari Otoshi Shikuchi Koshikake Ari Otoshi Tsugi

3A 5B 11B 51


Primos Yatoi

NĂşcleo:

Yatoi Hozo Sachi Shikuchi Yatoi Hozo Shachi Sen Shikuchi Yatoizane Tome Shikuchi Yatoi Sao Shachi Tsugi Arigata Yatoizane Tsugi

3A 3A 7A 13B 13B

Fonte: Desenvolvida pela autora.

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3.2 Diagrama Síntese e Fichas de Identificação Figura 19 Diagrama geral da classificação dos encaixes.

Fonte: desenvolvida pela autora. 53


A disposição dos encaixes de acordo com os núcleos e modalidades constituíram o diagrama síntese da pesquisa realizada. Foram identificados na modalidade Shiguchi 7 (sete) núcleos, que reúnem 43 encaixes. Na modalidade Tsugite foram identificados 6 (seis) núcleos, que reúnem 57 encaixes. Totalizando 100 encaixes. Para cada encaixe foi elaborada uma ficha de identificação e análise, contendo ilustração, a descrição das características dos encaixes, e, quando possível, obras e situações nas quais foram utilizados.

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ARI GATA SASHI GUMI SHIKUCHI -蟻形差し組み仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de um sistema macho-fêmea deslizando um dento do outro e formando uma junta de canto. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 7.AR-G

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Útil como juntas de canto para arquitraves, cornijas, rodapés, porta e janelas, e assim por diante. eles não são particularmente fortes estruturalmente, mas quando cuidadosamente feitos dão uma aparência muito boa ao trabalho finalizado. eles pertencem a uma classe de juntas de acabamento de canto. eles são úteis não só para a construção de interiores, mas também para marcenaria e fabricação de móveis. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Ooire Arigata Sashigumi Shikuchi Fonte: https://br.pinterest.com/pin/348114246183153700/

Irmão Arigata Sanmai Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/479563060307969375/

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ARI HOZO SASHI SHIKUCHI -蟻枘差し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio do formato de um”T” para formar uma grade estrutural. Tem familiares do núcleo 6. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 6.AR

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Com paredes laterais deslumbrantes. O espigão inferior é um retângulo com uma superfície afunilada. A junta é montada deslizando o espigão duplo para cima no encaixe no mesmo ângulo da superfície afunilada do rebordo inferior. Utilizada para confeccionar a grade de parede e estrutura de mobiliários. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/313703930277791035/

Fonte: SUMIYOSHI, 1989, p.55.

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ARIGATA SANMAI SHIKUCHI -蟻形三枚仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto. Deslizando um dentro do outro pelo sistema macho-fêmea. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 7.AR-S

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Um tipo de junção de com o recorte Ari, na qual dois membros são unidos em um ângulo reto. Usado frequentemente nos cantos da construção sólida da fundação próxima ao solo.

VARIAÇÕES: Primos Ari Fonte: https://br.pinterest.com/pin/102879172713119922/

Irmão Ari Gata Sashi Gumi Shikuchi

Irmão Ooire Arigata Sashigumi Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/649573946223825894/Fonte: SUMIYOSHI, 1989, p.55.

57


ARIGATA TSURI HOZO SHIKUCHI -蟻形釣り枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une e apoia na parte horizontal que faz parte de uma grade. Tem familiares do núcleo 4B. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 4.AR

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Utilizado na construção de piso de varanda para unir a junta mais externa enkazura, ao braço mais externo enzuka. Resiste à tendência de se separar devido ao estresse do movimento horizontal nas tábuas do piso da varanda acima. A junta também é usada para mobiliários e para a grade próxima ao solo.

VARIAÇÕES: Primos Ari Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/AS1TFv7GTQwBuuL59 pjuB_bX2zWDUpwcYmAIIyQ_9IaNGAp9GSU7ibI/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/700239442033822930/Fonte: SUMIYOSHI, 1989, p.55.

58


DAKASE ARI UCHI HOZO SASHI SHIKUCHI

抱せ蟻内枘差し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une por meio do sistema macho-fêmea com uma peça horizontal. Tem familiares do núcleo 3A. Duas peças com recortes invertidos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Comumente usado para ligar pernas aos trilhos na estrutura de uma cadeira apresenta um encaixe estabilizador.

CÓDIGO: 3.DA ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Ari Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763771/

59


DODAI SUMI MEJI IRE SHIKUCHI -土台隅目地入れ仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une através do apoio na junta de canto localizada próxima a fundação. Tem familiares do núcleo 2B. Três peças com recortes diferentes. • 1 vetor de junção • 3 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 2.DO-M

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Muito utilizado principalmente para subir um pilar próximo ao solo, ou seja, ela se localiza nas madeiras horizontais que formam a grade mais próxima do solo e a partir delas sobe a coluna.

VARIAÇÕES: Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditionalkumiki-joinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

Primos não possui Irmão Dodai Sumidome Hozosashi Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763347/

60


DODAI SUMIDOME HOZOSASHI SHIKUCHI

土台隅留め枘差し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, a coluna se une através do apoio na junta de canto localizada próxima a fundação. Tem familiares do núcleo 2B. Três peças com recortes diferentes. • 1 vetor de junção • 3 peças principais • Uso de cavilha para travamento na junta do canto

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Muito utilizado principalmente para subir um pilar próximo ao solo, ou seja, ela se localiza nas madeiras horizontais que formam a grade mais próxima do solo e a partir delas sobe a coluna.

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditionalkumiki-joinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

CÓDIGO: 2.DO-S ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Dodai Sumi Meji Ire Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763347/

61


HAFUITA OGAMI SHIKUCHI –破風板拝み仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio da uniao de duas peças principais e varias peças menores que fazem o travamento. Tem familiares do núcleo 7B. Duas peças com recortes semelhantes. • 5 vetores de junção • 2 peças principais e três peças menores • Uso de cavilhas e peças menores para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 5 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 7.HA ENCAIXE MONTADO:

Também chamado de hafugashira ou hafu-noogami. A junta usada para conectar as duas partes do bargeboard onde elas formam um pico era relativamente simples a partir do final. Exemplo: Houryuuji Kondou (reconstruída em 693), Nara. Esses pinos prendiam a crosta, e todo o arranjo puxava as bargas firmemente juntas no pico. VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: http://www.aisf.or.jp/~jaanus/deta/h/hafuogami.htm

Fonte: http://www.aisf.or.jp/~jaanus/deta/k/kouran.htm

62


HAKO AIKAKI SHACHI SEN SHIKUCHI –箱相欠き車知栓仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto com o corte a 45º. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes iguais. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 7.HA-A

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Usada para a construção de estrutura pesada e para cobrir as extremidades de terças e vigas. A junta que conecta as duas tábuas inclinadas é chamada de "ogami", o que significa orar com as mãos juntas. As tábuas de empena não são fixadas verticalmente às extremidades das virolas. A junta "ogami" é a parte mais fraca da tábua de empena, consequentemente, quando exposta ao carregamento, uma abertura pode abrir na parte inferior.

VARIAÇÕES: Primos Hako Primos Shachisen Irmãos não possui

Fonte: https://i.pinimg.com/736x/79/5c/5e/795c5e3c479bb4 4a028ca958d3418e9 e.jpg

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763786/

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HASHI DOME ARIGAKE SHIKUCHI –端留め蟻掛け仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio da uniao perpendicular no sistema machofêmea de peças horizontais. Tem familiares do núcleo 5B. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 5.HA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Utilizado na construção de piso de varanda para unir a junta mais externa enkazura, ao braço mais externo enzuka. Resiste à tendência de se separar devido ao estresse do movimento horizontal nas tábuas do piso da varanda acima. A junta também é usada para mobiliários, para a grade próxima ao solo, para unir uma terça e um feixe transversal ao topo de um pilar. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão

Tsutsumi

Ari

Shikuchi

https://br.pinterest.com/pin/509469776579287505/

64

Gake


HOZOSAKI SANMAIGUMI SHIKUCHI –枘先三枚組仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto de duas peças horizontais dentro da coluna. Tem familiares do núcleo 2B. Três peças com recortes diferentes. • 2 vetores de junção • 3 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 2.HO

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Usado em casas vernaculares minka. A extremidade do feixe transversal hari na estrutura do telhado, é cortada em dois recortes diferentes que se encaixam dentro do pilar.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932479447/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763726/

65


IGETA SHIKUCHI –井桁仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio do apoio de duas peças horizontais perpendiculares em uma coluna. Tem familiares do núcleo 1. Duas peças com recortes iguais e uma peça com recorte diferente. • 1 vetor de junção • 3 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 4 APLICAÇÃO Estruturalmente fraca, pois é necessário cortar metade um feixe para fazê-los. Muito útil e confiáveis quando utilizadas em trabalhos que envolvem pequenos materiais utilizado na confecção de molduras de quadros e móveis, armários e mobiliários, principalmente mesas e camas. Na construção de edifícios ou juntas de colo são comumente usadas nos canteiros na construção do solo e nos cantos das placas de parede e poste, em construções de telhado estilo hipped-and-gabled em estilo japonês, onde é necessário ter plana. articulações quadradas para apoiar as extremidades das vigas do quadril.

CÓDIGO: 1.IG ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/504121752024963415/ 66


JIGOKU HOZO – 地獄枘 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, a coluna se une com uma peça horizontal através do uso de cavilhas como travamento dentro da peça vertical. Tem familiares do núcleo 3A. Duas peças com recortes diferentes. • 1 vetor de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 3.JI ENCAIXE MONTADO:

Conhecido literalmente como encaixe inferno, uma vez montado, não há maneira de desmontar. O Jigoku Hozo é eficaz e útil, foi concebido para ser usado em locais onde é impossível usar o pino de encaixe padrão, muitas vezes é usado regularmente para unir as pernas a mesas importantes e favorecidas por marceneiros e móveis. VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416931665166/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932665867/ 67


JUMONJI MATAKAKI ARI SHACHI SEN SHIKUCHI

十文字股欠き蟻差し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio da união da peça horizontal com trilhos deslizando dentro da peça vertical. Tem familiares do núcleo 3B. Duas peças com recortes diferentes. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO A junta é colocada num ângulo reto na parte de trás de tábuas de teto grandes, no lado inferior de tábuas de chão, em tábuas de prateleira topo de gama, tenbukuro, etc, para evitar entortar ou separar. Uma peça vertical de trilhos longos pode ser cortado com um encaixe Ari. Ele pode ser usado para criar um acabamento na borda hashibami de uma placa de prateleira e usado para fazer um teto duplo nijuu tenjou. A parte invisível superior do teto duplo é chamada notenjou.

CÓDIGO: 3.DA ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Ari Fonte: https://br.pinterest.com/pin/282530576607491606/

Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763833/

68


KASANE HOZO SHIKUCHI –重ね枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio do sistema macho-fêmea, deslizando uma peça horizontal dentro da outra. Tem familiares do núcleo 6. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 6.KA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Os espigões iguais, um sobre o outro são um retângulo. A junta é montada deslizando o espigão duplo para dentro no encaixe no ângulo perpendicular. Utilizada para confeccionar a grade de parede e estrutura de mobiliários.

VARIAÇÕES: Primos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/417357090441729984/

Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/471259548487347141/Fonte: SUMIYOSHI, 1989, p.55.

69


KATAGI OIRE SHIKUCHI –傾き大入れ仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une no sistema machofêmea com uma peça horizontal. Tem familiares do núcleo 3A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 3.KA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Comumente usado para conectar vigas ou vigas a postes, uma vez que as cargas que devem carregar seriam muito pesadas para a espiga suportar sozinha. Esta junta é substancialmente forte, por essa razão, os principais pilares estruturais são sólidos, desde os solos até as vigas inclinadas ou de telhado.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui Fonte: http://timberframehq.com/wp-content/uploads/2012/04/ Exploded-joint.jpg

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/663155113857522539/

70


KOMISEN TSUGI SHIKUCHI NO SANPOUSASHI

込み栓継ぎ仕口の三方差し CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de duas junçoes horizontais perpendiculares dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 1. Duas peças com recortes inversos e duas com recortes diferentes.. • 5 vetores de junção • 4 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 5

CÓDIGO: 1.KO

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Esta junta é bastante usada para grandes vigas em construções residenciais japonesas. Nessas construções, muitas vezes acontece que uma viga grande ou membro horizontal similar deve passar completamente através de um dos pilares estruturais principais sólidos, não resolvidos, que vão de solos para a placa de parede ou para o pilar. Para unir estes membros horizontais sem enfraquecer o poste, uma meia-haste ou colo muito longa é empurrada para o poste. Como mostrado, as caneleiras são usadas para ancorar as peças horizontais na própria coluna. Essa técnica é usada para prender o fim da viga decorativa aparente tão amplamente usado na arquitetura do templo.

VARIAÇÕES: Primos Shachisen Irmão

Shachisen

Tsugi

Shikuchi No Shihousashi

Fonte: http://www.nishizawa-komuten.com/newpage7.html

71


KOSHI KAKE ARI OTOSHI SHIKUCHI – 腰掛け蟻落し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio da uniao no sistema macho-fêmea de duas peças horizontais perpendiculares uma apoiada sobre a outra. Tem familiares do núcleo 5B. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 5.KO

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Utilizado na construção de piso de varanda para unir a junta mais externa enkazura, ao braço mais externo enzuka. Resiste à tendência de se separar devido ao estresse do movimento horizontal nas tábuas do piso da varanda acima. A junta também é usada para mobiliários e para a grade próxima ao solo.

