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Larissa Franco Coelho
LARISSA FRANCO COELHO | 2019 ARQUITETURA E INOVAÇÃO
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arquitetura e inovação: O USO DE FACHADAS CINÉTICAS EM EQUIPAMENTOS MULTIFUNCIONAIS Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista, sob orientação da Professora Maria Lídia Guimarães. Larissa Franco Coelho RIBEIRÃO PRETO 2019
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Dedico aos meus pais, por todo amor, carinho, compreensão e paciência em todos os momentos difíceis que passei até chegar aqui, agradeço do fundo do coração por todo apoio e incentivo quando nada parecia dar certo, vocês estavam ali para me ajudar, dedico a vocês mais uma conquista da minha vida.
AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente ao meus pais, Célio e Lúcia, pela vida, por todas as decisões, ajudas e por sempre me apoiarem em minhas escolhas e acreditarem que seria capaz, a minha irmã Thaynara, por me ajudar com muito amor nos trabalhos acadêmicos, maquetes, mapas entre outras coisas, amo vocês. Ao meu companheiro, Guilherme Aires, pela compreensão, pelo apoio e por sempre me entender nos momentos mais difíceis da vida acadêmica. A minha querida orientadora, Maria Lídia Guimarães, que com sua sabedoria e experiência enriqueceu meu projeto e me permitiu ter outra visão da arquitetura, desde as primeiras aulas de Conforto Ambiental, e por todas as horas de conversas não só como professora mas também como amiga, obrigada por tudo. A todos os meus professores, pelos conhecimentos ensinados e por me guiarem até o final da graduação. Aos meus amigos da faculdade, pela amizade, risadas, choros e noites acordadas fazendo trabalhos e por tudo que construímos ao longo da graduação. Agradeço em especial minha amiga Daniela, por ser tão minha amiga, mãe e irmã, pelo companheirismo, xingamentos, puxões de orelhas, brigas e muitas brigas, e também por ser essa pessoa incrível que sempre me acompanhou em todos os trabalhos, me apoiando e me ajudando. A todos que, direta ou indiretamente, cooperaram para a realização desse sonho. Gratidão por cruzar o caminho de profissionais e colegas que dividem comigo a paixão pela arquitetura e urbanismo.
RESUMO O presente Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo aborda o tema voltado à Arquitetura Hoteleira integrada à Arquitetura Cinética, onde será apresentado um projeto arquitetônico na cidade de Ribeirão Preto-SP, um edifício multifuncional com funções hoteleiras e com moradias temporárias, com o intuito de incorporar o conceito de hospitalidade, fornecendo ao seus hospedes e ao local onde foi implantado reciprocidade nas relações e a criação de vínculos sociais. A incorporação da arquitetura bioclimática com a adaptação do edifício às características climáticas é um diferencial do projeto. A fachada cinética incorporada ao edifício contribui para o conforto térmico e visual dos hóspedes, proporcionando economia de energia à edificação e concebendo uma fachada dinâmica ao longo do dia, criando movimento e alterando a paisagem. Palavras-chaves: Arquitetura cinética; dinamismo; hotelaria; movimento; arquitetura bioclimática
ABSTRACT This Final Graduation Paper of the Architecture and Urbanism course addresses the theme focused on Hotel Architecture integrated with Kinetic Architecture, where an architectural project will be presented in Ribeirรฃo Preto-SP, a multifunctional building with hotel functions and temporary housing, with The aim is to incorporate the concept of hospitality, providing its guests and the place where reciprocity was established in relationships and the creation of social bonds. The incorporation of bioclimatic architecture with the adaptation of the building to climatic characteristics is a differential of the project. The kinetic faรงade incorporated into the building contributes to the thermal and visual comfort of guests, providing energy savings to the building and designing a dynamic faรงade throughout the day, creating movement and changing the landscape. Keywords: Kinetic architecture; dynamism; hospitality; movement; bioclimatic architecture.
SU
O I R Á M
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FATOS LIGADOS A HOSPITALIDADE NO MUNDO
O CONCEITO DE ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
ESTUDO DO LUGAR
PROGRAMA
CONCLUSÃO
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22 40 90 110 190
14 26 60 107 118 198
INTRODUÇÃO
HOSPITALIDADE NO BRASIL
LEITURAS PROJETUAIS
DIRETRIZES PROJETUAIS
O PROJETO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
01
TIN R
O Ã Ç U OD
01. INTRODUÇÃO: TEMA, PROBLEMAS E OBJETIVOS
Um edifício, ao ser construído, incorpora-se ao local implantado
influenciando em suas rotinas e hábitos. Se o edifício projetado for um hotel, este representara a ligação entre o hóspede e a cidade visitada.
O presente trabalho objetiva realizar o projeto de um edifício
multifuncional que engloba funções de hotel e habitação, incorporando a função de hospitalidade, fornecendo aos seus hóspedes e ao local onde foi implantado reciprocidade nas relações e a criação de vínculos sociais.
A incorporação da arquitetura bioclimática com a adaptação do
edifício ás características climáticas é um diferencial do projeto. A fachada cinética incorporada ao edifício contribui para o conforto térmico e visual dos hóspedes, proporcionando economia de energia a ele e concebendo uma fachada dinâmica ao longo do dia, criando movimento e alterando a paisagem.
Será proposto um hotel de 3 estrelas, que no seu partido serão
explorados elementos que funcionam e se movimentam conforme a luminosidade. Como elemento natural será utilizada a luz solar para alcançar os efeitos de movimentos ativados por sensores nos padrões cinéticos. Durante à noite, serão utilizadas luzes de LED que trarão vivacidade para o local, e o efeito de movimento será dado através do jogo de luzes.
O desenvolvimento deste sistema cinético está intrinsicamente
ligado às necessidades locais, como trazer vivacidade para o local que atualmente é “deserto” no período noturno, chamar atenção de quem passa, obter a integração da população com o edifício a ser implantado, buscar uma arquitetura nova e diferente, e a forma como o edifício reagirá com a iluminação natural e superficial, gerando-se assim, uma flexibilidade espacial do sistema cinético.
Atualmente, nossa sociedade está em constante mudança,
dito isto, o sistema cinético construído responderá a esta adaptação. O sistema será projetado de forma robotizada com mecanismos sensoriais, assim garantirá o melhor desempenho conforme as fases do sol.
Na construção do hotel, será empregado o sistema construtivo de
vigas e pilares metálicos, pois será um projeto sustentável, viabilizando
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INTRODUÇÃO
IMAGEM 01.01 sombra e luz de dobraduras em papel [fotografia por Faris Mohammed, disponĂvel em: https://unsplash.com/ photos/z0UfETjRl0g] Acessado em 20 de setembro de 2019
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IMAGEM 01.02 colagem de fotografias [fotografia por Thomas Renaud e Faris Mohammed, disponível em: https://unsplash.com/photos/ z0UfETjRl0g / https://unsplash.com/photos/_ i2uAmskZcQ] Acessado em 20 de setembro de 2019
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INTRODUÇÃO
o mínimo de danos ao meio ambiente, com sistema construtivo que agiliza a obra, tendo um menor índice de resíduos, podemos citar também o caráter econômico, no início o valor chega a ser mais elevado, levando em consideração o sistema tradicional de construção utilizada no Brasil, mas a longo prazo com os artifícios técnicos e tecnológicos trazem um o retorno satisfatório, já o carácter social se leva em questão o aumento da empregabilidade, e além disso, o sistema construtivo metálico tem como ponto positivo a estrutura leve e que vence grandes vãos.
O hotel trará uma gama de funções por conta das atividades que seu entorno
apresenta, um dos fatores é o Aeroporto Leite Lopes de Ribeirão Preto e a nova sede da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, que se constituirá de um centro de convenções, salas de aulas para serem alugadas, onde pessoas possam realizar reuniões, palestras, entre outras atividades, e terá restaurante aberto ao público, um amplo espaço de acomodações para abrigar pessoas que ali frequentam, e que usufruem da FEAPAM, e, consequentemente, da Instituição Universitária Moura Lacerda, que também faz parte do seu entorno, anexo ao hotel terá um prédio de moradia, uma habitação que se relaciona com moradia temporária para os estudantes de arquitetura que estudam na faculdade Moura Lacerda e para os residentes da maternidade Sinhá Junqueira.
Atualmente, o bairro Jardim Independência, localizado na região norte de Ribeirão
Preto-SP, encontra-se totalmente ausente de edifícios que tragam vivacidade ao bairro e que atraia diferentes públicos alvos e não apenas públicos específicos como os moradores que ali habitam.
A maioria das construções no setor hoteleiro está concentrada na região sul de
Ribeirão Preto, por conta da especulação imobiliária e valorização dos imóveis, entretanto, o bairro Jardim Independência obterá uma maior valorização com a construção do projeto da nova sede da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, a ser implantada na Avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi, na mesma avenida onde o projeto estudado será introduzido.
Sendo assim, o objetivo do edifício é que sirva como ponto de recursos aos turistas,
com inovações de ideias e um programa que consiga captar diversos públicos, mudando a qualificação da área, com uma nova paisagem, ocorrendo dessa forma a inclusão e integração dos moradores do entorno e do restante da cidade, além de um interior que possa ser multifuncional, por isso, a proposta de um edifício que terá salas para convenções e espaços públicos em seu interior.
Nos tempos atuais a questão do público e privado vem sendo destacado, fazendo
com que o lote seja mais explorado, trazendo a população local para dentro do lote. No projeto foi proposto a Pops, espaço privado que permite as atividades de domínio público como a praça, local de interação e lazer para a população.
A localização da implantação do edifício foi escolhida com base na necessidade
de se ter um local para abrigar turistas que fazem conexão no Aeroporto Leite Lopes, para estudantes e palestrantes que poderão utilizar o hotel para se instalarem e participarem dos congressos, seminários e eventos propostos no meio acadêmico, de forma a ser prático e de fácil locomoção, para o acolhimento do público participante de grandes eventos que ocorrem na FEAPAM, como por exemplo o João Rock; e para residentes que trabalham na Maternidade Sinhá Junqueira. Abranger também o público que frequenta a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, proporcionando restaurantes, barzinhos, para que pessoas que trabalhem neste local possam usufruir do hotel.
O terreno está localizado ao lado da CPFL paulista, esquina da Avenida Cavalheiro
Paschoal Innecchi com a Avenida Paris. É uma área com vários polos geradores de serviços, uma ótima localização pois está conectada com as principais avenidas de acesso para o local, como a Avenida Mogiana, Avenida Doutor Oscar de Moura Lacerda, Avenida Independência, e está perto da Rodovia Anhanguera.
A escolha da arquitetura cinética para este projeto teve como principal conceito sua
capacidade de variação, de transformações de espaços, sua adaptabilidade, gerar conforto
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térmico, e além do mais, garantir que seja uma arquitetura prática e funcional. Trazendo para a região de Ribeirão Preto um sistema que atenda às necessidades de uma sociedade em constante mudança, tendo em vista sua função principal de dinamismo que possibilita diferentes ocupações dos espaços e mudanças de paisagens. Atualmente, será um atrativo de inovação na região, pois esta arquitetura tem diferentes propósitos como o compositivo e o informacional, além do mais, será possível controlar a incidência solar sobre o edifício.
A exploração destas hipóteses tem como objetivo produzir uma arquitetura que
se apoia no movimento e transformação e, desta forma, introduzir um conjunto de novas hipóteses que produzem novos sentimentos e novas formas de interação.
A ideia de movimento cinético do espaço é claramente associada às questões de
adaptabilidade. Esta monografia explora a utilização do movimento no espaço arquitetônico conseguido com base em sistemas cinéticos e o modo com este movimento pode ser utilizado para variar e transformar os espaços em função das necessidades momentâneas do utilizador, permitindo a relação e a interação constante entre o edifício e o usuário.
O termo cinético está intrinsecamente relacionado com movimento ou “pôr em
movimento” (do grego kinetikós, que põe em movimento). Portanto, o uso da arquitetura cinética pode ser um grande atrativo a quem passa no local de implantação, assim como, o principal, o conforto ambiental no interior do edifício.
A finalidade desta monografia está associada em propor um edifício multifuncional,
que atenda e supra as necessidades da área, integrado à arquitetura cinética. Com intuito de analisar, através dos levantamentos urbanos, a incorporação do edifício a ser projetado ao local, de modo a proporcionar uma valorização na área, e propor, através da arquitetura um local com a intenção de oferecer diferentes funções e usos mistos ao local.
Um dos primeiros procedimentos metodológicos adotados neste trabalho consiste
na pesquisa bibliográfica e projetual. A primeira se pautou na revisão da literatura a respeito de edifícios multifuncionais e da arquitetura cinética, que irá considerar programa de necessidades de um hotel, como funciona a arquitetura cinética, suas tipologias, mecanismos, entre outros.
Já as leituras projetuais selecionam cinco diferentes projetos de hotéis e arquitetura
cinética que buscam a inovação com soluções de arquitetura, utilizando a arquitetura cinética e arquitetura hoteleira, que visa o programa, circulação, áreas comuns, como a estrutura cinética funciona, seus movimentos e reações de acordo com cada condicionante físico, obtendo os aspectos de sustentabilidade, conforto, versatilidade, cujas soluções são semelhantes ao que se pretende implantar no projeto a ser desenvolvido.
Posteriormente, foi escolhido um terreno na cidade de Ribeirão Preto, que comporta
o programa para um edifício de hotel multifuncional com a finalidade de desenvolver um projeto que contemple as características teóricas estudadas na revisão bibliográfica e projetual realizadas.
18
INTRODUÇÃO
IMAGEM 01.03 colagem de fotografias [fotografia por Faris Mohammed, disponĂvel em: https://unsplash.com/photos/z0UfETjRl0g / http://www.geotesc.com.br/site/tag/inovacao/page/2/] Acessado em 20 de setembro de 2019
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INTRODUÇÃO
02
e d ial da
t i p s o h Ă s o d a g i l s o o d t fa no mun
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02. FATOS LIGADOS À HOSPITALIDADE NO MUNDO
Hospitalis, termo do latim que significa hospitalidade, segundo
Grinover (2002) deu-se na Europa no início do século XIII, e começou a se conformar com o amparo a pessoas de baixa renda, sem condições financeiras para se sustentar e viver em uma moradia digna. Desta forma, eram acolhidos por hospitais, hospícios e conventos, havendo, além do ato
social, o intercâmbio de cultura e costumes, tanto da visita como do anfitrião.
transformação, decorrente da expansão da economia mundial e, também,
O grande responsável histórico pelas formas antigas de oferta
por conta dos avanços em melhorias de sistemas de comunicação e
hoteleira é o comércio, em que rotas comerciais da antiguidade, na
transportes, principalmente com o surgimento de aviões a jato com
Ásia, na Europa, e na África, formavam núcleos urbanos e centros de
grande capacidade de passageiros e que podiam percorrer grandes
hospedagem para dar auxílio aos viajantes. Posteriormente, na Idade
distâncias. Com isso, gerou-se grandes fluxos de viagens regionais e
Média, as hospedagens de viajantes eram feitas em abadias e mosteiros.
internacionais, trazendo, então, um grande progresso no desenvolvimento
Depois, com o advento das monarquias nacionais, a hospedagem
da globalização da economia mundial, ampliando o setor de lazer e turismo
passou a ser praticada pelo próprio Estado, nos palácios da nobreza ou
no mundo. “O conceito de quarto com banheiro privativo, hoje chamado
nas instalações militares e administrativas, que posteriormente, “Com
de apartamento, foi introduzido pelo suíço César Ritz, no século XIX, no
a Revolução Industrial e a expansão do capitalismo, a hospedagem
primeiro estabelecimento hoteleiro planejado em Paris, e atingiu os
passou a ser tratada como uma atividade estritamente econômica
Estados Unidos em 1908, com o Statler Hotel Company” (DUARTE, 1995).
a ser explorada comercialmente” (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2000,
p. 18). Já no início do século XIX, surgiram os primeiros hotéis com
tem marcos que promoveram mudanças importantes no desenvolvimento
staff (como apoio), sendo formados por recepcionistas e gerentes.
da evolução do setor hoteleiro, que será mostrado na tabela a seguir.
22
FATOS LIGADOS À HOSPITALIDADE NO MUNDO
Após a Segunda Guerra Mundial, o turismo passa por uma enorme
Segundo Andrade, Brito e Jorge (2000, p. 19), a hotelaria no mundo
MARCOS DA HOTELARIA NO MUNDO Antiguidade
Estâncias hidrominerais instaladas pelos romanos na Britânia (Inglaterra), na Helvécia (Suíça) e no Oriente Médio. Pontos de paradas e de caravanas.
