Locação n°42

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ano VII • no 42 • novembro - dezembro • 2011

o lh e s n o C e g le e a aBl nacional, gestor e Fiscal terceirização de frota

Saiba quais são os ganhos administrativos e as vantagens na locação

Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar



expediente Conselho gestor Paulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Alberto de Camargo Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior, Alberto Faria, Roberto Portugal, Valmor E. Weiss, Luiz Mendonça e Carlos Faustino. Conselho Gestor (Suplentes): Carlos Teixeira, João Carlos de Abreu Silveira, Eládio Paniágua, Luiz Carlos Lang, Cássio Lemmertz, Paulo Miguel, Alberto Nemer Neto, Reynaldo Tedesco, Marcelo Fernandes, Nelma Cavalcanti. Conselho Fiscal: Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello. Conselho Fiscal (Suplentes): Joades Alves de Souza, Félix Péter, José Zuquim Militerno, João José Regueira de Souza, Marco Antonio Lemos e Emerson Ciotto. Comissão Editorial: Marco Antonio Gomes, Marcio Gonçalves, Nelma Cavalcanti Sobral e Saulo Fróes. Presidente Executivo João Claudio Bourg

Revista Locação Projeto, criação e execução: Scritta (11) 5561-6650 - www.scritta.com.br Jornalista responsável: Paulo Piratininga (MTPS 17.095) - piratininga@scritta.com.br Coordenação geral: Diogo Cruz Redação: Aline Alvarenga e Kátia Simões Revisão: Júlio Yamamoto e Leandro Luize Projeto gráfico e diagramação: Cris Tassi (11) 3287-0065 - cristassi@terra.com.br Impressão: Gráfica Revelação Publicidade: Cibele Cambuí (11) 5087-4831 – cibele.pqa@abla.com.br Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar Cep 04011-904 – São Paulo/SP Telefone: (11) 5087-4100 Fax: (11) 5082-1392 E-mail: abla@abla.com.br Site: www.abla.com.br SAUS Quadra 1, Bloco J, Edifício CNT, na sala 510 da Torre A. CEP: 70070-010 Telefone: (61) 3225-6728 Fax: (61) 3226-0048 A revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.

editorial Nova gestão, novos desafios O mês de novembro marcou o início de um novo ciclo na administração da ABLA. A eleição do conselho nacional que vai gerir nossa entidade no biênio 2012/2013 traz uma esperança renovada para a luta contra os problemas e desafios do setor. Um deles é a grande quantidade de carros furtados que atravessam a fronteira com a Bolívia, situação com a qual já estamos trabalhando, visando identificar e repatriar os veículos dos associados ABLA. A iniciativa da entidade com relação ao programa de recuperação desses veículos é uma das boas notícias do balanço da gestão anterior, que vamos apresentar nesta edição, na página 12. Entre elas, temos o crescimento do setor, os avanços da capacitação do PQA e o novo site da associação, além da relação de todos os conselheiros que fazem parte da nova administração. Como maior destaque de 2011, ressaltamos a realização do X Fórum e Salão Nacional da ABLA. No decorrer do tempo, percebemos que as diferentes gestões da ABLA não envelhecem, pois estamos sempre inovando. E inovação é a palavra ideal para descrever os dois anos em que Paulo Gaba Jr. esteve à frente da presidência do conselho nacional, sempre com a preocupação de acompanhar as novidades e tendências do mercado, bem como recebendo o apoio do seu vice-presidente, Sr. Paulo Nemer, que a todo momento está atento e disponível para ajudar. Estamos cada vez mais fortes e unidos, defendendo os interesses do nosso setor. E assim vamos continuar no próximo biênio. Não à toa somos os maiores compradores de carros do Brasil – com uma frota jovem, renovada a cada 15 meses e com mais de 400 mil veículos. Investimos em cursos para qualificação e treinamento, o que permite ao setor continuar maduro para crescer, lucrar e manter a respeitabilidade alcançada no decorrer dos anos. Nesta edição, também vamos abordar temas de grande valia para a expansão dos negócios, ampliando a variedade no portfólio de serviços. A terceirização de frota e carros diferenciados para locação, por exemplo, atendem a outro nicho de mercado, formado por um público específico e mais exigente. Temos ainda uma matéria especial sobre as perspectivas do mercado automobilístico com o jornalista S. Stéfani, diretor da revista AutoData. Além disso, não deixe de visitar o novo site da ABLA para saber mais notícias e novidades do setor. Boa leitura! João Claudio Bourg Presidente executivo da ABLA novembro • dezembro 2011

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índice

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ENTREVISTA Jornalista e diretor da revista AutoData, S.Stéfani aborda as perspectivas para o setor automotivo

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Nova gestão na ABLA A entidade elege Conselho Nacional, Gestor e Fiscal. Veja as principais conquistas do biênio 2010/2011

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Terceirização de frota

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O segmento já representa mais de metade do faturamento das locadoras

Carros diferenciados Opções para variar o portfólio de produtos e serviços

15 A motivação como fator de sucesso nos negócios 24 Test Drive 28 Objetos de Desejo 35 Vida Executiva 36 Artigos

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TURISMO Um passeio de carro pelos doces caminhos da Costa do Cacau, na Bahia


PiT STOP

Em 2012, os proprietários de carros usados poderão pagar até 10% a menos no valor do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Segundo pesquisa realizada pela agência AutoInforme/ Molicar no mercado de veículos usados, todos os automóveis fabricados a partir de 2006 terão queda na alíquota. Mas a notícia não é tão boa quanto parece. A redução do imposto para veículos de passeio só acontece devido à desvalorização dos automóveis. Ou seja, o patrimônio dos frotistas passa a valer menos.

A chinesa Jac Motors anunciou um investimento de R$ 900 milhões na construção de sua primeira unidade brasileira. Os carros serão produzidos em Camaçari, na Bahia, e terão preços finais inferiores a R$ 40 mil, para assegurar competitividade no mercado nacional. As obras serão iniciadas em 2012 e o começo da produção está previsto para 2014. Sérgio Habib, presidente da Jac Motors Brasil, não se inibiu com o ajuste do IPI e promete dois novos modelos para o país já no próximo ano. Divulgação

Depreciação de usados reduz iPVA

Jac Motors terá fábrica na Bahia


entrevista

S. Stéfani

S

omos a bola da vez também no mercado automotivo. O Brasil é um mercado grande e promissor no setor automobilístico. E para

fazer uma análise detalhada desse cenário, a revista Locação conversou com S. Stéfani, jornalista, editor e diretor da AutoData Editora. A empresa é especializada na cobertura do setor automotivo sob a ótica dos negócios e da gestão. Confira.

Como o senhor avalia o atual cenário do setor automotivo no Brasil? Stéfani: Estamos em uma fase de grande transformação. O mercado brasileiro, com certeza, já está despontando entre os quatro ou cinco maiores do mundo, disputando neste ano com a Alemanha o quarto lugar. Provavelmente, em 2012 se consolide como o quarto do mundo. E começa desde já a criar condições para também ter lugar como produtor, que é o mais importante. Não adianta nada ser o maior mercado se tiver de trazer todos os carros do exterior. É importante ser um grande produtor e, para isso, precisamos aprimorar

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ainda mais a distribuição sob o ponto de vista industrial, o que pode acontecer a partir da segunda quinzena de dezembro. Como a crise na Europa pode impactar o setor? Stéfani: A crise na Europa vai trazer ao Brasil uma consequência ruim e outra boa. A ruim é que haverá uma disputa muito maior pelo mercado externo. A capacidade de produção europeia certamente diminuirá e, é claro, estimulará a competição internacional. Por outro lado, o Brasil é um dos poucos mercados do mundo em crescimento, assim como a China, a Índia e a Rússia. E no caso brasileiro, a expansão deve se estender ao menos pelos próximos cinco anos. E, com alguma chance razoável, esse crescimento poderá se manter pelos próximos dez anos. A projeção atual é que chegaremos ao fim desta década já com vendas anuais de 6 milhões de unidades. E se existe uma crise na Europa ou nos Estados Unidos, onde o mercado está pelo menos estacionado, essas montadoras e todos esses grandes grupos estão procurando onde vão investir. Quem não está aqui está tratando de vir para colocar um pé nesse mercado em crescimento. É o lado bom da história. O dinheiro que não pode ser investido lá vai migrar para os países emergentes e, consequentemente, para o Brasil. Qual é a evolução da frota nacional em comparação ao cenário de 20 anos atrás? Stéfani: Em quantidade não há nem comparação. Há 20 anos, a frota brasileira não era um terço do que é hoje. Estamos apresentando agora 3,5 milhões de veículos.


