Centro de Apoio e Assistência à Crianças Vulneráveis

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CIA N Ê T IS S S A E IO O P A CENTRO DE

IS

E V Á R E N L U V S A Ç N IA À CR 2017

LARISSA DE C. F. APOLINÁRIO



Larissa de Cássia Furquim Apolinário

CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCI A À CRIANÇAS VULNERÁVE IS

Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto - SP, para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Arquiteta e Urbanista, em 2017, sob orientação da Profa. Me. Tânia Maria Bulhões Figueira.

RIBEIRÃO PRETO 2017


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, por me guiar e ser o meu sustento em meio ao cansaço e às dificuldades. Aos meus pais João Bosco e Claudete por tudo o que fazem por mim, por todo apoio, dedicação, amor e principalmente por me darem todo suporte físico e emocional para cada etapa da minha jornada. Agradeço a vocês que abriram mão de suas próprias vidas para que eu desenvolvesse a minha, que ouviram minhas lágrimas, minhas alegrias, meu erros e acertos, à vocês que me ensinaram a ser quem eu sou hoje, não só agradeço como também devo tudo a vocês. Agradeço os meus irmãos Diego e Tarcísio e minha cunhada Samantha por me tornarem capaz de enfrentar novos desafios sabendo que vocês estarão sempre ao meu lado. Ao meu companheiro Ricardo pela dedicação e prontidão em sempre me ajudar e pelos imensos abraços de conforto e carinho. Agradeço aos meus professores que me ensinaram desde o primeiro ano da faculdade, em especial a minha orientadora Tânia Bulhões pela amizade, cumplicidade, esforço e confiança ao meu trabalho, a você muito obrigada por suas análises minuciosas e sugestões de grande valia para a conclusão do trabalho. E por fim, agradeço aos meus colegas e amigos de sala, onde dividimos as mesmas dificuldades e demos forças um para os outros para que terminássemos nosso trabalho com êxito e realização. Toda minha gratidão e respeito a cada um destes. Obrigada!


Dedico o meu trabalho ao meus quatros sobrinhos (Maria Sophia, Ana Laura, Cecília e João Luiz), que me inspiraram e me despertaram a vontade de projetar um espaço destinado à crianças. Foram vocês que me ajudaram a ver com olhos de uma criança o que realmente se espera de um Centro de Apoio e Assistência, sendo um espaço que ajuda a definir o caráter, a personalidade e a sua percepção do mundo.

D E D I C AT Ó R I A


De forma sucinta, o presente trabalho irá tratar da problemática social de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, ou seja, que apresentam condições precárias de formação intelectual e psicológica, sobretudo pelo fato de serem integrantes de famílias com rendas econômicas consideradas baixas e, até mesmo, com saldos inferiores a chamada linha da pobreza – salienta-se que não se quer estabelecer nenhuma análise pejorativa, contudo, a questão de tais crianças e adolescentes advirem de tais grupos familiares de baixa renda e terem aspectos intelectuais e psicológicos, de certa forma, prejudicados refere-se ao fato de não obterem recursos e/ou oportunidades para dirimirem tais defasagens. Posto isto e levando em consideração o aumento gradativo de crianças e adolescentes que se encontram em situações socialmente consideradas vulneráveis (tanto em nível nacional como no caso específico da cidade de Ribeirão Preto), o presente trabalho busca compreender melhor tal tema , elegendo-o como problemática fundamental de suporte à criação de um Centro de Apoio cujo foco será a inclusão dessas crianças e adolescentes, tais como indivíduos que estão fora do sistema educacional, que advém de grupos com poucos recursos e que não podem transpor por si só limitações de ordem intelectual, de defasagem pedagógica e/ou psicológica , que estão sujeitas a abusos físicos e psíquicos, entre outros.

RESUMO


ABSTRACT

In a succinct way, the present work will deal with the social problems of children and adolescents in vulnerable situations, that is, they present precarious conditions of intellectual and psychological formation, mainly because they are members of families with low economic incomes and, even even with balances below the so-called poverty line - it is pointed out that no pejorative analysis is to be established, however, the question of such children and adolescents coming from such low-income family groups and having some intellectual and psychological aspects , impaired refers to the fact that they do not have the resources and / or opportunities to solve such lags. Given this and taking into account the gradual increase of children and adolescents who are in situations considered socially vulnerable (both at the national level and in the specific case of the city of RibeirĂŁo Preto), the present work seeks to better understand this theme, choosing it as a fundamental problem of support to the creation of a Support Center whose focus will be the inclusion of these children and adolescents, such as individuals who are outside the educational system, who come from groups with few resources and that can not transpose intellectual limitations alone , pedagogical and / or psychological delays, which are subject to physical and psychological abuse, among others.


SU MÁ RI O


01 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O conceito de vulnerabilidade social no cotidiano de crianças e adolescentes Situações de vulnerabilidade, o que são? Ações instauradas para mitigar tais condições de vulnerabilidade Algumas políticas públicas implementadas no Brasil: sucinto panorama federal e estadual Foco em Ribeirão Preto/SP: ações e equipamentos existentes que lidam com a situação de vulnerabilidade social de crianças e adolescentes

02 - OBJETO PROPOSTO

26 03 - LEVANTAMENTOS DA ÁREA

12 16 17 19 21 28

0 4 - R E F E R Ê N C I A S P R OJ E T U A I S

0 5 | 0 7 - P R OJ E TO

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Centro de Bem - Estar para crianças e adolescentes em Paris | Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes associes

57

Creche e Jardim de Infância C.O | Hibinosekkei + Youji no Shiro

62

Núcleo Antônio Marincek | Ribeirão Preto - SP

69 08 - BIBLIOGRAFIA

44

100



FUNDA MEN TA ÇÃO

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TEÓRI CA


O presente trabalho utilizou-se de uma compilação bibliográfica relativa a textos elaborados por profissionais das áreas do serviço social, psicologia, pedagogia, além de outras, que ajudaram a aguçar a percepção tanto sobre o conceito de vulnerabilidade social ligada às crianças e aos adolescentes (desenvolvido aqui como tema), quanto ao direcionamento sobre o programa de necessidades do objeto a ser desenvolvido para que haja um domínio mais preciso sobre o que será elaborado em projeto. Paralelamente a esta etapa de compreensão da temática e seus problemas correlatos, foi realizada uma pesquisa empírica (de campo) para que se obtenham dados reais a respeito da vulnerabilidade sofrida por crianças e adolescentes em âmbito nacional e local, de modo que haja melhor entendimento sobre este contexto. Nesse sentido, a leitura e análise dessa compilação bibliográfica ajuda a instrumentalizar a pesquisa teórica do presente trabalho e, por conseguinte, a entender um pouco mais sobre esse conceito e as necessidades inerentes a ele – que terão rebatimento no equipamento de suporte a situações de vulnerabilidade existentes na cidade escolhida como local de intervenção e, mais especificamente, na região imediata do entorno da área de implantação do projeto. Com isso, fica claro que antes mesmo de partirmos para o desenvolvimento projetual propriamente dito, o presente trabalho irá iniciar os seus estudos a partir da temática apresentada e do entendimento do que é uma situação de vulnerabilidade especificamente vinculada ao universo da criança e do adolescente. Em entrevista com Joana Dalva Sabino Vieira Semprini [realizada em março de 2017], que trabalha como assistente social responsável pela municipalidade de Ribeirão Preto/SP, observou-se que o conceito de situação de vulnerabilidade de crianças e adolescentes vinculava-se ao fato de elas estarem (de certa forma) socialmente desamparadas e, assim, viverem cotidianamente em situação de rua. Todavia, devido às determinações mais recentes do Ministério da Justiça, essa condição (situação de rua) teve sua estrutura alterada, dado que nenhuma criança ou adolescentes com menos de 18 anos de idade pode permanecer constantemente nas ruas das municipalidades brasileiras.

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Quando da violação destes direitos, como é o caso das crianças e adolescentes em situação de rua, devem ser implementadas pelo Estado as medidas de proteção. Estas medidas de proteção correspondem a diferentes estratégias, que vão desde a orientação dos pais ou responsáveis, até a colocação da criança e adolescente em famílias substitutas, perpassando pela inclusão em programas comunitários ou em abrigos, conforme dito também no artigo “Crianças e Adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfiliação social”. (GONTIJO; MEDEIROS, 2007, p. 471)

O CONCEITO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO COTIDIANO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


A partir de tal dado, identificado em pesquisa de campo, e após o diálogo com a orientadora do presente trabalho, objetivou-se uma estruturação do mesmo de forma a alimentar sua fundamentação teórica através de três (3) artigos cujo conteúdo perpassa por essa nova realidade da vulnerabilidade social apresentada. A saber: Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuição para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfiliação social (GONTIJO; MEDEIROS, 2007); Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas (GOMES; PEREIRA, 2005) e, por fim, CRAS um espaço de formação e capacitação dos jovens (CARMO; MENOTTI; DAVID; OLIVEIRA, 2010). A problemática social de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, ou seja, que apresentam condições precárias de formação intelectual e psicológica, se relaciona, em sua grande maioria, ao fato de serem integrantes de famílias com rendas econômicas consideradas baixas e, até mesmo, com saldos inferiores à chamada linha da pobreza. Salienta-se que não se quer estabelecer nenhuma análise pejorativa, contudo a questão de tais crianças e adolescentes advirem desses extratos sociais e apresentarem aspectos intelectuais e psicológicos, de certa forma, prejudicados, refere-se ao fato de não obterem recursos e/ou oportunidades para diminuírem e/ou eliminares tais defasagens. O conceito de vulnerabilidade vem sendo discutido no campo da saúde pública como um potencial instrumento para transformação desse panorama através da implementação de suas atividades e de suas práticas, uma vez que possibilita uma articulação entre indivíduo e coletividade. Entendendo a saúde (física e mental) como um processo de subjetivação determinada por contextos sociais, culturais e históricos, GONTIJO; MEDEIROS (2007) abordam o tema da situação de rua (de crianças e adolescentes) a partir do conceito de vulnerabilidade, com base nos postulados teóricos apresentados por Robert Castel (apud GONTIJO; MEDEIROS, 2007). Segundo CASTEL (apud GONTIJO; MEDEIROS, 2007), a escolha em focar a atenção em crianças e adolescentes em situação de rua se justifica pela crença de que este nicho populacional reflete não somente a sua situação de desfiliação social, mas também os processos de intensa vulnerabilidade vivenciados por muitas das famílias brasileiras. Castel diz que a zona de vulnerabilidade se caracteriza pela precariedade do trabalho e a fragilidade dos suportes de proximidade. Além disso, encontramos a zona de assistência que se configura como uma zona “de dependência segurada e integrada”. Nesta zona, estão os indivíduos que associam o não trabalho, por incapacidade de trabalhar (idosos, deficientes, crianças), com forte inserção social, providas por mecanismos assistenciais. (CASTEL apud GONTIJO; MEDEIROS, 2007, p. 468)

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No que se refere às crianças e adolescentes em situação de rua, acredita-se que elas refletem um processo de intensificação da vulnerabilidade (que culmina na desfiliação) a que estão submetidas milhares de grupos familiares do Brasil, em virtude do quadro de extrema desigualdade social vivenciado em nosso país. De acordo com CASTEL (apud GONTIJO; MEDEIROS, 2007), “o desemprego, realidade vivenciada por muitas famílias, é a manifestação mais visível do processo de precarização do emprego presente nas sociedades capitalistas atuais”. Com isso, alimenta-se a zona de vulnerabilidade em virtude do enfraquecimento do eixo de trabalho e, portanto, amplia-se o quadro de instabilidade econômico-financeira das famílias, o que resulta na possibilidade de instabilidade (também) de seu universo psicológico. Ainda hoje, no Brasil, a grande maioria das crianças e dos adolescentes são criados em famílias constituídas por uma conformação nuclear, tendo o pai, a mãe e, também, o suporte econômico-financeiro, cultural, ético, moral e afetivo advindo dessas figuras. No entanto, desde meados do século XX, outras articulações familiares ganharam amplitude no cenário mundial, como, por exemplo, famílias denominadas de monoparentais que antes até se conformavam como nucleares, mas que devido a uma intercorrência da vida (viuvez, separações, abandono de lar por parte de um dos cônjuges etc.), teve seu núcleo desestruturado, conformando um outro arranjo familiar possível (no qual os filhos acabam ficando apenas com um dos pais). Outra situação comum é a conformação de uma estrutura familiar monoparental devido à gravidez precoce que muitas jovens enfrentam antes mesmo de completarem a maioridade. Nesses casos, ainda nos dias atuais, há um grande número de pais (do gênero masculino) que não aceitam participar da gravidez e da criação de seus filhos – devido a uma série de motivos que não cabe aqui elencar – e que acabam não se disponibilizando a dar suporte financeiro e apoio psicológico às futuras mães e seus respectivos filhos. O presente trabalho não pretende criticar nem positivamente, nem negativamente tais opções e situações, mantendo-se academicamente isento, mas dialoga com elas e as utiliza de modo a ilustrar que tais arranjos familiares têm crescido em termos numéricos na sociedade brasileira e se constitui na atualidade como uma das principais conformações encontradas nos extratos populacionais menos abastados, principalmente a família monoparental que possui a mãe como mantenedora da estrutura familiar. 14

Fig. 1: Novo estatuto exclui 25% das famílias brasileiras. Fonte: https://goo.gl/cp3Kzr


Fig. 4: Criança trabalhando na rua Fonte: goo.gl/CYiOiJ

Fig. 2: Criança em Situação de Rua Fonte: Google Imagens

Fig. 3: Criança trabalhando como engraxate na rua Fonte: goo.gl/7xWFM9 Fig. 5: Criança desamparada Fonte: Google Imagens

A desestruturação familiar, a falta de investimento estatal em políticas socioeducativas, o abandono, o falecimento dos pais, o abuso (de ordem psicológica, física e, até mesmo, sexual) e a fome são alguns dos motivos que levam diariamente uma infinidade de crianças e adolescentes a se exporem ao risco de viver sem qualquer amparo. É importante entender a complexidade do assunto e não culpar a criança/o adolescente em situação de rua pela condição que “opta” por viver. Os jovens em situação de rua, assim como qualquer indivíduo em situação de vulnerabilidade social (ou seja, em condição limite), não têm a adequada estrutura psicológica que permite escolher o que é melhor para si, todavia isso não anula o fato de que é necessário acolher as opiniões por eles geradas e, para além, respeitar que muitas vezes estar em tal situação nada tem relação com escolha, mas com a falta de oportunidades. O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) mostra de forma explícita que não se pode abrigar um indivíduo menor de idade (mesmo em situação de rua) contra sua vontade e que os jovens devem ser escutados e suas opiniões devem ser levadas em consideração sempre que possível. O termo “situação de rua” foi criado para afastar o estigma negativo que expressões como “menor” e “mendigo” possuíam (e que ainda possuem). A situação de rua pode se dar de variadas formas. Há crianças que vivem com a família, mas durante o dia trabalham nas ruas; enquanto outras só conseguem voltar para a casa aos finais de semana. Há ainda aquelas que não possuem qualquer vínculo familiar e têm na rua o seu local de vivência cotidiana.

Fig. 6: Trabalho infantil Fonte: goo.gl/2azm87

Esses meninos e meninas de rua são expostos a diversos contratempos e perigos (como estupro, trabalho forçado, vício em drogas, agressão física e moral, assassinato, dentre outras) e não têm oportunidade de usufruir de seus direitos mais básicos (que deveriam a eles ser garantidos como a qualquer outro cidadão). Toda a sociedade é responsável por eles e deve se esforçar ao máximo para acabar com essa desumana situação. Tal condição faz com que, muitas vezes, devido a existência de uma única receita financeira que atenda às necessidades econômicas da família, sua mantenedora não consiga ofertar o devido suporte aos seus filhos, seja na escala do desenvolvimento intelectual de tais crianças e adolescentes, seja no amparo a possíveis desvios de conduta ética, moral e psicológica ao longo da vida de tais indivíduos ou, até menos, em suas demonstrações de afetividade, desta forma, muitos acabam por constituir defasagens e/ou carências de diversas ordens. A vulnerabilidade das crianças e de adolescentes em tais condições (e, para além, de suas famílias) se revela na violência cotidiana a que estão submetidas, na necessidade de se buscar o sustento da casa em trabalhos precários, de qualidade duvidoso e, até mesmo, degenerativos. Assim, crescer sem o amparo minimamente adequado (advindo dos pais ou outras figuras representativas de afetividade) ou, até mesmo, crescer sem recursos financeiros necessários à obtenção de oportunidades pessoais e profissionais, tornam o contato dessas crianças com o mundo bastante complexo e pode vir acarretar consequências negativas de distintas ordens para a vida de tais indivíduos, como o vínculo com atividades qualificadas como criminosas (de distintos graus), o que, por fim, acaba resvalando negativamente sobre a própria sociedade. 15


SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE O QUE SÃO?