VARIAÇÕES: Primos Ari Fonte: ?lp=true

https://br.pinterest.com/hanno9606/holz-verbindungen/

Primos Otoshi Primos Koshi Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932738126/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/700239442033822930/

72


MATA KAKI ARIGATA HOZO SHIKUCHI – 股欠き蟻形枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma peça horizontal que se apoia na coluna por meio do sistema macho-fêmea. Tem familiares do núcleo 5A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 5.MA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Shiguchi usado nos cantos de um edifício para prender laços de gravata não penetrantes são unidos de forma a ficarem escondidos. Esta junta também são usadas para criar um acabamento fino nos cantos do acabamento interno e para móveis.

VARIAÇÕES: Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763793/

Primos Ari Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/756534437376291476/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/418764465341265826/

73


NIMAI KAMA TSUGI – 二枚鎌継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio da junção de duas peças horizontais no mesmo eixo dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 2A. Duas peças com recortes iguais e uma com recorte diferente. • 2 vetores de junção • 3 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 2.NI-K ENCAIXE MONTADO:

APLICAÇÃO Muito utilizado principalmente para unir duas madeiras horizontais penetrando a madeira vertical (nuki). Os dois “Nuki” têm a mesma forma. É usado para unir pilares, “Nuki” no telhado e para a construção do quadro da parede

VARIAÇÕES: Primos Kama Irmãos não possui

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/kumiki/

74


NIMAI KASANE TOSHI HOZO KOMISEN SHIKUCHI

二枚重ね通し枘込み栓仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junção de duas peçao horizontais no mesmo eixo dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 2A. Duas peças com recortes iguais e uma peça com recorte diferente. • 3 vetores de junção • 3 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE

CÓDIGO: 2.NI-T

Montagem e execução: 4

ENCAIXE MONTADO:

APLICAÇÃO Muito utilizado principalmente para unir duas madeiras horizontais penetrando a madeira vertical (nuki). Os dois “Nuki” têm a mesma forma. É usado para unir pilares, “Nuki” no telhado e para a construção do quadro da parede

VARIAÇÕES: Primos Komisen Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/kumiki/

Primos Toshi Irmãos não possui

Fonte: http://aluiziotomazelli.blogspot.com/2011/02/espigas-seustipos-e-seu-uso-22.html?m=1

75


OIRE HOZO SASHI – 大入れ枘差し CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de uma peça horizontal dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 3A. Duas peças com recortes inversos. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 3.OI

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

É uma espiga comum, pode ser tanto cega quando vazada, onde é inserida uma cavilha que irá manter o encaixe firme. Também é um encaixe muito usado antigamente, inclusive em obras externas onde a cola de antigamente não oferecia nenhuma resistência contra água. Usada para unir vigas a postes.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão

Yatoi

Hozo

Shikuchi

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditional-kumikijoinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

76

Sashi


OOIRE ARIGATA SASHIGUMI SHIKUCHI

大入れ蟻形差し組み仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto no sistema machofêmea de duas peças horizontais perpendiculares. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO Útil como juntas de canto para arquitraves, cornijas, rodapés, porta e janelas, e assim por diante. eles não são particularmente fortes estruturalmente, mas quando cuidadosamente feitos dão uma aparência muito boa ao trabalho finalizado. eles pertencem a uma classe de juntas de acabamento de canto. eles são úteis não só para a construção de interiores, mas também para marcenaria e fabricação de móveis.

CÓDIGO: 7.OO ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Ari

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/348114246183153700/

Irmão Ari Gata Sashi Gumi Shikuchi

Irmão Arigata Sanmai Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/479563060307969375/

77


OTOSHI ARI HOZO SHIKUCHI – 落し蟻枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma peça horizontal deslizando dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 3A. Duas peças com recortes inversos. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 3.OT

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Conhecido também como Sage-kama. Esta junta de encaixe e espiga usa uma cunha em conjunto com uma espiga afilada e encaixe para se manterem juntos, dando-lhe uma conexão de aparência limpa. Utilizado quando os trilhos devem passar pelos pinhões. Desde os tempos mais antigos, para resistir às forças laterais, os trilhos têm sido usados na arquitetura japonesa mais do que o suporte de desprendimento comum à arquitetura ocidental. Os trilhos e os tirantes usados na construção japonesa também servem, é claro, as funções normais do suporte horizontal. adicionando rigidez ao quadro e postes de força sob cargas de compressão.

VARIAÇÕES: Primos Ari Primos Otoshi Irmãos não possui

Fonte: http://timberframehq.com/wp-content/uploads/2012/04/ Exploded-joint.jpg

78


SAMPO GUMI SHIKUCHI – 三方組仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio da união de duas peças horizontais perpendiculares com uma peça vertical. Tem familiares do núcleo 1. Duas peças com recortes semelhantes e uma peça com recorte diferente. • 4 vetores de junção • 3 peças principais • Uso de rotação de peça para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 4

CÓDIGO: 1.SA ENCAIXE MONTADO:

APLICAÇÃO O Sampo Gumi Shikuchi é uma junta complexa, pois é necessário cortar em vários formatos as seções para fazê-la. Na construção de edifícios ou juntas de colo são comumente usadas nos canteiros na construção do solo e nos cantos das placas de parede e poste, em construções de telhado estilo hipped-and-gabled em estilo japonês. VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos Não possui

Fonte: foto da autora

79


SAO SHACHISEN TSUGI NO NIHOUSASHI

竿車知栓継ぎ仕口の二方差し CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de duas peças horizontais no mesmo eixo dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 2A. Duas peças com recortes inversos e uma peça com recorte diferente. • 3 vetores de junção • 3 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE

CÓDIGO: 2.SA

Montagem e execução: 5

ENCAIXE MONTADO:

APLICAÇÃO Esta junta é bastante usada para grandes vigas em construções residenciais japonesas. Nessas construções, muitas vezes acontece que uma viga grande ou membro horizontal similar deve passar completamente através de um dos pilares estruturais principais sólidos, não resolvidos, que vão de solos para a placa de parede ou para o pilar. Para unir estes membros horizontais sem enfraquecer o poste, uma meia-haste ou colo muito longa é empurrada para o poste. Como mostrado, as caneleiras são usadas para ancorar as peças horizontais na própria coluna. Essa técnica é usada para prender o fim da viga decorativa aparente tão amplamente usado na arquitetura do templo.

VARIAÇÕES: Primos Sao Primos Shachisen Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932665825/

80


SHACHISEN TSUGI SHIKUCHI NO SHIHOUSASHI

車知栓継ぎ仕口の四方差し CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de duas juntas perpendiculares de quatro peças, duas peças no mesmo eixo em cada junta dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 1. Duas peças com recortes iguais, outras duas peças com recortes iguais e uma peça com recorte diferente. • 6 vetores de junção • 5 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 5

CÓDIGO: 1.SH ENCAIXE MONTADO:

APLICAÇÃO Usada para grandes vigas em construções residenciais japonesas. As caneleiras são usadas para ancorar as peças horizontais na própria coluna. Essa técnica é usada para prender o fim da viga decorativa aparente tão amplamente usado na arquitetura do templo.

VARIAÇÕES: Primos Shachisen Irmão Komisen Tsugi Shikuchi Fonte: https://ameblo.jp/daikutouryou/entry-11243661392.html

No Sanpousashi

Fonte: http://www.nishizawa-komuten.com/newpage7.html

81


SHINOZAKI ARI SHIKUCHI – 篠差し蟻仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une através do apoio em uma peça horizontal. Tem familiares do núcleo 4A. Duas peças com recortes diferentes. • 3 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 4.SH ENCAIXE MONTADO:

Uma junta de ângulo reto, empurrando o recorte Ari para dentro do encaixe e usando cavilhas para travamento . Usado em quadros de cofres para tetos, parte superior da porta, um caixilho de janela ou armações regulares são protegidos ou apertados usando este tipo de junta. Bom para espaços de tela Ranma longos porque três lados estão limpos. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Yose Ari Hozo Shikuchi

Irmão Yose Ari Hozo Shikuchi 2

Fonte: https://dorianbracht.tumblr.com/post/148684843581/my-firstshachi-sen

82


SUITSUKI SASHI SHIKUCHI – 吸付き差し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona com uma peça horizontal apoiada por meio do sistema macho-fêmea sobre uma coluna. Tem familiares do núcleo 4B. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 4.SU

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Comumente usado para ligar pernas aos trilhos na estrutura de uma cadeira apresenta um encaixe estabilizador.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763771/

83


TOME SAKI SASHI HOZO SHIKUCHI – 留め先差し枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto de duas peças horizontais dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 2B. Duas peças com recortes iguais e uma peça com recorte diferente. • 2 vetores de junção • 3 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 2.TO-S ENCAIXE MONTADO:

Usado em casas vernaculares minka. A extremidade do feixe transversal hari na estrutura do telhado, é cortada em diagonal que se estende e se encaixe dentro do pilar.

VARIAÇÕES: Primos Tome Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932714020/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/847591592340237415/

84


TOMEGATA ARI SANMAI SHIKUCHI –留め形蟻三枚仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto no sistema machofêmea com duas peças horizontais perpendiculares com o corte a 45º. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 7.TO-A

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Um tipo de junção de com o recorte reto e chanfrado, na qual dois membros são unidos em um ângulo reto. Usado tipicamente em grandes grades e frequentemente nos cantos da construção sólida da fundação próxima ao solo.

VARIAÇÕES: Primos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763771/

Irmão Tomegata Gomai Shikuchi

Irmão Uwaba Yonmai Shikuchi

Kakushi

Tomegata

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/719379740449289060/

85


TOMEGATA HAKO HOZO SHIKUCHI – 留め形箱枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma peça horizontal que se apoia em uma coluna que se une através do sistema machofêmea. Tem familiares do núcleo 5A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 5.TO

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

As madeiras são cortadas a 45 graus. Porque uma junção de esquadria mitra simples falta força, para aumentar a durabilidade e impedir a separação das partes. Esta junta são usadas para criar um acabamento fino nos cantos do acabamento interno e para móveis.

VARIAÇÕES: Primos Tome Primos Hako Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763793/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/418764465341265826/

86


TOMEGATA KAKUSHI GOMAI SHIKUCHI

留め形隠し五枚仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto de duas peças horizontais perpendiculares cortedas a 45º. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Dois membros são unidos em um ângulo reto. Usado frequentemente nos cantos da construção sólida da fundação próxima ao solo. Embora seja uma articulação autotravante, é relativamente fraco quando submetido a estresse descendente.

CÓDIGO: 7.TO-K ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Tome Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932738123/

Irmão Tomegata Ari Sanmai Shikuchi

Irmão Uwaba Yonmai Shikuchi

Tomegata

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/515451119824072943/

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TOSHI CHIGAI HOZO SACHI HANASEN SHIKUCHI

通し違い枘差し枘鼻栓仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de duas peças horizontas perpendiculares dentro de um coluna. Tem familiares do núcleo 2B. Duas peças com recortes iguais e uma peça com recorte diferente. • 4 vetores de junção • 3 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE

CÓDIGO: 2.TO-C

Montagem e execução: 5

ENCAIXE MONTADO:

APLICAÇÃO Hanasen, um pino de trava de bloqueio usado em casas vernaculares minka. A extremidade do feixe transversal hari na estrutura do telhado, é cortada em um grande espigão que se estende através e além da superfície externa do pilar. A fim de puxar o nariz do feixe firmemente para o pilar e evitar que o pino penetre no poste ou escorregue.

VARIAÇÕES: Primos Toshi Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932479436/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/362610207467976657/

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TSUTSUMI ARI GAKE SHIKUCHI – 包み蟻掛け仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio do sistema macho-fêmea com duas peças horizontais perpendiculares uma apoiada sobre a outra. Tem familiares do núcleo 5B. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 5.TS

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Utilizado na construção de piso de varanda para unir a junta mais externa enkazura, ao braço mais externo enzuka. Resiste à tendência de se separar devido ao estresse do movimento horizontal nas tábuas do piso da varanda acima. A junta também é usada para mobiliários, para a grade próxima ao solo, para unir uma terça e um feixe transversal ao topo de um pilar. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Hashi Dome Arigake Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/509469776579287505/

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UWABA TOMEGATA YONMAI SHIKUCHI

上端留め形四枚仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto com o corte a 45º de duas peças horizontais perpendiculares deslizando uma dentro da outra. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Dois membros são unidos em um ângulo reto. Usado frequentemente nos cantos da construção sólida da fundação próxima ao solo. Embora seja uma articulação autotravante, é relativamente fraco quando submetido a estresse descendente.