E isso representa um crescimento geométrico, o que provoca, naturalmente, um problema nas grandes cidades. Você terá de repensar as cidades, as estradas, não há essa “briga” de construção de ruas e avenidas para 3,5 milhões de carros novos. Isso só será resolvido com investimentos em transporte coletivo, para que as pessoas possam usar o carro não para ir e voltar do trabalho, mas também para o lazer. A opção normal seria usar o transporte coletivo para não entupir ainda mais as grandes cidades. E qualitativamente? Stéfani: Do ponto de vista da qualidade, então, nem se fala. Há 20 anos, o mercado do Brasil era fechado, sem importações, sem concorrência interna, e o próprio consumidor brasileiro era pouco sofisticado. Você tinha o que hoje as pessoas chamam de carroças. Eram bem próximas dessa definição nos quesitos desempenho,

tecnologia e segurança. Hoje, estamos vivendo um ciclo de renovação na frota. Temos muito mais opções para todos os bolsos e gostos. Temos veículos modernos, mas que serão substituídos em três ou quatro anos por uma nova geração de produtos. E estes, sim, já formam uma geração praticamente up to date, aquilo que você tem na Europa e nos Estados Unidos. São veículos com conceito de globalizados, conceito que também está mudando. Como é esse conceito? Stéfani: Na primeira ideia de global, que começou a surgir também há 20 anos, para ganhar em escala era necessário produzir o mesmo produto no maior número possível de países. Com isso, você chegava a soluções adequadas para um país e completamente inadequadas a outros. No conceito que se está desenvolvendo atualmente, a plataforma é comum, mas os produtos

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entrevista são completamente diferentes. Essa nova geração, que virá com ABS e com air bag – itens que serão obrigatórios em 100% da frota até 2014 por definição de lei a ser aprovada em janeiro de 2012 –, já está de acordo com esse princípio. Posso dar um exemplo clássico. A Volkswagen parte do princípio de que, quando você faz um carro de entrada, aquele que é mais barato, na Europa é uma coisa e no Brasil é outra. Na Europa, o carro de entrada é o terceiro ou quarto carro da família. É o veículo que os pais compram para o jovem quando ele faz 18 anos, para usar com os amigos. No Brasil, o carro de entrada é o carro de família. Ele tem de levar cinco pessoas, levar a sogra, as malas de todo mundo quando viaja. Não adianta pensar que o carro de entrada aqui será igual ao da Europa. A situação é completamente diferente. O carro mais barato aqui atende a um tipo de público, o carro mais barato lá atende a outro tipo de consumidor. Essa é a mudança que você tem a partir de agora. A grande novidade do novo Palio, da Fiat, muito mais do

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que os faróis e o desenho, é exatamente esse conceito. Ele é o primeiro lançado no Brasil dentro desse conceito, pelo qual se compra aquilo que você considera uma família de veículos. Antigamente, depois do lançamento, montava-se uma versão do Palio com porta-malas, depois se fazia uma perua a partir desse carro. A parte da frente sempre continuava igual. Do meio do carro para a frente, era feita uma pequena mudança na traseira. Hoje não. Hoje você tem o Palio, e o carro que está dentro da plataforma (o Sedan) é completamente diferente. O carro que será feito pela segunda vez na plataforma também será outro, desenvolvido especificamente para aquele tipo de público. Qual é a sua visão sobre o setor de locação no Brasil? Stéfani: A locação no Brasil ainda está engatinhando e tem um longo caminho a percorrer. Ela já está consolidada no setor corporativo, mas ainda é pouco difundida para o turista que leva a família para uma viagem a lazer – como acontece em larga escala nos Estados Unidos, por exemplo. Quando o consumidor perceber que não precisa ter a posse do carro, e sim utilizá-lo quando realmente for necessário, o setor viverá uma nova fase no país. Por exemplo, o cliente entra em uma loja associada à ABLA, firma um contrato para ficar com o carro por 24 ou 36 meses e ainda pode trocar o modelo no meio do caminho. Essa é uma mudança de conceito. E aí será aberto um grande mercado para a locação, e os eternos carnês de prestação do veículo serão deixados de lado. Como os turistas viajam cada vez mais de avião, quando chegam ao destino, alugam um veículo nas condições escolhidas por eles e o modelo mais adequado a suas necessidades no momento. Se ele for bem atendido e cultivar a ideia de que não precisa necessariamente comprar um veículo, é uma questão de bom senso que a tendência siga nessa direção. E isso é o que vejo como a maior falha do setor de locação: não preparar o mercado para receber esse conceito e estabelecer essa mudança, que virá cedo ou tarde. Fica a dica, pois o setor poderá ser impulsionado ainda mais.


Pit stop

Chery no Brasil Divulgação

A Chery Automobile pretende antecipar em alguns meses a inauguração da fábrica em Jacareí (SP), que deve começar a operar em meados de 2013. Em outubro do ano passado, foi lançada a pedra fundamental da primeira unidade no Brasil, escolhida pela gigante automotiva para receber seu primeiro investimento fora da China. Com produção estimada em 50 mil carros por ano, a planta terá investimento de US$ 400 milhões e será a primeira no mundo a realizar o processo produtivo completo.

PSA Peugeot Citroën lança novo modelo

Divulgação

O novo Peugeot 308, lançado em novembro na Europa, será fabricado na Argentina, mas deve ter boa parte das vendas feitas no Brasil. O modelo substituirá o 307 e será comercializado no início do primeiro trimestre de 2012. A criação da linha de produção contou com um investimento de € 120 milhões, e a produção prevista para o primeiro ano é de 30 mil unidades. O hatchback destacase pelas linhas robustas e pela generosa lista de equipamentos, como as luzes diurnas com leds e o teto panorâmico. Atualmente, o 308 é fabricado na França e vendido em cerca de 100 países.


ESPECiAL

aBla elege Conselho nacional, gestor e Fiscal Associação reforçará o foco na inovação e apresenta o balanço das principais conquistas

A

ABLA continuará com uma gestão vigorosa e inovadora no biênio 2012/2013. Em eleição ocorrida no dia 24 de novembro na Fecomercio, a chapa encabeçada por Paulo Gaba Jr. na presidência do conselho nacional, tendo como vice Paulo Nemer, foi eleita por aclamação. Em seu discurso de posse, Gaba agradeceu a todos pelo empenho nesses dois últimos anos. “A nossa união nos mantém fortes na luta para resolver problemas como o dos carros levados indevidamente para a Bolívia. Sinto que o dever foi cumprido nesta primeira etapa. Estamos preparados para os novos desafios e para enfrentá-los com a mesma energia e dedicação, contando com o apoio de todos os membros do conselho Nacional,

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Gestor, Fiscal e da diretoria regional”, destaca. Gaba também ressaltou a importância de acompanhar as mudanças permanentes que ocorrem no setor. “A capilaridade da ABLA é fundamental em um país com as dimensões continentais do Brasil. E para melhorar sempre, precisamos ficar atentos às renovações do setor e também às inovações tecnológicas, que já estão transformando o mercado”, avalia.