Fig. 7: Na casa de Roberto e Nilceia, moram 10 pessoas. Eles recebem R$620 de Bolsa Família. Fonte: goo.gl/6NRFhi

Segundo a teoria de CASTEL (apud GONTIJO; MEDEIROS, 2007), a situação de miséria e pobreza extrema a que estão submetidas muitas famílias brasileiras, as inscrevem na denominada zona de vulnerabilidade econômica. Por consequência, no contexto nacional, marcado pela extrema desigualdade social, estas famílias têm encontrado dificuldades para realizar de forma satisfatória ações mínimas que ofertem condições básicas de sobrevivência a cada um de seus componentes: “Assim, nas famílias marcadas pela fome e miséria, a casa representa um espaço de privação, de esgarçamento dos laços de solidariedade, de vazio e instabilidade”. (GONTINJO; MEDEIROS, 2007, p. 470). A saúde das crianças e dos adolescentes, o avanço educacional e seu bem-estar geral são profundamente influenciados pela qualidade da habitação e das condições gerais em que vivem. A falta de moradia adequada e as remoções forçadas, por exemplo, tendem a causar um impacto profundo sobre tais indivíduos devido às desestruturações (também de ordem psicológica que causam. Tais condições afetam o crescimento, o desenvolvimento e o gozo de toda uma gama de direitos humanos que estas pessoas deveriam ter, incluindo o direito à educação, à saúde e à segurança pessoal (para citar apenas os mais básicos). 16

A questão da moradia é central, mas outras carências (como de saúde, educação, ligadas ao lazer e à cultura de tais crianças e adolescentes) também precisam ser pensadas daí a proposta do equipamento (Centro de Apoio), e não de uma Habitação de Interesse Social.

No caso específico da moradia (sua precariedade e/ou mesmo inexistência), podem-se citas as habitações apertadas, mal dimensionadas, (super) lotadas, barulhentas ou com outras precariedades que prejudicam de modo incisivo (e, portanto, grave) o desenvolvimento e a saúde dessas crianças e adolescentes, bem como a sua capacidade de aprender e de realizar atividades vinculadas ao lazer (brincar, ler, divertir-se, contemplar situações e/ou espacialidades etc.). Estudos recentes têm destacado que a moradia inadequada aumenta as taxas de mortalidade de crianças menores de cinco anos, por exemplo. A forma mais significativa de poluentes químicos que afetam a saúde das crianças em países de renda média é a poluição interna resultante de fogões de baixa qualidade e ventilação inadequada (UNICEF, 2002, p. 10). O acesso aos serviços básicos ligados à casa, como água potável e saneamento adequado, é fundamental para garantir a saúde das crianças e adolescentes. A localização da moradia também é fundamental para garantir o acesso das crianças a creches, escolas, serviços de saúde, entre outros. Se os assentamentos habitacionais ficam distantes de escolas, ou se o transporte é inexistente ou muito caro, é muito difícil que eles tenham acesso à educação ou à saúde.


AÇÕES INSTAURADAS PARA MITIGAR TAIS CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE

Pelas condições e situações apresentados, as crianças e os adolescentes são protegidos por uma série de leis e regras estabelecidas em nível mundial e nacional. Do entendimento da Organização das Nações Unidas, ONU, os direitos das crianças e dos adolescentes estão declarados na Convenção sobre os Direitos das Crianças, a qual afirma que as crianças, devido a sua vulnerabilidade, necessitam de proteção e atenção, reafirmando a responsabilidade fundamental de famílias em relação aos cuidados e zelo para com eles. No Brasil, os direitos de tais grupos estão assegurados pela Constituição Brasileira de 1988, que determina “prioridade absoluta” na proteção da infância e na garantia de seus direitos pelo Estado, pela família e pela sociedade. Existe também o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor no país desde 1990, e que é considerado um marco na proteção da criança e do adolescente, defendendo a doutrina de proteção integral, reafirmando a ideia de “prioridade absoluta” já indicada pela Constituição. O ECA está composto por leis destinadas a garantir os direitos e a proteção a todas as crianças e aos adolescentes, além de determinar, também, seus direitos fundamentais, as sanções ligadas ao descumprimento destes e, quando há cometimento de ato infracional que as atinja e/ou prejudique, quais órgãos devem prestar assistência a eles, além da tipificação de crimes contra tais indivíduos. O ECA está dividido em duas partes: a primeira explica os princípios norteadores do Estatuto; já a segunda é referente à política de atendimento, medidas, conselhos tutelares, acesso jurisdicional e apuração de atos infracionais contra crianças e adolescentes. Neste documento, tais indivíduos não sofrem distinção por raça, gênero ou extrato social, e são reconhecidos como sujeitos detentores de direitos e de deveres, considerados, então, como pessoas em desenvolvimento. Tal peça legislativa estabelece direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária de tal nicho populacional e, além disso, informa sobre questões políticas de atendimento, medidas protetivas ou medidas socioeducativas ligadas à crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Além do mais, dispõe que nenhuma criança ou adolescente será objeto de negligência, discriminação, exploração, violência etc., por qualquer pessoa, devendo, ainda, ser punida qualquer ação ou omissão que atente aos seus direitos. O estatuto defende, também, que toda criança/adolescente tem o direito de ser criado e educado com sua família e, excepcionalmente, em família submetida, assegurando a convivência familiar e comunitária. Tal situação ratifica o que já foi aqui colocado sobre a responsabilidade dos pais ser fundamental para o desenvolvimento dos filhos, cujo objetivo deveria ser manter ao máximo sua estabilidade emocional, psicológica, econômica e social. Ainda segundo o ECA, todo município deve contar com um Conselho Tutelar composto de cinco membros elegidos pela comunidade local, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos e deveres gerais de toda criança e adolescente. O conselho é uma entidade pública que tem como competência guardar os direitos das crianças e adolescentes nas eventualidades que haja desrespeito. 17


Fig. 8: Crianças no lixo Fonte: Google Imagens

Apenas em último caso essas crianças e adolescentes são recolhidos de suas casas e encaminhados para algum abrigo determinado pelo Conselho Tutelar. Segundo ABRAMOVAY (2002, n. paginado), perante os perigos existentes na rua como assaltos, acidentes, possibilidade de envolvimento com gangues e gravidez precoce, percebeu-se a necessidade de uma vida social de qualidade para esses jovens, além da convivência escolar, portanto o poder público buscou meios de oferecer alguns espaços a eles. Esses projetos apresentam as seguintes características: função de guarda e ocupação do tempo livre visando à criação de ambientes seguros para que os jovens possam se desenvolver de forma a complementar a educação escolar. Além disso, podem proporcionar também atividades destinadas ao reforço escolar, lazer, cultura, esporte e qualificação profissional. Em vista disso, o acolhimento institucional é uma das respostas de proteção do Estado a situações específicas de violação de direitos, quando não há mais possibilidades de resolução do caso no ambiente familiar e comunitário da criança e do adolescente. A inserção de crianças e adolescentes nesses programas deve acontecer apenas quando eles estão sujeitos a situações graves de abandono, vitimização, exploração sexual e de trabalho, desde que essas agressões não possam ser interrompidas em sua família de origem. O acolhimento também ocorre quando a criança e/ou o adolescente se encontra em situação de abandono, fuga do lar e vivência na rua, ou seja, situações que denunciam vulnerabilidade social e pessoal. Atualmente, crianças e adolescentes representam 46% dos 50 milhões de brasileiros que vivem na chamada linha da pobreza (famílias com renda per capita de até meio salário mínimo). Vale salientar ainda que 53% das crianças de zero a seis anos vivem nessas situações. 18

Fig. 9: Crianças que moram em lugares do mundo em situações críticas e necessitam de água potável. Fonte: goo.gl/h6fgFn

Muitas dessas crianças apresentam problemas psicológicos por conta de traumas passados e algumas vezes até deficiência física. Por esses motivos, o espaço físico do centro de apoio dever ser apropriado para atender tanto as necessidades físicas quanto psicológicas de tais indivíduos. O centro de apoio terá portanto, o objetivo de zelar pela integridade física e emocional dos seus usuários que, por um período curto ou longo de tempo, necessitem viver afastados de suas famílias, proporcionando formas de cuidado e de educação em ambiente coletivo e provido de infraestrutura material e humana capazes de conceder a esses jovens condições de pleno desenvolvimento.


ALGUMAS POLÍTICAS PÚBLICAS IMPLEMENTADAS NO BRASIL: SUCINTO PANORAMA 1. FEDERAL E 2. ESTADUAL

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No domínio Federal um dos programas destinados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social é o CEUs – Centros de Artes e Esportes Unificados. O objetivo dos CEUs é integrar, em um mesmo espaço físico, programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital, de modo a promover a cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social das cidades brasileiras. Até 2014 foram inaugurados trezentos e sessenta CEUs nos vinte e sete estados da federação, e os CEUs fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).

A gestão dos CEUs é dividida entre as prefeituras municipais locais e a comunidade, com a formação de um Grupo Gestor que fica encarregado de criar um Plano de Gestão e, também, de conceder o uso de programação dos equipamentos. Esse grupo gestor é formado por um terço da sociedade civil (moradores e trabalhadores do entorno), um terço da sociedade civil organizada (associações e organizações não governamentais) e um terço do poder público local (secretarias e órgãos municipais dos diversos setores atuantes no CEUs). Além disso, esse grupo deve ser instituído por decreto por portaria municipal como resultado do processo de mobilização social. Foram criadas estratégias de mobilização social das comunidades locais para potencializar a participação social. Sendo assim, além da construção civil, da aquisição e da instalação de equipamentos e mobiliários, a implantação de um CEU inclui necessariamente uma etapa de mobilização social. Entende-se como gestão dos CEUs o planejamento e a condução das ações necessárias ao pleno funcionamento do equipamento, visando à excelência dos serviços oferecidos e, para isso ocorrer efetivamente, é fundamental a participação social. Os resultados desse processo são o fortalecimento da comunidade, a promoção da articulação com entidades, instituições e o poder público local para o desenvolvimento de múltiplas atividades, estabelecendo o CEU uma referência no território e potencializando seu uso e sua sustentabilidade. O monitoramento e apoio técnico aos entes federados visa o apoio na implementação das ações mobilizando a comunidade e no planejamento da gestão em dois momentos distintos: durante a implementação do equipamento e após a inauguração. Durante a implementação, o apoio baseia-se em orientar os técnicos municipais que estão à frente do processo de realização das oficinas, mobilização social, para alcançar os objetivos propostos, principalmente a constituição e consolidação dos grupos gestores. Após a inauguração, o Ministério da Cultura passa a apoiar o município no enfrentamento do desafio inicial de estruturar a gestão dos CEUs, que inclui a previsão e garantia do orçamento público municipal para contratação de equipe, manutenção das instalações prediais, dos equipamentos e mobiliário e promoção da programação contínua para todos os espaços atendendo às demandas da comunidade local. Desde modo, é possível alcançar a compreensão de arranjos e redes locais, permitindo ao Ministério da Cultura auxiliar as prefeituras e as comunidades na gestão e definição das atividades que serão promovidas nestes espaços. 19


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Na esfera estadual, um dos programas destinado à crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social do estado paulista é o Programa São Paulo Protege. Esse programa trata de crianças e adolescentes e de suas famílias, especialmente se estes encontram-se em situação de rua, sofrem ou sofreram exploração do trabalho infantil, abuso e exploração sexual, se são ou foram vítimas de violência, negligência, ameaçados de morte e, por fim, se são adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto. O programa tem como princípio a doutrina da proteção integral, que traz esse público para o universo da cidadania, reconhecendo-o como sujeito de direito e pessoa em condição peculiar de desenvolvimento, portanto, seu objetivo é criar condições para o exercício desses direitos assegurando seu desenvolvimento integral. O São Paulo Protege tem como objetivo geral: garantir os direitos de crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, assegurando sua proteção social, desenvolvimento integral e inclusão social. O modelo de gestão de São Paulo Protege fundamenta-se na construção de pactos municipais e locais, na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, para que essa ação seja efetiva. É necessário destacar que a rede de serviços foi ampliada e descentralizada, alcançando áreas de alta vulnerabilidade.

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FOCO EM RIBEIRÃO PRETO: AÇÕES E EQUIPAMENTOS EXISTENTES QUE LIDAM COM A SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES No caso especifico de Ribeirão Preto, locus de implantação do projeto a ser desenvolvido pelo presente trabalho, observa-se que uma série de ações de ordem municipal são efetuadas, ações que dizem respeito a políticas públicas apresentadas no capítulo anterior, mas que serão melhor esclarecidas neste capítulo. No âmbito municipal, o programa destinado à crianças e aos adolescentes em situação de vulnerabilidade social é o Serviço de Acolhimento Institucional a Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade e Risco Social – SAICA, que tem como objetivo principal acolher e garantir, provisoriamente, proteção integral, proporcionando atendimento global às necessidades de crianças e adolescentes residentes no município, vítimas de violência doméstica, física, sexual, psicológica, negligência e abandono, cujas famílias ou responsáveis encontram-se, temporariamente, impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, o que é determinado pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude de Ribeirão Preto|SP.

Fig. 10: Serviço de Acolhimento Institucional a Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade e Risco Social de Ribeirão Preto - SP. Fonte: goo.gl/D5WvuX

Outro programa municipal é o Centro de Referências Especializados de Assistência Social – CREAS Ribeirão Preto. Tem como objetivo contribuir para o fortalecimento dos laços familiares, estimulando a reflexão e a busca de alternativas pacíficas de encaminhamento dos conflitos familiares existente, oferecendo espaços de socialização, que permitam trocas de experiências em grupos multifamiliares. Além disso: a) Propiciar a compreensão por parte de cada família sobre a dinâmica familiar provocadora de conflitos; b) Estabelecer relação de ajuda grupal que posso impulsionar a família para mudança quanto a formas de enfrentamento às situações de conflito; c) Estabelecer intervenção e alternativa de enfrentamento da exploração sexual. – Organizar fóruns de discussão, palestras e debates sobre o tema, em escolas, grupos sociais, núcleos de atendimento a crianças e adolescentes, creches e outros locais; d) Articular o trabalho em rede com diversos setores como: saúde, educação, ONGs, igrejas, associações, dentre outros; e) Diagnosticar situações de vulnerabilidade a violência doméstica com o objetivo de indicar atuações preventivas na comunidade; f) Encaminhar as famílias para cursos de geração de trabalho e renda. (CREAS - RIBEIRÃO PRETO)

Fig. 11: Serviço de Acolhimento Institucional a Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade e Risco Social de Ribeirão Preto - SP | sala de brinquedoteca Fonte: goo.gl/KJ1aIu

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O CREAS, por meio do Programa de Apoio e Orientação Familiar – PAOF, atende as famílias e os filhos menores que tiveram seus direitos violados (violência doméstica) de maneira descentralizada, dispostas em cinco regiões: Norte, Noroeste, Central, Sudeste e Sudoeste do município. Independentemente de alterações e mudanças substanciais na composição familiar e nos arranjos familiares, a família é um forte agente de proteção social e seus membros: idosos, doentes crônicos, dependentes, crianças, jovens, desempregados. O Centro de Referências Especializado de Assistência Social - CREAS constitui-se numa unidade pública estatal, de preservação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento individualizado especializado. As metodologias desses programas consistem em atividades para incentivar a construção de uma boa relação entre os jovens e suas famílias através de atividades programadas nas oficinas. O centro oferece às crianças e aos adolescentes um ambiente agradável, educativo e seguro, no qual há oportunidades para o resgate dos valores básico da convivência familiar e comunitária. O atendimento deve levar em conta a peculiaridade de cada criança e adolescente, proporcionando espaço adequado ao desenvolvimento do sentido do ser e do pertencer, bem como da autonomia pessoal pelo exercício da participação e cidadania. No centro de apoio, cada usuário será estimulado a sonhar e desenhar um projeto de vida que substitua e supere suas experiências negativas. Para que isso ocorra de forma afetiva, a ação educativa deve priorizar alguns conteúdos básico, incluindo os seguintes aspectos:

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a) Atividades do Cotidiano: levando em consideração a idade, maturidade, os interesses e as condições físicas e psicológicas de cada usuário, gradualmente deverá se atribuir participação na organização, conservação e limpeza diária da casa e dos pertences pessoais. Contribuindo para a capacidade de planejar e executar atividades com iniciativa e qualidade; b) Acompanhamento Escolar: os educadores orientarão a execução de tarefas escolares, favorecendo o aprendizado dos conteúdos ministrados pela escola e superando as eventuais dificuldades de aprendizagem; c) Conteúdos Básicos de Cidadania: os usuários serão estimulados a refletir acerca de fatos da realidade e receberão esclarecimentos sobre os direitos e responsabilidades; d) Atividades voltadas à preservação: atividades educativas voltadas à prevenção de situações problemáticas; e) Encaminhamento a cursos profissionalizantes e programas de aprendizagem: deve ocorrer a partir dos 14 anos, visando justamente com a escolarização; f) Participação da vida comunitária: será proporcionada a participação em atividades de lazer, religiosas, educacionais, culturais e esportivas da comunidade local; g) Algumas oficinas utilizadas para colocar em prática essa metodologia são: Valorização da vida; Sustentabilidade institucional; Valorização da cultura; Valorização do belo; Oficinas verdes; Valorização da esperança; Vivências lúdicas; Aquisição de conhecimentos; Oficina de informática; Esporte educacional; Educação ambiental; Oficinas de Cidadania; Encaminhamento ao mercado de trabalho; Cursos de iniciação profissional. (PINHEIRO, 2006, p. 76)


Outras ações de ordem municipal é o SUAS e o CRAS, que são “políticas que também visam auxiliar as famílias nos contextos de vulnerabilidade, apoiando os jovens, tendo em vista a preservação de seu futuro, buscando mudar essa realidade.” (CARMO; MENOTTI; DAVID; OLIVEIRA, 2010, p. 49)

O CRAS, portanto, é uma unidade pública estatal, localizada em áreas de vulnerabilidade social, realizando serviços de proteção social básica, trabalhando também na perspectiva da prevenção e minimização e/ou superação das desigualdades sociais, o CRAS também organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais; “O grande objetivo do CRAS é prevenir a situação de vulnerabilidade e riscos sócias por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.” (CARMO; MENOTTI; DAVID; OLIVEIRA, 2010, p.52-53). O CRAS desenvolve ações de inclusão-familiar-comunitário através de acolhida e recepção; escuta e encaminhamento; oficinas de geração de renda; grupos diversos (crianças, adolescentes, adultos e idosos). Os programas desenvolvidos são: PAIF – Programa de Atenção Integrado às Famílias; Bolsa Família; Proteção Social Básica a Infância e Juventude; Projeto Agente Jovem; Proteção Social Básica a Pessoa Idosa e Proteção Social Básica a Pessoa com Deficiência.

O SUAS - Sistema Único da Assistência Social (SUAS) constitui-se na regularização e organização em todo território nacional das ações socioassistenciais. Ações essas baseadas nas orientações da nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Os serviços, programas e benefícios tem como objetivo atender às famílias, seus membros e indivíduos, estando as suas ações focadas no desenvolvimento das potencialidades de cada um e no fortalecimento dos vínculos familiares. Nesta concepção, o SUAS é a organização de uma rede de serviços, ações e benefícios de diferentes complexidades que se reorganizam por níveis de proteção social: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial. A Proteção Social Básica objetiva prevenir as situações de risco através do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, destinado à população em situação de vulnerabilidade social, em decorrência da pobreza, privação, acesso precário ou nulo aos serviços públicos ou fragilização de vínculos afetivos relacionais (discriminações etárias, étnicas, de gênero, ou por deficiências). Os serviços, projetos e benefícios da rede de proteção básica são desenvolvidos nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS. Já a Proteção Social Especial: É a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação trabalho infantil, entre outras. (CARMO; MENOTTI; DAVID; OLIVEIRA, 2010, p. 52)

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No âmbito municipal também encontra-se em Ribeirão Preto o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos) - Núcleos da Criança e ao Adolescente, ligado ao Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria de Assistência Social, visa o atendimento à criança e ao adolescente na faixa etária de 6 a 17 anos e 11 meses, no contraturno escolar, oferecendo-lhes atividades socioeducativas complementares à escola, em atividades diárias nas áreas de esporte, cultura, lazer e cidadania. O trabalho é desenvolvido em 14 equipamentos (núcleos), localizados em áreas periféricas e com população de baixa renda, facilitando acesso e frequência às atividades de orientação social e grupal. A comunicação entre crianças e adolescentes com educadores sociais e coordenadores também é regra do SCFV, que tem papel importante para a identificação e apoio no comportamento de seus frequentadores. Os núcleos são:

Há também, em âmbito municipal, a SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social cumpre com seu papel de combater as consequências geradas pela pobreza como a exclusão social, garantindo o acesso do cidadão às políticas públicas essenciais e o desenvolvimento de uma política de inclusão social das camadas mais carentes da população. Formular, coordenar e avaliar a política municipal de assistência social visando conjugar esforços dos setores governamental e privado, no processo de desenvolvimento social do município também são algumas de suas atribuições.

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É importante destacar que os espaços como o SAICA, CREAS, SUAS, CRAS e SEMAS devem ser incentivados e divulgados para a população, pois, durante a realização da pesquisa pode-se perceber que uma das grandes dificuldades está na falta de motivação e participação dos jovens nestes programas. Cabendo aos profissionais envolvidos e aos órgãos governamentais estimular a participação de toda a população.

1. Presidente Dutra – Rua Ângelo Romano, 186 2. Adelino Simioni – Av. General Euclydes de Figueiredo, 278 3. Vila Carvalho – Rua Itu, 1120 4. Jardim Marchesi – Av. Manoel Antônio Dias s/nº 5. Jardim Marchesi – Rua Clemente Santili s/nº 6. Branca Salles – Rua Nadin Latuf, 170 7. Léo Gomes de Moraes – Rua Pedro Colina, 271 8. Parque Ribeirão – Rua Cruz e Souza, 3100 9. Quintino Facci II – Rua João Delibo s/nº 10. Vila Albertina – Rua Rio Xingu, 495 11. Jardim José Sampaio – Rua Antônio Fornielles, 248 12. Adão do Carmo – Rua Antônio Vicco, 195 13. Marincek – Rua Roberto Michellin, 95 14. Bonfim Paulista – Rua Major Francisco Gandra, s/nº

A experiência diária com os usuários do serviço é importante para a discussão e a busca conjunta por estratégias na evolução e crescimento socioeducativo, sociocultural e de cidadania de crianças e jovens, sempre com foco no futuro.



OBJE TO PRO PO S TO

02


O objeto escolhido corresponde à um Centro de Assistência e Apoio à comunidade local e tem como objetivo se constituir como uma contrapartida às situações de vulnerabilidade identificadas, de modo a fornecer suporte a essas pessoas que, na grande maioria das vezes, não possuem condições de desenvolverem-se sem um equipamento público que dê apoio e oportunidade de crescimento a elas , assim, tal equipamento ofertará atividades recreativas, vinculadas ao esporte e lazer, bem como orientação psicopedagógica, suporte a atividades escolares, ensinamentos gerais de cursos profissionalizantes, na forma de oficinas, entre outras atividades a serem posteriormente melhor estruturadas. O principal objetivo deste centro será auxiliar a vida dessas pessoas, baseando-se na reabilitação social e psicológica da criança e do adolescente, pois, além de propor a inclusão das mesmas à sociedade enquanto cidadãos reconhecidos por todos e por si mesmos, tende também a criar espaços que possam atraí-los a estabelecer vínculos de sociabilidade, compartilhamento de experiências, diálogo etc., de forma a dirimir possíveis obstáculos de tais indivíduos para com o mundo que os cerca.

Desta maneira, o centro de apoio pretende oferecer um programa de suporte educacional e psicológico, será tanto um abrigo como um locus de atendimento, onde os jovens se sintam acolhidos, protegidos e cuidados e, também, um lugar de orientação onde se incentivará a criação e o estabelecimento de vínculos familiares. O Centro de Apoio não será uma escola, mas sim irá tratar com índices de defasagem de entendimento de conteúdos diversos por parte desses alunos, terá, então, um conjunto de pedagogos que irão trabalhar com essas crianças e adolescentes para atingir nivelamento de disciplinas escolares (língua portuguesa, matemática, história, etc.), apresentando a eles metodologias de como estudar melhor, portanto, se constituirá como um apoio secundário às atividades escolares . O centro também contará com apoio à alimentação cotidiana de seus integrantes, pois muitas crianças e adolescentes não tem como se alimentar em casa, dado suas condições financeiras – deste modo, será pensado o projeto de um refeitório e todo anexo necessário para seu devido funcionamento.

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LEVAN TA MEN TOS DA ÁREA

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OE STE -12

A área de intervenção se localiza na cidade de Ribeirão Preto - SP, Setor OESTE - 12, Bairro Conjunto Habitacional Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo


LEVANTAMENTO HISTÓRICO

A área a ser escolhida perpassou por pesquisas bibliográficas de constituição histórica da cidade, com isso o presente trabalho partiu para uma análise mais precisa do locus destinado (historicamente) ao abrigo dos extratos populacionais menos abastados. Observa-se, em Ribeirão Preto, uma segregação socioespacial historicamente estruturada por uma dicotomia entre espaços vinculados à moradia de extratos populacionais mais abastados, geralmente alocados nas regiões centro-sul, sul e sudeste do município, e áreas da cidade destinadas aos extratos populacionais de renda inferior, tais como porções centro-norte, norte e oeste. A área deve estar localizada em um bairro com elevado índice de crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social, para que assim os usuários sejam, em sua maioria, moradores desta região. Contudo, as crianças e adolescentes não terão grandes mudanças no seu cotidiano, pois continuarão vivendo com a população já conhecida, frequentando assim os mesmos lugares e sendo reconhecidos pela comunidade local. Além disso, a área estará inserida em um bairro minimamente servido de equipamentos urbanos como: escolas, creches, postos de saúdes, praças, etc.

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É de extrema importância que o Centro de Assistência e Apoio utilize recursos da comunidade, desta forma, não provocará interrupções em suas atividades escolares. A área apresenta os seguintes requisitos: - Proximidade de adensamentos populacionais.; - Proximidade com eixos de fluxo intenso; - Proximidade com equipamentos públicos.

A área se localiza no Sub-Setor Oeste 12 da cidade de Ribeirão Preto-SP, que abrange os bairros: Parque das Andorinhas, Jardim Jovino Campos, Conjunto Habitacional Dom Bernardo José Mielle, Planalto Verde, Jardim Emir Garcia, Eugênio Mendes Lopes, Jardim Paiva I e II, Jardim Arlindo Laguna, Jardim Jamyl Ceme Cury, Portal do Alto, Jardim Carlos de Lacerda Chaves, Jardim Mário Paiva Arantes, Conjunto Habitacional Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo e Jardim José Wilson Toni; segundo os dados do Censo do IBGE de 2010, no Sub-Setor Oeste 12 há 14.612 domicílios com uma população estimada de 30.036 habitantes. Segundo a Senhora Joana Dalva Sabino Vieira Semprini [março. 2017], uma das assistentes sociais responsáveis pela municipalidade de Ribeirão Preto/SP, o bairro hoje que está com uma necessidade maior de implantação de um serviço para apoio à criança e ao adolescente é o Conjunto Habitacional Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo, cujo total habitações é de 1.189 implantadas desde 2009 em etapas, pois se trata de um sistema de casas de COHAB. Os projetos das unidades habitacionais foram idealizados de forma distinta das anteriores, visando atender um público que estava à margem do padrão convencional e também que pudesse contribuir com a economia de energia elétrica e a substituição do uso da madeira.


QUADRILÁTERO CENTRAL

OESTE 12


O TERRENO A escolha do terreno - que está localizado na esquina da Rua José Antônio Bernardes com a Rua Alvaro Boschin - se deu através de uma orientação da Senhora Joana Dalva Sabino Vieira Semprini [março. 2017], assistente social já citada. Sua orientação direcionou a escolha para o Conjunto Habitacional Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo, pois nele há uma carência de equipamentos desta ordem, mas quando se realizou o resgate das peças gráficas do loteamento que indicavam as localidades de áreas institucionais percebeu-se que elas, em sua maioria, já estavam ocupadas (ou em processo de ocupação), restando então poucas opções de áreas institucionais livres. Nesse sentido optou-se em escolher um terreno com uma área de 744,99m² adjacente a um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), com isso os próprios profissionais deste equipamento poderiam dar um suporte paralelo ao Centro de Assistência e Apoio que será projetado pelo presente trabalho. O lote escolhido atualmente é uma área institucional vazia cercada pelos próprios moradores locais. 1

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Fig. 2: Imagem do terreno escolhido Fonte: Arquivo Pessoal

2

Fig. 1: Localização da área de intervenção; Oeste 12; Ribeirão Preto Fonte: Google Earth

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Fig. 3: CRAS 4; OESTE - 12 Fonte: Arquivo Pessoal


RESTRIÇÕES LEGAIS Segundo a lei complementar nº2157 de 2007 do Plano Diretor de Ribeirão Preto fica instituido que na divisão territorial a Zona Oeste 12 se enquadra na ZUP (Zona de Urbanização Preferencial). Desta forma deve-se respeitar os seguintes índices urbanísticos: - Densidade Populacional líquida máxima é de 2.000hab/ha e básica de 850hab/ha, adotando uma média de 3,4 pessoas por unidade unifamiliar; - Coeficiente de aproveitamento é de 5x (cinco vezes) a área do terreno; - Solo natural permeável 10%, pois a área do terreno é 744,99m² (o que configura dimensão inferior a 1.000m²); - Os recuos do lote são de acordo com a legislação municipal, podendo haver o encostamento nas edificações que circundam o terreno escolhido. - Taxa de Ocupação é de 70% do lote, respeitando os recuos e a taxa de solo natural.

DADOS OFICIAIS| MAPA DE MACROZONEAMENTO

ÁREA DE ESTUDO

ZPM - ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA ZUP - ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL TERRENO ESCOLHIDO

Fig. 4: Mapa de Macrozoneamento Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (modificado pela autora)

DADOS OFICIAIS| MAPA DE ZONEAMENTO INDUSTRIAL

ÁREA DE ESTUDO

ÁREA DE USO MISTO I ÁREA DE USO MISTO II TERRENO ESCOLHIDO

Fig. 5: Mapa de Zoneamento Industrial Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (modificado pela autora)

DADOS OFICIAIS | MAPA DE ÁREAS ESPECIAIS

ÁREA DE ESTUDO

AIS I - ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL I AIS 2 - ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL II TERRENO ESCOLHIDO

Fig.6: Mapa de Áreas Especiais Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (modificado pela autora)

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CONDICIONANTES URBANÍSTICOS | MAPA DE DECLIVIDADE E CARACTERIZAÇÕES FÍSICAS O mapa de orientação solar e dos ventos indica as melhores condições para implantação do projeto no terreno, pois mostra as áreas sujeitas à insolação e as áreas sombreadas durante todo o dia e à tarde. A direção dos ventos também é importante na implantação para melhor circulação do ar no projeto e seu entorno, os ventos sopram do Sudeste para o Noroeste e no verão o sentido dos ventos é invertido. 591,0 593,0 592,0 590,0 594,0 596,0 595,0 598,0 599,0 597,0 600,0 603,0 602,0 605,0 a 604,0 r 606,0 ei 607,0 So va ílio Sil 609,0 608,0 irg 601,0

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Os ventos predominantes sopram no sentido Sudeste-Noroeste.

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Fig.7: Mapa de Declividade e Caracterizações físicas Fonte: Arquivo Pessoal


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Fig. 9.2: Rua Luiz Felício Fonte: Arquivo Pessoal

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Fig.8: Mapa de Hierarquia Viária Fonte: Arquivo Pessoal

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Fig. 9.1: Rua Oscar Schiavone Fonte: Arquivo Pessoal

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Nota-se que as ruas da área de intervenção são ruas largas, sendo todas de mão dupla, o que é suficiente para um fluxo viário de uma área predominantemente residencial. 1

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No mapa de hierarquia viária funcional, observam-se os usos das vias que na maioria dos casos não coincide com a hierarquia viária física, não sendo um malefício, porque na verdade as ruas locais tem um direcionamento transversal maior do que é estabelecido para uma via local. As ruas que delimitam o terreno escolhido tem sua função ideal de acordo com o caráter físico de vias locais, portanto possuem menor fluxo de veículos.

