Percepção Espacial

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Larissa Campi Maia

PERCEPÇÃO ESPACIAL 2017


CENTRO UNIVERSITARIO MOURA LACERDA ARQUITETURA E URBANISMO RP

20


AUTORA: LARISSA CAMPI MAIA ORIENTADOR: CÉSAR ELIAS SP

17


AGRADECIMENTOS

E disse Deus: Haja luz; e houve luz. Gênesis 1:3

Agradeço primeiramente ao grande EU SOU, pois por Sua causa tudo foi possível, o maior dos arquitetos e o melhor alicerce. A Ele devo a minha vida, tudo que eu sou e ainda ei de me tornar, serei eternamente grata por seu infinito amor, graça e misericórdia. Ninguém melhor do que Ele para me ajudar a realizar esse trabalho em meio a tantos outros que ainda estão por vir. Até aqui me ajudou o Senhor e sei que sem Ele eu nada posso e nada consigo fazer. O cuidado dEle é tão grande para com os filhos que nos proporciona usufruir um pouco desse amor através de cada pessoa que se encontra no nosso caminho e por isso segue os seguintes agradecimentos:


A minha familia que sempre fez o possível e o impossível para que eu realizasse todos os meus sonhos e por isso me apoiaram durante toda a minha vida e ao longo desses cinco anos de curso me fazendo sorrir em meio ao desespero de complexos trabalhos e dificuldades que tivemos que enfrentar. Gostaria de deixar um agradecimento especial a minha vó Nair

que

sempre

compartilhou

de

todas

as

conquistas

dos netos, mas que infelizmente não está presente hoje, mas sempre estará em minhas lembranças e recordações. Agradeço ao meu orientador Cesar Elias que acreditou em mim e me inspirou diante de todo o seu conhecimento. Acredito que ninguém melhor do que ele poderia ter me acompanhado nesse projeto, já que foram através de suas aulas que obtive a vontade de me aprofundar mais a respeito da percepção do homem em um ambiente cromático, pelo qual me apaixonei. Agradeço aos amigos, nos quais posso compartilhar minhas conquistas, pois estão ao meu lado em todos os momentos sendo eles bons ou ruins, mas que principalmente estiveram presentes ao longo desse ano na realização desse projeto. Agradeço

a

fizeram

parte

acadêmica,

que

todos

os da

me

professores minha

orientaram,

me

que

formação ajudaram

em

pesquisas complementares que pudessem acrescentar em meu

conhecimento

e

me

corrigiram

quando

necessário.


RESUMO

Luz, mais luz! Goethe

ABSTRACT


A luz e a cor são fatores que proporcionam um mundo visível e trazem sensações que são experimentadas pelas pessoas diariamente. O estudo da cor é essencial para a concepção de um ambiente que visa alcançar um objetivo. No decorrer desse trabalho faremos uma intervenção na área interna e externa de um centro de recuperação de pessoas que realizaram o transplante de medula óssea, sendo assim o objetivo desse projeto é transformar a área existente em um ambiente que pretende trazer conforto e auxilie na melhora desses pacientes. Para a definição de quais as cores ideais para os ambientes de acordo com cada uso vamos refletir no desenvolvimento dos estudos sobre a cor que vem sendo discutido ao longo dos séculos, no entanto aplicaremos as fundamentações e pesquisas do Psicólogo Suíço Max Luscher, um dos maiores pesquisadores mundiais sobre cores, transformando assim a percepção dos pacientes no local estudado. A concepção inadequada da cor no ambiente pode prejudicar as atividades das pessoas que usufruem dele, por isso a importância de decifrar as necessidades e aplicar as mudanças necessárias de forma a estabelecer relações harmônicas entre as cores aplicadas e o conjunto de mobiliário disposto no ambiente.

Light and colors are factors that provide a visible world and bring sensations that could be experienced by people everyday. The study of color is essential for a design of an ambience. In the course of this study we will make some interventions in the external and internal area of a center for the re-establishment of people who have performed bone marrow transplantation. The purpose of this study is change an area with a intent to bring comfort and help the improvement of these patients. For the definition of which ideal colors, according to each use, we will think about the developments of studies about colors that has been discussed throughout the centuries. In this case we will apply the researchers from Max Luscher, the Swiss psychologist, one of the biggest world researchers about colors. The wrong concept of colors in a ambience could damage the activities of people whom use that place. Therefore the importance of deciphering the needs and applying the necessary changes in order to establish harmonies relations between the applied colors and the set of furniture arranged in the ambience.


INTRODUÇÃO

02

05

PARTIDO DA ESTRUTURA

01

04

PERCURSO DE PESQUISA

SUMÁRIO

ÊXITO CROMÁTCO

03

O LUGAR


09 COMPATIBILIZAÇÃO PROJETUAL MUSEU BRANDHORTS CENTRO ESPOTIVO E LAZER LOJA COR

07

CONCEPÇÃO

EIXO DE CONTRUÇÃO

08

06

IMERSÃO NA COR

10

PARÂMETRO LITERÁRIO


01

INTRODUÇÃO


“A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada.” Albert Einstein


De acordo com nossa experiência vemos que a cor tem um papel fundamental na vida do ser humano. Podemos ver desde as artes paleolíticas a evolução que ocorreu do uso cromático na construção, nas vestimentas e mais tarde na tecnologia. O homem primitivo já usava a coloração para pintar o próprio corpo, seus objetos e suas habitações (cavernas) através de algumas ações como: “...

esfregar e triturar flores, sementes,

elementos orgânicos e terras corantes com a finalidade de colorir.

A observação

o leva a utilizar matérias calcinadas para tingir de preto as áreas desejadas.

A

queima de certos corpos, por opção

em relação a outros, para obter um preto

mais

intenso,

revela

uma

imagem

2 Afresco de Michelangelo, na Capela Sistina.

elevação do nível técnico e determinado

Concluímos então que ao longo da construção das artes plásticas a cor preto usado pelos pintores é produzido sempre representou a vida humana. da mesma forma, pela calcinação de Surgem então diversos pintores em todo matérias orgânicas.” (PEDROSA, o mundo desenhando objetos estáticos Israel, Da cor a cor inexistente, p44). e paisagens em que contemplavam por determinado tempo até que a tela estivesse completa. Se assemelhando a vida real tentavam reproduzir as cores e formas que estavam observando. grau de espirito cientifico.

imagem

Até

hoje o

Desde então o avanço na pintura foi se ampliando, ou seja, além de misturarem pigmentos que alcançassem as cores reais, desenvolveram técnicas, ao perceberem que a visão era um dos fatores que poderia colaborar para misturas dos matizes. Começaram então realizar experiências e formular teorias, através de pigmentos com cores e técnicas como “... a tese da síntese aditiva do olhar, criando um estilo de pintura denominado pontilhismo...” (GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação, p20) demonstrando sua familiaridade com o funcionamento do olho humano, onde a mistura das cores eram feitas na retina substituindo assim a mistura das tintas na paleta, principalmente a relação do olho com a cor e como ocorre esse fenômeno

1 Pintura rupestre, Caverna de Lascaux, França

Foi a partir desse tempo que começaram os primeiros códigos trazendo significado para cada tipo de cor, que até os dias de hoje variam de acordo com o local onde estamos e as épocas do ano. Com o passar do tempo às pessoas começaram a descobrir técnicas como a incrustação, onde possibilitavam o aprimoramento das cores das pedras. Sucessivamente descobriram a pintura a fresco com a mistura de agua como solvente e o uso da cola para melhor fixação do pigmento nas edificações possibilitando as pinturas nos túmulos, nos templos e nos palácios. 12


de percepção cromática. Essa técnica clareamento do preto era em si o mesmo possibilita que o órgão visual faça a o inicio do estudo da perspectiva aérea. própria mistura dos pigmentos que estão Do ponto de vista técnico a evolução da colocados lado a lado através de pontos. pintura desde a pré-história até os nossos dias evidencia que o realismo renascentista só foi possível graças à descoberta das leis da perspectiva linear e aérea.

Israel. Da

cor a cor

(PEDROSA, inexistente, p52).

Leonardo acrescenta a essas duas técnicas, de Giotto, o esfumaçado, tornando possível perspectivas lineares e aéreas.

TECNICA PONTILHISMO A Sunday Afternoon on the Island of La Grande Jatte imagem3

Os estudos desses pintores começaram na renascença a partir do século XV quando surge o pintor, arquiteto, matemático, musicólogo, teatrólogo e humanista Leon Battista Alberti interessado pela teoria de artes visuais e pintura, seguindo seu mentor Brunelleschi. A partir de então formou outros futuros grandes pintores como Leonardo Da Vinci. Segundo Israel Pedrosa, Alberti foi uma grande influencia para Da Vinci, por isso seguiu muito de seus pensamentos como, por exemplo, a teorização da perspectiva, mas discordou de uma de suas definições no que se dizia a respeito de quais seriam as cores primarias, Leonardo permanece com o conceito dos quatro elementos naturais definidos por Alberti, mas substitui uma de suas cores. Leonardo já deduzia que todas as cores seriam concebidas pelo vermelho, amarelo, verde e azul e que através delas poderiam conceber tanto cor pigmento quanto cor luz, que serão explicadas mais detalhadamente nos próximos capítulos, gerando todas as cores da natureza. Além das definições de cores outras contribuições ajudaram na pintura renascentista como a nova técnica pictórica da utilização de claro/escuro gerado por Giotto.

Leonardo traz esses três conceitos com uma potencia suficiente de alterar o nível de beleza de um objeto, e em sequencia desses estudos obteve descoberta a respeito de contraste que foi um elemento de grande importância para a coloração nas artes visuais que são utilizados até os dias de hoje. A partir de diversos experimentos Da Vinci observou o fenômeno, que segundo Israel Pedrosa é, realizado através de um processo perceptivo onde a mente completa formas não Giotto imprimia nova direção à técnica acabadas e faz aparecer cores em pictórica utilizando do claro escuro. lugares não pintados, avançando O aprofundamento das pesquisas sobre assim para as futuras pesquisas que claro escuro principalmente quando se ampliariam a influencia das cores tratava de degradação de cores e não do no aspecto físico da ótica humana. 13

INTRODUÇÃO

TECNICA PONTILHISMO imagem 4 M ona Lisa Louvre , Paris, França.


TECNICA imagem 5 BPONTILHISandeira Brasil

Fixe os olhos 15 segundos no ponto vermelho (sem piscar) e depois pisque olhando para uma parede branca.

O

que

simples:

acontece no

fundo

nessa dos

experiência nossos

é

olhos

existe uma camada de células que captam a luz e mandam a informação para o cérebro. de

uma

Quando

É

como se elas fossem o sensor câmera a

gente

fotográfica fica

muito

digital. tempo

olhando para uma imagem ou uma cor, essas células ficam cansadas e passam a

imagem

6

Após a iniciação dessas teorias de nitidez. Como consequência, a gente realizada pelos pintores surge, a partir acaba enxergando mais a cor oposta. do século XVI, um avanço significativo Por exemplo, se você fixar o olho em para a época: à fotografia com uma letra X branca, vai começar a o objetivo de registrar momentos enxergar um X preto (a cor oposta). através de imagens pretas e brancas. Esse efeito fica muito interessante quando olhamos para imagens que estão em ... ao estudar as imagens pretas e brancas negativo (com todas as cores invertidas), mostra que um objeto escuro parece sempre pois nossos olhos se cansam do inverso menor que um claro do mesmo tamanho. daquelas cores, ou seja, quando a Na formulação de Kleper “ é certo que gente deixa de olhar essas imagens, a dilatação dos objeto claros existe ou passa a enxergar uma imagem com cores na retina, causada pela pintura ou nos reais. (http://www.manualdomundo. espíritos, causada pela impressão” as c o m . b r / 2 0 1 3 / 0 1 / a - i m a g e m - q u e - imagens brancas parecem maiores que as f i c a - n o s - o l h o s - i l u s a o - d e - o t i c a / ) escuras devido ao movimento excêntrico enxergar essa cor com um pouco menos

14


próprio das cores claras.