Balanço O balanço divulgado pelo Anuário da ABLA reuniu uma enxurrada de boas notícias. O faturamento do setor atingiu R$ 5,11 bilhões, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. A participação nas vendas do setor

automobilístico voltou a crescer após a crise de 2009 e atingiu 9,4%. A ABLA passou a congregar 2.008 locadoras em todo o país e a frota superou pela primeira vez os 400 mil veículos (414.340), crescendo 14%. Esse momento positivo fez com que a ABLA e seus associados atraíssem mais conquistas para o setor. Destacamos a seguir os principais pontos positivos deste biênio, como a identificação de

na capital do poder A ABLA está com endereço novo em Brasília. Dividindo espaço com a Fenaloc, a associação pode ser visitada na SAUS quadra 1, bloco J, Edifício CNT, na sala 510 da Torre A.


Divulgação Fiat

diversos carros roubados e furtados que foram levados à Bolívia, as novas parcerias implementadas com os fornecedores por meio de políticas comerciais exclusivas para o associado ABLA, a qualificação profissional com o PQA e o Fórum e Salão ABLA, que teve recorde de público e negócios.

e vendidos com preços que não chegam a 20% do que é cobrado nas concessionárias do Brasil. Em contato com as autoridades bolivianas, a ABLA já conseguiu identificar aproximadamente 800 carros roubados ou furtados de locadoras.

novas parcerias A ABLA fechou uma série de parcerias no biênio 2010/2011, que possibilitaram maior diversidade de políticas comerciais. Os associados tiveram descontos com montadoras, sistemistas, seguros, rastreamento, acessórios para veículos, indústria

Bolívia A questão envolvendo o país vizinho está tirando o sono de muitos donos de locadora. O programa de recuperação lançado pela ABLA busca reverter a situação em que se encontram os mais de 2,7 mil veículos furtados e levados para a Bolívia, segundo estimativas da Polícia Federal. Em terras estrangeiras, os carros roubados são legalizados

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especial de pneus, vidros e tecnologia. As parcerias resultaram também em ferramentas de comunicação mais eficazes, viabilizando, por exemplo, o novo site da ABLA, mais completo e interativo.

PQA O Programa Nacional de Capacitação e Qualificação ABLA pode comemorar seus resultados além das expectativas. Desde 2007, o programa aplicou mais de 4,5 mil capacitações em cursos ministrados a distância ou presenciais, por meio de palestras, seminários e minicursos. A iniciativa surgiu da necessidade de atualização e acompanhamento das mudanças no turismo, relacionadas ao advento do Brasil como destino internacional,

Gestão ABLA Biênio 2012 /2013 Confira os nomes que integram o Conselho Nacional e o Conselho Fiscal. Em 2012, apresentaremos a diretoria regional Conselho Nacional Categoria

Titulares

Suplentes

Redes

Paulo Gaba Jr. (presidente)

Mauro Ribeiro

Redes

Paulo Nemer (vice-presidente)

Carlos Adão Teixeira

Redes

Carlos Faustino

Emanoel Trigueiro

Redes

Simone Pino

Marcelo Fernandes

Redes

Valmor Weiss

Raimundo Nonato de Castro

Redes

Aleksander Rangel

Reynaldo Tedesco

Independente

Alberto Vidigal

Paulo Miguel Jr.

Independente

Alberto Faria da Silva

João Carlos de Abreu Silveira

Independente

José Adriano Donzelli

Luiz Carlos Lang

Independente

Saulo Fróes

Eladio Paniagua

Independente

Nildo Pedrosa

Nelma Cavalcante

Independente

Carlos Rigolino

Cássio Gilberto Lemmertz

Conselho Fiscal Titulares

Suplentes

Antônio Pimentel

Joades Alves de Souza

Paulo Bonilha Jr.

Jose Zuquim Militerno

Jaqueline Moraes de Mello

Emerson Ciotto

Ricardo Gondim Espírito Santo

Alberto Jorge Queiroz

Eduardo Correa

Felix Peter

Rodrigo Roriz

Marco Antonio de Almeida Lemos

à modernização e ao aumento da competitividade nos serviços. Neste ano foi concluída a

primeira etapa do PQA ABLA, que superou a meta estabelecida e certificou profissionais do setor de locação em todo o Brasil.

Modernizar para perpetuar O X Fórum e Salão Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis, que aconteceu de 9 a 10 de agosto em São Paulo, mobilizou mais de 1,6 mil pessoas, entre empresários e profissionais do setor automotivo e de locação, para debater novos cenários do mercado. A expectativa é que o salão tenha gerado cerca de R$ 50 milhões em novos negócios.

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gestão

Equipe afinada

O sucesso só caminha com motivação Confira as dicas para empresas manterem seu time sempre unido

Para que um negócio seja bem-sucedido, é preciso muito mais do que indicadores positivos no balanço no fim do mês. Uma equipe motivada, que “vista a camisa” da empresa e compartilhe sua missão e seus valores, é fator decisivo para um bom desempenho no mercado. Porém, não é tão simples manter o time afinado. Em um grupo com muitas pessoas, as diferenças tendem a pesar com o passar do tempo, comprometendo o rendimento no ambiente de trabalho. Para isso, programas de liderança e motivação podem assegurar bons resultados, independentemente da área de atuação de cada profissional. Quando tudo vai bem e os funcionários acreditam e trabalham pela companhia, a imagem percebida pelo cliente é de confiabilidade e segurança. Assim, fica mais fácil cativá-lo e torná-lo fiel. Outra consequência é o “boca a boca”. Quando as notícias são boas, um bom cliente sempre atrai outro. Cada integrante da equipe também deve ser visto como porta-voz da organização. Uma vez que estão empenhados em seu crescimento, a imagem que transmitem, inconscientemente, é de que vale a pena investir nos produtos que estão vendendo. Consultores especializados em recursos humanos e gestão de pessoas apresentam algumas dicas de como manter a equipe motivada e conviver bem com os colegas.

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}} Paciência e tolerância: é difícil conciliar opiniões diferentes em grupo. É fundamental ter paciência para ouvir o que os outros têm a dizer, mesmo que não esteja de acordo, e mostrar seu ponto de vista com moderação. }} Esteja aberto a sugestões: é importante saber reconhecer quando algum colega apresenta uma ideia melhor do que a sua. O orgulho deve ser deixado de lado para o bem da empresa. Evite conflitos: quando surgir problemas entre os funcionários, evite tomar partido de alguém e analise a situação com isenção e imparcialidade. Faça críticas construtivas às ideias, nunca à pessoa. Compartilhe: trabalhar em equipe é saber dividir as tarefas, delegar funções e compartilhar informações. Ninguém é único e insubstituível no mercado de trabalho. Colabore: para o bom andamento dos trabalhos, mantenha uma postura colaborativa e participativa. Da mesma forma que é importante ser solidário, pedir ajuda para a equipe não pode ser encarado como um problema. Mantenha o diálogo: é importante conversar abertamente com a equipe, tanto para que não haja dúvidas do que precisa ser feito como também para esclarecer e resolver problemas.

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mercado

Terceirização de frota lidera os negócios das locadoras Nos últimos cinco anos, esse segmento responde por mais de 50% do faturamento das locadoras de automóveis do país e virou prática também entre as pequenas empresas

O

s números são atraentes. Em 2010, o faturamento do segmento de locação alcançou R$ 5,11 bilhões, um incremento de 17% em relação a 2009. Só no ano passado, a participação do setor na compra e venda de automóveis chegou a 9,4%, quase meio ponto percentual acima do índice do ano anterior. De 2009 a 2010, a frota cresceu 14%, totalizando 414.340 veículos, e se renovou. Hoje, a vida útil dos veículos para locação é de 15 meses, enquanto anteriormente passava de 16. O segmento também ganhou 53 novos investidores, com o número de locadoras subindo de 1.955 em 2009 para 2008 unidades no ano passado, segundo dados publicados no Anuário 2011.

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Um dos principais responsáveis pelo bom desempenho do setor nesses últimos anos, e com boas expectativas de manter a alta performance, é o segmento de terceirização de frota – que nos últimos cinco anos tem respondido por mais de 50% dos negócios. Embora as indústrias e o setor de serviços respondam por 70% dos clientes de frotas, essa prática também vem avançando na gestão pública. Desde 2007, as polícias dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo já contam com viaturas terceirizadas. “Com a demanda cada vez maior por competitividade e redução de custos, a terceirização é uma opção cada vez mais adotada por empresas

de todos os portes, até mesmo pelos donos de pequenos negócios”, comenta Saulo Fróes, sócio da Lokamig Rent a Car, com sede em Belo Horizonte e experiência de mais de 30 anos de mercado. De acordo com o empresário, desde 2007 a demanda cresceu mais de 100% na locadora, que conta com 1.300 carros – 800 apenas para terceirização, os quais atendem cerca de 3 mil clientes. “O preço médio mensal da locação é de R$ 1.300 por veículo, valor que pode ser reduzido, dependendo de onde o carro será utilizado e da quantidade de quilômetros rodados”, afirma. “Quando a locação é para usinas de açúcar e mineradoras, a tendência é aumentar o valor, porque os carros


Com a demanda cada vez maior por competitividade e redução de custos, a terceirização é uma opção cada vez mais adotada por empresas de todos os portes, até mesmo pelos donos de pequenos negócios

são depreciados rapidamente, acabam mesmo”. Estima-se que a economia alcançada com a adoção de uma frota terceirizada no lugar de veículos próprios gire em torno de 25% a 30% por ano, período em que vigora a maioria dos contratos. Mas não é só custo que pesa na decisão. Ao terceirizar a frota, a empresa transfere para a locadora

uma série de responsabilidades que vão bem além da simples compra e do emplacamento do veículo. “Talvez a maior vantagem esteja no fato de que a empresa pode focar no próprio negócio, em vez de gastar tempo, energia e mão de obra com questões não associadas diretamente à atividade-fim da empresa”, acredita Fróes.

A lista de vantagens da terceirização inclui troca dos veículos alugados a cada 12 ou 24 meses, de acordo com o tipo de contrato; flexibilidade no número de veículos, conforme a necessidade; plantão de 24 horas para serviços de apoio de manutenção, reparos e substituição do veículo pelo carro reserva em caso de alguma ocorrência. Sem contar que a empresa não precisa se preocupar com pagamento de IPVA, licença ambiental, controle de cotas de combustível, revisões e manutenções ou contratação de seguro. Para os especialistas, num país em que o número de veículos nos últimos nove anos aumentou cerca de 24 milhões, controlar a frota é um árduo desafio. “As frotas têm de

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montadoras mercado Constante evolução De 2005 a 2010, a terceirização de frotas só cresceu ANO

TERCEIRIZAÇÃO

TURISMO/LAZER

2005

55%

28%

TURISMO/NEGÓCIOS 17%

2006

54%

29%

17%

2007

55%

27%

18%

2008

55%

27%

18%

2009

52%

22%

26%

2010

56%

20%

24%

* Fonte: ABLA

de terceirização, a locadora atende principalmente construtoras, com contratos que variam de 12 a 24 meses. “Se para as empresas as vantagens são inúmeras, para as locadoras a balança pende para o lado positivo, embora existam algumas pedras pelo caminho”, declara Jacqueline. Subestimar a forma como o carro será usado e o volume de quilômetros rodados

Divulgação GM Corp

gerar bons resultados financeiros. Em muitos casos, as margens escorrem pelo ralo em razão do desgaste natural dos veículos, pelas condições das estradas e até pela falta de expertise em acompanhar tantas minúcias”, diz Jacqueline Mello, gerente de franquias da Rede Brasil Aluguel de Veículos, com sede no município capixaba de Serra. Com 4,5 mil veículos, 3 mil só para o segmento

pode significar perda significativa de dinheiro, assim como baixar os preços para vencer licitações. Além disso, perante o Detran, a responsável pelas multas é a locadora, que despende tempo e energia localizando os infratores e bancando os pagamentos para depois ser ressarcida. Mas o maior problema é mesmo o roubo de veículos, que tem subido acima dos 50%. “Nos últimos 12 meses, tivemos 11 carros roubados sem recuperação, a maioria no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Antes, nossa média era de apenas três”, conta Fróes, da Lokamig. “Os próprios locatários facilitam a ação dos bandidos, pois deixam o carro em qualquer lugar sem se preocupar muito com o patrimônio alheio”.

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Frotistas compram mais Os frotistas conquistam espaço no mercado automotivo. Mais de 35% dos carros comercializados no país são destinados diretamente a empresas. As líderes em vendas para esse segmento são a Volkswagen e a Fiat, com 40%. A Renault vem logo em seguida, com 33,7%, enquanto GM e Ford ficam na casa dos Divulgação 30%. Um grande fator na queda de vendas para pessoas físicas é a maior restrição dos bancos na hora de conceder créditos para financiamento, além da diminuição dos prazos para pagamento.

Caixas-pretas também nos carros Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados pode tornar obrigatória a instalação de “caixas-pretas” em veículos. O objetivo é ajudar as autoridades de trânsito a identificar as causas de acidentes e realizar uma análise detalhada do desempenho do carro. Atualmente, as informações exatas de um acidente dificilmente são detectadas. Os dados obtidos por esses dispositivos apontariam o verdadeiro motivo da colisão e a existência de eventuais defeitos de fábrica, servindo como provas para as seguradoras. Estima-se que os custos do equipamento não ultrapassem R$ 560.

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tendência

Mais do que especiais Locadoras investem em carros diferenciados para atender a variadas necessidades e tipos de público

N

capitais brasileiras por executivos em trânsito entre cidades. Mas para ingressar nessa atividade, é preciso não ter medo de colocar a mão no bolso e seguir diversas normas e regulamentações. A locadora precisa estar registrada no Ministério do Exército e autorizada pela Secretaria de Segurança Pública.

Fotos: Geraldo Goulart/EncontroiMagens

o concorrido mercado de locação, criar um portfólio de serviços variado é condição obrigatória para cativar o cliente. E com clientes cada vez mais atentos e exigentes, os carros diferenciados tomam a dianteira. A blindagem automotiva, por exemplo, é bastante procurada nas

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Como diferencial, algumas empresas oferecem serviços complementares, como motorista com curso de direção defensiva, capaz de agir com rapidez nas mais complicadas situações. Para os interessados nesse investimento, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 devem impulsionar ainda mais o setor.

Mercado de luxo Comprar ou manter uma limusine na frota não é barato. Mas o investimento vale a pena especialmente nas principais capitais. Casamentos, formaturas, aniversários e festas de gala requerem um veículo com motorista, mordomias, champanhe, petiscos finos e, é claro, muito glamour e sofisticação. A demanda é garantida. Carros antigos também são frequentemente alugados para eventos, produção fotográfica, de filmes e comerciais. Conta muito


Com as novas tecnologias automotivas, os carros podem ser modificados de acordo com o cliente e com preços mais vantajosos.

ter uma equipe bem treinada para oferecer esses serviços com habilidade e rapidez.

Acessibilidade Por muito tempo, dirigir um carro era algo impossível para pessoas portadoras de necessidades especiais, que ficavam dependentes de familiares e amigos. Com as novas tecnologias automotivas, os carros podem ser modificados para atender a esse público com preços mais acessíveis. Porém, o mercado é restrito e o retorno financeiro é baixo para as locadoras que investem nessa

Duplique suas

adaptação. O carro fica para uso exclusivo dessas pessoas e a demanda é pequena. Além disso, o tipo de deficiência nos membros inferiores e superiores transforma em progressão geométrica o número de possibilidades para a adaptação. Em no máximo três dias, uma empresa especializada instala um aparelho fixo, que transforma a embreagem e o freio, que passam a funcionar com as mãos do motorista. Entretanto, as locadoras que querem investir nesse nicho não recebem descontos ou incentivos.

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Test Drive *João Claudio Bourg

Triplamente aprovado A ABLA tem a satisfação de apresentar ao setor, pela primeira vez, a avaliação de três modelos, simultaneamente, de uma mesma montadora/importadora. O estigma de baixa qualidade dos produtos chineses cai por terra com modelos da Chery. A montadora está investindo alto no Brasil e seus automóveis estão conquistando o mercado nacional, principalmente pelo custo-benefício. Confira o test drive do Tiggo, Face e Cielo.

Tiggo - o esportivo Tem cara de off road e com desempenho que não deixa a desejar, mas a tração 4x2 não permite as mesmas aventuras em trilhas e estradas de terra. Equipado com motor ACTECO 2.0 a gasolina, 16 válvulas e 135 cavalos de potência, apresenta bons níveis de aceleração e um ruído grave, que não chega a ser um incômodo para o motorista.

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Comprimento (mm)

4.285

Largura (mm)

1.765

Altura (mm)

1.705

Aceleração de 0 a 100km/h (s) 15 O Tiggo tem câmbio mecânico com cinco Velocidade Máxima (Km/h) 170 marchas, e o lançamento da versão automática está A altura do motorista não é previsto para o início de 2012. O problema. O banco e o volante são modelo vem com ar-condicionado, ajustáveis, o que permite maior direção hidráulica, faróis de milha, conforto ergonômico. O portacompleto sistema de som, CD malas é grande, com abertura lateral Player MP3 com entrada USB, da porta, e pode ser aumentado porta-objetos, vidros, travas e rebatendo ou removendo os bancos retrovisores elétricos e rodas de traseiros. liga leve de série.


ESPORTiVO, MODERNO OU COMPACTO EM MODELOS QUE ALiAM BOM DESEMPENHO E EXCELENTE CUSTO-BENEFÍCiO Por fora, o design é moderno, com linhas robustas. Na dianteira, um belo conjunto de faróis, vincos frontais e grade imponente. O espaço interno é amplo e ajustável às necessidades de cada condutor. Já sai de fábrica com airbag duplo, cintos de segurança de três pontos com pré-tensionador para o motorista e para quem viaja ao lado, freios ABS com EBD e barras de proteção lateral. Esse SUV assemelha-se ao Suzuki Vitara e ao Toyota RAV4, o que confunde sua identificação por um observador menos apurado. No geral, um carro agradável de conduzir.

Face - o compacto O veículo vem com vários itens de série: ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo, vidros, travas e retrovisores elétricos, rodas de liga leve, faróis de milha e CD Player MP3 com entrada USB. Nos momentos críticos de frenagem, os freios ABS com EBD garantem segurança e estabilidade. Entre os veículos de sua categoria, o sensor de ré é um diferencial. Também chama atenção o freio de estacionamento, uma alavanca plana com botão de destravamento embaixo e de fácil operação. O motor ACTECO 1.3L a gasolina tem 16 válvulas, 84 cavalos de potência

Comprimento (mm)

3.700

Largura (mm)

1.578

Altura (mm)

1.564

de áudio com comandos fáceis. O porta-luvas tem Velocidade Máxima (Km/h) 156 espaço reduzido, mas o interior é bem acabado. e transmissão mecânica. O poder Projetado pelo renomado de arranque não é seu forte, mesmo estúdio de estilo italiano Bertone, com fôlego em baixas rotações, o Chery Face apresenta traços mais característica técnica dos motores refinados e design diferenciado, multiválvulas. com característica dos europeus, O painel conta com instrumentos feito para quem busca qualidade, na cor azul, de fácil leitura em conforto e segurança. Além do bom qualquer posição do volante. O preço no mercado, o desempenho console se destaca pelo visual e os níveis de segurança são moderno, assim como o sistema satisfatórios. Aceleração de 0 a 100km/h (s)

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Test Drive

Fotos: Divulgação

Cielo Hatch - o moderno O modelo leva a assinatura do Centro de Design Italiano Pininfarina, o mesmo da Ferrari. A aparência mais sofisticada traz linhas suaves e consistentes, faróis em formato de diamante, lanternas triangulares, janelas laterais e espelhos retrovisores decorados com frisos cromados e uma moderna frente em “U”. Assim como o Tiggo e o Face, o Cielo vem muito bem equipado. Itens como direção hidráulica, ar-condicionado, airbag duplo, regulagem de altura do volante, completo sistema de som, CD Player MP3 com entrada USB, portaobjetos, travamento das portas, vidros e ajustes dos retrovisores com 26

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Comprimento (mm)

4.280

Largura (mm)

1.792

Altura (mm)

1.467

Aceleração de 0 a 100km/h (s)

14

Velocidade Máxima (Km/h)

170

comando elétrico e rodas de liga leve são oferecidos de série. Os equipamentos proporcionam maior controle de estabilidade e conta com motor 1.6L movido a gasolina, que desenvolve 119 cavalos de potência e propulsor silencioso. Para maior segurança e conforto do condutor, há sensor de ré, freios ABS com EBD, aviso de colocação de cinto de segurança e ajuste da posição da coluna de direção.

O hatchback tem bancos de estampa clara e confortáveis, que “abraçam” o motorista, e espaço interno suficiente para acomodar quatro adultos. A carroceria inclui maçaneta oculta na porta traseira, brake-light proeminente no teto, duas ponteiras de escape e ausência de limpador traseiro. De todos os chineses que passaram pelo test drive, este é o veículo de maior destaque em estilo e designer. Invariavelmente, as pessoas “torcem” o pescoço para admirá-lo.

Nota: Os veículos que passaram pelo test-drive foram fornecidos pela Chery Motors.


cit

Em defesa dos interesses do setor

Paulo Vicente Caleffi, secretário-geral da CIT

Debate sobre o sistema de transporte das Américas durante a Assembleia Ordinária da Câmara Interamericana de Transportes - CIT

J

oão Claudio Bourg e José Adriano Donzelli representaram a ABLA na XVI Assembleia Ordinária da Câmara Interamericana de Transportes (CIT) e deram continuidade à discussão sobre o programa de recuperação dos carros roubados com destino à Bolívia. O evento, que aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro, em Lima (Peru), mobilizou representantes de entidades dos países latinoamericanos associados à CIT. O presidente do conselho Nacional, Paulo Gaba Jr., não pôde comparecer, mas enviou uma carta para ressaltar a importância de intensificar o debate. Durante a assembleia, foram abordados ainda a crise econômica internacional e os desafios do transporte em cada país, entre outros temas. Segundo Paulo Vicente Caleffi, secretário-geral da CIT, os países do continente americano enfrentam um problema em comum: a falta de segurança. “Não foi o crime que se organizou, mas sim a sociedade que se desorganizou”, afirma. “Acreditando

Reunião da XVI Assembleia Ordinária da CIT

que a segurança individual das pessoas e das famílias seria suficiente, o cidadão tratou de se proteger, cercando a sua propriedade como verdadeira prisão e blindando o seu carro. Porém, se esqueceu de que a sociedade como um todo ficou desprotegida”, observa. Caleffi também considera a situação atual nas fronteiras dos países latino-americanos como uma barreira no combate ao crime. “Um marginal que atravessa um estado tem facilitada sua vida por mais um complicador: novos órgãos de segurança pública. Um criminoso que passa pela fronteira pode ser abrigado como ‘bienvenido’, por

ser um novo cidadão que aporta divisas”, explica. Para defender os interesses das transportadoras de bens e pessoas e locadoras de veículos, a CIT levou sugestões para a Organização dos Estados Americanos (OEA), visando a inibir o crime de receptação. Os associados já estão se organizando para, em 2012, apresentar diversas formas de combate ao crime organizado, como apoio aos organismos governamentais responsáveis pela segurança pública, durante a XVII Assembleia Ordinária da CIT, que será realizada em abril na cidade do Rio de Janeiro.

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LUXO

Objetos de Desejo Aproveitar uma experiência sensorial com toques de requinte pode ficar muito mais interessante. Confira opções para o tato, olfato, paladar e visão, com cremes e roupas finas, chocolate gourmet e miniaturas de encher os olhos

Vaidade masculina Cada vez mais bem informados sobre os lançamentos de cuidados com o rosto, os homens também investem em produtos na linha anti-age. Com a proposta de combater os sinais da idade que surgem na região do pescoço, no queixo e nos olhos a partir dos 30 anos, o creme Olay Regenerist Micro Sculpting restaura a elasticidade da pele graças à sua fórmula com ácido hialurônico. Preço sugerido: R$ 74,90. SAC 0800 7019276

Brinquedo de gente grande Para colecionadores e fãs de réplicas de motociclismo em especial, a Moto Harley Indian é uma boa dica de presente. Preço: R$ 362,16, à venda na BBtrends Concept Store. Tel.: 11/3377-9200

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Doce prazer Não há quem resista a um chocolate gourmet. A Chocolat Du Jour destaca uma sugestão de presente que é uma festa para os olhos e para o paladar. A lata de tons dourados vem recheada com estrelinhas de chocolate ao leite e a árvore, com bolinhas de chocolate Nougat. Por R$ 195. Tel.: 11/3168-2720

O dono do time Para se destacar na sua equipe de futebol, camisa profissional confeccionada com tecido de rápida drenagem e secagem de suor, da Penalty. A peça tem um desenho em jacquard na frente, inspirado na taça Jules Rimet, com detalhes em silk toque zero e costuras aparentes. Preço: R$ 89,90. SAC 0800 747 3000


Arte que cabe no bolso

Elaborado artesanalmente na Escócia, o The Balvenie 12 anos atende aos requisitos dos verdadeiros apreciadores de um bom uísque. Suas características – malte suave, sabor aveludado e aroma marcante – são únicas, pois a destilaria Balvenie, fundada em 1892, é a mais artesanal da região. Preço sugerido: R$ 190. No Brasil, a bebida é distribuída pela Bacardi Martini do Brasil. SAC 11/2833-3333

Fotos: Divulgação

Uísque com sabor e requinte

Feitas por artesãs do Rio Grande do Norte, as carteiras de crochê da Especiário têm forro 100% de algodão, com a vantagem de serem praticamente exclusivas. Apenas cinco versões do mesmo modelo são reproduzidas. Os acessórios possuem duas medidas: 13 cm de altura x 24 cm de largura (modelo pequeno) e 13 cm de altura x 28 cm de largura (modelo maior). Na foto, carteira com detalhe de botão no tom Fendi, por R$ 148. Informações e vendas pelo site www.especiario.com.br ou pelo e-mail contato@especiario.com.br

Sono dos deuses

Ar puro até no trânsito Levando em conta a saúde, bem-estar e o conforto dos motoristas, a Philips lançou um produto único no mercado, o GoPure1BLCK, purificador de ar para veículos. O produto, equipado com um sensor inteligente de LED, elimina gases poluentes e fumaça de cigarro, além de descontaminar o ar dos poluentes químicos e gases nocivos, tais como formadeíldo, benzeno, acetona, xileno, tolueno e compostos orgânicos voláteis. O purificador pode ser facilmente instalado na parte dianteira, no painel, atrás dos bancos dianteiros/traseiros, no teto ou sob os assentos, sendo necessária a alimentação de bateria de 12V. Preço médio sugerido: R$ 600, CIC - Central de Informações ao Consumidor, pelo (11) 2121-0203

Para relaxar corpo e mente, nada melhor do que vestir roupas confortáveis. Para o verão 2012, a Upman apresenta sua linha homewear com modelagem diferenciada e no estilo casual e moderno, em tecidos macios, cheios de qualidade, tecnologia e extremo conforto, como o algodão peletizado, o devorê, o tricoline especial e a fibra de bambu. A cartela de cores é clássica, em tons pastel, cinza e com listras, deixando os homens charmosos até na hora de dormir. Preço: R$ 112,70. SAC relacionamento@upman.com.br

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TURiSMO

Os doces caminhos da

Bahia

F

érias pedem praia, sol e calor, certo? Mas convidamos você e sua família a adoçar a viagem em um cenário exuberante na Bahia. A Costa do Cacau, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do planeta, conserva paisagens deslumbrantes abençoadas pela Mata Atlântica e recheadas de história, com direito a muito chocolate. Para desfrutar o roteiro, a dica é começar com o pé direito em Ilhéus. Essa pequena cidade ostenta praias dignas de cartão-postal, com mar azul-esverdeado, águas mornas, areias douradas e coqueirais. Garantia de diversão para todas as idades, incluindo praias mais calmas e ideais para crianças, como a dos Milionários, e outras com ondas propícias para o surfe – como a Cururupe.

Praia da Engenhoca, Itacaré

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De Ilhéus a Itacaré, siga por uma exuberante estrada e se surpreenda com a Costa do Cacau No centro histórico, casarões, palacetes e igrejas lembram o auge do ciclo do cacau. Os visitantes encontram diversas referências a Jorge Amado, que eternizou a cidade em seus romances. O Bar Vesúvio, por exemplo, ganhou fama em Gabriela Cravo e Canela e ainda mantém as portas abertas para os turistas. Para homenagear o escritor, sua antiga residência foi transformada na Casa Cultural Jorge Amado, construída em 1928 no estilo neoclássico. Não pode faltar uma visita às fazendas produtoras de cacau. Os passeios monitorados apresentam todo o ciclo do fruto, desde a plantação até os processos realizados após a colheita para a produção do chocolate. Essa delícia pode ser provada na primeira fábrica de chocolate


Praia da Engenhoca, Itacaré

Praias, chocolates e muita história aguardam os visitantes na Costa do Cacau Fotos: Divulgação/Jota Freitas

artesanal do Nordeste, a oito quilômetros do centro, onde é possível ter contato com todas as suas fases de produção. Saindo de Ilhéus em direção a Itacaré, o caminho segue pela Estrada Parque, na BA-001, com belas paisagens que se descortinam a cada curva. Com apenas 65 quilômetros de extensão, a rota margeia o litoral e passa por praias quase intocadas, manguezais e restingas, além de passarelas e túneis para animais silvestres. Vale uma parada para avistar a monumental queda d’água da Cachoeira de Tijuípe, no quilômetro 44, e no Mirante de Serra Grande – dono de uma das mais belas vistas da região. Itacaré impressiona pela alegria de suas cores e por seu povo acolhedor. As praias, muitas delas quase desertas, estão cercadas por coqueiros e vegetação nativa. Na Praia de Resende, qualquer tipo de construção é proibido. Já na Praia da Engenhoca, entre as preferidas dos surfistas, o acesso é viável pela Estrada Parque, e depois, a pé ou de bicicleta. A mais movimentada é a Praia das Conchas, na qual muitas pessoas se reúnem na Ponta do Xaréu para assistir a um pôr do sol inesquecível. Reserve lugar no seu roteiro para o ecoturismo. Aproveite para fazer rafting nas corredeiras de Taboquinhas, arvorismo e passeios de canoa pelo Rio das Contas. À noite, o calçadão de Itacaré oferece boas opções de bares e restaurantes com música ao vivo. Para curtir um pouco mais de badalação, o agito fica por conta das casas noturnas com reggae, forró e música eletrônica. Mas é bom ir cedo, pois os lugares fecham por volta de meia-noite. Por fim, uma boa noite de sono é a inspiração e o sopro de energia para continuar essa doce viagem, no astral que só a Bahia tem.

Coroinha, Itacaré

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Vista de Ilhéus

B Itacaré

Divulgação/João Ramos/Bahiatursa

Como chegar a ilhéus De avião As companhias Azul, GOL, TAM e Trip operam voos para o Aeroporto Jorge Amado, de Ilhéus. Também é possível desembarcar em Salvador ou Porto Seguro e seguir de carro, ônibus ou van até a cidade. De carro Saindo de Salvador e de Porto Seguro, siga pela BR 101 (sentido Itabuna) e depois pela BR 415 até Ilhéus. Saindo do Sul e Sudeste do país, pegue a BR 116 até a BR 101, para depois trafegar pela BR 415. De Cuiabá e Brasília, a rota é a BR 070.

A Ilhéus

A Ilhéus (BA)

B Itacaré (BA)

Principais distâncias Itacaré (BA)

65 km

Salvador (BA)

296 km

Porto Seguro (BA)

308 km

Vitória (ES)

787 km

Belo Horizonte (MG)

1.075 km

Recife (PE)

1.092 km

Rio de Janeiro (RJ)

1.313 km

Brasília (DF)

1.378 km

São Paulo (SP)

1.638 km

Cuiabá (MT)

2.347 km

Fonte: DNiT

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De ônibus As empresas de ônibus que operam em Ilhéus são: Viação Águia Branca, Cia São Geraldo, Viação Nacional S/A, Expresso Brasileiro e Viação Riodoce. Circulando A melhor maneira de circular por Ilhéus e Itacaré e conhecer os atrativos dos seus arredores é de carro ou a pé, com auxílio de um guia.

Confira todas as locadoras da região associadas à ABLA no site www.abla.com.br


O fim dos “dinossauros”... A era dos veteranos da indústria automotiva brasileira está perto do fim. Até 2014, a maioria das quase duas dezenas de modelos antigos deixará de ser oferecida nos show rooms das concessionárias. Entre eles, o Ford Ka, a cinquentona VW Kombi e o Chevrolet Corsa. De acordo com a legislação, que deverá ser aprovada em janeiro de 2012, todos os carros vendidos no país a partir de 2014 já deverão ter air bags e freios ABS, além de passarem por testes de colisão mais rigorosos.

...E o começo do futuro A próxima geração de veículos da Toyota promete ser ainda mais high tech. A montadora fechou uma parceria com a Intel, fabricante de processadores e periféricos para eletrônicos, para desenvolver sistemas multimídias veiculares. Assim, o motorista poderá ampliar a interação com o veículo e com outros condutores, além de obter mais informações sobre a localização do carro e suas imediações, utilizando modernas tecnologias de transmissão de dados. Divulgação/Intel

Divulgação/Volkswagen

pit stop


estivemos presentes

Limo Digest Show 2011 Paulo Gaba Jr. esteve presente em Atlantic City (EUA) para conferir a exposição de limusines ocorrida entre os dias 6 e 9 de novembro. Além das principais novidades do setor, a programação do evento contemplou diversas palestras sobre gestão de negócios, lideranças efetivas e como criar relacionamentos. Entre os palestrantes, diversos empresários de grandes locadoras para falar sobre a experiência em locações e no mercado de limusines.

Eventos

Confraternização

Confira os eventos nos últimos meses com a participação do presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Gaba Jr., e do presidente executivo João Claudio Bourg

A ABLA promoveu no dia 23 de novembro o jantar comemorativo para celebrar as conquistas do ano de 2011 com os principais parceiros. Durante o evento, o presidente do Conselho Nacional Paulo Gaba Jr., o presidente executivo João Claudio Bourg e o presidente da Fenaloc, José Adriano Donzelli, agradeceram as parcerias estabelecidas e o empenho dos conselheiros e da diretoria da ABLA pela dedicação nas ações em pró ao setor. A confraternização também marcou a apresentação do novo site da associação, muito mais interativo e moderno. Os associados podem acessar as informações e novidades. Confira: www.abla.com.br.

João Claudio Bourg, Luiz Eduardo Pacheco, Domingos Boragina, Carlos Roberto Costa ( Diretoria da Peugeot Citroën) e Paulo Gaba Jr

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Darylann Wright , Paulo Gaba Jr. e Diane K. Forgy (presidente da NLA Associação Americana de Transportes)

19/10 - Feira das Américas (ABAV) Rio de Janeiro 20/10 - Comemoração dos 20 anos do Sindloc-BA Bahia 25/10 - 18º Salão Internacional do Transporte Pavilhão de Exposições Anhembi - São Paulo 26/10 - Lançamento Cobalt / General Motors São Paulo 26/10 - Jantar de 20 anos do Sindloc-SP São Paulo 6/11 - Limo Digest Show Atlantic City-EUA 11/11 - Jantar do Sindloc-PR Curitiba 16/11 - Evento da Câmara Interamericana de Transportes Lima (Peru) 24/11 - Prêmio Auto Data - Melhores do Setor Automotivo São Paulo 25/11 - Salão Internacional de Veículos Antigos São Paulo 28/11 - Jantar de Confraternização Sindloc-SP São Paulo 1/12 - Confraternização Sindloc-PE Recife 2/12 - Festa de Confraternização Sindloc-ES Vitória 6/12 - Confraternização Sindloc-MG Belo Horizonte 7/12 - 18º Prêmio de Jornalismo CNT Brasília 15/12 - Inauguração escritório Fenaloc-Abla Brasília


ViDA EXECUTiVA

miniaturas Os apaixonados por carros e por Fórmula 1 podem adquirir miniaturas da marca Amalgam Fine Collection, feitas a mão. No site, diversos modelos estão à disposição dos interessados que se dispõem a colocar a mão no bolso. O Mercedes W196 Streamliner, utilizado na Fórmula 1 nas temporadas de 1954 e 1955, pode custar cerca de £ 3.650 (cerca de R$ 10.530). Mas o investimento vale a pena. Os carros são reproduzidos em escalas de 1:8 e 1:4 nos mínimos detalhes. A Amalgaman também oferece réplicas de volantes de Fórmula 1 em tamanho real e modelos de iates. Confira no www.amalgamcollection.com/en

noite de rei Para quem já viajou muito e quer ser surpreendido, a dica é procurar pacotes diferenciados. A Flot Operadora Turística tem roteiros pela Espanha com hospedagens nos paradores da Espanha – castelos, mosteiros, palácios e outros prédios históricos –, onde o visitante se sente como se fosse parte da realeza. O pacote inclui passagem aérea, hospedagem e ainda a locação de um carro no aeroporto. O passageiro segue no caminho de Santiago de Compostela, parando em diversas cidades. Ótima gastronomia e serviços de alto padrão completam esse passeio inesquecível. Mais informações em www.flot.com.br.

dica de leitura

no teto do mundo Os desafios e conquistas do alpinista Rodrigo Ranieri, um dos mais experientes e bemsucedidos do Brasil, que atingiu o cume do Everest duas vezes, são relatados neste livro de memórias, lançamento da editora LeYa. Empresário formado em engenharia pela Unicamp e exprofessor de pós-graduação do Senac, Ranieri relata aventuras como enfrentar avalanches com ondas brancas varrendo tudo pela frente a 90 km/h, além de nevascas com ventos polares cortando os paredões de gelo a 160 km/h.

Cohiba, o preferido de Fidel Em Cuba, Fidel Castro sempre recebia a visita de chefes de Estado e diplomatas com um charuto feito artesanalmente nas periferias de Havana. O Cohiba ganhou fama e chegou às prateleiras. Agora comemora 45 anos e desembarca no Brasil em grande estilo. O Cohiba surgiu em 1966 e é uma das marcas mais caras do mercado. Não é produzido em grande quantidade, pois é limitado pela qualidade da colheita. E isso faz dele o charuto que todos os apreciadores desejam fumar. Mais informações em www.cohiba.com.

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ARTiGO

A locação de veículos como serviço público Mobilidade urbana exige novo olhar para a propriedade individual de veículos

O mercado de locação está às vésperas de um período de grande expansão. As crescentes demandas por mobilidade urbana nas grandes cidades exigem novo olhar para as alternativas à propriedade individual dos veículos. Com essa perspectiva, o que se vislumbra é a possibilidade de a locação passar a ser vista também como serviço público, evento que ampliará seu mercado a milhões de novos consumidores.