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Fig. 9.3: Rua José A. Bernardes Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 9.4: Rua Luftala Wadhi Fonte: Arquivo Pessoal

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Fig. 9: Mapa de Hierarquia Funcional Fonte: Arquivo Pessoal 5

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CONDICIONANTES URBANÍSTICOS | MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO: FIGURA FUNDO O mapa de figura fundo indica a projeção de cada edificação dentro do lote, permitindo identificar com mais precisão lotes vazios e o nível de permeabilidade do solo em cada quarteirão. Percebe-se que no quarteirão da área de intervenção é extremamente livre, dado ao fato que é destinado para alocação de um sistema de áreas verdes (praças) que ainda não foi realmente implementado em termos de projeto, mas esse grau de proximidade irá permitir que o ira realmente projeto utilize esses espaços de áreas verdes quandoio Sfor oe íl g r i .V projetado como uma área livre ou de extensão às atividades feitas no Av va Sil a Centro de Assistência e Apoio. d tel

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TERRENO ESCOLHIDO CHEIO (ÁREA CONSTRUÍDA) VAZIO 5 0

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Fig. 10: Mapa de Figura Fundo Fonte: Arquivo Pessoal

1

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Fig. 10.1: Sistema de Lazer não implementado Fonte: Arquivo Pessoal

36

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CONDICIONANTES URBANÍSTICOS | MAPA DE OCUPAÇÃO DO SOLO: GABARITO

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TERRENO ESCOLHIDO TÉRREO 2 PAVIMENTOS ÁREA VERDE

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Fig. 11: Mapa de Gabarito Fonte: Arquivo Pessoal

100

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Fig. 11.1: Rua José Antônio Bernardes | 2 pavimentos Fonte: Arquivo Pessoal

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O mapa abaixo indica o gabarito por predominância em cada quadra do Sub-Setor Oeste 12. A partir dele pode-se concluir que o número de pavimentos é predominantemente baixo, entre 1 e 2 pavimentos, em toda a região. Esse dado acrescenta-se como um dos critérios de escolha para área projetual, com a possibilidade de oferecer uma boa iluminação natural, sem a projeção muito intensa de edifícios muito altos. Ter preferência a uma área que apresente maior “liberdade” com a eir seu entorno pré-existente, fará com que o objeto seja abrigado de forma So ílio g r Vi . mais acolhedora em sua superfície. Av a ilv aS Dado ao dimensionamento do terreno e o programa, l d será utilizado e t en Pim mais do que 1 pavimento, entretanto não haverá taônia intenção es de elevar en n im aA iG n i Ru brutamente o gabarito do bairro, com isso o edifício será apenas um al ac rB ne o o g v ia marco na paisagem, não interferindo de maneira negativa. aI ch Ru rS

Fig. 11.2: Rua Álvaro Boschin | 2 pavimentos Fonte: Arquivo Pessoal

10

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100

Fig. 11.3: Rua José Antônio Bernardes | térrea Fonte: Arquivo Pessoal

37


CONDICIONANTES URBANÍSTICOS | MAPA DE USO DO SOLO Através do estudo de predominância sobre o uso do solo de cada quadra, é possível identificar o grande número de residências na área, seguidos de edifícios institucionais tais como: Unidade de Saúde da Família localizada na Rua Victor João Castânia; Escola Estadual Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo, localizada na Rua Oscar Schiavone e um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS 4, localizado na Rua José Antônio Bernardes. Há também um sistema de área verde no quarteirão da área de intervenção, que ainda não foi realmente implementado em termos de a eir projeto, mas há um direcionamento para funcionar comolvapraça. So lio í

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ÁREAS VERDES

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Fig. 12.1: Sistema de área de lazer não implementado Fonte: Arquivo Pessoal

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TERRENO ESCOLHIDO RESIDENCIAL INSTITUCIONAL ÁREA VERDE

1

Fig. 12.3: Rua Álvaro Boschin Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 12.4: Rua Igor Bacalini Gimenes Fonte: Arquivo Pessoal

2

ÁREAS RESIDENCIAIS

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Fig. 12.5: CRAS 4; Rua José Antônio Bernardes Fonte: Arquivo Pessoal

38

Fig. 12.7: E.E Jardim Doutor Paulo Fig. 12.6: USF; Rua Victor João Castânia Gomes Romeo; Rua Oscar Schiavone Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 12: Mapa de Uso do Solo Fonte: Arquivo Pessoal

20

ÁREAS INSTITUCIONAIS

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100


CONDICIONANTES URBANÍSTICOS | MAPA DE EQUIPAMENTOS URBANOS

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O mapa em questão localiza e identifica a escala e o tipo de cada equipamento da área e os classifica quanto ao tipo e escala de abrangência. Nota-se que na área não há uma variedade de equipamentos que possa dar suporte a população local, com isso o mapa irá indicar de forma mais detalhada os equipamentos nos arrededores do terreno escolhido. Percebe-se também uma carência de mobiliários urbano que de suporte a todas as pessoas que frequentam essa região: as calçadas são poucos acessíveis e mal conservadas, há também poucas lixeiras. Na a eir área não há mobiliário para convívio, descanso e permanência. So va lio í Ru g Sil ir aD a V d escola de nível estadual (E.E. . Como equipamento de educação há uma r. G tel Av ald n e os m i An P s Doutor Paulo Gomes Romeo); equipamento de saúde há uma Unidade e a gul i n n e o ô t m i a n A G eir i aAugusto Arita) n de Saúde da Família ( USF - César e de assistência social há i u So a al R io c ilv a gíl r B i aS r V ld e v. o CRAS 4 (Centro de Referência de Assistência Social). A partir desses go e I n t A o a en iav Ru Pim ch es 5 dados percebe-se que em uma escala local nia r S não há equipamentos en ô a t 4 c im n s A G 1 a ni ali Ru suficientes que dê suporte a população. Rua O 2 ac rB Lu

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TERRENO ESCOLHIDO ÁREA VERDE

NATUREZA DO EQUIPAMENTO

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ESCALA DE ABRANGÊNCIA DO EQUIPAMENTO

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Fig. 13: Mapa de 20 Equipamentos Urbanos 10 50 100 Fonte: Arquivo Pessoal

5 0

ESCALA DA CIDADE ESCALA DO BAIRRO ESCALA DA VIZINHANÇA

39


CONDICIONANTES URBANÍSTICOS | MAPA DE TRANSPORTE COLETIVO Neste mapa é possível observar a localização dos pontos de ônibus. É importante ver a disponibilidade de transporte público nas proximidades do terreno escolhido, pois torna o equipamento que será a a projetado acessível para todos. eir eir So So a o i l a í io Silv l g í ilv r i Percebe-se também que os pontos de ônibus em sua maioriav. Vnão g aS Vir el da d . l t A te Av en en oferecem abrigo ou assentos, sendo prejudicial à população local. im Pim es aP

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PONTO DE ÔNIBUS TERRENO ESCOLHIDO ÁREA VERDE

Fig. 14: Mapa de Transporte Coletivo Fonte: Arquivo Pessoal 5 0

Fig. 14.1: Ponto de Ônibus - Rua Oscar Schiavone Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 14.2: Ponto de Ônibus - Rua Oscar Schiavone Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 14.3: Ponto de Ônibus - Rua Albertina Tonon Boschin Fonte: Arquivo Pessoal

4

5

6

Fig. 14.4: Ponto de Ônibus - Rua Luiz Granatto Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 14.5: Ponto de Ônibus - Rua Luiz Granatto Fonte: Arquivo Pessoal

Fig. 14.6: Ponto de Ônibus - Rua João Antônio Bernardes Fonte: Arquivo Pessoal

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VISÃO SERIAL DO ENTORNO IMEDIATO A D

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Fig. 16: Visão serial do entorno imediato Fonte: Arquivo Pessoal

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Fig.16.1 à 16.17: Fotos da visão serial do entorno imediato Fonte: Arquivo Pessoal

41


CARACTERIZAÇÃO FÍSICA | PLANTA DO TERRENO ÁREA TOTAL DO TERRENO 612,0 744,99m²

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA | CORTE TRANSVERSAL DO TERRENO E ENTORNO

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CRAS 4 Caracterização Física do Lote Escala - 1:500

Fig. 17: Planta da caracterização física do lote Fonte: Arquivo Pessoal

Os ventos predominantes sopram no sentido Sudeste-Noroeste. 28,57m

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA | CORTE LONGITUDINAL DO TERRENO E ENTORNO 19,66m RUA ÁLVARO BOSCHIN SENTIDO DAS RUAS

42

RUA JOSÉ ANTÔNIO BERNARDES

RUA JOSÉ ANTÔNIO BERNARDES

CORTE TRANSVERSAL - ESCALA 1:100

607,0

CORTE LONGITUDINAL - ESCALA 1:100

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Fig. 18: Terreno escolhido Fonte: Arquivo Pessoal



REFER ÊN CIAS PRO JETU AIS

04


CENTRO DE BEM - ESTAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM PARIS | MARJAN HESSAMFAR & JOE VERONS ARCHITECTES ASSOCIES

04

CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA C.O | HIBINOSEKKEI + YOUJI NO SHIRO

NÚCLEO ANTÔNIO MARINCEK | RIBEIRÃO PRETO; SP

As referências projetuais foram selecionadas para dar suporte ao tema da pesquisa, de acordo com o objeto escolhido e de forma que justifiquem a fundamentação teórica e os levantamentos. Há uma dificuldade de achar exatamente programas vinculados à um Centro de Apoio, pois geralmente eles estão ligados a uma vulnerabilidade específica. Sendo assim, três projetos foram selecionados: dois deles que perpassa por um programa mais vasto (com áreas de descanso, áreas de apoio psicopedagógico, áreas de oficinas etc.), para que dialogasse com uma distribuição programática maior. Já o terceiro é um Centro de Apoio na cidade de Ribeirão Preto - SP, que não necessariamente possui uma qualidade arquitetônica inerente. A escolha do mesmo foi para ver quais os tipos de positividades que poderá absorver no projeto e que tipo de defasagem que ele encontra, pois com a implantação de um novo Centro de Apoio irá tentar sanar ao máximo essas defasagens. 45


CENTRO DE BEM - ESTAR PARA CRIANร AS E ADOLESCENTES EM PARIS | MARJAN HESSAMFAR & JOE VERONS ARCHITECTES ASSOCIES

46

Fig.1: Centro de Bem - Estar para crianรงas e adolescentes em Paris Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo


FICHA TÉCNICA

Marjan Hessamfar nasceu em 15

de maio de 1973 em Teerã, Irã. Formou-se na Escola Nacional Superior de Arquitetura e Paisagem de Bordéus em 2002.

Arquitetos: Marjan Hessamfar & Joe Vérons Localização: Porte dels Lilas, 75019 Paris, França Área: 6225.0m² Ano do Projeto: 2013 Fotografias: Vincent Fillon Engenheiro Estrutural: OTCE bet Engenheiro de Desenvolvimento Sustentável: Inddigo hqe Cozinha Integrada: Fisher Cliente: DUMEZ

Joe Vérons nasceu em 12 de

janeiro de 1973 em Aubagne. Formou-se na Escola Nacional Superior de Arquitetura e Paisagem de Bordeaux em 2002.

Fig.2: Centro de Bem - Estar para crianças e adolescentes em Paris Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

47


Acesso

Acesso

AV EN UE

DU

DO CT EU R

GL

EY

IMPLANTAÇÃO | PLANO DE MASSAS | RELAÇÃO COM O OBJETO

RUE PAUL MEURICE | Entrada Principal

Fig.3: Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato. Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Fig.4: Planta de Localização Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Fig.5: Plano de Massas Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

RELEVÂNCIA DA LEITURA PARA O PROJETO

Maison d’ accueil de I’enfance Eleanor Roosevelt é um centro residencial de emergência gerido pelo departamento local do bem-estar infantil (Aide Sociale à I’ Enfance - ASE) em París. Proporciona um abrigo de emergência a menores de idade sob tutela legal. O objetivo principal do Centro Bem - Estar para crianças e adolescentes em París, é proporcionar apoio prático, educacional e psicológico. O centro residencial de emergência funciona como um abrigo para crianças e um lar de cuidado, onde os jovens sentem-se bem-vindos, protegidos e atendidos. É também um lugar de transição, que incentiva a criação de vínculos familiares com calma e supervisão. A noção “emergência” não deve ser percebida pelas crianças, já que elas devem sentir-se tranquilas: este é um lugar onde, finalmente, podem sentir-se completamente seguras. É também fundamental que se faça tudo o que for possível para assegurar que suas necessidades educativas sejam cumpridas. 48

Arrisca-se, no presente trabalho, a dizer que o conceito de leveza é um dos que perpassam as ideias do projeto, tendo em vista que as sensações que a arquitetura causa nos seus usuários, no seu público alvo ou em qualquer pessoa que perpassa por ele, são sensações que podem trazer uma série de sentimentos, tanto positivos, quanto negativos. No caso específico de um Centro de Apoio a ideia é que esse sentimento seja de cunho positivista. Nesse sentindo, trazer uma ideia de leveza é interessante, agregando um valor positivo ao projeto. Destaca-se como característica projetual de relevância, a ideia do conceito de leveza estrutural, leveza volumétrica, pois o edifício tem uma leveza de interior e exterior, havendo um equilíbrio de atividades que acontecem na parte descoberta e atividades que acontecem dentro dele; há também uma leveza do próprio sistema construtivo no uso de materiais, sendo eles pré-moldados. Para além de um conceito geral, alguns detalhes podem ser interessantes, por exemplo a distribuição programática (dimensionamento de dormitórios diferentes, dimensionamento de espaços de oficinas que possam abrigar números distintos de pessoas). Outra característica projetual são os sistemas de aberturas, com a ideia da utilização de brises, elementos vazados externos móveis, trazendo uma plástica diferente para a fachada agregando valor e homogeneidade as visuais do projeto.


DESENHOS TÉCNICOS | SETORIZAÇÃO | CIRCULAÇÃO | ÁREAS PESSOAIS X ÁREAS COLETIVAS 1 - Circulação Princi-

Circulação Vertical Em relação à planta o projeto estrutura-se em uma forma de “L” com distanciamentos volumétricos que permitem respiros ou uma composição de cheios e vazios deixando assim grandes terraços recreativos em cada piso. Este sistema de camadas permite a entrada de iluminação e ventilação em todos os espaços alocados nesses setores da planta e um vínculo maior entre interior e exterior. Para otimizar ao máximo a entrada de luz natural, os arquitetos decidiram então posicionar o edifício em torno de jardins delimitados por suas duas volumetrias construídas.

pal 2 - Home Office 3 - Equipe de Educação, escritório 4 - Sala de Espera 5 - Dormitório de Visitantes dos pais 6 - Escritório de Serviço Social 7 - Enfermaria 8 - Sala de Reunião 9 - Escritório de Gestão e Administração 10 - Escritório de Serviços

Circulação Vertical

pátio interno

Circulação Vertical

ACESSO ACESSO

PLANTA TÉRREO

ACESSO

Fig.6: Planta Térreo Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

1 - Eixo de Circulação Principal 2 - Eixo de Circulação Secundário 3 - Eixo de Circulação Secundário 4 - Dormitório Individual 5 - Dormitório Adaptado 6 - Escritório de Educação 7 - Sala de Jantar 8 - Sala de Jogos 9 - Sala de Esportes 10 - Sala de Aula 11 - Mediateca

pátio interno

Circulação Vertical Fig.1.1: Parte externa Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Circulação Vertical CIRCULAÇÃO PRINCIPAL ÁREAS COLETIVAS ÁREAS PESSOAIS ÁREAS LIVRES

Fig.7: Planta Primeiro Piso Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

PLANTA PRIMEIRO PISO

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DESENHOS TÉCNICOS | SETORIZAÇÃO | CIRCULAÇÃO | ÁREAS PESSOAIS X ÁREAS COLETIVAS 1 - Eixo de Circulação Principal 2 - Eixo de Circulação Secundário 3 - Dormitório de 3 camas 4 - Banheiro compartilhado 5 - Escritório - Equipe de Educação 6 - Sala de Jantar 7 - Sala de Jogos 8 - Sala de Leitura 9 - Sala de Psicomotor 10 - Jardim de Infância 11 - Escritório 12 - Terraço de Jogos

laje jardim O edifício é estruturado a partir de pátios internos que se configuram como vazios, a partir deles os usuários tem a possibilidade de visualização de todos os níveis da edificação, pois em qualquer lugar que esteja na edificação a partir do pátio consegue-se ter visualização dos outros espaços.

pátio interno

pátio interno

laje jardim

Circulação Vertical

1 - Eixo de Circulação Primário 2 - Eixo de Circulação Secundário 3 - Dormitório de 3 camas 4 - Banheiro Feminino 5 - Banheiro 6 - Escritório - Equipe de Educação 7 - Sala de Jantar 8 - Sala de Jogos 9 - Sala de Aula 10 - Mediateca 11 - Escritório

Fig.8: Planta Segundo Piso Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

PLANTA SEGUNDO PISO

Circulação Vertical

pátio interno

CIRCULAÇÃO PRINCIPAL ÁREAS COLETIVAS

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ÁREAS SOCIAIS ÁREAS LIVRES LAJE JARDIM

Fig.9: Planta Terceiro Piso Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

PLANTA TERCEIRO PISO


DESENHOS TÉCNICOS | SETORIZAÇÃO | CIRCULAÇÃO | ÁREAS PESSOAIS X ÁREAS COLETIVAS

Fig.11: Parte externa do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

laje jardim

1 - Dormitório 2 - Dormitório 3 - Dormitório 4 - Dormitório 5 - Jardim de Infância 6 - Escritório de Educação 7 - Sala de Ausculta 8 - Escritório Versátil 9 - Sala de Visita 10 - Espaço DML 11 - Quarto - Alimentaçãodo Bebê 12 - Escritório 13 - Terraço de Jogos

Fig.12: Parte externa do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

laje jardim Circulação Vertical

pátio interno

Fig.10: Planta Quarto Piso Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

Percebe-se que no edifício há semelhança com unidades de apartamentos, sendo com 3 dormitórios, um grande espaço de sociabilidade e uma área molhada de apoio direto, não precisando se locomover para fazer as necessidades, sendo uma unidade autônoma. Portanto, nota-se que não se tratam apenas de dormitórios individualizados, e sim um núcleo habitacional que da suporte a várias ativiades, inclusive atividades de preparo de alimentos, higiene pessoal, etc.

CIRCULAÇÃO PRINCIPAL ÁREAS COLETIVAS ÁREAS SOCIAIS ÁREAS LIVRES LAJE JARDIM

PLANTA QUARTO PISO

Circulação Ver�cal

1 - Alojamento do Pessoal 2 - Passarela Exterior 3 - Não telhado acessível

Fig.13: Planta Quinto Piso Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

PLANTA QUINTO PISO

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DESENHOS TÉCNICOS | SETORIZAÇÃO | CIRCULAÇÃO | ÁREAS PESSOAIS X ÁREAS COLETIVAS 1 - Armazenamento de loja 2 - Sala de Equipamentos 3 - Enfermaria 4 - Sala de Espera 5 - Sala de Visita 6 - Quarto Individual (12-18 anos) 7 - Quarto Coletivo (3-6 anos) 8 - Sala de Jantar 9 - Quarto Coletivo (6-12 anos) 10 - Berçário 11- Alojamento Pessoal

Fig.14: Corte AA do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

1 - Sala de Epera 2 - Gestão de Escritórios 3 - Escritório de Serviços Responsáveis 4 - Armazenamento de loja 5 - Biblioteca de funcionários 6 - Oficina 7 - Despensa 8 - Quarto de adolescente 9 - Midiateca 10 - Sala de Aula 11 - Sala de Jogos 12 - Sala de Jantar 13 - Quarto (3-6 anos) 14 - Ecritório Educador 15 - Quarto (6-12anos) 16 - Unidade Berçário (0-3 anos) 17 - Terraço de Jogos 18 - Alojamento Pessoal ÁREAS COLETIVAS ÁREAS PESSOAIS ÁREAS LIVRES

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CORTE AA

Circulação Ver�cal

Fig.15: Corte BB do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

CORTE BB


DESENHOS TÉCNICOS | necessidades específicas do centro de apoio 1 - Circulação Principal 2 - Home Office 3 - Equipe de Educação, escritório 4 - Sala de Espera 5 - Dormitório de Visitantes dos pais 6 - Escritório de Serviço Social 7 - Enfermaria 8 - Sala de Reunião 9 - Escritório de Gestão e Administração 10 - Escritório de Serviços

Fig.6.1: Planta Térreo - nessecidade do centro Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

1 - Eixo de Circulação Principal 2 - Eixo de Circulação Secundário 3 - Eixo de Circulação Secundário 4 - Dormitório Individual 5 - Dormitório Adaptado 6 - Escritório de Educação 7 - Sala de Jantar 8 - Sala de Jogos 9 - Sala de Esportes 10 - Sala de Aula 11 - Mediateca 12 - Lavanderia 13 - Escritório

PLANTA PRIMEIRO PISO

PLANTA TÉRREO

Fig.7.1: Planta Primeiro Piso Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREAS DE ACESSO (coletivas) ÁREAS DE ALIMENTAÇÃO ÁREAS DE RECREAÇÃO ÁREAS SOCIAIS - áreas de descanso ÁREAS PSICOLÓGICAS | TERAPÊUTICAS ÁREAS ADMINISTRATIVAS

PLANTA SEGUNDO PISO

1 - Eixo de Circulação Principal 2 - Eixo de Circulação Secundário 3 - Dormitório de 3 camas 4 - Banheiro compartilhado 5 - Escritório - Equipe de Educação 6 - Sala de Jantar 7 - Sala de Jogos 8 - Sala de Leitura 9 - Sala de Psicomotor 10 - Jardim de Infância 11 - Escritório 12 - Terraço de Jogos

Fig.8.1: Planta Segundo Piso | necessidades do centro Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

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DESENHOS TÉCNICOS | necessidades específicas do centro de apoio 1 - Eixo de Circulação Primário 2 - Eixo de Circulação Secundário 3 - Dormitório de 3 camas 4 - Banheiro Feminino 5 - Banheiro 6 - Escritório - Equipe de Educação 7 - Sala de Jantar 8 - Sala de Jogos 9 - Sala de Aula 10 - Mediateca 11 - Escritório

Fig.9.1: Planta Terceiro Piso | nessecidades do centro Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

1 - Dormitório 2 - Dormitório 3 - Dormitório 4 - Dormitório 5 - Jardim de Infância 6 - Escritório de Educação 7 - Sala de Ausculta 8 - Escritório Versátil 9 - Sala de Visita 10 - Espaço DML 11 - Quarto - Alimentaçãodo Bebê 12 - Escritório 13 - Terraço de Jogos

PLANTA TERCEIRO PISO

PLANTA QUARTO PISO

Fig.10.1: Planta Quarto Piso | nessecidades do centro Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREAS DE ACESSO (coletivas) ÁREAS DE ALIMENTAÇÃO ÁREAS DE RECREAÇÃO ÁREAS SOCIAIS - áreas de descanso ÁREAS PSICOLÓGICAS | TERAPÊUTICAS ÁREAS ADMINISTRATIVAS

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1 - Alojamento do Pessoal 2 - Passarela Exterior 3 - Não telhado acessível Fig.13.1: Planta Quinto Piso | nessecidades do centro Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

PLANTA QUINTO PISO


SISTEMA CONSTRUTIVO: MATERIALIDADES

Fig.14.1: Corte AA do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

O elemento vazado da fachada é de madeira emoldurada em metal enquanto que os pilares, vigas e lajes são de concreto. A estrutura de concreto de vigas e pilares em toda a construção permitem um certo grau de flexibilidade, é porque a vedação é independente da estrutura . Fig.17: Materialidade da fachada Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Os elementos exteriores pré-fabricados de concreto foram feitos com cimento branco sem eletrodos, portanto, o concreto é auto-limpante e não vai ter sua cor alterada com o tempo mantendo assim seu aspecto original. A escolha de material auto-limpante é importante para combater o clima e a contaminação gerada pelo intenso tráfego, pois por perto passam as principais vias circundantes de Paris. Cimento branco, persianas de cor de outro e metálico são utilizados em todas as fachadas, reforçando a sensação de homogeneidade ao longo de todo o centro.

Fig.16: Parte estrutural do Corte AA Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo (modificado)

Edifício pensado a partir de módulos, inclusive o sistema estrutural.

CORTE AA

LAJE EM BALANÇO (sensação de leveza ao edifício). Percebe -se que os volumes são iguais, com isso a ideia de esconder as vigas. O elemento vazado está estruturado a partir dessas lajes que avançam.

O sistema de aberturas no edifício vai permitir entrada positiva de iluminação, insolação natural e ventilação em alguns momentos que precisa garantir um certo grau de privacidade, controlando também a incidência desses raios solares. Nesse sentido esses elementos vazados são justamente para haver um controle, colocando então elementos móveis. Para além disso dando uma linguagem de unidade para o edifício, conseguindo assim um sistema que abertura que se comunica (linguagem em comum). Fig.18: Elementos exteriores (materialidade) Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Fig.19: Parte externa Centro de Bem - Estar para crianças e adolescentes em Paris Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

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PROJETO DO OBJETO (escalas distintas de elaboração de projeto) Há uma preocupação dos arquitetos em transformar o espaço em um lugar agradável e que traga sensação positiva, acolhedora, com isso não projetam somente a escala do edifício (arquitetura) mas também o interior (entrando na escala do objeto). Para manter uma sensação acolhedora ao longo do projeto, uma demanda colocada aos arquitetos foi desenhar a comunicação visual e mobiliário do seu interior. O contato regular com o pessoal permitiu a criação de uma sinalização poética e lúdica.

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Este tipo de instituição está sujeito a constantes mudanças, não só durante a vida útil do edifício em si, mas também em todas as etapas do projeto. Edifício projetado como uma matriz que permite amplas possibilidades de mudanças durante etapas de estudos do projeto. Por exemplo, os grandes corredores não foram desenhados apenas como passagens, mas também podem ter outros usos caso seja necessário.

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Fig.24: Corredor com ligação externa Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

RELAÇÃO COM O OBJETO A SER IMPLANTADO

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Fig.20 à 22: Imagens Interna Centro Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Também postou-se por fazer da escada principal um importante ponto central, não sendo apenas um elemento de ligação entre níveis subsequentes, mas sim um grande passeio pelo projeto, pois há vastas aberturas direcionando o olhar para o meio físico exterior. Foi dado ênfase na concepção de finalidade mobiliário contruído.

Fig.23: Imagens da escada principal do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

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Fig.25: Imagem interna Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

O centro cujo foco será a inclusão de crianças e adolescentes em situações vulneráveis em um espaço físico que minimamente atenda às suas necessidades iminentes, sobretudo, as vinculadas à defasagens de aprendizado, complementação de potencial intelectual, suporte à problemáticas de ordem psicológica, propagação de cultura e realização de atividades de recreação, lazer e esporte. O principal objetivo deste centro será auxiliar a vida dessas pessoas, baseando-se na reabilitação social e psicológica da criança e adolescente, pois, além de propor a inclusão das mesmas à sociedade enquanto cidadãos reconhecidos por todos e por si mesmos, tende também a criar espaços que possam atraí-los e estabelecer vínculos de sociabilidade, compartilhamento de experiências, diálogo, etc., de forma a dirimir possíveis obstáculosde tais indivíduos para com o mundo que os cerca. Desta maneira, o centro de apoio pretende oferecer um programa de suporte educacional, psicológico, será tanto um abrigo como um locus de atendimento , onde os jovens se sintam acolhidos, protegidos e cuidados e, também, um lugar de orientação onde se incentivará a criança e o estabelecimento de vínculos familiares. Portanto, a presente leitura projetual se relaciona diretamente ao futuro projeto deste trabalho, nesse sentido trazer não só como influência programática mas também esse aspecto de seguridade, tranquilidade oferecida para o lado psicológico da criança.


CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA C.O | HIBINOSEKKEI + YOUJI NO SHIRO FICHA TÉCNICA

Arquitetos: HIBINOSEKKEI, Youji no Shiro Localização: Hiroshima, Prefeitura de Hiroshima, Japão Área do Terreno: 1050,59m² Área de Superfície: 595,33m² Área Construída: 940,60m² Fotografias: Studio Bauhaus, Ryuji Ino

SELEÇÃO DO PROJETO

A seleção da Creche e Jardim de Infância C.O como leitura projetual tem relação com o tema proposto. O objetivo principal aqui colocado é a relação da criança com o próximo. Propõem em seu edifício, uma integração interior e exterior, onde todos que utilizam o café, ou passam pela rua, conseguem ver as crianças fazendo as atividades. A parte interna da edificação tem um entreterimento vinculado diretamente à recreação das crianças.

IMPORTÂNCIA DO PROJETO

Saber trabalhar com espaços que sejam ora abertos ora fechados, através de intencionalidades, integrando o interior (que são as crianças que estão aprendendo suas atividades, se desenvolvendo), com o exterior, (que são os pais e todas as pessoas que vivem ou passam por ali, podendo observar o que estão fazendo). Tornando-se um local que faz com que as instâncias coletivas e privadas se dialoguem. Além da própria arquitetura “conversar com as crianças”, devido ao caráter lúdico que ela tem. No edifício há um equilíbrio entre uma arquitetura mais sóbria com alguns elementos que vão dando um certo grau lúdico.

RELEVÂNCIAS PARA O PROJETO A SER IMPLANTADO

Ambientes como ponto de encontro; Separação dos usos, definindo o que é creche, berçário e área externa de recreação; Projeto dialoga com o seu entorno; Edifício como entreterimento para as crianças (portas, janelas, mobiliários, entre outros).

Percebe-se pelo projeto anterior e por este, que o público alvo tem uma distinção em termos de dimensionamento, provavelmente no projeto anterior se tem um público alvo mais vasto a ser atendido do que neste. Nesse sentido vemos a escala arquitetônica, quantos pavimentos necessitam, dimensionamento longitudinal e transversal, etc.

Fig.26: Imagem externa Creche e Jardim de Infância C.O / HIBINOSEKKEI + Youji no Shiro Fonte: Archdaily | goo.gl/Xji3ij

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Circulação Vertical

DESENHOS TÉCNICOS | DIVISÓRIA SETORIZAÇÃO

Dormitório com acesso direto, com isso a área de estocagem já está colocada no projeto, sendo armários ou prateleiras (guarda-volume) dentro do ambiente que já está projetado. Percebe-se então que há armários dupla face de um lado sendo prateleiras menores e do outro prateleiras maiores. Circulação Vertical

Percebe-se que pelo projeto anterior e por este, há uma relação de cheios e vazios. Neste projeto não há um pátio interno como no outro, mas é um vazio que penetra no edifício (como se o edifício abraçasse o meio exterior - parquinho).

Circulação Vertical

Circulação Vertical

Fig.27: Planta Térreo | setorização Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

ACESSO PRINCIPAL

ACESSO SECUNDÁRIO

PLANTA - PAVIMENTO TÉRREO

1 - Cozinha 2 - Café | Lanchonete 3 - Quarto 4 - Piscina Coberta 5 - Escritório 6 - Banheiro 7 - Sala de Brinquedos CIRCULAÇÃO 8 - Sala de Reuniões 9 - Parquinho ÁREA RESTRITA PARA FUNCIONÁRIOS 10 - Local de Embarque|Desembarque ÁREA PARA CRIANÇAS 11 - Piscina de Areia ÁREA COLETIVA

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Fig.28: Planta Pav. Superior | setorização Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

PLANTA - PAVIMENTO SUPERIOR


DESENHOS TÉCNICOS | CORTES

MARQUISE QUE AVANÇA PARA PROTEGER O PASSEIO

SISTEMA ESTRUTURAL: Não existem análises escritas mas presume-se que o sistema estrutural é independente da vedação, dado MARQUISE QUE ao fato que consegue-se entender elementos AVANÇA PARA em laje, elementos como vigas e pilares, então PROTEGER O PASSEIO provavelmente a esturuta também é independente da vedação. Percebe-se também que pela robustez da seção vertical são elementos em concreto. Esta análise está sendo feita pautada na interpretação das peças gráficas que estão colocadas.

Fig.29: Corte do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

O desenho das esquadrias e as dimensões são variadas, mas há um certo ritmo e algumas semelhanças entre elas. A variabilidade na altura e no peitoril traz para o projeto um caráter lúdico.

Fig.30: Corte do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

A abertura zenital tem como importância no que podemos chamar de quinta fachada (quinta elevação), pois não temos um trabalho de abertura só nas superfícies laterais, mas se tem na cobertura do edifício como uma quinta fachada, podendo ABERTURA utilizar de aberturas zenitais para ZENITAL melhoria da iluminação. .

Fig.31: Corte do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Fig.33: Corte do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

1 - Cozinha 2 - Café | Lanchonete 3 - Quarto 4 - Piscina Coberta 5 - Escritório

Fig.32: Corte do edifício Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

PLANOS TOTAIS DE ABERTURA que vão do piso acabado inferior até atingir o elemento estrutural (viga)

ÁREA RESTRITA PARA FUNCIONÁRIOS ÁREA PARA CRIANÇAS ÁREA COLETIVA

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DESENHOS TÉCNICOS | FACHADAS A Fachada Norte do edifício, encontra-se muitas janelas, com fechamento de vidro, possibilitando a entrada de luz, na parte onde está localizada as salas de aula. FACHADA NORTE

Fig.34: Fachada Norte Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

A Fachada Leste do edifício, encontra-se muitas aberturas, sendo janelas e portas, com fechamento de vidro e madeira, possibilitando a entrada de luz e fazendo a integração interior e exterior. As portas dão aberturas para o pátio interno (área de recreação - parquinho) FACHADA LESTE

Fig.35: Fachada Leste Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

A Fachada Oeste do edifício, encontra-se muitas aberturas, sendo janelas e apenas uma porta, com fechamento de vidro e madeira, possibilitando a entrada de luz.