Idade Média e Era Moderna
Abadias e mosteiros que acolhiam hóspedes. Acomodações junto aos postos de articulação dos correios. Abrigos para cruzados e peregrinos.
1790
Surgimento de hotéis na Inglaterra, na Europa e nos EUA, no final do século XVIII, estimulados pela Revolução Industrial.
1850
Áreas próximas às estações ferroviárias passam a concentrar os hotéis no final do século XIX e nos primeiros anos do século XX.
1870
Introdução do quarto com banheiro privativo (apartamento).
1920
Grande número de hotéis construídos, na década de 20, nos EUA e na Europa, gerado pela prosperidade econômica.
1950
Novo surto de construção de hotéis nos anos 50, coincidindo com a era dos jatos e o grande incremento do movimento turístico mundial.
1970
Entrada em operação dos Boeing 747, em 1969/1970, com grande capacidade de passageiros, impulsionando ainda mais os fluxos turísticos.
" " A hospitalidade não pode ser ensinada, mas sim vivenciada e construída. É ciência humana. O turismo e a hospitalidade não podem ser vistos
como uma indústria, pois estaria refletindo a impessoalidade nas relações humanas. A hospitalidade está presente na Bíblia, tradições judaicas, clássicas, tradições do oriente pelo relato de que o viajante estrangeiro
precisa ser acolhido. Por isso ela é uma relação de encontro dentro de um processo de respeito entre os homens e o ambiente (PLENTZ, 2007, p. 68).
TABELA 01.01 Marcos da hotelaria no mundo. Fonte: ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto, 2000, p. 19.
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24
FATOS LIGADOS À HOSPITALIDADE NO MUNDO
03
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03. hOSPITALIDADE NO BRASIL
No Brasil, os primeiros meios de hospedagem que surgiram, de forma a oferecer
conforto aos viajantes, foram aqueles voltados para as expedições religiosas portuguesas, nas quais os turistas ficavam em mosteiros e colégios. Segundo Castelli (2006), pode-se notar esta tradição até os dias atuais, em que os retiros religiosos acontecem (em sua grande maioria) em escolas, já que possui um espaço maior e as pessoas podem se acomodar de forma confortável, acolhedora e integrativa. Posteriormente, surgem os ranchos, lugares simples e mais rústicos, com intuito de abrigar os viajantes que vinham ao Brasil a passeio ou a trabalho. Apesar de muitos dos estrangeiros que ficavam nos ranchos acharem o
" " "
lugar ruim, comparados aos meios de hospedagem de seus respectivos países, os ranchos
foram de suma importância para os processos de interiorização da fronteira econômica e demográfica do país.
Os ranchos eram alpendres construídos às vezes ao lado de estabelecimentos rústicos que forneciam alimentos e bebidas aos viajantes. Aos ranchos e
pousadas ao longo das estradas foram se agregando outras atividades
comerciais e de prestação de serviços que deram origem a povoados e, oportunamente, a cidades (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2000, p. 20).
Na segunda metade do século XVIII, foi construído um edifício exclusivo para
hóspedes na cidade do Rio de Janeiro, no mosteiro de São Bento. Posteriormente, ainda no século XVIII, começou a surgir, na cidade do Rio de Janeiro, as primeiras casas de pasto
que preliminarmente ofereciam refeições que tinham um preço fixo, e depois passaram a ter quartos para dormir e estalagens.
Em 1808, a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro e a consequente abertura dos portos trouxeram um grande fluxo de estrangeiros, que aqui vieram exercer funções diplomáticas, científicas e comerciais. Com isso,
houve aumento da demanda por alojamentos, e nos anos seguintes os
proprietários da maioria das casas de pensão, hospedarias e tavernas passaram a utilizar a denominação de hotel, com a intenção de elevar o conceito da casa, independentemente da quantidade dos quartos e do padrão dos serviços oferecidos (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2000, p. 21).
26
HOSPITALIDADE NO BRASIL
Segundo Andrade, Brito e Jorge (2000), nesta mesma época, vale ressaltar o Hotel
Pharoux, por conta da sua localização perto do porto, no Largo do Paço, e por ser considerado um dos estabelecimentos de maior notoriedade na cidade do Rio de Janeiro.
Com a Revolução Industrial, no século XIX, a substituição do homem pelas máquinas,
a abertura dos portos brasileiros, a vinda da família real, impulsionaram o surgimento dos hotéis no Brasil, tornando um país mais visto por todos mundialmente, além da produção cafeeira que cresceu e começou a se exportar o produto, tornando o maior propulsor da
"
economia nesta época, e do surgimento destes novas tipologias de edifícios, que inicialmente eram voltados apenas para pessoas com poder aquisitivo maior e principalmente aos fazendeiros, que moravam em hotéis. Pode-se citar o caso do Edifício Hotel Diederichsen em Ribeirão Preto, que antigamente era habitado e frequentado apenas pela alta sociedade.
"
O aparecimento de hotéis é um fenômeno que se prende diretamente à urbanização e ao aumento da classe média. Só em certo sentido, os fazendeiros de
café utilizaram esse novo serviço. Hospedar-se em um hotel, durante décadas, foi uma atitude de forasteiros destituídos de grande importância. Os potentados
rurais, porém, prestigiaram outros serviços por eles oferecidos, como almoços e jantares. A utilização de todos os serviços oferecidos pelos hotéis de categoria se deu com a classe média que, crescendo ganhou importância econômica em ocupações antes escassas ou mesmo inexistentes (PIRES, 2001, p. 213).
IMAGEM 03.01 Vista externa do Hotel Pharoux. Fonte: Disponível em http://roitblog.blogspot. com/2015/09/historia-do-cais-do-pharoux.html. Acesso em 20 de março de 2019.
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Em meados do século XIX, se desenvolveu uma escassez de hotéis no Rio de Janeiro,
postergando para o século XX, isso forçou o governo a criar o Decreto n°1160, de 23 de dezembro de 1907, que dizia que os cinco primeiros grandes hotéis que fossem construídos na cidade estariam isentos de impostos municipais durante sete anos. Decorrente disso, vários hotéis foram se instalando, um deles o Hotel Avenida, o maior do Brasil, que foi inaugurado em 1908, com 220 quartos, e foi considerado um marco na hotelaria do Rio de Janeiro.
Nas capitais, no início da década de 1930, começaram a ser construídos grandes
hotéis e estâncias minerais, cujo o uso era dado aos cassinos que movimentavam o local. Em 1946, ocorreu a proibição dos jogos de azar, com isso os cassinos tiveram que ser fechados, e como consequência disso, os hotéis que ali se alojaram e eram vinculados aos cassinos TABELA 03.01 Marcos da hotelaria no Brasil. Fonte: ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto, 2000, p. 25. IMAGEM 03.02 Vista externa do Hotel Avenida. Fonte: Disponível em http://www.riodejaneiroaqui. com/portugues/rio-antigo-h-avenida.html. Acesso em 20 de março de 2019.
tiveram que fechar também. Grandes hotéis que servem como exemplo desse fato, são os hotéis Araxá e Quitandinha.
Em 1966 foi criado a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e o Fungetur (Fundo
Geral de Turismo), que trouxeram uma gama de estímulos para novas construções de hotéis, transformando esta fase e a conduzindo mudanças positivas para a hotelaria brasileira. Com este novo surto hoteleiro, foram feitas mudanças nas leis de zoneamento favorecendo sua ocupação, tornando a legislação mais favorável para a implantação de novos hotéis. A partir dos anos 1960 e 1970, começaram a ser instalada no Brasil, as grandes redes hoteleiras internacionais, transformando e criando novos padrões de serviços e preços.
A seguir, será apresentada uma tabela, segundo Andrade, Brito e Jorge (2000, p. 25),
com os marcos da hotelaria no Brasil, que se consideram importantes.
MARCOS DA HOTELARIA NO BRASIL
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HOSPITALIDADE NO BRASIL
1808
Mudanças da corte portuguesa para o Brasil, o que incentiva a implantação de hospedarias no Rio de Janeiro.
1904
Primeira lei de incentivos para a implantação de hotéis no Rio de Janeiro.
1946
Proibição dos jogos de azar e fechamento dos cassinos, o que inviabiliza os hotéis construídos para esse fim.
1966
Áreas próximas às estações ferroviárias passam a concentrar os hotéis no final do século XIX e nos primeiros anos do século XX.
1990
Introdução do quarto com banheiro privativo (apartamento).
1920
Grande número de hotéis construídos, na década de 20, nos EUA e na Europa, gerado pela prosperidade econômica.
03.1 HOSPITALIDADE EM RIBEIRÃO PRETO
O município de Ribeirão Preto foi considerado como o 24° maior PIB do Brasil e o
10° maior no estado de São Paulo, segundo pesquisas do IBGE (2015). O PIB de 2015 atingiu R$ 27,8 bilhões, sendo que, 13.802 de empreendimentos são ocupações relacionadas ao turismo, o que representa uma média de 6,49% de trabalhadores neste setor. Posto isto, se for relacionado à média nacional, que é de 5,38%, e 4,95% do estado de São Paulo, Ribeirão Preto tem um grande desenvolvimento e potencial no quesito da hotelaria.
Com o passar dos anos, Ribeirão vem se expandido cada dia mais, decorrente
disso, sua população aumenta e o número de veículos também. Em 2017, o fluxo de transito nas rodovias da região somou 1.570.976 veículos, e com um fluxo de passageiros nos terminais rodoviários de ônibus de 2 milhões e 952 mil pessoas, e muitas pessoas optam pelo Aeroporto Leite Lopes, onde somou 867.544 passageiros que usaram seus serviços. Nota-se que o fluxo de pessoas em Ribeirão, tende a aumentar e atrair vários turistas a cada ano que passa, tendo em vista isso, a implantação de um hotel executivo na região atenderia algumas demandas e seria um atrativo para a cidade.
De acordo com o Ministério do Turismo (2016), citado no site da prefeitura da cidade
de Ribeirão Preto, o ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) do turismo foi de R$4.179.780, 05 reais. O número de registros de empreendimentos na cidade é de 81 unidades, entre hotéis, pousadas, flats, pensões e similares. Nesta região, 91.117 usuários
Desenvolvimento Humano de 0.8. Ribeirão Preto é bem estruturado, com 99,8% de coleta
foram ocupantes de hotéis.
de lixo, tem 98% de esgoto sanitário tratado, tem 99% de abastecimento de água e 99,7%
A movimentação dos empreendimentos hoteleiros em Ribeirão, se dá através dos
dos ribeirão-pretanos, moram na mancha urbana e está no 15° no ranking de potencial de
eventos que a cidade realiza que somam mais de 3 mil. Pode-se considerar como os grandes
consumo nacional e 4° no ranking estadual. De acordo com esses dados, torna-se viável a
eventos anuais a Agrishow, o João Rock, o Ribeirão Rodeio Music, a Romaria de Nossa
inserção de um hotel em Ribeirão Preto, visando o alto índice de desenvolvimento da cidade,
Senhora Aparecida, o Festival Tanabata e a Feira do Livro. Durante a realização do evento da
que irá atrair um grande número de pessoas e empreendedores.
Agrishow, a hotelaria registou uma ocupação dos leitos em 96% e, no João Rock, de 90%. Em
2017, o Parque Permanente de Exposições, um dos maiores locais de realização de eventos
festas de formaturas, de maio a junho, devido ao período de férias dos trabalhadores, que
da cidade, registrou uma somatória de todos os eventos realizados no que gerou um fluxo
somam cerca de 300 mil pessoas.
total de mais 341.500 mil pessoas que frequentaram o local.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal do Turismo, descobriu-se
que 97% dos ribeirão-pretanos consideram que os grandes eventos realizados na cidade são
De acordo com o secretário de turismo, Edmilson Domingues, relatou em
entrevista feita para a prefeitura de Ribeirão Preto, em 2018, que a cidade tem um Índice de
O período onde há uma maior ocupação nos hotéis é em janeiro, correspondente às
importantes para atrair pessoas de outras cidades, e aumentar a economia local.
29
03.2 meios de hospedagem
" "
Segundo o art. 23 da lei nº 11.771/2008 do Ministério do Turismo, compreende-se
por meios de hospedagem:
Os
empreendimentos
ou
estabelecimentos,
independentemente
de sua forma de constituição, destinados a prestar serviços de alojamento
temporário,
ofertados
em
unidades
de
frequência
individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como outros
serviços necessários aos usuários, denominados de serviços de
hospedagem, mediante adoção de instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de diária (MINISTERIO DO TURISMO, 2008).
Dito isto, é um estabelecimento que abriga ou acolhe, oferece acomodações
mobiliadas, serviço de alimentação, lazer e muito mais, para serem alugadas. Tudo isso, para a acomodação temporária do hóspede, mediante o pagamento de diárias, em que, as hospedagens prestam serviços, os quais atendem às necessidades e desejos dos hóspedes. De acordo com o curso de hotelaria e turismo da Visual Mídia, realizado pela aluna no ano de 2011, os meios de hospedagens são: • • • • •
Albergues, Albergues da Juventude e Hostels; Pousadas;
Hotéis Fazenda; Hotéis Resort;
Hotéis de Estâncias Climáticas;
•
Hotéis de Estâncias Hidrominerais;
•
Hotéis Residência: Apart-Hotel e Flat;
•
Hotéis Executivos;
Sobre tais tipos, vale a pena entender suas particularidades a seguir anunciadas:
30
HOSPITALIDADE NO BRASIL
IMAGEM 03.04 Pousada Maria Bonita. Fonte: Disponível em https://viagemeturismo.abril.com.br/ materias/premio-vt-2018-2019-maria-bonita-e-eleita-melhor-pousada/. Acesso em 20 de novembro de 2018.
POUSADAS Compara-se as Pousadas ao acolhimento de um lar com os serviços de um hotel, as instalações são mais simples, rústicas, mas bem confortáveis. As Pousadas
ALBERGUES, ALBERGUES DA JUVENTUDE E HOSTELS Os Albergues costumam ser bem agradáveis e podem ser encontrados nas montanhas, praias, em lugares bem centralizados ou em paraísos ecológicos. São lugares informais, oportunos para se fazer amigos e conhecer pessoas de
são mais modestas e menores do que os hotéis e, geralmente, são administradas de maneira bem familiar. Algumas ficam situadas em lugares de valor histórico, ou seja, lugares marcados por um fato histórico. Outras ficam em locais arborizados, com largos, rios ou em praias.
todas as partes do mundo. Esse tipo de hospedagem facilita o conhecimento de novas culturas e a troca de experiências. O motivo para isso é que existem muitas áreas em comum, começando pelo quarto. Os quartos, na maioria, são coletivos e equipados com beliches e armários individuais. O mesmo acontece com os banheiros que, geralmente, são coletivos, mas separados por gênero. Todavia, existem exceções, pois alguns albergues já possuem banheiros dentro do quarto. A cozinha é uma área comum a todos os hóspedes. Ela é equipada para que cada um possa fazer suas próprias refeições. Muitos Albergues possuem sala de TV, salão de jogos, piscinas ou quadras. Tais acomodações, em alguns casos, necessitam que você leve roupas de cama e banho, outros alugam tais itens e existem aqueles em que este tipo de serviço já está incluso na diária. Eles são frequentados por jovens e estudantes, mas não que isso seja regra geral, pois recebem também famílias e grupos de amigos, entre outros, devido aos custos acessíveis de hospedagem.
IMAGEM 03.03 Che Lagarto Hostel Paraty. Fonte: Disponível em https://www.chelagarto.com/pt/ component/chelagarto/hostels/12-hostel-paraty. html. Acesso em 20 de novembro de 2018.
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IMAGEM 03.06 Intercontinental Resort and Spa Moorea. Fonte: Disponível em http://blog.hospedin.com/meios-de-hospedagem/. Acesso em 20 de novembro de 2018.
HOTÉIS RESORT O Hotel Resort, na verdade, é um hotel de grande porte situado em locais isolados ou em praias. Sua infraestrutura é completa para atender todas as necessidades do hóspede. Existe uma grande variedade de atividades e muito entretenimento, são eles: playground, salão de jogos, fitness center, quadra de tênis, campo de futebol, piscinas e equipe de recreação. Além disso, também pode haver serviço médico 24hs, coffee shop, serviço de lavanderia, cyber café, bar, salão de beleza, lojas, boutiques, bancas de revista, farmácia, entre outros.
HOTÉIS FAZENDA Os Hotéis Fazenda são tipicamente localizados em ambientes rurais, com plantações de árvores frutíferas, hortas, criação de gado, porcos, galinhas, entre outras. Os hotéis fazendas são, geralmente, adaptados em antigas sedes de fazenda, conservam os aspectos históricos. Possuem quadras de tênis, campo de futebol, piscinas e atividades de recreação. Neste tipo de hospedagem o turista está sempre conectado à natureza. Quando falamos em Hotel Fazenda, pensamos logo nos passeios a cavalo, de charrete e pedalinho, que não podem faltar, pois são atividades do campo. Alguns Hotéis Fazenda oferecem chalés, exatamente para agradar quem quer mais privacidade ou quer mais espaço para a família. Por serem mais espaçosos, possuem sala, cozinha e varanda com uma vista privilegiada para lagos ou montanhas.
IMAGEM 03.05 Hotel Fazenda Le Canton. Fonte: Disponível em http://lecanton.com.br/blog/fazenda-suica-hotel-fazenda-le-canton/. Acesso em 20 de novembro de 2018.
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HOSPITALIDADE NO BRASIL
Na parte gastronômica, há uma enorme variedade de restaurantes e bares, até nas piscinas. Com certeza, o Resort é um tipo de hospedagem que oferece qualidade no atendimento e muito mais no que diz respeito aos serviços, pois este tipo de hotel visa à recreação e ao contato direto com a natureza no próprio estabelecimento.
IMAGEM 03.08 Tauá Grande Hotel. Fonte: Disponível em http://meuroteirordc.com.br/ araxa-agua-de-beber-de-curar-de-banhar/. Acesso em 20 de novembro de 2018.
HOTÉIS DE ESTÂNCIA HIDROMINERIAS Eles são reconhecidos por estarem localizados em cidades com clima agradável o ano todo. Além do clima ótimo, há diversificadas fontes de águas medicinais que auxiliam no tratamento de alguns problemas de saúde. Nessas estâncias existem muitas áreas verdes, montanhas, cachoeiras, e piscinas de águas minerais. Além desses atrativos turísticos, os hóspedes aproveitam as áreas de lazer como: sala de jogos, quadra de tênis, playground, lago de pesca esportiva e, é claro, não poderiam faltar as piscinas, que podem ser de água
HOTÉIS DE ESTÂNCIA CLIMÁTICA São parecidos com os Hotéis Fazenda, mas a localização é privilegiada pelo seu clima agradável. As Estâncias Climáticas são muito indicadas como coadjuvantes no tratamento de saúde e, também, para quem gosta de ar puro.
mineral ou aquecida. Algumas cidades consideradas estâncias hidrominerais: Águas da Prata, Águas de Lindóia, Águas de São Pedro, Águas de Santa Bárbara, Serra Negra, Ibirá, Monte Alegre do Sul, Poá. A cidade de Campos do Jordão (SP) e Miguel Pereira (RJ) são estâncias climáticas e hidrominerais.
São apreciadas pelos praticantes de esportes radicais, pois as estâncias são caracterizadas pelas montanhas e possuem cachoeiras e corredeiras. Essas atrações facilitam a prática de esportes como: trilha, rafting e rapel. Algumas cidades do estado de São Paulo, consideradas estâncias climáticas: Analândia, Atibaia, Bragança Paulista, Caconde, Campos Novos Paulista, Cunha, Morungaba, Nuporanga, Santa Rita do Passa Quatro, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí.
IMAGEM 03.07 Ranch Mirage Estância Climática. Fonte: Disponível em http:// ranchmirage.com.br/. Acesso em 20 de novembro de 2018.
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IMAGEM 03.10 Hotel Palmas Executivo. Fonte: Disponível em https://www.booking.com/hotel/ br/palmas-executivo.pt-br.html. Acesso em 20 de novembro de 2018.
HOTÉIS EXECUTIVOS Esse tipo de hospedagem oferece conforto e agilidade nos negócios, pois seu objetivo é atender às necessidades das pessoas que viajam a trabalho. Isso quer dizer que o hotel deve oferecer salas de reuniões e convenções. Além disso, deve
HOTÉIS RESIDÊNCIA: APART-HOTEL E FLAT
conter os equipamentos mais usados que podem variar entre computador, data
São apartamentos pequenos, fáceis de manter e oferecem os serviços de um
show e microfones para locação. Outra exigência é a conexão com a internet ou
hotel, ou seja, é o lugar ideal para quem quer conforto e comodidade. Geralmente,
até mesmo com internet sem fio nas áreas comuns e salas de eventos, pois a
possuem área de lazer com piscina, fitness center, sala de jogos e também
maioria dos executivos usa notebook.
algumas facilidades como circuito de TV, ar condicionado e internet predial. Quanto ao serviço de quarto, nem todos oferecem, pois, a maioria dos hotéis residência possui cozinha.
IMAGEM 03.09 Apart Hotel Novo Sancti Petri. Fonte: Disponível em http://blog.hospedin.com/ meios-de-hospedagem/. Acesso em 20 de novembro de 2018.
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HOSPITALIDADE NO BRASIL
03.3 CLASSIFICAÇÃO DOS HOTÉIS
Quando dizemos “classificação”, estamos falando de um método de avaliação dos
hotéis através do qual o hotel obterá estrelas. O número de estrelas representa o nível de prestação de serviços, comodidade e credibilidade do estabelecimento. Existem algumas nomenclaturas para os tipos de acomodações e seus respectivos significados: •
SGL (Single) – são apartamentos para uma pessoa
•
DBL (Double) – são apartamentos duplos ou para casal
•
TPL (Triple) – são apartamentos, para três pessoas
Além dos tipos, as acomodações também podem ser classificadas em: •
STD – Standard
•
SUP – Super
•
LUX – Luxo
As estrelas que estão antes do nome do Hotel são concedidas após uma rigorosa
avaliação por órgãos governamentais, como o EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) e ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis). Nesta avaliação, são examinados itens como segurança, saúde, higiene e o atendimento digno aos hóspedes. Como podese notar, a avaliação é baseada nos níveis dos serviços oferecidos, comodidade e em toda a estrutura dos hotéis e, por esse motivo, as estrelas proporcionam maior credibilidade ao estabelecimento.
Os meios de hospedagem são classificados em categorias e, essas, representadas
por símbolos, através das estrelas. Cada hotel receberá uma classificação de uma a cinco estrelas, conforme consta neste quadro da EMBRATUR/ABIH.
IMAGEM 03.11 Matriz de Classificação de Hotéis. https://www.portaleducacao.com.br/arquivos/arquivos_sala/media/objeto_de_aprendizagem_regulamento_sistema_hospedagem.pdf. Acesso em 20 de novembro de 2018.
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03.4 SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA
Conforme citado no item anterior, o Ministério do Turismo define alguns requisitos
Como meio efetivo de desenvolver a sustentabilidade no projeto, serão empregadas
de sustentabilidade a serem cumpridos, porém, apresenta somente ações e medidas do uso
fachadas cinéticas para alcançar estes objetivos, que além de trazer conforto térmico para
responsável dos recursos naturais.
o interior do edifício, será uma fonte de economia de energia; reuso de águas não potáveis;
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, uma construção sustentável é
implantar sistemas de aproveitamento de águas pluviais; e reduzir a quantidade de resíduos
denominada através dos conjuntos de ações que visam a sustentabilidade do edifício durante
na obra, utilizando a estrutura metálica. Esta proposta, será apresentada no capítulo a seguir,
todas as etapas da obra. Desta maneira, é preciso tentar minimizar o máximo de impactos
para que se possa compreender melhor o conceito da cinética aplicada no hotel.
negativos na natureza decorrente da construção. A construção sustentável, além de gerar economia nos recursos naturais, promove uma melhoria na qualidade de vida de quem o
A seleção da tecnologia construtiva (execução convencional in loco, pré-
habita.
fabricação, industrialização de sistemas construtivos) pode minimizar a
Segundo a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, 2012),
geração de resíduos de construção e demolição (RCD) e, certamente, simplificar
qualquer construção ou empreendimento, para ser considerado sustentável, precisa atender
muitas etapas relacionadas à gestão desses resíduos (AsBEA, 2012, p. 54).
a três requisitos básicos: adequação ambiental, justiça social e viabilidade econômica, e todas devem ser incorporadas no processo do projeto e na elaboração do edifício. Partindo destes requisitos, alguns princípios servirão como base na elaboração do projeto, citadas pela AsBEA, como por exemplo: •
Reduzir a quantidade de resíduos na obra;
•
Utilizar recursos naturais renováveis;
•
Viabilizar a concepção de sistemas prediais potáveis e não potáveis;
•
Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos;
•
Consumo mínimo e otimizado de água potável;
•
Reduzir o consumo de energia elétrica;
•
Gestão sustentável na implantação da obra;
•
Aproveitar as condições naturais locais;
•
Reuso de águas não potáveis;
•
Explorar as condicionantes locais;
•
Implantar sistemas de aproveitamento de águas pluviais;
•
Utilização de energia solar (painéis solares térmicos para o aquecimento de água e/
ou calefação de ambientes, painéis solares fotovoltaicos para produção de eletricidade);
O objetivo econômico, que é parte indissociável da sustentabilidade, se traduz por custos globais otimizados, tomando-se decisões de concepção e projeto voltadas à minimização de custos ao longo da vida útil do edifício, custos de operação, manutenção, conservação, limpeza (AsBEA, 2012, p. 16).
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HOSPITALIDADE NO BRASIL
IMAGEM 03.12 Tripé da Sustentabilidade. Fonte: Disponível em https:// ecolmeia.org.br/material-para-educacao-ambiental/tripe-da-sustentabilidade-1-2/. Acesso em 15 de maio de 2019.
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38
FATOS LIGADOS À HOSPITALIDADE NO MUNDO
04
a r u t e t i u q r a e d o o t ã i ç e u c l n co o sua evo e
a c i t é cin
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04. o conceito da arquitetura cinética e sua evolução
IMAGEM 04.01 Tenda Yurta. Fonte: Disponível em http://ogigia.altervista.org/Portale/ articoli/50-edilizia/290-costruire-una-tenda-yurta-per-viverci. Acesso em 25 de março de 2019.
evoluções. Antigamente, as civilizações nômades não tinham uma habitação fixa e precisavam
IMAGEM 04.02 Beduína no Deserto. Fonte: Disponível em https://www.flickr.com/photos/96815289@N00/1552717089/in/photostream/ Acesso em 25 de março de 2019.
Na arquitetura, o conceito de cinético está relacionado ao ser humano e suas
se deslocar com facilidade em busca de alimentos e melhores condições de vida. Submetidos a estas condições, desenvolveram abrigos facilmente montáveis e desmontáveis, que tinham a possibilidade de ser transportáveis, que, de acordo com Marques (2010), podem ser denominados como tenda.
Essa tipologia construtiva tinha como principal conceito a flexibilidade, portabilidade
e movimento, e possuía diversas formas e tamanhos, que dependia muito do clima e o tipo de uso que era submetido. Com o passar dos anos, as tendas tiveram um processo evolutivo considerável, em função dos materiais, de sua estrutura, e são utilizadas até hoje como abrigos temporários e eventos recreativos.
Este conceito de estrutura desmontável e transportável está intrinsicamente ligado
à arquitetura cinética, por ter conceitos de flexibilidade. Com a exploração da agricultura e meios de sobrevivência fixos, a população nômade começou a se tornar sedentária, ocupando um espaço físico e construindo suas habitações permanentes. Segundo Marques (2010), com os diversos estudos e pesquisas no campo da arquitetura e construção civil, foram surgindo diversas tipologias e meios construtivos vinculados a uma maior liberdade estrutural, decorrentes de novas técnicas e materiais de construção.
Nos dias atuais, o conceito de arquitetura cinética se mantém presente através dos
sistemas de fechamentos. Algumas décadas atrás, se desenvolveram sistemas cinéticos mais complexos, como coberturas retráteis, divisórias articuladas, pilares ajustáveis, entre outros.
No entanto, esses sistemas cinéticos fazem parte de um todo arquitetônico, tendo
algumas restrições, limitações funcionais e áreas de atuação reduzidas, pois, em sua maioria, são destinadas a usos específicos, limitando uma maior abrangência de usos.
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O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
IMAGEM 04.03 Cobertura Retrátil. Fonte: Disponível em http://www.archiexpo.com/pt/ prod/dirello-srl/product-132431-1931764. html. Acesso em 25 de março de 2019. IMAGEM 04.04 Divisória Articulável. Fonte: Disponível em http://www.castelhano-ferreira.pt/paredes-moveis/paredes-moveis. Acesso em 25 de março de 2019.
Com os recentes progressos tecnológicos no campo da engenharia mecânica
e
de
constante
uma
eletrônica,
estes
evolução
mesmos e
sistemas
são
aperfeiçoamento,
então
alvo
explorando
a
profundamente o conceito de arquitetura cinética e a sua relação com o Ser Humano e o meio envolvente (MARQUES, 2010, p. 05).
Com a implantação dos sistemas interativos, o espaço construído conseguirá
adquirir capacidades sensitivas, refletindo as diversas ações dos utilizadores, ocorrendo, assim, a interação com estes.
Hoje em dia, a maioria dos sistemas é da área da domótica, “uma tecnologia recente
e é responsável pela gestão de todos os recursos habitacionais, este termo nasceu da fusão da palavra Domus, que significa casa, com a palavra Robótica, que está ligada ao ato de automatizar, isto é, realizar ações de forma automática” (SISLITE, 2019, p. 01), são constituídos por microprocessadores, sensores e atuadores, e tem a função de adaptar o ambiente, com base nos níveis de iluminação, climatização, segurança e comunicação.
Atualmente, em arquitetura, são chamadas de estruturas cinéticas, as que tem por
finalidade um valor visivelmente estético, composições de formas e responsivo ao ambiente ou ao entorno, que está relacionada às questões de adaptabilidade e flexibilidade. E, com isso, tem como objetivo principal executar uma arquitetura intrinsicamente ligada ao movimento e os meios de transformações que ela provoca no espaço, introduzindo novas formas e sentimentos de interação entre o edifício com o espaço onde ele habita, com o meio interior e exterior.
Estamos em um mundo que está sempre em constante mudança, com isso
a arquitetura também deve estar, por isso a ideia da arquitetura cinética, que trabalha exclusivamente com a flexibilidade de formas e percepções. Neste contexto, concluímos que a arquitetura resultante dos sistemas cinéticos, tende a superar as expectativas e premissas de mudanças, trazendo mais conforto e satisfação para o usuário se adaptar do modo que mais o agrada. As estruturas cinéticas possuem a capacidade de “ganharem vida” e movimento, através de processos como deslizar, dobrar e desdobrar, expandir ou de transformar a dimensão e forma das estruturas. Estes sistemas movimentam-se através de diversos tipos de sistemas: mecânicos, pneumáticos, químicos, magnéticos ou naturais (FOX; KEMP, 2009).
41
04.1 SISTEMAS CINÉTICOS NA NATUREZA
Ao longo de décadas, a Natureza tem sido a principal fonte de elemento do ser
humano para a inspiração de projetos e desenvolvimentos tecnológicos. Marques (2010) afirma que, o fato está ligado à singularidade dos seus mecanismos biológicos, por conta da sua constante evolução. Esta evolução visa a capacidade de adaptação dos organismos
Fototropismo – movimento ou crescimento das plantas no sentido da fonte
vivos e suas características funcionais e formais que eles adquirem em vários ambientes
luminosa. Na generalidade, todas as plantas possuem este tipo de tropismo,
diferentes.
de modo a que o seu crescimento se efetue no sentido da luz solar.
A influência da natureza na Arquitetura está presente não só como elemento
estético, mas, também, com as funções relacionada à integração de novas técnicas, formas e
Geotropismo – crescimento segundo a direção da força da gravidade. Caso
matérias inspirados nos sistemas e mecanismos biológicos, tendo como princípio combinar
a direção do crescimento da planta não coincida com a direção da força da
diferentes abordagens arquitetônicas com os avanços tecnológicos, em busca de conceitos
gravidade, a planta sofrerá uma curvatura nessa mesma direção.
e novas soluções. Desta maneira, a arquitetura cinética aplica princípios biológicos com base nos
Tigmotropismo – crescimento diferencial de diferentes partes da planta
conceitos de dinamismo e adaptabilidade, presente em todos os organismos vivos da
aquando do seu contato com qualquer superfície. Um exemplo deste mesmo
natureza. Eles têm capacidades variáveis de acordo com o habitat onde vivem, como se
tipo de tropismo são então as gavinhas, cujas células em contato com um
mover, crescer, alterar a sua forma e suas características bioquímicas.
corpo sólido abrandam o seu crescimento, enquanto o crescimento das
restantes células ocorre mais rapidamente.
