LARISSA DEL PIERO SILVA
HUMANIZAÇ ÃO HOSPITALAR: Proposta de interv enção paisagística no Centr o de Hemoter api a e Hematologi a do Espirito Santo
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha, como requisito para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista. Orientador: Prof.ª Dr.ª Simone Neiva
VILA VELHA 2017
LARISSA DEL PIERO SILVA
HUMANIZAÇ ÃO HOSPITALAR: Proposta de interv enção paisagística no Centr o de Hemoter api a e Hematologi a do Espirito Santo
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha, como requisito para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.
COMISSÃO EXAMINADORA
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Orientadora: Prof. Dra. Simone Neiva Universidade Vila Velha
Coorientador: Prof. Clovis Aquino Universidade Vila Velha
Membro externo: Arq.ª Gabriela Zuqui Arquiteta do Hospital Vila Velha
Resumo
Abstract
A s egui nte monografia tem por objetivo o estudo da humanização de uni dades de saúde, i ntegr ando os paci entes com a natureza, por meio de um antepr ojeto de jardim terapêutico par a o C entro de Hemoter apia e Hematologia do Espirito Santo (HEMOES), a fim de div ulgar a importância e os benefícios físicos e psicológicos ger ados pela pres ença de jar di ns e o contato com a natur eza em ár eas hospitalar es. A pesqui sa explora a história da pr es ença de jardi ns em unidades de s aúde, des de a antiguidade até os dias de hoje, os div ersos estudos elabor ados que r essaltam as v antagens des s a integr ação, a anális e de estudos de cas os já existentes para obter uma maior vis ão sobr e a elaboração de tais espaços e o di agnóstico da área de i ntervenção com finali dade de per ceb er as necessi dades reais do local.
The following paper aims th e study of th e humani zati on in health units , i ntegr ati ng patients with nature per an ther apeuti c gar d en project for th e C entro de Hemoterapi a e Hematorologi a do Espirito Santo (HEMOES) i n order to disclos e the importance and th e physicals benefi ts and physiologic gener ated by the pr esence of gardens and the connection with natur e in hospitals areas. Thi s res earch explor es the histor y of th e pres ence of natur e i n h ealth uni ts, since anci ent ti mes unti l today. The vari ous studi es that highli ghts the adv antages of this i ntegr ati on. The analysis of study cases th at already exists in or der to gain a better vision about th e elaboration of th eses spaces and the diagnosis of the interv ention ar ea for k nowing the real local necessiti es.
Este trab alho permi tiu concluir a imp ortância do papel que o arquiteto e paisagis ta possui na divulgação para a sociedade e aos administrador es hos pitalar es das vantagens de poss uir um local di fer enciado, humanizado, acessív el e seguro par a os pacientes, fami liar es e funcionários poderem se abri gar enquanto aguar dam atendimento.
This paper allowed concluding the importance of th e r ole of architects and landscapers i n promoting to s ociety and to the hospitals admi nistrators th e adv antages of owing a differ ent space, humanized, accessible and s ecure for the pati ents, famili es and employees, wh er e they can sh elter while waiti ng for attendance.
Palavras-chaves: Humanização. Hospital. Bem-estar. Hemoes.
Key words: Humanization. T her apeutic garden. Hospital. Well-being. Hemoes.
Jardim
terapêutico.
Lista de figuras Figura 1 : Ja rdim da Ba bilônia, Mesopot âmia ________________ 6 Figura 2 : Ja rdim Egípc io na ant iguid ade ____________________ 6 Figura 3 : Most eir o S t. Berna rd Clair veux, Fr ança _____________ 8 Figura 4 : Ja rdim do Hosp ital La ibo isi er e ____________________ 9 Figura 5 : Ex emplo d e a rquit etura ho spit alar mod erno. E d. Higi enopolis Medic al C ent er, SP __________________________ 11 Figura 6 : Elem ento s e a cessi bili dad e em jard ins terap êutico s 17 Figura 7 : Elem ento s e a cessi bili dad e em jard ins terap êutico s 17 Figura 8 : Vi sta a érea do Ro yal Par k, Melbourn e - Au strál ia __ 22 Figura 9 : T he Royal C hildr en' s Ho spit al ____________________ 23 Figura 10 : The Royal C hildr en' s Ho spi tal ___________________ 23 Figura 11 : Murai s interno s ________________________________ 24 Figura 12 : Murai s interno s ________________________________ 24 Figura 13 : C orr edor princ ipal " Main Str eet" ________________ 24 Figura 14 : Aquá rio no co rredor p rincip al "Main Street" ______ 25 Figura 15 : S eto rização __________________________________ 25 Figura 16 : Quarto do setor int ernaç ão ____________________ 25 Figura 17 : Local ização "Main S treet" e ac esso a o Great Garden Court ___________________________________________ 26 Figura 18 : Pát ios ________________________________________ 26 Figura 19 : Pát ios ________________________________________ 26 Figura 20 : Pát ios ________________________________________ 27 Figura 21 : Pla yground ___________________________________ 27 Figura 22 : Pát io _________________________________________ 27 Figura 23 : Local ização Randall Child ren' s Hosp i tal, Portland 28 Figura 24 : Randall Ch ildr en's Ho spit al _____________________ 28 Figura 25 : Forma s curva s. Pátio ex terno em frent e ao lobby _ 29
Figura 26 : Forma s curva s e elem ento s em mad eir a __________ 29 Figura 27 : Forma s curva s e elem ento s em mad eir a __________ 30 Figura 28 : Implantaçã o __________________________________ 30 Figura 29 : Ja rdim terapêu tico _____________________________ 31 Figura 30 : E scultura do Fei ticeiro de O Z __________________ 32 Figura 31 : Passeio guiado por ti jolo amar elos _____________ 32 Figura 32 : Ja rdim ________________________________________ 32 Figura 33 : Su bár ea s d o jard im ____________________________ 32 Figura 34 : E scultura s interati va s ___________________________ 33 Figura 35 : Local ização Ho spital Público Infantil Darcy Var gas, SP _____________________________________________________ 34 Figura 36 : Ho spi tal Públi co Infantil Da rcy Var ga s ___________ 34 Figura 37 : A tiv idad es no jar dim ter apêut ico _______________ 35 Figura 38 : A tiv idad es no jar dim ter apêut ico _______________ 35 Figura 39 : Planta ção fru tífer a _____________________________ 36 Figura 40 : Mobil iário ____________________________________ 36 Figura 41 : Local ização do ba irro _________________________ 39 Figura 42 : PDU d e Vi tóri a ________________________________ 40 Figura 43 : Local ização e ento rno d o HE MOES _____________ 41 Figura 44 : Ed ificaç ão de uso misto na Av . Maruí pe _________ 41 Figura 45 : Ent rada do HEMOES pela Av. Marech al Campo s _ 43 Figura 46 : B osque _______________________________________ 45 Figura 47 : Á rea d e in ter vençã o sendo aprop ria do pelo s usuário s ________________________________________________ 45 Figura 48 : Pav imenta ção de par alelep ipedo ______________ 46 Figura 49 : A ssento s irr egular es ____________________________ 48 Figura 50 : Mesa s e banco s d isponi biliza dos pel os vendedor es _____________________________________________ 48 Figura 51 : Vi st a pa ra a Pedra do s Doi s Olho s ______________ 51 Figura 52 : A cesso _______________________________________ 61
Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura
53 : Vi st a a cesso __________________________________ 54 : Vi st a a cesso __________________________________ 55 : Á rea d e viv ência ______________________________ 56 : Vi st a d eck ____________________________________ 57 : Vi st a d eck ____________________________________ 58 : Vi st a pa ra mo bili ário s flex íveis e paletes ________ 59 : Á rea infantil __________________________________ 60 : Vi st a pla yg round infant il _______________________ 61 : Vi st a mo biliár io flex iv el _________________________ 62 :Ár ea inter ati va e soc ial ________________________ 63 : Vi st a á rea int era tiv a e social ___________________ 64 : Vi st a ro ta alternati va __________________________ 65 :V ista passeio po r debaixo do per gol ado ________ 66 : Vi st a gramad o li vre ____________________________ 67 : Vi st a á rea int era tiv a e social ___________________ 68 : Murai s interno s ________________________________ 69 :Vista ár ea de descan so com pa sseio alterna tivo _ 70 : Su bár ea para d esc anso _______________________ 71 : Vi st a la bir into sen sori al ________________________ 72 : Vi st a la bir into sen sori al e subár ea pa ra d escanso 73 :Ár ea de bi cicletári o e est acionam ent o __________ 74 : Vi st a bici cletá rio ______________________________
62 62 63 64 64 64 65 65 65 66 67 67 67 67 68 68 69 69 69 69 70 71
Lista de tabelas Tabela 1 : Quadro d e r esumo e di ret rizes __________________ 55 Tabela 2 :Tipo s de v egetaç ão ___________________________ 72
Tabela 3 : Tipos d e p avim entação ________________________ 78 Tabela 4 : Mobil iário _____________________________________ 80
Lista de mapas Mapa Mapa Mapa Mapa Mapa
1: 2: 3: 4: 5:
U so e o cupação do solo ________________________ 42 V ias e ac esso s _________________________________ 44 V eg etaç ão exi sten te ____________________________ 47 Infraestru tura e mobili ário ________________________ 50 Propo st a d e setoriza ção ________________________ 57
Lista de gráficos Gráfico 1: Frequênc ia no local ___________________________ 52 Gráfico 2: Hor ário de c heg ada ___________________________ 53 Gráfico 3: Melhor ias no lo cal _____________________________ 54
Inúmer os são os benefíci os do contato dir eto e indireto com
dos admi nistrador es hospi talar es. As insti tuições de saúde
a nature za. Desde os tempos ancestr ais aos jardi ns er am
naci onais existentes b uscam cumprir sua função primor dial
atribuí dos valor es poéticos e cur ativ os, ger ando conforto,
e atender as necessidades físicas dos paci entes, dei xando
segurança, abrigo, entre outros (SOUSA apud SPRIGGS,
a des ejar quanto ao conforto e bem -es tar emocional e
1998). Estas atrib uições contribuír am par a o surgimento dos
psicológico de todos os us uários. O contato com a
jardi ns nas ins titui ções hospitalar e s, como forma auxi liar de
natur eza gera gr andes b enefí cios na vi da de quem a usufr ui
ter apia.
dur ante sua es tadia estr essante no h ospital. A cri ação de espaços v erdes com funções terapêuticas e r ecreativ as v em sendo a pri ncipal bas e par a humanizar estas insti tuições , e,
Este Trab alho de C onclusão de C urso, visa b uscar um
como comprov ado atrav és de div ersos estudos, traz
referenci al teórico a fim de r econhecer a i mportância da
resultados positivos na r ecuperação dos pacientes.
humanização
hos pitalar ,
atrav és
da
introdução
de
vegetação, criando espaços inter ativos de conforto e lazer que ir ão abrigar os us uários da ár ea de intervenção.