Fig.36: Fachada Oeste Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

FACHADA OESTE

A Fachada Sul do edifício, encontra-se muitas aberturas, sendo janelas e muitas portas, com fechamento de vidro e madeira, além de possibilitar a entrada de luz, na área interna do edifício. Fachada de visualização principal dos que chegam ou saem do edifício.

FACHADA SUL

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Fig.37: Fachada Sul Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo


ADEQUAÇÃO DO MOBILIÁRIO A ESCALA DA CRIANÇA

MATERIALIDADE |PROJETO DO OBJETO (escalas distintas de elaboração de projeto)

Fig.42: Portas de vidro Fig.43: Aberturas de vidro Fonte: Archdaily | Fonte: Archdaily | goo.gl/dgoo.gl/dmCXHo mCXHo

A própria alvenaria se torna entreterimento para as crianças, como mostra a figura, as mesmas estão escalando, se divertindo, trazendo para a parede um novo uso.

As prateleiras toda em branco, tem como função guardar os calçados das crianças, nos momentos em que estão brincando, aprendendo dentro do edifício. Percebe-se também que as prateleiras estão na escala da criança, não avançando.

INTERAÇÃO DA COMUNIDADE LOCAL

Fig.38: Parte interna do edifício utilizando a própria alvenaria como entreterimento Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

As portas e janelas são inteiras de vidro, permitindo visibilidade dos espaços. Nota-se também que nas aberturas zenitais são utilizados cores primárias. No projeto há uma preocupação de “rasgar” as aberturas de início ao fim ma s sempre pensando em um anteparo (guarda - corpo) para ter um certo controle das atividades das crianças.

Fig.44: Portas com características geométricas Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Fig.39: Integração do café Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

SOBREPOSIÇÃO DE USOS

O café presente no edifício é um lugar totalmente aberto tanto para a parte externa da rua, quanto para parte interna da creche, permitindo que os pais vejam seus filhos e que também participem do seu crescimento.

Fig.40: Paredes com usos Fig.41: Parede como entreterimento Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

Outras paredes do edifício que apresentam usos, não sendo somente paredes que separam os espaços.

As outras portas existentes no edifício, tem características geométricas, que lembram desenhos de crianças. Com isso o edifício se torna convidativo para se entrelaçar com as crianças. Também há a utilização das cores primárias nas abert u r a s . Fig.45: Integração das crianças com o externo Fonte: Archdaily | goo.gl/dmCXHo

No edifício há dois pavimentos, sendo lugares aconchegantes, pois integra o lado interior e o lado exterior, utilizando em grande maioria do projeto fechamento de vidros permitindo assim uma maior visibilidade. O edifício acrescenta lugares abertos, ao ar livre, permitindo a sensação de liberdade das crianças. As paredes, os mobiliários, as esquadrias tudo se torna diversão, fazendo parte dos ensinamentos das crianças, através do entreterimento. O edifício é um lugar amplo, permitindo uma maior permeabilidade visual, para que as crianças possam brincar, se divertir e que também aprendam uns com os outros. 61


NÚCLEO ANTÔNIO MARINCEK | RIBEIRÃO PRETO; SP CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL Nome: Núcleo de Atendimento à criança e ao Adolescente - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Endereço: Rua Roberto Michelin, nº95, Jardim Antônio Marincek - Ribeirão Preto; SP. O SCFV do Marincek é um equipamento público fundado em 16 de abril de 1996, fazendo parte da Secretaria de Assistência Social de Ribeirão Preto (SEMAS). O sistema de ensino é sócio - educativo e o horário de funcionamento ocorre nos dois períodos, no contraturno escolar. Segundo a coordenadora, Marisa Felippin Marchetti, o SCFV do Marincek é um dos poucos núcleos que foram construídos próprio para o uso, pois a maioria foram adaptados de construções já existentes.

Fig.49: Núcleo de Atendimento à criança e ao adolescente; Bairro Antônio Marincek; Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.46: Mapa da cidade de Ribeirão Preto - SP Fonte: Google Earth

Fig.47: Mapa do Bairro Antônio Marincek; Ribeirão Preto - SP Fonte: Google Earth

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Fig.48: Núcleo de Atendimento à criança e ao adolescente - Bairro Antônio Marincek; Ribeirão Preto - SP Fonte: Google Earth

O Núcleo de Atendimento à criança e ao Adolescente Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (MARINCEK), não há uma qualidade espacial arquitetônica, mas a presente leitura irá pautar a distribuição programática e o seu funcionamento. Com essa leitura, poderá ser feita a comparação com os projetos anteriores, não havendo uma qualidade tão bem estruturada da parte lúdica e da permeabilidade visual.


Fig.50: Crianças em atividades externas Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.51: Crianças em atividades externas com a educadora Fonte: Arquivo Pessoal

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ATENDIDA

O núcleo atende crianças de 06 à 15 anos de idade que estão em situação de vulnerabilidade social, em virtude da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nula acesso aos serviços públicos, fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social), discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiência, entre outros. Abrange os bairros da região que são: Marincek, Heitor Rigon, Valentina Figueiredo, Jardim Jandaia e Geraldo de Carvalho. O SCFC do Marincek tem a capacidade física de atender até 200 crianças em estado de vulnerabilidade, porém, no momento encontra-se com 82 alunos frequentando regularmente, devido a quantidade de funcionários, pois no momento há apenas 3 educadoras, 1 cozinheira e 1 coordenadora, além da assistente social e do psicólogo. No momento em que o SCFV contava com uma quantidade de funcionários maior, que eram: 1 coordenadora, 7 funcionários públicos e efetivos (sendo 3 educadoras de sala, 2 cozinheiras e 2 vigias noturno), 2 estagiários, 2 aprendiz da FUNDET, 1 auxiliar de limpeza e 2 vigias tercerizados, eram atendidas exatas 200 crianças regularmente.

Fig.53: Calendário semanal das atividades do SCFC do Marincek - Período da manhã Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.52: Crianças em atividades externas (bricando de amarelinha) Fonte: Arquivo Pessoal

CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E OS OBJETIVOS

As atividades desenvolvidas no SCFC são lúdicas, culturais, recreativas e esportivas. O núcleo não é um reforço escolar, mas sim trabalha de forma à recuperar os vínculos perdidos (tanto social, quanto familiar) dessas crianças em estado de vulnerabilidade. O objetivo do núcleo é propiciar uma formação cidadã através de atividades integradas e ações que envolvem a família e a comunidade; devolver habilidades, e estimular o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, com abordagem de temas que estão presentes na realidade sociocultural e na vivência individual, social e familiar, com conteúdos para a compreensão da realidade. O núcleo oferece alimentação e com isso à prefeitura fornece mensalmente um cardápio elaborado por nutricionistas com refeições diárias. O SCFV conta com a presença de assistente social e psicólogo que fazem o atendimento individualizado com as crianças e os adolescentes, são essas pessoas que fazem o cadastro único de cada um, gerando um número de identificação (NIS), através desse cadastro o governo municipal controla e disponibiliza os recursos para cada.

Fig.54: Calendário semanal das atividades do SCFC do Marincek - Período da tarde Fonte: Arquivo Pessoal

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E PROGRAMA A caracterização física do SCFV do Marincek é composta por: salão central que a partir dele há distribuição das salas e banheiros para a direita; já para a esquerda há uma distribuição da cozinha, área de serviço, despensa, almoxarifado, brinquedoteca, banheiro de funcionários e coordenadoria. Ao fundo do lote há a quadra de esportes, que segundo a coordenadora do núcleo, é um espaço mais importante, pois é o momento que as crianças se distraem e que todos os dias há atividades, nem que seja apenas 30 minutos. Dado ao fato de ser um edifício antigo, há muito pouco relacionado aos desenhos técnico, por isso houve no edifício uma leitura mais abstrata a partir de croquis. 1 - O salão possui apenas janelas em uma das paredes, com isso há pouca iluminação natural, além das janelas serem muito altas. As atividades desenvolvidas no salão são: apresentações, eventos culturais que reúnem os familiares e a comunidade e regularmente também é utilizado como refeitório. 2 - A cozinha conta com equipamentos que auxiliam na execução da alimentação, pela cozinha há o acesso à area de serviço e despensa, também configurada com janelas altas. 3 - A brinquedoteca é uma sala que foi readequada para esse uso, conta com uma prateleira com brinquedos, uma mesa para desenvolverem atividades e dois colchões. Apesar de possibilitar uma boa iluminação natural, as janelas estão no alto também, impedindo uma relação visual da criança e do adolescente com o exterior. 4 - O almoxarifado é um espaço em que se guardam os livros, bolas para a prática de esportes e cestas básicas. Possui armários altos, uma bancada, prateleiras de livros e baldes para armazenar esses objetos. 5 - O núcleo conta também com uma sala de atendimento com psicólogo e assistente social, e na sala possui armários e mesas. É uma sala mais íntima que trata de cada criança e adolescente individualmente. 64

Com a tipificação nacional que estipula as normas gerais do SCFV inclusive do espaço físico, é exigido um ambiente arejado, iluminado e de limpeza adequada, com isso observou-se que em geral são bem iluminados os ambientes, em exceção o salão. O espaço configurado é rígido, tradicional e pesado, em momento algum estimula o lúdico das crianças e dos adolescentes. Percebe-se que apesar de atender às exigências mínimas, não há uma qualidade arquitetônica inerente, pois não houve um projeto que atendesse todas as necessidades dos usuários em geral para estimular a ida de tais para o núcleo.

8

VEST.

5 6

1 7

4

7

1 3

7

2 Administração| serviços gerais

Núcleo principal de sociabilidade interna

Pedagogia

Fig.55: Planta esquemática dos usos do SCFC do Marincek - Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

6 - A coordenadoria conta com armários de armazenamento de documentos, computadores e mesas. 7As atividades em sala são planejadas pelo educador, com roda de conversa, contação de histórias, desenhos, pinturas, leitura de livros infantis, jogos, artesanatos, DVD, etc. As três salas de atividades conta com ventiladores, mesas, cadeiras escolares, lousa e armários, configurando uma sala de aula tradicional, com usos de atividades variáveis. 8A quadra esportiva é o lugar em que as crianças e adolescentes se distraem, interagindo entre si. Para ir à quadra não há nenhuma cobertura, e em dias de chuva dificulta proceder com as atividades, apesar de ser o espaço de maior importância, pois não existe um acesso direto do salão que é uma área coletiva coberta direto com a quadra esportiva.


Fig.56.1

Fig.56.2

Fig.56.3

VEST.

Fig.56.5

Fig.56.4

Fig.56: Planta esquemática dos usos do SCFC do Marincek Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal Fig.56.6

Fig.56.8

Fig.56.7

Fig.56.9

Fig.56.10

Fig.56.1 à 56.10: Imagens internas do SCFC do Marincek - Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

65


VEST.

Fig.57.1

Fig.57.2

Fig.57.3

Fig.57: Planta esquemática dos usos do SCFC do Marincek Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.57.4

O fato do núcleo não ter um projeto prévio na escala do objeto, a parte de armazenamento e estocagem faz com que sejam obrigados a utilizar outros objetos improvisados, não fazendo parte da arquitetura.

Piso granilite para ser limpo rapidamente.

Fig.57.1 à 57.10: Imagens internas do SCFC do Marincek Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

66

Fig.57.5

Fig.57.6

Fig.57.7

Fig.57.8

Fig.57.9

Fig.57.10


O fato das janelas serem muito pequenas e altas e ter o pé direito duplo atrapalha a iluminação interna. Com isso, há um excesso de utilização de iluminação artificial.

VEST.

Fig.58: Planta esquemática dos usos do SCFC do Marincek Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.58.1

Fig.58.2

Fig.58.3

Fig.58.4

Fig.58.5

Fig.58.6

Fig.58.10

Fig.58.7

Fig.58.8

Fig.58.9

Nota-se que no núcleo há uma modulação de pilares, provavelmente essa modulação não é apenas do sistema estrutural, se repetindo também nas aberturas e no dimensionamento das paredes barateando os custos. Dado ao fato de que tudo há a mesma medida, conseguindo então fazer uma seriação industrial. Para uma melhoria no núcleo a modulação não deveria ser pensada apenas para baratear os custos e sim em aberturas generosas para melhorar a qualidade interna. O equipamento carece de muitos benefícios arquitetônicos espaciais, não havendo um projeto da escala do objeto.

Fig.58.11

Fig.58.13

Fig.58.12

Fig.58.1 à 58.13: Imagens internas do SCFC do Marincek Ribeirão Preto Fonte: Arquivo Pessoal

67


Fig. 1: Novo estatuto exclui 25% das famĂ­lias brasileiras. Fonte: https://goo.gl/cp3Kzr


DESEN V O LV I MENTO

05

DO P R OJ E TO


PLANO DE MASSAS: PROPOSTAS INICIAIS

aro

lv Á a

in

h sc

Bo

o

B aro

lv Á a

Ru

Ru

área de serviço pátio central

Rua José Antônio Bern ardes

70

Fig.1.1: Planta do lote escolhido - plano de massas Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.3: 3º estudo preliminar - volumetria Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.2: 1º estudo preliminar - croqui Fonte: Arquivo Pessoal

O volume da área administrativa deve estar disposto na fachada principal do Centro, de forma a poder fazer um pré atendimento à população sem a necessidade de entrar para o pátio central. A área pedagógica dialoga com a área administrativa e faz uma barreira mínima para que nem todas as pessoas pentrem na edificação. O volume será recuado para ter espaço de estacionamento para funcionários. A área serviço está disposta ao fundo para não haver contato direto da população, para não interferir no cotidiano. O pátio central é o partido de projeto, que direciona para todos os ambientes.

6m

área pedagógica

,6

área administrativa

19

6m ,6 19 Fig.1: Planta do lote escolhido - plano de massas Fonte: Arquivo Pessoal

in

h sc

schin

aro Bo Rua Álv

Área Administrativa Área Pedagógica Área de Serviço

O volume da área administrativa deve estar disposto na fachada principal do lote, de forma a poder fazer um pré atendimento à população sem a necessidade de entrar para o pátio central. A área pedagógica será implantada ao fundo, juntamente com a área de serviço para haver um jogo volumétrico na edificação, deixando assim um espaço amplo para o pátio central. A área serviço está disposta ao fundo para não haver contato direto da população, para não interferir no cotidiano. O pátio central é o partido de projeto, sendo a principal circulação do edifício, ele direciona para todos os outros ambientes, o que o torna o ponto de encontro e integração principal. O vazio do pátio central será o articulador dos espaços.


VOLUMETRIAS INICIAIS: MAQUETE FÍSICA

A área de estudo é conhecida por altos índices de violência, perigo, medo e insegurança, com isso as edificações são todas muradas, fragmentando as cidades, destruindo a relação dos edifícios com o espaço público. Após essa percepção, a ideia de projeto com o arranjo volumétrico proposto deveu à isto, pois a volumetria da área administrativa (em vermelho) barra um fluxo de uma das entradas. Já a outra entrada será pensado em algum elemento vazado para bloquear o acesso direto com o pátio central da edificação, com isso será interrompida a permeabilidade física, mas permitindo certa permeabilidade visual. Fig.4: Volumetrias Iniciais Fonte: Arquivo Pessoal Área Administrativa Área Pedagógica Área de Serviço

Fig.4.1: Volumetrias Iniciais Fonte: Arquivo Pessoal Área Administrativa Área Pedagógica Área de Serviço

71


AN

TE

06

PRO JE TO


Fig.1: Localização do terreno escolhido Fonte: Arquivo Pessoal

MEMORIAL JUSTIFICATIVO A organização deste memorial e das peças gráficas produzidas, bem como das vizualizações digitais serão dispostas da maior escala para a menor: primeiro serão apresentados implantação, plantas, cortes e elevações para compreensão do edifício como um todo e sua relação com o entorno; em seguida as imagens externas e internas dos espaços comuns da edificação. Optou-se por um terreno em uma área com grandes índices de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e com uma carência de equipamentos para dar suporte à essa população, localizado na Zona Oeste da cidade de Ribeirão Preto - SP, o lote escolhido encontra-se na esquina entre as ruas José Antônio Bernardes e Álvaro Boschin, possuindo 744,99m²; o perfil natural do terreno é pouco ingreme, possuindo apenas 2 metros de desnível no comprimento longitudinal (sendo 0,07% de inclinação). O anteprojeto foi pensado sobre as restrições legais cabivéis a área: taxa de ocupação mínima do solo é de 70% para todos os tipos de edificação situados no Setor Oeste e Subsetor O - 12; o coeficiente de aproveitamento é de até cinco vezes a àrea do terreno; o solo natural permeável é de 10%; os recuos do lote são de acordo com a legislação municipal, podendo haver o encostamento nas edificações que circundam o terreno escolhido.

RESTRIÇÕES LEGAIS - ZUP ZUP - Taxa de Ocupação 70% - Coef. de Aproveitamento 5 x área do terreno - Recuos Legislação Municipal - Gabarito

Legislação Municipal

SOBRE O LOTE 47,25% 8,3% 0m (porque não ultrapassa o gabarito) 4 pavimentos 73


CONCEITO Os conceitos que serão utilizados no projeto do Centro de Apoio e Assistência à crianças vulneráveis são baseados em elementos lúdicos, espaços amplos, abertos, com arranjos volumétricos, tudo para estimular a imaginação dos usuários. Desta forma, o projeto deve promover o desenvolvimento contínuo de crianças e adolescentes, oferecendo várias atividades profissionalizantes, educativas, de proteção, descanso, diversão e alimentação saudável. Esses critérios e diretrizes projetuais deverão contribuir para que sejam atendidos os aspectos que são fundamentais ao desenvolvimento de todo o ser humano, inclusive para as crianças e adolescentes que irão utilizar o lugar, pois podem manifestar algumas particularidades comportamentais, devido as violências sofridas antes de serem encaminhadas para o Centro.

PARTIDO O partido do Centro de Apoio e Assistência é o vazio como articulador dos espaços, não sendo somente o vazio do pátio por ser o espaço mais livre, mas também no interior do edifício pois os layouts há uma possibilidade de flexibilidade interna. Dada as dificuldades de dimensionamento no terreno, obteve-se um resultado de 3 lajes subsequentes, com 3m de pé direito cada, gerando um vazio no térreo e uma volumetria com arranjos compositivos, sendo eles sobrepostos criando balanços para haver uma maior sociabilidade.

OS USUÁRIOS De acordo com o livro da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009) que foi reordenada em 2013 por meio da Resolução CNAS n° 01/2013, que os serviços Serviços Socioassistenciais organiza-se por faixa etária, para prevenir possíveis situações de risco desvinculado a cada ciclo de vida, as faixas etárias são: - Crianças de até 6 anos; - Crianças e adolescentes de 6 à 15 anos; - Adolescentes e jovens de 15 à 17 anos; - Jovens de 18 à 29 anos; - Adultos de 30 à 59 anos; - Pessoas idosas. Desta forma, os usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), são divididos em grupos à partir de faixas etárias, considerando as especificidades dos ciclos de vida. O trabalho nos grupos é planejado de forma coletiva, contando com a participação ativa do técnico de referência, dos orientadores e dos usuários. Em cada grupo deve ter no máximo de 30 participantes sob a orientação de um orientador social, deve-se levar em conta também a complexidade das vulnerabilidades de cada indíviduo, para que haja garantia a proteção dos direitos e evite exposições a riscos dos usuários. 74

Após a leitura da área de intervenção, nota-se que há um número maior de crianças e adolescentes de 6 à 15 anos de idade que estão em situação de vulnerabilidade social, em virtude da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nula acesso aos serviços públicos, fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social), discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiência , entre outros. Com isso, de acordo com o livro da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais da Resolução CNAS n° 01/2013, o período de funcionamento do SCFV para crianças e adolescentes de 6 à 15 anos são atividades realizadas em dias úteis e podem ser também realizadas nos feriados e finais de semana em turnos diários de até quatro horas. Por meio da Resolução CNAS n° 01/2013, a faixa etária de 6 à 15 anos possui atividades específicas. Entre as atividades possíveis, sugere-se: sessões de cinema, para introduzir reflexões e debates dos temas abordados nos encontros do serviço; montagem de peças teatrais e musicais; gincanas desportivas e culturais; brincadeiras tradicionais e dinâmicas de grupo, passeios e visitas a equipamentos de cultura, lazer e cívicos; oficinas de arte com materiais recicláveis; oficinas de pintura, escultura; confecção artesanal de instrumentos musicais; oficinas de música, danças populares; jogos e tabuleiro; entre outros. A proposta do Centro de Assistência e Apoio é de atender 60 crianças e adolescentes que passam ou passaram por algum dano ou risco social, dessa forma elas precisariam de um atendimento diferenciado e que auxilie nesse processo de recuperação de vínculos perdidos com a sociedade. A importância desse projeto está em como atender essas crianças e suas dificuldades, auxiliar para que elas tenham um espaço de conforto, brincadeiras, integração, contato com oficinas e outras diversas atividades.

INTERFERÊNCIAS A implantação do Centro de Apoio e Assistência à crianças e adolescentes vulneráveis terá impactos favoráveis na vida dos moradores assim como na paisagem. Sua base de desenvolvimento visa o convívio social e busca criar estímulos integrando essas crianças e adolescentes para que haja troca de experiências e crianção de laços afetivos. O Centro gera uma integração social e uma mobilidade espacial para o convívio público. Volumetricamente não causa impacto visual, pois segue o gabarito padrão da localidade, impacta apenas por possuir uma solução arquitetônica moderna, mas sendo um reflexo da realidade local.


PROGRAMA DE NECESSIDADES: usos internos e externos A elaboração do programa de atividades aconteceu levando em consideração os espaços necessários no novo equipamento para a existência de salas adaptadas de maneira correta.

1

ÁREA ADMINISTRATIVA

O setor administrativo do Centro de Assistência e Apoio à crianças em situação de vulnerabilidade reúne todas as partes de administração, recepção, secretaria|coordenação, sala dos professores, sala de atendimento especial (sala para assistente social e psicólogo) e sanitários para os funcionários. O volume da administração esta disposto em um local de fácil acesso, de forma a poder fazer um pré atendimento à população sem a necessidade de entrar para o pátio central.

AMBIENTES

QUANTIDADES

- Recepção - Secretaria - Sala dos Professores - Sala de Atendimento Especial - Sala da Diretoria - Sala de Espera - Copa - Sanitário PCD Unissex - TOTAL

2

1 1 1 1 1 1 1 2

ÁREA DE CADA (M²) 13,54m² 21,26m² 8,99m² 8,83m² 11,70m² 5,67m² 2,55m² 72,54m²

ÁREA PEDAGÓGICA As salas de atividades serão dispostas em corredores, são salas de descanso, brinquedoteca, sala para laboratórios, sala para roda de conversas|contação de histórias|desenhos|pinturas, sala de jogos, sala para artesanatos, sanitários feminínos e masculinos adaptados.

AMBIENTES

QUANTIDADES

- Sala de Laboratório - Brinquedoteca |Sala de Jogos - Sala de Atividades (roda de conversa| contação de histórias|desenhos| pinturas|artesanato) - Sala de Descanso - Sanitário Feminíno - Sanitário Masculino - Sanitário PCD Unissex - TOTAL

1 1 1

1 1 1 1

ÁREA DE CADA (M²) 42,43m² 46,40m² 27,20m²

26,19m² 6,75m² 6,75m² 2,47m² 158,19m²

3 4

PÁTIO CENTRAL É a principal circulação do edifício, ele direciona para todos os outros ambientes, o que o torna o ponto de encontro e integração principal.

ÁREA DE SERVIÇO A área de serviço é composta por refeitório (das crianças e adolescentes), cozinha (onde acontece todo o preparo do alimento de todos os usuários), despensa, câmara fria, DML e um espaço reservado para o lixo e carga e descarga.

AMBIENTES

QUANTIDADES

- Cozinha - Despensa - Câmara Fria - DML - Vestiário PCD Femínino - Vestiário PCD Masculino - TOTAL

1 1 1 1 1 1

ÁREA DE CADA (M²) 33,70m² 3,69m² 6,71m² 3,69m² 13,40m² 17,78m² 78,97m²

ÁREA ADMINISTRATIVA 72,54m² ÁREA PEDAGÓGICA 158,19m² ÁREA DE SERVIÇO 78,97m²

ÁREA TOTAL 309,70m²

75


FLUXOGRAMA ÁREA ADMINISTRATIVA

SALA DE ATENDIMENTOS

SALA DA DIRETORIA

SALA DE JOGOS SANITÁRIO FEMININO

SALA DOS PROFESSORES

SALA DE LABORATÓRIO

SANITÁRIO MASCULINO

SANITÁRIO FEMININO

REFEITÓRIO

COZINHA

CÂMARA FRIA

DESPENSA

VESTIÁRIO MASCULINO

SALA DE ATIVIDADES

D.M.L

VESTIÁRIO FEMININO

CARGA E DESCARGA

SALA DE DESCANSO

SECRETARIA | COORDENAÇÃO

RECEPÇÃO

ÁREA DE SERVIÇO

ÁREA PEDAGÓGICA

LIXO

PÁTIO CENTRAL

Fig.2: Fluxograma Fonte: Arquivo Pessoal

ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS

ENTRADA PRINCIPAL

76

Fig.3: Planta Esquemática Fluxograma Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.3.1: Planta Esquemática Fluxograma Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.3.2: Planta Esquemática Fluxograma Fonte: Arquivo Pessoal


IMPLANTAÇÃO GERAL E ACESSOS

O edifício está implantado em um lote de esquina, com 744,99m² e está entre as ruas José Antônio Bernardes e Álvaro Boschin. O Centro possui 4 acessos de entrada, sendo o acesso de funcionários e pais, acesso de funcionários e usuários e também um acesso para funcionários destinado à carga e descarga. A circulação principal se dá através do pátio central, pois a partir dele há o direcionamento para todos os ambientes do Centro.

RUA ÁLVARO BOSCHIN

ACESSO FUNCIONÁRIOS| PAIS ACESSO FUNCIONÁRIOS| PAIS

ACESSO FUNCIONÁRIOS| USUÁRIOS

ACESSO FUNCIONÁRIOS| USUÁRIOS

N

Fig.4: Planta Esquemática Implantação| Cobertura Fonte: Arquivo Pessoal

ACESSO FUNCIONÁRIOS | CARGA E DESCARGA

ACESSO FUNCIONÁRIOS | USUÁRIOS

RUA JOÃO ANTÔNIO BERNARDES

ACESSO FUNCIONÁRIOS | CARGA E DESCARGA

ACESSO FUNCIONÁRIOS | USUÁRIOS Fig.5: Vista Superior da Implantação Fonte: Arquivo Pessoal

ACESSO FUNCIONÁRIOS | CARGA E DESCARGA ACESSO FUNCIONÁRIOS | USUÁRIOS ACESSO FUNCIONÁRIOS | PAIS ÁREA EDIFICANTE ÁREA DE CONVÍVIO EIXO DE CIRCULAÇÕES VERTICAIS

77


MATERIAIS UTILIZADOS

SISTEMA CONSTRUTIVO

O projeto tem como objetivo principal proporcionar aos usuários uma visão diferenciada sobre Centro de Apoio e Assistência, trazendo conforto aliada a uma espacialidade interna e externa adequada, tomando como partido a definição de um sistema construtivo que fosse possível de ser aplicado a realidade. A necessidade de construir e ao mesmo tempo quebrar a rigidez na estrutura, fazendo um projeto no qual sua construção seja rápida, prática e também um reflexo de uma realidade social. O volume do edifício segue uma forma pura, assim como os elementos utilizados na sua construção, de materialidades expressivas que dispensam a utilização de revestimentos. A materialidade utilizada foi concreto aparente, juntamente com aberturas de vidro insulado e com brises metálicos na fachada de maior insolação, sendo todas as caixilharias externas de alumínio e interna de madeira. O vidro insulado aproveita ao máximo a luz natural, bloqueando o calor proveniente da radiação solar e proporcionando um grande conforto acústico, com o maior bloqueio de som. A caixilharia em alumínio permite grande entrada de luminosidade além de dar grande versatilidade para o posiconamento das aberturas do projeto. Outros grandes benefícios são o isolamento acústico, térmico e a segurança oferecida. As esquadrias de alumínio são vistas no projeto como parte da composição formal, pois é um material elegante e receberá um acabamento em pintura eletrostática na cor preto fosco, o que garante às peças um toque contemporâneo e tecnológico. A edificação é toda composta por elementos lúdicos para potencializar a criatividade de forma divertida, desenvolvendo o intelecto de forma natural, incentivando a curiosidade e o aprendizado sem fugir das brincadeiras.

No projeto, o sistema estrutural foi baseado em empenas estruturais de concreto (necessitando de concreto usinado, vergalhões e estribos metálicos para ser executado), as quais possibilitam a criação de planta livre interna. A escolha da empena como opção estrutural foi por uma questão de composição formal, pois o edifício constituirá um marco visual importante para a população local, mesmo sabendo que não é uma opção que necessariamente barateia a construção. As estruturas foram projetadas segundo os conceitos de flexibilidade aplicado na arquitetura, baseando-se nos grandes edifícios públicos brasileiros. Nos momentos em que precisou rasgar as empenas para colocar aberturas foram utilizadas vigas invertidas, que conformam o próprio guarda corpo dos ambientes. A vedação externa também constitui seu sistema estrutural, pois as paredes são estruturais e também fechamentos, não sendo totalmente independente, até mesmo por questão de conforto térmico, pois são mais robustas. As vedações internas são divisórias de gesso acartonado que é um material leve, rápido e fácil de ser instalado. A aberturas estão vinculadas com a insolação, ventilação e também com os aspectos visuais. Portanto, o sistema estrutural juntamente com o desenho das aberturas determina o sistema construtivo da edificação.

Fig.9: Viga Invertida Fonte: goo.gl/uCLzvR

Fig.10: Gesso acartonado Fonte: goo.gl/56HvSN

Fig.6: Brise metálico Fonte: goo.gl/8tWD4A

Fig.8: Caixilharia de alumínio com vidro insulado Fonte: goo.gl/BWDsug

Fig.7: Empena de concreto aparente Fonte: goo.gl/2JDi2V

78

Fig.11: Materialidade e Sistema Const Fonte: Arquivo Pessoal


DISTRI BUI ÇÃO

07

PROGRA M ÁT I CA

79


03

07

08

09

10

14

15

16

1,30

17

calha

02

Secretaria

Guarda Corpo h=1,10m

01

Área= 13,54m²

S

+2,00

calha

18 19 20 21 22 23 24

4,20

1,70

31

30

29

28

27

26

25

Acesso Funcionários| Pais

Vidro fixo com abertura Vidro fixo com abertura

PCD 7,80

D

Guarda Corpo h= 1,10 m

05 04 03 02 01

S

1,40

S

S

calha

06

+0,56

Guarda Corpo h= 1,10 m

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

Guarda Corpo h= 1,10 m

Projeção Segundo Pavimento

07

Guarda Corpo h=1,10 m +1,98

16,00

S

10,00 calha

PCD

calha

Eixo de Circulação Interna 4,00

B

610,0

Vestiário Feminino

Guarda Corpo h=1,10m

+0,56

4,50

PCD

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

3,35

calha

02

3,95 Shaft Hidraúlico

4,90

Ventilação

3,05

04

Eixo de Circulação Interna

+0,56

Área= 17,78m²

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

Área= 13,40m²

Vestiário Masculino

B

calha

calha

Rampa i=8,33%

9,60

+0,56

Acesso Funcionários | Usuários

+0,58

1,80

2,05

1,15

17,55 7,80

2,20

A

2,05

Rampa

+0,97

calha

Área= 6,71m²

8,00

Câmara Fria

Rampa

D

A

7,50

3,95

+0,58

Área= 4,83m²

609,5

Cozinha

Área= 3,69m²

Reservatório e Casa de Máquinas

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

Área= 33,70m²

+0,58

02

+0,58

D.M.L

18

03

17

04

16

05

15

06

Vidro Fixo

14

C

2,05

+1,70 6,50

4,20 11,60

19

+0,58

calha

9,50 calha

Acesso Funcionários (carga e descarga)

calha

07

08

09

10

calha

11

12

13

calha

calha

Acesso Funcionários | Usuários Saída de Resíduos

N

Área de carga e descarga

609,0

CALÇADA Implantação | Cobertura Esc. 1 :100

D

01

GSPublisherVersion 0.0.100.100

20

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

01

Área= 3,69m²

C

Guarda Corpo h=1,10m

S

3,85

Circulação de Serviço

4,00

Telha Metálica Sanduiche i = Despensa 7%

NIO Ô T N A O RUA JOÃ ARDES BERN

RUA ÁLVARO BOSCHIN

610,5

1,40

1,40

3,30

calha

+2,00

3,90

Recepção

Projeção Segundo Pavimento

Espaço de Convívio

12

calha

Vidro fixo com abertura

2,6013

11

CALÇADA

06

calha

05

calha

04

calha

3,00 03

Telha Metálica Sanduiche i = 7%

4,10

D

611,0


04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

CALÇADA

4,10

D

03

17

03

Vidro fixo com abertura

18

Secretaria

Guarda Corpo h=1,10m

01

Área= 13,54m²

20 21

S

+2,00

Espaço de Convívio

19

02

22 23 24

Recepção +2,00 31

4,20

30

29

28

27

26

25

Acesso Funcionários| Pais

Vidro fixo com abertura Vidro fixo com abertura

PCD 7,80

D

Guarda Corpo h= 1,10 m

06 05 04 03 02 01

S

S

1,40

+0,56

Guarda Corpo h= 1,10 m

S

16,00

S

PCD

Rampa i=8,33%

10,00

Eixo de Circulação Interna 4,00

B Vestiário Feminino Vestiário Masculino

3,35

02

4,50

PCD

3,95

4,90

Ventilação

3,05

04

+0,56

Eixo de Circulação Interna

+0,56

Área= 17,78m²

Shaft Hidraúlico

B Guarda Corpo h=1,10m

Área= 13,40m²

+0,56 Área= 6,71m²

Acesso Funcionários | Usuários 7,80

1,80

Circulação de Serviço

1,15

2,05

A

2,20

+0,58

Despensa

Área= 4,83m²

+0,58

Área= 33,70m²

+0,58

+0,58

D.M.L

Rampa

+0,97

Rampa

D

A

Guarda Corpo h=1,10m

20

01

19

02

18

03

17

04

16

05

15

06

14

Vidro Fixo

+0,58

C

6,50

+1,70 2,05

C

4,20

Área= 3,69m²

2,05

3,95

S

Cozinha

Área= 3,69m²

8,00

Câmara Fria

Acesso Funcionários (carga e descarga)

