Design de Moda Volume 2
2017.1 Matutino 1
INSTITUCIONAL A Universidade Salvador – UNIFACS é instituição de ensino superior particular sediada em Salvador, estado da Bahia. Fundada em 1972 com o nome de Escola de Administração de Empresas da Bahia, a UNIFACS é mantida pela FACS. A Universidade oferece cursos de Graduação Plena e Graduação Tecnológica, nas modalidades presencial e a distância, e de Pósgraduação lato sensu (Especializações e MBA’s) e stricto sensu (mestrados e doutorado), que são credenciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A universidade oferece ainda cursos livres de extensão e certificações profissionais na área de Tecnologia de Informação. 1. ADRIANA MORENO
27. TAÍLA LUNA
2. ADRIANE DIAS
28. TAINÁ SOUZA
3. AIRA FONTES
29. VANESSA PAIXÃO
4. ALANA BEZERRA
30. VICTOR MARCELO
5. ALINE OLIVEIRA
6. 7. 8. 9.
AMANDA LOPES ANDRÉ LUIZ ANDREZZA MIRANDA BEATRIZ LOURENÇO
31. VICTORIA KRUSCHEWSKY 32. YASMIN NAIADE
10. BEATRIZ MORENO 11. BRENDA LOPES 12. CATARINA IAQUINTO 13. DANIEL ROCHA 14. ELIZABETE SANTOS
15. GIULIA NUNES 16. ITANNA SAMPAIO 17. JADSON LIMA 18. JAISA FONSECA 19. JAMILLE ROSÁRIO 20. KARINE LIMA 21. LARISSA ANDRADE 22. LÁZARO BARROS 23. MARCIA DAMASCENO 24. MONIQUE PIMENTEL 25. MAYANE SOUZA 26. TAIANE CÔRTES 2
Organização INTRODUÇÃO Da vivência nas aulas presenciais ao desafio lançado para uma busca que fosse além das quatro paredes da universidade. Eis o início deste catálogo. Fruto de um projeto para finalização de semestre, da disciplina Projeto Integrador I, este registro cumpriu muito bem o seu papel e fez muito mais do que esperávamos. Deixou de ser apenas uma importante produção acadêmica, para torna-se uma pré -visualização do que nos espera, futuros designers de moda, sobre o nosso campo de atuação, que vocês viram na primeira
edição. Só que com uma responsabilidade
maior. Sim, pois o que contribui para que este catalogo fosse ainda mais especial, foi a proposta lançada pelo professor João Grisi de “ tirar” os olhos da limitação de áreas que a turma tinha com relação a trabalhar com moda.
Dúvidas surgiram aos montes, empolgação e preocupação também. Dúvidas sobre o que realmente nos era proposto. Sobre o que realmente o docente queria e, embarcar, junto com ele, nessa visão. Afinal, alunos do segundo semestre, cheios de sonhos e expectativas de serem futuros profissionais conhecidos no mundo. Contudo, passado o momento de ali-
nhamento das ideias, em sala de aula sobre o que tínhamos para fazer, foi crescendo em nós a empolgação pelo desafio lançado. Sim! Fomos contagiados com a ideia de conhecer as diferentes áreas que podemos entrar, decidir qual tipo de profissionais seríamos e quais seriam as competências e habilidades necessárias para atingirmos o nosso objetivo. Neste projeto, você vai conhecer o que é o Design de Moda, quais as habilidades de um designer e suas áreas de atuação. Vai conhecer experiências de grandes profissionais, rentabilidade e o atual mercado de trabalho. Sendo assim, esperamos estar colocando em suas mãos, uma visão, pequena ainda, do enorme e interminável celeiro de atuação em moda. Esperamos que gostem e que somem para futuras e maiores realizações. Futuros designers de moda, 2º semestre. 2017.1 Matutino
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SUMÁRIO Blogueira
Página 5
Cool Hunter
Página 11
Costureira
Página 15
Designer de Estampas
Página 20
Designer Têxtil
Página 23
Docente
Página 30
Estilista
Página 34
Modelista
Página 36
Personal Stylist
Página 38
Produtora de Eventos
Página 41
Produtora de Moda
Página 51
Vitrinista
Página 54
Referências
Página 58
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Blogueira
A blogueira exerce hoje uma grande influência no mercado da Moda. Está sempre buscando descobrir as novidades e falando sobre variados assuntos do cotidiano. Geralmente os bloggers comentam sobre coisas que passam ou observando, dando uma opinião bem pessoal sobre determinados assuntos, por isso muitos podem chamar de influenciadores digitais, levando uma legião de fãs. Todos os blogueiros tem um público-alvo, apesar de serem influenciadores, uma grande parte deles também se influenciam em outro grupo ou pessoas em específico. Ser blogueira vai além de postar fotos bonitas ou engraçadas, é necessário como toda profissão se embasar, pesquisar sobre os movimentos de mundo e principalmente buscar coisas novas. Não se sabe ao certo quanto os blogguers recebem, porém há uma remuneração pelo uso de imagem. Grandes empresas pagam para ter seu produto em um post ou em um vídeo. 5
Blogueira as pessoas que querem seguir essa carreira e estão começando agora? Tive o blog como um hobby e levo o instagram da mesma forma! O importante é falar sobre assuntos que você gosta e, mais importante, ser você mesmo e colocar sua essência em tudo o que faz. 3- Como você analisa o Mercado na Bahia? Quais são os privilégios e dificuldades do ramo?
O MUNDO (ENTREVISTA).
DA
MODA
Nome: Maria Antonia Dias Idade: 19 anos Área Profissional/Especialização: Estudante de direito e apaixonada por moda e arte
A maior dificuldade é que o mercado de moda na Bahia tem uma velocidade menor que o de São Paulo e do Rio. Cito como privilégio os estilistas, jornalistas e tantos outros profissionais desse meio nascidos aqui, como Vitorino Campos e Daniela Falcão (me deixam hiper orgulhosa!). São pessoas que mostram personalidade no seu trabalho. Acho que no Rio e em São Paulo, vemos muito do mesmo. Já aqui produzimos menos, mas originalidade é o que vejo sempre presente, são trabalhos únicos!
1- De uma forma bem resumida fale como é o trabalho de uma blogueira/influencer digital na prática. 4- Qual é a estimativa de tempo paQuais são suas funções, objetivos, ra se estabelecer na área? o que faz no dia-a-dia.: Comecei o meu blog bem nova, tinha Quando tinha o blog, o cool hunting 13 anos! Aos 15, já tinha alcançado era o principal, que é a procura e pes- 600.000 visualizações (hoje tem 1mi e quisa das novidades, novos projetos e pouquinho). Acho que depende muito produtos que contribuem de alguma do que você vai falar, do público que forma para a moda e o mundo moder- quer alcançar e os meios que você no. A propagação de informações utiliza para divulgar! No instagram a frescas e diferenciadas é o principal dinâmica tem uma velocidade impresobjetivo! No instagram acontece o sionante, o que pode tornar o seu mesmo, mas a ideia tem que ser pas- conteúdo conhecido mais rapidamente e com mais facilidade. sada em uma foto!
2- Qual a dica que você daria para 6
Blogueira 5- O que a motivou a seguir essa carreira? Não considero “carreira”! É uma coisa muito natural pra mim pois sempre amei moda e poder me expressar, desde bem novinha amava ler revistas de todos os tipos e escrever. Já cheguei a fazer faculdade de Jornalismo! 6- Como as parcerias nasceram? As parcerias vem com o tempo e de acordo com seu público alvo. Depende do conteúdo que você posta normalmente. A loja/empresa interessada se identifica com o seu perfil e entra em contato! 7- Onde você busca inspiração? Em tudo! Pessoas que vejo na rua, revistas, amigas, mãe, avó... Procuro sempre achar algo que olhe e pense “isso é a minha cara!”. Inspiração vem de dentro, é só olhar com calma! 8- Existe algum padrão para a moda? Não! Na moda não existe limite, padrão ou regra! É o que torna ela tão divertida. Cada um tem a sua personalidade, seu próprio estilo. A moda não é um padrão, mas um leque de possibilidades. 9- Como é ser influenciada pela moda? Temos que saber filtrar. Estar “na moda” não é ter estilo! Moda diz “eu também”, estilo diz “só eu”. Ser vítima da moda é adotar todas as tendências sem saber o que lhe cai bem ou não, usar algo pelo mero fato de estar nas revistas e por aí e isso é muito, muito ruim! Ser influenciada pela moda é bom até o ponto onde você sabe distinguir o que faz seu estilo e o que não faz, e não querer se encaixar na concepção que outras pessoas tem como “bonito”. 10- Você se vê como blogueira para sempre? Parei de postar no blog a pouco mais de um ano, mas penso em voltar. Não levo como um trabalho ou algo sério, mas sim como hobby e algo que me faz feliz! Pra sempre, acho que não, tenho outros projetos que quero dar início!
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Blogueira Nome: Maria Regina Vivas Idade: 28 Área Profissional/Especialização: Relações Públicas e Design de Moda pela UNIFACS, mas atuo como Consultora de Imagem e Estilo e Blogueira de Moda, Beleza & Lifestyle. 1- De uma forma bem resumida fale como é o trabalho de uma blogueira/influercer digital na prática. Quais são suas funções, objetivos, o que faz no dia-a-dia. MAMAH: Tenho o blog Mamah Vivas há 7 anos. A rotina de uma blogueira não é fácil, requer muito tempo conectada, 24 horas por dia praticamente. Tem que estar ligada em tudo que acontece, tudo pode se tornar uma tendência e nossa função e noticiar. Meu dia-a-dia é bem corrido, me divido entre minha profissão de blogueira e de consultora de estilo, mas quando a gente faz o que ama dá um jeitinho. Já aprendi que o mais importante é planejamento, se não me organizo pra começar a semana os compromissos vão surgindo e tudo acaba indo como uma bola de neve e não consigo dar conta. Até para responder os comentários do instagram eu estipulo uma hora, se não a qualidade cai.
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Blogueira 2- Qual a dica que você daria para as pessoas que querem seguir essa carreira e estão começando agora? MAMAH: Muita paciência. Não é fácil a vida de blogueira em Salvador, as marcas não valorizam e muitas tem uma cabeça bem pequena. A vida não é só glamour, eventos, presentes e sim muita dedicação e esforço por trás. 3- Como você analisa o Mercado na Bahia? Quais são os privilégios e dificuldades do ramo?