Para entender estas capacidades cinéticas e as suas potencialidades, é preciso
analisar os sistemas cinéticos encontrados na natureza. De acordo com Zeiger e Taiz (2006), as plantas visivelmente parecem ser estáticas, e nota-se também a capacidade de
Hidrotropismo – crescimento em direção à água. A água é essencial para
adaptação com o meio onde vivem, reagindo aos diferentes estímulos exteriores através dos
a vida das plantas, sendo que suas raízes tendem a desenvolver-se na sua
movimentos dado como tropismos e nastismos.
direção (MARQUES, 2010, p. 06).
Segundo Marques (2010), apud Zeiger e Taiz (2006), “Os tropismos são movimentos
progressivos permanentes, geralmente lentos e orientados num determinado sentido por ação de estímulos exteriores.”Os tropismos são classificados de acordo com os estímulos em que eles são sujeitos, como por exemplo:
42
O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
De acordo Marques (2010, p. 07), “Os nastismos são respostas não direcionadas
a determinados estímulos exteriores, como, por exemplo, a temperatura, a umidade, a luminosidade e ao toque”, estes variam sua forma e frequência conforme a intensidade e pela questão de serem reversíveis, sempre estando relacionados com fatores internos como Fotonastismo – movimento de resposta à luminosidade, com o qual as folhas das plantas se colocam na posição adequada de modo a favorecerem a captação da luz solar. Termonastismo – movimento de resposta à variação de temperatura. As tulipas, por exemplo, abrem-se devido a um aumento de temperatura ambiente e fecham-se quando esta diminui.
o próprio ritmo biológico. Os nastismos são classificados de acordo com os estímulos em que eles são sujeitos, como, por exemplo, indicado ao lado.
Todos esses movimentos que as plantas fazem só é possível por conta da variação
no crescimento celular, induzidas por suas capacidades sensitivas, e pela ausência ou presença de certos estímulos externos.
A natureza possui vários sistemas cinéticos que podem ser explorados e aplicados
com novos conceitos arquitetônicos, basta o ser humano saber dominá-la e entender como ela funciona.
Tigmoastismo – movimento de resposta ao contato físico, tal como se
Essas potencialidades estão relacionadas não só com as características formais e funcionais dos respectivos sistemas e mecanismos biológicos, mas também com as suas particulares, capacidades de resposta em relação aos diversos estímulos exteriores. Tais capacidades tornam-se possíveis através de determinados sistemas sensoriais presentes nos vários organismos vivos, possibilitando-lhes assim uma total adaptação ao seu meio envolvente (MARQUES, 2010, p. 08).
observa na planta Mimosa pudica, a qual fecha rapidamente as suas folhas quando é tocada, o que também sucede com diversas plantas insetívoras/ carnívoras. (MARQUES, 2010, p. 07)
Em suma, com estudos desses sistemas e os mecanismos biológicos, serão
permitidas novas oportunidades de soluções arquitetônicas, utilizando soluções cinéticas interativas, com possíveis variações e adaptações a diferentes situações e ao meio onde se vive e para se obter este resultado, utilizam-se sistemas cinéticos controlados mecanicamente.
43
04.2 SISTEMAS CINÉTICOS NA ARQUITETURA
A arquitetura cinética pode ser caracterizada por ter um conceito amplo e generalista,
que abrange várias áreas de conhecimento como engenharia mecânica, estrutural, robótica e eletrônica, que possui vários termos diferentes em relação à sua aplicação e funcionalidade de acordo com cada sistema cinético.
Segundo Marques (2010), esses sistemas são utilizados em várias escalas e diferentes
tipos de controle, como divisões de espaços internos, variabilidade de deslocamento no sistema de coberturas, variações esteticamente das fachadas, que nos garante flexibilidade formal em relação a diversas necessidades espaciais e funcionais. Desta maneira, podese considerar a arquitetura cinética como estruturas ou componentes construtivos que são adaptáveis e tem uma geometria variável.
Com os avanços tecnológicos, o ramo da construção e da tecnologia vem se
expandindo, cada dia uma nova descoberta, com isso, novas soluções no desenvolvimento da arquitetura cinética está cada vez mais abrangente, tornando o projeto arquitetônico mais eficiente.
Alguns sistemas cinéticos ainda são muito dependentes de determinados
componentes estruturais, robóticos e mecânicos que precisam ter uma alta qualidade no seu funcionamento, entretanto “a utilização de novos tipos de materiais como os polímeros, compósitos, cerâmicas, têxteis ou compostos de metais, permite simultaneamente tirar partido das várias inovações tecnológicas” (MARQUES, 2010, p. 10), e pode ser explorado inúmeras possibilidades de criação no desenvolvimento de projetos.
IMAGEM 04.05 Casa de campo móvel por Eduard Böhtlingk. Fonte: Disponível em https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Casas/noticia/2016/01/casa-de-campo-movel-e-criada-por-arquiteto-holandes.html. Acesso em 25 de março de 2019 IMAGEM 04.06 Cobertura Retrátil. Fonte: Disponível em http://www.archiexpo.com/pt/ prod/dirello-srl/product-132431-1931764. html. Acesso em 25 de março de 2019.
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O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
deve
O sistema de arquitetura cinética ser
pensado
como
um
todo
arquitetônico, e não apenas como uma parte isolada do sistema desenvolvido. Para garantir um ótimo desempenho cinético da estrutura, deve-se levar em consideração os modos e os meios da atuação cinética. De acordo com Fox, Kemp (2009), os modos podem ser definidos como os tipos de movimentos que a estrutura executará, como deslizar, dobrar, rodar, entre outros, já os meios são definidos com o tipo de atuação ou impulso ocorridos sobre a mesma, como ela irá chegar no resultado esperado, pode-se citar como exemplo, os sistemas mecânicos,
naturais,
magnéticos,
químicos, entre outros.
IMAGEM 04.07 Casa Deslizante por dRMM Architects. Fonte: Disponível em https:// www.caandesign.com/sliding-house-by-drmm-architects/. Acesso em 25 de março de 2019. IMAGEM 04.08 Casa Deslizante por dRMM Architects. Fonte: Disponível em https:// www.caandesign.com/sliding-house-by-drmm-architects/. Acesso em 25 de março de 2019.
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04.3 tipologias cinéticas
Os sistemas cinéticos são classificados em três tipologias de acordo com Marques
(2010), como Integradas, Transportáveis e Independentes.
TABELA 04.01 Comparativo entre os tipos de estruturas cinéticas. Fonte: Autoria própria, baseada na dissertação de Marques (2010), 2019. IMAGEM 04.09 (página atual) Esquema de estruturas cinéticas. Fonte: MARQUES, Luís Filipe Quelhas da Silva. Arquitetura Cinética – desenvolvimento de protótipo de uma estrutura responsiva. 2010, p. 10. IMAGEM 04.10 e 13 (página ao lado) Pavilhão do Kuwait de Santiago Calatrava. Fonte: Disponível em https://pt.wikiarquitectura.com/ constru%C3%A7%C3%A3o/pavilhao-de-kuwait-para-a-expo92/#pabellon-kuwait-expo92-6. Acesso em 25 de março de 2019. IMAGEM 04.11 (página ao lado) Pavilhão do Kuwait de Santiago Calatrava. Fonte: Disponível em https://pt.wikiarquitectura.com/ constru%C3%A7%C3%A3o/pavilhao-de-kuwait-para-a-expo92/#pabellon-kuwait-expo92-6. Acesso em 25 de março de 2019. IMAGEM 04.12 (página ao lado) Hoberman Arch em Salt Lake City de Chuck Hoberman . Fonte: Disponível em https://www.deseretnews.com/article/865619782/Chairman-wants-Hoberman-Arch-moved-to-Warm-Springs-Park.html. Acesso em 25 de março de 2019
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O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
Estrutura Cinética Integrada
Estrutura Cinética Transportável
Estrutura Cinética Independente
TIPOLOGIAS CINÉTICAS
ESTRUTURA
CARACTERÍSTICAS
Sistema de Estrutura Cinética Integrada
Fixada diretamente ao projeto
Controla a estrutura de acordo com os fatores ambientais, como o vento e sol, e muda a percepção da fachada conforme o clima
Sistema de Estrutura Cinética Transportável
Construída temporariamente
Fácil de construir, desmontável, e de fácil transporte e locomoção
Sistema de Estrutura Cinética Independente
Funciona isolada do conjunto arquitetônico
Funciona independentemente do funcionamento do projeto de arquitetura
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Dentre essas três tipologias citadas, esta monografia foca-se nas estruturas
cinéticas integradas, por estar relacionada a um dos fatores de partido deste projeto. Esta tipologia é bem pouca explorada, mas tem se revelado com grandes potencialidades no campo da arquitetura cinética e bem eficiente. Dito isto, pode-se citar duas obras de projetos bem sucedidos que a utilizam, como, por exemplo, o Pavilhão do Kuwait construído para a Expo’92 em Sevilha, Espanha, de Santiago Calatrava; e o Hoberman Arch em Salt Lake City, Utah, EUA, de Chuck Hoberman.
11
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04.4 tipos de controle cinético
Os tipos de controle de sistemas cinéticos estão relacionados com a capacidade de
controlar diversas transformações e movimentos. E tem como finalidade assegurar que o sistema exerça corretamente suas funções sobre a estrutura, possibilitando que a forma do sistema responda às necessidades do usuário.
“Tradicionalmente, esse mesmo controle cinético é conseguido através da aplicação
de determinados mecanismos manuais, de modo a possibilitar os diversos movimentos e as
"
transformações estruturais pretendidos” (MARQUES, 2010, p. 12).
Segundo Fox (2000), os sistemas que permitem controlar o movimento das estruturas
cinéticas são:
i) controle interno, o movimento faz-se estritamente em função da capacidade de movimento intrínseca à estrutura, limitado pelas suas características mecânicas e construtivas; ii) controle direto, o movimento é acionado diretamente, de forma manual ou por sistemas que a façam movimentar; iii) controle indireto, o movimento é acionado indiretamente através de um sensor capaz de entender estímulos externos, fazendo a estrutura reagir a estímulos; iv) controle indireto responsivo, o movimento é controlado indiretamente, mas assimilando a informação de vários sensores e tomando decisões otimizadas;
"
v) controle indireto responsivo ubíquo, o movimento é controlado como no anterior, mas com a particularidade de o fazer em rede;
vi) controle indireto responsivo heurístico, o movimento é controlado como
no ponto iv), mas a informação processada dá origem a aprendizagem que otimiza o movimento da estrutura (SILVA E ELOY, 2012, p. 195).
Os sistemas reconfiguráveis e responsivo tem como maior finalidade fazer com que
os espaços interativos provoquem sensações, sentimentos, e experiências nunca vista até o
momento, criar expectativas e desafios à arquitetura visualmente, criando uma performance de movimentos.
48
O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
04.5 padrões cinéticos
Quando nos referimos à composições arquitetônicas, estamos associando ao
movimento e às transformações geométricas dos seus elementos. As variações desses elementos podem ser definidas por movimentos de translação, rotação, escala e deformação. De acordo com Moreira (2012), o movimento cinético pode ocorrer a partir das transformações geométricas dadas em três graus de liberdade, que variam da posição, orientação ou alteração do elemento, que pode ser feito em uma, duas ou três dimensões.
Ao se tratar de superfícies dinâmicas cinéticas, o desenvolvimento do projeto sempre
estará em constante fluxo, alterando seu estado e os seus padrões geométricos conforme as variáveis e transformações do lugar.
A escolha do material do sistema mecânico da fachada é adquirida através do padrão
cinético adotado para o projeto, no que lhe diz respeito ao resultado responsivo funcional da superfície. Ou seja, a escolha do padrão cinético definirá qual a solução mecânica e qual o tipo de material será usado. Os padrões cinéticos podem ser divididos por: •
Padrão cinético de translação e rotação;
•
Padrão cinético de translação e retração;
•
Padrão cinético de expansão e contração;
IMAGEM 04.13 Tipos de padrões cinéticos. Fonte: MOREIRA, Renata Alexandra Sousa. Novas Possibilidades na Arquitetura – reação, interação, inteligência. Tese de mestrado em arquitetura. 2012.
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01
Padrão cinético de translação e rotação
O movimento de translação é baseado no deslocamento dos componentes individuais
em uma ou mais direções no espaço. Segundo Moreira (2012), o movimento de translação vertical inserida nos componentes concede o controle da luminosidade e ventilação na parte interna do edifício, procriando vários padrões de composição de translação, que são manipulados através de computadores. Da mesma maneira, os movimentos de rotação concedem o movimento em torno de um eixo. Na arquitetura, este tipo de movimento é utilizado em diversas aplicações como janelas e portas, em que o movimento é na direção vertical ou horizontal, regulado e uniforme. Através de composições de padrões mais complexos de rotação (como mostra a figura 28), pode-se criar uma fachada mais dinâmica com a rotação simultânea dos componentes nos três eixos, obtendo-se assim um maior controle da relação entre o interior e o exterior do edifício.
IMAGEM 04.14 Fachada do edifício da Embaixada dos Países Nórdicos, em Berlin. Fonte: BARNUEVO, Thales. Superfícies Dinâmicas Funcionais: O potencial de tecnologias responsivas para a construção de fachadas. Pós-graduação em Arquitetura. Universidade de Brasília – UnB. 2017.
Os padrões cinéticos de translação e rotação são aplicados de uma forma mais
comum com sistemas de engrenagem e roldanas. A fachada do edifício da Embaixada dos Países Nórdicos, em Berlin (Figura 29), utiliza um sistema de movimento rotacional automatizado, no qual o sistema não é responsivo em tempo real às condições externas que o mesmo é submetido. De acordo com Barnuevo (2017), a fachada: Utiliza padrão de rotação para movimentar uma série de painéis horizontais que funcionam como brises horizontais. Cada brise tem capacidade de girar a 90˚ acompanhando a trajetória do sol. Os brises estão integrados ao movimento rotacional para responder a sua função cinética. O movimento rotacional produz respostas lentas sobre cada brise, evitando ruídos e distração dos ocupantes do edifício durante o trabalho. O movimento de abertura e fechamento de cada brise é individual e programado de acordo com a angulação da trajetória do sol (BARNUEVO,2017, p. 77).
50
O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
Outro exemplo de projeto que adere o padrão cinético por movimento de rotação, é o
edifício da Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory – LIGO (Figura 30). Segundo Barnuevo (2017): A superfície aplicada para o LIGO consiste de barras retangulares de alumínio
IMAGEM 04.15 Fachada do edifício Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory LIGO, na Califórnia. Fonte: BARNUEVO, Thales. Superfícies Dinâmicas Funcionais: O potencial de tecnologias responsivas para a construção de fachadas. Pós-graduação em Arquitetura. Universidade de Brasília – UnB. 2017.
suspensas a rolamentos no centro de gravidade, acoplados com dispositivos eletromagnéticos nas terminações de cada barra. Desta forma, o movimento de uma barra é distribuído à barra adjacente acompanhando o movimento na forma de uma ondulação. Esta superfície cinética responde a movimentação pendular acionada por energia passiva, ou seja, por ação do vento (BARNUEVO, 2017, p. 78).
Os dois projetos citados não tiveram a intenção de aderir no seu projeto estratégias
responsivas diretas e previsíveis. Na construção do sistema cinético do edifício da Embaixada dos Países Nórdicos, adotou-se um tipo de controle automatizado, pelo qual o sistema operacional funciona em períodos pré-definidos de acordo com estudos para a composição da estrutura. Este tipo de sistema operacional apresenta um menor consumo de energia elétrica e menor atrito mecânico, como resultado, menores gastos energéticos, e um prazo maior na vida útil do sistema.
51
17 16
02
Padrão cinético de translação e retração (escala)
Segundo Barnuevo (2017), o padrão cinético de movimento por translação e retração
está ligado a estruturas articuláveis, que mudam a sua escala original, aumentando ou reduzindo o tamanho de maneira proporcional ao formato da estrutura inicial. Citam-se, por exemplo, as estruturas tipo guarda-chuva, utilizada no edifício Torres Al Bahar (Figura 16), e o projeto do Instituto Mundo Árabe (Figura 17 e 18), nos quais os mecanismos utilizados na fachada são similares ao desempenho de abertura de uma lente de uma câmera fotográfica. Segundo Moreira (2012, p. 65) ”o sistema funciona num movimento radial de escala que permite a cada dispositivo abrir e fechar de uma forma individual e independente, gerando uma rica variação visual de soluções na fachada. ”
Outro componente cinético que pode ser citado como movimento de translação e
retração é o do projeto do edifício Centro de Arquitetura de Nova Iorque (Figura 19), que adota um sistema de lâminas que, de acordo com a incidência luminosa sobre a superfície, deslizam sobre o movimento de translação e ficam sobrepostas.
