Andreia Rodrigues Castro, Camila Cândido Franco, Fernanda Malfetano dos Santos e Mariana da Silva Viana
Orientações aos profissionais de saúde acerca de ações preventivas para lesão por pressão em idosos hospitalizados.
Produto do Trabalho de Conclusão de Curso “Guia Rápido de Prevenção a Lesão por Pressão em Idosos”.
Andréia Rodrigues Castro
Camila Cândido Franco
Fernanda Malfetano dos Santos
Mariana da Silva Viana
Prof.ª Dra. Ana Cláudia Moreira Monteiro
Alunas Orientador (a)
Esta cartilha tem como finalidade enriquecer o conhecimento de profissionais da saúde em especial enfermeiros quanto a importância da qualidade dos serviços prestados a idosos hospitalizados, apresentar os fatores de risco e determinar medidas reconhecidamente eficazes para preveni-las.
“Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.
- Sócrates
O que é Lesão por Pressão?
A Lesão Por Pressão é uma manifestação clínica da destruição tecidual localizada, decorrente a falta de fluxo sanguíneo pelo aumento da pressão externa sobre uma proeminência óssea.
Fatores de Risco
• Idade Avançada;
• Sensibilidade Reduzida;
• Alterações Nutricionais;
• Umidade Excessiva;
• Mobilidade Prejudicada;
• Nível de Consciência Alterado;
• Pressão prolongada sobre o tecido;
• Obesidade;
• Comorbidades, dentre outras.
Instrumentos de Avaliação e Prevenção de Lesões por Pressão
A escala de Braden analisa seis fatores principais no paciente. Cada característica da escala é testada e pontuada de 1 a 4. A soma total de todos os fatores analisados resultará um número entre 6 e 23 que indicará o risco da possibilidade de lesão, deste modo o profissional poderá exercer práticas preventivas. Quanto maior o valor total da soma dos fatores, menor o risco do paciente. Como vemos na imagem a seguir:
ESCALA DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO
ESCALA
LIGEIRAMENTE LIMITADO SEM LIMITAÇÕES
COMPLETAMENTE HÚMIDA
HÚMIDA
MOBILIDADE FÍSICA
COMPLETAMENTE IMOBILIZADO
MUITO LIMITADO
LIGEIRAMENTE LIMITADO
SEM LIMITAÇÕES
NUTRIÇÃO
MUITO POBRE
PROVAVELMENTE INADEQUADA
OCASIONALMENTE HÚMIDA ADEQUADA
FRICÇÃO FORÇAS DE CISALHAMENTO
PONTUAÇÃO
A UMA CADEIRA
CAMINHA OCASIONALMENTE
CAMINHA FREQUENTEMENTE
ANÁLISE DE RESULTADOS
Pontuação entre 15 e 18: risco reduzido
Pontuação entre 13 e 14: risco médio
Pontuação entre 10 e 12: risco elevado
Pontuação entre 6 e 9: risco muito elevado
ALGUNS PROBLEMAS POTENCIAIS
SEM PROBLEMAS
Reprodução: Google Imagens.
PONTUAÇÃO
Congruente a escala, é importante reavaliar diariamente todos os beneficiários quanto ao risco para desenvolvimento de LPP através da escala de Braden, considerar a avaliação clínica soberana, independente do escore alcançado na escala de Braden, intensificando ações de prevenção, registrando no prontuário eletrônico (PEP) a avaliação da integridade da pele e o escore da Escala de Braden.
A escala ELPO engloba sete itens, cada um destes é organizado com cinco subitens que indicam da menor à maior situação de risco, diferentemente da escala anterior, quanto maior o escore do paciente, maior o risco, como podemos ver na imagem abaixo:
Fonte: Sobecc 2020.
Seu principal objetivo é fornecer subsídios para a melhoria da assistência de enfermagem, bem como incentivar o desenvolvimento de protocolos de cuidados direcionados para o posicionamento cirúrgico do paciente. Deve-se verificar a necessidade da implementação de cuidados especiais para reduzir o risco de lesões em pacientes classificados com escore acima de 19.