Sendo assim, a proposta des te tr abalho é a elaboração de uma inter venção pais agística na ár ea externa do atual Centro de Hemoter apia e Hematologi a do Espirito Santo
O tema adotado r etr ata a atual problemática das
(HEMOES), locali zado em Mar uípe, Vitória – ES, par a que
uni dades de saúde do Espiri to Santo, como também em
ele se torne um espaço acolh edor, confortável, s egur o e
todo Br asil: a falta de humanização em áreas hospi talar es.
acessív el,
Ao reali zar as análises dos estudos de cas o, foi possível
auxiliando no tr atamento e bem -es tar dos us uári os.
buscando
a
integração
com
a
natur eza
observar a extrema carência dos hospi tais, principalmente os es taduais, prov av elmente devi do à falta de inv estimento 1
O tr abalho foi estr uturado em 6 partes, sendo elas:
OBJETIVO
Introdução, justi ficativa, objetivo e metodologia utilizada para a r ealização do pr ojeto. O capítulo 1 abor da toda contextuali zação histórica sobre a utilização dos jar dins ter apêuticos em insti tuições de saúde, e a evolução e o processo de humanização da arquitetura hospitalar até a introdução de áreas ver des destinadas aos jar dins ao longo de diversos per í odos da história; o capítulo 2 apres enta os estudos e b enefí cios comprovados da presença de jar dins em ár eas hospi talar es; o capítulo 3 contém os estudos de casos r elacionados à pr opos ta de projeto; o capitulo 4 abor da as anális es realizadas da área e do entor no do hospital; o capitulo 5 apres enta a
OBJETIVO GERAL Este trab alh o tem como objetivo a cri ação de um proj eto paisagístico na ár ea externa do HEMOES, para fi ns recr eativ os e terapêuticos , de forma que o mesmo possa s e tornar
um
espaço
acolh edor,
inter ativo,
confortável,
autônomo e s eguro para s eus us uários. Este espaço se dar á através da instalação de n ovos mobili ários e i nfr aestrutura adequada e jar dins que proporcionam contato direto com a natureza. Auxili ando, assim, no bem - estar e qualidade de vida de s eus pacientes e acompanh antes.
propos ta de pr ojeto e as interv enções r eali zadas na ár ea de estudo, e por último, as consi der ações finais sobre a pesquisa de projeto.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Oferecer um espaço acolh edor e confortável par a os
usuários do h ospital enquanto aguar dam s er em atendidos;
Criar um ambi ente com s ubár eas par a convívios
diversifi cado, junto com mobili ário v ariado e flexível, de forma a garantir autonomia aos usuários;
2
Escolher v egetação e materi ais adequados, a fim d e
diversifi cada, vista par a a Pedra dos Dois Olhos , b oa
tornar o espaço acessív el e seguro par a todos;
ilumi nação e v entilaç ão natur al e segurança. Porém, possui
infr aestrutur a i nsuficiente, como a falta de mobiliári os e
Integr ação com a natur eza e pr oposição de novos
arranjos paisagísticos.
pavimentação adequada. Se faz, portanto, necessári o o proj eto de um espaço
JUSTIFICATIVA
exter no, como um jardim, a fim de acolh er estas pessoas e
Como mencionado anteri ormente, os hospi tais estaduais se encontram em estado precári o, tanto i nter namente quanto exter namente, podendo caus ar, muitas vezes, mal -estar e estress e aos paci entes que aguardam um longo período de tempo para s erem atendi dos. O HE MOES, é uma r ede de
tornar sua estadi a agr adá v el, s upri ndo s uas necessidades físicas e psicológicas , muitas v ezes j á abaladas pelo estado em que s e encontr am. Per mitindo uma melh or interação, do que j á é hoj e em di a, entr e as pessoas e a natur eza.
saúde pertencente ao Estado, possui um gr ande número de paci entes, paci entes
tamb ém, não
prov eni entes
possuem
um
do
es paço
i nter ior.
Esses
di fer enciado
e
METODOLOGIA
agr adáv el par a s e estabelecer em enquanto aguar dam
Par a fundamentar a pesquisa de proj eto, foram adotadas
atendimento, tendo muitas v ezes que esperar por horas sem
metodologias
conforto adequado. Es ta problemática s e estende nos
bibliográfico; consulta sobr e normas par a elabor ação de
hospitais do entor no, assim, a uma pr e ocupação também
um pr ojeto paisagístico em h ospitais; estudo da história da
com estes pacientes. A ár ea do Centr o possui divers os
arqui tetur a h ospitalar a fim de compreender a evolução do
pontos positivos: uma ár ea v er de que os pr óprios paci entes
conceito de humanização h ospitalar e a i ntrodução da
e acompanhantes se apropriam, com v egetação arbór ea
vegetação como forma de tr atamento; estudo de caso, o
especificas,
b em
como:
lev antamento
3
qual ir á proporcionar maior conhecimento sobre o tema escolhido, apr es entando os pontos positiv os e negativos da pr esença de jar dins nos ambientes hos pitalar es, e as divers as
atividades
roti neir as
que
poderão
s er
des env olvi das ali; análises da ár ea de intervenção e do entor no; percepção do espaço atrav és d e observ ação técnica ;
entrevista
com
os
usuários
por
meio
de
ques tionário; lev antamento fotogr áfico; e lev antamento do terr eno; pesquis as sobre materiais , vegetação, mobiliári o, ilumi nação e visitas ao local.
4
5
1.1 ANTIGUIDADE
Fi gura 1: Ja rdi m da Babi lôni a, M esop otâm i a
No s éculo passado o convívio com a natur eza, a luz solar e o ar fresco er am vistos como fatores ess enci ais para o processo de cura (MARCUS, 2000). Desde a pré -históri a as paisagens natur ais fazem par te da vida do ser humano, e há dois mil anos v em s endo consi der adas ter apêuticas. Uma rocha especial, uma caver na ou um bosque s agr ado (MARCUS, 1999). Na Pérsi a, na Mesopot âmia (Fig. 1), no Egito (Fi g. 2) e no Oriente, os j ar dins possui am a função de refr escar, devido ao clima quente e ári do, mas também
Fonte: h ttp: //v karq ui tetura. blog sp ot. com . br/ (Aces sa do em m arço, 2017) Fi gura 2 : Ja rdi m Egí p ci o na anti gui dade
tinh am o objetiv o de for necer tranquilidade espiri tual e recr eativ a, com a fim de promov er a r eflexão individual, o supor te social e a for mação cultural (SANTOS apud Fer nandes, 2014).
Fonte: h ttp: //v karq ui tetura. blog sp ot. com . br/ (Aces sa do em m arço, 2017)
6
O primeiro r egistro
de es paço caracterizado
como
1.2 IDADE MÉDIA
ter apêutico s e encontra em E pidaur us, na Gréci a Anti ga, de acordo com o Estr ebão, antigo historiador e geogr afo
Os primeir os hospitais dos quais s e tem conh ecimento foram
do Anti go Mundo (SANTOS apud A et al., 2006). O local
os hospi tais militar es romanos, aonde pr ev alecia elementos
chamado de Aesclepion, atrib uído a lugares de cur a, está
da arquitetura que contribuí am par a o bem -estar do
relacionado ao Deus mi tológi co da medici na e da arte da
paci ente: luz natural, enfermarias v entiladas, cruzadas e
cura (SANTOS apud Abdul, 2002). Por ser um local
separ adas uma das outr as par a evitar infecções (SANT OS
relativ amente afastado, er a pr ocurado por aqueles que
apud MARCUS e SACHS, 2014).
buscav am um todo es piritual, aonde podi am entrar em contato com a natur eza intocada pelo homem. Alguns
Jar dins terapêuticos apar eceram na Eur opa dur ante a Idade
elementos pres entes na pais agem, eram cons i der ados como
Média, entr e o s éc. V e XIV, nos páti os inter nos dos h ospícios
elementos que possuí am poder es cur ativos. A água, por
monásticos , aonde, as plantas medici nais e or ações er am
exemplo, er a de extr ema importânci a, e pres ente em
reconhecidas como formas de cur a (DOBBERT apud MARC US
diversos grandes centr os curativos (SANTOS, 2015).
E BARNES, 1999). A utilização ter apê uti ca dos jar dins devese aos líderes cristãos que levav am em conta o poder que a natur eza ti nha em despertar os senti dos (SANTOS, 2015). “ A
Sendo assim pode-se perceber que, d ês da anti guidade o
medici na pr aticada neste período consistia numa fus ão entr e
homem reconhecia a importânci a e a i nteração com a
a medici na ci entífica, práti cas de í ndole s upersticios a e
natur eza, s endo ela por div ersos motivos , e senti a a
momentos de or ação”. (SOUSA apud PIT A, 1998).
necessidade de s eparar um espaço aonde pudess em s e conectar com a natur eza de forma mais humana.
7
A importância ter apêutica dos jardi ns neste período da
Fi gura 3: M ostei ro St. B erna rd C lai rv eux , F rança
história ganha expressão atrav és de um texto de São Ber nar do (1090-1153) que por v olta do século XVII descr eve o jardim do claustr o do hospício do s eu mos teiro em Clairvaux (Fig. 3), França:
Dentro des te claus tro, m ui tas e di v ersi fi cadas á r v ores abundam de frutos, cri ando um v erdad ei ro bosq ue, q ue di sp osto junto das cela s dos enfe rm os, cla rei a ( …) e consola as fraq u ezas dos i rm ãos, ao m esm o tem po q u e oferece àq uel es q ue p assei am num am plo cam i nh o, e aos
Fonte: M onografi a Sara Fran ci sca F rai a de Sousa ( 2016)
assolados p elo calo r, um lu gar ag radáv el para rep ouso. (…) O h om em doente s entado sob re o r elv ado (…) est á seguro, es condi do e abri gado do ca lor do di a, a s f olh as de um a árv ore suav i zam o calor da e str ela a rdent e; para
A pr esença de jar dins de meditação e r estaur o foi des apar ecendo
juntamente
com
a
decadência
do
conforto da sua dor, todos os ti pos de e rv as li b ertam
monasticismo; contudo, alguns hospitais per maneceram com
fragrânci as (… ). (…) para o tra tam ento de um a ú ni ca
seus pátios i nternos como tr adição. A partir do s éculo XVII ,
doença a te rnura di v i na proporci ona m ui tos cons olos,
devi do também as
enq uanto o ar sor ri ser enam ente, a te rra respi ra com fecundi dade, e o p rópri o doen t e atrav é s dos o lh os, ouv i dos e nari nas, beb e as d elí ci as das co res, sons e p erfum es. (SOUSA apud SPRI GGS et al., 1998, p.9).
pr oblemáticas
com
a higi ene
e
infecções, a conexão entre paci ente e natureza começou a ser explorado e estimulado novamente, atr avés de ventilação cr uzada no i nterior dos ambientes e tamb ém o
8
desi gn hospi talar (KOSCHNITZKI apud GERLACH -SPRIGGS,
auxiliam no tr atamento e r ecuper ação, diminui ndo a
1998).
quanti dade de medicamentos. Fi gura 4 : Ja rdi m do Hosp i tal Lai boi si ere
1.3 ILUMINISMO E ROMANTISMO Após o s éculo XVIII , houve uma grande refor ma da arqui tetur a hospitalar, o qual teve i nício em Paris , por Luís XV (1710-1774). O pri meiro exemplar de hospital pavilhão foi o Hôpital Lariboisi ere (Fi g.4), formado por um sistema de pavilh ões individuais inter ligados entre si somente em uma extr emi dade por um corr edor de s erviço. Este sistema abrigava áreas ajardi nadas, possibili tav a acesso de luz natur al e a circulação de ar fr esco, consequentemente reduzi a o risco de propagação de doenças infecios as, e
Fonte: h ttp s: //soundlandscap e s. wordp r ess. com / (Ac e ssado em m arço, 2017)
tornav a o ambi ente hospitalar salubr e, pr oporci onando benefícios terapêuticos aos paci entes (SOUSA, 2016; BURPEE, 2008; SPRIGGS et al., 1998). Segundo Ulrich (1984) o contato entr e paciente com a natureza exerce uma função terapêutica, enquanto reduzem o estr es se e
Esta r eforma hospitalar inspir ou Flor ence Nigh tingale (1820 1910), enfer meir a reconheci da por ser precursor a no tratamento de feridos de guerra e por sua v isão humanista do ambi ente hos pitalar , focando no b em -estar social do paci ente
e
não
somente
nos
aspectos
físico
das 9
instalações ; além do acesso a ventilação, luz natural e de
A ar quitetur a de pavi lhão dos h ospitais foram se moldando
um ambiente hi giênico, conforme citado anteriormente, a
em
enfer meir a considera de i gual importância o acesso à vista
des env olvimento de economi as capitalistas, se adaptando
para a paisagem exter na do hospital (SOUS A apud
as necessidades da época. Sur gem os hospi tais de
NIGHTINGALE, 1863). Em s ua obr a ‘ Notes on Hospi tals ’ ela
especialidades di fer entes, novos antibióticos, inovações
cita: “ O eixo de uma enfermaria dev eria estar o mais perto
cirúr gicas e de diagnósticos, reduzindo a estadi a dos
possível a norte ou a s ul; as janelas em ambos os lados, de
paci entes (SOUSA apud MARC US apud SPRI GGS, 1998). O
forma que o s ol possa entrar (do nascer ao pôr do sol) de
funcionalismo des te período gerou hospi tais eficientes,
um lado ou do outro. Dev eria ter uma janela par a pelo
porém,
menos duas camas (...)” ( Architectur e staff; NIGHTINGALE,
psicológicos
1863).