Israel. Da

(PEDROSA, a fotografia, pois desde o inicio já P58). estavam estudando as cores, e suas funções fisiológicas, bem como os efeitos cromáticos de pigmentos e luz, no alcance da visão. A câmara fotográfica e telescópio, realizada por Kleper são objetos que foram possíveis através do conhecimento sobre o funcionamento do olho humano e a sua forma de projeção. Utilizaram o mesmo procedimento de cada função do olho como, por exemplo, a função do cristalino transformado em lentes tanto para realização desses objetos quanto para outros como óculos de pessoas com deficiência visuais. A partir dessas lentes e outros experimentos, Kepler, Villebrord Snell e Descartes conseguiram alcançam leis fundamentais a respeito de reflexão e refração, que mais tarde Newton consegue, devido a isso, decompor as cores a partir do raio de luz. Sendo as leis fundamentais:

cor a cor inexistente.

1. O

raio incidente, o raio refletido e o

raio refratado e a normal do ponto de incidência estão em um mesmo plano. imagem

O

7

2.

ângulo de incidência é igual ao ângulo

imagem

15

8 Lei de Snell

INTRODUÇÃO

de reflexão. 3. Há uma relação constante Somente mais tarde começaram a entre o seno do ângulo de incidência e o desenvolver as imagens coloridas, seno do ângulo de refração. (PEDROSA, nesse caso a pintura já mostrava Israel. Da cor a cor inexistente. P58). uma evolução muito maior do que


A partir dessa decomposição do espectro solar, Newton alcança outras propriedades das cores que são os comprimentos de onda que cada cor possui, e que futuramente pode-se agregar com algumas considerações a respeito da sensação que cada cor estimula no ser humano, podendo justificar por tanto o motivo pelo qual utilizar determinada cor em um ambiente construído de acordo com a sua função, em uma pintura, em um utensilio, objeto e propagandas.

extremos emocionas, individualidades e inquietações. Em suas obras não se preocupavam em representar uma realidade, mas um visão individual sobre ela. Para isso utilizavam de cores fortes, vibrantes com figuras distorcidas e por vezes abstratas, técnicas violentas atraves de pastas grossas com pincel ou espátula utilizando o movimento de vai e vem, fazendo e refazendo. Os principais artistas que se destacam nesse período são: Francis Bacon, Goya, Edvard Munch, Van Gogh , Gauguin, Johannes Itten, entre outros. Johannes Itten (pintor e pedagogo de arte) nesse período era um mestre de suma importância na primeira fase da Bauhaus (primeira escola de desing do mundo, uma das maiores e mais importantes expressões do modernismo no desing e na arquitetura), em suas aulas ensinava teoria de constrastes, formas e cores, nas quais tiveram grande influencia na concepção do desing mais tarde.

Evidenciamos os enormes e variados estudos cromáticos durante todos os séculos posteriores XVII, XVIII, XIX, porém a partir do inicio do século XX vieram pessoas que tiveram uma forte influencia cromática em seu período devido as suas formas de manifestações como: os expressionistas e os neoplasticistas. Os expressionistas eram artistas que usufruíam da cor para expressar seus

16

imagem

9 Pintura Vicent Van Gogh Starry Night, 1889


imagem

psicológicos, biológicos e tecnológicos. Sabendo que desde o principio da espécie humana até os dias atuais os conhecimentos da cor e da luz tem se expandido, podemos perceber que esses avanços continuaram acontecendo abrangendo diversos fatores como o uso ideal de determinada cor e luz em determinados ambiente, analisados através das relações de cor e doenças, cor e funções biológicas.

Segundo Modesto Farina em meados do século XX o cromoterapeuta inglês Reginald Roberts fez estudos onde ele afirma que: o excesso de amarelo pode produzir indigestões, gastrite e úlcera gástrica, variações de verde podem produzir doenças mentais e nervosas, variações de vermelho podem produzir doenças do coração e reflexo na Consideramos então que a cor abrange pressão arterial e que o excesso de diferentes aspectos fisiológicos: azul pode colaborar para pneumonia, 17

INTRODUÇÃO

Já o neoplasticismo se originou de Piet Mondrian um expressionista que veio da tradição de Van Gogh, mas devido ao impacto cubista seus ideais se transformaram completamente passando a desenvolver um estilo que defendia uma limpeza espacial da pintura e o caráter universal da obra rejeitando a ênfase do individualismo. Um estilo não objetivo porem que propõe uma estética inovadora baseada na desconstrução formal, ou seja, na quebra das formas até encontrar seus componentes fundamentais sendo eles: linhas e planos. Esse período traz uma harmonização e uma proporção entre linhas e cores. Os principais artistas que se destacam nesse período são: Piet Mondrian, Theo Van Doesburg Gerrit Rietveld.

10 Pintura Piet Mondrian, Composição A, 1920


tuberculose pulmonar e pleurisia. Devido a esses estudos os laboratórios farmacêuticos começaram a dar cores apropriadas aos comprimidos e capsulas de acordo com as doenças, não só Reginald, mas um médico italiano Plancus (1952) também afirma essa relação entre cores e doenças.

de acordo com as cores que ela apresenta devido à luz e calor do sol que incidem sobre ela, mudança de cores da pele das pessoas de acordo com o tempo de exposição às irradiações solares e conforme a cor que a pele apresenta identificamos se a pessoa esta saudável ou não.

Através desses estudos ao desenvolver um ambiente o estudo das cores ideais são essenciais como, por exemplo, para criar um espaços de culinária, hospitais, farmácias e demais ambientes de saúde, sabendo que segundo o medico Plancus:

Em outras pesquisas ainda cientista confirmam os efeito das cores de luzes no reino vegetal e animal como a luzes verdes acabam com as larvas das moscas e dos besouros, luzes azuladas acaba com as plantas e luzes vermelhas tornam as plantas mais vigorosas.

O

azul

olhos,

ajudaria

ouvidos,

Vermelho para Verde para

nariz

Modesto. em

doença e

dos

pulmões.

Esses estudos avançam o uso da cor em todas as áreas, por isso a importância do conhecimento da necessidade que se deseja suprir e sobre isso realizar estudos de como utilizar adequadamente a luz e a cor. Segundo Luciano Guimarães em A cor como Informação, os estudos das cores se expandem para o campo visual, desta forma ele é um fator primordial

estômago fígado e baco. sistema

digestivo.

aparelho cores

contra

nervoso

e

(FARINA, Psicodinâmica das comunicação. P31)

Em relação às funções biológicas identificamos a maturação das frutas

imagem

18

11


dentro do estudo cromático, vários publicitários hoje têm estudado com profundidade cor, luz e campo visual para alcançar o objetivo ideal para cada tipo de propaganda e como expor nos objetos e ambientes desejados. Em relação a isso estudos foram feitos para entender que o hemisfério do cérebro é divido em direito e esquerdo sendo o esquerdo responsável por cálculos e linguagem e o direito por habilidades espaciais, compreensão, informações simples e linguagens não verbais.

melhor

daquela

propaganda.

Há ainda tecnologia dos computadores, televisões, celulares e tablets que tem se avançado ainda mais em nossos dias onde as cores se dão através de pixels que são diferentes das cores-pigmento que reproduzimos no mundo real, no qual não é um avanço benigno, pois torna um mundo virtual que jamais poderemos realmente ter acesso e que nos desliga no mundo real. Essas cores em equipamentos eletrônicos necessitam de um estudo aprofundado para que também possamos entender qual o tipo de saturação que essas cores possuem que trazem cansaço sobre as pessoas sem que elas percebam, mas para isso teríamos que encaminhar nossos estudos para outro caminho.

Sabendo que os hemicampos visuais são projetados no centro visual de forma oposta, ou seja, o hemisfério esquerdo fica responsável pelo reconhecimento verbal da imagem e o hemisfério direito pelo reconhecimento visual, os publicitários percebem que para uma propaganda em um outdoor, por exemplo, é melhor que o desenho esteja do lado esquerdo e a escrita do lado direito alcançando assim um público maior que irá ler e ter uma memorização

imagem

19

12

INTRODUÇÃO

No entanto vamos centralizar nossa atenção no uso da cor-pigmento no ambiente habitado pelo homem sendo possível a visualização através da sua interação com a luz natural e artificial.


02

ÊXITO CROMÁTCO


“Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber.” Albert Einstein


Pretendo com esse trabalho aprofundar um conhecimento acerca da cor e sua influência na construção de um ambiente existente, de forma a pesquisar sua natureza, composição e significado (que é mais abrangente do que encontramos em sites, blogs e conhecimento superficial da população em geral e até mesmo de profissionais). Vemos que as cores tem uma força e um potencial de chamar atenção das pessoas, sendo estas, carentes em compreender o verdadeiro significado e a importância das cores em seu cotidiano. As cores sem hesitarem sequestram os olhares afetando reações e comportamentos não planejados pelo próprio usuário de um ambiente. Sendo assim observo como na arquitetura esse tema é deixado em segundo plano, tratado como um tema secundário ou um item de menor importância. O uso da cor pode ser desenvolvida de maneira a ampliar a questão de

22


preferência para uma experiencia cientifica onde abrangemos a harmonização do espaço projetado. Ampliaremos tambem nosso conhecimento a respeito da perfeição do aparelho óptico humano, e seu poder de captar, detalhar e reagir aos impulsos dados por essas cores, trazendo elas uma informação e gerando respostas que ative reações diversas. Através dessas pesquisas tentaremos perscrutar se a cor possui poder suficiente para interferir, ou não, na percepção do homem na construção de um espaço cromático.

23

ÊXITO CROMATICO

Para isso usaremos as referências bibliográficas dos principais autores que propõe esse tema como estudo: Goethe, Israel Pedrosa, Modesto Farina e Luciano Guimarães; que seguem as teorias e princípios de Aristoteles, Alberti, Leonardo da Vinci, Newton, Kandinsky, Ivan Bystrina, Albert Munsel, Leger e Johannes Itten.


03

O LUGAR


“Em todas as cores, em todos os lugares, naquilo que há vida, o amor se faz em detalhes.” Nátaly Seckler


GRUPO DE APOIO A TRANSPLANTADO DE MEDULA OSSEA

O LUGAR

A proposta desse trabalho é realizar interferências arquitetônicas em um edifício já existente, o Grupo de Apoio a Transplantados de Medulas Óssea (GATMO).