CÓDIGO: 7.UW ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Tome Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932738123/

Irmão Tomegata Gomai Shikuchi

Kakushi

Irmão Tomegata Ari Sanmai Shikuchi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/515451119824072943/

90


WATARI AGO NIJU HOZO SHIKUCHI – 渡り顎二重枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de duas peças horizontais perpendiculares apoiadas sobre uma coluna. Tem familiares do núcleo 1. Três peças com recortes diferentes. • 1 vetor de junção • 3 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 4

CÓDIGO: 1.WA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Uma articulação em ângulo reto dentada, entalhes rasos são cortados em cada lado do feixe inferior, paralelos ao comprimento do feixe, deixando uma seção sem cortes no centro do feixe. Esta junta é usada para cantilevers, comum no telhado de enquadramento de habitações folclóricas no feixe transversal koyabari e na ravina do beiral gagyou. Também são usadas nos registros de canto dos armazéns de estilo azekura; e na união de vigas transversais e terças na construção do templo.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: http://nara-park.com/en/spot/shosoin/

Fonte: http://www.nishizawa-komuten.com/newpage7.html

91


YATOI HOZO SASHI SHIKUCHI – 雇い枘差し仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de junta de uma peça horizontal com uma coluna. Tem familiares do núcleo 3A. Três peças com recortes diferentes. • 3 vetores de junção • 2 peças principais e uma peça menor • Uso de peça e cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 3.YA-H

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Uma articulação cega com pinos ligeiramente descentrados. Encaixe com pinos e uma peça menor usado em um feixe de gravata penetrante. Caracteriza-se pela adição de uma cavilha inserida através da cabeça do pilar, do espigão hozo e da peça menor, no topo do pilar com o propósito de apertar e reforçar a articulação.

VARIAÇÕES: Primos Yatoi Irmão Oire Hozo Sashi

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditional-kumikijoinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

92


YATOI HOZO SHACHI SEN SHIKUCHI – 雇い枘車知栓仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma peça horizontal dentro de uma coluna. Tem familiares do núcleo 3A. Duas peças com recortes diferentes. • 3 vetores de junção • 2 peças principais e uma peça menor • Uso de peça e cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 4

CÓDIGO: 3.YA-S

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Use-o em um caso em que você não queira furar o pilar lateral através do pilar vertical. É frequentemente usado para unir vigas e pilares. Ele é usado para prender o nariz kibana à parte externa de um pilar de canto.

VARIAÇÕES: Primos Yatoi Primos Shachisen Irmãos não possui.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2xgWACgo6y0

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YATOIZANE TOME SHIKUCHI – 雇い実留め仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma junta de canto de duas peçashorizontais com o recorte a 45º. Tem familiares do núcleo 7A. Duas peças com recortes espelhados. • 2 vetores de junção • 2 peças principais e uma peça menor • Uso de peça para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1 APLICAÇÃO Usada para a construção de quadros pesados, pode ser desmontado para cobrir as extremidades de terças e vigas. A junta que conecta as duas tábuas inclinadas é chamada de "ogami", o que significa orar com as mãos juntas. A junta "ogami" é a parte mais fraca da tábua de empena, consequentemente, quando exposta ao carregamento, uma abertura pode abrir na parte inferior.

CÓDIGO: 7.YA ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Tome Primos Yatoi Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/310185493077539182/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/76913106115168515/

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YONMAI KAMA TSUGI – 四枚鎌継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de duas juntas perpendiculares dentro de uma coluna.Cada junta com duas peças horizontais no mesmo eixo Tem familiares do núcleo 1. Duas peças com recortes iguais, outras duas peças com recorte iguais e uma peça com recorte diferente. • 4 vetores de junção • 5 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE

CÓDIGO: 1.YO ENCAIXE MONTADO:

Montagem e execução: 5 APLICAÇÃO Muito utilizado principalmente para unir quatro madeiras horizontais penetrando a madeira vertical (nuki). Os quatro “Nuki” têm a mesma forma. É usado para unir pilares e “Nuki” no telhado e para a construção do quadro da parede. VARIAÇÕES: Primos Kama Irmãos não possui

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/kumiki/

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YOSE ARI HOZO SHIKUCHI – 寄せ蟻枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une através do apoio em uma peça horizontal. Tem familiares do núcleo 4A. Duas peças com recortes inversos. • 2 vetores de junção • 3 peças principais • Uso de movimento para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 4.YO-A ENCAIXE MONTADO:

Também chamado okuriari. Uma junta de ângulo reto, usando o recorte Ari como travamento ele pode ser empurrado para dentro do encaixe. Usado em quadros de cofres para tetos, parte superior da porta, um caixilho de janela ou armações regulares são protegidos ou apertados usando este tipo de junta. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Shinozaki Ari Shikuchi

Irmão Yose Ari Hozo Shikuchi 2

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/kumiki/

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YOSE ARI HOZO SHIKUCHI 2 – 寄せ蟻枘仕口 CARACTERISTICAS Do grupo dos Shiguchis, esse encaixe funciona por meio de uma coluna que se une através do apoio em uma peça horizontal. Tem familiares do núcleo 4A. Duas peças com recortes inversos. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de movimento para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 4.YO-H ENCAIXE MONTADO:

Também chamado okuriari. Uma junta de ângulo reto, usando o recorte Ari como travamento ele pode ser empurrado para dentro do encaixe, porém, o furo aparece. Usado em quadros de cofres para tetos, parte superior da porta, um caixilho de janela ou armações regulares são protegidos ou apertados usando este tipo de junta. VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Shinozaki Ari Shikuchi

Irmão Yose Ari Hozo Shikuchi

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/kumiki/

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ARI GATA HOZO TSUGI – 蟻形枘継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo por fricção funciona através do sistema macho-fêmea. Tem familiares no núcleo 13A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 13.AR-G

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Essa junta onde aparece somente em um lado as linhas do recorte, é utilizada onde requer grande exatidão, frequentemente usada no topo do inro, para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária.

VARIAÇÕES: Primos Ari Fonte: https://br.pinterest.com/pin/105060603790634777/

Fonte: .html

Irmãos Ougi Hozo Tsugi

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-doors

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ARIGATA KUMI TSUGI –蟻形組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 8.AR

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos Ari Irmãos Kakushi Arigata Kumi Fonte: https://br.pinterest.com/pin/524387950335751130/

Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/493707177893577886/

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ARIGATA YATOIZANE TSUGI – 蟻形雇い実継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças no mesmo eixo funciona através do uso de uma terceira peça para a junção por fricção. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com recortes iguais. • 2 vetores de junção • 2 peças principais e uma peça menor • Uso de peça menor para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 13.AR-Y ENCAIXE MONTADO:

Muito semelhante ao Kinegata Chigiri Tsugi e ao Yatoi Sao Shachi Tsugi, porém não é resistente a forças de tração. Portanto, para dar continuidade de peças horizontais é bastante adequado. A fim de evitar a redução do comprimento efetivo das madeiras quando não é possível começar com vigas mais longas, um encaixe às vezes é inserido. VARIAÇÕES: Primos Ari Primos Yatoi Irmão Kinegata ChigiriTsugi Fonte: https://br.pinterest.com/pin/559431584953289885/

Irmão Yatoi Sao Shachi Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/616008055252285826/

100


DAI MOCHI TSUGI – 台持ち継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma sobre a outra funciona através da fricção e o uso de cavilhas para a junção. Tem familiares no núcleo 11B. Duas peças com o recortes iguais. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 11.DA ENCAIXE MONTADO:

Essa junta é geralmente usada em vigas na armação do telhado japonês. Uma excelente junta para conectar tais feixes, é frequentemente usada para emendar dormentes, vigas, placas de parede e gravata no meio.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui Fonte: http://www.nishizawa-komuten.com/newpage7.html

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932713961/

101


HAGATA SHIMEN ISUKA TSUGI – 刃形四面いすか継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 12B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 12.HA-I

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Conhecido como junção cruzada, é amplamente utilizado na junção dos sarrafos expostos e também utilizados em postes de tetos de estilo japonês. Também é uma articulação cosmética. Antes que a construção possa começar em um prédio, os limites de sua fundação e de suas resistências externas devem ser dispostos nos cantos futuros da estrutura, são apenas fixações temporárias, é imperativo que elas não sejam desalojadas ou perturbadas antes que não sejam mais necessárias. Porque as pessoas não se sentirão tentadas a sentar ou colocar algo no topo de uma estaca terminado no estilo Isuka.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos Shimen Isuka Tsugi

Irmãos Hira Isuka Tsugi

Fonte: SEIKE, 1977, p.27.

102


HAKO KAKUSHI TSUGI – 箱隠し継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte inverso. • 3 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 12.HA-K ENCAIXE MONTADO:

Resiste à tensão e ao esforço de flexão, ela tem muitos usos, como em pilares, vigas ou em apoio. Foi refinado à medida que as habilidades dos carpinteiros aumentaram com o desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas. No entanto, às vezes é usado para a sustentação de pilares sendo restaurados na arquitetura japonesa antiga. em um membro vertical e horizontal. VARIAÇÕES: Primos Hako Irmão Hako Shachisen Tsugi Fonte: https://br.pinterest.com/pin/505810601886342210/

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/kumiki/

103


HAKO MECHIGAI TSUGI – 箱目違い継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com o recorte inversos. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 13.HA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Pensado no Japão como junção reta reforçada com um espigão, leva o nome da forma da projeção no membro. Essa articulação, pode ser empregada onde grande exatidão é necessária. Frequentemente usada para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária, devido a variação que a madeira sofre quando seca. Este encaixe foi concebido para controlar a distorção causada pelo empenamento sem ser óbvio.

VARIAÇÕES: Primos Mechigai Irmãos não possui

Fonte: doors.html

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-

Fonte:http://www.propertyinvestmentjapan.com/column/list/article/ column170411.html

104


HAKO SEN TSUGI – 箱栓継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 11A. Duas peças com o recorte inverso. • 4 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 4 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 11.HA ENCAIXE MONTADO:

Presente na construção da casa tipicamente japonesa, essa junta é utilizada na fundação, pela conexão com a fundação de pedra; ou pela continuação de vigas da grade de fundação, ou seja, a grade mais próxima ao solo.

VARIAÇÕES: Primos Hako Fonte: https://holzunddesign.wordpress.com/2014/05/02/rundvier-holzverbindungen/#jp-carousel-4804

Irmão Kakushi

Fonte: https://imgur.com/gallery/ynXI9tk

105


HAKO SHACHISEN TSUGI – 箱車知栓継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte inverso. • 3 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 12.HA-S ENCAIXE MONTADO:

Presente na construção da casa tipicamente japonesa, essa junta é utilizada na fundação, pela conexão com a fundação de pedra; ou pela continuação de vigas da grade de fundação, ou seja, a grade mais próxima ao solo.

VARIAÇÕES: Primos Hako Primo Shachisen Fonte: https://holzunddesign.wordpress.com/2014/05/02/rundvier-holzverbindungen/#jp-carousel-4804

Irmão Hako Kakushi Tsugi

Fonte: https://imgur.com/gallery/ynXI9tk

106


HAKO TSUGI – 箱継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 9. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 9.HA ENCAIXE MONTADO:

Esta junta é inferior em força a outros encaixes de coluna, devido ao método usado para travar a junta. A cavilha contribui pouco para a robustez do conjunto em comparação com um pino de empate. O orifício da chave e a linha de junção longitudinal estão posicionados no canto da seção, tornando esta emenda muito atraente nas colunas. VARIAÇÕES: Primos Hako Irmãos não possui

Fonte: foto da autora

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HIRA INRO TSUGI – 平印籠継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 13.HI-I

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Utilizada na junção de um espigão, simplesmente para fortalecer uma articulação. De acordo com o esforço e a importância da construção, a gama de uso dessas junta é muito larga, do muito simples ao extremamente complicado, servindo também para artigos como molduras, gavetas, armários finos, shoji e fusuma. Não é eficaz em resistir à tensão a menos que seja colada, sem ela, pode transmitir apenas forças tais como torção espiral. VARIAÇÕES: Primos Inro Irmão Komisen Inro Tsugi

Fonte: SEIKE, 1977, p. 41.

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HIRA ISUKA TSUGI – 平いすか継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através da junta por fricção. Tem familiares no núcleo 12B. Duas peças com o recorte igual. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 12.HI-I

Conhecido como junção cruzada, é amplamente utilizado na junção dos sarrafos expostos e também utilizados em postes de tetos de estilo japonês. Também é uma articulação cosmética. Antes que a construção possa começar em um prédio, os limites de sua fundação e de suas resistências externas devem ser dispostos nos cantos futuros da estrutura, são apenas fixações temporárias, é imperativo que elas não sejam desalojadas ou perturbadas antes que não sejam mais necessárias. Porque as pessoas não se sentirão tentadas a sentar ou colocar algo no topo de uma estaca terminado no estilo Isuka.

ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Shimen Isuka Tsugi

Irmão Hagata Shimen Isuka Tsugi

Fonte: http://granitemountainwoodcraft.com/2015/10/14/isuka-tsugi/

109


HIRAKAKE KAKUSHI MEJI TSUGI – 平掛け隠し目地継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 13.HI-K

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O assento da junta de torno é cortado de modo que o encaixe ocupe cerca da metade da espessura da madeira. Evita danos causados por força de torção. Também chamado de articulação de volta cruzada. É comumente usado como soleira de chão, junção de placas de poste hanamoya e cantilevers hanegi na construção de telhados.

VARIAÇÕES: Primos Meji Irmão Kakushi Meji Tsugi

https://www.simplecove.com/571/joints-for-no-reasonkoshikake-aritsugi/ Fonte:

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HIRAKAKE KOMISEN TSUGI – 平掛け込み栓継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo deslizando uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 12.HI-K

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O assento da junta de torno é cortado de modo que o encaixe ocupe cerca da metade da espessura da madeira. Evita danos causados por força de torção. O resultado é uma superfície lisa onde os dois membros são unidos. É comumente usado como um método de entender ou conectar vigas ou partes da grade de parede.