características de edi fício v ertical e compacto marca a
edifícios
ruptur a
1.4 MODERNISMO
verticalizados
i nadequados
com
dos a
as
necessidades
usuários
cultura
(fi g.5),
(ULRIC H,
anteri or,
aliadas
ao
emoci onais 1999).
per dendo
e
Essas
assim,
a
ventilação natur al ao inter no dos ambientes, s ubstituídos por siste mas de ar condici onado, s uas áreas v erdes, substituí dos por ár eas de estacionamentos, confi nando o
Posteriormente a segunda guerra mundi al, no séc. XX,
espaço exter no ao percurso de carros e entr ada ao
houv eram rápi das e significativ as mudanças soci ais par a
hospital (MARC US, 1999).
história da humani dade, que irão car acterizar a civilização moderna (SOUSA apud GOITIA, 2010).
10
Fi gura 5: Ex em p lo de arq ui tet ura h ospi talar m odern o. Ed. Hi gi enop oli s M edi cal C enter, SP
funcionalidade do ambi ente do que com o bem -estar emoci onal e psicológico dos próprios paci entes, visitantes e funcionários (DOBBERT apud ULRICH, 1992). É i mpor tante destacar outras r eformas h ospitalares que acontecer am neste período, como a criação de sanatórios, hospitais para tratamento de tuber culos e i mplantados em completa uni ão com a natur eza, consisti am em ter api as de exterior , com possibilidade de r ealizar passeios nas áreas exter nas, enquanto os doentes acamados er am desloc ados até às varandas par a uma exposição direta ao s ol e ao ar fres co
Fonte: h ttp : //www. ga leri adaarq ui te tura. com . br (Ac es sado em m arço, 2017)
(SOUSA apud SPRIGGS et al,1998); e a constr ução de parques
jardi ns
em
estanci as
ter mais
(SOUSA
apud
HIPÓLITO-REIS, 2006). Entretanto, terapeutas ocupacionais conti nuaram a utilizar o contato com a natureza, atr av és dos jar dins ter apêuticos em s eus locais de tr abalhos, co m pr ogr amas de terapias de
A partir da década de 90, a pr eocupação com o estado
horticultur as
apud
emoci onal, psicológico e as necessidades dos us uários
GERLACH-SPRIGGS; MARCUS E BARNES 1999) env olv endo
for am valorizadas novamente, com b ase em estudos
paci entes em ativi dades de manutenção dos jar dins e
científicos, com o contrib uto de div ersos pr ofissionais dos
hortas.
ramos da política da s aúde púb lica, psiquiatria, psicologi a,
para
Devi do
enfermos
ao
forte
mentais
avanço
(DOBBE RT
tecnológi co,
os
admi nistr adores hospitalares p reocupar am-s e mais com a
ordenamento
do
territóri o,
arqui tetur a
pai sagística,
geogr afi a da saúde, entr e outras, sob re os efei tos 11
restaur adores caus ados pelo contato com a natur eza em
Devido a diversi dades de especialidades encontradas n os
diversos ambientes (DOBBERT, 2010). For am pub licados
dias de hoje nos hospitais, foi permiti do criar ambi entes
diversos livr os sobr e os benefíci os de espaços exter nos
adequados ás necessidades especificas de cada grupo, e
para a r ecuper ação de paci entes enfer mos, juntamente
juntamente com ess a diversi dade i nterna, tem sur gido
com div ersas conferencias anuais par a di scutir sobr e a
também estudos centrados nas caracterí sticas que os
temática (MARCUS, 2000). No âmbito destas investi gações,
jardi ns ter apêuticos dev em adotar e m cada situação
é impor tante destacar a conclus ão de pes quisa de Roger
especifica (SOUSA apud MARCUS, 1999).
Ulrich de 1984, aonde conclui u que paci entes em pós oper atório a r ecuperar em quartos com vista par a um campo de árvor es, r ecuper ar am mais rapidamente, tiver am
O contato com a natureza pode aj udar os pacientes,
menos complicações pós -cirúr gicas e necessitar am de
visitantes e funcionários a acalmar o estress e caus ado pela
menores dos es de analgésicos, do que pacientes em
permanência
quar tos com vista par a uma par ede comum (SOUSA; ULRIC H,
cons equentemente aj uda potenci almente no pr ocess o de
1984 ci t. i n ULRICH,1999). A pesquisa de Clair e Cooper
cura (MARCUS, 1999).
a
longo
tempo
em
um
h ospital,
Marcus (1995) que num estudo de av ali ação pós ocupação estudou os impactos nos utilizadores de jar dins existentes em quatro unidades de s aúde na Califórni a, concluiu que a maioria dos entr evistados r eportar am alívio de
stress
e
mudanças
de
humor
positivas,
após
permanecerem algum tempo no jar dim. Surgem assim a reaproximação dos ambientes i nternos e dos paci entes com a natur eza (SOUSA apud MARCUS, 2014). 12
13
É i rôni co q ue q uando conv i dadas a i m agi nar um
psicológico, através da estimulação dos sentidos, dir eto ou
am bi ente r egen erador, prati cam ent e todas as pes soas
indir eto, com a natur eza (SOUSA apud MARC US et al.,
fazem r efer ênci a à natu reza, p rocuram os t ratam ento
m édi co,
ai nda a ssi m q uando encont ram o -nos e m
1999).
am bi entes d esp rov i dos d e na ture za ou ac esso a ela ( SOUSA apud MARC US et al., 1999, p.8).
2.1 BENEFÍCIOS De acor do com Ur lich, o jar dim ter apêutico r efere -s e a uma
Devido a div ersidade dos espaços dentr o do ambiente
variedade de caracterís ticas de jar dins que tem em comum
hospitalar, e apr esentar uma for ma fria, complexa e nada
uma constante tendência de estimular a melhoria do estado
fami liar , o estr esse mani fes ta -se em paci entes e funcionári os
de estr esse e de apr esentar outr as i nfluências positivas nos
com difer entes intensidades (DOBBERT , 2010). Se não
paci entes, visitantes e funci onários (KOSHNITZKI apud
tratado com atenção, pode ter consequências sobr e a
MARC US e BARNES, 1999). Um jar dim permi te pess oas de
saúde
divers as idades e habi lidades a desfr utar, tr abalhar e
cardi ovascular es
interagir, independentemente de s uas limit ações.
DAHLGERN, 2009), como também pode levar o paciente a um
física
estado
do e
corpo,
b em
como
pr essão
alta
(S HAHRAD
degener ado.
Logo,
por
doenças
apresentar
apud uma
característica pouco acolhedor a, que carece da sensação O j ardim terapêutico pode apres entar div ersas formas , ser
de bem- estar, é pri mor dial lev ar em consideração a
encontrado em vari ados ambi entes , e dar acesso a
importânci a e os benefícios do ambi en te hospitalar na
diferentes tipos de ativi dades e usufrui dor es. São espaços
concepção do proj eto (DOBBE RT apud ROCHA, 2008).
projetados
para s atisfazer
as
necessidades
de s eus
utili zador es, contribui ndo par a o seu bem -estar físico e 14
O convívio com a natur eza, desde o iníci o da vida até a
(MATTOS apud DINES et al. , 2006; KALAN, 1995; Kaplan,
fas e adulta, é cr uci al par a a espécie humana. Como
2001; SHAFT OE, 2008).
demons trado pelo pesquis ador Zurique Hannsmann e Seeland (2007), estudos apontam a redução do estress e
2.2 BENEFÍCIOS POR MEIO DO DESIGN
em áreas urbanas aonde existe a pres ença de paisagem verde. Entrevis tados alegar am uma taxa de r edução de
Ulrich, em “Th e Th eory of Supp ortiv e Garden Design” (1999),
estress e em 87% e r edução de dor de cabeça de 52%, o
o qual propõem que a capacidade dos ambi entes de
que comprov a o pr ogr esso da s aúde, no senti do de um
saúde par a promov er em melhor es res ultados na condição
completo b em-es tar físic o, mental, s ocial e espiri tual não
dos pacientes e funci onários é pr oporci onal a sua eficácia
apenas r elacionado a aus ência de enfermidades ou
em r edução de estr esse, estabelece algumas diretrizes com
doenças (DOBBERT apud BISHT, 1985).
elementos essenciais de design e quali dades ambientais:
O acesso ao ambi ente externo pode estabelecer um senti do de i nterconectividade com o mundo ao redor , além disto, podem exercer a função b enéfica para a saúde e bem-estar-físico, mental e emocional (MATTOS, 2015). As alter nativ as de atividades ao ar livre s ão consider áveis e favorecem a s ens ação de r estauração e ali vio do estr esse das roti nas do di a a dia. Dentr e estas ativi dades, podemos citar: contemplação da paisagem, cami nhadas, atividades
Opor tunidade de tomar decisões , ter privacidade e
senso de contr ole: A falta de controle apr esentou ter efeitos negativos sobr e o sistema imunológico e outr os pr oblemas fisiológicos entr e os pacientes. Para que o j ar dim mantenha s ua função ter apêutica e de r edução de estr esse, ele deve s er de fáci l acesso e utilizáv el da maneira que for desej ada pelos usuários. O design do jar dim precis a oferecer opções, através de cami nhos com rotas longas ou curtas, pr iv ados
de lazer, convívio soci al e permanência par a r elaxamento 15
ou par a convívios sociais, vari edade de mobiliário, optar
Os exercíci os físicos estão associados a uma s érie de
por se estabelecer na sombr a ou no sol, deitar ou sentar,
benefícios , entre elas
a dimi nuição do estado de
dentr e outr os. Gar antir acessibilidade aos usuários que
depr essão,
adultos
portam alguma defi ciência física, que pode ser melhor ada
implicações
assegur ando que as áreas de enfer magem tenham bom
variedade de rotas, afim de encor ajar passeios.
tanto
em
necessári as
de
quanto design
cri anças.
englob am
As uma
acesso vis ual aos jar dins e utili zem mater iais e larguras adequadas. Ess es fator es ir ão influenci ar, também, no conforto psicológi co dos us uários (fig. 6 e 7).