MAMAH: Moda na Bahia é muito difícil, tem que se dedicar, estudar muito e buscar o seu diferencial. Eu ralei muito pra chegar no lugar que estou, e olha que ainda não estou nem na metade. 4- Qual é a estimativa de tempo para se estabelecer na área? MAMAH: Eu confesso que não demorei muito, menos de um ano já estava ganhando dinheiro com parceiros, mas é muito importante ser bem relacionada. Estar atenta aos eventos que estão rolando e o principal: se jogar! Ser cara de pau mesmo. Mandar e-mail para assessorias se apresentando e começar a aparecer na roda. 5- O que a motivou a seguir essa carreira? MAMAH: Primeiro que eu nasci pra moda, não tem jeito, tentei fazer outros cursos, mas no final quando fiz Design de Moda vi que estava no caminho certo. Segundo meus amigos. Eles foram o que deram o “empurrãozinho” necessário para começar. Nunca esqueço que comecei numa manhã de domingo, pra que esperar a segunda-feira para começar um sonho não é?
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Blogueira 6- Como as parcerias nasceram? MAMAH: Comigo de uma forma muito naturalmente. As marcas foram gostando do meu trabalho, principalmente dos meus looks e foram entrando em contato. 70% do meu blog e instagram são de looks meus e como tenho uma personalidade bem forte isso ajuda a chamar a atenção nas produções mais irreverentes e as marcas gostam de quem ousadia. 7- Onde você busca inspiração?
MAMAH: Na rua, amo sentar em um café e ficar observando o estilo das pessoas. Ajuda muito nos meus estudos na área de consultoria de imagem. Internet e revistas também, 24 horas por dia conectada para não perder um suspiro da moda. 8- Como é ser influenciada pela moda? MAMAH: Confesso que não sou. Eu tenho personalidade muito forte. Só uso o que realmente gosto e quando todo mundo está usando uma tendência eu vou por outra linha, me dá uma agonia estar todo mundo igual em um quadrado.
9- Você se vê como blogueira para sempre? MAMAH: Não sei se blogueira pra sempre, mas comunicóloga sim. De repente se eu encerrar o blog gostaria de trabalhar como colunista ou colaboradora de algum canal de moda e estilo, revista, site, algo que continue fazendo meu coração pular pelo mundo da moda.
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Cool Hunter
Toda criação, coleção, ou produto tem um história por trás. Uma referência. Objeto de estudo. Este capítulo procura mostrar os profissionais por trás da criação de um produto, de uma coleção de roupas, de desenvolvimento tecnológicos... não. Não estamos falando do estilista, nem do designer, mas sim do profissional preparado e especializado em abastecer esses outros com informações pertinentes para desenvolvimento do seu trablho: o Cool hunter. Uma breve analise da área em si, com suas atribuições, como também, o que fazer para iniciar um trabalho como cool hunter, habilidades e competências, mercado de trabalho e renda deste profissional, você poderá, conhecer uma possível área de atuação para o futuro designer de Moda.Quando se fala em Cool Hunter no mundo da Moda, algumas pessoas, de forma errada e limitada, têm a ideia de um profissional que ditará a nova combinação de cores para o inverno, ou se um camisa de poá combinará com uma saia de listras e também, que seja uma atividade restrita ao universo da Moda. Muito pelo contrário. Empresas se valem dessa atividade para criação de no novas tendências em muitos seguimentos. 11
Cool Hunter O profissional da área de Coolhunting vai muito além disso, como diz a cool Hunter e diretora criativa do Senai – Cimatec, Ana Luiza, “o cool Hunter não dita combinação de roupas, nem o que será moda daqui a há 5 anos. Nem restringi seu campo de atuação à roupa. Nós estudamos pessoas. Seu hábitos, rotinas, gostos, realidade geográfica, ídolos, crenças... e levamos essas informações, sem nos interferir no objeto de estudo, para as marcas, empresas, industrias...” , ou, como diz Marta Domínguez Riezu,”... como o cão de caça, que leva a presa para o dono sem danificá-la”, livro “Cool Hunters – Caçadores de tendências na moda, Editora- Senac.É um exaustivo trabalho de observação, que requer do profissional, disciplina, técnica, percepção, sensibilidade (estar sensível ao meio, mas sem “polui-lo” com intromissões de opinião). De acordo com Sabina Deweik, do Instituto de pesquisas de tendências de consumo Future Concept Lab, em entrevista para revista Exame, 2012, “o cool Hunter radiografa a alma da cidade”. Trata-se de um constante levantamento de informações. Outro ponto a ser questionado é o alcance da área, que perpassa por vários ramos. Para comprovar, tomamos por exemplo: Pesquisa de comportamento, , Pesquisa tecnológica, Pesquisa de vacações regionais. Entre outros. É uma área que envolve-se com campos dos saberes, como Sociologia, Filosofia, Economia e outros. todas as áreas relacionadas à Moda, que um profissional pode exercer, a do professor é a que passa por todos os campos. seja ele, modelista, figurinista, 2012produtor, cool Hunter (pesquisador), costureiro, design de estampa, fotografo de moda, estilista, editor de moda, criador de novos produtos, jornalista de moda e muitas outras.
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Cool Hunter Como ser um Cool hunter? Muitos futuros profissionais da Moda, comumente, têm esse questionamento. Procuram uma receita pronta, ou um guia prático (e fácil) para utilizarem. Entretanto, “não há um start que eu possa dizer sobre quando, ou como se tornar um coll Hunter, tem que partir de algo natural, no meu caso, o gosto por observar pessoas, aliado a habilidades e competências necessárias para desenvolvimento da pesquisa” como diz ainda, Ana Luiza, no bate papo promovido pelos alunos do 2º semestre da Unifacs. Aliado à curiosidade, empatia, e intuição estratégica. Especializações e cursos livres nas áreas em que se deseja atuar também contribuem bastante Habilidades e competências de Coolhunter. Para ser um profissional reconhecido na área de Coolhunting, é necessário ter habilidade e competências que o mercado exige e pessoais também, como dito a cima. Para Carolina Gauche - em entrevista ao site Catho, de intermediação trabalhista - designer de moda, stylist e produtora de moda, o cool hunter pesquisa muito: “Não só o factual, que acontece hoje, mas uma pesquisa completa sobre o que aconteceu e o que acontece no mundo hoje. Por exemplo, durante a 2a Guerra Mundial, com o racionamento
de tecido, as roupas ficaram com as modelagens mais sequinhas. Então, o cool hunter tem que conhecer profundamente a história, a política, a sociedade, a indústria para desvendar o que pode ser ou virar tendência”, durante a 2a Guerra Mundial, com o racionamento de tecido, as roupas ficaram com as modelagens mais sequinhas. Então, o cool hunter tem que conhecer profundamente a história, a política, a sociedade, a indústria para desvendar o que pode ser ou virar tendência”. Habilidades necessárias para este profissional também, têm a ver com conhecimento em outros idiomas e disponibilidade para atuar no campo. E, ainda que pareça estranho, num primeiro momento, é necessário “estar invisível” em campo
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Cool Hunter Mercado de Trabalho O mercado de trabalho para quem se dedica a ser um profissional Cool Hunter não é tão amplo, quanto se possa imaginar. Pois as empresas não contratam especificadamente esse profissional, mas sim, uma outra empresa que presta esse serviço de caça de tendência. Outras forma de se inserir no mercado é mesclando atividades. Iniciar na empresa em um setor e durante o processo implementar a necessidade de ter um cool Hunter para abastecimento para as criações Outro ponto a se salientar é que o profissional não precisa querer estar somente na área da moda, mas passear por outros campos e assim expandir seu leque de opções de empresas. Rentabilidade
Não há uma renda pré-definida para esse profissional, tendo em vista que eles normalmente, em uma empresa não se limitam à área somente, mas passeiam por outras. Hoje no Brasil, há instituições que oferecem o curso para cool Hunter, no Estado de São Paulo, num valor de investimento de até R$ 4.500,00. Pode-se entender que um profissional já inserido no mercado, tenha ganhos de variáveis, dependendo da empresa, iniciando em R$ 5.000,00.
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costureira
A profissão de costureira (ou alfaiate) existe desde o início da civilização. Os primitivos, por necessidade, utilizavam couro animal (depois de mastigado para amaciar) como vestimenta, amarrando-o na cintura em volta do corpo, para se proteger inclusive das baixas temperaturas. Relatos afirmam que a primeira agulha para costura foi feita de osso de marfim. Na Idade Média, os artesãos que produziam as roupas passaram não só a usar os fios para produzir as vestimentas como também utilizavam jóias e pedras preciosas, tornando o ofício da costura também passado de geração em geração, até a chegada da Revolução Industrial. Foi nesta fase que a costura ganhou padronização e produção em série. Mas, mesmo com as
máquinas industriais produzindo em grande quantidade e em curto prazo, as roupas sob medida continuaram a ser produzidas tornando-se produto exclusivo das classes abastadas, que queria se diferenciar dos demais. Nesta fase, os primeiros indícios da Alta Costura começaram a surgir, criando uma cultura própria para o ofício e para a economia. Então, podemos afirmar que a costura acompanha os hábitos arraigados da civilização, sendo, antigamente, ofício das esposas, já que muitas mulheres não podiam trabalhar em qualquer setor, tendo de saber produzir seu próprio enxoval e contando com a ajuda da mãe e irmãs na confecção das peças. 15
costureira Com o passar do tempo e o aperfeiçoamento das técnicas de costura, nasceu a profissão costureira. Atualmente, a costureira ainda pode ser encontrada em casa fazendo serviços a domicílio, pois existe um grande número de pessoas que mantém o hábito de fazer roupas sob medida. Outras costureiras optam por abrir ateliês fora de casa, em pontos comerciais. E outras partem para o setor têxtil e de confecções de pequeno, médio e grande porte. Existem várias funções e habilidades que o profissional precisa ter, não sendo somente manusear uma máquina de costura. A costureira além de habilidades de corte e costura precisam também saber algumas noções de modelagem. Inclusive, algumas ficam somente nesse setor da produção, que é um dos principais para a produção de roupa. Além de modelar, cortar e costurar as costureiras ainda pode bordar. Hoje em dia já temos diversos cursos profissionalizantes de costura que duram cerca de 30 a 100 horas e estão na modalidade online ou presen-
cial, e tudo isso é porque atualmente a indústria da moda ocupa um lugar de destaque em nossa economia. A média salarial de uma costureira é de R$ 800,00 a R$ 3.500, o que depende da quantidade que produz e da qualidade do trabalho do profissional.