Segundo Sharaidin (2014) apud Barnuevo (2017), os movimentos mais complexos e
dinâmicos se conseguem através deste componente que cria várias composições geométricas de fachadas, mas uma de suas dificuldades que pode ser bem complexa na sua execução e reprodução, é de controlar o componente elaborado por inúmeros subcomponentes.
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O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
18
IMAGEM 04.16 (página ao lado) Estrutura guarda-chuva do edifício Torres Al Bahar. Fonte: BARNUEVO, Thales. Superfícies Dinâmicas Funcionais: O potencial de tecnologias responsivas para a construção de fachadas. Pós-graduação em Arquitetura. Universidade de Brasília – UnB. 2017. IMAGEM 04.17 e 18 (página ao lado) Instituto do Mundo Árabe, Jean Nouvel - Paris, França. Fonte: Disponível em http://www. flickriver.com/photos/lf_seo/tags/architecture/. Acesso em 25 de março de 2019. IMAGEM 04.19 (página atual)Componente cinético HelioTrace do edifício Centro de Arquitetura de Nova Iorque. Fonte: BARNUEVO, Thales. Superfícies Dinâmicas Funcionais: O potencial de tecnologias responsivas para a construção de fachadas. Pós-graduação em Arquitetura. Universidade de Brasília – UnB. 2017.
53
03
Padrão cinético de expansão e contração (deformação)
Segundo Sharaidin (2014) apud Barnuevo (2017), o padrão cinético de expansão
e contração estuda as possibilidades de propostas de estruturas flexíveis. Este padrão, a escolha do material e o mecanismo são fundamentais para um funcionamento adequado do sistema. Este sistema é o mais complexo de todos e não requer que a proporção do mesmo se mantenha igual, ocorrendo-se assim a deformação.
A deformação é possível através da escolha de um material que tenha propriedades
elásticas que irá permitir aumentar ou reduzir seu tamanho. Um exemplo deste tipo de padrão é da instalação chamada de Parede Interativa (Figura 20), instalada no Hanoover Messe. Este protótipo converte a parede de condição estática para uma condição dinâmica. A Parede Interativa muda suas propriedades em função de movimentos, da luz e do som incidente ao redor dela. O padrão cinético de expansão e contração requer menor complexidade mecânica e apresenta menor atrito quando comparado a outros padrões. Contudo, este padrão apresenta limitações no potencial de transformação cinética, podendo comprometer a interatividade visual do ocupante com IMAGEM 04.20 Parede Interativa, instalada no Hanoover. Fonte: BARNUEVO, Thales. Superfícies Dinâmicas Funcionais: O potencial de tecnologias responsivas para a construção de fachadas. Pós-graduação em Arquitetura. Universidade de Brasília – UnB. 2017.
o ambiente externo. O modelo estrutural genérico deste padrão consiste na alteração de forças de tensão e pressão na estrutura do componente (BARNUEVO, 2017, p. 81).
Outro exemplo da aplicação deste padrão pode ser encontrado na superfície cinética
do edifício do Media-TIC (Figura 21), de Barcelona, projetado por Cloud 9 Architects. Este projeto usa uma estrutura de superfície composta por materiais maleáveis (ETFE Etileno Tretra Flour Etileno), que corresponde com uma função de sombreamento sobre o edifício. A aplicação é composta por componentes pneumáticos que formam uma bolha inflável e desinflável. O ETFE filtra a entrada da luz durante seis horas ao dia, sombreando o interior do ambiente. A aplicação deste sistema é conhecida como “nuvem lenticular”, uma solução na qual duas camadas do plástico são infladas com nitrogênio, criando uma “nuvem” a partir da densidade das partículas de ar (BARNUEVO, 2017, p. 82).
De acordo com análises feitas por Barnuevo (2017), o sistema deste edifício é
executado em função da incidência solar e calor externo sobre o mesmo. Com relação ao seu funcionamento, quando certo parâmetro atinge o valor pré-definido pelo sistema, sobre as quantidades de incidência solar e calor, sensores enviam comandos de ativação dos injetores para o sistema, fazendo com que uma serie de ventiladores encham as bolhas com ar de nitrogênio. Quando os parâmetros captam que está tudo estabilizado em relação a temperatura e os níveis de luz externa, é acionado o comando de abertura da válvula de escape do ar da estrutura.
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O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
IMAGEM 04.21 Fachada do edifĂcio do Media-TIC, de Barcelona. Fonte: DisponĂvel em https://www.archdaily.com/49150/media-tic-enric-ruiz-geli/50087f5928ba0d50da000bc7-media-tic-enric-ruiz-geli-pho. Acesso em 04 de abril de 2019.
55
04.6 componentes eletrônicos e mecânicos
Para construir uma superfície dinâmica funcional com padrões cinéticos, é preciso
a elaboração de um sistema mecânico composto por sensores para captar estímulos do ambiente, efetuadores e atuadores, para ser executado e ter uma ação, e os controladores, para que o sistema seja automatizado.
01
sensores
02
efetuadores, atuadores e motores
" " " " A palavra sensor está associada à sensação de sentir e captar a presença de coisas
ao seu redor, e são dispositivos físicos que calculam e medem as quantidades físicas. “É
através dos sensores que um componente cinético percebe seu ambiente físico, a fim de
Conforme dito por Barnuevo (2017), descreve que os efetuadores permitem que um
componente cinético efetua o emprego físico do sistema, posto isso, os efetuadores operam os mecanismos subjacentes chamados de atuadores ou motores.
obter informações sobre si mesmo e sobre as forças físicas que o cercam, ou seja, o sensor interage e responde aos estímulos do ambiente que o cerca” (BARNUEVO,2017, p. 83).
O efetuador é o mecanismo do componente cinético que exerce o efeito sobre
A função que o componente irá responder vai depender do que se deseja sobre
o ambiente, ou seja, o que realiza o movimento cinético. Existe uma variedade
o mesmo, o que ele sentirá e o que quer que ele faça. Para a execução de um projeto de
de tipos de efetuadores como, pistões, estruturas articuláveis, engrenagens,
superfície dinâmica funcional com padrões cinéticos, é preciso escolher de maneira certa
etc. O dispositivo controlador envia o comando para que os efetuadores
os tipos de sensores, para que percebam e captam de forma correta informações para se
realizem a resposta funcional, tendo em vista a tarefa desejada (BARNUEVO,
realizar o trabalho e atinja o objetivo esperado.
2017, p. 85).
Parametrizar um sistema significa ajustar automaticamente o estado de um
De acordo com Barnuevo (2017), os atuadores ou motores, são equipamentos que
sistema, em resposta aos dados introduzidos em tempo real. O estado de um
transformam a entrada de energia do sistema na forma de sinal para ações mecânicas,
sistema cinético pode ser discreto ou contínuo - isso tem a ver com o tipo
isto é, refere-se aos mecanismos possibilitarem que o efetuador realize uma atuação de
e quantidade de informação utilizada para descrever o sistema (BARNUEVO,
movimentação, um exemplo desses mecanismos são os motores elétricos.
2017, p. 83).
Existem várias maneiras de ligar um efetuador cinético, a mais comum e mais
simples são os motores elétricos, que são atuadores alimentados por corrente elétrica.
Segundo Barnuevo (2017), o espaço de estados é composto por todos os estados
Para que ocorra a ação de atuadores e efetuadores, é preciso que tenha energia para
possíveis em que um sistema pode permanecer, como exemplo disso, o interruptor de luz,
o fornecimento de potência. Alguns sistemas utilizam como meio a atuação passiva, na qual
que pode estar em dois estados como ligado e desligado, ou também pode ser um interruptor
a maioria desses sistemas opera com algum tipo de consumo de energia externa. Segundo
dimerizável, que pode controlar a intensidade do brilho da luz através de dimmer, que contém
Barnuevo (2017), os atuadores podem ser considerados como dispositivos que necessitam
muito mais estados contínuos, pois terá variações no nível de iluminação. Dito isto, pode-se
de mais potência de um sistema responsivo, e que, consequentemente consomem mais
assimilar o termo espaço com todas as possíveis variações e valores de um parâmetro.
energia.
Uma superfície dinâmica funcional é composta, normalmente, por sensores
exteroceptivos, que são sensores que captam estímulos do ambiente externo, como por
exemplo, captar níveis de incidência solar e calor sobre a superfície. Ou também pode ser composto por sensores proprioceptivos, que são sensores que captam estímulos do estado interno do sistema. Esses sensores proprioceptivos são bastante utilizados para detectar o
nível de bateria dos equipamentos eletrônicos como os celulares, já na construção civil, é utilizado no monitoramento de instalações como detectar vazamentos, falhas nas bombas hidráulicas, ou seja, lugares com dificuldades de acessibilidade e percepção imediata.
56
O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
03
dispositivos de entrada e controle cinético
Uma superfície dinâmica funcional é um sistema operacional automatizado, ou seja,
04.7 componentes eletrônicos e mecânicos
Com base nos dados de pesquisa, será desenvolvido um Hotel Executivo, pois esse
contém a capacidade de responder e tomar as próprias decisões sem precisar de manuseio de
tipo de hospedagem tem como objetivo, oferecer agilidade nos negócios, para pessoas que
terceiros. Elas são capazes e podem ter a influência de instruções humanas, porém, não são
vivem viajando a trabalho. O Hotel será classificado na categoria 3 (três) estrelas, por ser
controlados completamente por eles, todavia, são os controladores que transformam uma
viável os requisitos pré-estabelecidos do programa e de infraestrutura.
superfície dinâmica autônoma, manipulando informações sensoriais, para que seja possível
controlar os efetuadores e assim conseguir realizar as funções pretendidas, consideram-se
por meio do sistema de estrutura cinética integrada, pois ela estará fixada diretamente no
então os controladores como o cérebro do sistema.
projeto, deste modo, é capaz de controlar a estrutura de acordo com os fatores ambientais,
como o vento e sol, mudando a percepção da fachada conforme o clima.
Para que uma superfície dinâmica funcional interaja, reaja e possa sentir ações ao
Em relação à Arquitetura Cinética, o método construtivo da fachada cinética, será
seu redor, é preciso que seja composta por sensores, para obter e perceber informações do
local, transmitindo mensagem do mundo físico para ser controlado pela cibernética, que é
da estrutura consistirá em controle indireto, pois seu movimento é acionado indiretamente
uma ciência que objetiva o estudo comparativo dos sistemas e mecanismos de controle
através de um sensor capaz de entender estímulos externos, fazendo a estrutura reagir a
automático, que assimila com pensamento, ação e interação com o ambiente.
estímulos. O padrão cinético aplicado no projeto será do movimento de translação vertical,
pois permite um controle da luminosidade e ventilação no interior do edifício.
Pode-se citar como exemplo um padrão cinético rotacional composto por brises
O tipo de controle cinético empregue no projeto que permitirá controlar o movimento
horizontais, que de acordo com Barnuevo (2017, p. 87) “o estado desejado de incidência luminosa no interior do ambiente definirá o estado desejado na posição do brise, de forma que o brise responda as condições “ideais” de conforto luminoso no ambiente. ”
57
58
O CONCEITO DA ARQUITETURA CINÉTICA E SUA EVOLUÇÃO
05
s i a u et
r u el it
j o r p as
59
05. leituras projetuais
Foram escolhidas 5 leituras projetuais, pois, três diz respeito a programas hoteleiros e
todas elas querendo ou não, através de tecnologias mais atuais, trazem a questão de conforto ambiental e sustentabilidade. Já as outras duas, diz respeito as tecnologias empregues na arquitetura cinética e as formas de mecanizações relacionadas a incidência solar sobre o edifício e como eles trabalharam para se obter um projeto satisfatório.
05.1 Fachada dinâmica: Kiefer Technic Showroom Ficha técnica Arquiteto: Ernst Giselbrecht + Partner ZT GmbH Localização: Bad Gleichenberg / Áustria. Início da construção: Primavera 2006 Conclusão: Verão 2007 Área construída: 298 m² Área total do terreno: 545 m²
O Kiefer Technic Showroom é um edifício de escritórios que contempla um espaço
de exposições híbridas, se localiza na Áustria, e os movimentos que sua fachada transmite acontecem de acordo com as condições meteorológicas do local. Este tipo de fachada é considerada como arquitetura interativa, que contém uma estrutura externa com 112 chapas de alumínio no qual se deslocam e se contraem no eixo vertical, criando um padrão cinético de translação vertical.
O conceito arquitetônico de Giselbrecht consiste em algo atemporal e estético, que,
em sua composição, cria uma imagem completamente discreta e funcional, de formas quase infinitas.
A fachada deste edifício muda constantemente, em cada instante, hora ou dia
em função da incidência solar sobre o mesmo, tornando-se uma estrutura dinâmica, que permite controlar os graus de visibilidade tanto sobre o interior e o exterior, a privacidade, e controlar a temperatura, que por muitas vezes é comparada com as persianas e cortinas dos edifícios que cumprem o mesmo papel, entretanto, este sistema de fachada dinâmica tem uma estrutura única que se adapta à forma curva deste edifício.
60
LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.01 Kiefer Technic Showroom. Fonte: https://www.archdaily.com/89270/ kiefer-technic-showroom-ernst-giselbrecht-partner. Acesso em 15 de novembro de 2019.
61
IMAGEM 05.02 Fachada com os painéis abertos. Fonte: http://moremorexless. blogspot.com/2017/01/kiefer-technic-showroom-dynamic-facade.html. Acesso em 02 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.03 Fachada com os painéis fechados. Fonte: http://moremorexless. blogspot.com/2017/01/kiefer-technic-showroom-dynamic-facade.html. Acesso em 02 de janeiro de 2019.
02
O controle de fluxos de ar, calor e luz se obtém através da fachada. É ela quem
controla esses fluxos entre os ambientes externos e internos, considerada normalmente como a pele do edifício.
Esta fachada tem soluções dinâmicas que trazem certas vantagens para o edifício,
como conforto térmico, controle sobre a abertura e otimização de luz e calor sobre o mesmo, podendo reduzir o consumo de energia elétrica, utilizando a luz solar de acordo com a intensidade desejada, reduzindo assim o uso e consumo de luz artificial, obtendo-se dessa maneira uma eficiência energética maior e mais desejada.
Quando a fachada se expande e se contrai, ela regula a quantidade de luz solar
que será transmitida para o interior do edifício. Este tipo de elemento minimiza o uso de ar condicionado, que também mantém uma proteção constante contra o sol e o calor externo de acordo com seus movimentos. No seu interior, existem persianas metálicas perfuradas de alumínio, automatizadas, que são ajustáveis e operadas eletronicamente por 56 motores.
62
LEITURAS PROJETUAIS
03
IMAGEM 05.04 Detalhamento da fachada em função do sol e vento. Fonte: http://moremorexless.blogspot.com/2017/01/kiefer-technic-showroom-dynamic-facade.html. Acesso em 02 de janeiro de 2019.
A forma deste edifício pode-se comparar com a técnica
de dobragem de um origami, pois se torna tão leve como um papel, e silencioso, com um número quase infinito de vistas de fachadas.
A vedação do edifício é composta por faces de tijolos
maciços, lajes de concreto armado e pilares de concreto preenchidos com colunas de aço. Sua fachada é composta por StoTherm, também conhecida como EIFS (Exterior Insulation and Finish Systems), que são sistemas que integram elementos importantes, como barreira de ar e umidade, contendo isolamento térmico contínuo, drenagem na fachada, que garante, através de seus componentes a sustentabilidade, a flexibilidade, a durabilidade e uma variabilidade de acabamentos. O sistema da StoTherm melhora o conforto térmico e a qualidade do ar dentro do edifício, o que, consequentemente, diminui os custos com energia elétrica.
63
As chapas de alumínio dobráveis são perfis metálicos leves, perfurados, que são
movidos por um total de 56 motores e controlada por um sistema de controle CLP (controlador lógico programável), que proporciona a versatilidade da fachada. Por conta deste sistema, o edifício está protegido e tem resistências contra intempéries em relação, ao vento, proteção a incêndios, proteção solar, dentre outros.
O novo design consiste em elementos de suporte e movimentação. As placas de aço
inoxidável, presas à fachada de vidro, são suportadas por trilhos verticais de aço inoxidável. Nesses trilhos encontram-se os rolos e os motoredutores elétricos, que se deslocam por meio de rolamentos que movem as 112 chapas de alumínio.
05
06 1. StoGuard | 2. Sto Primer Adesivo B | 3. Sto Placa Isolate | 4. Sto Tela
64
de Reforço | 5. Sto Primer Adesivo B | 6. Sto Acabamento LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.05 Detalhamento da fachada em função do sol e vento. Fonte: http://moremorexless.blogspot.com/2017/01/kiefer-technic-showroom-dynamic-facade.html. Acesso em 02 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.06 Composição e detalhamento do material EIFS. Fonte: http://stobrasil.com. br/produtos/sistemas-de-isolamento-termico-stotherm/. Editado pela autora IMAGEM 05.07 Detalhamento da fachada e suas materialidades. Fonte: http://moremorexless.blogspot.com/2017/01/kiefer-technic-showroom-dynamic-facade.html. Editado pela autora.