26

Essa casa de apoio está localizado na Universidade de São Paulo (USP), na avenida bandeirantes 3900, casa 11, monte alegre, na cidade de Ribeirão Preto – SP como seguem os mapas:


imagem

27

13 Gatmo


imagem14

RibeirĂŁo Preto/ SP

O LUGAR

imagem

28

15 USP

imagem

16 gatmo


29

imagem

17 gatmo


GAT

O edificio que o GATMO ocupa é considerado patrimônio por conta da Universidade, segundo a Comissão do Meio Ambiente (CMA): De acordo com o Decreto Federal nº. 750, de 10/2/1993, campus da USP de Ribeirão Preto é também considerado como “um espaço territorialmente protegido”... Também no Código Municipal do Meio Ambiente, Lei Complementar nº1616 de *9/1/2004, o Campus é caracterizado como “sitio significativo”, estando sujeito a restrições de uso. Segundo o Plano Diretor do Município, de 1995, o Campus da USP Ribeirão Preto abrange Zonas de Proteção Máxima (ZPM), constituídas por remanescentes de vegetação natural, várzeas e Áreas de Preservação Permanente (APP’s), como nascentes, lago, córrego, pedreira e florestas, zonas estas, de acordo com o Código Municipal do Meio Ambiente (2004), sujeitas a restrições sobre ações antrópicas, em relação ao saneamento, industrias e prestação de serviços, ocupação urbana, atividade agrícola e proteção ambiental. Isso significa que no Campus da USP de Ribeirão Preto toda e qualquer obra ou projeto que altere seus espaços sócio geográficos devem se enquadrar nos

ditames

federais,

Ainda

que o

das

leis

estaduais em

possui

Campus

patrimônios

relação como

ambientais

e

municipais.

ao

significado

memória

também históricos

possui

histórica, alguns

tombados

pelo

CONDEPHAAT, como suas áreas verdes e seu sistema viário projetado nos anos 40, O LUGAR

incluindo os limites do terreno ocupado pelo

Museu Histórico Municipal e também

alguns

remanescentes

do período da

30

arquitetônicos

Fazenda Monte Alegre,


como a antiga

Tulha

e remanescentes do

Terreiro de Café e dos prédios Central, da Prefeitura do Campus Administrativo de Ribeirão Preto (PCARP), da Patologia, do CEFER, das Colônias de Moradias de funcionários e as antigas casas de docentes, apoio.

atualmente,

de

serviços

de

(Professora Dra. Ângela Maria Magosso Takayanagui (Vice-Presidente da CMA e Professor Dr. Carlos Alberto Martinez y Huaman (Membro da CMA)). O GATMO fundado em 1992, é uma casa de apoio onde são abrigados pacientes, que estão em recuperação após passarem pelo processo de transplante de medula óssea, e acompanhantes. Essas pessoas se deslocam de outra cidade para Ribeirão em prol do tratamento e acompanhamento feito no Hospital das Clinicas (HC). Os pacientes que ficam nesse local são os que já passaram por todo tratamento e após o transplante de medula óssea devem ficar em repouso absoluto. As atividades feitas pelos pacientes são restritas e por isso os dias em que elas passam ali se tornam entediantes, por isso eles recebem visitas de psicólogos, realizam terapias ocupacionais e fazem tardes culturais. A casa de apoio possui alguns anexos que foram construídos recentemente. Segundo conversa com o Arquiteto e Urbanista Danilo Oliveira Vassimon, profissional que trabalha na prefeitura da USP, esses anexos possuem aproximadamente dez anos. Partindo das novas construções puderam organizar melhor os ambientes abrigando assim doze pacientes e doze acompanhantes, de faixa etárias variadas.

MO 31


banheiros;

4- Um quarto com banheiro, um quarto de limpeza, um banheiro e um espaço para tanques e máquina de lavar.

32

Dois

quartos

com

ANEXO

QUIOSQUE

3-

ANEXO

21 anexo 4

2- Dois quartos com banheiros, um quarto para o bazar e um quarto para os produtos de limpeza;

ANEXO

imagem

20 anexo 3

QUIOSQUE

O LUGAR

imagem

19 anexo 2

ANEXO

imagem

18 quiosque

ANEXO

imagem

1- Um quiosque atrás da casa de apoio, tornando um lugar de convívio, protegendo-os das irradiações solares, no qual os pacientes não podem ter contato direto;

ANEXO

A casa de apoio compõe-se de A casa de apoio esta implantada em uma secretaria, uma sala de estar, uma área e possui quatro anexos: uma sala de jantar (copa), uma cozinha, quatro quartos (sendo um para cadeirante) e dois banheiros.


4

3

2

1

0

2.5

5

7.5 Metros

CASA DE APOIO 33


O LUGAR

O meio de circulação da casa para os anexos são passagens estreitas que não possuem coberturas. Esse espaço em que a casa de apoio e os anexos estão localizados necessita de um melhor planejamento do que fora feito anteriormente de maneira que alcance a necessidade de pacientes que se diversificam ao longo do tempo de acordo com seus tratamentos. Sendo assim uma leitura deve ser realizada para que as interferências se adaptem as inconstancias emocionais que ocorrem com os pacientes nesses espaços, de maneira que a recuperação dos pacientes sejam aceleradas atraves dos estudos cromatico que serão proposto para o local.

34


Gerar um espaço qualificado para os usuários é a meta da Arquitetura e do Urbanismo, sendo assim o objetivo do curso é a mais ampla justificativa para que esses estudos e interferências arquitetônicas sejam feitas. A área em que se situa a casa de apoio engloba não somente os edifícios construídos, mas uma massa verde que tem o potencial de se transformar em um encantador cenário com áreas de uso comum explorando o uso de cor e luz valorizando desse modo o conjunto. É significativo para esse trabalho a relação do ambiente interno com o externo trazendo uma aproximidade da natureza para o espaço.

35


04

PERCURSO DE PESQUISA


“A cor é o toque, o olho é o martelo que faz vibrar a alma, o instrumento de mil cordas” Kandinsky


Os estudos a respeito da origem das cores e de suas composições vêm sendo discutidos há muito tempo. Os filósofos e pintores se destacam nessas discussões que vem se tornando um assunto cada vez mais envolvente pelo fato das cores estarem presentes em todo nosso cotidiano desde a antiguidade. Vemos as cores presentes desde as primeiras pinturas, onde o fenômeno cromático começou a ser estudado há séculos atrás, e tem se desenvolvido até a tecnologia de computadores, televisões, celulares entre outros avanços tecnológicos da atualidade.

PERCURSO DE PESQUISA

Podemos iniciar esse trabalho diferenciando cor pigmento de cor luz. Na arquitetura a cor é usada como cor pigmento, mas sua interação com o ambiente é a luz, o que quero dizer é que a cor pigmento é a composição que produz determinada cor em um objeto que o nosso olho percebe através da reflexão gerada pela incidência de luz natural ou artificial no objeto, exemplo: cor de tintas em uma parede.

imagem

23

imagem

24

imagem

25

A cor luz é o objeto que emite uma luz direta, ou seja, produz a cor, exemplo: lanterna. imagem

22

A composição da tinta é pigmento porém quando aplicada em uma superfície passa a ser raio por possuir essa interação com a luz que incide sobre ela. Com a incidencia da luz sobre o plano parte é absorvida e parte refletida. O matiz que não é absorvido é o matiz que se torna visivel. Raios luminosos pela cor pigmento:

imagem

38

26


A partir dessa breve introdução do que seria cor pigmento e cor luz conseguimos desenvolver um estudo de onde surgem essas infinidades de cores que vemos ao nosso redor. Os pintores já previam que através de uma pequena quantidade de cor se originavam as outras inúmeras cores existentes na natureza.

A cor pigmento já era utilizada desde as culturas arcaicas e nos ícones religiosos ao pintarem suas cavernas, seus corpos, seus trajes, objetos abstratos, túmulos, templos, palácios, utilizando substancias naturais. E logo mais tarde nos enormes vitrais das igrejas góticas que possuíam um forte impacto no ambiente quando em contato com a luz.

Tanto a cor pigmento quanto a cor luz possuem suas cores primarias que se distinguem apenas por uma cor. A grande questão seria comprovar quais seriam as cores básicas que faz com que todas as outras cores se tornem possíveis. A definição de quais seriam as cores primarias vem sendo discutido ao longo dos séculos.

A cor pigmento possui uma relação com a luz, pois a cor só se torna visível através da luz que incide sobre ela, Parece

óbvio que as cores tomam da luz

sua variantes: porque todas as cores,

colocadas na sombra, aparecem diferentes do que são na luz.

A

sombra faz a cor

escura; a luz, onde ela atinge, torna a cor clara.

Os

Leonardo Da Vinci já afirmara que o ser visto enquanto não for iluminado e branco era a soma de determinadas colorido. Por conseguinte, afirmam que cores, o que gerou polêmica entre há intima relação entre a luz e a cor, os estudiosos da época, Leonardo em se fazerem visíveis. A importância chegou nessa conclusão devido a uma disto é facilmente demonstrada, pois experiência em que “ao iluminar um quando falta luz não há cor, e quando corpo opaco (branco), de um lado, a luz aparece a cor surge também. com a luz amarela de uma vela e, do (...) (ALBERTI, 1992, p79-82 apud outro, com a luz azul diurna filtrada Pedrosa, da cor a cor inexistente, p49) por um respiro ele percebeu que na parte em que as duas luzes se misturavam filósofos dizem que nada pode

imagem

39

27


surgia o branco.” (PEDROSA, da cor a cor inexistente, p57) devido a isso acreditavam que o azul e o amarelo eram cores básicas que davam origem as outras diversas cores. Essa soma de cores básicas resultando na cor branca é o que física define hoje de síntese aditiva. “Essa descoberta constitui a base de toda a teoria cromática dos tempos modernos” (PEDROSA, da cor a cor inexistente, p57). A partir de 1665 Newton começou a estudar os fenômenos da luz solar como consequência conseguiu decompor a luz branca através de um prisma. (...)

devido ao enfraquecimento da luz branca. Alberti definiu as principais cores sendo quatro, vermelho, verde, azul e cinza considerando a teoria dos quatro elementos sendo eles fogo, agua, ar e terra respectivamente. Leonardo Da Vinci segue o raciocínio de Alberti, porém inverte a cor considerada da terra de cinza para amarelo. Percebia no

seu

quarto

e

para

a

universo,

as

geratrizes

seriam

o

porque com tais cores simples poderiam

deixou

criadas

como

penetrar apenas um raio de sol por uma fresta

que,

vermelho, o amarelo, o verde e o azul, ser

escureceu

Leonardo

produção de todas as cores existentes

as

tanto

cores-luz,

as

coloração da natureza

cores-pigmentos

ou

seja,

toda

a

(PEDROSA, p50)

então colocou um prisma diante

Definitivamente e universalmente recebido que apareceu do outro lado as três cores pigmento primaria do prisma um leque colorido assim as 7 que foram definidas são: amarelo, cores do arco íris criado por um desvio vermelho e azul; as cores pigmento artificial de um raio solar apareceram transparente (impressões nas artes bem definidas um ao lado da outra. gráficas): cyan, magenta e amarelo Newton disse orgulhosamente o arco e as três cores luz primarias definidas íris esta preso e denominou essa faixa de são: verde, vermelho e azul. cores de espectro luminoso. Ele afirmou que as cores tem comprimentos de ondas As experiências de Newton se voltaram diferentes. A luz é uma corrente de basicamente para estudo de refração elementos imponderáveis se movendo a da luz, comprimentos de onda e grau grande velocidade. (PSICODINAMICA de refração correspondente. Após sua DAS CORES EM COMUNICAÇÃO, P68) experiência com o prisma analisou que além do aparecimento das sete cores Ou seja, Newton segue o mesmo do arco-íris cada cor sofreu um desvio pensando de Aristóteles que definiu diferente concluindo assim que as ondas as principais cores sendo sete. O que de maior comprimento como o vermelho os diferencia é que Aristóteles incluiu sofrem um desvio menor, quando o preto e o branco, acreditando que passam de um meio transparente (ar) a mistura do branco com o preto para outro meio transparente (prisma), originariam as demais cores existentes do que as ondas de menor comprimento.