Relação com a natureza:
A pr esença de v egetação poss ui o mérito d e ser uma distração positiv a. Determi nados elementos da natur eza
Opor tunidades de r eunir pessoas e obter em apoi o
social:
de peixes em uma s ala de es per a pode dimi nuir a
De acor do com div ersos estudos, foi constatado que pessoas que receb em um alto nível de apoio social têm uma vida soci al mais ativa, em ger al são menos estressadas e possuem condições de saúde melhor es. A fim de que o jardim
supr a
esta
necessidade,
ele
pr ecisa
possuir
subespaços com mobili ário flexív el que permitem acolher pequenos gr upos de pessoas para s entar em e conv ersar em com privaci dade.
ger am vari ados b enefícios, como a pr es ença de um aquário
Opor tunidade
ansi edade (MARCUS apud KATCHER et al., 1894); a presença de v asos de plantas ao i ntern o de escritórios provocam h umor positiv o nos funci onários (MARC US apud LARSEN et al., 1998); e pacientes que h aviam pass ado recentemente por alguma cir ur gia, que possuíam quartos com vistas par a árvores, tinh a redução signi ficativa de complicações pós -cirúr gicas e necessitav am de menos medicamentos par a dores (MARCUS apud ULRICH, 1984).
par a
exercer
movimentos
e
atividades físicas: 16
Fi gura 6: El em entos e a cessi bi li dade em jardi ns te ra pêuti cos
Segundo Moore e Cosco (2005, p. 35) “ um jardim é um lugar de v al or ter apêutico, onde o contato direto com a natur eza r elaciona não s omente o funci onamento da atenção, mas tamb ém o s entimento de estar mos vivos e em harmonia com o mundo” (MATTOS, 2015). Ai nda que o usuário não perceba estes b enefí cios, sofrem diretamente as ações e os estímulos pr ovocados pelo mesmo (DOBBERT, 2010). Segundo Ulrich (2002) cer tas cenas naturais apreendem a atenção e o inter esse do obs ervador e
Fonte: h ttp : //www. m i gcom . com / (Acessado em abr i l, 2017 Fi gura 7: El em entos e a cessi bi li dade em jardi ns te ra pêuti cos
servem como distração, dimi nuindo de tal modo as mani fes tações de pensamentos que podem levar ao estress e (DOBBERT , 2010). Além do v alor relaci onado a saúde, a pr esença de vegetação em um ambi ente, como a pres ença de arvor es, des empenha um papel importante par a o conforto térmi co estimulando melhori as cli máti cas em r az ão do equilíbrio de temper atura e melh orias ambi entais, r eduzi ndo os níveis de poluição do ar e s onora. Enaltece i gualmente os valor es estéticos pr opor cionados pela difer entes cores, textur as e
Fonte: h ttp : //www. m i gcom . com / (Acessado em abri l, 2017)
formas, e concede uma maior harmoni a a paisagem (DOBBE RT, 2010). 17
2.3 BENEFÍCIOS DA HUMANIZAÇÃO
necessidade de Humanização da assistência foi o da Saúde Mental, num pr ocess o denominado de Refor ma Psiqui átrica (SANTOS, 2003). O pr ocess o de humanização
Nos últimos anos tem aumentado a preocupação na área da s aúde em relação ao ambi ente hospitalar, o qual dev eria cri ar estab elecimentos efi cientes, hi giênicos que ao mesmo tempo tiv esse efeitos r elaxantes par a os pacientes e
us uári os
(ULRIC H,
2002).
Os
r esponsáv eis
em nosso país encontr a-se em pleno des env olvimento, com isso,
foi
formalizado
atr avés
de
um
progr ama
de
recomendações a nív el federal do Mi nistério da Saúde (SANTOS apud BRASIL, 2001):
das
admi nistr ações hospitalar es vêm enfr entando os desafios
“Hum ani zar é resga tar a i m p ortânci a dos
de reduzir os gas tos e melhorar a qualidade do ambi ente
asp ectos
hospitalar. Com a constante demanda de tecnologi as
asp ectos fí si cos na i nt erv en ção em saúde.
modernas e seu alto cus to, gastos com jardi m é visto como
Hum ani zar é acei tar esta n eces si dade d e
elemento não ess en cial, por tanto, se faz necessário
resga te
em oci onai s,
e
subjeti v os,
i ndi ssoci áv ei s
dos
arti cu lação
dos
asp ectos
i ndi ssoci áv ei s
dos
asp ectos
apres entar o potenci al b enéfico que os jar dins e plantas
fí si cos e bi ológi cos. M ai s do q ue i sso,
ger am,
h um ani zar é adotar um a p ráti ca em q ue
compar ando
seu
cus to -benefício
com
outr as
alter nativ as (ULRICH, 2002). Na pri meir a metade dos anos
p rofi ssi onai s
1990, o movimento denominado Centr o de C uidados,
conjuntos dos a sp etos fí si cos, subj eti v os e
incentiv ou os adminis trador es hospitalares a tor nar ci entes os
efeitos
negativos
dos
ambientes
e
usuári os
consi de ram
os
soci ai s q ue com p õe m o atendi m ento à saúde.
Hum ani zar
ref ere -se,
p ortanto,
a
hospi talar es,
p ossi bi li dade de assum i r um a p ostura éti ca
incentiv ando assim, os pacientes a s erem tratados de for ma
de resp ei to ao ou tro, de acolh i m ento do
holística, humanizando o atendimento (MATTOS, 2015). No
desconh eci do e de r econh eci m ento dos
Brasil, o pri meir o campo da saúde a di scut ir sobre a 18
li m i tes. ” (SANTOS apud BRASI L, 2001
quanti dade de medicamentos utili zados (DOBBE RT apud
p24).
ULRICH, 1984). T odavia, os jar dins não substituem a utili zação de tratamentos m edici nais pr opostos pelos tamb ém
médicos, pelo contrári o, ele atua de forma complementar
necessitam de uma forte atenção, porque res ultante da
aos tr atamentos, auxili ando a recuper ação (SOUSA apud
falta do confor to térmico em s eu ambiente de tr abalho, a
MARC US et al., 1999).
Os
tr abalhador es
das
áreas
hospi ta lares
qualidade de vi da do pr ofissional e condi ções idei as de trabalho s ão escass as, atribui ndo -o fatores como mal- estar psicológico, a di mi nui ção da capaci dade de produção e
A pr es ença de vegetação em espaços públicos como
esgotamento físico (DOBBE RT apud TALAIA, 2004).
também nas r esidências, foi comprov ado s er um f ator que traz divers os benefícios, tanto psicológicos, quanto físicos e ambi entais. Auxili a na r edução da temper atura, da
Segundo C lair e Marcus , muitos pesquisador es começaram a
poluição do ar e sonor a, como também na r edução de
afirmar a importância dos espaços ab ertos na reabilitação
estress e, melh orias no h umor e a estimulação dos senti dos.
de paci entes, como também, a necessi dade da uti lização destes espaços como forma de meio soci al para auxili ar na cura, especialmente para pacientes com algum distúrbio
A humanização dos espaços de saúde v em s endo discuti do
psicológico,
ter apêutica,
nas últimas décadas visando buscar melh orias para os
amenizando a dor e o s ofrimento de paci entes com
usuários. Nos ambientes hospi talar es, devido a inter nação,
doenças degener ativ as (MARCUS, 2000). Ao exerc erem a
utili zação
função ter apêutica, reduzindo o estr esse, os jardi ns auxi liam
autonomia, os pacientes e familiar es encontr am -se sob
no tratamento e recuper ação dos pacientes, dimi nuindo a
estress e, que cons equentemente ger a diversas emoções,
e
pode
exer cer
função
de
fortes
medicamentos
e
carênci a
de
19
como medo, ansiedade e depr essão. Por tanto, a pr esença de v egetação atr av és do jardim ter apêutico, se faz essencial, ger a sensação de controle e interação social, entre outros , que ir á auxili ar no tr atamento do paci ente e propor cionar uma boa quali dade de vi da tanto par a ele quanto par a os funcionários e visitantes.
20
21
Os s egui ntes estudos de caso foram analisados a fim de
ligam a cidade, na r egião de Victoria, Austr áli a (fig.8, 9 e
obter informações mais aprofundadas sobr e a for ma de
10).
criação dos espaços exter nos em áreas hospitalares , visando as necessidades e conforto dos pacientes, fami liar es e funcionários. Atrav és destes es tudos, foi possível obter
refer ências
a
s er em
consi der adas
par a
o
Fi gura 8: Vi sta a ér ea do R o yal P ark, M el bourne - Au stráli a
des env olvimento do projeto de r equalificação pais agís ti ca do Hemoes.
3.1 THE ROYAL CHILDREN’S HOSPITAL Localização
O Royal C hildren’s Hospital é um hospi tal pedi átrico, renomeado por div ersos prêmios pela criação de espaços exter nos e inter nos conectados com a natur eza. Está
Fonte: h ttp s: //ww w. google. com . br/m ap s (2016)
localizado dentro do períme tr o do Royal Park, o mai or parque urbano de Melbour ne, aonde tamb ém s e encontr a o zoológico da cidade, e entr e duas principais r uas que
22
Design Fi gura 9: T h e R oyal C h i ldren' s Hospi tal
Com a finali dade de garantir melhori as no dia a di a dos paci entes, fami liar es e funcionários , e tendo em vis ta os benefícios ter apêuticos do contato com a natureza, os arqui tetos
i dealizador es
Par tnership,
Bates
do
Smart
pr ojeto
Architect
e
Billard
Leece
Land
Desgi n
Par tnership, se b asearam no conceito da natur eza para sustentar o desi gn. (ARCHITECTURE AND DESIGN, 2013). Influenciados pela vas ta vegetação nativ a pr esente no Fonte: h ttp s: //ww w. bates sm art. com / (Ace ssado em a bri l, 2017)
Royal Park e com o obj etivo que tudo se integr asse com o ambiente
Fi gura 10: T h e R oyal C h i ldren' s Hospi tal
local,
relacionadas
aos
o
projeto
ambientes
emprega naturais,
características conectando
o
ambiente i nter no e externo atr avés da luz natur al e fácil acesso aos jar dins (BULL, 2012). O s etor de inter nação (fi g.15), situado na fach ada norte, integrado com o j ardim, possui o formato de uma es trela, gar antindo vista para o parque e páti os de todos os quarto s (DE TAIL, 2013). A presença Fonte: h ttp : //www. h ksi nc. com / (Ace ssado em abri l, 2017)
de
gr andes
ab ertur as,
além
de
gar antir
ilumi nação natur al, faz com o que os us uári os não percam
23
a noção do dia, e tenham cons tantemente contato com a
Fi gura 12: M urai s i nt ernos
ciclo natural do dia (fig.16). Os elementos da natur eza s ão encontrados tanto em detalhes da envoltóri a quanto nos ambientes i nternos: cada pavimento possui uma temática di fer enciada (fig. 11, 12, 13 e 14), fundo do oceano, prai a, ter r a, flores ta, sob as árv ores , topo das montanhas e céu, com mur ais realizados pela artista Jane Rei seger (CRITC HLEY, 2012) .
Fonte: Fra ser M arsden. h ttp s: //www. dex i gne r. com / (A cessado em abri l, 2017) Fi gura 13 : C orredo r p ri nci p al "M ai n Str eet "
Fi gura 11: M urai s i nt ernos
F o nte: F r a s er M ar s d en. h ttp s : / / www. d exi g ner . co m/ (A ces s a d o em a b r i l , 2017)
Fonte: Fra ser M arsden. h ttp s: //www. dex i gne r. com / (A cessado em abri l, 2017)
24
Fi gura 14: Aq uári o no co rredo r pri nci pal "M ai n Str e et"
Fi gura 16: Qua rto do seto r i nte rnação
Fonte: h ttp : //www. r ch . org. au/h om e/ (Acessado em a bri l, 2017) Fonte: h ttp : //www. ar ch i trav el. com / (Ace ssado em abr i l, 2017) Fi gura 15: S etori zação
Jar dins O RCH possui div ersas áreas exter nas além do parque urbano, como j ardi ns temáticos, páti os e áreas de lazer, projetado
pelos
ar quitetos
pais agistas
do
escritóri o
Landscape Architects Land Design Partner ship. O j ar dim principal, ch amado Th e Great Garden Cour t, é uma v asta área que s e i ntegr a dir etamente com o Royal Park, da qual se ob tem acesso no fi nal do corredor centr al ‘Mai n str eet’, Fonte: Hel en Wayland. h t tp : //www. blp. com . au/ (Aces sado em ab ri l, 2017)
no térr eo, o mesmo corredor que i nterli ga todos os setores do hos pital (fi g. 17). O j ardim possui um parque i nfantil 25
seguro, ass entos, churras queira a gás, ár ea gramada e uma
crianças e s uas famí lias a r elaxarem enquanto aguardam
área para eventos e apres entações (Royal Childrens
tratamento (fig. 18, 19 e 20).