05.2 Campus Kolding University of Southern Denmark Ficha técnica Arquiteto: Henning Larsen Architects Localização: Kolding / Dinamarca Ano de construção: 2012 - 2014 Área construída: 13.700 m²
O trabalho, desenvolvido pelo arquiteto Henning Larsen Architects, para o prédio
de comunicações e design da Syddansk Universitet em Kolding, Dinamarca, consiste em um projeto com uma fachada cinética sensível ao clima externo, no qual, possibilitam a regulagem das temperaturas internas do edifício.
O edifício foi considerado o primeiro a atingir as metas energéticas do código de
construção na Dinamarca em 2015, de acordo com os arquitetos, trazendo vários pontos positivos para a estética da fachada.
IMAGEM 05.08 Fachada do Campus Kolding University of Southern Denmark. Fonte: https://www.archdaily.com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
65
A luz do sol muda e varia durante o período do dia e do ano. Desta forma, Kolding Campus,
foi projetado e equipado com sombreamento solar dinâmico, que se adapta às condições climáticas específicas e proporciona uma ótima iluminação natural, criando espaços confortáveis de clima interno ao longo da fachada.
O sistema de sombreamento solar dinâmico consiste em aproximadamente 1.600 persianas
em formato de triângulos de aço perfurados. Eles são projetados com o intuito de se adequarem à intensidade da variação da luz solar sobre o edifício, e permite, também, a entrada necessária de luz em relação a ele.
Quando as persianas estão fechadas, formam um plano sobre a fachada, mas quando
estão abertas ou semiabertas proporcionam uma fachada com uma aparência bastante diferente e esteticamente agradável de se contemplar.
O sistema de sombreamento solar é projetado com sensores que calculam continuamente os
IMAGEM 05.10 Detalhe da perfuração das persianas. Fonte: https://www.archdaily.com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
níveis de luz e calor expostos sobre a fachada e faz com que as persianas se regulem mecanicamente por meio de um pequeno motor.
IMAGEM 05.09 Aproximação da fachada com relação as persianas. Fonte: https:// www.archdaily.com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
A perfuração das persianas forma um padrão assimétrico e cheio de vãos
redondos que proporcionam cada peça distinta na fachada, observando do lado de fora. Os buracos nas persianas foram projetados e adaptados para terem um ângulo, quando abertas, de aproximadamente 30 graus, por conta de estudos que engenheiros e arquitetos fizeram para saberem a abertura ideal com relação à intensidade e à quantidade de luz que entra e sai do edifício, proporcionando assim, aos usuários, visões otimizadas do espaço externo.
66
LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.11 Átrio Central. Fonte: https://www.archdaily.com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
IMAGEM 05.12 Detalhe do encaixe de fixação da estrutura dinâmica. Fonte: https://www.archdaily. com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
O edifício tem 13.700 m², conta com um sistema de
ventilação integrado à cobertura, contém iluminações de LED,
A estrutura é composta por dobradiças de aço que
energia fotovoltaica e painéis solares para aquecimento da água.
abrem e fecham de acordo com os sensores de comando,
O átrio central é composto por grandes passarelas e escadas,
que mandam uma mensagem para os motores que fazem
que recebem iluminação por uma claraboia. Com todos esses
com que a estrutura se mova.
sistemas sustentáveis, a energia do edifício é reduzida em 50% em comparação a outros prédios na Dinamarca, integrando-se assim uma estratégica sustentável no projeto arquitetônico.
A geometria do edifício permite um melhor aproveitando
dos espaços e das metragens quadradas, em que a claraboia no átrio assegura uma distribuição agradável da luz solar durante o dia em todo o edifício.
67
IMAGEM 05.13 Fachada do Campus Kolding University of Southern Denmark. Fonte: https://www.archdaily.com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
Durante à noite, a luz do interior do edifício é refletida para fora através das
IMAGEM 05.14 Local de passagem pra manutenção da estrutura Fonte: https:// www.archdaily.com/590576/sdu-campus-kolding-henning-larsen-architects. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
Atrás da estrutura existe uma passagem
persianas perfuradas que tornam a fachada mais transparente. Essa interação entre
para que pessoas possam dar manutenção aos
dentro ou fora se dá através dessa transparência tornando a vista noturna mais
aparelhos e fazer a limpeza das persianas e janelas
luminosa. Além disso, a edificação possui uma combinação de bombas de aquecimento
do lado externo.
e refrigeração, pelas quais utiliza-se a água subterrânea para regularizar a temperatura no interior do edifício.
68
LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.15 Hotel Jakarta. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912917/ hotel-jakarta-search Acesso em 03 de janeiro de 2019.
05.3 HOTEL JAKARTA Ficha técnica Arquiteto: SeARCH Localização: Ilha de Java, Amsterdã / Holanda Ano do projeto: 2018 Área construída: 16.500 m²
O Hotel Jakarta é um hotel de 4 estrelas, localizado na ponta da Ilha de Java, em
Amsterdã. O edifício é energeticamente neutro e recebeu a classificação excelente de acordo com o sistema de certificação de sustentabilidade, o BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method). O hotel contempla vários espaços públicos com diversos bares, restaurantes, cafés, um centro de bem-estar e conta com várias atividades culturais, todos implantados em volta do jardim subtropical central.
O edifício tem, como principal objetivo, ter uma função ao bairro, pois o quarteirão onde
está inserido é composto por quatro edifícios que também contém um jardim de uso público em seu interior, por isso o jardim interno do hotel se adapta ao plano de desenvolvimento urbano da cidade, no que caracteriza este jardim, sendo o quinto jardim público da ilha. Ao implantar o jardim no térreo, o hotel passa a ser integralmente de uso público, tendo acesso do público através dos lados da fachada transparente.
69
Ao redor deste jardim, foram implantadas padarias,
restaurantes, um bar e uma piscina no térreo, havendo assim a possibilidade de pessoas que não são hóspedes usufruírem destes locais. Ainda no térreo, existe uma exposição pública de peças do museu tropical da cidade, fazendo com que as peças sejam como um cartão de visita para o hotel, para atrair mais turistas.
IMAGEM 05.16 Esquema de visões que o jardim tropical proporciona. Fonte: https://search. nl/#!content/hotel-jakarta. Editado pela autora. Acesso em 03 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.17 (página ao lado) Conceito de Jardins. Fonte: https://search.nl/#!content/hotel-jakarta. Editado pela autora. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
70
LEITURAS PROJETUAIS
9 ANDARES 5 ANDARES
A forma do edifício é moldada no plano do quarteirão,
como um pedaço de bolo cortado, composto por nove andares na sua parte mais alta e, na sua parte mais baixa, é formada por cinco andares. A fachada é composta por um plano de vidro que liga as diferentes alturas do edifício e que oferece uma bela vista da paisagem externa.
O conceito principal é criar estratégicas sustentáveis
através de um átrio com jardim subtropical central, que incorpora os cinco andares do edifício, que dão acesso aos quartos. Tal jardim é composto por vegetações grandes como palmeiras, para dar um aspecto de exuberância esbeltez.
O hotel é composto por 201 quartos, destes 176 foram
pré-fabricados como unidades completas e montados no local, e o restante (25) foram construídos no local.
IMAGEM 05.18 Fachada de vidro do Hotel Jakarta Fonte: https://search.nl/#!content/ hotel-jakarta. Editado pela autora. Acesso em 03 de janeiro de 2019.
71
O edifício foi construído por módulos pré-
fabricados em madeira maciça que foram sendo empilhados um em cima do outro, tendo a duração de três semanas para a montagem completa. A composição da estrutura se dá por meio de três escadarias e dois poços de elevadores que conectam os andares com a infraestrutura..
Os módulos de 30 m² consistem em lajes pré-
fabricadas de concreto armado com um sistema de aquecimento e resfriamento dos ambientes. As paredes são feitas de madeira laminada cruzada com cinco camadas, medindo 14 cm de espessura. Já o teto foi feito com a mesma quantidade e o mesmo material, porém contendo uma espessura de 10 cm. Cada unidade dos quartos é composta por banheiro, varanda com portas de correr, e as instalações técnicas necessárias, como iluminação, tubulações de água e esgoto.
19 20
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LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.19 Vista dos quartos. Fonte: https://hvoya.wordpress. com/2018/12/21/jakarta/. Acesso em 04 de janeiro de 2019.
IMAGEM 05.22 (página ao lado) Perspectiva esquemática humanizada Fonte: https://hvoya.wordpress.com/2018/12/21/jakarta/. Acesso em 04 de janeiro de 2019.
IMAGEM 05.20 Modelo de quarto do Hotel Jakarta Fonte: https://hvoya.wordpress. com/2018/12/21/jakarta/. Acesso em 04 de janeiro de 2019.
IMAGEM 05.23 (página ao lado)Vista do Sky-Bar. Fonte: https://hvoya.wordpress. com/2018/12/21/jakarta/. Acesso em 04 de janeiro de 2019.
IMAGEM 05.21 (página ao lado) Esquema de Construção.Fonte: https://hvoya.wordpress. com/2018/12/21/jakarta/. Acesso em 04 de janeiro de 2019.
IMAGEM 05.24 (página ao lado)Vista do Sky-Bar. Fonte: https://hvoya.wordpress. com/2018/12/21/jakarta/. Acesso em 04 de janeiro de 2019.
22
Sua estrutura de madeira é de 30 metros de altura, e todas as vigas,
pilares, tetos e caixilhos são feitos de madeira natural que foi certificada pelo FSC ou PEFC, considerado o único edificio a usar estrutura 100% de madeira. O skybar está localizado no ponto mais alto do hotel, proporcionando uma bela vista, e está aberto a todos os públicos.
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LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.25 (página ao lado) Colagem de fotos. Fonte: htt p s : / / w w w. a rc h d a i l y. c o m . b r / br/912917/hotel-jakarta-search. Acesso em 04 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.26 (página atual) Planta primeiro pavimento. Fonte: https://hvoya.files.wordpress. com/2018/12/Plans_1st_floor_color.jpg. Editado pela autora. IMAGEM 05.27 (página atual) Planta quarto pavimento. Fonte: https://hvoya.files.wordpress. com/2018/12/Plans_1st_floor_color.jpg. Editado pela autora.
O primeiro pavimento é composto pela
parte de interação do público, contendo bar, restaurante, área de ginástica, piscina e padaria. Todo o hotel é abastecido com 3 torres de circulação vertical.
O quarto pavimento é composto pela
área de hospedagem do hotel, sendo 39 quartos com tipologias variadas, a governança / rouparia que existe em todos os andares de hospedagem para atender às demandas de cada pavimento, e DML para suprir às devidas necessidades de limpezas de cada andar.
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IMAGEM 05.28 Planta oitavo pavimento. Fonte: https://hvoya.files.wordpress.com/2018/12/Plans_1st_floor_color.jpg. Editado pela autora. IMAGEM 05.29 Corte longitudinal Fonte: https://hvoya.files.wordpress. com/2018/12/Plans_1st_floor_color. jpg. Editado pela autora. IMAGEM 05.30 Corte transversal. Fonte: https://hvoya.files.wordpress. com/2018/12/Plans_1st_floor_color. jpg. Editado pela autora.
O oitavo pavimento é composto por 9 unidades
de quartos, um sky-bar do qual hospedes e o público podem usufruir, governança / rouparia, um DML, e sanitários de apoio para o sky-bar.
A circulação do hotel é bem disposta e
composta por um átrio que, no seu centro, localiza o jardim tropical. Todas as unidades dos quartos têm o corredor voltado para o jardim proporcionando uma bela vista, e uma ótima ventilação de ar fresco e puro. O estacionamento está localizado na parte subterrânea do edifício, composta por dois subsolos e equipamento de apoio e manutenção. A piscina se localiza em um ponto estratégico para ter uma melhor vista em ambos os lados do hotel, tanto para a área externa, quanto para o jardim.
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LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.31 Fachada do Wyndham Garden Hotel. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.
05.4 Wyndham Garden Hotel Ficha técnica Arquiteto: N2B Arquitetura Localização: Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 856 - Jardim Botânico Ribeirão Preto – SP, Brasil Ano do projeto: 2017 Área construída: 21.779 m²
O hotel está localizado na cidade de Ribeirão Preto, região com uma
grande influência nas áreas de pesquisa, educação, economia e negócios. O surgimento deste hotel se deu a partir da grande demanda no fluxo de turismo e empreendimentos na cidade, com o intuito de ser um local para descanso e negociações.
O programa de necessidades do hotel é bem complexo, composto
por 315 unidades de quartos, salas de convenções e lazer, em que se teve um grande desafio em integrar tudo isso de forma eficiente e elegante.
Na concepção da construção da volumetria, ela foi pensada de maneira
que houvesse um melhor aproveitamento do terreno e suas curvas de níveis. Desta maneira, foi planejado em um formato para aumentar o número de pavimentos e criar, então, uma fachada diferenciada utilizando uma pele de vidro na parte intermediária do edifício, com uma visão ampla da área externa.
77
Pensando
na
questão
de lazer, foi construído um andar inteiro voltado para área de lazer, composto por SPA, academia e um bar integrado à piscina, que tem uma vista privilegiada da cidade e para a paisagem verde localizada ao redor do edifício (imagem 31).
Em relação à estética do
edifício, foi utilizada a estrutura dos pilares principais localizados na fachada frontal para criar uma empena como algo positivo ao projeto (imagem 30).
Quando se observa o edifício
do lado externo, nota-se que há um grande vão central revestido por uma grande pele de vidro, que divide o bloco do prédio até no 11° andar (imagem 30). Para chamar atenção de quem passa durante à noite, instalaram um enorme pendente neste vão compondo a iluminação do lobby, tornando-se a vista adorável tanto de quem está no seu interior quanto do exterior (imagem 37).
Na fachada lateral, utilizaram
formas com linhas verticais que foram posicionadas de maneira aleatória no sentido de trazer ao projeto uma sensação de movimento, estas linhas foram envolvidas por uma pele de vidro, para dar a impressão de um único elemento (imagem 36).
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LEITURAS PROJETUAIS
32
33 34
IMAGEM 05.32 à 34 (pagina ao lado) Fachada do Wyndham Garden Hotel. Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.35 (página ao lado) Planta do pavimento de lazer. Fonte: https:// www.archdaily.com.br/br/906370/ wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.36 à 41 (página atual) Colagem de fotos do Hotel. Fonte: https:// www.archdaily.com.br/br/906370/ wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.
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IMAGEM 05.42 Planta do pavimento térreo. Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.Editado pela autora. IMAGEM 05.43 e 44 Colagem de Fotos: salas de negócios. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.Editado pela autora.
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44
No pavimento térreo do edifício,
estão localizados os ambientes voltados para os negócios e que têm acesso rápido, com o auditório, as salas de reuniões, a sala de internet e o restaurante. O acesso de pedestre ao edifício se dá apenas por uma única entrada na fachada principal, e o de veículos acontece na parte lateral direita que dá acesso ao estacionamento no subsolo.
80
LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.45 Planta do mezanino. Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.Editado pela autora. IMAGEM 05.46 Planta do pavimento tipo 1. Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.Editado pela autora.
Para aproveitar o pé direito duplo, construiu-se um
mezanino, proporcionando uma bela vista. O mezanino conta com salas de reunião, um restaurante de apoio e a administração. Todas as salas de reuniões e a administração compartilham de um único banheiro.
A planta do pavimento de hospedagem (tipo 1) é composta
pela governança / rouparia, contendo 18 unidades de quartos com tipologias diferentes entre si e dois eixos de circulação vertical, um de serviço e outro de hóspede. Este tipo de andar conta com um grande vazio no corredor, criando vistas internas sobre o hotel e uma espécie de passarela que interliga um quarto no outro.
81
O edifício é composto por 19 pavimentos de hospedagem, há
três subsolos de estacionamento onde se localizam também as áreas de equipamentos para a manutenção do prédio. O hall de entrada tem um pé direto duplo, que se une com o mezanino. Na metade do prédio se localiza a piscina integrada com o bar, que conta com uma vista belíssima lá de cima. O edifício tem um gabarito bastante alto, por conta de seu entorno ter prédios altos e, também, por conta do seu programa ser vasto em m², teve a necessidade de subir vários pavimentos.
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LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.47 (página ao lado) Corte longitudinal. Fonte: https://www.archdaily. com.br/br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.Editado pela autora. IMAGEM 05.48 (página ao lado) Corte transversal. Fonte: https://www.archdaily. com.br/br/906370/wyndham-garden-hotel-n2b-arquitetura. Acesso em 05 de janeiro de 2019.Editado pela autora. IMAGEM 05.49 (página atual) Padrão de design escolhido através de um concurso de arquitetura. Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019.
05.5 hotel ibis - novo conceito Ficha técnica Ficha técnica Arquiteto: FGMF Arquitetos Ano do projeto: não construído Objetivo: proposta de novo design para a rede de hotéis ibis.
O objetivo da nova proposta dos hotéis Ibis é criar soluções que atendam
às expectativas dos clientes, buscando sempre novas experiências, conforto e não apenas acomodações. A rede AccorHotels irá apostar nessa nova proposta de novo padrão de design, pois quer integrar os hotéis com a cidade em que ele será instalado, trazendo ambientes acolhedores e multifuncionais aos visitantes.
A AccorHotels está observando que a demanda e o comportamento dos
clientes, ao passar os anos, vem mudando, então precisam-se criar soluções práticas, fáceis e que se conectam entre si para responderam ao que o público quer.
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50
IMAGEM 05.50 Integração e funcionalidade dos espaços. Fonte: https://www. gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/ rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.51 Proposta de bar e lobby aberto. Fonte: https://www.gazetadopovo. com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.52 (página ao lado) Bar totalmente aberto ao público. Fonte: https:// www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019.
Concurso
Do concurso que a rede AccorHotels lançou, participaram escritórios de
arquitetura do Brasil e de outras partes do mundo, e estes tinham o intuito de apresentar novas soluções e ideias para esta nova tipologia hoteleira. O concurso foi separado entre regiões da Ásia, Europa e Américas, para que cada região apresentasse suas particularidades, culturas e que obtivesse três propostas, uma de cada região.
Na região das Américas, o vencedor foi o projeto realizado pelo FGMF Arquitetos
(Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz), que trouxe uma proposta diferenciada para as áreas comuns usadas entre as pessoas, com um design contemporâneo.
51
Projeto
O projeto tem a intenção de abrir o lobby para a calçada, criando uma espécie de rua
interna que integrará o hotel com seu entorno e será mais convidativa por ser um local aberto, onde o público pode usufruir dos serviços e instalações que o hotel oferece, como tomar um café, se reunir com os amigos, fazer uma reunião, sem necessariamente estar hospedado.
84
LEITURAS PROJETUAIS
IMAGEM 05.53 (página ao lado) Proposta de rua interna no térreo conectada à calçada. Fonte: https://www.gazetadopovo. com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.54 (página ao lado) Bancos para as pessoas sentarem e descansarem. Fonte: https://www.gazetadopovo. com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.55 (página ao lado) Lobby e recepção com espaços amplos e abertos. Fonte: https://www.gazetadopovo.com. br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019.
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55
A proposta trazida pelo escritório vencedor é que os serviços do hotel sejam abertos
à população e não precisamente ao hóspede, pois, fazendo isso, atrairá pessoas para dentro do hotel. O hotel é visto apenas como um meio de acomodação de passagem e descanso, mas essa concepção está mudando a cada dia, para isso o projeto integra ambientes do térreo, como o restaurante e o lobby, de uma maneira em que todos estejam conectados entre si, e que se encarreguem de ser multifuncional.
O design dos espaços tem um conceito industrial, com bares modernos, feitos de
pintura cimentícia, chapas metálicas e instalações aparentes, justamente para tirar a ideia de hotéis padrões com forro, e fazer um projeto mais moderno sem ser tradicional. O lobby e a recepção, por estarem no térreo e ter essa conexão entre si, é fechado por uma parede de vidro que, durante a composição como um todo, parece imperceptível. Nem se nota a existência de uma parede separando os ambientes, por isso a ideia de usar o vidro, para ter essa ideia de transparência e os ambientes se conectarem entre sim, sem que haja uma barreira visual.
85
IMAGEM 05.56 Quarto com mobiliários desenhados. Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.57 Quarto com mezanino e pé direito duplo. Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019. IMAGEM 05.58 (página ao lado) Quarto para famílias ou grupos de amigos. Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/ arquitetura/rede-de-hoteis-de-baixo-custo-muda-de-cara-para-se-integrar-a-cidade/. Acesso em 07 de janeiro de 2019.
56 57
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LEITURAS PROJETUAIS
TABELA 05.01 (página ao lado) Síntese das Leituras Projetuais. Fonte: Autoria Própria, 2019.
58
Acomodações
O mesmo design dos espaços está presente nos quartos. Todos os quartos tiveram seus mobiliários
desenhados para potencializar a funcionalidade de cada móvel, substituindo os armários fechados tradicionais por estantes abertas (metálica e de madeira), com diversas funcionalidades multifuncionais como mesa para refeição ou até mesmo pendurar uma roupa. Um dos pontos de destaque do projeto foi a flexibilidade que as acomodações têm, por atenderem diversos públicos, como quartos para acomodar até seis pessoas (famílias ou grupos de amigos), saindo dos padrões de quartos já existentes, remetendo o conceito do hotel como os hostels.
Tem-se também a ideia de um quarto com pé direito duplo (figura 101), com a cama de casal instalada no
mezanino e, embaixo, um sofá, com banheiro e uma mesa que é a própria escada. Já este quarto (figura 102), conta com camas de beliche para acomodar seis pessoas, e com espaços integrados e amplos.
PROJETO
ANO
INSPIRAÇÃO
Fachada dinâmica: Kiefer Technic Showroom
2007
Estrutura dinâmica com o padrão cinético de translação vertical.
Campus Kolding University of Southern Denmark
2014
Estrutura dinâmica com chapa metálica perfurada, permitindo a entrada de luz solar mesmo fechado.
Hotel Jakarta
2018
Jardim interno que atua como regulador de temperatura no inverno e verão, e seus métodos sustentáveis.
Wyndham Garden Hotel
2017
Programa de necessidades e distribuição das áreas.
Hotéis Ibis – Novo Conceito
-
Conceito aberto e de interação com o entorno e a cidade.
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LEITURAS PROJETUAIS
06
r a g u lo
es
d o d tu
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IMAGEM 06.01 Localização de Ribeirão Preto no estado de São Paulo. Fonte: Disponível em https:// pt.wikipedia.org/wiki/Ribeir%C3%A3o_Preto#/ media/File:SaoPaulo_Municip_RibeiraoPreto.svg. Acesso em 04 de abril de 2019. IMAGEM 06.02 Delimitação da cidade de Ribeirão Preto. Fonte: Google Maps. IMAGEM 06.03 Localização da área de intervenção em relação ao Centro de Ribeirão Preto Fonte: Google Maps.
06. estudos do lugar
6.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS | 6.1.1 O TERRENO E A CIDADE
A cidade de Ribeirão Preto fica localizada no interior do estado de São Paulo a 315
km da capital do estado, ocupando uma área de aproximadamente 650,916 km², considerada a cidade-sede da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), e possui uma população estimada pelo IBGE (2018) de 694 534 habitantes. Ribeirão Preto foi considerada a primeira região metropolitana do estado de São Paulo, composta por 34 municípios, sendo os principais e que estão ao seu redor Cravinhos, Serrana, Jardinópolis, Guatapará, Dumont, Brodowski e Sertãozinho. O terreno fica localizado na zona Norte de Ribeirão Preto, no bairro Jardim Independência, escolhido para abrigar a proposta com apenas 4,6 km de distância do centro da cidade, um total de 9 minutos de carro, 24 minutos de ônibus, 44 minutos a pé, e 15 minutos de bicicleta para se deslocar de um local para o outro.
90
ESTUDOS DO LUGAR
IMAGEM 06.04 Mapa de locais com maior proximidade do local de intervenção. Fonte: Autoria própria, 2019.
6.1.2 LOCAIS PRÓXIMOS À ÁREA DE INTERVENÇÃO
A área de intervenção está localizada próxima a importantes locais da cidade, como por exemplo o Aeroporto Estadual
Dr. Leite Lopes, que atrai turistas e empreendedores, além da FEAPAM, com seus eventos que atraem diversas pessoas. O edifício em estudo será implantado próximo a nova Sede Administrativa da Prefeitura, que trará público para o hotel, pois disponibilizará de salas de reuniões e escritórios de aluguel, para atingir este público em específico.
91
Distância e tempo percorrido de carro até o local de intervenção
Distância e tempo percorrido de a pé até o local de intervenção
Local
Tempo de percurso
Distância (km)
Local
Tempo de percurso
Distância (km)
Aeroporto Leite Lopes
9 minutos
5,3 km
Aeroporto Leite Lopes
54 minutos
5,3 km
Centro Univ. Moura Lacerda
10 minutos
4,0 km
Centro Univ. Moura Lacerda
48 minutos
4,0 km
Parque Permanente de Exp.
6 minutos
4,1 m
Parque Permanente de Exp.
47 minutos
4,1 m
Maternidade Sinhá Junqueira
2 minutos
650 m
Maternidade Sinhá Junqueira
8 minutos
650 m
Velório da Saudade
5 minutos
1,9 km
Velório da Saudade
23 minutos
1,9 km
Quartel e Corpo de Bombeiros
8 minutos
650 m
Quartel e Corpo de Bombeiros
9 minutos
650 m
Nova Sede Adm. Prefeitura de RP
7 minutos
550 m
Nova Sede Adm. Prefeitura de RP
7 minutos
550 m
Distância e tempo percorrido de ônibus até o local de intervenção
Distância e tempo percorrido de bicicleta até o local de intervenção
Local
Tempo de percurso
Distância (km)
Local
Tempo de percurso
Distância (km)
Aeroporto Leite Lopes
33 minutos
5,3 km
Aeroporto Leite Lopes
16 minutos
5,3 km
Centro Univ. Moura Lacerda
48 minutos
4,0 km
Centro Univ. Moura Lacerda
13 minutos
4,0 km
Parque Permanente de Exp.
42 minutos
4,1 m
Parque Permanente de Exp.
13 minutos
4,1 m
Maternidade Sinhá Junqueira
20 minutos
650 m
Maternidade Sinhá Junqueira
3 minutos
650 m
Velório da Saudade
16 minutos
1,9 km
Velório da Saudade
8 minutos
1,9 km
Quartel e Corpo de Bombeiros
4 minutos
650 m
Quartel e Corpo de Bombeiros
4 minutos
650 m
Nova Sede Adm. Prefeitura de RP
6 minutos
550 m
Nova Sede Adm. Prefeitura de RP
5 minutos
550 m
92
ESTUDOS DO LUGAR
6.1.3 EQUIPAMENTOS URBANOS
6.1.4 TRANSPORTE PÚBLICO
A área de estudo é abastecida por alguns equipamentos como a Maternidade Sinhá
A área é atendida por uma grande frota de ônibus urbanos administrados pela
Junqueira, que atende diversas pessoas, uma creche, e uma praça que se encontra em
empresa RITMO (Rede Integrada do Transporte Municipal por Ônibus), composta por 7
bom estado perto do terreno, trazendo lazer e conforto para os moradores que ali habitam,
linhas de ônibus, e todas elas têm acesso ao centro da cidade. Os pontos de ônibus estão
porém, nota-se a carência de equipamentos na área, que é justamente por isso, que será
localizados em pontos estratégicos do bairro, nas avenidas Cavalheiro Paschoal Innecchi,
elaborado um programa de necessidade com diversos usos para suprir as necessidades
Avenida Coronel Quito Junqueira, Avenida Paris, e na rua Capitão Osório Junqueira,
locais.
considerada como via coletora. Com relação à área de intervenção, pode-se atestar que é de fácil acesso por terem vários pontos de ônibus que circundam seu entorno.
Linhas de ônibus próximo ao local de intervenção Código da linha
Nome da linha
U 199
Circular 1
U 299
Circular 2
U 399
Circular 3
U 499
Circular 4
A 501
Higienópolis
C 102
Jd. Independência
D2
Noturno Nordeste
93
6.1.5 PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO AO LOCAL DE INTERVENÇÃO
6.1.6 USO DO SOLO NA REGIÃO
A área de intervenção está localizada em uma das principais avenidas que circundam
A área de estudo tem o uso predominantemente residencial, entretanto as áreas
o bairro, na Avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi com a Avenida Paris. Contando com as
comerciais e de serviços estão localizadas em alguns pontos das principais avenidas. Há
vias que abastecem o bairro, é uma área bem localizada e de acesso rápido, por ser situada
poucos lotes sem usos, apesar disso, é uma área que conta com uma vasta área institucional
em uma região em que seu entorno a maioria são as avenidas que interligam o bairro.
pertencente ao Educandário Cel. Quito, que atualmente tem uma enorme gleba verde sobre a área de intervenção. A proposta de projeto, será voltada para abranger as necessidades locais, por ser um bairro residencial, conta com diversas famílias, e é um local onde várias pessoas fazem caminhada, ou praticam atividades físicas.
Fonte: Autoria própria, 2019. Fonte: Autoria própria, 2019.
94
ESTUDOS DO LUGAR
6.1.7 HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA E FUNCIONAL
A hierarquia viária na área de estudo é disposta por vias locais e principais,
comparadas com os mapas de Hierarquia Física e Funcional nota-se que, fisicamente, as vias locais do bairro têm sua função compatível com os fluxos de veículos, assim como as vias principais. Por terem essa característica, seu fluxo consequentemente é maior, porém podemos destacar a Avenida Paris, que tem caráter de via principal, mas seu fluxo de veículos é médio.
A área de intervenção está localizada entre as Avenidas Independência e a
Avenida Paris, que por sua vez são principais, dito isto, será feito um estudo de melhor compatibilização de fluxos para que se evite congestionamentos na área.
Fonte: Autoria própria, 2019.
Fonte: Autoria própria, 2019.
95
6.1.8 GABARITO / OCUPAÇÃO DO SOLOO
6.1.9 FIGURA FUNDO / OCUPAÇÃO DO SOLO
A área de estudo apresenta gabaritos baixos com predominância de casas térreas
A área de estudo apresenta lotes com uma ocupação de 90%, os 10% restante conta
e algumas com dois pavimentos, esse dado auxilia na escolha da área de intervenção
com os recuos dos lotes. É uma área muito bem ocupada, porém, no entorno imediato do
devido à possibilidade de oferecer uma boa iluminação natural e poucas interferências. O
terreno, é uma área com poucas ocupações por conta de ser uma área institucional e por ter
maior gabarito da área é de 6 metros, da Maternidade Sinhá Junqueira. Já o gabarito de 3
bastante recuos nas edificações ao lado.
pavimentos encontra-se em um condomínio fechado de prédios residenciais. A presença de vazios é bem pouca, e conta com bastante área verde, localizada em praças e canteiros centrais. Sendo assim, essas características influenciam diretamente no projeto, garantindo melhores pontos visuais e melhor circulação do ar.
Fonte: Autoria própria, 2019.
Fonte: Autoria própria, 2019.
IMAGEM 06.05 (página ao lado) Localização da área de intervenção em relação ao Centro de Ribeirão Preto. Fonte: Google Maps.
96
ESTUDOS DO LUGAR
97
6.1.10 O TERRENO E SEU ENTORNO
A área de intervenção está inserida em um bairro mais consolidado com quadras
retangulares e com a ocupação bem definida, e seu entorno predomina muita área verde com edifícios de gabarito baixo. O bairro conta com toda infraestrutura necessária como, por exemplo, rede elétrica e hidráulica, sinalização, rede de esgoto, todas as ruas são pavimentadas, e com transportes públicos, sem contar com diversas avenidas e ruas de acesso ao local.
01
05
Fonte: Autoria própria, 2019.
IMAGEM 01 à 12 Vistas do entorno. Autoria Própria, 2019.
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ESTUDOS DO LUGAR
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6.1.11 O TERRENO
O fluxo de veículos e pedestres é consideravelmente grande no entorno do lote, por
conta de ser uma das principais avenidas que conectam os bairros ao redor e, também, por
DADOS DA ÁREA Área total do terreno: 10.344,42 m²
ser um local onde muitas pessoas fazem caminhada durante à tarde e à noite. O terreno
Macrozoneamento: ZUP - Zona de Urbanização preferencial
usado tem uma área total de 10.344,42 m². A escolha do terreno e da região se deu pelo fato
Uso do solo: edifico de uso comercial/ serviço.
de não ter nenhum hotel pela região Norte. Por ser um lote de esquina conta com recuos de
Recuos em lotes de esquina: Frontal: 5,00m Lateral: 3,00m Fundos: não há
frente de 5 metros e lateral de 3 metros, e nos fundos não há.