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costureira Entrevista com Joselina Montenegro turar também né! E foi assim que eu coConceição Lima, Costureira e Profes- mecei a aprender e a gostar de costura. sora/ EBAM. Depois resolvi fazer um curso técnico para melhorar, conseguir fazer as modelaEntrevistador: Qual o caminho que gens, no caso de modelagem industrial você percorreu para chegar até aqui? em malha que eu fiz pelo senai, isso em 2001, quando foi em 2002 que eu assim Entrevistado: Para mim, foi um camiqueria fazer alguma faculdade, depois nho assim maravilhoso, porque na realique meus filhos estivessem mais indedade, eu hoje costuro por causa da mipendentes eu iria cursar uma faculdade. nha avó. Ela faleceu aos 101 anos e asPassou então, eles estavam indepensim, até os 92-95 anos ela ainda dava dentes aí eu poderia sair, e ai resolvi faaula de costura, assim, para você fazer zer a minha faculdade, e ai resolvi fazer cochas de retalhos na igreja dela. Duranmoda. Comecei a fazer pesquisa, primeite as férias, aqui no bairro de são caetaro a ideia que me veio foi administração. no, na casa da minha avó, então, duranFiz a faculdade etudo, mas acabou que te um certo momento a gente sentava não formou turma, eu desisti. E aí, eu para poder costurar ela me ensinava a sempre me interessei por costura e sabia fazer bainhas, a pregar botões. E aí foi que existia faculdade de moda. Comecei que né eu comecei a acostumar com a a fazer pesquisa, pesquisei tinha umas costura nesse sentido. Depois em casa, três que eu sabia que tinha aqui na cidaque minha mãe também era costureira, de, ai escolhi e optei pela FACS, por que eu comecei a costurando, a ajudando no também tem a parte de gestão que eu dia-a-dia. Mas só que depois eu me desacho importante também, como eu já tiliguei de tudo isso e me formei na área nha determinada pratica, eu não sabia o de saúde, fui trabalhar em laboratório na que eu iria encontrar em relação a pratiparte de análise química, depois sai do ca nessa faculdade, mas como o primeilaboratório, fui trabalhar em um hospital ro semestre tinha disciplinas bastantes na área administrativa, e ai fui pro banco, interessantes com relação a administrafui ser tesoureira. Totalmente diferente. ção, com a gestão mesmo, eu resolvi opDepois de um certo período eu comecei tar pela UNIFACS. E ai recebi um convia me interessar por malha, a costurar te da colega de faculdade, Graziela que malha ai resolvi comprar minha máquina também foi da FACS, pra vim dar aula e resolvi fazer peças intimas, calcinhas, de costura aqui (EBAM), então passei a sutiãs, depois comecei a fazer biquíni, e ser professora de costura. Costura para daí fui pra biquíni, fardamentos, e me iniciantes né, a turma que realmente asaperfeiçoando só que quando eu queria sim está sentando na frente da máquina cortar algum tecido plano ou alguma coipela primeira vez e está sendo assim sa eu pedia sempre a minha mãe que maravilhoso. era costureira, ai eu só sentava pra cos17
costureira Você acredita que o costureiro de corte, eu não sei onde eram feiele tem sido valorizado no mer- tas as costuras, a gente não soube cado baiano ou que há uma in- essa informação, por que na verdaformalidade muito grande devido de eu queria ver o chão de fábrica, aos tipos de profissionais, sejam assim as pessoas trabalhando, eneles de fabricas ou domiciliar?
tão não tivemos essa oportunidade,
Aqui na Bahia é um pouco di- eu acho até que as faculdades defícil. Eu já ouvi reclamações de veriam dar essa oportunidade dos muitas pessoas, tanto com relação alunos irem até o chão de fabrica quem trabalha por conta própria, para realmente conhecer e ver coque são os autônomos, e também mo que a coisa está sendo feita, com a parte profissional. Você acredita que o costureiro
pode ser mais valorizado ou você acha que ele já é valorizado? Diante do que eu vejo aqui no estado da Bahia, pelo menos nessa re-
por que eu não conheço nenhuma aqui fabrica de confecção, não tive essa oportunidade durante a faculdade. E assim, pra ter acesso por exemplo você ir por conta própria fica até mais difícil.
gião aqui não é muito valorizado. Eu não acredito que seja muito valorizado. Eu não conheço muitas
confecções aqui, são poucas as que eu conheço assim, eu estive durante a faculdade eu visitei somente uma confecção, na realidade quando chegamos lá só quem estava trabalhando foi o profissional de corte, não tinha costureira, nessa parte era só o atelier só tinha parte 18
costureira Desde a época que você começou a costurar até agora o que você viu na modernização do setor têxtil? O que notou no decorrer dessas mudanças? Para mim as mudanças têm sido ótimas, por que eu como trabalho muito com malhas o que eu tenho visto no mercado assim é a qualidade da malha tem melhorado bastante, dos produtos, variedades, malhas com proteção UV, várias tecnologias. A variedade de tecido é imensa, é tanto que existem tecidos que você olha e não consegue dizer qual o nome daquele tecido por que a variedade é imensa. Tem muito tecido misto, algodão com viscose, viscose com linho, então com relação a tecnologia para mim tem sido ótimo, agora se bem que muito material tem vindo de fora e acaba desvalorizando o material daqui ele vai com o preço barato e vem com preço caro. Na realidade assim, nós estamos recebendo muito produto importado, principalmente da china, e nosso algodão está indo todo lá para fora e quando ele retorna
fica impraticado o preço para que a gente possa fazer uso do nosso material, sabendo que ele é nosso.
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Designer de estampas
O designer de estampas também conhecido como design de superfície, desenvolvem estampas de acordo com a necessidade do cliente e em concordância com o tema (s) enviado (s) preparando todas as estampas necessárias para complementar uma coleção. Elabora desenhos em superfícies de produtos no geral, como camisetas, capinhas de celular, bolsas, almofadas, etc... Também é importante dizer que o trabalho de um designer de estampas ultrapassa o mundo fashion. Para incorporar conceitos, tendências e contar histórias através de seus desenhos é importante que o profissional expanda seu conhecimento em história, atualidades, biologia, botânica, literatura, cinema e tantas outras áreas. Habilidades e competências:
Criatividade
Domínio em computação gráfica
Harmonização cromática
Conhecimento técnico em estamparia
Técnicas de desenho
Conhecer tecidos, modelagem, história da arte, corte e costura também são importantes. 20
Designer de estampas A Designer de estampas Goya Lopes divide conosco um pouco da sua trajetória e experiência na área. A minha formação é de artista plástica e fiz especialização em design na Itália em 1978 quando o design ainda não tinha especialidades especifica Tive um professor que desenhava estofamento para trem e eu comecei a me interessar por estamparia e depois fiz um estágio na Estamparia Fiorentina e frequentei um estúdio da designer Linda Ierimonti. Quando voltei para o Brasil em 1980 eu fui para São Paulo e iniciei o trabalho como designer de estampas para marcas como a madrigal da Alpargatas e a Carol e Geade decoração infantil. Achei que era a melhor maneira de apresentar a minha veia artística por meio da estamparia. Infelizmente Salvador tem uma grande dificuldade na área, apesar da Bahia ser uma grande produtora de algodão e de material químico porem não tem manufaturas, ou seja, falta indústria têxtil que transforme essa matéria prima em tecido, então não tem uma necessidade direta para criadores de estampa. A maioria dos designers são gráficos ou de WEB. A situação de quem quer expandir é ir para o sudeste ou então fazer a sua própria produção como eu fiz ou ter estúdio ou vender para outras marcas do sudeste. Também não tenho informação sobre especializações para quem deseja trabalhar futuramente na área sei que dentro dos cursos de graduação em algumas faculdades é dado de uma maneira ao aluno ter mais do que noções básicas alguns fazem com que se elaborem criações. Mais é uma área promissora, hoje a moda e decoração está muito conectada com a imagem e as mensagens. Os produtos da indústria necessitam de designers de superfície e as vezes específicos para estampas.
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Designer de estampas Nas minhas criações eu deixo muito que a intuição chegue e o que me chama a atenção eu começo a observar e inicio um processo de percepção de tudo que esta em volta desse tema. Depois que o tema está resolvido dentro de mim eu busco os fatos, vou pesquisar sobre o tema para conhece-lo a fundo só então eu começo a desenhar (é claro que as vezes eu faço uns rabiscos e vou guardando), aquilo ali são sinais para quando eu iniciar o desenho. Uma vez que a composição está ficando pronta eu procuro ver para o que ela será destinada para saber as proporções e adequações. Faço o rapport se o desenho for continuo. Faço tudo desenhando a mão, depois entrego para um profissional vetorizar, depois fazemos as impressões, as telas, os registros e as provas e eu verifico as possíveis variantes de cores. Esse é o processo quando o produto é da minha marca, quando é uma criação externa na maioria das vezes eu tenho um brainstorm com os clientes e apresento depois para eles a ideia antes de iniciar o processo criativo. Antes de vetorizar eu apresento o desenho para aprovação. Os processos que utilizo para estampar são Máscara artesanal, Silk Scren, Sublimação, Digital, Cilindro, Quadro Industrial e 3D. Para quem deseja seguir a área de Designer de estampas procure se especializar em design de superfície com ênfase na estamparia, também trabalhar com meios digitais; Estar atento a literatura apropriada; Observar bastante o mercado; Estar consciente das necessidades e contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente e do seu trabalho; Compreender como funciona as redes sociais, mercado, marketing e a administração do seu negócio seja ela individual ou coletivo. Ter uma base cultural que o ajudará nas suas referências de suas possíveis criações. Exercite sua sensibilidade, criatividade, saiba desenhar, seja observador e tenha conteúdo cultural.
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Designer Têxtil
Analisando a história dos produtos têxteis pode-se constatar a evolução destes por meio do desenvolvimento de novas técnicas e o uso de novos materiais. Desde o surgimento dos primeiros tecidos com fibras naturais, como a lã, o linho, a seda e o algodão, passando pela inserção das fibras artificiais e sintéticas, até os dias atuais com os chamados tecidos inteligentes, notam-se como em vários momentos a origem de tecnologias esteve vinculada à história dos tecidos (MENEGUCCI, ET AL, 2011). Da mesma forma, as possibilidades de se criarem imagens sobre essas superfícies têxteis com o passar do tempo se modificaram, de acordo também com os avanços tecnológicos. Algumas das primeiras técnicas de estamparia se mantiveram ao longo dos anos e ainda podem ser encontradas sem praticamente nenhuma alteração, quanto ao seu processo original. Outras sofreram modificações e se aprimoraram, ao passo que novas técnicas surgiram.