Hospital).
Fi gura 18: P áti os
Fi gura 17: Locali zação "M ai n St ree t" e ac esso ao G reat Garden C ourt
Fonte: h ttp : //www. anl c. com . au/ (Acessado em abri l, 2017) Fi gura 19: P áti os
Fonte: h ttp : //www. ar ch i tectu reandde si gn. com . au/ (Acessado em abri l, 2017)
O terreno possibilitou a cri ação de div ersos jar dins e pátios , i nclui ndo dois terr aços -jardi ns, que auxili am as Fonte: h ttp : //www. anl c. com . au/ (Acessado em abri l, 2017)
26
Fi gura 20: P áti os
Fi gura 21: P layground
Fonte: h ttp : //www. anl c. com . au/ (Acessado em abri l, 2 017) Fonte: h ttp : //www. anl c. com . au/ (Acessado em abri l, 2017)
O j ar dim s ens orial, é um espaço tr anqui lo, com poucas
Fi gura 22: P áti o
atividades e de acess o limitado aos pacientes e famili ares. Ideal par a permitir que as cri anças s e av enturem. O jar dim possui um par que i nfantil, caixa de ar eia e plantas com efeito
calmante.
A v egetação
é v ariada,
podendo
encontrar destas plantas que s e possam encontra são: arbustos lírio, camellia s asanqua, gar dêni a, agulha de adão entr e outr as (C RITCHLEY, 2012). O playground infantil, pr ojetado pela arquiteta Fi ona Robbe, possui
Fonte: h ttp : //www. anl c. com . au/ (Acessado em abri l, 2017)
inserções de borr acha com imagens de animais, bem como vegetação com topiari a em for matos de dinossaur os. 27
Fi gura 24: R andall C h i ldren's Hosp i tal
3.2 RANDALL CHILDREN’S HOSPITAL
Localização O Randall Children’s Hospital é um hospi tal pediátrico localizado no Campus do Legacy Ema nuel Medical C enter , em Por tland, Oregon – EUA (fig. 23). Fi gura 23: Locali zação R andall C h i ldren' s Hospi tal, P ortland
Fonte: h ttp : //www. coffm anex cav ati on. com / (Acessad o em abri l, 2017)
Design Projetado pelos arqui tetos do escri tório ZGF Architects, com o objetivo de conceber espaços que pr ovocassem inspirações e confort o par a usuários de divers as faixas etárias. Preliminarmente, for am r ealizados encontros com os Fonte: h ttp s: //ww w. google. com . br/m aps (2017)
responsáv eis do Hospital par a estabelecer em diretrizes que iriam futur amente nor tear o design do pr ojeto. A meta 28
central
er a
elaborar
um
ambiente
i nspirador,
que
Respeitando
as
diretrizes
estabelecidas,
tanto
conduzissem os usuários a explor arem o espaço em sua
internamente quanto externamente a insti tuição, cada
volta e obterem assim, distrações positivas (ARC HIDAI LY,
detalhe foi escolhido com cui dado, dês dos materiais:
2013). O design enaltece a diversi dade das r egi ões de
bamboo para as portas dos quartos do setor de inter nação
Oregon e o sudes te de Washington. Outros fator es
e elementos de es cultura customizados, à paleta de cores,
importantes para a concepção do desi gn, fo i i ntegr ar
utili zada ao inter no do hospital e inspir ada nas r egi ões
formas curvas (fi g.24) e suav es ao inter no do pr ojeto, e
circunstantes,
acima de tudo, priorizar as famíli as e seu bem - estar
presentes na r egi ão: o v ale de Willamette , C ascade Range,
(ARCHIDAILY, 2013).
a costa de Or egon e o des erto (ARCHIDAILY, 2013).
Fi gura 25: Form as curv as. P áti o ex terno em fr ente a o lobby
Fonte: h ttp : //www. p e rep lani rov ka. ru/ (Aces sado em abri l, 2017)
r epr esentando
as
áreas
geogr áficas
Fi gura 26: Form as curv as e el em entos em m adei ra
Fonte: h ttp : //www. ar ch dai ly. com / (Acessado em abri l , 2017)
29
Fi gura 27: Form as curv as e el em entos em m adei ra
Americana de terapia horti cultura ( Ameri can Horticultur al Ther apy Associ ation). O j ar dim fica situado num pátio entr e as paredes de vidr o do novo corr edor do h ospital, podendo
ser
vis to
do
i nter no,
mas
sem
per der
a
privaci dade, gr aças ao uso e ao planej amento adequado da vegetação (fi g. 28 e 29). Fi gura 28: I m p lantação
Fonte: h ttp : //www. ar ch dai ly. com / (Acessado em abri l , 2017)
O obj etiv o é colocar as famíli as que frequentam a instituição em primeir o lugar , gar antindo a elas um ambie nte confortáv el,
acolhedor
que
perca
a
caracteri zação
clássica hos pitalar , auxili ando no processo de cura dos paci entes (ARC HITIZE R,2012).
Jar dim O Randall Chi ldr en’s Hospi tal é famoso por seu jar dim ter apêutico, e r ecebeu um pr êmi o por parte da Associaç ão
Fonte: h ttp : //www. ar ch dai ly. com / (Acessado em abri l , 2017)
30
Fi gura 29: Ja rdi m terapê uti co
clínicos, tais como, fisioter apia, hor ticultura; além do mais promov e
movi mento
exercíci o s
físicos
moderados;
educação ambiente, entre outras (SOUSA apud HAZEN, 2014).
O jardi m possibilita o contato imerso com a natureza. T endo como temática o feiti ceiro de OZ (fig. 30), ao longo dos caminhos podem s er encontradas diversas estatuas e esculturas alusivas ás personagens da história, e um percurso formado por tij olos amarelos que lev am a uma surpr esa (fi g.31). O j ar dim poss ui um percurso principal, em Fonte: (M AR C U S et Sach s, 2014)
forma de 8, acessível para cadeir antes. A r ica vari edade de v egetação permi te aos us uári os de t er em experi ências sensori ais, além de formarem s ubár eas (fig. 32 e 33) que
Proj etado pelo arquiteto paisagista Gr etchen Vadnais, o
criam di fer entes tipos de estadi as e ativi dades delimitadas
projeto teve bas e numa metodologi a par tici pativ a, aonde,
por esta v egetação, gar antindo privaci dade (SOUSA apud
a colabor ação de div ersos profissionais que iriam uti lizar o
MARC US et al., 2014). Podem s er encontr adas div ersos
espaço, s e tornou essenci al par a o processo de desig n
tipos de plantação, como ár vor es de b aixo porte; arb ustos
(MARCUS et al., 2013). Tendo como pr opósi to que o jar dim
e flores (MARCUS et al., 2014).
tivesse função tanto ter apêutica quanto recr eativa, o jardim ofer ece espaços par a a r ealização de programas 31
Fi gura 30: Esc ultu ra do F ei ti cei ro d e OZ
Fi gura 32: Ja rdi m
Fonte: h ttp s: //ww w. asla. org/ (Aces sado em a bri l, 20 17)
Fonte: h ttp: //www. h eali ngland scap es. org/ (Ac essado em abri l, 2017)
Fi gura 31: P as sei o gui ado por ti jolo am arelos
Fi gura 33: Subรก reas do ja rdi m
Fonte: h ttp s: //ww w. asla. org/ (Aces sado em a bri l, 20 17)
Fonte: h ttp: //goodnessg rowsp dx . com / (Acessado em abri l, 2017 )
32
Quando bem planejado, o pr ojet o da pavi mentação ger a dinamicidade, tanto das di fer entes visuais quanto dos percursos, mesmo s endo um jardim pequeno, e i ncentiv a crianças e adultos a explor arem o jar dim (MARC US et al.,
Fi gura 34: Esc ultu ras i nt erati v as
2014) como tamb ém junto com a pr esença de elementos interativ os (fi g. 34).
De acordo com Mar cus no livro “ Ther apeuti c Landscapes: An Evidence-bases Approach to Designing Healing Gar dens and Restor ativ e Outdoor Spaces”, em português ‘Pais agens Terapêuticas: uma Ab ordagem Bas eada em Evidências para pr ojetar jar dins de cur a e espaços r es taurador es ao ar livre, ela cita alguns problemas encontr ados no jar dim após o projeto, por exemplo, um elemento com água se revelou um peri go, pois algumas cri anças tentavam entrar , e podi am es corr egar em e se machucarem, portanto, par a
Fonte: h ttp s: //ww w. asla. org/ (Aces sado em a bri l, 20 17)
resolv er este problema foi ins talado uma cer ca bai xa, para evitar o acesso; como tamb ém a utilização de tijolos ao longo
dos
per cursos ,
devi do
à
alta
exigência
de
manutenção, for am, portanto, r elocadas par a uma área de assentos. 33
Fi gura 36: Hosp i tal P úb li co I nfanti l Da rcy Vargas
3.3 HOSPITAL PÚBLICO INFANTIL DARCY VARGAS
Localização O h ospital púb lico infanti l Darcy Vargas, fica localizado no bairro Mor umbi, na zona Oeste de São Paulo (fig. 35 e 36). A ins tituição atende em médica de tr ês mi l a quatro mil crianças e jov ens de 0 a 17 anos , e cerca de 120 pelo pronto socor ro por ano (REIS, 2015).
Fonte: h ttp s: //kekanto. com . br/ (Ac essado em ab ri l, 2 017)
Fi gura 35: Locali zação Hosp i tal P úbli co I nfan ti l Da r cy Vargas, SP
Design A ideia primaria sur giu por uma voluntária que j á tr abalhava no hos pital. Tendo como pri ncípio amenizar o clima estress ante, pr ovocado pelo ambiente h os pitalar , atrav és da ar te e da natureza, s urgi u a ideia de criar um jar dim ter apêutico par a o h osp ital (C ICLOVIVO, 2015). Visando tornar o ambiente hospi talar mais humanizado, oferecendo aos usuários um ambiente mais familiar , aonde podem Fonte: h ttp s: //ww w. google. com . br/m aps (2017)
34
descans ar e r elaxar por meio do contato com a natur eza
ocioso. Tem como obj etivo acalmar, confortar e causar
(SECRETARI A DA SAUDE apud SARRUBO, 2015).
reações posi tivas (CIC LOVI VO, 2015).
“Este esp aço não ti nh a nada, ab solutam ent e, e i ss o m e
Fi gura 37 : Ati v i dades no ja rdi m terap êuti co
i ncom odav a, assi m com o eu não gostav a d e v er as m ães oci osas na sala d e e spera. P ens ei em cri ar um a al a de descom p ressão, p ara se r um a v álv ula de es cape. O jardi m tem ess e p rop ósi to” (NUNES apud MALLART,
2015).
Jar dim O j ardim foi elaborado atrav és da par ticipação de voluntários
de
uma
equipe
formada
por
arquitetos,
Fonte: h ttp : //www. h yp enes s. com . br/ (Ace ssado em a bri l, 2017) Fi gura 38 : Ati v i dades no ja rdi m terap êuti co
paisagistas e grafiteiros, que juntos conceber am um espaço dedicado ao r elaxamento e descanso par a as cri anças, fami liar es e funcionári os, podendo hav er oc upações com atividades div ersas (fig.36 e 37).