O problema do transporte público A experiência indica que o problema da mobilidade urbana não se soluciona apenas com investimentos. São Paulo e Los Angeles injetaram fortunas na expansão de avenidas e construção de novos viadutos, e ainda assim não conseguem comportar o volume crescente de veículos. Tóquio e Nova York também são cidades pujantes que conseguiram implementar uma boa rede de transporte público, mas isso não evita que suas vias fiquem sempre congestionadas. Se mesmo as mais ricas metrópoles mundiais não resolveram a questão, quais alternativas restariam às demais? Governos do mundo inteiro se veem diante de um caso de difícil solução. É grande o desafio de operacionalizar uma rede multimodal de transporte público com robustez e capilaridade, que atenda satisfatoriamente ao perfil variado de utilização dos milhões de moradores das metrópoles. Os governos não detêm capacidade fiscal infinita e não podem investir ininterruptamente na expansão do transporte público. Por outro lado, quando a iniciativa privada é convidada a investir, ela tem dificuldade de obter adequado retorno

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dos investimentos, pois ingerências políticas e exigências populares por tarifas módicas afetam a rentabilidade.

Utilidade pública A locação de veículos pode vir a se tornar componente da solução do dilema capacidade x flexibilidade que afeta as atuais alternativas de mobilidade urbana. Para isso, precisará adaptar-se ao perfil das demandas e aos estritos padrões de desempenho que serão exigidos. A primeira exigência é a continuidade, pois os veículos precisarão estar à disposição 24 horas por dia, sete dias por semana. O segundo requisito é a generalidade, pois a modelagem negocial deverá prever a inclusão de novos mercados geográficos e segmentos socioeconômicos, os quais atualmente não consomem a locação de veículos. A comodidade impõe a dispersão de pátios de estacionamento, de modo a oferecer capilaridade bastante que permita o fácil acesso dos usuários aos veículos. A eficiência deve ser apreciada sob o ponto de vista do cidadão, pois a locação deverá ser economicamente interessante em relação à propriedade individual do veículo e compatível com as demais alternativas de transporte público. A segurança implica o desafio logístico de manter uma extensa e dispersa frota de veículos em adequadas condições de manutenção. A modicidade de tarifas é outro objetivo a ser atingido, pois ganhos de escopo e escala obtidos pelas empresas devem ser transmitidos às tarifas cobradas. É necessária ainda a adoção de um modelo tarifário que permita a locação por hora ou fração. Sem dúvida, são vários os parâ-


Adriano Augusto Pereira de Castro

metros de adequação a ser desenvolvidos em relação às atuais práticas do mercado. Não há nenhum impedimento teórico, jurídico nem prático para que a locação venha a se transformar em serviço público. No passado, o fornecimento de água e energia elétrica exigia a contratação de empresas privadas no mercado livre tal qual acontece hoje com as locadoras de veículos. E após a aquisição desse status de “serviço público”, não inibiu a existência de empresas privadas independentes vendendo grupos geradores, bombas d´água e estações de tratamento de efluentes. Outro exemplo são os transportes. A atividade existe desde quando a humanidade passou a fazer operações comerciais, mas só no século 20 se entendeu que a sociedade contemporânea carecia de um sistema de transporte público organizado e regulamentado. E ainda assim, o setor de transportes privados é um dos mais expressivos da economia nacional. Portanto, nada impede que o século 21 passe a ver a locação de veículos como serviço público sem prejuízo de seus atuais mercados.

Conclusões A locação pode se ajustar para ser componente fundamental dos próximos sistemas públicos de mobilidade urbana. O sistema de incentivos para isso já existe, pois há demandas não atendidas e há possibilidade técnica de atendê-las. Tecnologias para rastreamento veicular, gestão de frota e contratação a distância já existem e tornam tecnicamente plausível a hipótese, caso alguma locadora

consiga integrar os sistemas. Novos modelos de contratação pelo poder público, como as parcerias público-privadas, oferecem o marco regulatório necessário para viabilizar juridicamente a visão da locação como serviço público. O crescente preço dos imóveis encarece de forma indireta o custo de propriedade do veículo individual, eis que imóveis com várias vagas de garagem são muito mais valiosos que outros com idade, tamanho, localização e padrão de acabamento equivalentes; bem como acarretam elevados preços dos estacionamentos. Novas demandas ambientais pedem a renovação das frotas particulares e a redução das emissões de carbono, tendências que já são atendidas pelas locadoras, com suas frotas modernas, bem mantidas e atualizadas. O elevado preço do petróleo e novamente as questões ambientais possibilitam o emprego de fontes alternativas de energia, como os veículos elétricos, que poderão obter imprescindível escala industrial se empregados como opção de motorização pelas locadoras. Com essas considerações, não é utópico dizer que há milhões de novos consumidores aguardando ser atendidos pela locação de veículos.

Adriano Augusto Pereira de Castro Advogado especialista na indústria de locação de veículos (OAB/MG 94.950) Assessor jurídico do Sindloc-MG e da ABLA - (31) 3224-1292 ou adriano@empresarial.adv.br Professor e mestre em Direito Empresarial

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Érlen Ângelo

Desmitificando a área de ti Estar sempre um passo à frente e ter competitividade no mercado são qualidades que muitas empresas buscam. E a Tecnologia da Informação é uma ferramenta muito importante para destacar-se dos concorrentes, inovando e buscando oportunidades estratégicas. Muitas vezes, não é tarefa fácil mudar um conceito, como é o caso da TI. A área surgiu, cresceu e evoluiu sob a âncora da computação nos anos 70, cujo principal valor era fornecer processamento de dados. Ainda hoje, esse departamento é visto, por quem é de fora, como uma verdadeira caixa-preta – intocada e desconhecida pelos demais setores da empresa. Um dos mitos mais comuns, que já está em queda, é que o segmento de TI representa apenas um suporte para outras áreas que buscam eficiência e automação. Isso já não é verdade, pois os executivos de TI conhecem profundamente a estrutura empresarial e têm visão abrangente de toda a empresa. Cada vez mais os diretores de TI – ou Chief Information Officers/CIOs – e gestores das companhias têm na Tecnologia da Informação o canal para viabilizar a solução e aprimorar a administração dos negócios. Diferentemente de décadas passadas, TI transpira business e suas demandas ganham importância quanto maior o grau de maturidade dos dirigentes empresariais. Os profissionais que atuam no segmento de TI são capazes de integrar áreas, revendo/criando processos e metodologias cruciais para aumentar a competitividade e produtividade de uma companhia. Esse papel de integrador referenda o objetivo máximo dos departamentos de TI – que não é puramente comercial tampouco financeiro. Os profissionais desse segmento sabem montar equações, combinam, aprimoram e atendem ações e carências de vários setores. Pensando em um conjunto, são os grandes responsáveis pela evolução e pelo avanço das grandes empresas no mundo.

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abla

novembro • dezembro 2011

Por outro ângulo, os profissionais de TI formam uma voz singular como grupo que abre não apenas os canais nas grandes corporações de produtoras de softwares e aplicativos, mas que também dissemina a importância estratégica de TI para as empresas. Estamos muito próximos dos centros de decisões estratégicas. O ponto crucial é como a companhia pode usar as melhores práticas de gestão para suas necessidades. Daí a importância dos CIOs dentro das companhias nos dias atuais. Como forma de ilustrar, podemos usar o exemplo da implementação do SPED contábil, na qual a área de TI não é requerida para automatizar o processo, mas sim para atender a área fiscal, compreendendo as solicitações do governo e propondo alterações estruturais nos processos e setores envolvidos na empresa, tais como compras, faturamento e contas a receber, que tem alterações nos seus modus operandi. Ao unificar as estratégias e ações de cada departamento com agentes externos, é possível atingir os objetivos da companhia de forma plena. Atualmente, outro importante papel desempenhado pelos CIOs recai sobre a governança de TI. Ela funciona como adendo à governança corporativa, já que envolve análise de riscos e estratégias, bem como a transparência dos processos internos. Apesar de ser um acontecimento relativamente recente, que se tornou mais intenso nos últimos cinco anos, essa movimentação em governança é consequência de grandes colapsos econômicos. Desde a norte-americana Enron até a última grande crise, as organizações constataram a necessidade de aprimorar, tornar mais seguros e transparentes seus processos. Afinal, a TI atua não apenas em busca do lucro, mas também rumo à excelência empresarial.. Érlen Ângelo é conselheiro do ORAUG-BR e Chief Information Officer do Grupo Tejofran




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