Em paralelo ao desenvolvimento dos tecidos e das formas de se estampar, podese analisar a maneira como o padrão, as imagens impressas, também se modificaram sofrendo influências da moda e do período histórico, assim como foram resultado do surgimento e da evolução das técnicas de estamparia. Desta maneira, o presente trabalho faz uma revisão histórica, traçando um paralelo entre a evolução dos materiais têxteis e da forma de ser obter estampas, com as imagens gráficas reproduzidas sobre os tecidos ao longo da história. Para isso são revistos os avanços obtidos nos tecidos e na estamparia e analisados os principais padrões presentes nos tecidos. 23
Designer Têxtil Designer Têxtil : O que é? "A definição mais básica acerca do que é um têxtil, é que se trata de um material fabricado por algum tipo de processo de tecimento. Esta definição é derivada do latim raiz da palavra “têxtil”, textere, que significa, tecer. O termo têxtil também pode ser aplicado a materiais manufaturados pelo entrelaçamento de fios, tais como objetos feitos pelo trançado, malharia e renda, bem como materiais não fiados, como feltros, nos quais as fibras ganharam coesão por tratamentos mecânicos ou processos químicos. Em casos raros, peles, couros e plásticos podem ser considerados têxteis, especialmente quando usados na manufatura de roupas." Jentina Leene O que faz? Elabora projetos de estamparia, texturas e cores de tecidos para moda e decoração, de acordo com as tendências de mercado e coleções. "Desde um tecido simples, um xadrez em duas cores como o gingham, ao complexo, padrões de repetição multicoloridos com desenhos intrincados representando eventos históricos: do tecido liso, ao veludo; e do simples, peças únicas bordadas aos tecidos estampados em massa, os padrões têxteis têm sido um recurso essencial para o vestuário e para a decoração, historicamente e ainda hoje em dia". Clive Edwards
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Designer Têxtil Contexto Histórico Antiguidade Têxteis produzidos entre os séculos I d.C. e aproximadamente o século VI. Caracterizados pela ornamentação simbólica e utilização de técnicas têxteis ainda rudimentares. Idade Media I
Têxteis produzidos a partir do século VI até o Renascimento, caracterizados por sua elaboração artística. Idade Media II Têxteis produzidos durante todo o Renascimento, caracterizados por sua riqueza ornamental e material. Idade Moderna Marcados pela expansão comercial por toda a Europa, os têxteis adquiram alto valor como mercadoria, distinguindo-se conforme sua região de origem. Revolução Industrial A mecanização da produção provocou grandes mudanças nos têxteis. A indústria têxtil inglesa foi responsável por distribuir seus tecidos pelo mundo, possibilitando o acesso aos têxteis antes restritos às classes mais abastadas. Modernismo A inovação técnica e de estilos no início do século XX, tornaram os têxteis objeto de interesse dos criadores de moda, decoradores e artistas. 25
Designer Têxtil Linha do tempo da estamparia Antes mesmo da invenção do tecido, o ser humano produziu pinturas sobre a própria pele e mais tarde no couro, utilizando-se corantes naturais como o barro (PEZZOLO, 2009). Nesta época, as pessoas usavam as mãos para criarem os desenhos e mais tarde foram se desenvolvendo os pincéis. Nos séculos V e VI a. c., surgiram às primeiras técnicas de estamparia utilizando substâncias ácidas e corantes naturais. Na Idade Média, blocos de madeira começaram a ser utilizados para produzir estampas sobre o linho. Durante o século XVI, no sudoeste da Ásia, estampas foram produzidas sobre tecidos de algodão por meio da técnica conhecida como Batik, que consiste em desenhar com cera sobre o tecido nas partes que não receberão tinta, e em seguida tingi-lo com várias cores. Na Itália a estampagem era feita por meio de madeira gravada. Foi a partir daí que o método se espalhou por outros países Europa. No século XVII os adamascados e as sedas com pequenas figuras foram característicos tornando-se os mais comercializados no oriente e no ocidente. Neste mesmo século foi criado o cilindro para estampar, o que significou um grande avanço para a estamparia têxtil. No século XX, a técnica conhecida como impressão por quadros ou serigrafia foi bastante usada e se popularizou. Nos anos de 1950 o processo foi automatizado. Em 1962 um novo processo combinando o antigo sistema a rolos e o sistema de quadros, chamado cilindro rotativo, foi desenvolvido e passou a dominar as técnicas de impressão têxtil (PEZZOLO, 2009). Em 1980, na França, surgiu a termo-impressão que utiliza alta temperatura para transferência de corantes. O último processo de estampagem a ser desenvolvido foi o jato de tinta, ou estamparia digital, no fim do século XX. Esta técnica permite a reprodução fiel de desenhos, com mais cores e maior riqueza de detalhes. Apresenta um maior aproveitamento de materiais, sendo um processo menos poluente. Paralelamente ao desenvolvimento das técnicas de estamparia, deu-se o desenvolvimento dos materiais empregados. Grandes mudanças ocorreram na era das revoluções industriais, além do surgimento das máquinas as pesquisas na área da química permitiu o surgimento de corantes sintéticos a partir de 1856, o que trouxe as estampas uma grande variedade de cores e texturas. 26
Designer Têxtil Considerações finais Acompanhado a história dos tecidos e das imagens impressas sobre eles podemos constatar não só um avanço na qualidade e na diversidade de imagens, mas também a evolução da tecnologia e a inserção de matériasprimas. Meios de produção mais rápidos permitiram uma infinidade de possibilidades não impondo limitações as criações do designer. Notamos que muitos dos tecidos produzidos na antiguidade já possuíam qualidade técnica e refinamento como, por exemplo, os tecidos produzidos na China, mestre na estamparia. A tecnologia foi inserida, em alguns casos, de modo a proporcionar rapidez aos processos com a automatização de técnicas que antes eram restritas as atividades manuais. Em outros casos inseriu novos materiais e criou processos. As imagens estampadas também foram sendo aprimoradas uma vez que as novas técnicas permitiram a criação de desenhos com melhores contornos e detalhes como ocorreu com a chegada do cilindro de cobre. O aprimoramento da serigrafia, bem como a inserção de diferentes tipos de tintas e corantes permitiu uma variedade de efeitos às estampas corridas e localizadas. E, por último, podemos citar a estamparia digital que trouxe rapidez, economia de materiais e grande definição e qualidade às estampas.
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Designer Têxtil Tecnologias têxteis As técnicas têxteis são milenares e não mudaram muito em seus princípios. As tecnologias, por sua vez, transformam-se à medida das descobertas das ciências exatas e biológicas, promovendo o aprimoramento da produtividade. No setor têxtil, as tecnologias são inúmeras durante o processo de fiação, tecelagem, malharia e beneficiamento. Fiação
Processo de transformação das fibras e/ou filamentos em fios, que partiu da fiação manual. Tecelagem Técnicas milenares de cruzamento dos fios, dão origem aos tecidos, atualmente produzidos por teares eletrônicos. Malharia Com o auxílio de agulhas que carregam os fios formando as laçadas, a malharia como técnica dá origem a uma grande diversidade de tecidos produzidos em modernos teares utilizados nas indústrias. Beneficiamento (estamparia) Processos químicos e físicos que alteram as propriedades originais das fibras, fios e tecidos, são chamados de beneficiamento. Utilizados desde tempos remotos, esses processos hoje são sintetizados nas modernas indústrias, e são a base de grande parte do desenvolvimento tecnológico têxtil.
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Designer Têxtil Princípios da arquitetura Durante a Revolução Industrial, quando, em teoria, houve uma decadência estética nos têxteis e outras artes ditas aplicadas em função do exagero e do suposto "mau gosto" dos fabricantes, surgiram muitos repertórios ornamentais que visavam instruir sobre a ornamentação. Esses manuais obedeciam, basicamente, ao emblemático livro de Owen Jones, "A gramática do ornamento", que classificava os padrões ornamentais conforme bases arquitetônicas. As diferenças entre elas, viriam a ser explicadas por alguns teóricos, como decorrentes dos "diferentes níveis de civilização" dos povos.
Princípios mecânicos Apesar da resistência à mudança, a mecanização dos processos de produção de tecidos e, sobretudo, a exploração, cada vez mais acentuada, da ornamentação, muitos teóricos, arquitetos e designers, dedicaram-se a explorar os tecidos como uma távola à espera do ornamento. Assim, em meados do século XIX, muitos intelectuais dedicaram-se a desvendar o pattern, ou seja, o estudo dos princípios e da metodologia para a concepção de padrões de repetição (raporte) para serem utilizados nas indústrias têxteis e, também, em outros setores. O vocabulário ornamental transformou-se, partindo das referências estéticas relacionadas a tempos-lugares (como desenhos gregos, por exemplo), em direção ao conhecimento geométrico do espaço bidimensional. Por essa razão, a ideia de ilusionismo da tridimensionalidade da superfície plana foi renegada, buscando-se a melhor maneira de aproveitar os meios mecânicos para produzir ornamentos "próprios" ou "coerentes" com aquele tempo.
Princípios linguísticos A ideia de que poderia haver um significado nos desenhos, principalmente a partir da difusão das teorias da percepção, constituiu uma nova forma de interpretar e nomear a ornamentação têxtil.