Juntamente a escala de ELPO citada acima há as posições que devem ser utilizadas no centro cirúrgico (CC) durante a cirurgia.
O posicionamento cirúrgico é um trabalho em equipe, porém cabe ao enfermeiro realizá-lo, por ser um dos profissionais responsáveis pelo setor e pelo paciente no centro cirúrgico, efetivação do SAEP (Sistematização da Assistência de Enfermagem Pré-operatória) deve ser uma das prioridades que individualiza o cuidado com o paciente cirúrgico, permitindo uma assistência de qualidade, particularmente ao que tange a prevenção de lesões por pressão e/ou complicações no posicionamento cirúrgico.
Por ser um trabalho em equipe, o enfermeiro deve compartilhar com o cirurgião e com o anestesiologista a decisão do melhor posicionamento do paciente, contribuindo nas atividades da equipe durante o ato anestésico-cirúrgico e evitando futuros contratempos.
Posições Cirúrgicas
• Posição Supina | Decúbito Dorsal
• Posição Sims | Decúbito Lateral
• Posição Prona | Decúbito Ventral
• Posição de Kraske ou Canivete
• Posição de Fowler
• Posição de Trendelemburg
• Posição Ginecológica | Litotomia
• Posição de Trendelemburg Invertida
Fonte: Google Imagens
A escala de Cubbin e Jackson apresentou a melhor validade entre as escalas testadas para pacientes de terapia intensiva. Esta escala inclui itens específicos da UTI, como hemodinâmica e respiração, tornando-a mais completa para a utilização na unidade de terapia intensiva. Esta apresenta para cada item avaliado uma pontuação de 1 a 4 pontos, quanto menor o total de pontos, maior a probabilidade de desenvolvimento de Lesão por Pressão, como podemos ver a seguir.
Fonte: Adaptado do artigo: Tradução, adaptação e validação para o português da Escala de Sunderland e da Escala Revista de Cubbin & Jackson.
Além das escalas mencionadas anteriormente, temos o relógio de Lowthian, um sinalizador que indica corretamente a mudança de decúbito do paciente no leito
a cada 2 horas. Pode ser usada pela equipe de enfermagem nos plantões nos setores de terapia intensiva e nas enfermarias, onde há maior incidência de idosos hospitalizados por longos períodos.
Ademais as existentes coberturas preventivas que podem ser aplicadas pela equipe de enfermagem associado as escalas citadas precedentemente como:
COLCHÃO PIRAMIDAL
Ou caixa de ovo: Auxilia na prevenção de lesões na pele, causadas pela pressão constante (lesões proporcionadas pela falta de circulação sanguínea).
Evita o aparecimento de lesões em pacientes acamados. O colchão com pressão alternada possui um papel positivo na prevenção e cura de lesões por pressão causadas em pacientes acamados.
COLCHÃO PNEUMÁTICO
A necessidade do uso de medidas preventivas no atendimento ao idoso é imprescindível, visto que o período de permanência do paciente sobre os cuidados da equipe é longo, tornando assim essencial o conhecimento do enfermeiro quanto ao uso de métodos preventivos, escalas e coberturas. A aplicação desse plano de cuidados distinguirá o futuro da instituição associado a qualidade de serviços prestados.
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradecemos a Deus por sua constante misericórdia, por dar-nos saúde, força, oportunidades e bençãos ao longo da vida.
A universidade e ao seu corpo docente por todo o conhecimento proporcionado ao longo do tempo.
Pela dedicação, orientação e muitos ensinamentos, agradecemos a nossa orientadora que demonstrou ter constante paciência em atender as nossas múltiplas questões.
Aos nossos familiares que em meio a desequilíbrios nos sustentaram e ajudaram em nosso desenvolvimento pessoal.
“ “ A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído.