Centro de saúde e bem-estar de animais domésticos abandonados

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“A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.” Charles Darwin


CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO ANIMAIS

DE SAÚDE E BEM-ESTAR DE DOMÉSTICOS ABANDONADOS LARISSA INGRID RAMOS

RIBEIRÃO PRETO 2017



LARISSA INGRID RAMOS

CENTRO ANIMAIS

DE SAÚDE E BEM-ESTAR DE DOMÉSTICOS ABANDONADOS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Professor Gabriel Vendrúscolo de Freitas.

RIBEIRÃO PRETO 2017



DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

Dedico esse trabalho aos meus pais Alessandra e Vagner Ramos, e a minha irmã Lorena Ramos, vocês são minha fortaleza, obrigada pelo apoio, incentivo, ajuda, compreensão e amor. E dedico a todos os animais abandonados, pelos quais tenho imensa compaixão.

Agradeço aos meu pais, que sempre me acalmaram nos momentos difíceis, me apoiaram e fizeram de tudo para que eu pudesse realizar os meus sonhos, a minha irmã por ter me ajudado em todos os trabalhos e ter me dado apoio quando eu mais precisei, e ao meu namorado Diego, por aguentar firme mais uma etapa da minha vida comigo, eu amo vocês. Aos meu animais (Kika, Bobby, Luly, Ivy e Lila) por me mostrarem o amor mais puro que existe e serem as fontes de inspiração para esse trabalho. Agradeço as amizades que cultivei durante esses cinco anos, as quais levarei para o resto da vida, em especial a Mariana, Adisson, Thais, Josi, Karoline e Rafaela, obrigada por compartilharem comigo alegrias e tristezas e me aguentarem todos esses anos. Ao meu orientador Professor Gabriel Vendrúscolo, pelo apoio, dedicação e conselhos, a minha avaliadora Professora Alexandra Marinelli , e a todos os professores da instituição que contribuíram para minha formação.



RESUMO

ABSTRACT

O presente trabalho desenvolve, por meio da arquitetura, o projeto de um centro de acolhimento voltado para saúde e bem-estar dos animais abandonados na cidade de Sertãozinho. Possuindo uma proposta de integração entre o verde da área do do entorno e o centro.

The present work develops, through the architecture, the design of a shelter centre with focus on the health and welfare of abandoned animals in the city of Sertãozinho. This work aims to present a proposal of integration with the vegetation around the area and the shelter.


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 13 1. O BEM-ESTAR ANIMAL 15 2. O HOMEM E O ANIMAL 17

2.1 O abandono, os abrigos e os tratamentos 18

3. O CCZ DE SERTÃOZINHO 23 4. ACOMODAÇÕES DE CLINICAS E ABRIGOS 25

4.1 Diretrizes de projetos físicos de unidades de controles de zoonoses 27 4.2 Acomodações de Canis e Gatis 28


5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 31

5.1 Animal Refuge Center 32 5.2 Centro de Bem Estar Animal “La Perla” 36 5.3 Animal Care Center & Community Center 40

6. ÁREA DE INTERVENÇÃO 45 6.1 A Área 46 6.2 Levantamentos 47 6.3 O Terreno 50

7. PROGRAMA DE NECESSIDADES 53 8. O PROJETO 55 8.1 Memorial 75

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 78


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APRESENTAÇÃO O presente trabalho tem como objetivo a criação

assim o aumento de natalidade dos animais)

de um novo espaço para o acolhimento e tratamento

e colocando-os em abrigos para as futura

de cães e gatos abandonados na cidade de

adoções, tudo organizado por uma infraestrutura

Sertãozinho, retirando-os do Núcleo de Zoonoses

adequada e que possa eficientemente atendê-los.

existente na cidade, onde os animais recolhidos são mantidos sem locais para recreação e sem a preocupação do seu bem estar, e acolhendo-os em um novo centro. O seguinte tema surgiu devido à preocupação e compaixão pelos animais abandonas, que na maioria dos casos nascem e morrem nas ruas passando necessidades. O proposta inicial é a integração da área do entorno (parque linear) com o centro. O projeto visa proporcionar ambientes confortáveis e de qualidade para a recuperação dos animais através da elaboração de uma Clínica Veterinária, para procedimentos padrões e pequenas cirurgias caso seja necessário (como a castração, evitando

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1. O BEM-ESTAR ANIMAL A maior contribuição da ciência do Bem-Estar Animal com estudos e pesquisas, é a ampliação de uma nova visão do homem sob o animal, criando assim uma mudança na questão da forma como eles são percebidos, tratados e atendidos nas suas necessidades. Essa ciência desenvolveu um olhar apurado do homem, levando-o a perceber que os animais precisam mais do que necessidades e cuidados básicos, como água e comida. Os animas, principalmente os mamíferos que convivem com o homem, são inteligentes e sentem emoções ricas, comunicam-se de forma intrínseca, pensam e agem, são conscientes do que acontece ao redor, são incapazes de ficar isolado sem traumas. Segundo o Conselho para o Bem Estar de Animais de Fazendas na Inglaterra, as condições de qualquer animais, até mesmo de animais domésticos devem seguir condições mínima para garantir o seu bem estar em um abrigo, podendo ser medidas da seguinte forma:

– Livre de fome e de sede – pelo fornecimento de água fresca e uma dieta balanceada que mantenha os animais saudáveis e vigorosos; – Livre de dor, lesões e doenças – pela prevenção ou rápido diagnóstico e tratamento; – Livre de medo e estresse – assegurando condições e tratamento que evitem sofrimento mental; – Livre de desconforto – providenciando ambiente apropriado, incluindo abrigo e área para descanso confortáveis; – Livre para expressar comportamento normal – providenciando espaço suficiente, proporcionando atividades e companhia apropriada de animais de sua própria espécie. (defensoresdosanimais,2012)

A curto prazo, para evitar animais abandonados nas ruas, temos os abrigos como solução, tais abrigos devem ser estruturados e planejados, para garantir bem estar e conforto, mas é preciso como principal objetivo recolocar esses animais em lares adotivos definitivos para que o abrigo por mais planejado que seja não se torne um local permanente.

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2. O HOMEM E O ANIMAL O relacionamento humano com animais domésticos é muito antigo, e as pessoas precisam dos animais em suas vidas. Até recentemente, a maioria dos especialistas acreditava que os seres humanos e os cães já viviam juntos, mas uma pesquisa mais recente do DNA dos cães provou que seres humanos e cachorros podem estar convivendo há mais de cem mil anos. (GRANDIN; JOHNSON, 2006, p. 185-186)

A relação entre homem e animal foi baseada na necessidade de sobrevivência do ser humano em se alimentar, se aquecer e se proteger. Cães vigiavam aldeias, ajudavam na caça e pastoreio e os gatos eram bem-vindos para exterminar ratos e outras pragas, além de sua notoriedade mística. Por conta disso os animais eram fundamentalmente prestadores de serviços. Hoje em dia esse caráter utilitário deixou de ser predominante na relação. O homem começou a se relacionar com os animais domésticos muito mais por uma necessidade emocional. A convivência com animais pode ajudar o

homem a buscar a sua própria identidade, conhecer suas ambições e a definir seus princípios. Segundo pesquisas feitas por Barker: Á melhora psicológica e emocional do convívio homem e animal de estimação, revelando que a maioria dos proprietários de cães e gatos afirmou que a qualidade de vida melhorou após a introdução dos animais de estimação, sendo observado também, uma diminuição das tensões entre os membros da família aumentando a compaixão inclusive no convívio social. (Barker, 1998, p. 797-801)

Hoje em dia frequentemente o cachorro ou gato são considerados parte da família, muitas pessoas aproveitam a companhia de um animal de estimação e não pensariam nem por um segundo na possibilidade de se desfazer deles.

Entretanto, a

convivência entre pessoas e animais nem sempre é um sucesso e em alguns casos a relação fracassa, surgindo assim animais abandonados.

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2.1 O abandono, os abrigos e os tratamentos Segundo a Organização Mundial de Saúde só a propagação descontroladas, gerando assim no Brasil estima-se que há entre 10 milhões de consequentemente o abandono desses animais. gatos e 20 milhões de cães. Nas cidades de porte grande como São Paulo existe para cada cinco habitante um cachorro, dos quais, 10% são animais abandonados, em muitas cidades o número chega a um cachorro para cada quatro habitantes. Para os proprietários pode ser muito difícil abandonar um animal, mas para o animal o abandono é só o começo de um caminho difícil, em que muitas vezes o final não é feliz, pois a adoção de animais de rua é de 38% para gatos e 45% para cachorros. Os restantes de cães e gatos continuaram abandonados, passando por necessidades nas ruas ou vivera o resto da vida em associações protetoras, onde o animal por ser confinado por tantos anos passa por extremo estresse por ser isolado. (Coronato ,2016)

Uma pesquisa feita nos

Estados Unidos,

envolvendo cães e gatos, mostram os motivos que levaram os proprietários a abandonar seu animal em abrigos: Cães 20,0% - Destrutivo dentro de casa 18,5% - Suja a Casa 12,6% - Destrutivo fora de casa 12,1% - Agressivos com pessoas 10,9% - Requer muita atenção 10,7% - Late ou uiva muito 09,7% - Morde 09,0% - Desobediente

Uma forma de diminuir a população de animais

abandonados a longo prazo é a castração, pois metade da população do Brasil donos de cães e 18

gatos não castram seus animais, levando assim

Gatos 37,7% - Suja a casa 12,6% - Destrutivo dentro de casa 11,4% - Destrutivo fora de casa 10,9% - Agressivo com pessoas


08,0% - Não adapta com outros animais

os abrigos, pois a situação dos que se encontram hoje

08,0% - Morde

na as grande maioria são dramáticos, onde as vezes

06,9% - Requer muita atenção

os abrigos para cães e gatos tornam-se deposito de

06,9% - Não amistoso 04,6% - Eutanásia por motivos de comportamentos

animais. Casos ondem pessoas abrigam animais sem possuir estrutura necessária resultando em animais

04,6% - Ativo demais

doentes, famintos e psicologicamente degastados.

(Coronato ,2016)

Devemos pensar em abrigos como apenas locais de passagem, reforçando a importância da adoção.

Para que os animais não sofram em abrigos, um conceito básico é aquele que prevê em sua funcionalidade e espacialidade que é necessário além de atender suas necessidades alimentares, de saúde

Embora existas tais casos, é possível planejar e manter um abrigo onde seja um lugar bom para os animais morarem. A principal atividade do abrigo a de resgatar os

e higiene, fornece também um ambiente que supra cães e gatos de rua, abandonado, feridos e doentes, suas necessidades psicológicas, comportamentais trata-los até sua recuperação, castrando-os e e sociais, proporcionando estímulos, afeto e disponibilizando-os para adoção, ou garantindo-lhes socializando-os com outros animais e pessoas. Um total assistência até o final de sua vida caso fiquem modelo de abrigo que entenda a percepção que os no abrigo. A aceitação de novos animais deve ser animais possuam vida mental complexa. Todo cuidado deve ser tomado na hora de projetar

motivo de análise e planejamento. Antes de recolher, é preciso verificar se há vagas, considerando o limite de capacidade do abrigo em função do espaço.

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Em um longo período de tempo o animal em

Cada animal que entra no abrigo deve ser

isolamento em um abrigo pode ficar estressado e examinado por um médico veterinário para saber ter alterações de comportamento, desde as mais o seu estado de saúde e qual tratamentos utilizar, leves até as mais agressivas.

depois classificado em categorias como saudável,

Um dos tratamentos que os abrigos devem fornecer é a educação/adestramento para diminuir os riscos de animais adotados serem devolvidos ou

lesionado, saúde moderada, saúde grave ou doença infecciosa, para saber o destino de seu recinto. Após a avaliação é classificado o estado de

novamente abandonados, auxiliando na integração saúde dos cães e gatos, todos os animais devem do animal à família.

ser colocados em canis/gatis individuais para

Nos abrigos a entrada e a saída de dos animais devem ser controlada, todos os animais devem ter sua ficha individual, onde constará seu histórico, com todas as informações dele, desde o dia de sua entrada até sua saída (por adoção ou morte). Devem ter recintos espaçosos, individuais e coletivos com os nomes de seus ocupantes e quaisquer outras informações básicas necessárias (como 20

prescrição

de

medicamentos,

problemas de comportamento).

dieta,

quarentena, cães por um mínimo de 10 dias e gatos por um mínimo de 14 dias, sendo imediatamente tomadas as providências com cuidados e tratamento veterinário, no caso de animais que não estejam saudáveis. Qualquer animal que, nesse período, apresentar sintoma de doença infecciosa deve ser mantido em quarentena por no mínimo 21 dias (período de incubação da maioria das doenças infecciosas). Esse tempo, no entanto, pode ser ajustado para mais ou para menos, de acordo com o período de incubação das doenças infecciosas


prevalentes na região em que se encontra o abrigo. lares, se dá através do planejamento de programas de É fundamental que haja uma área específica para quarentena no abrigo, longe das áreas comuns. É essencial que não haja nenhum contato entre animais em quarentena e aqueles dispostos para adoção, evitando o contagio de doenças. O período em quarentena oferece a oportunidade de avaliar o animal em relação a problemas saúde ou de comportamento. Essas informações ajudaram no planejamento de seu agrupamento com outros animais nas instalações coletivas e na adoção para novos lares.

adoção permanentes, uma das metas prioritárias de abrigos. Essa recolocação deve ser realizada o mais breve possível, sendo tomados todos os cuidados para que seja garantido ao animal, no novo lar, o atendimento a suas necessidades básicas, inclusive de afeto e atenção. Em novos lares selecionados, os animais poderão ter uma nova chance de conviver intimamente com uma família, condição que, por se tratarem de espécies sociais e de convívio afetivo com grupos humanos há séculos, apresenta-se como uma de suas necessidades, garantido a ele uma vida segura e sem sofrimento.

Após o período de quarentena, e antes de passarem aos canis/gatis definitivos, os animais devem ser novamente examinados pelo médico veterinário, vacinados e limpos de parasitas externos. Após abrigar os animais e os tratamentos necessários, eles devem ser colocados para adoção responsáveis. A recolocação de animais em novos

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3. O CCZ DE SERTÃOZINHO Visita realizada em: 03/04/2017

Implantação:

Foi realizado uma visita no Núcleo de Zoonoses de Sertãozinho, afim de conhecer mais de perto o funcionamento desse equipamento e como os animais são mantidos. O Núcleo está localizado na Avenida Francisco Ferreira dos Reis, 890, umas das avenidas principais da cidade, com fácil acesso. O programa do centro divide-se em, um canil, uma área de estábulos, o centro de zoonoses e o centro de controle de vetores. A cidade conta com apenas um Núcleo de Controle de Zoonoses, onde os animais recolhidos são mantidos, com acomodações mínimas sem locais

Fonte: Arquivo Pessoal

para convivência ou interação.

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Foto 1: Abrigo (Canil e Gatil)

Foto 2: Solário do Abrigo- Canil

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Foto 7: Centro de Zoonoses

Foto 8: Estábulos

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

As imagens mostram como os animais são mantidos no local, não havendo lugares adequados para os gatos, que são mantidos em gaiolas, sem Foto 3: Solário do Abrigo- Canil

Foto 4: Abrigo - Canil

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

gatis para recreação ou banhos de sol, e o único espaço de recreação para os cães são os solários, mal cuidados, sem um local para brincar ou correr. No abrigo os animais não recebem os cuidados necessários, pois pela visita foi possível notar o alto nível de estresses dos cães que são confinados por

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Foto 5: Abrigo - Gatil

Foto 6: Controle de Vetores

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

muito tempo.


4. ACOMODAÇÕES DE CLÍNICAS E ABRIGOS De acordo com a norma técnica referente a instalações de estabelecimentos veterinários, os estabelecimentos de caráter médico veterinário para atendimento de animais poderão localizar-se no perímetro urbano. Consideram-se clinicas veterinárias: O estabelecimento onde os animais são atendidos para consulta, tratamento médico e cirúrgico: funciona em horário restrito, podendo ter, ou não, internação de animais atendidos. (DECRETO Nº 40.400, 1995)

As instalações mínimas para funcionamento de uma clínica veterinária são: recepção, sala de consulta, sala de cirurgia, sala de curativos, antecâmara, sala de abrigo onde repousarão os animais internados, sala de resíduos sólidos e sanitários. I - Sala de recepção e espera: destina-se

à permanência dos animais que aguardam atendimento; deve ter acesso diretamente do exterior; sua área mínima deve ser 10,00m² sendo a menor dimensão no plano horizontal

não inferior a 2.50m; as paredes devem ser impermeabilizadas até altura de 2.00m. II - Sala de consultas: destina-se ao exame clínico dos animais; deve ter acesso direto da sala de espera; sua área mínima deve ser 6,00m². III - sala de curativos: destina-se à prática de curativos, aplicações e outros procedimentos ambulatoriais: obedece às especificações para a sala de consultas. IV - Sala de cirurgia: destina-se à prática de cirurgias em animais; a sua área deve ser compatível com o tamanho da espécie a que se destina, nunca inferior a 10.00m², sendo a menor dimensão no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; seu acesso deve ser através de antecâmara. V- Antecâmara: compartimento de passagem; sua área mínima deve ser 4.00m². VI - Sala para abrigo de animais: destinase ao alojamento de animais internados; nela se localizam as instalações e compartimentos de internação; seu acesso deve ser afastado das dependências destinadas a cirurgia e laboratórios; deve ser provida de instalações necessárias ao conforto e segurança dos animais e propiciar ao pessoal que nela trabalha condições adequadas de higiene e segurança. Vll - abrigo para resíduos sólidos: destinase ao armazenamento de resíduos sólidos gerados

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no estabelecimento enquanto aguardam a coleta; deverá ser dimensionado para conter o equivalente a três dias de geração; sua área mínima deve ser 1,00m².

pintura antiferrugem; não pode ser superposta a outra gaiola nem o escoamento das águas servidas pode comunicar-se diretamente com outra gaiola;

(DECRETO Nº 40.400, 1995)

(DECRETO Nº 40.400, 1995)

As condições mínimas para o abrigo de cães e gatos permanentes do centro após os tratamentos são: Canil: o compartimento destinado ao abrigo de cães; deve ser individual, construído em alvenaria. com área compatível com o tamanho dos animais que abriga e nunca inferior a 1,00m²; as paredes devem ser lisas, impermeabilizadas de altura nunca inferior a 1,5m; o escoamento das águas servidas não poderá comunicar-se diretamente com outro canil: em estabelecimentos destinados ao tratamento de saúde pode ser adotado o canil de metal inoxidável ou com pintura antiferrugem, com piso removível; em estabelecimentos destinado ao adestramento e/ou pensão pode ser adotado o canil tipo solário, com área mínima de 2,00m², sendo o solário totalmente cercado por tela de arame resistente, inclusive por cima;

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Gaiola: a instalação destinada ao abrigo de gatos e outros animais de pequeno porte; deve ser construída em metal inoxidável ou com


4.1 Diretrizes de projetos fisicos de unidades de controle de zoonozes De acordo com as diretrizes para projetos de zoonoses da Funasa, blocos administrativos devem conter: I-Recepção/hall: ambiente destinado ao atendimento do público, incluindo atividades de triagem, registro do animal e pagamento de taxas; prever balcão para atendimento; II-Secretaria: ambiente destinado aos serviços administrativos; III-Documentação/telefonia: ambiente destinado à guarda dos arquivos e serviços de telefonia; IV- Diretoria – ambiente destinado à direção do UCZ, composto por Sala de diretor com sanitário anexo e sala de reunião; V-Sanitário para funcionários – feminino e masculino; VI-Sanitário para público – feminino e masculino; VII-Copa - prever bancada em inox com cuba, instalação para fogão e geladeira; VIII-Área de serviço – local com tanque e interligado à copa, com previsão de armário para guarda do material de limpeza em uso; prever local para botijão de gás; (Funasa, 2002)

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4.2 Acomodações de Canis e Gatis A recomendação do tipo de canil e gatil individual iluminada. Além da área coberta, cada cão e gato ou coletivo vai depender de inúmeros fatores. requer também uma área aberta para banho de sol Para canil coletivo é recomendado mantê-los em e pequenos exercícios como os solários. pequenos grupos de dois, três e até quatro animais. Já para Gatil coletivo o número pode chegar até 50 animais.

Para os cães e gatos é recomendado:

Canis e Gatis individuais devem ser usados,

preferencialmente, para fêmeas em gestação ou com filhotes, animais com comportamento agressivo que não se adaptam à companhia de outros, animais feridos ou em tratamento e animais com doenças infectocontagiosas que precisam passar pela quarentena. Cada cão deve dispor de um mínimo de 2 metros quadrados de área coberta para descanso e abrigo das intempéries, já a área fechada mais a área aberta para banho de sol e exercício devem

Canis e gatis coletivos: devem dispor de área coberta, para descanso e proteção das intempéries também, e área aberta (solário), para banho de sol e pequenos exercícios. O espaço mínimo requerido para cães e gatos que vivem em grupos é o mesmo que o requerido para um cão ou gato que vive em canil individual. Os animais só devem ser alojados em canil coletivo após cumprirem seu tempo na área de quarentena, com um mínimo de 10 dias de isolamento. Cuidados devem ser tomados para que não sejam reunidos animais incompatíveis quanto à faixa etária, porte e comportamento, pois pode ser gerados autos níveis de estresse. Para gatos o tamanho máximo de um

ter um mínimo de 2,2 metros cúbicos. A área grupo é de 50 animais, mas grupos menores são 28

coberta para descanso deve ser bem ventilada e recomendados.


A soltura diária dos cães e gatos, seja na forma de passeio individual ou reunidos coletivamente numa área livre para a recreação, para que possam brincar, correr, se exercitar e interagir, é imprescindível para a redução do nível de estresse, que normalmente ocorre no cativeiro, e para atender a suas necessidades básicas.

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5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS

As três referências projetuais apresentadas são internacionais, sendo uma de Amsterdam (Animal Refuge Center) possuidor de

um sistema de

recreação funcional, uma referência de Medellin, Colombia (Centro de Bem Estar Animal “La Perla”) com um sistema modular de canis eficiente, e uma referência de Los Angeles (Animal Care Center & Community Center) envolvida por um parque convidativo.

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5.1 Animal Refuge Center Localizado em Amsterdã, na Holanda, e com recolhidos recebem atendimento médico, na um custo de 4,1 milhões de euros, o projeto dos Clínica Veterinária do abrigo, e são colocados em arquitetos Piso Arons e Arnoud Gelauff, da Arons en quarentena, durante esse período são avaliados gelauff architecten, foi construído em 2007. O local oferece abrigo para 180 cães e 480 gatos e funcionários, além de uma clínica veterinária, sendo o maior abrigo de animais da Holanda.

sobre possíveis problemas comportamentais e doenças crônicas. Caso não seja diagnosticado nada de relevante e for considerado apto, os animais são colocados à disposição para adoção. Implantação O local fica localizado nas margens da cidade, ao lado do rio, em um terreno triangular que era inutilizável, em uma área residencial de densidade media.

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauffarchitecten (acesso, 04/0/2017)

O Animal Refuge Centre oferece uma 32 variedade completa de serviços. Os animais

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-engelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)


Forma

Programa

O modelo de fita usado para esta tipologia de

A entrada do edifício juntamente com as área

construção, consiste em um longo corredor de de apoio e a ala veterinária, encontra-se no centro serviço, servindo uma série de canis colocados , e os canis, estão distribuídos em duas alas, uma perpendicularmente, criando assim grandes espaços apenas térrea e outra com o terreno e mais um de convívio para os animais dentro do abrigo, o pavimento onde encontra-se os gatis, essas duas modelo veio da necessidade de adequar o projeto alas em formato de fita formam o grande espaço no terreno irregular.

interno, que proporciona para os canil e gatis boa ventilação e iluminação natural. Essa distribuição adequada do programa proporciona ao projeto alas adequadas, onde a entrada e serviços estão no centro e os animais em alas mais privadas.

Fonte : https://aronsengelauff.nl/other/5-star-shelter (acesso, 04/04/2017)

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Planta tĂŠrreo

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)

Planta Pavimento 1

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-ce ntre-arons-en-gelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)

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Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)


Corte Esquemático

Materialidade O Edifico possui estrutura em concreto e seu revestimento externo são painéis de aço zincado de espessura de 1,5mm com larguras chegando até 5,40 m. Os painéis possuem 12 tons de verde, feitos em pintura em pó.Esse modelo do “pixels” de painel foi

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)

inspirado a partir da fotografia da paisagem verde em torno do edifício.

Maquete Eletrônica

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)

Fonte: http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten (acesso, 04/0/2017)

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5.2 Centro de Bem Estar Anima “La Perla” Localizado em Medellin, Colombia, projetado pelo escritorio de arquitetura Tres Arquitectos, o Centro “La Perla” fundado em 2009 é um programa do Ministério do Meio Ambiente do Município com parceria da Corporação Universitária Lasallista, encarregado de recolher da rua animais domésticos vulneráveis, ou seja, cachorros abandonados, feridos ou em mau estado que requer tratamento veterinário imediato e não possuem dono. O objetivo é roporcionar as melhores condições para

Implantação

Inserido em um terreno de topografia íngreme, os arquitetos tiveram um grande desafio para a implantação do abrigo, porém, foi realizado com sucesso. O abrigo está implantado entre a vegetação, proporcionando um ambiente mais agradável e relaxante para os animais, a administração, e o centro veterinário estão locados no entorno do canil.

garantir uma boa vida, e fornecer para cães e gatos desabrigados uma adoção responsavel.

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Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Acesso 04/04/2017)

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Acesso 04/04/2017)


Programa, Circulação e Acessos

Planta

O programa do abrigo é dividido em quatro blocos retangulares, os canis estão dispostos em dois pavimentos com corredores no centro para circulação de pedestres, o edifício por ser todo aberto e não possuir portar de acesso, facilita a entrada por todas as faces do abrigo. Separado pelo apoio no térreo como, sala de banho e sala de armazenamento, e 24 canis onde 12 encontra-se no térreo para animais de porte grande e 12 no pavimento superior, para animais de médio e pequeno porte.

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Acesso 04/04/2017)

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (04/04/2017)

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Corte

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Acesso 04/04/2017)

Corte aproximado do sistema de módulos

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Maquete Eletrônica

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Acesso 04/04/2017)

Maquete do sistema de módulos

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Acesso

Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>.

04/04/2017)

(Acesso 04/04/2017)


Materialidade O principal material do projeto é o concreto, a vedação é feita através de formas de concreto moldadas, a estrutura é mista, pilares de concreto armado e vigas de aço. Esse sistema de materiais aparente destaca o projeto em meio a paisagem verde.







Fonte: http://www.tresarquitectos.com/ proyecto. cfm?pid=33>. (Ac esso 04/04/2017)

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5.3 Animal Care Center & Community Center Projetado pelo escritório RA-DA, é um centro de abrigo de animais abandonado criado em 2013 em Los Angeles nos Estados Unidos, um projeto que desafia o convencionalismo de abrigo de animais como um tipo de edifício. Ele cria um espaço acolhedor para o visitante e envolvendo a comunidade, despertando a vontade de adotar um animal, onde a meta é conseguir reduzir a eutanásia e aumentar adoções.

Implantação O Centro está localizado no meio de uma área industrial cercada por zonas residenciais e perto de avenidas de grande fluxo. Pessoas caminhando ou dirigindo na avenida mais próxima podem ver sua fachada principal projetada na esquina do quarteirão. O estacionamento público está colocado de modo que o acesso é conveniente. Com sua fachada distinta e cores brilhantes, o abrigo anima a área. Ele suaviza a rua com árvores ao longo das ruas industriais e oferece um refúgio acolhedor para a comunidade local.

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Fonte: http://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-center-and-community-center (acesso, 04/04/2017) Fonte: Google Earth (acesso, 04/04/2017)


Implantação

Programa O projeto é dividido em cinco áreas, a área comunitária onde as adoções acontecem, a área do Centro, possuindo uma clínica veterinária com seus respectivos ambientes de tratamento para os cuidados dos animais, Pet Shop, sala administrativa, sala de funcionários e refeitório, a área do canil, a área do estacionamento e o jardim que se estende por caminhos ao longo dos canis, convidando o visitante a entrar no espaço e passar mais tempo no canil. A arborização é estrategicamente colocada em torno dos canis formando barreiras verdes, ou miniparques, de forma a minimizar os ruídos dos animais devido à proximidade do Centro com a área

Fonte: http://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-center-and-community-center (acesso, 04/04/2017)

residencial. A “avenida” principal arborizada é uma extensão do jardim, as ruas secundárias que veem da avenida principal também são alinhadas com árvores para

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garantir que todos os canis e passagens tenham

Planta térreo

sombra. O ambiente mais calmo causa uma maior interação entre os visitantes e os animais e ajudando o principal objetivo, a adoção.

Fonte: http://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-center-and-community-center (acesso, 04/04/2017)

Fonte: http://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-center-and-community-center (acesso, 04/04/2017)

Elevações

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Fonte: http://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-center-and-community-center (acesso, 04/04/2017)


Materialidade

Conclusão das Referências Projetuais

Para o exterior do edifício foi desenvolvido O Animal Refuge Center ressalta a importância um sistema de “escala” que poderia ser fácil de uma clínica veterinária para os cuidados dos e economicamente fabricado feitos de painéis animais. compostos pré-fabricados. O projeto foi criado com a preocupação da Os materiais de construção internos e externos têm recreação dos cães, criando assim o sistema de fita conteúdo reciclado. Os vidros e o telhado energético com uma grande área no centro dos canis. reduzem o calor no interior do edifício. Todo o O Sistema de módulos do Centro La Perla ajuda paisagismo do local é projetado com facilidade de na distribuição dos canis, otimizando os espaços, e manutenção e baixo consumo de água. sua implantação entre a vegetação proporciona um ambiente mais agradável para os animais. A arborização em volta do Centro de Los Angeles ajuda a abafar os ruídos produzidos pelos cães e convida o pedestre a andar pelo parque sendo atraído para dentro do abrigo. O Ambiente trás a sensação de calmaria, ajudando na interação dos animais com os visitantes. Fonte: http://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-center-and-community-center (acesso, 04/04/2017)

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6. ÁREA DE INTERVENÇÃO O município de Sertãozinho está localizado

O terreno onde será implantado o Centro de Bem-

dentro da região administrativa de Ribeirão Preto, Estar e Saúde Animal está localizado na cidade de interior de São Paulo. Atualmente, conta com uma Sertãozinho, no bairro Santa Amália, um loteamento população de 120.152 habitantes, segundo o IBGE. novo, com acesso pela rua José Martins de Freita.

Fonte: Prefeitura de Sertãozinho

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6.1 A ร rea O terreno foi escolhido pelo fato de ser uma รกrea de fรกcil acesso pelas Avenidas, por ser um terreno reservado para รกrea institucional do loteamento e por ser um lote envolvido por uma vasta รกrea verde.

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6.2 Levantamentos Mapa de Uso

Devido o loteamento onde encontra-se o lote ser novo a área possui grandes vazios, no entorno, as predominâncias são de edificações residencial de médio padrão, possuindo apenas um único equipamento na área de levantamento, a Câmara Municipal. O lote é cercado por uma vasta área verde, respeitando o limite de preservação. A área é abastecida com toda infraestrutura necessária para receber o Centro de animais.

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Mapa de Gabarito

O gabarito da ĂĄrea de levantamento ĂŠ predominantemente tĂŠrreo, possuindo algumas residĂŞncias

48 de dois pavimentos.

Mapa do sentido das principais vias


Mapa de Fluxo de vias

O lote é margeado pela rua de fluxo médio José Martins de Freitas, que dá acesso à Avenida Argemiro Balbo. As vias de fluxo baixo são as que rodeiam a área residencial, sendo usadas apenas como locais. A acessibilidade para chegar ao lote é de fácil acesso, pois a rua onde ele encontra-se é dada pela Av. Egisto Sichieri, uma das principais avenidas de Sertãozinho.

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6.3 O Terreno Localizado próximo a córrego, o terreno possui 3547,95 m² e três curvas de nível com o escoamento para o córrego, onde aparte mais alta encontra-se na rua, possuindo uma inclinação de 3,95%.

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Foto 9: o terreno

Foto 10: Calçada do terreno

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Foto11: o terreno

Foto 10: Área em frente ao terreno

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal


Legislação De acordo com o macrozoneamento estabelecido pela prefeitura da cidade, o lote está localizado na área Zona Mista ll, em um terreno reservado para área institucional do loteamento criado e de acordo com o Anexo lll da disposição de atividades incomodas, da lei de Uso e ocupação do solo da cidade, o estabelecimento de uso veterinário é uma Atividade Não Incomoda na área. De acordo com o Anexo V (Coeficientes e Afastamentos) da lei de Uso e Ocupação, a Ocupação Máxima da área Zona Mista ll é de 80%, permeabilidade mínima de 3%, lote mínimo de 240m², gabarito máximo de 8 pavimentos e afastamentos são:

Fonte: Prefeitura de Sertãozinho

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De acordo com os afastamentos mínimos previsto pela lei de Uso e Ocupação Do Solo, o lote ficara com 2808m² (taxa máxima de ocupação do terreno).

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7. O PROGRAMA O Programa de necessidades do projeto tem

Áreas do Centro

seu foco na busca do bem-estar animal, assim envolvendo cuidados mínimos para seu lazer, saúde e moradia, criando um local prazeroso, tanto para os animais, os funcionários e visitantes. Baseado, nas Diretrizes de projetos físicos de unidades de controles de zoonoses, Norma técnica relativa a instalações de estabelecimentos veterinários (Decreto Nº 40.400), na política para acomodações de cães e gatos e nas referências projeturas, o programa quatro áreas que são: Área dos animais, área veterinária, área pública, área administrativa e apoio.