PERCURSO DE PESQUISA

do raio de sol e decompôs o raio de luz

40

imagem

28


imagem

29

As cores não são derivadas das refrações ou reflexões dos corpos naturais como se acredita geralmente, são propriedades que diferem em raios diferentes.

Alguns

raios

tendem a apresentar uma cor vermelha e

imagem

nenhuma outra, outros uma cor amarela

Sabendo que o olho humano só pode perceber as ondas que estão entre 380 e 760 nanômetro ou milimicróns, sendo menos que 380 os raios ultravioletas e mais que 760 os infravermelhos (que não são visíveis por causa da autoproteção do nosso aparelho óptico humano), identificamos o comprimento de onda de cada cor: violeta o que está em um extremo do espectro de 380 a 440 nm, azul de 440 a 485nm, ciano 485 a 500 nm, verde 500 a 565 nm, amarelo 565 a 590 nm, laranja 590 a 625 nm e o vermelho que se encontra do outro extremo do espectro 625 a 760 nm. A delimitação da nossa percepção visual para as ondas que identificam as cores do espectro é devido a forma que o órgão visual desenvolveu para nos proteger de certas radiações luminosas que causariam efeitos maléficos de ações químicas destrutivas dessas radiações luminosas que poderiam causar cegueira.

e nenhuma outra, outros uma cor verde e nenhum outro e assim por diante.

Não

há apenas raios próprios e particulares as cores mais dominantes e sim a todas as

suas

Defende

gradações

intermediáticas

a tese da definição das cores

permanentes

dos

corpos

naturais

por

meio de absorção e reflexão dos raios luminosos ao contrario da cor como propriedade

do

corpo

ele

defende

as

propriedades da combinação de reflexão e

absorção

realizados cores de

dos

pelos

raios

corpos

permanentes

mesma

Luciano, A

qualidade

luminosos

que

sob

conferem

iluminação

(GUIMARÃES,

cor como informação, p20)

Uma das experiências de Newton para entender a respeito dos comprimentos de onda foi ao colocar uma lente de fraca convexidade sobre um vidro plano iluminado por uma luz branca, percebeu desde então que a partir disso surgem anéis concêntricos com as cores do arco íris e que de acordo com a mudança de cor a largura dos anéis se alteram encontrando assim o comprimento de onda varia de acordo com cada cor.

imagem

31

Newton demonstra através de sua curiosidade a respeito da cor experiências e explicações científicas mostrando que a cor é uma ciência e que tudo pode ser explicado, ninguém poderia e nem ousariam duvidar de suas teses, porém surge Goethe com alguns questionamentos por não achar que os estudos das cores deveriam ser vistos apenas por um olhar cientifico, pois a ciência não pode explicar a questão cultural romântica da cor

30

41


e da sensação que ela causa, por isso não se opõe completamente a Newton, mas critica algumas de suas teorias e complementa outras. Goethe acredita que as cores são próprias de cada material e da natureza.

a luz branca ser formada por luzes mais escuras que ela?” (PEDROSA, Israel, da cor a cor inexistente, p65).

Tudo começou desde sua juventude quando se preocupava com as cores e por isso realizava praticas de pinturas e ... eu estava convencido, como todo desenhos, realizou viagens abrangendo mundo, de que todas as cores continham- seus conhecimentos sobre artes plásticas se na luz branca; nunca me disseram e fenômenos físicos técnicos artísticos. outra coisa; e tampouco pude encontrar a menor razão para duvidar disso, por De tudo isso, porém, restava-me apenas não ter penetrado a fundo a matéria. a observação de que os artistas vivos Na universidade, haviam-me ensinado a se valiam unicamente de fórmulas e de física como aos demais, e coube-me ver tradições mal assimiladas e de certo as experiências... (GOETHE, 1968, p19) impulso, de maneira que claro-escuro, colorido e harmonia das cores giravam continuamente dentro deu um circulo...

PERCURSO DE PESQUISA

Goethe então questiona e não admite que a luz branca fosse formada de distintas cores coloridas do espectro, questionava então: “... como pode

que

ninguém

da

42

cor

a

dominar, nem (PEDROSA,Israel, inexistente, p54)

conseguia

transpor os limites cor


Considerava que a cor era um efeito que dependia da luz, mas não era a luz e por isso seguia a teoria da existência de três tipos de cores, sendo elas:

dada pelo cérebro gera uma reação do ser humano, e assim faz avançar a caracterização de cor como sensação transformando-a em percepção.

... primeiramente, como algo que faz parte Nessa ocasião ele separa a cor em: da vista, são o resultado de uma ação e fisiológica, física e química, sendo a reação da mesma; em segundo lugar, como fisiológica a percebida pelo órgão fenômeno concomitante ou derivado de visual, físicas as cores que surgem meios incolores; e , finalmente , como devido aos meios refratores que geram algo que poderíamos imaginar como parte alteração da luz branca e químicas integrante dos objetos. As primeiras sendo propriedades dos corpos e denominamos fisiológicas; as segundas, não da luz que incidem sobre eles. físicas e as terceiras, químicas. (PEDROSA, Israel, da cor a cor inexistente, P55e 56) Nesse momento por ter experiências com pinturas, desenhos e artes Percebemos então que Goethe plásticas, ele assemelha aspectos de complementa aos estudos cromáticos cor e luz, claro e escuro e luz e sombra o órgão visual sendo o fator primordial (diminuição ou ausência de luz), de que possibilita a excitação da cor forma que caracteriza melhor os objetos. (ação) e através de uma resposta

43

imagem

32


Sobre cor e luz: ...

dos olhos, de seu comportamento e suas percepções trouxe um rumo de conhecimento e descobertas diferentes para o estudo cromático, ou seja, através de seu entendimento fisiológico ele afirma que o olho possui uma luz própria por isso conseguimos “ver” mesmo quando há uma diminuição ou ausência de luz, sendo ela natural ou artificial, mas não são simplesmente a presença ou ausência de luz, mas duas cores fundamentais da sintaxe visual: o branco e o preto. Explica então que:

todo branco que escurece turva- se e

torna se amarelo, todo preto que clareia torna se azul. químico o

(...) No

desenvolvimento

dos

pigmentos,

comprovamos

a

coloração

amarela

mesmo:

que

recobre o aço escurece ao mesmo tempo a superfície brilhante.

Ao

transformar-

se o brando de chumbo em massicote, realça o fato de que o amarelo é mais escuto

Israel,

que

branco.

o

(PEDROSA, inexistente, P56)

da cor a cor

Sobre claro e escuro: ... cor que os

De

a

claridade,

constituem, possibilitam

objetos forma

e

que,

Graças

à luz, adapta-se o olho a luz,

a fim de que a luz exterior corresponda a

obscuridade

juntas,

a suas

vista

os

à outra interior... no olho reside uma

a

meios

luz

diferenciar

diversas

baseados

e

partes.

nesses

três

patente

que

estimulo

interior

ato

nossa

de

se ou

excita

ao

exterior.

imaginação,

menor

Como

podemos

produzir na obscuridade as mais claras

fatores, construímos o mundo visível,

imagens.

tornando, possível ao mesmo tempo a

Nos

sonhos, os objetos nos

aparecem como em pleno dia.

pintura, capaz de representar a visão de

Israel,

da cor a cor

(PEDROSA, inexistente, P58)

um mundo muito mais perfeito do que possa ser o mundo real.

(PEDROSA, O órgão visual reage de acordo P56) com as interferências luminosas, e essa reação se da pelo cristalino Sobre luz e sombra: que regula as imagens na retina por contrações e acomodações resultando A luz engendra em si mesma uma cor que em uma sensibilização cromática. A chamamos amarela, e a sombra, outra ótica fisiológica se baseia na questão que denominamos azul. Se em seu estado fotoquímica e fotoelétrica sendo a mais puro amalgamamos estas duas cores, fotoquímica a decomposição de uma obteremos uma terceira, que chamaremos substancia fotossensível em ação da luz verde. Porem, cada uma das duas cores que gera uma excitação nervosa e a primárias podem também determinar em fotoelétrica a absorção da luz que incide si mesma um novo fenômeno, tornando- no globo ocular alterando e ativando se mais densa ou escura, e neste caso as fibras nervosas da retina, sendo toma um tom avermelhado, que é possível essas fibras a fotóptica e escotópica, ou acentuar-se ate o extremo de não se seja, as fibras que possibilitam a visão poder distinguir nela o amarelo e o diurna e noturna respectivamente. azul primitivo. No terreno físico, pode– se obter o vermelho mais vivo e puro A visão diurna é defina como a visão combinando os dois extremos do vermelho colorida, onde há iluminação suficiente amarelado e do vermelho azulado. Este para sensibilizar os cones que estão é o aspecto vivo do fenômeno cromático localizados em diversas zonas da e da produção das cores. (PEDROSA, retina central e predominam na região Israel, da cor a cor inexistente, P56) da fóvea (sensível aos detalhes).