VARIAÇÕES: Primos Komisen Irmão Okkake Daisen Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763500/

Irmão Meji Tsukikake Awase Tsugi

Irmão Tsugi

Kakeawase

Komisen

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/674977062873293202/

111


JUJI MECHIGAI TSUGI – 十字目違い継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 13.JU

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Pensado no Japão como junção reta reforçada com um espigão, leva o nome da forma da projeção no membro. Essa articulação, pode ser empregada onde grande exatidão é necessária. Frequentemente usada para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária, devido a variação que a madeira sofre quando seca. Este encaixe foi concebido para controlar a distorção causada pelo empenamento.

VARIAÇÕES: Primos Mechigai Irmão Mata Juji Mechigai Tsugi

Fonte: .html

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-doors

Fonte:http://www.propertyinvestmentjapan.com/column/list/article/ column170411.html

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KABUSE AIGAKI MEJI TSUGI – 被せ相欠き目地継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma sobre a outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 11B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 11.KA-A

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

É comumente usado como soleira de chão, junção de placas de poste hanamoya, grandes vigas e cantilevers hanegi na construção de telhados.

VARIAÇÕES: Primos Meji Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763338/

Primos Kabuse Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763508/

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KABUSE MEJI TSUGI – 被せ目地継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 12.KA-M

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Evita danos causados por força de torção. É comumente usado como soleira de chão, junção de placas de poste hanamoya e cantilevers hanegi na construção de telhados.

VARIAÇÕES: Primos Meji Primos Kabuse Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763338/

Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763508/

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KAI NO KUCHI TSUGI – 貝の口継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 9. Duas peças com o recorte igual. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 9.KA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Esta emenda relativamente longa possui algumas aplicações exclusivas. Duas vezes o comprimento da emenda é necessário na montagem, o que é muito inconveniente para a sustentação. Geralmente é reservado para unir elementos distintos, como a coluna shinbashira, coluna central de um pagode.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: https://www.economist.com/christmasspecials/1997/12/18/why-pagodas-dont-fall-down

115


KAKEAWASE KOMISEN TSUGI – 掛け合わせ込み栓継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo deslizando uma sobre a outra. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 12.KA-K

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O assento da junta de torno é cortado de modo que o encaixe ocupe cerca da metade da espessura da madeira. Evita danos causados por força de torção. Também chamado de articulação de volta cruzada. É comumente usado como soleira de chão, junção de placas de poste hanamoya e cantilevers hanegi na construção de telhados.

VARIAÇÕES: Primos Komisen Irmão Okkake Daisen Tsugi

Fonte: http://web.hypersurf.com/~charlie2/Joinery/Joinery1.html

Irmão Meji Tsukikake Awase Tsugi

Irmão Hirakake Komisen Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/674977062873293202/

116


KAKUSHI ARIGATA KUMI TSUGI – 隠し蟻形組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea junta de canto por fricção. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 8.KA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Arigata Kumi Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/543387511282471855/

117


KAKUSHI KANAWA TSUGI – 隠し金輪継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma dentro da outra funciona através do sistema macho-fêmea. Tem familiares no núcleo 11A. Duas peças com o recorte inverso. • 4 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 4 APLICAÇÃO Resiste à tensão e ao esforço de flexão, ela tem muitos usos, como em pilares, vigas ou em apoio. Foi refinado à medida que as habilidades dos carpinteiros aumentaram com o desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas; no entanto, essa articulação não é particularmente forte. No entanto, às vezes é usado para a sustentação de pilares sendo restaurados na arquitetura japonesa antiga. em um membro vertical.

CÓDIGO: 11.KA-K ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Kanawa Irmão Hako Sen Tsugi

Fonte: https://kinokoji.exblog.jp/16088870/

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditional-kumikijoinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

118


KAKUSHI MEJI NIMAI HOZO TSUGI – 隠し目地二枚枘継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 13.KA-N

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Pensado no Japão como junção reta reforçada com um espigão, leva o nome da forma da projeção no membro. Essa articulação, pode ser empregada onde grande exatidão é necessária. Frequentemente usada para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária, devido a variação que a madeira sofre quando seca. Este encaixe foi concebido para controlar a distorção causada pelo empenamento.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: .html

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-doors

Fonte:http://www.propertyinvestmentjapan.com/column/list/article/ column170411.html

119


KAKUSHI MEJI TSUGI – 隠し目地継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13ª. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 13.KA-M

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Essa junta onde aparece somente em um lado as linhas do recorte, é utilizada onde requer grande exatidão, frequentemente usada no topo do inro, para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária.

VARIAÇÕES: Primos Meji Irmão Hirakake Kakushi Meji Fonte: https://br.pinterest.com/pin/105060603790634777/

Fonte: .html

Tsugi

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-doors

120


KAMA TSUGI – 鎌継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma sobre a outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 11B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 11.KA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O nome deriva da semelhança com a cabeça de uma cobra. É uma das articulações projetadas especificamente para resistir à força de tensão. Embora possa parecer que com um pescoço mais longo a articulação seria mais capaz de resistir ao estresse de tensão, o comprimento do pescoço não afeta muito a força da articulação. Portanto, para solos é bastante adequado. A fim de evitar a redução do comprimento efetivo das madeiras quando não é possível começar com vigas mais longas, um encaixe às vezes é inserido.

VARIAÇÕES: Primos Kama Irmão Koshi Kake Kama Tsugi

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=XQALCmnKf54

Irmão Noge Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/544654148677006797/

121


KANAWA TSUGI – 金輪継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma sobre a outra. Tem familiares no núcleo 11A. Duas peças com o recorte inverso. • 3 vetores de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 11.KA-N

Resiste à tensão e ao esforço de flexão, ela tem muitos usos, como em vigas ou em apoio. Uma vez que as metades macho e fêmea dessa articulação são cortadas de forma idêntica. Foi e refinado à medida que as habilidades dos carpinteiros aumentaram com o desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas; no entanto, essa articulação não é particularmente forte. Em geral, parece que deve ser usada em estrutura somente onde não será submetida a grande tensão. No entanto, às vezes é usado para a sustentação de pilares sendo restaurados na arquitetura japonesa antiga. em um membro horizontal.

ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Kanawa Irmão Shippasami Tsugi

Fonte: foto da autora

122


KAWAI TSUGITE - 河合継手 CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, é um encaixe único, no qual não possui variações nem familiares.Faz parte do núcleo 10B. É um encaixe variado, que pode adotar mais de um eixo dependendo de como é juntado, ou seja, pode se juntar de três jeitos diferentes. As duas peças com o recorte igual. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE

CÓDIGO: 10.KA ENCAIXE MONTADO:

Montagem e execução: 4 APLICAÇÃO Muito utilizado em mobiliários, suas juntas não são muito resistentes para aguentar o peso de uma estrutura, mas pode ser utilizado em áreas que requer menos esforço.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: https://suldoz.com/wood-table-joint/wood-table-jointawesome-thus-a-plex-japanese-joint-called-a-kawai-tsugite/ 123


KINEGATA CHIGIRI TSUGI – 杵形千切り継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais nomesmo eixo por fricção. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais e uma peça menor • Uso de peça menor para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 13.KI

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

É uma articulação projetadas para resistir à força de tensão. Portanto, para solos é bastante adequado. A fim de evitar a redução do comprimento efetivo das madeiras quando não é possível começar com vigas mais longas, um encaixe às vezes é inserido. Se a peça menor for inserida for feito com uma madeira mais dura, a resistência da junta ao estresse de cisalhamento é aumentada; assim, com o pescoço inserido, você pode não apenas preservar o comprimento efetivo da madeira, mas também aumentar a resistência à tração da junta.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Yatoi Sao Shachi Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/559431584953289885/

Irmão Arigata Yatoizane Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/616008055252285826/

124


KISHIKAKE ARI TSUGI -腰掛け蟻継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união por fricção funciona através do sistema macho e fêmea, é um encaixe que possiu uma variação e familiares no núcleo 11B. As duas peças com o recorte diferentes. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 11.KI

Essa junta é particularmente útil em solos, ou seja, ela se localiza nas madeiras horizontais que formam a grade mais próxima do solo. Embora este recorte visa resistir à tensão em uma estrutura firme, sua resistência, à tração efetiva é pequena.

ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Koshikake Ari Otoshi Tsugi

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=e-QI9Xekii0

125


KOGIKU KUMI TSUGI – 小菊組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 8.KO-K

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/42362052729036879/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/269582727675114776/

126


KOHIBI TENBIN KUMI TSUGI – 小ひび天秤組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 8.KO-T

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763298/

Irmão Tenbin no Gyaku Kumi Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/696509898594638995/

127


KOMISEN INRO TSUGI – 込み栓印籠継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 13A. Duas peças com o recorte inverso. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Utilizada na junção de um espigão, simplesmente para fortalecer uma articulação. De acordo com o esforço e a importância da construção, a gama de uso dessas junta é muito larga, do muito simples ao extremamente complicado, servindo também para artigos como molduras, gavetas, armários finos, shoji e fusuma. Não é eficaz em resistir à tensão a menos que seja colada, sem ela, pode transmitir apenas forças tais como torção espiral.

CÓDIGO: 11.KO ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Komisen Primos Inro Irmão Hira Inro Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/42362052729249948/

Fonte: SEIKE, 1977, p.42.

128


KOSHI KAKE KAMA TSUGI – 腰掛け鎌継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma sobre a outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 11B Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 11.KO-K

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O nome deriva da semelhança com a cabeça de uma cobra. É uma das articulações projetadas especificamente para resistir à força de tensão. Portanto, para solos é bastante adequado. O princípio do koshikake, é de dobrar meia prancha ou viga sobre metade de outra placa ou viga, esta junta pode ser combinada de forma muito eficaz com o encaixe comum e espiga para produzir uma junção forte e útil. Esta junta é particularmente eficaz na resistência à tensão frequentemente colocada em uma junta à medida que seus membros secam e encolhem.

VARIAÇÕES: Primos Kama Primos Koshi Irmão Kama Tsugi

Irmão Noge Tsugi

Fonte: https://fabulalignarius.wordpress.com/tag/koshikake-kamatsugi/

129


KOSHIKAKE ARI OTOSHI TSUGI -腰掛け蟻落し継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união por fricção de sistema macho-fêmea funciona simplismente deslizando um para dentro do outro. Não é necessário deslocamento axial. É um encaixe que possui umavariação e familiares do núcleo 11B. As duas peças com o recorte diferentes. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 11.KO-A ENCAIXE MONTADO:

Muito utilizado principalmente para se juntar próximo a solos, ou seja, ela se localiza nas madeiras horizontais que formam a grade mais próxima do solo. Embora este recorte vise resistir à tensão em uma estrutura firme, sua resistência à tração efetiva é pequena.

VARIAÇÕES: Primos Ari Primos Koshi Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=e-QI9Xekii0

Primos Otoshi Irmão Kishikake Ari Tsugi

Fonte: SEIKE, 1977, p.38 130


MATA JUJI MECHIGAI TSUGI – 股十字目違い継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 13.MA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Pensado no Japão como junção reta reforçada com um espigão, leva o nome da forma da projeção no membro. Essa articulação, pode ser empregada onde grande exatidão é necessária. Frequentemente usada para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária, devido a variação que a madeira sofre quando seca. Este encaixe foi concebido para controlar a distorção causada pelo empenamento.

VARIAÇÕES: Primos Mechigai Irmão Juji Mechigai Tsugi

Fonte: .html

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-doors

Fonte:http://www.propertyinvestmentjapan.com/column/list/article/ column170411.html

131


MEJI TSUKIKAKE AWASE TSUGI – 目地付き掛け合せ継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte igual. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 12.ME

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Emendada, oblíqua e rabiscada. A junta Meji Tsujijaje Awase Tsugi é uma junção de emenda de madeira usada para conectar vigas e fundações. Tem um espigão e um encaixe nas pontas e os dois membros a serem unidos são escorregados para o lado.

VARIAÇÕES: Primos Meji Irmão Okkake Daisen Tsugi

Fonte: https://www.finehomebuilding.com/2009/07/16/timberframe-joinery

Irmão Hirakake Komisen Tsugi

Irmão Tsugi

Kakeawase

Komisen

Fonte: http://www.aisf.or.jp/~jaanus/deta/s/samisentsugi.htm

132


MIYAJIMA TSUGI – 宮島継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona por fricção uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 12B. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 12.MI

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Essa junta é complexa utilizada na junção de uma madeira alongada para apoiar a placa do teto. Também concebeu como uma articulação imperceptível. Com as faces de suas peças de cruzamento também cortadas obliquamente. Utilizado no Itsukushima Jinja Ootorii (1875), em Miyajima 島 島, prefeitura de Hiroshima. O miyajima tsugi é usado neste portão, do qual deriva seu nome. VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Sumikiri Isuka

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Itsukushima_Shrine

Irmão Osujikai Tsugi

Fonte: fotos da autora

133


NANAME AGOKAKE MEJI TSUGI – 斜め顎掛け目地継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricçãouma sobre a outra. Tem familiares no núcleo 11B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 11.NA

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

É comumente usado como soleira de chão, junção de placas de poste hanamoya, grandes vigas e cantilevers hanegi na construção de telhados.

VARIAÇÕES: Primos Meji Irmãos não possui Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763338/

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932763508/

134


NEJIRE KUMI TSUGI – 捻れ組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea por fricção junta de canto uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 8.NE

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Ryonawa Kumi Tsugi

Irmão Niju Mizu Kumi Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932665855/

135


NIJU MIZU KUMI TSUGI – 二重水組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea por fricção junta de canto uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 8.NI

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Ryonawa Kumi Tsugi

Irmão Nejire Kumi Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932665855/

136


NOGE TSUGI – 芒継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo uma sobre a outra funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 11B. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 11.NO

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Também chamado kayaoi kamatsugi. É uma das articulações projetadas especificamente para resistir à força de tensão. Uma junta usada para unir seções de um suporte de beirado kayaoi.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Kama Tsugi Fonte: http://www.aisf.or.jp/~jaanus/deta/k/kayaoi.htm

Irmão Koshi Kake Kama Tsugi

Fonte: https://iam.tugraz.at/studio/w11_blog/?p=127

137


OKKAKE DAISEN TSUGI – 追掛け大栓継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção deslizando uma sobre a outra. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Resiste à tensão e ao esforço de flexão, ela tem muitos usos, como em pilares, fundação, vigas ou em apoio. Uma vez que as metades macho e fêmea dessa articulação são cortadas de forma idêntica. Foi e refinado à medida que as habilidades dos carpinteiros aumentaram com o desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas; no entanto, essa articulação não é particularmente forte. Em geral, parece que deve ser usada em estrutura somente onde não será submetida a grande tensão. No entanto, às vezes é usado para a sustentação de pilares sendo restaurados na arquitetura japonesa antiga. em um membro horizontal.

CÓDIGO: 12.OK ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Meji Tsukikake Awase Tsugi

Irmão Hirakake Komisen Tsugi

Irmão Tsugi

Kakeawase

Komisen

Fonte: https://kinokoji.exblog.jp/16088870/

138


OSAKA JO OTEMON HIKAE BASHIRA TSUGI – 大阪城追手門控柱継手 CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união por fricção funciona através do sistema macho e fêmea, é um encaixe que possiu uma variação e familiares no núcleo 10A. As duas peças com o recorte diferentes. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 5 APLICAÇÃO Essa junta é utilizada na junção de colunas. É o único exemplar conhecido com esse tipo de design, uma vez montado, uma decorativa skyline pode ser vista na superfície. Por dentro, não há lacunas entre as duas partes. Porém, conhecida como junção impossível, muitos carpinteiros dizem que é um encaixe impraticável e é um desafio de habilidade para os carpinteiros da nova geração.

CÓDIGO: 10.OS ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=XQALCmnKf54

Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: fotos da autora 139


OSUJIKAI TSUGI – 大筋違い継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 12B. Duas peças com o recorte inverso. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 12.OS ENCAIXE MONTADO:

Conhecido como junção cruzada, é amplamente utilizado na junção continuação de vigas, dos sarrafos expostos e também utilizados em postes de tetos de estilo japonês. Também concebeu como uma articulação imperceptível. Com as faces de suas peças de cruzamento também cortadas obliquamente. VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Sumikiri Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/AU3JNClafqsR1bBlE4wzW9AySaoxhaCJF3IGyMcFYD8GpJ3iXF88hE/

Irmão Miyajima Tsugi

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditional-kumikijoinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

140


OUGI HOZO TSUGI – 扇枘継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea por fricção. Tem familiares no núcleo 13A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 13.OU

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Essa junta onde aparece somente em um lado as linhas do recorte, é utilizada onde requer grande exatidão, frequentemente usada no topo do inro, para acessórios como vigas decorativas e para acessórios como fusuma e shöji. Não é muito confiável estruturalmente, não deve ser usado quando uma junta de emenda forte é necessária.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Ari Gata Hozo Tsugi Fonte: https://br.pinterest.com/pin/626000416932714000/

Fonte: .html

https://stylehouse.no/en/roomdividers/4921-fusuma-doors

141


RYONAWA KUMI TSUGI – 両縄組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea por fricção junta de canto uma dentro da outra. Tem familiares no núcleo 8A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 8.RY

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Nejire Kumi Tsugi

Irmão Niju Mizu Tsugi

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=mzQOmQ5RrgI 142


SAO SHACHI TSUGI -竿車知継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Esta junta é bastante usada para grandes vigas em construções residenciais japonesas. Nessas construções, muitas vezes acontece que uma viga grande ou membro horizontal similar deve passar completamente através de um dos pilares estruturais principais sólidos, não resolvidos, que vão de solos para a placa de parede ou para o pilar. Para unir estes membros horizontais sem enfraquecer o poste, uma meia-haste ou colo muito longa é empurrada para o poste.

CÓDIGO: 12.SA ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Sao Irmão Yokosen Shachi Tsugi

Fonte: foto da autora 143


SHIHOU ARI TSUGI – 四方蟻継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 10A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 10.SH-A

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Essa junta é utilizada na junção de colunas. Aparentemente não pode caber de qualquer direção. É frequentemente usado para pilares e afins. Ao tornar o lado de saída um pouco apertado, dificulta a mudança.

VARIAÇÕES: Primos Ari Irmão Shihou Hozo Tsugi

Fonte: foto da autora

144


SHIHOU HOZO TSUGI – 四方枘継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 10A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 10.SH-H

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Feita de tal forma que os encaixes são visíveis em todos os quatro lados da junta, todos com o mesmo desenho. Isto é conseguido cortando as seções protuberantes e recuadas de cantos opostos, em vez de na face da madeira. As peças são cortadas na diagonal e depois se encaixam umas nas outras. Essas juntas são usadas, por exemplo, na conexão de colunas, na base dos postes do campanário shourou e nos abrigos laterais abertos chouzuya, nos santuários jinja.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Shihou Ari Tsugi

Fonte: foto da autora

145


SHIHOU KAMA TSUGI - 四方鎌継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 10A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3

CÓDIGO: 10.SH-K

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O nome deriva da semelhança com a cabeça de uma cobra. É uma das articulações projetadas especificamente para resistir à força de tensão. Essa junta é utilizada na junção de colunas. Aparentemente não pode caber de qualquer direção. É frequentemente usado para pilares e afins. Ao tornar o lado de saída um pouco apertado, dificulta a mudança. VARIAÇÕES: Primos Kama Irmão Sumi Nihou Kama Tsugi

Fonte: kama/

https://suikoushya.com/2017/11/26/rough-guides-shihou-

Fonte: foto da autora

146


SHIHOU KOGUCHI KUMI TSUGI – 四方木口組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais perpendiculares funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma sobre a outra por fricção. Tem familiares no núcleo 8B. Duas peças com o recorte igual. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 8.SH ENCAIXE MONTADO:

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmãos não possui

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/543387511282471855/

147


SHIMEN ISUKA TSUGI – 四面いすか継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontai no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 12B. Duas peças com o recorte igual • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 1

CÓDIGO: 12.SH

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

Conhecido como junção cruzada, é amplamente utilizado na junção dos sarrafos expostos e também utilizados em postes de tetos de estilo japonês. O Hagata Shimen Isuka Tsugi, foi concebido para eliminar a imperfeição das faces interligadas do Isuka-tsugi e é também uma articulação cosmética. Antes que a construção possa começar em um prédio, os limites de sua fundação e de suas resistências externas devem ser dispostos nos cantos futuros da estrutura, são apenas fixações temporárias, é imperativo que elas não sejam desalojadas ou perturbadas antes que não sejam mais necessárias. Porque as pessoas não se sentirão tentadas a sentar ou colocar algo no topo de uma estaca terminado no estilo Isuka.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Hagata Shimen Isuka Tsugi

Irmão Hira Isuka Tsugi

Fonte: https://brokenriverjoinery.wordpress.com/2012/09/07/kenisuka-tsugi-or-birds-mouth-joint/

148


SHIPPASAMI TSUGI – 尻挟み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontai no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma sobre a outra por fricção. Tem familiares no núcleo 11A. Duas peças com o recorte igual. • 3 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 11.SH ENCAIXE MONTADO:

Emendada, oblíqua e rabiscada. A junta Shippasami Tsugi tem um espigão e um encaixe em forma de T e os dois membros a serem unidos são escorregados para o lado. Esta junta é usada para conectar vigas e fundações.

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Kanawa Tsugi

Fonte: foto da autora

149


SUMI NIHOU KAMA TSUGI – 隅二方鎌継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças verticais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 10A. Duas peças com o recorte inverso. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2

CÓDIGO: 10.SU

APLICAÇÃO

ENCAIXE MONTADO:

O nome kama deriva da semelhança com a cabeça de uma cobra. É uma das articulações projetadas especificamente para resistir à força de tensão. Essa junta é utilizada na junção de colunas. Aparentemente não pode caber de qualquer direção. É frequentemente usado para pilares e afins. Ao tornar o lado de saída um pouco apertado, dificulta a mudança. VARIAÇÕES: Primos Kama Irmão Shihou Kama Tsugi

Fonte: http://digg.com/2017/japanese-joinery-youtube-joint-venture

150


SUMIKIRI ISUKA TSUGI – 隅切りいすか継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através do sistema macho-fêmea deslizando uma dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 12B. Duas peças com o recorte igual. • 2 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilha para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Conhecido como junção cruzada, é amplamente utilizado na junção dos sarrafos expostos e também utilizados em postes de tetos de estilo japonês. Antes que a construção possa começar em um prédio, os limites de sua fundação e de suas resistências externas devem ser dispostos nos cantos futuros da estrutura, são apenas fixações temporárias, é imperativo que elas não sejam desalojadas ou perturbadas antes que não sejam mais necessárias. Porque as pessoas não se sentirão tentadas a sentar ou colocar algo no topo de uma estaca terminado no estilo Isuka.

CÓDIGO: 12.SU ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Miyajima Tsugi

Irmão Osujikai Tsugi

Fonte: https://hidakuma.com/en/blog/17-amazing-traditional-kumikijoinery-heritage-from-hida-no-takumi-artisan/

151


TENBIN NO GYAKU KUMI TSUGI -天秤の逆組み継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união por fricção funciona através do sistema macho e fêmea, é um encaixe que possiu uma variação e familiares no núcleo 8A. As duas peças com o recorte semelhantes. • 1 vetor de junção • 2 peças principais

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 2 APLICAÇÃO

CÓDIGO: 8.TE

Como claramente é mostrado, este encaixe é utilizado para a criação de cantos, tanto em mobiliários, como em cantos de uma edificação.

ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=rEg4hCog9Cs

Primos não possui Irmão

Kohibi

Tenbin

Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/493707177893577886/ 152

Kumi


YATOI SAO SHACHI TSUGI – 雇い竿車知継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através da junta de uma peçamenor dentro das duas outras por fricção. Tem familiares no núcleo 13B. Duas peças com o recorte semelhante. • 3 vetores de junção • 2 peças principais e uma peça menor • Uso de cavilhas e peça menor para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Esta junta é bastante usada para grandes vigas em construções residenciais japonesas. Nessas construções, muitas vezes acontece que uma viga grande ou membro horizontal similar deve passar completamente através de um dos pilares estruturais principais sólidos, não resolvidos, que vão de solos para a placa de parede ou para o pilar. Para unir estes membros horizontais sem enfraquecer o poste, uma meia-haste ou colo muito longa é empurrada para o poste.

CÓDIGO: 13.YA ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos Yatoi Primos Sao Irmão Arigata Yatoizane Tsugi

Fonte: foto da autora

Irmão Kinegata Chigiri Tsugi

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/559431584953289885/

153


YOKOSEN SHACHI TSUGI – 横栓車知継ぎ CARACTERISTICAS Do grupo dos Tsugites, a união de duas peças horizontais no mesmo eixo funciona através da junta de uma peça dentro da outra por fricção. Tem familiares no núcleo 12A. Duas peças com o recorte inverso. • 3 vetores de junção • 2 peças principais • Uso de cavilhas para travamento

COMPLEXIDADE Montagem e execução: 3 APLICAÇÃO Esta junta é bastante usada para grandes vigas em construções residenciais japonesas. Nessas construções, muitas vezes acontece que uma viga grande ou membro horizontal similar deve passar completamente através de um dos pilares estruturais principais sólidos, não resolvidos, que vão de solos para a placa de parede ou para o pilar. Para unir estes membros horizontais sem enfraquecer o poste, uma meia-haste ou colo muito longa é empurrada para o poste.

CÓDIGO: 12.YO ENCAIXE MONTADO:

VARIAÇÕES: Primos não possui Irmão Sao Shachi Tsugi

Fonte: foto da autora 154


3.2.1. Códigos de localização e Classificação de Complexidade Para cada encaixe foi gerado um código, que teve como referência o nome original em japonês encontrado na literatura. Para a criação dos códigos adotou-se uma sigla que facilita a localização do encaixe no respectivo núcleo e consequentemente a ficha de identificação. Depois as duas primeiras letras do primeiro nome, nos casos que ocorriam a repetição, foi utilizada a primeira letra do segundo nome. Se continuasse a repetição foi utilizado a primeira letra do terceiro nome ou nomes posteriores. Excepcionalmente, em apenas um caso, o encaixe apresentou apenas um nome e conflitou com outros códigos. Neste caso, adotou se as duas primeiras letras do nome e a próxima consoante.

Tabela 5. Tabela com relação de códigos por família e núcleo.

Família Shiguchi

NÚCLEO 1

CÓDIGOS:

IGETA SHIKUCHI KOMISEN TSUGI SHIKUCHI NO SANPOSASHI SAMPO GUMI SHIKUCHI SHACHISEN TSUGI SHIKUCHI NO SHIHOUSASHI WATARI AGO NIJU HOZO SHIKUCHI YONMAI KAMA TSUGI

1.IG 1.KO 1.SA 1.SH 1.WA 1.YO

NÚCLEO 2A

CÓDIGOS:

NIMAI KAMA TSUGI NIMAI KASANE TOSHI HOZO KOMISEN SHIKUCHI SAO SHACHISEN TSUGI NO NIHOUSASHI

2.NI-K 2.NI-T 2.SA

NÚCLEO 2B

CÓDIGOS:

DODAI SUMI MEJI IRE SHIKUCHI DODAI SUMIDOME HOZOSASHI SHIKUCHI HOZOSAKI SANMAIGUMI SHIKUCHI TOME SAKI SASHI HOZO SHIKUCHI TOSHI CHIGAI HOZO SACHI HANASEN SHIKUCHI

2.DO-M 2.DO-S 2.HO 2.TO-S 2.TO-C

NÚCLEO 3A

CÓDIGOS:

DAKASE ARI UCHI HOZO SASHI SHIKUCHI JIGOKU HOZO

3.DA 3.JI 155


KATAGI OIRE SHIKUCHI OIRE HOZO SASHI OTOSHI ARI HOZO SHIKUCHI YATOI HOZO SASHI SHIKUCHI YATOI HOZO SHACHI SEN SHIKUCHI

3.KA 3.OI 3.OT 3.YA-H 3.YA-S

NÚCLEO 3B

CÓDIGOS:

JUMONJI MATAKAKI ARI SASHI SHIKUCHI

3.JU

NÚCLEO 4A

CÓDIGOS:

SHINOZASHI ARI SHIKUCHI YOSE ARI HOZO SHIKUCHI YOSE ARI HOZO SHIKUCHI 2

4.SH 4.YO-A 4.YO-H

NÚCLEO 4B

CÓDIGOS:

ARIGATA TSURI HOZO SHIKUCHI SUITSUKI SASHI SHIKUCHI

4.AR 4.SU

NÚCLEO 5A

CÓDIGOS:

MATA KAKI ARIGATA HOZO SHIKUCHI TOMEGATA HAKO HOZO SHIKUCHI

5.MA 5.TO

NÚCLEO 5B

CÓDIGOS:

HASHI DOME ARIGAKE SHIKUCHI KOSHI KAKE ARI OTOSHI SHIKUCHI TSUTSUMI ARI GAKE SHIKUCHI

5.HA 5.KO 5.TS

NÚCLEO 6

CÓDIGOS:

ARI HOZO SASHI SHIKUCHI KASANE HOZO SHIKUCHI

6.AR 6.KA

NÚCLEO 7A

CÓDIGOS:

ARI GATA SASHI GUMI SHIKUCHI ARIGATA SANMAI SHIKUCHI HAKO AIKAKI SHACHI SEN SHIKUCHI OOIRE ARIGATA SASHIGUMI SHIKUCHI TOMEGATA ARI SANMAI SHIKUCHI TOMEGATA KAKUSHI GOMAI SHIKUCHI UWABA TOMEGATA YONMAI SHIKUCHI YATOIZANE TOME SHIKUCHI

7.AR-G 7.AR-S 7.HA-A 7.OO 7.TO-A 7.TO-K 7.UW 7.YA

NÚCLEO 7B

CÓDIGOS:

HAFUITA OGAMI SHIKUCHI

7.HA-O

Família Tsugite

NÚCLEO 8A

CÓDIGOS:

ARIGATA KUMI TSUGI KAKUSHI ARIGATA KUMI TSUGI KOGIKU KUMI TSUGI KOHIBI TENBIN KUMI TSUGI

8.AR 8.KA 8.KO-K 8.KO-T 156


NEJIRE KUMI TSUGI NIJU MIZU KUMI TSUGI RYONAKA KUMI TSUGI TENBIN NO GYAKU KUMI TSUGI

8.NE 8.NI 8.RY 8.TE

NÚCLEO 8B

CÓDIGOS:

SHIHOU KOGUCHI KUMI TSUGI

8.SH

NÚCLEO 9

CÓDIGOS:

HAKO TSUGI KAI NO KUCHI TSUGI

9.HA 9.KA

NÚCLEO 10A

CÓDIGOS:

OSAKA JO OTEMON HIKAE BASHIRA TSUGI SHIHOU ARI TSUGI SHIHOU HOZO TSUGI SHIHOU KAMA TSUGI SUMI NIHOU KAMA TSUGI

10.OS 10.SH-A 10.SH-H 10.SH-K 10.SU

NÚCLEO 10B

CÓDIGOS:

KAWAI TSUGITE

10.KA

NÚCLEO 11A

CÓDIGOS:

HAKO SEN TSUGI KAKUSHI KANAWA TSUGI KANAWA TSUGI SHIPPASAMI TSUGI

11.HA 11.KA-K 11.KA-N 11.SH

NÚCLEO 11B

CÓDIGOS:

DAI MOCHI TSUGI KABUSE AIGAKI MEJI TSUGI KAMA TSUGI KISHIKAKE ARI TSUGI KOSHI KAKE KAMA TSUGI KOSHIKAKE ARI OTOSHI TSUGI NANAME AGOKAKE MEJI TSUGI NOGE TSUGI

11.DA 11.KA-A 11.KA 11.KI 11.KO-K 11.KO-A 11.NA 11.NO

NÚCLEO 12A

CÓDIGOS:

HAKO KAKUSHI TSUGI HAKO SHACHISEN TSUGI HIRAKAKE KOMISEN TSUGI KABUSE MEJI TSUGI KAKEAWASE KOMISEN TSUGI MEJI TSUKIKAKE AWASE TSUGI OKKAKE DAISEN TSUGI SAO SHACHI TSUGI YOKOSEN SHACHI TSUGI

12.HA-K 12.HA-S 12.HI-K 12.KA-M 12.KA-K 12.ME 12.OK 12.SA 12.YO

NÚCLEO 12B

CÓDIGOS:

HAGATA SHIMEN ISUKA TSUGI HIKA ISUKA TSUGI

12.HA-I 12.HI-I 157


MIYAGIMA TSUGI OSUJIKAI TSUGI SHIMEN ISUKA TSUGI SUMIKIRI ISUKA TSUGI

12.MI 12.OS 12.SH 12.SU

NÚCLEO 13A

CÓDIGOS:

ARI GATA HOZO TSUGI HIRA INRO TSUGI HIRAKAKE KAKUSHI MEJI TSUGI KAKUSHI MEJI TSUGI KOMISEN INRO TSUGI OUGI HOZO TSUGI

13.AR-G 13.HI-I 13.HI-K 13.KA-M 13.KO 13.OU

NÚCLEO 13B

CÓDIGOS:

ARIGATA YATOIZANE TSUGI HAKO MECHIGAI TSUGI JUJI MACHIGAI TSUGI KAKUSHI MEJI NIMAI HOZO TSUGI KINEGATA CHIGIRI TSUGI MATA JUJI MECHUGAI TSUGAI

13.AR-Y 13.HA 13.JU 13.KA-N 13.KI 13.MA 13.YA

YATOI SAO SHACHI TSUGI Fonte: desenvolvida pela autora.

Classificação de complexidade: Para uma melhor compreensão do encaixe como um todo, foi gerada uma escala, de 1 a 5, a qual classifica a complexidade de feitio e montagem do encaixe. 1. 2. 3. 4. 5.

RECORTE SIMPLES E MONTAGEM EM 1 MOVIMENTO RECORTE MENOS SIMPLES MONTAGEM SIMPLES RECORTE MAIS ELABORADO POREM MEDIANO MONTAGEM POUCOS MOVIMENTOS RECORTE MUITO ELABORAS E MONTAGEM COM MUITOS MOVIMENTOS RECORTE MUITO ELABORADO E MONTAGEM COM MUITOS MOVIMENTOS E TRAVAMENTOS

158


159


4. OBRAS REFERENCIAIS

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4.1 No Japão Embora os edifícios de madeira tenham sido construídos no Japão para habitações, palácios, armazéns e santuários xintoístas e as guildas familiares de carpintaria já haviam sido formadas muito antes do Budismo ser instruído no século VI, os carpinteiros budistas imigrantes da Coréia trouxeram influência chinesa na construção que contribuiu significativamente para Arquitetura japonesa e marcenaria e técnicas de junção. O Salão Dourado do Templo Todaiji, construído no século VIII e reconstruído no século XVIII, é o maior edifício de madeira sem engenharia do mundo. Os métodos japoneses de junção de encaixes e espigas se desenvolveram em uma forma de arte e tornaram-se uma característica única da arquitetura tradicional japonesa. A estrutura básica dos templos e pagodes mais budistas é a de poste e viga, assentada sobre uma base de pedra, às vezes com fileiras adicionais de colunas erguidas no topo. Os edifícios domésticos japoneses, por outro lado, desenvolveram-se com pouca influência da cultura chinesa. (KELLEY et al, 2000)

4.1.1 TEMPLO TODAI-JI (東大寺) Figura 20 Panorama geral do templo Todai-ji.

Fonte: HOPPERS, Japan. 2015.

Grande Templo Oriental ou Grande Templo do Leste

161


É um dos templos mais famosos e de significado histórico do Japão. Dentro da província de Nara, é um complexo budista localizado na cidade de mesmo nome. Seu nome oficial é Kinkomyoshiteno Gokokuno-tera. Figura 21 O grande salão Buda, é perceptível a grande quantidade de encaixes logo na fachada para aguentar tamanha estrutura.

Fonte: HOPPERS, 2015.

O templo recebeu este nome por situar-se a leste do Palácio Heijo, por volta do ano de 728, no período Nara, um templo chamado Kinshosanji foi construído pelo Imperador Shomu que resolveu prestar uma homenagem ao seu primeiro filho que morrera um ano após seu nascimento. Esse templo mais tarde se tornou o Templo Yamatonokuni Konkomyoji que foi o predecessor do templo Todai-Ji. No ano de 743, o imperador teve a ideia de construir o templo Todaijirushanabutsuzo (O grande Buda de Nara) e no ano de 745 a construção teve início. Concluída em 749, a construção e ao mesmo tempo o grande salão Buda. Em abril de 752 os toques finais foram adicionados e o memorial foi construído. Um pouco antes do término da obra ela ficou conhecida como Higashino-oodera (O grande templo do Leste).

162


As torres oeste e leste assim como o auditório foram adicionados e o Shichidogaran ( Templo das 7 estruturas) conhecido hoje como Templo Todai-ji foi gradualmente ficando completo, entretanto em 855, a cabeça de Buda caiu devido a um grandioso terremoto que ocorreu no local. Apesar de ter sido reparado, grande parte do templo foi queimado em 1180 pelo exército do senhor da guerra Taira no Shigehara. Após as reconstruções os sentimentos estagnados de várias atividades também foram revividos e no período Kamakura (1185-1333), vários monges foram educados no templo. Em 1567, a maior parte do templo foi novamente destruída pelo fogo durante a guerra Miyoshi-Matsunaga. Durante o período Sengoku (1467-1590) a reconstrução foi extremamente difícil e apenas alguns simples reparos foram feitos. Durante o período Edo, em 1692 o memorial a Buda foi completado assim como o salão memorial de Buda em 1709. Durante as eras seguintes, Meiji e Showa, foram feitos dois grandes reparos no salão memorial de Buda. (HOPPERS, 2015) Figura 22 Portão de entrada ao complexo Todai-ji, conhecido como maior portão de todos os templos no Japão.

Fonte: HOPPERS, 2015.

O projeto é de Kuninaka-no-muraji Kimimaro. Abriga o maior portão de todos os templos do Japão, a maior construção de madeira do mundo com 57,6 metros de largura, 50,5 metros de comprimento e 49,1 metros de altura formando um grande salão, dentro dele, a maior estátua do mundo de bronze com 14,7 metros de altura e também serve como principal templo da escola de budismo Kegon.

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Figura 23 e 24. Maquete da estrutura do Portão de entrada.

Fonte: SONS,2015.

Todai-ji é classificado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, passou por várias reformas ao longo dos séculos após ter sofrido vários atentados, terremotos e incêndios e exerceu um grande papel durante o período em que Nara foi a capital do Japão. Figura 25 Vista interna do Grande Salão Buda, pilares largos eram uma solução construtiva na época, antes da criação do método kiwari de proporção.

Fonte: SMEDBERG, 2004. Se compararmos um dos templos mais antigos de Nara, o Todai-ji, construído na metade do oitavo século, com um dos templos mais 164


recentes de Kyoto, o Chion-in, reconstruído na década de 1630, o templo anterior parece muito massivo e imponente, enquanto o templo posterior deixa uma impressão mais leve e delicada. (SEIKE, 1977, p. 15). Figura 26. Esquematização do sistema estrutural do Grande Salão Buda.

Fonte: SHIMOYAMA, 2008. 165


4.1.2 TEMPLO KINKAKU-JI (金閣寺) Figura 27 Panorama geral do templo Kinkaku-ji.

Fonte: HOPPERS, 2015.

Templo do Pavilhão Dourado ou Pavilhão de Ouro Kinkaku-ji é um templo zen-budista, tradição religiosa criada entre a fusão do taoísmo e budismo, da escola Rinzai Shoukoku-ji. Dentro da província de Quioto, localizado na cidade de mesmo nome. É uma das construções que representam o período Muramachi. Traduzindo literalmente Pavilhão Dourado ou de Ouro, isso porque dois de seus três andares são cobertos com folhas de ouro puro, além de ter uma fênix dourada na parte superior do templo, localizado na beira do Kyoukochi (鏡湖池), lago que está situado no jardim principal do templo. O templo foi construído em 1397 para servir de moradia ao Shogun Ashikaga Yoshimitsu, terceiro shogun do bakufu de Muromachi, inicialmente era uma gigantesca mansão denominada Kitayamadono (北山殿). A mansão era tão grande que se equiparava ao Palácio Imperial na época.