Fonte: Arquivo Pessoal

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Organograma

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Fonte: Arquivo Pessoal

Fluxograma

Fonte: Arquivo Pessoal


8. O PROJETO

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Sistema construtivo Telha Sanduiche

Piso removivĂŠll

Painel moldado

Tela de arame

Grelha linear 64


Sistema construtivo e Paisagístico

Piso intertravado

Árvore Araça

Murta

Árvore Oitis

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VISTA DA ENTRADA DO PARQUE PARA OS CANIS E GATIS

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CANIL

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GATIL

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PARQUE

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8.1 Memorial O partido para o projeto é a integração da área verde com o centro e do homem com o animal.

a área administrativa como para o salão de eventos / adoção e a quarentena possui 4 gatis e 10 canis. O apoio que serve o todo o abrigo possui 1

O centro possui duas áreas distintas, a parte publica, onde estão os canis e gatis, o administrativo, o centro de eventos e a clínica veterinária, e a parte privada com acesso apenas de funcionários onde ficam os canis e gatis de quarentena, o apoio, e um acesso do fundo da clínica para passagem de animais e funcionários. A clínica conta com 1 recepção, 3 salas de consultas,1 antecâmara, 2 salas de cirurgias, 1 sala de plantão, 1 sala para pós-cirurgia com 3 canis, 1 sala para depósito de material de limpeza, 1 sala de compartimentos de resíduo, 1 pet shop e 3 banheiros. A administração possui, 1 recepção, 1 arquivo para ficha de adoções e dos animais, 1 secretaria e 1 diretoria, 3 banheiros são divididos tanto para

copa, 4 banheiros, um depósito de materiais e 1 depósito para ração O terreno está localizado próximo a uma área verde, assim a proposta foi a criação de um centro e a diretriz de um parque linear com ciclo faixa em seu entorno, tornando assim os abrigos convidativos, o visitante que caminha pelo parque é impulsionado a entrar no centro pelos acessos que há voltados para ele. Existe cinco acessos, sendo o principal pela administração, um pelo centro de eventos, dois são voltados para a área verde que existe em volta do terreno, onde pode ser implantado um parque futuro, e um acesso é direto para o apoio para carga e descarga. Por todo o centro existe uma marquise abrigando

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os visitantes em quanto passeiam. O calçamento de pisos intertravados tanto no centro como na proposta do parque são os mesmos,

o público, ajudando na arrecadação de dinheiro para o funcionamento do centro.

assim como as arvores que estão implantadas no

Os abrigos tanto de cães como os de gatos,

centro, provocando a conexão entre o parque e o

onde são mantidos os animais são voltados

centro.

para uma área de recreação, com brinquedos e Para o fechamento do terreno do centro foi

pensado em grades de ferro para que o visitante veja o abrigo pelo parque e quando ele estiver no abrigo possa ver o parque. Em alguns pontos das

arvores, tudo acessado pelo solário dos animais, já o acesso de funcionarios para a recreação são através dos apoios que há em cada conjunto de canis e gatis.

grades foram utilizadas vegetações arbustivas

Para o sistema construtivo dos canis e gatis

(murta) como muro dando privacidade em alguns

foi pensado um sistema modular com altura de 3

pontos como a parte da calçada, para que abafe o

metros, com variedades nas áreas, adequando-se

som da rua e não estresse os animais e na parte

para gatil e canil individual e gatil e canil coletivo,

privada do centro onde estão locados a quarentena,

podendo ser modificado caso seja necessário, feito

o apoio e a clínica.

por painéis pré-moldados (absorventes de ruídos),

A Clínica veterinária do projeto é utilizada para exames e procedimentos padrões, com um 76

animais do centro, animais abandonados e para

funcionamento de 24 horas para atendimentos dos

telhas sanduiches (devido suas propriedades acústicas) com inclinação de 10% e estrutura de concreto. O piso dos abrigos são pisos removíveis


na parte coberta e concreto polido com inclinação

e 8 coletivos para 5 cães cada, tendo capacidades

de 5% nos solários, com o caimento da agua

no total para 40 gatos e 60 cães. A quantidade de

em uma grelha linear. Foi pensando em telas de

animais foi pensada para que o bem-estar deles

arames para os fechamentos dos solários e para

fossem mantidos.

o fechamento das áreas de recreação. Para o sistema construtivo dos prédios restantes (administração, centro de adoção, apoio, clínica e

Para o paisagismo foi implantado duas espécies de arvores, Araçá e Oitis, as mesma encontrada na área em volta do terreno.

quarentenas) possuem 3 metros de altura, feitos por painéis pré-moldados, laje impermeabilizada com inclinação de 5% e estrutura de concreto. Os canis e gatis individuais devido seu posicionamento recebem o sol da manhã, já os coletivos recebem o sol da tarde, por isso em frente os módulos coletivos foram implantadas árvores de porte médio para que seja feita uma barreira natural para o sol da tarde. O centro conta com 10 gatil individuais e 6 coletivos para 5 gatos cada, 20 canis individuais 77


9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANIMAIS,

Defensores

dos.

Politicas

para

BARKER, S.B. and Dawson, K.S., The Effects

abrigos de cães e gatos. Disponível em: <http:// of Animal-Assisted Therapy on Anxiety Ratings defensoresdosanimais.wordpress.com/2012/07/29/ of Hospitalized Psychiatric Patients. Vol. 49, N.6, politica-para--abrigos-de-caes-e-gatos/>. Acesso em: 1998. 30 nov. 2016.

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levam

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PAULO, Assembleia Legislativa do Estado de São. Decreto Nº 40.4000, de 24 de outubro de 1995. Disponível em: <http://wwww.al.sp. gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1995/ decreto-40400-24.10.1995.hyml>. Acesso em: 04 79





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