PERCURSO DE PESQUISA

Israel,

da cor a cor inexistente,

O estudo de Goethe em função A visão noturna, ou seja, com baixo 44


índice de luminosidade ou suas de acordo com cada pessoa, isso ocorre variações, sensibiliza os bastonetes que pelo fato da diferenciação de percepção estão localizados na periferia da retina. de cada um quando em contato com a cor e pelo seu estado fisiológico e O que explica esses fenômenos visuais psíquico, ou seja, o cansaço e a fadiga são os níveis de adaptação que os motiva uma hipersensibilidade a cor. olhos tem nos ambientes, mas que são imperceptíveis, só torna-se perceptível Com o desenvolvimento social e os quando há um índice de intensidade avanços dos estudos das cores as fora do normal. Por exemplo: impressões, catálogos e corantes para vendas de tintas podiam alcançar Durante o dia a vista se adapta diversas cores em seus ramos, desde gradualmente aos diversos graus de cores puras saturadas até misturas claridade e das interferências de cores com branco (degradação) e preto ambientais sem que o percebêssemos. À (rebaixamento), porém por não haver noite, raramente nos damos conta se a um padrão de cor e sua designação luz de um local é amarela, azulada ou tornou-se difícil a comercialização, violetada. Essas características são mais providenciaram então exigências para facilmente notadas quando mudamos de classificação precisas que possibilitasse um ambiente , onde nossa vista estava a universalização de cores. A partir adaptada, para outro iluminado com de então surgiram diversos atlas com coloração diferente.” (PEDROSA, especificações de cores para facilitar a Israel, da cor a cor inexistente, P69) comercialização em todos os lugares do mundo. Nesse período Albert Munsell Essa adaptação quando em relação publica uma edição de atlas do sistemas com a cor faz com que os nossos olhos das cores baseando nas concepções se tornem sensíveis às cores contrarias de Helmholtz sobre três características as quais os olhos se adaptaram, a fundamentais da cor e com isso utiliza sensibilidade aumenta conforme a em sua publicação a nomenclatura intensidade ou duração de excitação de: matiz, valor e croma. Sendo: até chegar ao ponto de saturação (excesso). Quando esse fenômeno Matiz a representação da coloração ocorre sobre efeito das cores na retina definida pelo comprimento de as outras áreas reagem de forma a onda determinada pela posição “criar” a cor contraria como forma de da cor no espectro magnético, as equilíbrio, a esse fenômeno chamamos reconhecemos como vermelho, mecanismo fisiológico. Esse fenômeno amarelo, azul, entre outras; não ocorre de modo instantâneo, mas de acordo com o tempo de contato com Valor a luminosidade ou brilho a cor sendo esse tempo variado para da cor (quando se aproxima ao cada cor. Esse retardo de adaptação branco ou preto), classificamos depende da cor, pois ela não é a mesma atenuação ascendentes (clareamento, para os três tipos de células receptoras mais branco) e descendentes existentes identificadas por Young e (escurecimento – mais preto) da cor. Helmholtz sendo elas destinadas a captação das luzes coloridas: vermelho, Croma a saturação ou grau de verde e azul-violetado. Concluindo pureza da cor, a proximidade da cor que o tempo de retardo é mais curto espectral com a sua correspondente para o vermelho do que para o azul. em uma escala de tons de cinza. O tempo de adaptação também varia Após Munsell surgem diversas pessoas 45


que seguem o mesmo raciocínio mas alteram algumas nomeações, exemplo: Varella, altera o valor por brilho e o relaciona apenas em ganhar luminosidade e não em perder também, pois define Munsell que um vermelho com o valor alto se torna rosa enquanto com um valor baixo se torna marrom.

percepção (a consciência de objetos ou acontecimentos exteriores). A psicologia gestaltistas entra com essa percepção diante da união de cor e forma, ou seja, há um suporte recebido pelo estruturalismo proveniente dessa psicologia que se expandiu como um método das artes visuais contemporâneas. A corrente gestaltica utiliza a forma e a cor como “meio de expressão por centralizarem seus esforços no conhecimento da funcionalidade dos elementos estruturais.

PERCURSO DE PESQUISA

A partir disso podemos separar as cores como claro e escuro, de forma genérica as cores claras são as que se aproximam do branco enquanto as cores escuras são as que se aproximam do preto. Então através de uma numeração podemos perceber as duas grandezas e a diferença de luminosidade dos matizes de acordo com a capacidade de cada cor em refletir a luz branca que há em si. Esse valor varia de zero (preto) a doze (branco). Sendo a ordem zero (preto), três (azul violeta),quatro (cyan), seis (verde), seis (magenta), oito (vermelho), nove (amarelo) e doze (branco).

Mas essas definições de cores claras e escuras vão depender dos padrões visuais, pois um objeto pode parecer mais claro devido à cor do fundo em que esse objeto esta inserido. Os fundos escuros vão clarear os objetos de cores aplicados sobres eles enquanto os fundos claros vão escurecer. O uso do preto e do branco são adjetivos fundamentais para as cores. Esse estudo da cor em sua definição experimental é interessante para Perceptivamente, há certa analogia as implicações sensoriais com entre os padrões da cor e os da forma: base em experiências e deduções a alteração por acréscimo, diminuição ou de manipulações das reações de mudança de posição de uma cor em relação um individuo de acordo com as ao conjunto altera também o significado condições que o cerca. “A excitação da estrutura. O que é necessário levar do nervo visual da origem a uma em consideração, com referencia a cor, é sensação visual” (PEDROSA, Israel, que sua capacidade de influencia psíquica da cor a cor inexistente, P91) tende sempre mais os aspectos emotivos, ao passo que a da forma é predominantemente

Com a percepção sensorial há uma memorização, que Wundt e Helmholtz distinguem de: sensação visual (é o resultado de uma estimulação de um órgão sensorial) e

logica.

Assim

como

a

forma

é

percebida em razão de uma diferença de cor ou de luminosidade dos campos que a definem

,

a capacidade expressiva e

comunicativa da cor só aparece através

46


(tamanho,

da forma

outras que trazem melancolia e tristeza, esse é o conhecimento superficial que diversas pessoas apresentam inclusive profissionais, privando-se então de usarem cores que poderiam trazer resultados inusitados e excelentes quando usados corretamente. Existe a “recepção das cores que induzem determinadas interpretações simbólicas” (GUIMARÃES, A cor como informação,P108), como por exemplo o vermelho que remete a uma simbologia de sangue e fogo por isso é associado a uma cor forte e agressiva mas “há um vermelho tomado positivamente e um tomado negativamente, tal como há um sangue tomado positivamente e um sangue tomado negativamente e um fogo tomado positivamente e um fogo tomado negativamente” (PASTOUREAU, Dicionário das cores do nosso tempo, p160-1/ p117)

configuração da

área, repetição, contraste, combinação, proximidade seu

maior

grau

complementa contida

Israel,

semelhança),

e

na

ou

de

eficiência

reforça

forma.

atingindo

a

quando

mensagem

(PEDROSA, P92)

da cor a cor inexistente,

A nossa preocupação deve estar na cor e a forma (ou local) onde esta sendo inserida de forma que esse conjunto gere um processo comunicativo trazendo sensações e

imagem

Concluímos então que ao realizar um projeto deve-se observar o contexto no qual o projeto esta inserido, o objetivo que pretende-se causar e a satisfação do individuo que usufruirá do local planejado, ou seja, se um cliente deseja uma determinada cor para um ambiente cabe aos profissionais contratados o conhecimento necessário para empregar a cor de forma a alcançar o propósito do cliente transformando o significado da simbologia da cor, quando necessário, através de combinações e porcentagens de outras cores ou atenuar matizes para um resultado satisfatório. Não pode-se negar a dinâmica das cores e como elas atuam nas emoções humanas, podemos notar que existem preferencias diferentes de pessoa para pessoa e isso decorre pelo fato da percepção ser distinguir em cada um, desta forma nem sempre conseguimos atingir todo público de maneira igual. Em um mesmo ambiente conseguimos trazer a sensação de maior ou menor, mais baixo ou mais alto somente com o uso e os efeitos cromáticos que alcançamos pela iluminação e saturação de uma cor.

33

informações cromáticas a partir da composição definida para utilização. Uma

composição cromática, como toda

experiência visual, é dinâmica. apresentam

características

As

de

cores peso,

distância e movimento que, combinadas à proporção e localização das formas, constroem

uma

informação

complexa

cuja totalidade provoca reações diversas no

A

observador.

cor

como

(GUIMARÃES, informação, P75)

Da mesma forma que determinada cor pode trazer alegria e inspiração existem 47


PERCURSO DE PESQUISA

EFEITOS VISUAIS

48


imagem

49

34


05

PARTIDO DA ESTRUTURA


“O olho é a janela da alma, é a via principal pela qual o cérebro pode simples e magnificamente julgar as infinitas obras da natureza” Leonardo Da Vinci


Os objetivos desse trabalho se baseiam em qualificar existente do GATMO e beneficiar as pessoas que as

o espaço desfrutam.

Segue carências analisada para proposta:

- Segundo prescrições médicas os pacientes não podem entrar em contato direto com irradiações solares, isso impossibilita que os mesmos usufruam das áreas externas que o conjunto dispõe, posto isto propomos um sistema de proteção sobre as circulações da área externa central que conectam a casa principal do GATMO com os demais anexos, que conduzem as pessoas de um espaço para o outro sob uma área coberta colaborando para que o usuário esteja protegido tanto em dia de sol como em dia de chuva.

imagem

35 Área central onde se encontram as circulações, gatmo

- Conforme o projeto atual as circulações que dão acesso de um edificio para o outro são estreitas e descobertas dificultando a passagem de maneira confortável, nessa situação visamos redesenhar as circulações de acesso da casa de apoio aos anexos existentes de forma que através da ampliação delas o espaço fique mais harmonioso. imagem

52

36 circulações, gatmo


PARTIDO DA ESTRUTURA

imagem

37 Área externa, Vegetação, Gatmo

- O local externo da casa consiste em uma área verde desvalorizada o que ocasiona em uma depreciação no conjunto, por esse motivo produziremos um projeto paisagístico que possa proporcionar locais de permanência. Esse projeto intensificará a cor da vegetação na qual irá se transformar de acordo com as estações do ano, dessa maneira o paisagismo trará um impacto maior do que o edificio e seu pigmento externo. Encontra-se nessa área espaço suficiente para realização de atividades, como por exemplo, uma horta comunitária.

- No período noturno esse conjunto se apresenta de maneira sombria, em razão disso exploraremos estudos cromáticos para os ambientes de maneira que possua interação com a iluminação natural e artificial.

imagem

38 Conjunto visto através da esquadria da área interna do dormitório, Gatmo

53


“Se conhece algo melhor perdoa minha candura se não, desfruta comigo” Goethe


06

COMPATIBILIZAÇÃO PROJETUAL MUSEU BRANDHORTS CENTRO ESPOTIVO E LAZER LOJA COR


MUSEU BRANDHORST

O Museu Brandhorts, seguiu a linha de construção dos outros museus e edifícios do entorno, como exemplo, a altura que os arquitetos seguem coincidindo com o edifício que esta localizada do outro lado da rua. Porém em sua concepção arquitetônica Matthias Sauerbruch explica a necessidade que encontrou de usufruir da cor na fachada do edifício com o intuito de simular uma pintura.

56


MUSEU BRANDHORTS

imagem

39

Arquitetos: Sauerbruch Hutton Localização: Munique, Alemanha Cliente: Staatliches Hochbauamt, Munich Área: 12100.0 m2 Ano do projeto: 2002 Fotografias: Sauerbruch Hutton Fabricantes: Hunter Douglas Brasil

57

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A deslumbrante fachada policromática se destaca aparentando uma enorme pintura abstrata composta por camadas.

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41

A primeira camada: chapas de alumínio perfuradas bicolor colocadas na horizontal para absorver ruídos externos. A segunda camada: trinta e seis varas de cerâmicas de terrart (4cm x 4cm x 110cm) colocadas na vertical em uma diversidade de vinte e três cores separadas em três grupos distintos de cores e tons. imagem

58

42


MUSEU BRANDHORTS O museu é composto em dois volumes, onde possui três espaços de exposições, que são distinguidos pela sua diferenciação de revestimentos, cores e tonalidades.

A parte interna do museu são paredes brancas e pisos de madeira criando uma paleta de cor neutra para expor as obras de arte, enquanto as cores são expostas na parte externa do edifício como uma forma de contemplação e atração do publico.

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A parte externa é composta de trinta e seis mil barras de cerâmica vidradas em vinte e três cores dispostas em três familias de cores que descrevem um volume diferente do exterior.

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45


A impressão que esta fachada causa através de seus contrastes e misturas de cor é a alteração da superfície visível de acordo com a movimentação do observador diante do objeto. A visão de longe mostra uma homogeneidade de cor através da mistura que o olho humano proporciona enquanto a visão de perto mostra as cores em suas identidades i n d i v i d u a i s .

imagem

60

46


MUSEU BRANDHORTS

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47

A imagem que vemos se difere também de acordo com a incidência solar, dependendo do clima a visão que se tem é diferente (fig. 13 e 14).

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imagem

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CENTRO ESPORTIVO DE LAZER

CENTRO

Arquitetos: KOZ Arquitetos Localização: Saint-Cloud, França Arquitetos: Christophe Ouhayoun Nicolas Ziesel Equipe do projeto: Ambrus Evva, François Kharatt Cliente: Delta Fluides Consultor acústico: Delphi Acoustique Área: 1600.0 metros quadrados Ano do projeto: 2009

ESPORTIVO DE LAZER

O projeto é um Centro de Esportes e Lazer, um espaço de atividades em que o uso varia de acordo com a função, possuindo ginásio, área livre, área de lazer e paredes para escaladas. Os ambientes e as atividades são divididos sem terem uma separação, ou uma barreira que impeça a visibilidade dos espaços. As cores são os instrumentos essenciais para a divisão dos espaços delimitando o uso de cada área, de certa forma que os espaços se comunicam entre si através do usuário que visualmente consegue se sentir em dois ambientes diferentes mesmo estando em um só lugar.

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imagem

50

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imagem

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64

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CENTRO ESPORTIVO DE LAZER

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55

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66

56


CENTRO ESPORTIVO DE LAZER

As cores utilizadas são bem saturadas e varia do vermelho ao verde por meio da sequencia espectral, passando do amarelo, rosa e laranja. As cores não são colocadas de forma sutil e em pequena escala, mas é feita com listras grandes de cores vivas tanto na fachada quanto em sua parte interna. Segundo os responsaveis pelo projeto, KOZ arquitetos, essa escolha pelas cores vivas é inspirar a imaginação, criatividade e diversão dos usuários, que são crianças e jovens, até por esse mesmo fator criam amplos espaços como as rampas maiores do que exigido pelas normas.

A cor ajuda na fácil localização e serve como orientação e memorização para as crianças de menor idade. Concluimos a importancia do usuario na concepção do projeto adaptando-o de maneira que facilite o seu uso. As necessidades que devem ser supridas são alcançadas de maneira interativa utilizando o uso da cor ao inves de estruturas para separação de ambientes.

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imagem

58


LOJA

Arquitetos: BLOCO Arquitetos Localização: Brasilia, Distrito Federal, Brasil Arquitetos: Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco

Área: 180.0 m2 Ano do projeto: 2017 Fotografias: Haruo Mikami Fabricantes: Paulo Alves, Suvinil 68


A Loja COR está localizada em uma garagem no subsolo de um centro de compras em Brasília. “O

acesso principal à loja é feito através

de uma antessala escura com paredes, pisos e teto pintados na cor preta.

No

entanto, a partir de um ponto específico de

observação

apresenta

seu

como

espaço

uma

série

interior de

se

paredes

brancas sobre um fundo de piso e teto igualmente

brancos.

totalmente

branco

lentamente revela

O

à

espaço primeira

que

é

vista

“bolsões” coloridos na

medida em que o visitante se movimenta pela loja.

O efeito foi conseguido através

do traçado de linhas de perspectiva que

definem trechos de piso, teto e fundos de

paredes

que

ficam

completamente

escondidos quando observados a partir de um ponto específico na entrada da loja.

Tanto

os fundos das paredes quanto as

áreas definidas por essas linhas receberam a aplicação de diferentes cores. assim, o

expositor

Sendo

uso da loja como um grande colorido

apenas

se

revela

através do movimento do observador por espaço.” (ARQUITETOS, Blocos. 2017. http://www.archdaily.com.br/ br/876202/loja-cor-bloco-arquitetos) seu

Intuito da loja: Promover as tintas da suvinil e expor peças do arquiteto e desing Paulo Alves. Interesse dos arquitetos: explorar a idea da cor como algo palpavel. Proposta: Construir desenhos que só existem a partir de um ponto especifico de observação. imagem

69

59

COR


A

A

Planta

Corte A-A

70

imagem

60

imagem

61

imagem

62

imagem

63


LOJA COR

imagem

64

imagem

65

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71

imagem

67

imagem

68

imagem

69


“Que as figuras, que as cores, que todas as espécies das partes do universo sejam reduzidas a um ponto: que maravilha de ponto” Leonardo da Vinci


07

EIXO DE CONTRUÇÃO


EIXO DE CONSTRUÇÃO

A teoria empregada será a do psicólogo suíço Max Lusher, um dos maiores pesquisadores mundiais. Sua fundamentação teórica se baseia de testes em que os resultados indicam as forças das cores básicas e o estimulo fisiológico que causam nas pessoas de acordo com o modo que a cor é empregada no ambiente projetado. De acordo com Israel Pedrosa em seu livro da Cor a cor inexistente, Lusher afirma que o vermelho puro atua diretamente sobre o ramo simpático do sistema neurovegetativo, acelerando desta forma os batimentos cardíacos e aumentando a pressão sanguínea. Enquanto o azul puro é psicologicamente calmante atuando no ramo parassimpático do sistema neurovegetativo desacelerando o ritmo cardíaco. Todas as experiencias realizadas comprovam o uso das cores na terapia e a importância de utilizar determinadas cores e evitar outras por causa dos efeitos psíquicos e fisiológicos que podem ocasionar. Recomenda-se

não pintar de branco o

teto do quarto onde um doente tenha de permanecer por muito tempo.

Como o

branco reflete intensamente a luz pode ocorrer o fenômeno de ofuscamento que tem a propriedade de ocasionar no doente sensação de cansaço e de peso

na

cabeça

considerando-se

o

fato dele na maior parte das vezes ser obrigado a repousar de costas e

inevitavelmente fixar os olhos no teto.

O um

cansaço que parecia ilógico para indivíduo

em

repouso

encontra

74


assim uma explicação.

O

uso do azul

no forro em substituição do branco e que confere ao paciente sensação de calma tranquilidade e bem estar vem corroborar a opinião de as

reações

corporais

Lusher

do

sobre

indivíduo

determinadas cores. (PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. P107.) a

Para possibilitar o desenvolvimento do projeto serão utilizados softwares que possibilitem a simulação dos ambientes, em duas e três dimensões. Essas simulações são fundamentais para definição de qual o matiz ideal para aplicar em cada tipo de ambiente de acordo com seu uso, para interpretar o estimulo que a cor dará aos usuários daquele ambiente e para realizar o estudo de incidência solar que atingirá as paredes podendo refletir na área interna e trazer outro tipo de sensação, sendo ela desejável ou não para o local estudado. Como sabemos que cores e luzes de equipamentos eletrônicos se diferem da vida real também utilizaremos de uma maquete física para procurar chegar o mais próximo possível das cores que pretendemos dispor nos ambientes. Para melhor visualização das outras interferências arquitetônicas que faremos no local e maior compreensão do contexto, tendo em vista que o conjunto esteja em plena harmonia e atinja o objetivo proposto de qualificar o espaço para melhor permanência dos pacientes em recuperação e seu acompanhantes, além da maquete física e eletrônica, usaremos planta, corte, perspectivas e vista, realizadas nos softwares: Autocad e Sketchup.

75


“De que vale olhar sem ver?” Goethe


08

CONCEPÇÃO


CONCEPÇÃO De acordo com o levantamento de uso analisamos que, o entorno não possui grande infuência em relação ao projeto proposto para o GATMO, devido a isso focamos os estudos apenas na área delimitada. LEGENDA INSTITUCIONAL SERVIÇO SOCIAL HABITAÇÃO ESTUDANTIL ÁREA VERDE (PRESERVAÇÃO)

Levantamento

de

Uso

LOCAL DE ESTUDO

0

78

20

40 60 Metros


Metros

79

Levantamento Topogrรกfico

0 2.5 5 7.5 10


Permanência

CONCEPÇÃO

ANEXO 2

Levantamento Locais

de

QUIOSQUE

COPA

VARANDA

0

5

10

15

Metros

80


0

5

10

15

Levantamento Vegetação Existente

Metros

81


CONCEPÇÃO Para a utilização das cores no projeto a marca de tintas que foi definida para realização dos estudos e definição dos matizes que serão utilizados é a Suvinil.

pois quando decidimos a respeito das cores e das luzes trabalhadas é preciso lembrar a aparencia e a reprodução que elas causarão.

E R S F O C RI A

“A cor é percebida como a resultante Existem lâmpadas mais quentes capazes de da composição de três fatores: reproduzir com maior perfeição as cores uma pessoa, um objeto e uma como se fossem vista a luz natural. A cor fonte de luz.” (Catálogo Suvinil). não é uma característica do objeto por isso muda conforme a luz que recebe. A As cores das paredes internas serão beleza de uma cor depende da fonte de luz. definidas de acordo com cada cômodo, mesmo a luz do dia apresenta seu aspecto levando em consideração o uso do diferente azul ensolarado ou nublado. ambiente e seu tempo de permanência. (PEDROSA, Israel. Da Atualmente as paredes internas são cor a cor inexistente. P93) pintadas de branco tanto na casa de apoio quanto em seus anexos. Um Para melhorar a organização e dos locais em que as paredes brancas manipulação no uso da cor é remetem a um pensamento hospitalar é o corredor da casa de apoio que direciona a sala aos dormitórios, o intuito é retirar essa imagem negativa e permear o ambiente interno para o externo possibilitando uma relação com o paisagismo. As cores podem ser combinadas de forma a trazerem uma harmonia e equilíbrio para o ambiente utilizando quando necessário

S

1imagem 70

variações na sua cromaticidade para adquirir a conotação adequada. separamdo nas paletas cores de tons frias e quentes originados da própria expressão física da cor. Porém a cor pode parecer tanto fria como quente de acordo com a relação que ela terá com as demais cores. Exemplo, a cor verde pode ser fria ou quente isso vai depender de sua porcentagem

Para alcançar o objetivo desejado devemos entender como harmonizar as cores de acordo com que pretendemos e como elas são vistas de acordo com o nosso órgão visual e a luz natural ou artificial. Como já falado anteriormente a luz e a cor devem andar em conjunto, 82


de

azul,

vermelho

e

amarelo. cromático, essas cores funcionam em conjunto de forma a complementar Cores quentes: Vermelho, amarelo a outra e trazer uma harmonia. e as demais que as predominam. Cores frias: Azul, verde e as Cores análogas são as cores vizinhas demais que as predominam. a um determinado matiz escolhido. Como já falamos anteriormente as cores são chamadas de primárias quando as cores são indecomponíveis e quando misturadas produzem as demais cores do espectro. Lembrando que as cores pigmento primárias são vermelho, amarelo e azul.

Tríade são cores que estão equidistantes no círculo cromático. O entendimento das cores e das luzes são importantes para que cada ambiente seja estudado de acordo com sua função para que possa haver uma harmonia entre todo o conjunto.

As cores secundárias são as cores formadas pela mistura das primarias. Essa mistura é feita de maneira

CO RES Q U E N T E

S

imagem

equilibrada

de

ambas

as

71

cores.

As cores terciárias são cores intermediárias entre secundária e a primária. Cores complementares são as cores que estão opostas no círculo

imagem

83

72


CONCEPÇÃO

imagem

73

Esses estudos serão fundamentais na hora de demonstrar as cores nos ambientes abertos em duas dimensões para especificar a composição de cada cor que será utilizada reconhecendo assim a relação entre elas e com a incidencia solar.

De acordo com todo conteudo discutido nos capitulos anteriores iniciamos os estudos para o projeto, através de croquis de organização do espaço externo, modo de representação dos ambientes internos tal como estudo solar com o objetivo de captar os locais que recebem maior incidenca solar proporcionando o uso de cores atenuadas d e s c e n d e n t e s nesse ambientes.

84


A intervenção nos ambientes internos ocorrerá na sala , copa, corredor e dormitórios. Além das cores internas do conjunto, as cores das fachadas serão pensadas de maneira a ter relação com o paisagismo no espaço externo.

Para o paisagismo foi realizado uma planilha de acordo com os portes e época em que florecem, desta mandeira é possivel manusear as arvores e arbustos que serão inseridos nos locais desejados do projeto alcançando o objetivo de cada ambiente. 85


CONCEPÇÃO

86


87


“Porque nada é mais concreto nem mais real do que uma linha, uma cor, uma superficie... uma mulher, uma árvore...” Theo Van Doesburg


09

IMERSÃO NA COR


Planta e

Implantação

0

5

10

15

20

25

Metros

90


91 0

2.5

5

7.5

10

Metros

12.5


Como inicio de concepção foram necessarias após analises das construções existentes, algumas alterações nas disposições dos usos e melhor integração dos espaços internos e externos. Essas alterações aconteceram tambem em relação as esquadrias melhorando o conforto termico e iluminação no ambiente interno.

Na planta original há um quarto no anexo 4 isolado dos demais no qual de acordo com as visitas realizadas foi analizado que dificilmente esse comodo é utilizado devido a distancia que há entre os demais dormitórios. Para melhorar seu uso restringimos o anexo 2 para dormitórios com banheiros e o bazar que

Planta Construir

e

Demolir

As modificações de uso se desenvolveram para que os dormitórios estivessem mais proximos e os comodos internos tivessem maior relação entre si e também com a área externa, por isso a abertura do corredor da casa de apoio para área externa, as remoções de paredes entre a sala e a copa da casa de apoio e a abertura e ampliação de esquadrias para melhor ventilação e iluminação natural.

92

antes estivera no anexo 2 passou a funcionar no anexo 4 no local da lavanderia e a lavanderia ocupou o espaço do antigo quarto de uso. Desta maneira o bazar poderá ser mais proveitoso podendo utilizar da área cimentada que há em frente ao comodo, colaborando para exposições de roupas quando necessario. Após as alterações de configuração dos espaços dos banheiros da casa de apoio foi necessario uma solução para que melhorasse o conforto térmico e a iluminação de ambos. Com a opção de ampliarmos os banheiros não teriamos abertura para parte externa em um dos comodos. A solução tomada foi ampliar as esquadrias e coloca-las na área superior da parede. Como mostra o detalhe a seguir:


Detalhe: Para a realização das demolições das paredes, necessario que seja feito o escoramento das paredes em volta da que será demolida e o escoramento da mesma, garantindo assim, que em caso de alguma parede que esteja sendo demolida seja estrutural não prejudique o entorno da construção existente causando maiores danos. Caso seja encontrado qualquer detalhe estrutural deverá ser feito uma nova sugestão de estrutura.

Anexo 4

Devido ao vão que surgiu entre a sala e a copa após a demolições das paredes achamos necessário manter uma viga entre esse vão ajudando desta forma a descarregar as cargas do conjunto .

Anexo 3

Anexo 1 Anexo 2

Casa 0

2.5

5

7.5

Metros

93

de

Apoio


Após o levantamento dos locais de permanência dos pacientes, novas áreas foram propostas juntamente com o estudo de um paisagismo que possui mudanças cromáticas conforme as estações do ano tornando os momentos dinamicos de acordo com o local em que os pacientes se encontram. Esse dinamismo afeta alguns dos sentidos dos usuários sendo eles a visão e o olfato de acordo com a floração de alguns arbusto perfumados que foram escolhidos para estarem proximos as áreas de permanência.

As áreas comuns de permanencia externas se adaptam ao terreno levemente declinado como estudado no levantamento topográfico e possuem coberturas para que os pacientes não tenham contado direto com os raios solares. A área 1 é um espaço entre o anexo 2 e 3 que não possuia nenhum tipo de uso. A área 2 foi planejada na área central de todo o conjunto.

Área

comum

Área Comum

e

Detalhamento

Como dito anteriormente os pacientes precisam permanecer em repouso absoluto, sendo assim para que a estadia deles não se tornem monótonas, propomos uma horta para o cultivo de frutas e verduras.

94

A área 3 é um dos anexos da casa de apoio que foi criado recentemente e que vamos manter pois é um dos locais de maior permanência dos pacientes. Acrescentaremos apenas alguns arbustos ao seu redor para caracterizar melhor esse espaço. A área 4 foi aterrada podendo ser acessado por escada ou por rampa. Permanecendo a declividade do terreno, em caso de chuva a água poderia escorrer para dentro do espaço aterrado, mas para que isso não suceda foi elaborado uma estrutura na qual impede que a água entre no espaço e em contrapartida faça com que ela desça para terra filtrando-a. (ver corte A-A). A área 5 foi projetada para ser uma extensão da sala e da copa porém na parte externa A área 6 é o unico local interno da casa de apoio onde os pacientes se reunem. Para melhorar esse espaço integramos a sala com a copa e alteramos o tipo de esquadria de janela para uma ampla porta de correr de vidro de maneira a ter integração com a área externa no qual possui uma rampa que os leva para uma outra área comum proximo ao jardim.

1


Horta

Área 1 Área 2 Área 3

Área 4 A

A

Área 6

Área 5

Corte A-A

Croqui Corte A-A

Área 4 - Outono/Inverno95

Área 4 - Primavera/Verão


O paisagismo foi tensionado de maneira a qualificar a área que envolve o GATMO. O campus da USP possui amplas áreas verdes que devem ser preservadas porém de acordo com as visitas realizadas durante o processo de trabalho concluimos que essas áreas não tem sido cuidadas e planejadas, por isso ampliamos o projeto para todas as zonas de necessidades que encontramos ao longo do trabalho.

Croquis realizados para definição de cores e posicionamento do paisagismo localizado na área central no gatmo. As demais vegetações seguem a sequencia utilizada no centro do GATMO.

Sendo uma das premissas ampliar o uso cromático para o paisagismo, o intuito foi traze-lo a escala humana quando proximo das áreas de convivencia, explorancdo seus aromas e colorações. A finalidade no entanto é fazer com que um mesmo ambiente seja percebido de maneira distinta de acordo com a estação do ano.

Paisagismo

Legenda

96


Outono

Inverno Primavera

VerĂŁo

CAIXA D'AGUA

HORTA

97

N


Área 4

Outono/Inverno

Área 3

Área 3

98


Área 4

Primavera/Verão

Área 3

99

Área 3


Todas as construções da USP Fachada Atual possuem as mesmas cores por questões de praticidade conforme conversado com o arquiteto da USP Danilo Vassimon. Para não constrastar com os edificios do entorno mantivemos uma cor com sua tonalidade clara.

imagem

do

Na área central entre a casa de apoio e seus anexos o matiz Composição utilizado nas fachadas foi o verde na fachada com a intenção de “apagar” o volume e ressaltar o paisagismo que é envolvido por essas contruções, sobresaindo assim o efeito das cores utilizadas no projeto.

74

Projeto

dos

matizes

utilizados

Essa proposta teve como referencia a Villa Savoye de Le Corbusier, ao pintar a parte térrea do conjunto para se camuflar em meio a vegetação ao redor e dar destaque a residencia na parte superior.

Imersão

na

cor

da

fachada

A cor da fachada no projeto é um beje que em sua composição possui um matiz vermelho no qual foi escolhido para trazer harmonia Fachada com o marrom que é utilizado na mesma fachada criando a sensação de profundidade, esse marrom em sua composição também possui pigmentos vermelhos por causa da composição da cor da terra da cidade em que esta sendo realizado o projeto que é avermelhada.

imagem

100

75


Elevações Casa

de

Apoio

101


Imersão

na

cor

da

fachada Elevações Anexo 2

102


Elevações Anexos 3

e

4

103


Imersão

na

cor

interna

sala

Alguns ambientes internos tiveram intervenções em sua configuração de uso, porém o estudo cromatico se restringirá na sala, copa, corredor e dormitórios. Os demais ambientes permanecerão da mesma forma que se encontra atualmente. Os banheiros, cozinha e lavanderia possuem um revestimento de azuleijo que não serão modificados no projeto. Das áreas que se desenvolverá os estudos permanecerá o piso e os rodapés ja existentes no momento. As esquadrias da fachada principal da casa de apoio serão da cor da própria madeira na qual terá que ser descascada e invernizada harmonizando-a com o marrom utilizado tambem na fachada da casa de apoio. Atualmente essas esquadrias estão pintadas., por esse motivo teremos que realizar um trabalho pra que ela volte a cor natural da madeira. As demais esquadrias junto com seus caixilhos deverão ser brancos sendo uma extensão do piso e dos rodapés de modo que os mesmos servirão de moldura para as esquadrias devido as cores das paredes que estarão pintados com outro matiz. O matiz principal definido e que será trabalhado nos ambientes internos mais frequentados no GATMO foi o azul. Essa conclusão foi tomada 104

devido ao programa de necessidade encontrada no local que é a recuperação de pessoas após seus tratamentos. Segundo testes do Psicologo Luscher, esse é o matiz mais indicado. Sabendo que o azul atua diretamente no ramo parassimpático do sistema neurovegetativo do indivíduo, ocorre uma reação física no organismo diminuindo sua respiração e ritmo cardiaco. Apartir disso conclui-se que psicologicamente essa é uma cor calmante, porém seu uso em excesso pode se tornar melancólico, por esse motivo trabalharemos com a mistura de outros matizes em sua composição e sua complementar de maneira a harmonizar o ambiente. Para a sala utilizamos três matizes sendo eles: - Um azul com valor baixo, ou seja, um matiz com pouca luminosidade (branco) em sua composição. As paredes que foram pigmentadas com esse matiz foram escolhidas após o estudo solar, na qual concluimos que são os locais que recebem maior iluminação natural apartir das esquadrias existentes e das que foram projetadas. Dessa maneira a um nivel de absorção de luz maior nessa cor pigmento e menos reflexão de forma que essa cor parece mais iluminada do que definitivamente é. - Um azul com valor alto, ou seja, um


matiz com muita luminosidade (branco) em sua composição. A parede pigmentada com esse matiz esta localizada entre as duas demais paredes azuis dessaturadas com preto na qual, após a incidencia de luz sobre a mesma a parte refletida influencia essa parede de maneira a fazer com que ela pareca mais atenuada, pois o valor de uma cor sofre influencia de outra quando colocada no mesmo ambiente. - Um cinza neutro, escolhido para ser utilizado em todos os ambientes de forma que satisfaça de maneira completa o ambiente, pois, um ambiente que possui a utilização de tons na mesma gama pode harmonizar um ambiente de maneira facil porém pode gerar um certo desconforto psicologicamente. O cinza proposto possui em sua composição uma porcentagem de azul, na qual é percebida através de um mecanismo fisiologico isto é de acordo com o tempo de duração do individuo no local sua retina passa por um processo de acomodação em que o orgão visual passa a perceber matizes não percebido anteriormente.

105

Composição

dos

matizes


Para a copa utilizamos de três matizes, sendo eles:

Imersão

na

cor

interna

copa

- Um laranja de valor alto, ou seja, um matiz com muita luminosidade (branco) em sua composição. Esse matiz foi definido por ser a cor complementar do azul. A escolha da cor foi definida para que o ambiente não seja percebido completamente influenciado pelo azul e não se tornar um local melancolico pelo fato de ser um dos locais de maior permanencia dos pacientes. Sabendo que o orgão visual tende a efetuar as cores complementares por se exigirem entre si após uma acomodação da retina, podemos utilizar esse contraste para gerar uma harmonização no espaço até mesmo pelo fato de que o uso de cores complementares no mesmo ambiente acentua o brilho de ambas aumentando assim seu efeito e sua beleza. A utilização de um matiz com valor alto decorreu devido ao objetivo de produzir um efeito mais suave quando observado proximo ao matiz da sala, pois a utilização das cores sem modulações ocasiona um efeito agressivo e violento. - Um laranja de valor baixo, ou seja, um matiz com pouca luminosidade (branco) em sua composição. As paredes pintadas com esse matiz são as mais iluminadas com luz natural após estudos solares, por isso absovem mais a luz do que as refletem. O fato de utilizar mais o preto em sua composição é para que ajude a dessaturar o laranja da outra parede, pois, uma cor pigmento que possui em sua composição muito branco quando em contato com a luz passa a ser raio no qual reflete e fica pulsando na retina do individuo 106

causando cansaço. - Um amarelo de valor alto, ou seja, um matiz com muita luminosidade. Utilizados em pequenos detalhes como na viga que permanece após as demolições que atraves de seu uso cromático divide de maneira indireta os dois ambientes, e na quina do vão que há entre a copa e a cozinha. Essa cor foi utilizada devido a sua relação com o laranja. Essas são chamadas de cores análoga ou cores vizinhas. O motivo pelo qual o amarelo utilizado deve ter muito branco em sua composição é para que quando esteja em contato com muita iluminação a percepção que poderão obter dele é um branco. Pois a cor mais iluminada do espectro é o amarelo, tanto que após experiencias realizadas Goethe chegou a conclusão através do desenvolvimento quimico da cor, que todo branco que escurece turvase e se torna amarelo.

Composição

dos

matizes


107


Referência Utilizada

Corredor

Quando utilizamos cores claras para ampliar o ambiente devemos ter cuidado com o matiz escolhido e qual o uso do ambiente (se é um lugar de maior ou menor permanencia), pois quando se pretende ampliar normalmente utilizase de tons pasteis no qual não são as cores ideais apesar de atuamente serem muito vendidos no mercado. O fato de não serem adequadas, para ambiente de longa permanência, é pelo motivo que em sua composição não possui preto, ou seja, a cor na qual esta sendo vista fica pulsando todo o tempo na retina do observador Mantivemos as paredes laterais no qual gera um cansaço fisiologico. seguindo a sequencia da parede da sala logo ao seu lado utilizando o cinza neutro e para teto e fundo do corredor, utilizamos um azul saturado com verde com o objetivo de alargar o corredor nas laterais e trazer o fundo pra mais perto, ou seja, aproximar cada vez mais a relação da área externa com a interna, pois segundo Kleper as cores escuras diminuem o ambiente enquanto as claras ampliam devido a dilatação que ocorre na retina nos pigmentos claros e fazem com que elas pareçam maiores.

Imersão

na

cor

interna

Para o corredor que, outrora era todo branco porém devido a pouca iluminação se tornava um ambiente escuro e semelhante a um corredor de hospital, realizamos a abertura de uma esquadria no final do corredor que da acesso da casa de apoio a área externa no fundo da casa, onde se encontram a maioria das áreas comuns de permanência. Anteriormente esse acesso só era possivel através da saída da cozinha e com isso precisava dar a volta na casa para chegar nesse lugar.

108


Composição

109

dos

matizes


Dormitórios 1 2 3 interna

Para escolha dos matizes o raciocinio se desenvolveu a partir da recomendação do Psicologo Luscher que através de uma experiencia em um hospital discursou sua recomendação do uso da cor azul no forro de um local onde existe pessoas em recuperação ao inves do branco, pois, pelo fato do branco refletir intensamente a luz que incide sobre ele ocorre o

Imersão

na

cor

Na casa de apoio possuimos três dormitórios nos quais utilizaremos os mesmos matizes. Esses quartos são os que possuem medidas maiores que os demais localizados nos outros anexos. Por esse motivo utilizamos matizes mais escuros de maneira a trazer a sensação de um quarto menor para que a percepção ao entrar nesses três dormitórios e depois entrar nos demais seja o de parecer tamanhos semelhantes, atribuindo assim a igualdade dos usuários para que ninguem se sinta prejudicado por estar em um quarto bem menor que outros.

110

fenômeno de ofuscamento que possui a propriedade de ocasionar sensação de cansaço no doente. Como dizia Léger “... a cura pelas cores, um domínio desconhecido...” A vista disso partimos de utilizar o forro azul profundo e aplicamos um rodateto de mesma cor assimilando a percepção de caixa fechada pra trazer a sensação de um local seguro. O mesmo azul utilizado no teto desce para a parede que recebe maior iluminação natural do quarto. Em contrapartida a que recebe menor iluminação foi pigmentada com um cinza neutro e as demais paredes utilizamos um azul saturado com vermelho aproximando de um matiz arroxeado na qual é a cor analoga do azul trazendo uma harmonia retratando um olhar mais romantico da cor que gera um modo de sensação distinto, segundo Goethe.


Composição

dos

matizes

111


Dormitórios 4 5 6 interna

Imersão

na

cor

Os dormitórios do anexo 2 são os menores de todo o conjunto, por isso utilizamos de cores mais iluminadas. Para trazer uma sensação de amplitude mas não sair do objetivo proposto para os dormitórios utilizamos no forro um azul saturado com verde o mesmo utilizado no forro do corredor da casa de apoio e nas paredes interna utilizamos o azul saturado com verde porém utilizando mais branco em sua composição no lugar do preto para clarear um pouco mais o ambiente e o cinza neutro nas paredes menos iluminadas contribuindo para que não haja o ofuscamento pela utilização de muito branco no ambiente e possibilite uma

112

compensação. A mistura desses dois matizes permanecem seguindo o conteudo do trabalho, pois a escolha do verde decorreu devido ao seu simbolismo de equilibro no qual se concluiu devido ao seu posicionamento e no centro do espectro.


Composição

dos

matizes

113


Dormitórios 7 8 interna

Os dormitório do anexo 3 possuem tamanhos semelhantes porém o quarto 8 recebe maior iluminação do que o quarto 7, por isso a cromaticidade foi trabalhada de maneira diferente entre eles.

Composição

dos

matizes

Imersão

na

cor

No quarto 7 que possui menor iluminação mantivemos o forro igual a dos quartos do anexo 2, porém descemos o mesmo matiz para a parede mais iluminada do quarto e as demais com o cinza neutro ja explorado nos demais ambientes.

114


No quarto 8 por possuir maior iluminação natural devido as duas janelas que se encontram no espaço, exploramos as mesmas composições utilizadas nos dormitórios da casa de apoio porem com uma parede a mais de cinza neutro de maneira que amplie o comodo para quando equiparado com os demais comodos aparentam ter as mesmas dimensões. Composição

115

dos

matizes


Considerações Finais

116


Pretendo com esse projeto ter ampliado o modo de pensar dos leitores no que se diz respeito ao uso cromático no ambiente, pondendo aplica-lo em um novo espaço ou em um local ja existente como fora discutido ao longo do trabalho. Com as combinações conscientes de cada matiz podemos expandir seus efeitos, e alterar as percepções e reaçoes dos individuos que usufruem do espaço projetado.

117


“A leitura de todos os bons livros é como uma conversa com os melhores espíritos dos séculos passados, que foram seus autores, e é uma conversa estudada, na qual eles nos revelam seus melhores pensamentos.” René Descartes


10

PARÂMETRO LITERÁRIO


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http://www.casadabarbie.com/escolha-a-tinta-certa-para-cada-ambiente-interno-dacasa/ - Imagens 23 a 25 – Raios luminosos. Acesso em: 01/03/2017. Disponível em: Da cor a cor inexistente. - Imagem 26 – Exemplo Cor Luz. Acesso em: 10/09/2017. Disponível em: https:// www.airgunacessorios.com.br/lanterna-uniquefire-luz-verde-501b-300l-1-modo - Imagem 27 – Cor Pigmento e Cor Luz. Acesso em 07/06/2017. Disponível em: https://br.pinterest.com/explore/mistura-de-cores-de-tintas/?lp=true - Imagem 28 – Decomposição Luz Branca. Acesso em 09/06/2017. Disponível em: http://ventosdouniverso.blogspot.com.br/2012/01/uma-historia-da-luz.html - Imagem 29 – Refração da Luz. Acesso em: 09/06/2017. Disponível em: https:// sq.wikipedia.org/wiki/Optika - Imagens 30 e 31 – Aneis de Newton. Acesso em 01/03/2017. Disponível em: Da cor a cor inexistente. - Imagem 32 – Espectro Visivel. Acesso em: 30/03/2017. Disponível em: http:// knoow.net/cienciasexactas/fisica/espectroeletromagnetico/ - Imagem 33 – Claro/Escuro. Acesso em 09/06/2017. Disponível em: https:// br.pinterest.com/ - Imagem 34 – Efeitos visuais usando cor no ambiente. Acesso em: 20/06/2017. Disponível em: http://www.qualiresidencial.com.br/como-decorar-sua-casa-usandotintas-de-cores-vivas/ - Imagens 39 a 48 – Museu Brandhorts. Acesso em 30/03/2017. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/759048/museu-brandhorst-sauerbruch-hutton - Imagens 49 a 58 – Centro esportivo e lazer. Acesso em 30/03/2017. Disponível em: http://www.archdaily.com/36552/sports-and-leisure-center-in-saint-cloud-kozarchitectes - Imagens 59 a 69 - Loja Cor. Acesso em 02/08/2017. Disponível em: http://www. archdaily.com.br/br/876202/loja-cor-bloco-arquitetos. - Imagem 71 – Circulo Cromatico. Acesso em 25/06/2017. Disponível em: http:// ladobgrafica.com.br/cores-quentes-e-frias/ - Imagem 72 – Cores primarias, secundarias e terciarias. Acesso em 25/06/2017. Disponivel em: http://manualdoartista.com.br/cores-primarias-secundarias-e-terciarias/ - Imagem 73 – Cores Complementares, analogas e triade. Acesso em 25/06/2017. Disponivel em: https://www.eduk.com.br/blog-artesanato-e-ponto/guia-pratico-decombinacao-de-cores/ - Imagem 75 – Villa Sovoye, Le Corbusier. Acesso em: 25/06/2071. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Villa_Savoye

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