166


Tempos depois, em 1394 o filho de Yoshimitsu decidiu demolir o Kitayamadono após a morte de seu pai, restando apenas o Shariden (Kinkaku). Então, resolveu transformar a construção em um templo zen nomeado oficialmente como Rokuonji (鹿苑寺). O interior da construção é separado em três camadas e estilos. O primeiro foi construído no estilo Shinden, muito comum em palácios de aristocratas do período Heian. O segundo foi construído aos moldes do estilo Shoin, comum na era Kamakura. O terceiro lembra um templo budista Zenshuyou, um estilo tradicional de construção. Mesmo para a época, a construção era inovadora. Após a construção do Kinkaku, o templo passou por várias reformas. Contudo, hoje, o que se vê é uma versão da construção original, destruída há décadas em um incêndio. Figura 28. Kinkaku-ji após o incêndio.

Fonte: MIE, 2018.

O Shariden atual foi reconstruído em 1955, 5 anos após o incêndio. Em 1994, o templo foi designado como Patrimônio Mundial da Unesco o local é conhecido por sua beleza cênica especialmente durante a época de outono. 167


4.2 No Brasil Originalmente coberto por florestas, o Brasil pré-descobrimento tinha a sua flora quase intocada. Foi através da construção das Ocas, que os índios fizeram o primeiro uso da madeira na arquitetura local. No século XV, com a chegada dos colonizadores portugueses, a madeira passou a ser usada em seus edifícios da mesma forma, com a mesmas técnicas indígenas. Com o tempo, a madeira tornou-se uma importante fonte de energia e deixou de ser usada na construção por um longo período, para ser usado apenas em aplicações secundárias. Durante a segunda fase de colonização no século XIX, com a chegada dos japoneses, alemães, italianos, suíços, austríacos e poloneses entre outros, ao sul e sudeste do país, a madeira aparece na arquitetura novamente. O Brasil foi um país que recebeu diversas nacionalidades de imigrantes, dentre eles os japoneses, hoje o Brasil é o país que concentra a maior população de japoneses fora de seu país de origem. Dentre as regiões do Brasil, o Vale do Ribeira no estado de São Paulo é um dos locais que mais reúne construções com referências características da arquitetura japonesa. Dentro das obras com influência da arquitetura japonesa no Brasil, foi identificada três modalidades: 1. Obra original, construída, pensada e adaptada para o Brasil, na qual acontece um sincretismo de técnicas; 2. Obra copiada do original, mesmo que apenas externamente, no Japão; 3. Construção inteiramente japonesa, no pensamento e tipologia japonesa, sem adaptações, pensada no Japão e construída no Brasil.

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4.2.1 CASARÃO DO CHÁ Figura 29. Vista externa do Casarão do Chá.

Fonte: Foto da Autora (2018)

Construído para ser uma fábrica de chá em 1942 em Mogi das Cruzes, se caracteriza por obter aspectos de ordem funcional ao sistema construtivo tradicional da arquitetura, ela foi adaptada com técnicas vernaculares. Não possui pregos ou parafusos na construção, só encaixes de madeira. Possui paredes em pau-a-pique.

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Figura 30. Estrutura interna por treliças e encaixes.

Fonte: Foto da Autora (2018)

Não existe nenhuma outra construção como o Casarão do Chá no Brasil. É o único exemplar da arquitetura japonesa no país tombado pelo patrimônio histórico.

Figura 31, 32 e 33. Encaixes da estrutura do telhado em pilares, vigas e vergas.

Fonte: Foto da Autora (2018) 170


O arquiteto Kazuo Hanaoka, teve vivência por países da Europa além do Japão, e foi incorporando técnicas estrangeiras á suas obras de cunho japonês. Em decorrência disso, o Casarão apresenta além de características e técnicas da arquitetura japonesa, contém a técnica francesa, a treliça e vernacurlar brasileira, a taipa. Figura 34 e 35. Encaixes detalhados

Fonte: Foto da Autora (2018)

Construção na época da guerra, atendia a demanda de mais saída de chá do Brasil para exportação. Durante a restauração poucos pilares foram trocados, carpinteiros japoneses auxiliaram no restauro, são 9(nove) pilares no total. Madeira utilizada originalmente é eucalipto e no piso jatobá. A técnica japonesa utilizada para evitar ataques biológicos por insetos e fungos: lavagem da madeira, deixando-a madeira submersa para retirar a seiva, que é o que atrai os organismos.

171


Figura 36 e 37. Encaixes realizados durante o restauro, para a substituição da madeira avariada.

Fonte: Foto da Autora (2018)

Idealizador do restauro foi Akinori Nakatani, em conjunto com a Associação Casarão do Chá, fundada pelo mesmo. Restauro foi realizado com três etapas durante 17,5(dezessete virgula cinco) anos. Em outras paredes que foram restauradas, foi utilizada a técnica de taipa japonesa, que se constitui por várias camadas cada vez mais finas. Terreno pertencente à associação, Casarão fica ilhado pois pertence à prefeitura. Hoje, o Casarão realiza diversos eventos como exposições, festivais, visitas monitoradas pela prefeitura.

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4.2.2 TEMPLO KINKAKU-JI DE ITAPECERICA DA SERRA Figura 38 Panorama geral do Templo Kinkaku-ji de Itapecerica.

Fonte: CIDADES, Áreas Verdes das. 2013.

É uma réplica do Templo Dourado, em Quioto. A versão brasileira foi projetada e erguida pelo arquiteto Takeshi Suzuki, no meio de uma reserva preservada da Mata Atlântica na cidade de Itapecerica da Serra. Diferente do original japonês, é um templo ecumênico e um cinerário. O Kinkaku-ji do Brasil foi construído em 1976, utilizando concreto armado na estrutura e revestido com cedro, que recebeu uma pintura dourada especial. Ou seja, uma cópia do original somente externamente, que utiliza técnicas construtivas diferentes. Como é uma réplica da edificação de mesmo nome em Quioto, não é tombado. 173


4.2.3 PAVILHÃO JAPONÊS DO IBIRAPUERA Figura 39. Panorama geral do Pavilhão Japonês do Ibirapuera.

Fonte: VALDANHA, Gabriela. 2016.

Projeto do Prof. Sutemi Horiguchi, da Universidade de Meiji, tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas, reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, papel washi, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.

" Os pilares, as vigas e as vergas, itens essenciais para a sustentação dinâmica da construção, ficam à mostra e nunca cobertas por paredes e outros materiais. Isso é umas das características mais marcantes da arquitetura Japonesa." Hiroshi Oe, arquiteto chefe da equipe japonesa e assistente do Prof. Horiguchi.

174


Figura 40. Imagem da época da construção.

Fonte: GOMES, 2014.

Inspirado no Palácio Katsura

de Quioto, foi concebido no Japão,

transportado desmontado, em navio, e remontado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Construído em 1954, a estrutura baseia-se na tradicional arquitetura japonesa no estilo Shoin. Para este tipo de arquitetura, a relação entre a paisagem e o interior dos ambientes é de vital importância. Figura 41. Exemplos de encaixes utilizados na restauração.

Fonte: Foto da autora. 175


Projetado em módulos de madeira nos pilares, vigas e vergas, numa composição estética única. Ocupa uma área de 7,500m² as margens do lago, em um conjunto que abriga sala de exposição, recinto de serviços, além do lago de carpas e jardim. Seu edifício principal, suspenso por pilares de 2 metros de altura juntamente com o corredor, se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, incluindo Chashitsu, a sala da cerimônia do chá.

Figura 42 e 43. Varanda do lago das carpas e corredor de conexão do salão principal ao salão expositor.

Fonte: Foto da autora.

Na entrada há a escrição Nihonkan quer dizer pavilhão japonês, gravada em kokuji, arte de entalhar ideogramas em madeira. A janela do corredor feita de uma trama de bambu com papel washi, gera uma composição de luz e transparência.

176


Sabendo que o Pavilhão seria construído num parque projetado por Niemayer, destacado arquiteto modernista brasileiro, Horiguchi considerou interessante projetar um Pavilhão que pudesse “acrescentar” alguns conceitos estéticos e construtivos, aliando tradição e modernismo.

Figura 44. Entrada do Pavilhão.

Fonte: Foto da autora.

Doado à prefeitura de São Paulo, o pavilhão tem sido administrado pelo Bunkyo- Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social. Tombado pelo CONPRESP e o CONDEPHAAT foi restaurado pela Nakashima Komuten, em 1988, 1998 e 2013 de forma voluntária.

177


Figura 45. Restauração de 2013.

Fonte: GOMES, 2015.

Figura 46. Restauração de 2013 nos pilares do lago das carpas.

Fonte: GOMES; OI, 2014. 178


Atualmente é um dos raros pavilhões fora do Japão, a manter suas características em perfeito estado de conservação. O processo de restauração foi realizado nos pilares do lago que ficam em contato com a água e nos pilares do corredor ambos receberam técnicas de encaixe. Figura 47, 48, 49, 50, 51 e 52. Encaixes encontrados no Pavilhão Japonês.

Fonte: Foto da autora.

179


5. OS ENCAIXES HOJE

180


Nos tempos modernos, a utilização da técnica dos encaixes ainda é dificultada para o uso na arquitetura padrão, decorrente de seu alto custo para realizar cortes complexos necessários para criar essas juntas. Porém, com o surgimento das técnicas de fresamento por CNC e de impressão 3D, não é difícil imaginar que um futuro próximo em que essas técnicas não sejam apenas acessíveis, mas também muito utilizadas e confiáveis. Apesar da complexidade da técnica, ainda há profissionais que a utilizam ou procuram utilizá-la, hoje apostando além das técnicas citadas acima, modernizando os encaixes ou confeccionando novos com referência dos antigos. A madeira laminada colada também é uma técnica que pode auxiliar no potencial construtivo com o aumento de vãos que ela proporciona.

5.1 Uso dos encaixes atualmente Existentes por séculos, os encaixes utilizados na arquitetura japonesa estão em constante evolução, pois os arquitetos contemporâneos procuram desenvolve-los em seus novos e inovadores projetos utilizando juntas que agregam força estrutural e valor estético. Shigeru Ban é um dos arquitetos que se destacam ao inovar na escolha dos materiais em suas obras. Chamado de “Arquiteto de Papel” por usar frequentemente papelão reciclado, papel e velhas caixas de cerveja em seu projeto para abrigos de emergência, bem como museus e pavilhões de ponta. Entretanto foi com a escolha da madeira que ganhou o Prêmio Pritzker em 2014. Para Ban, o valor da arquitetura reside na sua necessidade, construindo o necessário para as pessoas usando o material que melhor se encaixa no contexto a na economia. A relativa facilidade e sustentabilidade do processo de construção e manutenção de edifícios de madeira é a maior vantagem do material.

181


Outro arquiteto muito inspirador é Kengo Kuma, em muitos projetos incorporou novas técnicas de marcenaria em seus projetos. Famoso por revisitar características e idéias arquitetônicas tradicionais e explorar como integrá-las na vida moderna. Ademais, presta muita atenção à estrutura geral e aos pequenos detalhes, interessado no efeito estético da construção da estrutura de madeira simples. Cada material utilizado é diferente, sem que por isso se force sua vocação construtiva: Kengo Kuma atua sobre a construção sem exceder-se em tecnicismos, exprime o valor da tradição sem jamais correr o risco de cair no vernacular, apropria-se da história, mas parece libertá-la do historicismo. E ao mesmo tempo adentra a modernidade com aquela naturalidade que é espelho e substância da cultura que adotou. (CASAMONTI, 2011).

É animador o atual cenário em que existe arquitetos que adotam a marcenaria e a técnica dos encaixes como opção estrutural e aplicam com tecnologia e inovações modernas. Isso revela que a evolução da técnica dos encaixes, também considerada como uma arte, ainda sobrevive.

5.1.1 EDIFÍCIO DA TAMEDIA OFFICE BUILDING Figura 53. Panorama geral do Edifício da Tamedia.

Fonte: NUNC, 2014. Foto de Albert Montilla. 182


Vencedor do Pritzker de 2014 e localizado em Zurique, atendia a única exigência do concurso para a sede da empresa de mídia suíça Tamedia, uma estrutura puramente feita em madeira sem nenhuma conexão em metal com uma lâmina de vidro para a fachada, que reforça a expressão da marcenaria e diz à cidade sobre a vida interior do edifício. Como desafio projectual, o requisito do cliente era formato de um escritório aberto, que necessitava de grandes vãos, sendo uma das limitações da madeira sua dificuldade em cobrir grandes espaços. Figura 54. Vista interna de edificação.

Fonte: VERGARA, 2014.

Assim, o arquiteto desenvolveu um sistema de marcenaria que consistia de juntas de pinos e uma grande parte de peças de madeira pré-fabricadas. Projetado em 2013, tem como característica a facilidade para reconfigurar e reorganizar seu espaço de trabalho em um design ecologicamente correto de 7 (sete) andares inclusive, 2(dois) pavimentos de subsolos. O conceito central do sistema estrutural de madeira está em sua montagem encaixada que, se necessário, as peças podem ser substituídas, sendo assim, sua principal característica inovadora e o elemento mais significativo do projeto.