O j ardi m ocupada uma ár ea de 90 m2, i ns talado no hall de entrada do hospital, o qual pr eviamente era um espaço Fonte: h ttp : //www. h yp enes s. com . br/ (Ace ssado em a bri l, 2017)
35
No j ardi m foram alocadas v egetação como lav anda, que transmite tranquilidade, e algumas planta fr utífer as, como jabuticabeir a, r omã e acerola, as quais serv em para alimentação e atr aem páss aros (CICLOVI VO, 2015). A vegetação foi escolhi da par a compor o amb iente, lev ando
Fi gura 40: M obi li ári o
em consideração a segur ança e o bem -es tar dos usuários (SECRETARI A DA SAUDE, 2015). Foram postos, tamb ém, bancos de madeira, constr uí dos com troncos d e árvor es e grafites com temas infantis por todas as par edes, r ealizados por grafiteiros (fig.38 e 39). Fi gura 39: P lantação frutí fe ra
Fonte: h ttp : //www. h yp enes s. com . br/ (Ace ssado em a bri l, 2017)
Fonte: h ttp : //studi orober torei s. com . br (A cessado em abri l, 2017)
36
3.4 SÍNTESE GERAL
tornando
o
ambiente
hospitalar
mais
familiar
e
humanizado. Outras principais diretrizes abord adas Com a crescente conscientização de humanizar as áreas hospitalares através da presença de jardins, foi possível
encontrar
diversos
casos,
com
design
pelos criadores destes espaços são a concepção de ambientes diversificados e inspiradores, criação de percursos variados e elementos atrativos.
alternativo e adequado, tendo como base conceitual a integração da natureza no processo de humanização hospitalar.
A análise do estudo de caso foi dividida em tr ês partes: localização geográfica do hospital; design, qual foi o conceito e os partidos utilizados para a elaboração projetual, tanto arquitetônica quanto do paisagismo; e por fim como os partidos foram aplicados a criação dos jardins. Desta forma foi pos sível traçar a diferença da base conceitual entre os hospitais.
A semelhança mais característica encontrada foi a necessidade de garantir melhorias no dia a dia, 37
38
O C ent ro d e Hem atologi a e Hem oterapi a do Es pi ri to Santo (HEM OES ) é um órgão do Gov e rno E stadua l em
4.1 LOCALIZAÇÃO
p arceri a e locali zado no i m óv el Gov erno F edera l d e área da educação. T em por obj eti v o coord en ar e
A poligonal de estudo está localizada na Av eni da
ex ecutar
Mar echal Campos, no b airro Maruípe, Vitóri a – E S (fi g. 41).
as
p olí ti cas
r elati v as
à
Hem atologi a
e
Hem oterap i a, v i sando a pres tação de se rv i ços, com desenv olv i m ento
e
apri m oram ento
de
Fi gura 41: Locali zação do bai r ro
a ti v i dade s
técni co -ci enti fi cas de ensi no e pesq ui sa ( DE OLI V EI R A, 2017).
O C entro receb e diari amente um gr ande númer o de paci entes prov eni entes de todo o es tado, principalmente do i nterior, que chegam ao local, em s ua maioria, por meio de ônibus ou vans que s ão t ransportados pelas pr efeitur as para s er em atendi dos no Hospital Santa Ri ta – em lei tos SUS- e no Hospital Univ ersitári o. O público alv o da ár ea de interv enção abriga princi palmente estes paci entes que vem de longe. Os paci entes do Hemoes também utili zam o Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
espaço, porém, por terem mais i nfr aes trutur a como salas de esper a climatizadas e sanitários e por possuírem tempo de esper a menor es, es tes ficam no local por menos tempo.
De acor do com o Plano Dir etor de Vitóri a (PDU) (fi g. 42) a área
do
hospi tal
encontr a -se
em
uma
Zona
de 39
Equipamentos Especi ais, onde no s eu entor no estão
Fi gura 42: P DU de Vi tóri a
situadas instituições de gr ande porte, tais como: Hospital Santa Ri ta, Hospital Universi tário, conhecido também como hospital das C línicas, e o Campus da Univ ers idade Feder al do Es pirito Santo (fi g. 43).
Fonte: h ttp : //www. v i tori a. es. gov . br/ (Ac esso em agos to, 2017)
40
Fi gura 43: Locali zação e entor no do HEM OES
nota-se a pr esença i ntensi ficada de edifi cações de uso misto (fi g. 44), com comér cio no térr eo, e edificações de uso unicamente comerci al ou de s erviço conforme mapa 01. Fi gura 44: Edi fi cação de uso m i sto na Av . M aruí p e
Fonte: h ttp s: //ww w. google. com . br (Ac esso em agos t o, 2017) Fonte: w ww. google. com . br (Aces so em ago sto, 2017 )
4.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Os estabelecimentos pr esentes ao r edor da poligonal de
Atrav és das análises reali zadas no local e s eu entorno, foi
estudo, s e difer enci am do contexto do r estante do bair ro,
possível constatar o predomí nio da ti pologia de usos
por
residenci al com gabarito em média entr e um a três
conforme dito anteriormente. Estes estab elecimentos trazem
paviment os. N as av enidas principais que atravessam o
dinamicidade i ntens a no b airro ao longo do dia, porém, o
bairro, avenida Mar uípe e avenida Marechal C ampos,
movimento de pessoas é r eduzi do nos h orári os noturno.
estar em numa zona de equipamentos
especi ais
41
M apa 1: U so e ocupação do solo
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
42
4.3 VIAS E ACESSOS
O principal meio de transpor te coletivo que atende o bairro é o sistema de ônibus da r ede Trans col, j untamente
O acesso para o HEMOES acontece pela Avenida
com as li nhas da rede municipal de Vitória. No entor no da
Mar echal Campos, a qual conecta a av eni da Maruí pe a
área de estudo for am contabilizados tr ês pontos de ônibus.
Avenida Vitória, ela é classifi cada como via ar teri al pelo
Os paci entes prov eni entes do int erior do estado, em sua
PDU de Vitória e apr es enta fluxo i ntenso de veículos e
grande mai oria, ch egam ao local atr avés de ônibus de
pedestr es (MAPA 02). A entr ada é única, tanto para
viagem for necidos pelo municípi o da pr ópr ia ci dade. De
pedestr e e v eículos quanto par a carga e descar ga e
modo geral pr ev alece o uso do tr ansporte automotiv o,
ônibus de viagem (fi g. 45).
devi do a distância de deslocamento dos pacientes.
Fi gura 45: Ent rada do HEM OES pe la Av . M arech al C am pos
As calçadas do entor no s ão acessíveis, todavia, são obstaculizadas pela pr esença de v endedor es ambulantes, pontos de ônibus e aglomer ação i ntens a de pess oas, de acor do com as anális es r ealizadas.
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
43
M apa 2: Vi as e ace ssos
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
44
4.4 VEGETAÇÃO E TIPOS DE PAVIMENTAÇÃO
pequeno porte (MAPA 03). A pr esença abundante de vegetação arbór ea distrib uída pelo terr eno traz div ersos fatores posi tivos par a o local além de s ua função e stética,
A poli gonal de estudo é benefici ada por ter uma boa
auxilia no conforto térmico, gera benefíci os psicológicos
concentr ação de massa v erde, hav endo um pequeno
para os usuários que aguardam atendi mento, integração com
bosque que contor na todo o perímetro do terreno (fi g. 46).
a natur eza, estimulo ao convívio s ocial e oferece um es paço
Fi gura 46: Bosq ue
agr adáv el par a descanso (fi g. 47). Fi gura 47: Ár ea de i nte rv enção sendo ap rop ri ado p elos usuá ri os
Fonte: Ace rv o p essoal (2017) Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
Os tipos de v egetação encontrados no local s ão v ariados,
Dentro
do
terr eno
foi
av eriguado
o
pr edomí nio
da
e foram mapeados classificados em gr ande, médi o e
pavimentação de par alelepípedo, tendo pavimentação em 45
cimento apenas ao r edor das edi ficações , e pr esença de
passeio para pedestr e que s ej a confor tável, s eguro e
gramado nos can teir os (fi g. 48).
acessív el.
Fi gura 48: P av i m entação de pa rale lepi pedo
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
Não foi encontrado nenhum passeio exclusivo para pedestr e. Os mesmos compar tilham a rua com os v eículos que
adentram
no
local.
Devi do
a
es ta
falta
de
acessibili dade percebe-s e a necessidade de conceber um
46
M apa 3: Vegetação ex i stent e
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
47
4.5 INFRAESTRUTURA E MOBILIÁRIO
Fi gura 49: Ass entos i rre gular es
A problemática primor dial a se mencionar é a carênci a de mobiliári o na ár ea de interv enção, assim como em toda s ua extens ão. Foram constatadas duas lixeir as de coleta s eletiv a, localizadas em frente a entrada dos edifí c ios, e divers as irregular es distribuí das pelo terr eno (fi g. 49). Os assentos existentes são de pedra, ir regulares e des confortáv eis (fi g. 50), as mesas com bancos encontr adas no local, pertencem aos vendedor es amb ulantes , os quais utilizam o local diari amente (fig. 51). A ilumi nação na ár ea gr amada de intervenção é i nexistente, s endo localizada somente ao
Fonte: Ace rv o p essoal (2017) Fi gura 50: M esas e bancos di sp oni bi li zados p elos v endedore s
longo dos canteiros centrais. Há carência tamb ém de bicicletário, pavimentação adequada, b ebedouro, melhori as no banheir o e espaço para alimentação.
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
48
É
importante
mencionar
a
pres ença
dos
v endedores
ambulant es no local, que s e es tabelecem dispers ados pela área de i ntervenção. O vínculo entr e os vendedor es e usuários do es paço vai além da r elação compra e v enda, uma v ez que a pres ença deles ger a sensação de segur ança aos us uári os, comodidade, e mui tos já i nsta ur ar am laços afetivos devido ao convívio soci al di ário.
49
M apa 4: I nfraestru tura e m obi li รกri o
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
50
4.6 MICROCLIMA
Fi gura 51: Vi sta p a ra a P edra do s Doi s Olh os
Devido à pres ença consider ável de v egetação na ár ea, conforme apres entado em anexo (MAPA 04) é compr eensível notar os fator es positivos ger ados por elas. A poligonal de estudo possui amplas ár eas sombreadas, var iadas ao longo do dia. Esta condição auxi lia a amenização da temper atura no local, pois traz v enti lação natur al e diminui a poluição do ar. Além disto, estas massas de v egetação atr aem i ns etos e animais ao local. Durante as análises foi possív el notar sons de páss aros por todo o terreno. O hospital possui vista privilegiada para a pedr a dos dois olhos (fi g. 51). Estes fator es contrib uem para tornar a área um espaço agr adável, acolhedor e des contraí do, muito impor tante para os pacientes e acompanhantes dos hospitais ao s eu r edor.
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
51
Gráfi co 1: Freq uên ci a no loca l
Na entrada do HE MOES nota-se um r uído elev ado de veículos , por s ua proxi midade com a Av. Mar echal C ampos e pelo acesso s er único. Portanto, esta ár ea dever á ter uma
17%
maior atenção a fim de gerar melhorias.
33% 17%
4.7
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS 33%
No total, foram entr evistadas 20 pessoas (12 mulheres e Diariamente
08 homens). A faixa etári a v ariou de adultos a i dosos, vendedor es, acompanhantes e pacientes. A r elação da
Semanalmente
Mensalmente
Anualmente
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
maiori a do púb lico com o jar dim do HE MOES é de aguar do, enquanto mui tos são prov enientes de ci dades do i nterior , como Barra de São Francisco, São Gabr iel da Palha, Domingos Mar tins, Pi nheir os, entr e outr os, e de trabalho como no caso dos v endedores ambulantes, aonde a maiori a resi de na cidade de Vitória. A fr equência no local v aria de pessoa a pessoa, s endo o mais comum uma fr equênci a mens almente como s e pode observar no Gráfi co 01.