08

09

10

11

12

13

Acesso Funcionários | Usuários Saída de Resíduos

N

Área de carga e descarga

07

CALÇADA

D

01

IO N Ô T N A A JOÃO RDES U R Legenda: BERNA Gesso Acartonado Empena Cega

Térreo Esc. 1 :100 GSPublisherVersion 0.0.100.100

RUA ÁLVARO BOSCHIN

Guarda Corpo h= 1,10 m

Projeção Segundo Pavimento

07

Guarda Corpo h=1,10 m +1,98

Projeção Segundo Pavimento

1,70

1,40

1,40

3,30


05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17

03

Vidro fixo com abertura

18

Guarda Corpo h=1,10m

01

Área= 13,54m²

20 21

S

+2,00

Espaço de Convívio

19

02

Secretaria

CALÇADA

04

Projeção Segundo Pavimento

4,10

D

03

22 23 24

Recepção +2,00

1,40

30

29

28

27

26

25

Acesso Funcionários| Pais

Vidro fixo com abertura Vidro fixo com abertura

PCD 7,80

D

06 05 04 03 02 01

S

S

1,40

+0,56

Guarda Corpo h= 1,10 m

S

16,00

S

10,00

Eixo de Circulação Interna Eixo de Circulação Interna 3,65

PCD

Rampa i=8,33%

7,80

2,20

6,50

4,00

W.C. Feminino Área= 6,75m²

B

+3,76 +

+0,56

Área= 17,78m²

3,45

+0,56

1,45

W.C. Masculino 4,50

Área= 6,75m²

3,95

1,50

1,70

4,90

Ventilação

1,15

3,05

+3,78

+0,56 3,98

5,75

Câmara Fria Área= 6,71m²

+0,58

B

Acesso Funcionários | Usuários

Sala de Atividades Área= 27,20m²

2,20

2,05

Rampa

+0,97

Rampa

1,15

1,80

7,80

+3,78 B

B

2,05

A

Guarda Corpo h=1,10m

8,00

Shaft Hidraúlico

PCD

PCD 3,35

2,20

02

+3,76

B Projeção Segundo Pavimento

Vestiário Masculino

Eixo de Circulação Interna

Área= 13,40m²

3,00

Eixo de Circulação Interna

Vestiário Feminino

D

A

3,95

Circulação de Serviço

4,10

Despensa Área= 3,69m²

B

Área= 4,83m²

+0,58

Cozinha +0,58

B

Sala de Descanso Área= 26,19m²

D.M.L

Acesso Funcionários (carga e descarga)

19

02

18

03

17

04

16

05

15

5,42

Vidro Fixo

14

C

+1,70 +4,90 07

08

09

10

11

12

13

Acesso Funcionários | Usuários Saída de Resíduos

N

Área de carga e descarga

2,30

6,50

B

3,98

20

01

06

7,00

+0,58

2,05

4,20

C

+0,58

+3,78

Área= 3,69m²

Guarda Guarda Corpo Corpo h=1,10m h=1,10m

S

B

Área= 33,70m²

CALÇADA

D

01

NIO Ô T N A O JOÃ A U R Legenda: ARDES N R E B Gesso Acartonado Empena Cega

Primeiro Pavimento Esc. 1 :100 GSPublisherVersion 0.0.100.100

RUA ÁLVARO BOSCHIN

Guarda Corpo h= 1,10 m

04

Guarda Corpo h= 1,10 m

Projeção Segundo Pavimento

07

Guarda Corpo h=1,10 m +1,98

Projeção Segundo Pavimento

1,40

1,70

31

4,20

3,30


10

11

12

13

14

15

16

CALÇADA

09

14

08

15

07

16

06

17

05

18

04

19

4,10

D

03

17

03

Guarda Corpo h=1,10m 13

Vidro fixo com abertura

12

18 19

02

Guarda Corpo h=1,10m

08

22 23

07

Guarda Corpo H=1,10m

24

25

1,50

26

PCD

PCD

7,80

Acesso Funcionários| Pais

Shaft Hidraúlico

Vidro fixo com abertura Vidro fixo com abertura

Ventilação

27

06

28

05

29

04

30

03

31

4,20

1,70

D

4,05 Guarda Corpo h= 1,10 m

02 01

S

S

1,40

+0,56

Sala dos Professores Área= 21,26m²

+6,98

S

16,00

S

10,00

Rampa i=8,33%

PCD

5,70

4,10

10.35

4,00

Eixo de Circulação Interna 4,00

B Vestiário Feminino

3,95 Shaft Hidraúlico

4,90

Ventilação

3,05

Sala de Jogos| Brinquedoteca Área= 46,40m²

Câmara Fria

+6,98

Área= 6,71m²

+6,98 5,85

Sala de Atendimento Especial +6,98

1,80

+6,98

Acesso Funcionários | Usuários 2,90

2,85

Cozinha

Área= 4,83m²

+0,58

+0,58

D.M.L 1.15 2,05

Eixo de Circulação Interna

Acesso Funcionários (carga e descarga)

Rampa

+0,97

Rampa

D

A

3,95

D

20

01 19

01 19

18 02

02 18

17 03

03 17

16 04

04 16

15 05

05 15

14 06

06 14

Vidro Fixo

C

13 07 1208 1109 1010 0911 0812 07 13

Acesso Funcionários | Usuários Saída de Resíduos

N

Área de carga e descarga

2,05

+1,70 +8,10

6,50

4,20 11,60

+0,58

Guarda Guarda Corpo Corpo h=1,10m h=1,10m

S

+0,58

Área= 3,69m²

C

+6,98

Área= 33,70m²

2,70

Circulação de Serviço

Área= 42,43m²

Área= 3,69m²

Brises Móveis

4,05

Sala de Laboratório Despensa

da Diretoria

Área= 8,83m²

+0,56

7,80

1,15

Vidro Fixo Sala

Área= 8,99m²

2,05

A

Área= 11,70m²

2,20

+0,58

Sala de Espera

Guarda Corpo h=1,10m

8,00

3,35

02

4,50

PCD

3,10

+0,56

interna Eixo de Circulação Circulação Interna Eixo de

+0,56

Área= 17,78m²

Viga invertida/guarda-corpo

2,00

Vestiário Masculino

B H= 1,20m

1,80 4,05

Área= 13,40m²

CALÇADA

D

01

NIO Ô T N A O JOÃ A U R Legenda: NARDES R E B Gesso Acartonado Empena Cega

Segundo Pavimento Esc. 1 :100 GSPublisherVersion 0.0.100.100

RUA ÁLVARO BOSCHIN

03

04

04

+6,98 5,10

05

Copa Área= 5,67m²

1,40

06

Brises Móveis

Guarda Corpo h= 1,10 m

Projeção Segundo Pavimento

Guarda Corpo h= 1,10 m

Eixo de Circulação Interna

Guarda Corpo h=1,10 m +1,98

Projeção Segundo Pavimento

1,40

1,40

1,70

02

+2,00 3,30

01

D

Recepção

07

H= 1,20m

21

09

+2,00

Espaço de Convívio

20

S

Viga invertida/guarda-corpo

Área= 13,54m²

10

01

11

Secretaria


-CORTES -ELEVAÇÕES -PERSPECTIVAS


CORTES CORTE AA

2,50

+12,68 (Casa de Máquinas)

20

20

60

+10,78 (Platibanda)

Sala de Jogos| Brinquedoteca

Eixo de Circulação

+6,98

Sala de Atendimento Especial

+6,98

Sala de Descanso

Eixo de Circulação

Viga invertida h=1,20m

+3,78

20

6,20

+3,78

Fixo

Fixo

Fixo

3,00

+1,98

Câmara Fria

+0,58

Corte AA Esc. 1 :100

80

Viga invertida h=1,20m

20

3,00 Sala de Atividades

GSPublisherVersion 0.0.100.100

Diretoria

+6,98

20

+6,98

Sala de Laboratório

3,00

3,00

Brises

Cozinha

+0,58

Fixo

Fixo


CORTES CORTE BB

+10,78 (Platibanda)

+10,78 (Platibanda)

20

20

60

+10,78 (Platibanda)

2,50

+12,68 (Casa de Máquinas)

3,00

3,00

Brises

Sala de Laboratório

+6,98

4,80

Viga h= 0,60cm

3,00

Forro de Gesso

Eixo de Circulação

Eixo de Circulação

+3,76 20

+3,76

6,20

W.C. Feminino

Sala dos Professores

+6,98 20

+6,98

Eixo de Circulação

20

Sala de Jogos| Brinquedoteca

Fixo

Forro de Gesso

Fixo

Fixo

Fixo

Fixo

3,00

+1,98

+0,56

Vestiário Masculino

Vestiário Feminino

+0,56

Corte BB Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

81


CORTES CORTE CC

+12,68 (Casa de Máquinas)

+10,78 (Platibanda)

+10,78 (Platibanda)

Casa de Máquinas

Caixa de Escada Vidro Fixo

+8,10 Sala de Jogos| Brinquedoteca

Sala de Laboratório

+6,98

+6,98 Caixa de Escada

+4,90 Sala de Atividades

Sala de Descanso

+3,78

+3,78

+3,78 Caixa de Escada

Eixo de Circulação

D.M.L

Cozinha

+0,58

+0,58

Corte CC Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

82

+1,70

Vidro Fixo


CORTES CORTE DD

2,50

+12,68 (Casa de Máquinas)

60

60

20

+6,98

20 Eixo de Circulação

+6,98

20

20

+6,98

Sala de Espera

+6,98 20

Sala de Atendimento Especial

3,00

Porta Camarão

Caixa de Escada

3,00

3,00

20

+10,78 (Platibanda)

4,78

3,00

Caixa de Escada

3,00

20

6,20

+3,78 Guarda Corpo Metálico

Caixa de Escada

+2,00

+0,58

+0,58

Corte DD Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

83


ELEVAÇÕES ELEVAÇÃO 1 +12,68 (Casa de Máquinas)

+10,78 (Platibanda)

+0,58

Elevação 01 Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

84

+10,78 (Platibanda)


ELEVAÇÕES ELEVAÇÃO 2

+12,68 (Casa de Máquinas)

+12,68 (Casa de Máquinas)

+10,78 (Platibanda)

+0,58

Elevação 02 Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

85


ELEVAÇÕES ELEVAÇÃO 3

+12,68 (Casa de Máquinas)

+10,78 (Platibanda)

+6,98

+2,10

Elevação 03 Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

86


ELEVAÇÕES ELEVAÇÃO 4

+12,68 (Casa de Máquinas)

+12,68 (Casa de Máquinas)

+10,78 (Platibanda)

+2,00

Elevação 04 Esc. 1 :100

GSPublisherVersion 0.0.100.100

87


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS

Fig.12: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

88


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS

Fig.13: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

89


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS

Fig.14: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

90


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE ATIVIDADES

Fig.15: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

91


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE ATIVIDADES

Fig.16: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

92


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE ATIVIDADES

Fig.17: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

93


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE JOGOS|BRINQUEDOTECA

Fig.18: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

94


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE JOGOS|BRINQUEDOTECA

Fig.19: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

95


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE JOGOS|BRINQUEDOTECA

Fig.20: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

96


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE JOGOS|BRINQUEDOTECA

Fig.21: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

97


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE LABORATÓRIO

Fig.22: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

98


CENTRO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À CRIANÇAS VULNERÁVEIS: SALA DE LABORATÓRIO

Fig.23: Perspectiva Digital Fonte: Arquivo Pessoal

99


REFER ÊN CIAS

08

BIBLI OGRÁ FICAS


ARCHDAILY. Creche e Jardim de Infância C.O / HIBINOSEKKEI + Youji no Shiro. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/775657/creche-e-jardim-de-infancia-co-hibinosekkei-plus-youji-no-shiro>. Acesso em: 18 de fev. 2017. ARCHDAILY. Centro de bem-estar para crianças e adolescentes / marjanhessamfar&joevérons. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/765064/centro-de-bem-estar-para-criancas-e-adolescentes-marjan-hessamfar-and-joe-verons>. Acesso em: 15 de fev. 2017. CARMO, Amanda Silva; MENOTTI, Carla; DAVID, Carolina Gil; OLIVEIRA, Márcia Heloisa. Cras um espaço de formação e capacitação dos jovens. In Faculdades Integradas Antônio Eufrásio. v.04 pag. 49-58. Presidente Prudente. 2010. Disponível em: <http://intertemas.toledoprudente.edu.br/revista/index.php/seminariointegrado/article/view/2753/2531>. Acesso em: 03 mar. 2017. CASTRO, Garcia Mary; ABRAMOVAY, Miriam. Jovens em situação de pobreza, vulnerabilidade sociais e violências. Caderno de pesquisa ISSN 0100-1574 nº 116. São Paulo.2002.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. (Lei número 8069, de 13 de julho de 1990). Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em 12 mar. 2017.

07

CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, São Paulo. Disponível em < https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scidadania/atendimento/i27cras.php>. Acesso em 20 abril 2017.

GOMES, Mônica Araújo; PEREIRA, Maria Lúcia Duarte. Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas.In:Ciência e saúde coletiva. v.10 no2. Rio de Janeiro. Abril/Junho de 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1413-81232005000200013>. Acesso em: 16 de Fevereiro de 2017.

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO EM ASSISTÊNCIA SOCIAL. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. São Paulo. Disponível em < https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scidadania/atendimento/i27creas.php>. Acesso em 20 abril 2017.

GONTIJO, Daniela Tavares; MEDEIROS, Marcelo. Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfiliação social. In: Scielo Brasil. Junho de 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n2/a15v14n2.pdf>. Acesso em: 15 fev.2017.

DESIGUALDADE SOCIAL. Desigualdade social no brasil. Disponível em: <http://desigualdade-social.info/desigualdade-social-no-brasil.html>. Acesso em: 06 mar. 2017.

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS. Direito à moradia adequada, 2013. Brasília, 2013. 24 p. SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULO. Núcleo da Criança e do Adolescente. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, São Paulo. Disponível em: < https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scidadania/atendimento/i27nucleo_atend.php>. Acesso em 11 abril 2017. SIERRA, Vãnia Morales; MESQUITA, Wania Amélia. Vulnerabilidade e fatores de risco na vida de crianças e adolescentes. São Paulo em perspectiva, v.20, n°1, p. 148-155, jan./mar.2006. TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTÊNCIAIS. Texto da Resolução nº109, de 11 de nov. 2009. Disponível em < http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/folder.2010-11-23.9973739377/Tipificao.pdf>. Acesso em 5 abril 2017. 101



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