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Docente
Docência, a arte de ensinar. Como fazer? Quais habilidades? Quem pode ensinar? Como é o mercado de trabalho? E a remuneração? Essas e muitas outras indagações chegam constantemente às mentes de todos que que desejam seguir por esse ramo de atividade, que é tão antigo e, em algumas culturas, tão natural, que é o de ser professor. Adicionando aí, a questão de quando se tornar um professor. Neste caso, um professor da área de Moda. A busca por informações que gerem segurança na hora de se decidir por qual ramo profissional seguir crescem constantemente. São várias as razões que levam estão levando os futuros profissionais a observarem com bastante cuidado, inteligência e amor para o que realmente se quer no futuro. E, é aí, que a atividade de ser professor sai na frente, quando comparada às outras atividades. Sim, pois a docência na área de Moda, rompe a barreira do ensino simplesmente. Faz uma projeção da realidade profissional de um futuro designer de Moda. Haja vista que os docentes, em sua maioria, estão diretamente, envolvidos na rotina de designers por serem profissionais atuantes. E os que não são do ramo da Moda, frequentemente, relacionamse com a área. Partindo então desses pontos, esta seção do nosso catálogo, busca traçar um perfil mais amadurecido da nobre, encantadora e real, área da Moda, que é a docência. Mostrando como se dá esse processo, quais habilidades e competências o mercado espera de um professor da área, como é o mercado de trabalho: concorrência, locais para se trabalhar e afins e as possíveis remunerações que se pode ter. Desta forma, já preparando os futuros profissionais para o mercado que os espera, ao saírem da zona de conforto que é a sala de aula. 30
Docente De todas as áreas relacionadas à Moda, que um profissional pode exercer, a do professor é a que passa por todos os campos. seja ele, modelista, figurinista, produtor, cool Hunter (pesquisador), costureiro, design de estampa, fotografo de moda, estilista, editor de moda, criador de novos produtos, jornalista de moda e muitas outras. A área de docência é o primeiro passo para qualquer profissional que queira se estabelecer no campo da Moda. O professor, é quem, com sua experiência, estimula, os alunos a seguirem por essa atuação. mostrando através da suas aulas o que se espera do futuro profissional. É claro, e precisamos ter isso em mente, que nem todo profissional de Moda é um professor, mas que todo professor, ou maioria, é um profissional de Moda. Entretanto, essa área é de longe, a mais ambicionada pelos alunos, quando ingressam no mundo acadêmico da Moda. Muitos, levados pela exposição midiática que tem-se entorno da Moda, são levados a chegarem nas Universidades, cursos técnicos e cursos livros, pelas áreas que têm maior visibilidade. Claro que que isso é perfeitamente normal e é aceitável, “traçar o caminho profissional que queira seguir [...] até mesmo pela necessidade de ter foco e investir corretamente no planejado” (como diz a coordenadora da Escola de Negócios de Moda - Em Moda, Angela Valiera na Palestra "Como construir uma carreira de sucesso em moda" com orientações, e dicas de escolha profissional e planejamento de carreira na área de moda). O professor da área de Moda Não somente é alguém que ensina ao proposto dentro de um currículo acadêmico, mas cumpre esse papel e vai além, sendo uma projeção para os alunos, do mercado que os espera.
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Docente Como se torna um professor de Habilidades e competências de um Moda? professor de Moda. Para ser um professor é preciso coNormalmente, um professor da nhecimento e propriedade do objeto área de Moda, salvo os casos, em de estudo a ser ensinado. E quando que os futuros designers, já tenham a se trata de um docente da área de intenção de seguir na área, primeira- Moda isso não fica atrás. O profissiomente, são profissionais de suas res- nal precisa ter habilidades e compepectivas disciplinas, que percebem-se tências próprias, que o habilitem e soprofessores com o decorrer de suas lidifique, para exercer a função, como carreiras. também, habilidades e competências Um professor de modelagem é mode- estabelecidas pelo mercado de trabalista, um professor de costura é costu- lho e pelas instituições para qual se reiro, ou faz trabalhos significativos deseje trabalhar. com costura, o professor de desenho, Partindo pelas habilidades, como de pesquisa de Moda, estamparia, fo- dito a cima, o profissional precisar ter tografia de Moda entre as mais ativi- propriedade do que ensina. Seja habidades desse leque de opções que se lidades manuais, para as aulas prátié trabalhar com a Moda. cas, e/ou, conhecimento relevante e para além disso, sabe-se que para os preciso para disciplinas teóricas. Doalunos que tencionam seguir por essa mínio das técnicas é um importante área, a de lecionar, é preciso ser habi- passo para docência em Moda e, litado para tal. Ser licenciado Durante também, a habilidade da didática. seu curso de Moda, ou após o termi- Pois nem sempre um bom profissiono dele, prestar curso para obter li- nal, saberá transmitir o que sabe em cenciatura e ser apto para ensinar. Is- uma sala de aula. Incluindo, é claro, o so, para os profissionais que queiram gosto por ensinar. Prazer em transmiatuara em Faculdades, Universida- tir conhecimento. des, cursos técnicos e afins É preciso não deixar lacunas nas habilidades, quando se deseja ser um Em entrevista com o ex-professor do bom profissional. É o saber fazer. Senai do curso técnico de vestuário e As competências são, de uma fordesigner, Robson Rastrelli, ele diz ma simples e direta, as aptidões. Ser preciso “muito bom para que se torne competente dentro da sua área de um professor, ou busque aperfeiçoa- atuação. E não somente isso, mas ser mento constante dentro da área”. En- apto para resolução de conflitos que tão, partindo dessa declaração do surgem no decorrer das atividades. prof. Robson, seguimos para o próxi- Competências e habilidades camimo tópico: nhas juntos na formação de bons profissionais. Não é possível desassociar, mas sim, melhorar sempre mais. 32
Docente Mercado de trabalho O mercado de trabalho para quem se dedica à docência é amplo e versátil. Amplo onde pode-se ensinar dentro de vários formatos. Seja eles nas formas estabelecidas pelas leis trabalhistas, ou de forma informal. E é aí que ser professor é uma área versátil. Pois além de permitir que o profissional possa trabalhar sob dois aspectos: o prático, quando atua na área de seu conhecimento e o docente, quando leva para sala de aula sua experiência em formato de aulas Ser professor em Moda pode ser uma boa fonte de renda. Seja ela, principal, dedicação total, ou de complementação. Quando tem atividade paralela à função de ser professor. Ainda de acordo com Robson Rastrelli, “o mercado tem grande concorrência, a depender de localidades, isso, se optarmos pela formalidade de uma carteira assinada”, mas que só valida a importância de ser bom no saber fazer. Contudo ser docente, habilita o profissional a não estar preso em um só local de trabalho, mas sim, poder dar aulas dentro de diversas outras modalidades de ensino. Rentabilidade Como dito da versatilidade em se exercer a atividade de docência em Moda, é dizer que influência diretamente na renda desse profissional. Haja vista que ensinar, após as devidas formações, pode ser uma interessante. Em instituições acadêmicas como faculdade e universidades, os professores são remunerados por titularidade e questão de horas contratadas Isso influi em formações além da graduação, que podem resultar em ganhos de até R$ 17.000,00, ou ganho inicial de R$ 5.000,00. De acordo com o “Guia de carreiras” em dados divulgados no ano de 2014. Mencionando também os cargos em instituições públicas de ensino. Para além disso, nos casos em que o ensino é feito por conta própria, ou quando obtidos no perfil de complementação de renda, os ganhos podem variar de acordo com a necessidade de cada docente. Enfim, acreditando na potencialidade desse ramo de atuação do profissional de Moda. Esperamos que a área da docência seja vista com outros olhos e de forma mais assertiva por parte de alunos e profissionais que ainda não alcançaram a fama midiática e querem estar inseridos na atividade de moda. 33
estilista Valéria Kaveski deixou São Paulo em 1987, para vir à Bahia com o pretexto de visitar seus pais, sem pensar que um dia, ao desfazer as malas, criaria novas raízes em Salvador. Sua carreira como estilista aconteceu de uma forma despretensiosa, depois de ter o teatro como um gancho criativo para compor os figurinos dos colegas de palco. Multideterminada, ela exerce a profissão como estilista, figurinista e produtora de moda. Mostra que ao pensar fora da caixa, pode-se perceber que moda está muito além de roupas e que roupas não é apenas consequência de moda, é também uma forma de arte. Kaveski começou a trilhar seu caminho na troca de informações e pesquisas, sempre de olho na cultura, na essência e na rua, pois, “ A rua é a nossa grande vitrine de moda. É da rua que se colhe tudo ”, comenta. E ao trabalhar com o conceitual, aprendeu que a moda pode trazer tudo na vida “ Ela é a nossa segunda pele, é a nossa personalidade e é a nossa história ”. Com sua marca ela inspira pessoas que também gostam de ser diferentes, que querem encontrar seu conceito e que não só querem fazer parte de uma indústria. “ Existem pessoas que gostam de um diferencial, que querem ser elas porque já descobriram seu próprio estilo ”.
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estilista
Kaveski escolhe um conceito para dar início à sua marca na qual mais se identifica, porém, pouco aceita pela época, com exceção dos artistas. Já a questão do gênero, apesar de muito discutido nos dias atuais, nunca se
prendeu a isso, sempre esteve aberta para vestir homens e mulheres e permitir-se conhecer a qual público atingiria. Ao longo disso, acabou atingindo em sua maioria o público masculino. Por trás de toda essa criação existe a coleção que acontece através de muita pesquisa, levantamento do tema para qual o conteúdo irá ser abordado e depois pesquisas nas ruas, podendo durar de 5 a 6 meses cada pesquisa, mas, é algo que está sempre em movimento. Kaveski define seu processo criativo de forma instintiva, algo que acontece, é o seu estilo de vida.
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Modelista
A profissão de modelista pode ser descrita como arquiteto da roupa, uma vez que seu trabalho é fundamental para a indústria do vestuário. Para se tornar um profissional adequado, não basta apenas saber cortar e costurar, é preciso ter capacidade para desenvolver produtos para os mais variados tamanhos e tipos de corpo (mesomorfo, ectomorfo e endomorfo) estilos e funções, além de conhecer antropometria e ergonomia. É possível afirmar que assim como o designer o modelista também tem que conhecer e dominar os principais elementos da criação. O profissional alia seus conhecimentos com o estilista ou designer, assim, trabalha lado a lado, já que é proveitoso e imprescindível o conhecimento técnico do modelista. 36
Modelista E suas funções são:
Distinguir tipos de corpo;
Noções de composições de tecidos;
Empregar as normas da ABNT de vestibilidade;
Elaboração e preenchimento de fichas técnicas ou custos de vestuário;
Responsável pelos ajustes e provas de roupas;
Conhecer os diversos tecidos e aviamentos para empregá-los corretamente na peça. Os modelistas podem atuar em diversos segmentos, sendo ele mode-
lista de peças fitness e moda praia, alfaiataria, sapatos e acessórios, masculino, feminino e infantil, além de couro e manufaturados. Então, é de suma importância o trabalho deste profissional para planejamento de coleção, criação, confecção do produto e até mesmo etiquetagem. A depender do porte da empresa e a posição do profissional dentro da empresa, aqui no Brasil a média salarial é entre R$ 2.500,00 até 6.297,88.
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Personal stylist
Personal stylist tem a moda como foco primário. Seu trabalho envolve adaptar a moda e as tendências da estação ao cliente, levando em conta, principalmente, suas características físicas e estilo pessoal. O profissional levanta o maior numero possível de informação sobre o seu estilo de vida, personalidade e necessidades . O desejo principal do cliente é aprender a usar a moda a seu favor e ter um guarda roupas mais funcional. “A tarefa do consultor é, acima de tudo, desvendar, dentro daquilo que aparece nas vitrines e passarelas, o que se encaixa no perfil de cada um”. ( HAWILLA, 2007, pág. 01) Habilidades e competências:
Sensibilidade;
Analisar os tipos de silhuetas e características corporais e as roupas indicadas para cada um;
Formato de rosto e acessórios indicados para cada um;
Teoria sobre estilos pessoais;
Análise de cores; 38
Personal stylist
Simbologia das cores;
Conhecimento em tipos de tecidos e fibras
Visagismo ( uso da maquiagem, corte, coloração e penteado do cabelo entre outros recursos estéticos aplicado a imagem);
Código de guarda roupas profissional e social;
Utilizar as técnicas de consultoria: entrevista, mensuração, closet clearing (processo de avaliar e retirar roupas e acessórios do guarda roupas do cliente) e personal shopping (compras personalizadas de roupas e acessórios para o cliente).
Consultoria para grifes e lojas;
Consultoria para lojistas para compra de peças;
Treinamento para vendedoras e gerentes de lojas; A seguir um bate Papo com o Personal Stylist Sandro Lopes: Comecei trabalhando como produtor de moda em 2000. Em 2003 passei a atuar como Personal Stylist. Na época, ainda como diretor da extinta boate OFF Club, convidei a cantora Márcia Freire – até então, vocalista da banda Cheiro de Amor – para se apresentar na casa. Nos bastidores do show, percebi a necessidade de auxílio da cantora e passei a ajuda-la. A partir daí, firmamos parceria profissional. É um trabalho como qualquer outro. Se há vontade e empenho – independente da profissão – o resultado será sempre gratificante. Me sinto muito realizado em poder ajudar as pessoas a adequarem suas opiniões e ideias à maneira como se vestem. Para atuar como Personal Stylist é sempre bom ter (cursos, graduação) mais não há como estabelecer um padrão. Deve-se adequar as necessidades do profissional aos seus objetivos, mas é importante destacar que as qualificações são fundamentais no processo de estímulo e manifestação das ideias e também no direcionamento profissional. Em Salvador não tenho conhecimento de nenhuma especialização de moda na cidade. Mais é um mercado promissor e estamos vivendo em tempos onde a imagem é cada vez mais valorizada. A onda crescente do audiovisual é uma evidência. Considerando isso, é inevitável não pensar que o mercado se abrirá cada vez mais para nossa profissão. 39
Personal stylist Antes de elaborar os looks eu preciso primeiro ouvir as necessidades e demandas do cliente, relacioná-las com o perfil do mesmo. Feito isso, realizo pesquisas, busco referências, consulto meu acervo pessoal e parto para a elaboração das ideias e criação dos looks. A desenvoltura do profissional durante todo o processo é a chave para um resultado final satisfatório. É preciso fazer a leitura correta do cliente e aplicar o que se adequa a ele, e não simplesmente seguir as tendências. Em alguns casos, faz-se necessário até mesmo afastar-se das preferências pessoais e focar nas necessidades e demandas do cliente para que o trabalho seja executado da maneira correta. O conhecimento em moda e o bom gosto não são primordiais para o resultado de um bom trabalho é um completo. Iniciar minha vida profissional como Produtor de Moda foi muito importante para entender a profissão e me tornar Personal Stylist, por isso, recomendo que se tome esse como ponto de partida. Como produtor, tive a oportunidade de conhecer pessoas da área, fazer contatos, firmar parcerias com lojas, etc. Outra dica importantíssima é a de nunca deixar de estudar. A moda, que não é estática, se renova a cada instante. Atualizar-se sobre os acontecimentos globais é fundamental para manter-se em paridade com a profissão.
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Produtor de Eventos
Produtor de Eventos (em inglês: '''Producer of Events''') ocupa-se do desenvolvimento de atividades de planejamento, de captação, de promoção, realização, administração dos recursos e prestação de serviços especializados de eventos. Os profissionais da classe consideram a assimilação ao Promoter de Eventos vulgar e predem que sejam chamados de Produtores. Isto se deve ao fato de que o termo "promoter" estar relacionado a imagem de "festas" e "baladas", sub-entendendo pouca responsabilidade sobre toda a responsabilidade em Infra Estrutura que um evento demanda. Dessa forma, o termo produtor está mais próximo das qualidades deste profissional que trabalha nos bastidores do evento.
É o profissional que cabe todas as partes organizacionais e administrativas de um respectivo evento, o profissional responsável por todas as etapas relacionadas a um evento. Deve ter noções administrativas, noções de marketing, noções de comunicação social e contabilidade. O mercado de trabalho desse profissional é bastante amplo, é uma profissão em que existe um pré requisito escolar para exercer essa arte , pois o conhecimento vem da prática, e a pratica é repassada aos estudantes que quiserem tirar o curso superior de Promoção de Eventos. Sim, é um curso universitário. Promotor de Eventos é aquele que promove e cuida de cada detalhe para que saia no combinado além dele ter a responsabilidade sobre todos os mínimos detalhes do início das montagens de cada evento ate o final dele. 41
Produtor de Eventos Geralmente, seu trabalho compreende: · Desenvolver conceitos para o evento, criar planos e documentação para o evento, criar orçamentos para o evento, encontrar e organizar fornecedores, funcionários e voluntários, reservar os locais e equipamentos do evento. Promover e fazer o marketing do evento nas mídias e para os grupos = Isso compete ao Promotor de Eventos. Acompanhar o desenrolar do evento. Se necessário, organizar arrecadação de fundos, patrocínios e venda / distribuição de convites / ingressos para o evento.
Poderá também ultrapassar essas fronteiras de delimitações de função por conta da necessidade. O produtor de eventos deve ser uma pessoa com equilíbrio emocional, iniciativa, velocidade de raciocínio, organização, responsabilidade, pontualidade, visão global (do seu projeto e do mundo), disponibilidade, eficiência (utilizar da melhor forma possível todos os recursos disponíveis) e eficácia (obtendo os melhores resultados possíveis). '''Formação Profissional.''' Educação secundária não é suficiente para o atual mercado de eventos. Além da graduação, é recomendável que os coordenadores de eventos assistam palestras, façam cursos e estejam em constante atualização e reciclagem. Existe o curso de nível superior em Produção e Gestão de Eventos, bem como o curso de Produtor Cultural, esse profissional tem seu diferencial no mercado competitivo pois antes, acreditava-se que não havia necessidade e/ ou formação específica na área. Algumas matérias extras incluem: inglês, matemática, administração e contabilidade. Uma boa experiência é ter trabalhado em alguma das seguintes áreas: hotelaria, turismo, gerencia de projetos, relações públicas e marketing, administração.
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Produtor de Eventos '''Carreira profissional''' Os coordenadores podem atingir outras posições mais elevadas na empresa ou iniciar sua própria empresa de eventos. '''Local de trabalho.''' Trabalham em escritórios, nos locais dos clientes, onde os eventos ocorrerão, locais fechados ou abertos. Alguns coordenadores viajam para eventos que ocorrerão em outros locais. As condições de trabalho variam dependendo do local e do tipo do evento e podem ser estressantes. ''' Equipamentos''' Usam telefones celulares, computadores e softwares de gerenciamento de eventos. Podem alugar outros equipamentos com iluminação, palco e equipamentos de som. '''Horários de trabalho''' Trabalham normalmente nas horas normais de um escritório embora possam trabalhar longos períodos de tempo quando se aproxima a data de um evento. Os eventos normalmente ocorrem fora do horário normal e, assim, muitas vezes, o produtor de eventos tem que trabalhar nos fins de semana ou durante a noite. Em resumo, o horário de trabalho é muito variado pois normalmente o horário de entretenimento das outras pessoas será seu horário de trabalho. '''Contato com pessoas''' Trabalham com uma ampla variedade de profissionais e organizações sendo que os vários grupos com os quais interagem depende do tipo de evento. Normalmente os contatos são os seguintes: · Fornecedores de refeição, lanches etc. · Fornecedores de equipamentos e transporte para eventos. · Locais, hotel, funcionários de companhias aéreas. · Agentes de artistas, músicos e conferencistas. · Representantes de empresas, comunidades e organizações de eventos. · Advogados e contadores. · Voluntários e assistentes. · As pessoas que estarão presentes nos eventos. · Imprensa · Patrocinadores Categoria: Profissões De forma resumida: Produtor de eventos é o profissional que organiza, planeja, orienta e acompanha todas as fases da realização de um evento de qualquer tipo, seja uma festa, um show, uma formatura, uma convenção, uma feira, um congresso, um casamento, etc, para empresas ou organizações públicas ou privadas.[1] Cabe ao produtor a responsabilidade de gerenciar todos os serviços necessários para cada evento, como iluminação, som, segurança, acomodação, e alimentação, e fazer cumprir o cronograma combinado, bem como resolver eventuais problemas de última hora. A montagem e a desmontagem dos locais de produção é sempre acompanhada por algum funcionário do staff, que é a equipe de produtores do evento. 43
Produtor de Eventos OS 10 MANDAMENTOS DO PRODUTOR DE EVENTOS
1. Seja organizado Seja muito organizado! São muitas as informações que devem ser administradas por você: contratações, locações, valores, divulgação, venda de ingressos, dentre outras. Portanto, organização é a palavrachave. É necessário contar com uma agenda (eletrônica ou impressa) e ter sempre lembretes de atividades. Fazer briefings, check-lists e borderôs (voltaremos a falar deste no item 10) de cada evento também ajuda na organização, que é fundamental para que nenhum detalhe seja esquecido. Estabelecer horários para as tarefas, ligações, visitas e divulgação dos eventos costuma dar muito certo. E uma dica muito importante: arquive tudo! Mantenha cada documento com você (em versão impressa e digitalizada), anote cada contato, faça fichas sobre cada patrocinador, fornecedor ou prestador de serviços. Assim fica mais fácil saber a quem recorrer para os próximos eventos!
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Produtor de Eventos 2. Construa sua imagem A sua postura (atitude, conhecimento e autoconfiança) vai influenciar nas decisões que os contratantes, patrocinadores, fornecedores e equipes de trabalho tomarão em relação ao evento. Por esse motivo você deve investir em si mesmo, na própria aparência e na apresentação da sua empresa – e não se esqueça de aperfeiçoar seu knowhow. Falar bem em público, passar segurança e se mostrar uma pessoa que entende tudo sobre o que faz não são diferenciais, mas características essenciais para um produtor de eventos. 3. Tenha disposição Saiba que quando se opta por ser produtor de eventos o expediente fora do horário comercial vem no pacote. Acompanhar o andamento de cada produção seja dia, noite ou final de semana, além de ser solicitado durante um evento inteiro para resolver problemas, são coisas que serão parte da sua rotina. Por isso disposição é fundamental para evoluir e ter bons resultados na carreira de produtor de eventos. Evitar problemas ao máximo é chave para possibilitar maior foco e sucesso no seu evento. Para isso, milhares de produtores utilizam plataformas de gestão específicas para produção de eventos.
4. Conte com uma boa rede de contatos Contatos são fundamentais para conseguir tudo: bons fornecedores, artistas, um grande público e até mesmo ter acesso aos melhores locais. Por isso, faça seu networking: conheça as pessoas da sua área, se interesse pelo que elas têm a dizer, peça indicações, convide para seus eventos… cada novo contato pode trazer vários outros. Quem sabe você não conhece sócios, parceiros e conselheiros trocando experiências?
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Produtor de Eventos 5. Saiba com que tipo de evento você está lidando Para planejar, executar e promover um evento, é preciso conhecer as particularidades da produção. É um evento musical, uma conferência, um encontro empresarial ou uma confraternização religiosa? Cada produção tem seu público e seus objetivos. Portanto, tire todas as dúvidas com o contratante e pesquise bastante para sugerir boas ideias para o evento. Somente assim cada item (local, data, atrações, divulgação, preço da entrada, etc) será definido de forma adequada. A partir destas informações, sinta-se a vontade também para inovar. Um organizador de eventos também tem que ser criativo, pensar em ideias bacanas que podem ser adaptadas para um evento específico. É muito bom quando o público se surpreende com eventos com produções inovadoras e diferenciadas. 6. Obtenha patrocínios Para captar patrocínios é preciso ter um briefing do evento, estatísticas, valores e todos os detalhes que conseguir reunir para oferecer uma noção concreta aos possíveis patrocinadores. Dessa forma, eles poderão avaliar se realmente vale a pena investir na sua produção. Tente mostrar todas as vantagens para a marca ao patrocinar o seu evento. Ofereça benefícios e dê abertura para o patrocinador expor sugestões e críticas – assim, a negociação terá maiores chances de ser satisfatória. E não se esqueça de levar o borderô para conquistar seus patrocinadores! 7. Esteja ligado nas novidades
Para se manter por dentro das tendências em relação aos eventos e estar na frente de outros produtores, você pode procurar cursos específicos da área – participar de workshops e palestras, por exemplo. Além disso, leia muito sobre a área de eventos, entenda de administração, saiba o que os jovens estão ouvindo, procure por tecnologias que facilitem na divulgação e tudo que puder acrescentar coisas positivas ao seu trabalho. Quem sabe você não acaba ministrando um curso por se tornar uma referência na área?
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Produtor de Eventos 8. Aprenda com cada erro Se cometer erros, não se desespere: é normal e é assim que irá descobrir outras alternativas para não cometer as mesmas falhas. Não desanime, procure identificar porque aquilo aconteceu e encare os erros como motivos para melhorar! 9. Utilize de ferramentas para produzir seus eventos Conforme o mandamento 3 já diz, é necessário ter disposição (e muita!) pra produzir eventos e, em diversas ocasiões, surgem problemas para resolver à qualquer momento. Neste panorama, evitar problemas ao máximo é a chave para permitir a você maior foco e chances de sucesso no seu evento. Para isso, milhares de produtores no mundo todo utilizam de ferramentas de gestão específicas para produção de eventos. Mesmo que para você a festa tenha sido incrível, procure saber o que os demais envolvidos (público, equipes de trabalho, fornecedores, artistas) acharam do evento. Dessa forma você saberá quais foram os pontos positivos – para buscar mantê-los – e irá corrigir os pontos negativos para os próximos eventos. 10. Sempre faça o borderô Você sabe fazer um borderô? Ele é um documento no qual as informações financeiras sobre o evento devem estar detalhadas, com todos os valores. Boletos, notas do cartão e movimentações financeiras devem estar disponíveis, até mesmo para análise e comparação para eventos futuros. Com o borderô você terá uma visão ampla do evento, analisará os gastos desnecessários, saberá se sua administração foi organizada e se a receita
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Produtor de Eventos As 6 principais competências que um produtor de eventos deve ter Para ser um organizador de eventos é necessário muito trabalho e dedicação. Você já percebeu que por trás de todo seminário, balada, show, jogo, evento religioso e qualquer produção existe uma equipe profissional que se empenha para que eles aconteçam? Há os fornecedores, as atrações, as equipes de limpeza e segurança, o pessoal da montagem, recepcionistas e outras pessoas contratadas que variam conforme o tipo de evento. E o organizador é quem está no comando! O organizador de eventos – também conhecido como produtor – é quem coordena, gerencia, planeja, capta, promove, realiza, administra os recursos e presta serviços especializados para que os eventos aconteçam. Muita responsabilidade, não é mesmo? Uma equipe bem coordenada por esse profissional é capaz de garantir que tudo ocorra como desejado. A rotina da produção de eventos vai além de ter um check-list e ir atrás de cada item. Atrelado a isso, o organizador possui diversos desafios e precisa desenvolver algumas competências essenciais:
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Produtor de Eventos Plano de negócios é o primeiro passo para montar uma produtora de eventos Como em qualquer outro tipo de negócio, antes mesmo de pensar em montar uma produtora de eventos é preciso fazer um planejamento cuidadoso de todas as etapas do projeto. É ele que servirá como bússola para os passos seguintes.
O primeiro passo para para montar uma produtora de eventos é definir os rumos do seu empreendimento e elaborar um plano de negócios, um documento escrito onde você irá estruturar as principais ideias e opções a serem analisadas para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada. Neste planejamento, além de definir o ramo em que vai atuar, é preciso que você reúna uma série de informações fundamentais sobre o mercado, conhecer detalhadamente os objetivos que quer atingir e planejar o que vai ser colocado em prática. É uma ilusão achar que montar uma empresa de eventos seja uma coisa fácil. Existem muitos detalhes, verdadeiros “segredos do negócio”, que fazem toda a diferença entre um empreendimento de sucesos e um fracasso retumbante.
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Produtor de Eventos Plano de negócios para montar uma produtora de eventos O início do processo se dá através de um levantamento de dados em órgãos de pesquisa e de apoio às empresas, como o IBGE e o SEBRAE. Por meio dessas informações é possível conhecer ao máximo o universo que cerca o setor e alinhar seus objetivos com a realidade do mercado. Feita esta pesquisa, é hora de definir em que setor você irá atuar. Se você estiver começando o negócio, dificilmente terá know-how para encarar a produção de grandes eventos, portanto, trace metas realistas e de acordo com a sua capacidade de organização, para ir construindo uma reputação no mercado e então poder pensar em um voar mais alto. No Curso de Planejamento e Organização de Eventos, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o professor Antônio Máximo Borba, afirma , que “para montar um plano de negócios, é preciso conhecer o ramo de atividade, o mercado consumidor, fornecedor, e concorrente.” Definir os serviços que a sua produtora de eventos irá oferecer e a escala destes serviços é fundamental para poder determinar os recursos que serão necessários. Outros itens importantes no planejamento de uma empresa de eventos Também fazem parte desse documento a análise da localização da empresa; o conhecimento das técnicas de marketing e do processo operacional. Outros itens fundamentais é uma boa projeção do volume de vendas e serviços; uma estimativa da necessidade de pessoal; e a análise financeira ajudam a estimar o resultado e o capital necessário para começar o negócio. Na pesquisa de mercado, não se esqueça de investigar o número de empresas de eventos na mesma cidade ou área em que pretende atuar, bem como o número de eventos no quais essas estão envolvidas. Se você for montar uma produtora de eventos lembre-se sempre de, em primeiro lugar colocar todos os passos no papel, para só depois partir para a etapa operacional. Mantenha-se informado sobre outras dicas para a produção de eventos e empreendedorismo, assinando nosso Boletim Informativo. 50
Produtor de moda
A profissão do produtor de moda muitas vezes é confundida com stylist, sendo que, na realidade, o stylist busca referências para criar uma imagem e
opina no resultado final da produção. Já o produtor de moda fica nas ruas, visita lojas, faz devoluções, sendo um trabalho que associado ao outro. Assim, quando o stylist passa o briefing do trabalho para o produtor, o mesmo monta a agenda/roteiro da produção. Existem pré-requisitos para que uma pessoa possa atuar como produtor de moda, e estes são:
Ser comunicativo, articulado, objetivo e claro;
Ser persuasivo, responsável, organizado e comprometido;
Ser criativo, ter timing, além de sempre se atualizar pesquisando e estudando. O campo de atuação do profissional é amplo, abrangendo vários seto-
res como o de marketing, visual merchandising e até mesmo o e-commerce. Pelo site Carreira Fashion, encontramos uma média salarial que varia do assistente até o profissional autônomo, que é de 1.500 a 9.800. Mas, isso
não vai depender do nível do profissional como também de sua localidade. 51
Produtor de moda Entrevista Carolina Castellar, Produtora de Moda.
Entrevistador: Quando você começou a cursar design de moda, quais eram suas prospecções e o que mudou depois da conclusão do curso? Entrevistado: Entrei querendo ser designer de moda. Queria ter a minha marca de t-shirt, depois crescer e abrir uma loja de roupas. Mas ai o meio que me levou. O mercado de salvador não é um mercado muito propenso e a marca não durou muito tempo então acabei procurando outros caminhos. Foi aí que conheci a Bravo, comecei a trabalhar como produtora de moda e me apaixonei por esse lado. O que te motivou a trabalhar nessa área de booker? Na verdade, como eu falei, eu queria abrir a minha marca. Então eu estava no site da CATO procurando um emprego de moda e encontrei a vaga de “produtor de moda” na agência de modelos Bravo!. Eu não tinha experiência mas aprendi muito lá. A curiosidade de conhecer todas as áreas dentro da moda que me motivou a trabalhar com isso.