Todas
as
pessoas
entrevis tadas
possuem
experiências
positivas e gostam de per manecer no jar dim do HE MOES. Majori tari amente as pessoas permanecem no jardim por divers as horas, pois dependem dos ônibus municipais d e viagem para o r etor no à pr ópri a cidade, os quais costumam chegar entr e 05:30 h e 06:30 h , e a v olta entr e as 15:30 h e 18:00 h.
52
Gráfi co 2: Horári o d e ch egada
frequentar em diariamente o local, a vista de qualquer situação suspeita, avisam os s egur anças do h ospital.
0% 0%
Os r uí dos ger ados pelo grande fluxo de v eículos na Av. Mar echal campos, conforme relatado por mei o das entrevistas,
33%
não i ncomoda e o clima do local, devi do à forte pres ença de 67%
vegetação arbór ea, é agr adáv el. Motiv o este que leva a maiori a das pessoas a se es tabelecer em no j ardim ao inv és de aguar darem dentro dos estabeleci mentos dos hospi tais.
05h - 06:30h
07h
09h
13h
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
Em contr aparti da, for am relatados muitos problemas , como carênci a de i nfraestr utura, área mais confortáv el para a Quando pergunta do os pontos positivos e o que mais chama a atenção no local , a r esposta foi a tr anqui lidade e calmaria relatada por todos os entr evistados. Os usuários acham o
permanência, mobiliári os (ass entos e mes as), banh eiros e bebedour os. Foi quas e cons enso entr e os entrevistados que o jardim possui um grande potencial a s er explorado.
jardim um espaço descontr aído, aonde s e sentem s eguros para poder
descans ar
e
se
estabelecer
tr anqui lamente
sem
preocupações com assaltos ou vi olênci a de outr os tipos. Par a muitos , a s egur ança é dada por mei o da concentr ação de pessoas no local e da pres ença dos v endedores, os quais, por
53
Gráfi co 3: M elh ori as nec essá ri as no local
principalme nte para os fr equentador es que não conh ecem a regi ão.
6%
18%
35%
4.8
6% 35%
SÍNTESE GERAL
Atrav és deste di agnós tico foi possív el compr eender melh or a área de estudo. O j ardim do HEMOES acolhe i númer as pessoas ao longo do dia, agr egando - as num único espaço,
Implantação de banheiros Àreas para passeio
que ger a s egur anç a e bem-es tar no meio à espera. Atr av és
Implantação de mobiliários Espaço infantil
da captação destes pontos positiv os, que podem s er
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
utili zados par a a pr oposta do nov o j ardi m, e as necessidades basilar es das quais a área car ece, for am traçadas diretrizes
Um fato i mpor tante a ser destacado é a av ali ação positiv a em r elação aos v endedores amb ulantes no local. A pr esença
para solucionar os problemas encontrados e menci onados anterior mente.
deles , além de gerar s ens ação de s egurança conforme mencionado anteri ormente, auxili a no b em - estar e conforto do es paço, enquanto ofer ecem pr odutos (alimentação,
A proposta do projeto visa criar um j ardim acolh edor,
roupas e pr odutos diversos) num preço acessível. Quase
dinamizado, acessível e confor táv el com atividades e usos
todos
diferenci ados
concor daram que ger a comodi dade, pois
necessitam
sair
da
ár ea
do
hos pital
para
não
lanchar,
que s upram as
necessi dades
de todos:
paci ent es, acompanhantes e v endedores.
54
T abela 01: Quad ro de r esu m o e di ret ri zes
Temática
Aspectos ambientais
Subtemática
Diagnósti co
Vegetação
Abundante
Clima Ruí dos
Acessos Conexões Calçadas
Diretriz Plantação de outras es péci es diversifi cada
Agr adável devido a pr es ença de vegetação Da av eni da pri ncipal Única entrada para todos e vi a compartilhada Acessív eis, com pr esença intensa de vendedor es amb ulantes
Mobiliári o urbano
Inexistente
Equipamentos sanitários
Insuficientes
Infr aes trutur a
Amenizar atr avés de vegetação e elementos paisagísticos Readequação do pass eio par a pedestr e e leito carroçáv el Deslocar os vendedor es ambulantes Criação e i nstalação de mobiliári os alter nativ os Instalação de sanitários na área exter na
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
55
4.9 SETORIZAÇÃO DA PROPOSTA
Áre infanti l:
Possui conexão com a ár ea de vivênci a e área inter ativ a e A interv enção paisagísti ca no jar dim do HEMOES tem por
social, par a que as cri anças possam es tar abrigadas no centr o
objetivo atender as necessidades dos us uários e do local,
do jar dim, s upervisionadas pelos adultos , longe da vi a
com bas e nas anális es realizadas. A propos ta visa manter a
carroçáv el. Esta ár ea possuir á pomar es, mobiliário e jogos
vegetação exis tente e os vendedor es ambulantes, devi do
alter nativ os, com o intui to de esti mular os senti dos
sua importânci a no local, conforme analisado nas entr evistas.
imagi nação das crianças.
Sendo
assim,
foi
possív el
traçar
uma
proposta
para
setorização da ár ea de i nterv enção. O jar dim foi s etorizado em 4 ár eas maior es, a qual possuem s ubáreas conforme apres entado no mapa 06:
e
Área i nterativo e soci al: Grande área gramada par a deitar e fazer pi c-nic, com presença de mobiliári o alter nativo e vegetação comestiv el. Àrea de descans o: Espaço voltado par a os usuários que possuem des ejo de estar
Área de viv ênci a:
apar tados e is olados. Subár eas priv adas ger adas pelo
Espaço para onde irão des locar os ven dedores amb ulantes.
projeto de v egetação, com mobili ário alternativo. Pequeno
Visa acolh er os usuários par a refeições e i nteração s ocial.
labirinto sensori al com espéci es de flores para estimulação
Possuir á área cober ta, sanitários, bebedouro, acesso à
dos s entidos.
internet, bicicletário, mesas e assentos.
56
M apa 5: P roposta de s etori zação
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
57
58
5.1
CONCEITO E PARTIDO
respei tando a escala h umana. Buscou -se soluções que tornassem o local agradável e com div ersos atr ativos ,
Feito o estudo teóri co e as anális es lev antando i nformações
estimulando
mais abrangentes a respeito do local, juntamente com as
esper ança de motiva- los a enfrentar a longa jor nada de
entrevistas e visitas, chegou -se ao conjunto de ações e
esper a hospitalar.
s entimentos
como
de
per tencimento
na
diretrizes que nor tear am a pr opos ta do projeto. Elas nascer am a partir das problemáticas encontradas durante o estudo preliminar e suas respectiv as soluções apontadas
5.2 DIRETRIZES DA PROPOSTA
anterior mente. Devido a área do terreno do HE MOES es tar cercada de vegetação e pensando sempre em pr eserv a -la ao máximo, a O conceito dess a proposta de interv enção foi r ealçar e
propos ta vis a manter a v egetação arbór ea j á existente,
resgatar o espaço do jar dim existente, pens ando em
tanto do jar dim quanto do b osque. Vale ressaltar que o
propor cionar um ambiente calmo, segur o, c onfortável e
projeto leva em consideração a i ntegr ação e a valorização
convi dativo par a os usuários.
dos potenci ais visuais, com o objetivo de unir o convívi o no local com as visitas pres entes. Além disso, o jardim é tamb ém privilegiado com a agr adáv el bris a ger ada pela pr esença
O pri ncipal objetivo i ncorpor ado nes te anteprojeto é cri ar
desta v egetação.
um espaço para servir a população us uária, s endo elas paci entes, acompanhantes e funci onários. O projeto foi pens ado a partir do ponto de vista do obser vador,
59
Com a finali dade de v alorizar estes potenci ais, nascer am as
logo, a pr oposta visa mantê -los criando um nov o espaço
“linh as de for ças”. Desta forma des enhou -s e caminhos que
para abriga- los (v er tab ela 03 e 04).
ligam os princi pais acessos e vistas , como para o HE MOES, a escadari a em meio ao b osque que dá acesso Hospital Universitário e a vis ta par a a pedr a dos dois olhos – que
De modo ger al, a i ntervenção proporciona conforto as
resultaram em novas ori entações par a futuras localizações de
pessoas dur ante o di a a dia, com opções moder nas e
ambiências , dando r aiz a div ersas possibilidades de usos
simples , que convi dam os us uári os a permanecer em no local,
para a ár ea de interv enção. A partir disso, foi -se pensado
como ambiências s ombreadas, mobiliári os contemporâneos,
no cuidado de cada ambiência, prov endo sombr eamento,
espaço lúdico i nfantil, labirinto sensori al, áreas de descans o
ilumi nação, acessibilidad e, mobili ário urb ano e s epar ando o
e vivência. Estas ambi ênci as foram pensadas com o pr opósito
pedestr e da vi a de veículos. A dinamização de pis os, for ma
de atrair o púb lico de todas as idades, pr oporci onando a
dos canteir os e cami nhos i ncor por am esse conceito que s e
sens ação de conforto tornando a permanênci a no local
configura com a disposição de formas tri angular es, que se
agr adáv el. Tr abalhou-se com div ers as plantas frutí feras, além
transfor mam em inspir ação par a a contemporanei d ade da
de res guar dar a v egetação já existente.
conv ersa entre o edifíci o hospitalar, a natureza e as nov as instalações , s em per der a essênci a da simpli cidade.
Vale r essaltar nov amente que, conforme res ultado das entrevistas r ealizadas no local, a pr esença e o convívi o com os vendedor es ambulantes s ão muito bem- vindos ao local,
5.3 ÁREAS DO PROJETO Hoje no HE MOES h á uma única entr ada dada pela Av. Mar echal C ampos , acessado por pedestre e veículos automotor es como carros e ônibus municipais. Na proposta
60
de i ntervenção o jar dim é ampli ado na s ua extremi dade,
Fi gura 52: Ace sso
possibilitando a criação de um nov o acesso, res erv ado exclusiv amente par a o pedestr e, solução que visa sep ar a-lo do pass eio carr oçável, gerando acessibilidade, conforto e segurança. Além disso, é i nsta lado um jar dim vertical feito de blocos de concreto s epar ando o terr eno do hospital Santa Rita (ver apêndi ces 01, 02, 03 e 04) .
Acesso Hoje no HE MOES há uma única entr ada dada pela Av. Mar echal C ampos , acessado por pedestre e veículos automotor es como carr os e ônib us municipais (fi g 52). N a
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
propos ta de i ntervenção o jar dim é ampliado na sua extr emi dade, possibilitando a cri ação de um novo acesso, reserv ado excl usivamente para o pedestr e, s olução que visa separ a-lo do passeio car roçável, gerando acessibilidade, conforto e segurança (fig. 53). Além disso, é i nstalado um jardim v ertical feito de blocos de concreto s eparando o terr eno do hospi tal Santa Ri ta (fig. 54 ).
61
1Fi gura 53: Vi sta ac esso
Área de Vivência O jardi m do HEMOES, atualmen te não poss ui uma estr utura adequada para abrigar os us uári os que pass am longas hor as no local. Na proposta foi cri ado um es paço que visa fortalecer o convívi o e confr aterni zação entr e os usuários (fi g.55). Sendo assim, foi proposto um deck es trutur ado de madeira elevado – com r ampa par a gar anti r acessibilidade para todos – com mobi liário simples: bancos de madeir a integr ado
Fi gura 54: Vi sta a cesso
com
v asos
de
plantas,
carretel
que
foi
transfor mado em mesa para pequenas r efeições, jar dim vertical par a hortaliças, aonde os pr óprio s usuários podem participar do plantio (fig. 56 e 57) , assentos feitos em paletes e cai xotes de madeir a colori dos, práti cos par a ser em relocados pelo jar dim da maneira que for desejado pelo usuário (fig. 58).