183


Figura 55 e 56. Esquema de montagem e vista da obra durante a construção.

Fonte: VERGARA, 2014.

O uso do encaixe pela junta de pino, não apenas proporciona uma aparência única e amigável, mas também melhora a estabilidade da estrutura global. Todas as juntas são constituídas pelo mesmo material: madeira laminada colada cruzada de pinho. Figura 57. Encaixe pela junta de pino.

Fonte: VERGARA, 2014. 184


Não possuindo partes metálicas, a estrutura, cujo valor fundamental reside no resgate contemporâneo e na reinterpretação do tradicional sentido de Arquitetura japonesa, resulta em detalhes surpreendentes. Todos os materiais foram selecionados com consideração para atender às exigências do regulamento do governo suíço para o consumo de energia.

5.1.2 JAPAN HOUSE Figura 58. Panorama geral da Japan House.

Fonte: BRASIL, Equipe ArchDaily. 2017. Foto de Romullo Fontenelle.

Trazendo a combinação de traços nipônicos com brasileiros, a Japan House, projetada em 2017 pelo escritório japonês Kengo Kuma & Associates e pelo escritório brasileiro FGMF, propõe aos visitantes experiencias características do Japão do século XXI, sem esquecer das raízes e tradições em plena Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Tem como partido mostrar a visão japonesa, a cultura do país utilizando conceitos de arquitetura tradicional japonesa, como por exemplo a fluidez 185


do espaço trazendo continuidade e transparência, uso de espaços multifuncionais, para atender uma gama ampla de eventos, assumir e respeitar o edifício pré-existente e complementá-lo. Para a fachada lateral, os elementos vazados, que entra em diálogo com a fachada frontal de madeira. Os pequenos blocos vazados de cimento francês ductal são elementos comuns na arquitetura modernista brasileira. A fachada principal exibe uma cortina de 36 camadas de réguas encaixadas. Durante a construção, participaram 6 (seis) artesãos japoneses somente para a fachada. Figura 59. Prancha de Elevação da Japan House com brise, vista da Av. Paulista.

Fonte: FUJII, 2018.

A definição do material da fachada foi realizada após a visita do arquiteto realizador Kengo Kuma no Pavilhão Japonês do Ibirapuera, após ver que a 186


técnica construtiva utilizada no pavilhão era uma clara demonstração de durabilidade e aplicação, o motivou a repensar a fachada da Japan House, que anteriormente estava prevista em alumínio, remetendo as tradições e resgatando a alma da arquitetura japonesa.

Figura 60. Parte da estrutura do brise solei composta pelos encaixes.

187


Fonte: Foto da autora.

A fachada de madeira Hinoki foi projetada, montada no Japão, desmontada e transportada para o Brasil, pesa quase 100 (cem) toneladas. Utiliza-se desse desenho desconstruído pra remeter ao brise soleil, muito recorrente na arquitetura do Brasil, para refletir a luz. O encaixe diagonal das peças auxilia no contraventamento. Utiliza-se de cabos para dar estabilidade e um reforço de estrutura metálica aonde toda a carga da fachada se apoia. Neste reforço, o uso da madeira Cumaru, madeira de origem brasileira, que é mais resistente para aguentar a carga.

188


Figura 61. Gráficos de especificação de cada uma das 36 camadas do brise soleil.

Fonte: FUJII, 2018. 189


5.1.3 PREFEITURA DE YUSUHARA Figura 62 Panorama geral da Prefeitura de Yusuhara.

Fonte: KUMA, Kengo. 2008.Foto de Mitsumasa Fujitsuka.

Caracterizado por fortes nevascas no inverno, o centro cívico da cidade de Takaoka, no município de Kochi conhecida pelo seu núcleo urbano construído em sugi e cedro japonês, árvore nacional do país, possui características projectuais que foram determinadas para enfrentar o clima. Fascinante projeto de 2006, na vila de Yusuhara, Kengo Kuma pensou em recriar uma praça coberta como foco em torno do qual se estrutura a prefeitura. Figura 63. Vista interna da praça coberta.

Fonte: KUMA, Kengo & Associates, 2018. Foto de Mitsumasa Fujitsuka. 190


Com o objetivo de mostrar ao mundo a excelência e as possibilidades do cedro japonês, o arquiteto optou por empregar a madeira tanto nos revestimentos como na estrutura do edifício, procurando evitar o uso de elementos de aço ou concreto em larga escala para favorecer o material local em forma de laminado com cola. A praça coberta e o grande átrio são recursos espaciais para reunir todas as funções requeridas dos funcionários da prefeitura, bem como abrigar espetáculos teatrais e festivais de música tradicional. No interior do edifício foram previstos também espaços para um banco, uma cooperativa agrícola e a câmera do comércio. (CASAMONTI, 2011)

O edifício projetado em 2006, tem uma estética simples e sóbria, com a fachada de painéis padronizadas. Em sua estrutura valeu-se da necessidade da madeira um tanto fraca, para vencer um vão de 18m, ter sustentação a cada 1,5m. Figura 64. Corte detalhado da estrutura e dos painéis da fachada.

Fonte: FUJII, 2018 191


Dessa necessidade partiu para uma estrutura em trave dupla, intervalada por caibros, capaz de captar a luz necessĂĄria e deixar visĂ­vel o processo construtivo. Ademais, assim o arquiteto homenageia os trabalhadores artesanais japoneses. Figura 65. Detalhamento da estrutura, encontro de pilar com vigas.

Fonte: KUMA, Kengo & Associates, 2018. Foto de Mitsumasa Fujitsuka.

192


5.1.4 ITA CONSTRUTORA Além de grandes florestas plantadas com pinheiros e eucaliptos, O Brasil possui quase 50% de seu território coberto pela Floresta Amazônica. Contudo, ainda é muito reduzido o uso da madeira na construção, especialmente em estruturas. Usada, até então, para formas para concreto e sistemas de escoramento. No ano 1970, o arquiteto José Zanine Caldas, desenvolveu vários estudos de casos no Rio de Janeiro, iniciando um processo de racionalização e industrialização de estruturas de madeira e outros elementos de edifícios, que se tornou um marco na retomada da construção da madeira em Brasil. Consequentemente, a ITA fundou-se em 1980 e despertou grande interesse na construção em madeira logo depois da participação na construção de três casas de Zanine Caldas, assim em 1984, a ITA começou a dedicar exclusivamente à construção em madeira. Figura 66: Fábrica da ITA Construtora, localizada em Vargem Grande.

Fonte: Foto da autora. 193


Em seus 38 anos de existência, a ITA tem como objetivo dar uma visão geral do uso da madeira no Brasil. Assim, passou a produzir a própria MCL com madeira de eucalipto, em 2008, que permitiu a liberdade de forma e as grandes dimensões das partes em suas estruturas, mudando todo um modo de pensa nelas. Figura 67: Vigas de MCL, recém montadas na fila para usinagem na CNC.

Fonte: Foto da autora.

A casa de Hélio Olga, projetada em 1987 pelo arquiteto Marcos Acayaba e o Haras Polana, projetado em 2009 pelo arquiteto Mauro Munhoz, foram as obras mais representativas e conhecidas da ITA. A madeira utilizada é obtida através de um processo de reflorestamento renovável e sustentável, com certificação ambiental. 194


A combinação da madeira com o concreto e o aço responde, ao mesmo tempo, aos objetivos construtivos e a um apelo ecológico e econômico: permite otimizar as capacidades de cada material, utilizando apenas o estritamente necessário. Concreto, pedra e tijolos trazem a inércia térmica necessária para garantir o conforto no verão e servem de proteção acústica ou de elemento corta-fogo. Peças em aço fornecem conexões elegantes e de alto desempenho; cabos e tirantes metálicos permitem afinar as seções das peças de madeira. E hoje... A madeira ocupa um lugar cada vez mais importante no mercado da construção, principalmente no residencial. A tomada de consciência ecológica e a procura de um ambiente interior confortável e saudável atraem novos clientes para o único material de estrutura que é renovável. Hoje, as casas em madeira de qualidade são econômicas em material, em energia e radicalmente modernas: linhas puras, planos funcionais, volumes amplamente abertos para o exterior, sistema construtivo otimizado. (MÜLLER, 2005 apud AFLALO,2005) Figura 68: Junta de pilar e viga realizado por uma peça metálica.

Fonte: Foto da autora.

Caracterizada por ser grande referência de uso da madeira na construção no Brasil, também é pioneira no uso do fresamento por CNC em seus projetos e é responsável por criar as próprias vigas e pilares pela técnica da madeira laminada colada, possibilitando uma gama variável de desenhos na construção. Porém, a ITA realiza a junção por meio de peças metálicas 195


de aço galvanizado, talvez em um futuro próximo, com ajuda da CNC, poderá realizar encaixes de madeira com madeira, se a ajuda de outros materiais. Em seu processo construtivo, desde a etapa inicial, no estudo de viabilidade, a estrutura é pensada para melhor desempenho da MLC. Após a concepção do projeto executivo, as peças são desenhas no CADWORK®, para cada peça ser exportada para a interface da máquina de usinagem automática.

Figura 69 e 70: Modelagem Tridimensional em CADWORK® e interface do software da máquina de usinagem automática.

Fonte: MADEIRA e Tecnologia, 2018. 196


Figura 71: Usinagem de pilar em máquina CNC HUNDEGGER K2®.

Fonte: Foto da autora

5.2 Atualização dos encaixes Hoje existem muitos carpinteiros interessados pela técnica japonesa dos encaixes, que procuram reproduzi-la fielmente apenas por hobby. Muitos utilizam da técnica para confecção da estrutura de mobiliários, desde mesas, cadeiras a camas e armários. 197


Poucos são os que realmente a utilizam na estrutura de obras. Alguns designers trabalham com a "atualização" dos encaixes, baseandose nos encaixes tradicionais japoneses, redesenhando-os e criando novas variações.

Figura 72. Catálogo de encaixes “atualizados” produzidos pelo professor Jochen Gros e o designer Friedrich Sulzer.

Fonte: AD Editorial Team. 2016. 198


Como por exemplo o professor Jochen Gros e o designer Friedrich Sulzer, que lideraram um projeto apresentando 50 diferentes técnicas de encaixes possíveis de serem fabricados digitalmente através de ferramentas como CNC e maquinas de corte a laser. Figura 73 e 74. Comparação entre novo modelo projetado com o encaixe tradicional japonês Kishikake Ari Tsugi.

Fonte: AD Editorial Team. 2016. Figura 75 e 76. Comparação entre novo modelo projetado com o encaixe tradicional japonês Tenbin no Gyaku Kumi Tsugi.

Fonte: AD Editorial Team. 2016. Sempre que nos deparamos com eles, somos tomados por admiração: admiração pelas habilidades do artesão, como criador, mas também admiração pelo equilíbrio entre função e beleza, que transforma o mobiliário ou templo em uma obra de arte. Com o surgimento da industrialização, os encaixes tradicionais de marcenaria foram cada vez mais esquecidos. A produção deve ser, 199


acima de tudo, eficiente, portanto, não há mais lugar para as juntas tradicionais de marcenaria. Ou será que há? Ao passo que maquinas controlados por computador se aproximam cada vez mais das marcenarias, o modo como as peças de madeira são unidas em uma construção deve ser reconsiderado. (GROS, apud AD EDITORIAL TEAM, 2016)

200


CONSIDERAÇÕES FINAIS

201


Os encaixes ainda sobrevivem, mesmo após anos e anos de evolução, são poucas corporações carpinteiras existentes no Japão, menos ainda o número de arquitetos que se utilizam dessa técnica construtiva em seus projetos contemporâneos. Ademais, é uma técnica complexa, que era passada de geração a geração, sendo o acesso à tal tecnologia muito restrito. Devido à complexidade de montagem e feitio, e também a necessidade da indústria de algum método de construção mais prático e rápido, a técnica foi se extinguindo. Porém, a perspectiva da sustentabilidade necessária nesses tempos de crise ambiental, aponta para o uso da madeira, caracterizada como o único material que pode ser chamado efetivamente de ambientalmente correto, de uma maneira massiva. E o uso dos encaixes aponta para uma solução para o uso da madeira como elemento estrutural, não só como elemento secundário como até agora foi utilizado mas ela passa a ser o grande protagonista da arquitetura contemporânea do século XXI, como uma solução antiga, recuperada dos antigos ensinamentos e métodos da arquitetura japonesa só podem contribuir para que desenvolva-se novas técnicas do uso da madeira como elemento estrutural, protagonista da arquitetura sustentável. Atualmente, raros são os casos de arquitetura contemporânea que se utiliza dessas técnicas que não sejam dentro do Japão. Salvo alguns arquitetos e obras que procuram inovar no modo de construir. Como a Japan House por exemplo, na qual a arquitetura de Kengo Kuma, sempre procura remeter referencias da arquitetura “tradicional” japonesa. E Shigeru Ban, que utilizou a técnica dos encaixes na obra da Tamedia, ganhadora do Pritzker em 2014, decorrente de uma exigência do concurso para a sede da própria, que era uma edificação sem o uso de metal e concreto na estrutura. 202


Como

resultado

é

esperado

que

o

presente

estudo

auxilie

na

conscientização sobre o uso de uma técnica ancestral, que pode contribuir para

soluções

de

problemas

contemporâneos

na

arquitetura,

principalmente a premência do uso de materiais e sistemas construtivos renováveis.

203


204


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