E a partir da sua experiência, dos desafios que você enfrentou, quais são as competências que você acha que um booker e um produtor de moda precisam desenvolver? Então, quando eu entrei na agência, eu estava como produtora de moda, então eu achei que seria só vestir o pessoal, quando cheguei aprendi que não, a gente tem que entender sobre fotogenia, fazer maquiagem e cabelo, montar o look, ver onde vai ser o cenário, basicamente ser o assistente de fotógrafo. Eu fazia a entrevista com modelo e a consultoria visagista. E depois eu fui promovida para booker, que é quem vende a imagem do modelo pro cliente. Dentro do mundo da moda, em especial no universo dos modelos, ainda existe uma grande rigidez em relação ao um padrão corporal praticamente inatingível para grande parte das pessoas. O que você pensa sobre esse padrão uma vez que você trabalhou diretamente com isso? (E se) você acredita que isso algum dia vai mudar? Eu acho que isso já tá mudando, né?! Eu trabalhei muito com modelo na verdade, não só modelo fashion. A gente tem modelos plus size que estão ganhando o seu espaço no mercado, e os modelos que mais gostava de trabalhar eram os “tipos” que são modelos que são diferentes. Por exemplo, um modelo todo tatuado. É o que tá crescendo no mercado. Eu espero que mude ainda mais por que eu adoro trabalhar com perfis diferentes, acho que já passou essa época de modelo ter que ser só assim de um jeito, até a minha inspiração é a Ashley Graham que é uma modelo plus size e já mudou esses padrões. Eu acho e espero que continue ganhando força
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Produtor de moda Quais as dificuldades você ainda visualiza aqui dentro da Bahia e até mesmo nos grandes centros como São Paulo e Rio no campo da moda? Acho que a dificuldade no campo da moda tanto em Salvador como em outro lugar é que o pessoal não entende o que a gente faz. Se você for falar pra sua avó o que você faz ela não vai entender. Então eu acho que a dificuldade é essa, conseguir esse reconhecimento, que o pessoal entenda o que você tá fazendo, os salários não são compatíveis com a quantidade de trabalhos que a gente faz, eu posso dizer isso, eu já trabalhei como produtora de moda, visual merchandising, vitrinismo, já trabalhei como booker, agora tô abrindo a minha empresa, já tive uma empresa de t-shirt, e as pessoas não reconhecem a quantidade de trabalho que você faz quando você é formado em moda, o mercado não é tão fácil. Se você não for um estilista/design de moda super conhecido com uma marca bem consolidada vai ser muito difícil ganhar seu espaço, então eu acho que esse é o grande problema, a grande dificuldade, as pessoas não entendem a nossa profissão.
ver o que podem gostar desse meio, por que na verdade tem tanta coisa para vocês fazerem. Eu entrei certa que eu queria abrir a minha marca de roupas e estou seguindo o caminho completamente diferente. Então assim, tentem... até estagio voluntario se você conseguirem façam, por que como eu falei não é tão fácil você conseguir um salário bacana aqui no mercado da moda, vão em palestras, em todos esses eventos de moda que vocês conhecerem, fazer contatos e principalmente fazer contato dentro da faculdade porque o mercado de moda, por ser um mercado que não é tão forte em Salvador, a gente quer se ajudar, então tentem fazer contato sempre.
Quais dicas você pode dar para os estudantes de moda que ainda não descobriram qual área ele quer atuar? Façam tudo que vocês acharem para fazer! Eu fui para a feirinha na feira da cidade, tentei trabalhar em shopping, tentei trabalhar em tudo quanto é canto, fiquei uma semana trabalhando numa loja de sapato no shopping... 53
Vitrinismo
O vitrinista cria uma relação entre a loja e o observador (entre o vendedor e o comprador). A vitrina sendo um meio de expressão, tem como um dos seus desempenhos ser o contato e estabelecer uma relação de interesse entre o comercio e o consumidor, exibindo suas mercadorias de forma a estimular a compra. O vitrinista deve ter olhar amplo pois trabalha em um mercado dinâmico, envolvente e que esta em constante transformação. A vitrina deve motivar e criar identificação com diferentes públicos, podendo ser focada por idade, gênero, classe social, cultura e profissão de acordo com estudo de interesse. O profissional deve provocar surpresa, diversão, encanto, deleite, sedução e atração com o intuito de promover a venda. A combinação destes elementos reforça o valor da marca, da empresa e dos produtos apresentados. A função do vitrinista, que se limitava ao espaço da vitrina, ampliou-se e agora “invade” o interior da loja. 54
Vitrinismo Habilidade e competências
O objetivo do esquema é listar todas as possíveis áreas em que o trabalho do vitrinismo se apoia para planejar, elaborar e criar vitrinas para o comercio varejista ou atacadista.
Lista Psicologia: é imprescindível o estudo básico da psicologia comportamental para conhecer o cliente e o público-alvo. É essencial também o estudo da psicologia das cores para induzir e seduzir o cliente. Arquitetura: estudo da arquitetura promocional.
Geografia: estudo da localização da loja e do seu entorno.
Marketing: conhecimento básico. Estudo do produto, da marca ou do serviço, na vitrine, no PDV e em outros espaços expositivos. Conhecimento básico para criação de ações promocionais.
Comunicação visual: estudo da logomarca e do logotipo da loja. Estudo do layout da loja. Estudo do produto, da marca e do serviço a serem expostos.
Direito autoral: uso de marcas produtos e imagens requerem, por lei do direito autoral, a permissão da empresa ou pessoa física (contrato autorizando o uso).
Moda: conhecimento básico de tendência de moda para a produção de vitrine e manequins.
Produção: compra de objetos para complementar a decoração ou matérias para a elaboração de elementos decorativos.
Decoração: conhecimento básico de tendência para decoração comercial. Conhecimento de medidas básicas de moveis (bancadas, cadeiras), arquitetura (portas, janelas), entre outras ligadas à decoração
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Vitrinismo Artes plásticas: técnicas artesanais e materiais de desenho, pintura, gravura, colagem, etc. Cenografia: técnicas cenográficas, artesanais e artísticas para haver disponibilidade de opções. Iluminação: conhecimento básico de efeitos técnicos e ecográficos que a luz proporciona. Computação gráfica: permite criar a proposta de trabalho com a utilização de programas que facilitam o desenvolvimento da criação de um projeto, bem como a sua apresentação. Fotografia: registro dos trabalhos executados (book) e material para pesquisa de desenvolvimento de ideias. História: o trabalho faz parte da história do comercio. É importante conhece-la e ter consciência de que o vitrinismo colabora para o seu desenvolvimento. O merchandising também se atrela à história da cultura, da educação e da arte. Turismo: faz parte da recreação da cidade; assim sendo, seria interessante inserir a vitrina em pacotes de visita turística.
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Vitrinismo Entrevista com a Vitrinista Entrevistador - O mercado como Vitrinista é promissor? Maria Luedy Mendes Luedy - Na Bahia não há muito invesEntrevistador - Como, quando e timento em vitrine merchandising viporque você começou a trabalhar sual onde a vitrine está Inserida tem mais futuro. como Vitrinista? Luedy - Na minha adolescência não tinha muita grana e aí ia nas lojas apenas ver as vitrines ... descobri que ver as combinações , as composições já me fascinava .. além disso acho o aspecto de projeto, visualidade e estética na vitrine muito interessante pois reuni muitos aspectos da arte. Entrevistador- Como é trabalhar como Vitrinista?
Entrevistador - Como ocorre seu processo criativo para elaboração das vitrines? Luedy - Na conversa com o contratante , a empresa, o público (os códigos culturais, o valor disponível ( pra ver até onde posso "viajar") e aí começo pesquisas visuais em sites, galerias de arte entre outros. E assim começo a escrever palavras chaves. Essas palavras me conduzem a imagens e por fim desenho ou faço uma colagem para representar a minha ideia e apresentar ao cliente.
Luedy - Como toda atividade e profissão precisa estudo, experimentação, dedicação porém é um trabalho dinâmico e rico pois reuni estética, cultuEntrevistador- Quais habilidades e ra, cenografia , projeto e arte. competências o profissional que como vitrinista deEntrevistador - Quais qualificações trabalha o profissional deve ter para atuar ve ter para obter êxito na profissão? na área? (cursos, graduação) Luedy - Bases de composição, pesquisa, organização , observação e outros básicos de qualquer profissional de atividade: pontualidade, organização, conhecimento técnico, relacionamento entre outros.
Luedy - Todas que um empreendedor deve ter e mais como disse antes estudo, pesquisa e observação sempre!!!
Entrevistador - Existe especializações em Salvador ? Luedy - Senai e a Escola Ebam tem opções de cursos mas de curta duração.
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Referências
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http://www.catho.com.br/profissoes/designer-textil/
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1. André Braga (Produtor de eventos - O que não pode faltar a esse profissional). «Produtor de Eventos: O que não pode faltar em um». Consultado em 11 de maio de 2015.
Moulage - arte e técnica do design - Anette Dudurg
A roupa e a moda - James Laver
https://www.sine.com.br/media-salarial-para-modelista
https://www.cpt.com.br/cursos-profissionalizantes-a-distancia/artigos/costureiraprospere-na-profissao-por-meio-da-capacitacao
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http://m.chic.uol.com.br/boa-vida/noticia/a-funcao-de-um-produtor-de-moda-e-muitasvezes-confundida-especialistas-indicam-os-pontos-principais-da-profissao
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http://coquetelfashion.com/produtor-de-moda/
Feghali, Marta Kasznar; Dwyer Daniela. As Engrenagem da Moda: Oportunidades profissionais.
Façanha, Astrid; Mesquita Cristiane. Styling e criação de Imagem de moda.
Lourenço,Fátima; Oliveira José. Vitrina: Veículo de comunicação e venda.
Demetresco, Sylvia. Vitrina: Construção de encenação.
- Palestra "Como construir uma carreira de sucesso em moda" EnModa (disponível no youtube, no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=fYfo30zar7w) - Entrevista com o Estilista/designer e ex-professor de costura do Senai Cimatec, Robson Rastrelli - Site: Guia de carreiras. 58
Referências
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http://abeocmg.com.br/sobre-aquele-responsavel-por-fazer-tudo-acontecer-o-produtor -de-eventos/
http://netscandigital.com/blog/produtividade-como-voce-usa-seu-tempo/
http://blog.marketex.com.br/a-importancia-do-network/
http://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/noticia
http://www.cpadeventos.com.br/home/index.php/dicas/item/362-produtor-de-eventos-o -que-nao-pode-faltar
Palestra "Como construir uma carreira de sucesso em moda" EnModa (disponível no youtube, no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=fYfo30zar7w)
Site de intermediação profissional, Catho.
Revista: Exame.com/2012
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