Além disso, foi i nstalado uma cob ertura modular feita de madeira lami nada e aço com forma h exagonal, i nspirado num Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
projeto realizado par a um evento de decoração em São
62
Paulo, o qual tem por objetivo s ervir como área sombr eada.
Fi gura 55: Ár ea de v i v ênci a
Foram i nseri dos s ani tários , masculi nos, femi ni nos e PNE, para auxiliar as n ecessidades dos usuários s em que os mesmos precis em s e deslocar em para dentro do hos pital. Também é importante frisar que este s er á o espaço que ir á abri gar os vendedor es ambulantes. Não foi cri ado nenhuma estr utura para tal, os mesmos poderão s e estabiliz ar de forma livr e.
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
63
Fi gura 56: Vi sta d eck
Fi gura 58: Vi sta p a ra m obi li ári os flex í v ei s e p alet es
Fi gura 57: Vi sta d eck
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
Área infantil O ambiente i nfantil es tá conectado a área de vivênci a com a finali dade de manter esta ambi ênci a um lugar seguro e livre (fig. 59). Pensando em tr ans formar este espaço numa área de divers ão integrado com a natur eza, foi pr oposto um playground lúdico com mobili ários r ecicláveis, como madeira, pneus e cordas (fi g. 60). A ideia é dar um ar contempor âneo e inovador sem per der a simplicidade das Fonte fi g. 56 e 57 : Ace rv o pessoal (2017)
brincadeir as i nfantis (fi g. 61).
64
Fi gura 59: ร r ea i nfanti l
Fi gura 60: Vi sta p lay ground i nfanti l
Fi gura 61: Vi sta m obi li รกri o flex i v el
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
Fonte fi g. 60 e 61 : A ce rv o p essoal (2017)
65
Fi gura 62: Ár ea i nte rati v a e soci al
Área interativa e social Segui ndo a mesma linha de r acioci no da área infanti l, a propos ta desta ambi ência vis a no descanso de forma sociáv el e i nterativa (fig. 62). Foi-se criado pass eios com rotas
alter nativ as
–
longas,
curtas,
sombr eadas
com
per golados e vegetação ou ensolar adas – com o objetivo de ger ar apoi o social e gerar oportunidade para exer cer movimentos e atividades físicas, e di namizar a r oti na dos usuários, fator es de grande importância para o bem - estar físico e mental dos paci entes (fig.64 e 66). Foram ins eridos também elementos d’agua para distr ação e diverti mentos (fig. 63), e uma grande ár ea livre gr amada o qual tem o objetivo de s ervir como espaço para r ealização
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
de piquenique e descans o (fi g.67).
66
Fi gura 63: Vi sta รก rea i ntera ti v a e soci al
Fi gura 65: Vi sta p as sei o p or d ebai x o do p er golado
Fi gura 64: Vi sta rota a lte rnati v a
Fi gura 66: Vi sta gram ado li v re
Fonte fi g. 63 e 64 : Ace rv o pessoal (2017)
Fonte fi g. 65 e 66 : Ace rv o p essoal (2017)
67
Fi gura 67: Vi sta á rea i ntera ti v a e soci al
plantas comestíveis , aonde os usuários poderão percorrer a rota agr egando conh ecimento (fig. 71). Fi gura 68: Ár ea de de scanso
Fonte: Ace rv o p essoal (2017 )
Área de descanso Esta ambiência busca r emeter sens ações de tr anqui lidade, paz interior e descanso. C ons equentemente f ica afastado das ár eas mais r umoros as (fig.68). Os pass eios alter nativos
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
criados na área s ocial, dão sequência neste espaço, assim como elementos d’agua (fig.69). Par a que o jardi m pudesse ofer ecer um maior númer o de atratividades, e dispor de integração com a natureza e os senti dos, foi ins talado um labiri nto s ensorial constituído por 68
Fi gura 69: V i sta รก rea de d escan so com pass ei o alt ernati v o
Fi gura 71: Vi sta labi ri nto s ensori al
Fi gura 70: Subรก rea p ara d escanso
Fi gura 72: Vi sta labi ri nto s ensori al e subรกr ea p ara descanso
Fonte fi g. 69 e 70 : Ace rv o pessoal (2017)
Fonte fi g. 71 e 72 : Ace rv o p ess oal (2017)
69
Fi gura 73: Ár ea de bi ci cle tári o e es taci onam ento
Bicicletário e estacionamento O jardim conta com a i nstalação de um bici cletário (fig. 73), o qual possui capacidade de abrigar até 16 bicicletas , protegi das por pergolado executado com es trutur a de malha pop, que funciona para apoio de vasos d e plantas (fi g.74).
Hoje um pequeno espaço da outra extremi dade do jardim é ocupado pelos usuários como estacionamento de v eículos, mesmo não tendo demarcação adequada.
Devido à alta demanda de vagas no hos pital, este espaço foi
r eadequado
e
reorgani zado ,
par a
abri gar
um
Fonte: Ace rv o p essoal (2017)
estacionamento exclusiv o de motoci cletas, contrib uindo par a a melhoria da infraestr utura da ár ea.
70
Fi gura 74: Vi sta bi ci cletári o
Diversos tipos de vegetação for am pr opos tos por toda a extens ão do jar dim ofer ecendo v astos canteiros em for matos triangulares. As espéci es sugeri das v ariam entre v egetação arbustiv a,
florífer as
popularmente
como:
e
h erbáceas ,
Jabuticab eira,
sendo Limoeiro,
conh eci das Azedinh a,
Cravo, C apuchi nha, Barleria v ermelh a, Alamanda, Pi ngo de outr o, entr e outras (v er tab ela II ). A escolh a da vegetação foi fei ta levando em consider ação não s ó sua beleza , mas também res peitando a toler ância e necessi dades que cada espécie exi ge. A v egetação frutí fera foi espalh ada por toda a área do j ar dim, com a fi nalidade de criar uma maior
Fonte: Ace rv o p esso al (2017)
integr ação entr e o h omem e a natureza. A composição destas espéci es tor na o esp aço vivo,
5.4 VEGETAÇÃO
oferecendo vari edade de cores, textur as e cheiros , além de
É de altíssima importância r essaltar que esta proposta visa
atraír em nov os animais ao local, como bor boletas e b eija
manter toda v egetação arbór ea existente, que poss uem v alor
flor es.
senti mental para o púb lico do hospi tal, conforme dito anterior mente. Não for am acr escentadas novas árv ores, pois as
existentes
já
gar antem
uma
vas ta
extensão
de
sombreamento.
71
T abela 02: T i pos de v e getação
Tipo
Nome
Alamanda amarela (Allam anda catá rti ca)
Arbustivo
Bar leri a v ermelha (Barl eri a c ri stata )
Beijo turco (I m p ati ens wall eri ana)
Altura
Imagem
Até 3m
Até 1,2m
Até 0,4m
72
Crista de galo (C elosi a cri s tata)
Filodendr o br asil (P h i lodendron h edera ceum )
Pingo de Ouro (Duran ta e rec ta au rea)
Até 0,9m
Até 1,8m
Até 4m
73
Fals o café de s alão (Aglaonem a spp)
Confete (Hyp oestes ph yllostach ya )
Cravo (Di anth us ca ryoph yllus)
Até 0,9m
Até 0,5m
Até 0,6m
Florí fer o
Azedinha (Ox ali s v er si color)
Até 0,6m
74
Capuchinha (T rop aeolum m ajus)
Begônia (Begoni a e lati or)
Frutí fer a
Jab uticabeira (M yrci ari a cauli flora )
Até 0,3m
Até 0,3m
Até 7m
75
Amor eira (M orus ni gra )
Limoeir o (C i trus li m on)
Pitangueira (Eugeni a uni flora )
Até 5m
Até 3,6m
Até 3,5m
76
Acer oleira (M alp i gh i a em argi nata)
Herbácea
Trepadeira
Trepadeira Arbórea existente
Grama esmeralda (Zoysi a japôni ca)
Azulzi nha (T h unbergi a g randi flora)
Planta ar ame (M ueh lenbecki a com plex a)
Até 3m
Até 0,15m
Até 6m
Até 4.7m
77
T abela 03: T i pos de pav i m entação
Nome
Cor
Dimensão
Cinza
6x40x40cm
Piso fulget
Branco
40x40cm
Palete
Madeir a
100x100cm
Piso i ntertr avado placa quadrado
Imagem
78
Piso de concr eto sujo velho
Piso de concr eto sujo velho
Congregr ama
Cinza clar o
Recortado
Cinza escur o
Recortado
Cinza e v erde
30x45x8cm
Marrom ca nyon
25x5cm
Madeir a ecolรณgica plรกsti ca
79
Espelh o d’água
-
-
T abela 04: M obi li ári o
Nome
Caracterís ticas
Assentos em
Assentos de madeir a pi nus de palete, cor marrom.
palete
Apoiado pelo s eu pr oprio peso. 100x100cm.
Imagem
80
Jar dineira
Blocos de concr eto v azado, que formam v as os com
vertical: Blocos
plantas pendentes.
de concr eto
19x14x39cm
Caixotes de
50x50x45cm
madeira
100x50x45cm
Per golado em
Produzida com aรงo nerv ur ado e s oldado em todos os
malh a pop
pontos de cr uzamento, evitando trincas e fis suras.
81
Acab amento em aço zi ncado par a proteção Bicicletário
anti corros ão. Fixação concretado dir etamente ou parafusado no piso.
Carretel: mesa
Marquise
De madeir a
Marquise modular de madeira lami nada e aço, em forma hexagonal.
82
Per golado
Playgr ound
De madeir a
Acab amento em madeir a com elementos r eci cláv eis como cor das e pneu.
Acab amento em madeir a tra tada para não descascar,com r asgos par a planti o de plantas. Bancos
Criados pela propri a autor a do pr ojeto, de tamanhos variados conforme localização. Fixação concr etado diretamento no pis o.
83
Ilumi nação
Aço pintado (preto). Altura 4m.
Acab amento em aço zi ncado par a proteção anti Lixeir a
corros ão e madeira eucalipto. Fixação: concretado diretamente ou par afusado no piso.
Fonte: Ace rv o pessoal (2017)
84
85
Por se tratar de um conceito novo, que vem sendo estudado com maior
Portanto, este trabalho atingiu seu objetivo, enquanto através da
incidência a partir das útilmas décadas do século XX, percebe-se a
preocupação com o próximo e visando na possibilidade de ser executado,
carência de material técnico, especialmente a nível Nacional.
foram criados diversos tipos de ambiências com mobiliários feitos em
Pesquisadores como Ulrich e Marcus, nomes mais importantes relacionados
materiais de baixo custo com a finalidade de se tornar um projeto viável.
ao tema, realizam estudos que buscam comprovar os impactos benéficos
Além disso foram criadas rotas diferenciadas, áreas sombreadas,
que gera o contato com a natureza e a humanização dos ambientes
ensolaradas, respeitando a integração visual acolhendo assim, todos os
hospitalares, no bem-estar físico e psicológico, além dos benefícios
usuários.
ambientais. Espera-se que através deste trabalho possam ser realizadas mais pesquisas Tornar o jardim um espaço acessível, dinâmico e rico em espécies de
e conscientização dos benefícios e importância para a sociedade e aos
vegetação, auxilia abundantemente no processo de cura. Através da
administradores hospitalares para que possa haver a realização de maiores
colaboração dos pacientes, familiares e diferentes profissionais, foi
investimentos na humanização de um espaço tão delicado quanto o
possível chegar a determinadas conclusões para estabelecer diretrizes a
hospitalar.
fim de criar um espaço acolhedor que supre as necessidades daqueles que utilizam o jardim. Através das escolhas corretas de materiais, mobiliários, vegetação, etc., pode-se criar diversos tipos de ambientes interligadas umas às outras, permitindo aos usuários a liberdade de escolha e apropriação dele, tornando-o um ambiente familiar e prazeroso.
86
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