Taxa de ocupação: 80% - edificações não residenciais Áreas verdes: 20% - 2.068,88 m² Áreas verdes adotada: 2.995 m²
Fonte: Autoria própria, 2019.
100
ESTUDOS DO LUGAR
Fonte: Autoria própria, 2019.
6.1.12 TOPOGRAFIA, LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO
Ao analisar a área de estudo, nota-se a presença de uma topografia um pouco
íngreme. A topografia do terreno é composta por um desnível de 7 metros, no entanto as curvas de níveis estão bem espaçadas entre elas, que deixa o terreno com uma declividade suave, e que favorece no escoamento da água da chuva, e na implantação do projeto.
Fonte: Autoria própria, 2019. Fonte: Autoria própria, 2019.
101
6.1.13 ORIENTAÇÃO SOLAR E DOS VENTOS
6.1.14 VEGETAÇÃO
A localização do terreno é privilegiada por conta do posicionamento do seu maior
Com relação à vegetação existente na área, encontram-se a predominância de
lado estar disposta para a fachada Norte–Sul o que facilita o sombreamento, que será
árvores de grande porte, por conta de suas espécies implantadas terem um desenvolvimento
um partido de projeto por conta de suas aberturas e incidência solar sobre o edifício. A
e uma altura alta. Encontram-se algumas espécies de árvores de porte médio na calçada
incidência dos ventos sobre o projeto será muito boa por conta de ser um lugar aberto, sem
da área de intervenção, já em lotes vizinhos, a vegetação predominante é de porte pequeno.
construção altas ao redor e por ter muitas vegetações no entorno.
A paisagem ao redor tem a concentração de bastante árvores formando uma grande e uniforme avenida arborizada. No mapa a seguir, será explicado melhor o que será feito com essa quantidade de árvores e suas respectivas espécies.
Fonte: Autoria própria, 2019.
102
ESTUDOS DO LUGAR
Fonte: Autoria própria, 2019.
Fonte: Autoria própria, 2019.
TIPOS DE ESPÉCIES
Com base no levantamento da área de estudo, foi diagnosticado a existência de
31 árvores compostas por 7 espécies, sendo: uma de espécie nativa e as outras restantes de espécies exóticas. Nativa: Embaúba; Exóticas: Mangueira, Aroeira-mansa, Ipê-de-jardim, Línguas da mulher, Pinheiro e Eucalipto. A espécie de árvore nativa não pode ser removida, porém, pode ser realocada, mas as demais podem ser retiradas pelo fato de serem exóticas, e também por conta de uma análise feita pelo engenheiro florestal Paulo Mello do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, relatou que algumas espécies já estão sendo retiradas por conta de sua idade e por terem riscos de cair. Com base nessa informação, será analisado quais árvores permanecerão e quais serão retiradas, para que o projeto se adeque e se molde ao local implantado.
Nome Popular: Mangueira Nome Científico: Mangifera indica Família: Anacardiacea Altura: até 12 metros
Nome Popular: Ipê-de-jardim Nome Científico: Tecoma stans Família: Bignoniaceae Altura: 4 a 6 metros IMAGEM 06.08 Árvore Ipê-de-jardim. Fonte: Disponível em http://www.museunacional.ufrj. br/hortobotanico/arvoresearbustos/Tecoma%C2%A0stans.html. Acesso em 04 de abril de 2019.
Nome Popular: Línguas da mulher Nome Científico: Albizia Lebbeck Família: Fabaceae Altura: 4 a 15 metros
IMAGEM 06.06 Árvore Mangueira Fonte: Disponível em https:// www.portalsaofrancisco.com.br/ biologia/mangueira. Acesso em 04 de abril de 2019
IMAGEM 06.09 Árvore Línguas da mulher. Fonte: Disponível em https://www.plant-world-seeds. com/store/view_seed_item/4588. Acesso em 04 de abril de 2019
Nome Popular: Aroeira-mansa Nome Científico: Schinus terebinthifolius Família: Anacardiaceae Altura: 5 a 10 metros
Nome Popular: Pinheiro Nome Científico: Pinus patula Família: Pinaceae Altura: 4 a 15 metros
IMAGEM 06.07 Árvore Aroeira-mansa. Fonte: Disponível em http://asarvoresdobrasil.blogspot.com/2011/07/aroeira-mansa-schinus-terebinthifolia.html. Acesso em 04 de abril de 2019.
IMAGEM 06.10 Árvore Pinheiro Fonte: Disponível em https://bit. ly/2CPSdyL. Acesso em 04 de abril de 2019.
103
Nome Popular: Eucalipto Nome Científico: Eucalyptus Família: Myrtaceae Altura: 30 a 50 metros
Nome Popular: Embaúba Nome Científico: Cecropia pachystachya Família: Urticaceae Altura: 4 a 8 metros
IMAGEM 06.11 Árvore Eucalipto Fonte: Disponível em https:// pt.wikipedia.org/wiki/Eucalyptus. Acesso em 04 de abril de 2019.
IMAGEM 06.12 Árvore Embaúba Fonte: Disponível em https:// www.wikiaves.com.br/wiki/flora:embauba. Acesso em 04 de abril de 2019.
6.1.15 HOTÉIS 3 ESTRELAS: COMPARATIVO DE QUANTIDADEDE UH (UNIDADE HABITACIONAL)
O mapa a seguir relacionado com a tabela 7, mostra claramente a grande
concentração de hotéis 3 estrelas na área central da região de Ribeirão Preto. Com base no levantamento, em relação à quantidade de hotéis na região relacionados a sua localização, demonstra que dentre os 21 hotéis analisados, 4 hotéis estão localizados na zona leste, 4 hotéis estão localizados na zona sul, 13 hotéis estão localizados na área central, e nenhum está localizado na zona norte. Por isso o hotel em estudo será implantado na zona norte de Ribeirão Preto, para suprir as necessidades das pessoas dessa região, assim como, auxiliar pessoas que fazem conexões no aeroporto Dr. Leite Lopes. Com relação ao número de UH é muito relativo dependendo da atividade que o hotel proporcionará, mas a média destes hotéis gira em torno de 90 a 200 unidades habitacionais, chegando um a ter 311 unidades habitacionais, o maior de todos. A proposta do hotel para o local de intervenção terá 96 unidades habitacionais. Chegou-se a esta conclusão, devido ao tamanho dos quartos definido e a quantidade adequada que coube no lote, respeitando os seus recuos e o gabarito.
104
Fonte: Autoria própria, 2019.
ESTUDOS DO LUGAR
Hotéis 3 Estrelas Construídos em Ribeirão Preto Nome
Endereço
Qtde. de UH
01 - A
Garden Hotel
Av. Maurílio Biagi, 2727
100
02 - A
Hotel Canadá
Avenida Treze de Maio, 1392
48
03 - B
Monreale Hotel Ribeirão Preto
Rua São Sebastião, 509
134
04 - B
Ribeirão Plaza Hotel
Av. Fábio Barreto, 100
05 - A
Arq Inn Hotel
Rua João Bim, 1615
46
06 - C
Hotel Ibis Styles Ribeirão Preto
Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1465
178
07 - B
Hotel Cidade
R. Campos Salles, 1433
08 - B
Prince Hotel
Rua Augusto Severo, 154
09 - B
Hotel San José
Av. Jerônimo Gonçalves, 475
-
10 - B
Alerri Hotel
R. Amadeu Amaral, 142
-
11 - B
Comfort Inn & Suítes Ribeirão Preto
Rua Amador Bueno, 1116
88
12 - C
Ideali Hotel
Rua José Roberto Vittorazzi, 8
36
13 - B
JR Hotel
Rua Campos Sales, 90
87
14 - B
Portucali Hotel
Av. Caramuru, 399
33
15 - B
Hotel Nacional Inn Ribeirão Preto
Rua Duque De Caxias, 1313
138
16 - C
Wyndham Garden Ribeirão Preto
Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 856
311
17 - B
Hotel Dan Inn Express
Rua Coronel Luiz da Cunha, 366
99
18 - B
Hotel Barão
Rua Barão do Amazonas, 1199
-
19 - B
Black Stream Hotel
Rua General Osório, 850
59
20 - C
Ibis Styles Ribeirão Preto
Av. Braz Olaia Acosta, 1920
144
21 - A
Ibis Styles Ribeirão Preto
Av. Maurílio Biagi, 2905
200
Legenda A – Leste; B – Central; C - Sul
-
92
Fonte: Autoria própria, 2019.
105
6.2 ASPECTOS LEGAIS
A área de estudo, seguindo o Plano Diretor de Ribeirão Preto, está situada na ZUP
gabarito básico de 10 metros de altura dependendo da sua localização e a zona em que ele
(Zona de Urbanização Preferencial), que é uma região do município onde a ocupação e o
for implantado, mas na ZUP pode-se ultrapassar o gabarito básico desde que adote-se a
uso do solo urbano deverão ser incentivados por serem compostas por áreas dotadas de
fórmula H=3x(L+R) onde L= largura da rua, R= recuo até o alinhamento e H= altura do prédio
infraestrutura urbana existente ou a implantar no local, e por terem condições morfológicas
para achar os recuos do lote, consequentemente quanto mais alto seu edifício, maior será
adequadas para a urbanização, onde a densidade demográfica permitida na região é de
seu recuo. A ocupação do solo no local de intervenção é de uso misto, podendo construir
média e alta, de acordo com a lei complementar nº 2157, de 08 de janeiro de 2007.
casas, comércio, desde que respeite os recuos de construção.
Para ser construída qualquer edificação em Ribeirão Preto, é estabelecido um
De acordo com o artigo 39 e 41 do Plano Diretor de Ribeirão Preto, a taxa de ocupação
máxima do solo para edificações não residenciais é 80%, e o coeficiente de aproveitamento máximo será de até cinco vezes a área do terreno.
Fonte: Autoria própria, 2019. Fonte: Autoria própria, 2019.
106
ESTUDOS DO LUGAR
07. diretrizes projetuais
Possuir fácil acesso ao Aeroporto Estadual Dr. Leite Lopes, à FEAPAM, e à sede Administrativa da Prefeitura de Ribeirão Preto. Localização
Explorar as condicionantes locais para se obter um melhor conforto ambiental. Analisar e explorar as vistas locais.
Com base nas referências pesquisadas de
Andrade, Brito e Jorge (2000) e na Cartilha do Ministério
Terreno
Propor tratamento paisagístico nas vegetações existentes e criar jardins no interior e no exterior do hotel.
do Turismo (2008), foram desenvolvidas diretrizes
Criar platôs com cortes e aterros, para se adequar ao projeto.
projetuais para o melhor planejamento e funcionamento
Instalar restaurante, bar, sorveteria, lojas, pista de caminhada e uma praça para atender diversos públicos.
de um Hotel Executivo. Instalações
Projetar salas de reuniões e escritórios de aluguéis, e unidades de moradias temporárias para estudantes, residentes da maternidade e moradores junto ao hotel, para abastecer o déficit desses usos na região. Propor uma área de evento contendo auditório e sala de convenção, e oficinas de capacitação profissional. Reduzir a quantidade de resíduos na obra, utilizando estruturas metálicas pré-moldadas, para que não haja sobra de materiais.
Sustentabilidade Ambiental
Propor átrio central com vidros que contem células BIPV, para captarem energia solar e promover a luminosidade natural ao hotel, para ter uma eficiência energética. Implantar sistemas de aproveitamento de água pluviais na cobertura como telhados verdes, e reutilizar esta água para outros fins do hotel. Considerar locais de rouparia / governança, hall de elevadores de hóspedes e de serviço.
Áreas de Hospedagem
Implantar as UH com metragem adequada a sua categoria. UH com três tipologias: 01-Double (2 camas double), 02-King (1 cama king), 03-Queen (1 cama queen). 01- suíte simples / 02- suíte presidencial / 03- suíte especial Prever área de lavanderia, com duto de roupa suja, triagem e depósito de roupa limpa.
Áreas de Serviços Prever local de governança, com depósito de material de limpeza e rouparia. Implantar as áreas de serviços afastados das vistas dos hóspedes. Propor áreas de estar, e de leitura. Lobby
Dimensionar espaços com medidas generosas, para proporcionar um melhor acolhimento e por ser um local de maior permanência de hóspedes. Integrar a área externa com a interna, através de espaços públicos.
Área Externa
Inserir iluminação e mobiliários de convívio na área. Promover a interação entre o privado e público. Propor através da arquitetura cinética uma fachada diferenciada através de formas, com movimentos e sensações a cada olhar.
Fachada
Desenvolver uma superfície dinâmica funcional com padrões cinéticos utilizando sensores exteroceptivos. Utilizar o movimento de translação vertical no sistema cinético das janelas, para poder controlar a luminosidade e ventilação na parte interna do edifício.
TABELA 07.01 Diretrizes Projetuais Fonte: Autoria própria, 2019.
Materialidade
Empregar o uso de estrutura metálica na estrutura do edifício, pois garante leveza, esbeltez e supre grandes vãos. Aplicar placas metálicas perfuradas no sistema de arquitetura cinética nas fachadas.
107
108
ESTUDOS DO LUGAR
08
a ar m
g o pr
109
08. PROGRAMA
1- Infraestrutura: este tipo de requisito está relacionado com as instalações e aos equipamentos que o edifício proporcionará. Será dividido em duas categorias: áreas comuns e unidades habitacionais.
8.1 REQUISITOS PARA O PROGRAMA DO HOTEL EXECUTIVO
INFRAESTRUTURA: ÁREAS COMUNS Requisitos
O Ministério de Turismo define 3 requisitos para
a instalação de um meio de hospedagem: Infraestrutura,
Adotadas para o Projeto
01
Sala de estar com televisão
sim
02
Restaurante
sim
categorias de 1 a 5 estrelas. O site do Ministério do Turismo
03
Área de estacionamento
sim
dispõe de cartilhas que explicam a classificação dos meios
04
Jardim
sim
05
Entrada de serviço independente
sim
e projeto de um Hotel. Dentre essas informações, o projeto irá
06
Área ou local específico para o serviço de recepção
sim
atender os requisitos mínimos de um Hotel três estrelas, para
07
Local para guardar bagagens
sim
08
Carrinhos para transporte de bagagens
sim
09
Elevadores
sim
10
Banheiros sociais, masculino e feminino, com fraldário/trocador em ambos, separados entre si, com ventilação natural ou forçada
sim
11
Salão para eventos
sim
12
Sala de reunião com equipamentos
sim
13
Sala para escritório virtual / business center, com equipamentos (mínimo computador e impressora)
sim
14
Sala de ginástica / musculação com equipamentos
sim
15
Local e equipamento para passar roupa à disposição nas áreas comuns ou na UH
sim
16
Bar
sim
Sustentabilidade e Serviços. Para o tipo Hotel Executivo, o Sistema Brasileiro de Classificação (SBClass) estabelece as
de hospedagem por meio de tabelas e/ou diagramas, identificando os requisitos necessários para o planejamento
que não haja um conflito com o entorno e seja inserido de forma harmoniosa. Portanto, serão utilizadas as informações para a elaboração do programa do Hotel, para que haja um bom funcionamento. A seguir, será apresentado os requisitos utilizados.
Unidades Habitacionais (UH)
110
PROGRAMA
17
Área útil da UH, exceto banheiro, com 13 m² (mínimo 80%)
sim
18
Acesso à internet nas áreas sociais e nas UH
sim
19
Mini refrigerador em 100% das UH
sim
20
Televisão em 100% das UH
sim
21
Banheiro nas UH com 3 m² (mínimo 80% das UH)
sim
22
Uma mesa de trabalho com cadeira em 100% das UH
sim
23
Espelho de corpo inteiro em 100% das UH
sim
24
Armário, closet ou local específico para guardar roupas em 100% das UH
sim
2- Sustentabilidade: este tipo de requisito está relacionado às ações de sustentabilidade, “uso dos recursos de maneira ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável, de forma que o atendimento das necessidades atuais não comprometa a possibilidade de uso pelas futuras gerações” (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2008).
SUSTENTABILIDADE Requisitos
Adotadas para o Projeto
01
Medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água
sim
02
Medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução, reuso e reciclagem
sim
03
Programa de treinamento para empregados
sim
04
Medidas permanentes para valorizar a cultura local
sim
05
Medidas permanentes para geração de trabalho e renda, para a comunidade local
sim
3- Serviços: este tipo de requisito está relacionado à oferta de serviços oferecidas pelo estabelecimento.
SERVIÇOS Requisitos
Adotadas para o Projeto
01
Serviço de recepção aberto por 18 horas e acessível por telefone durante 24 horas
sim
02
Facilidade para atendimento de fumantes
sim
03
Troca de roupas de cama em dias alternados
sim
04
Troca de roupas de banho diariamente
sim
05
Serviço de lavanderia
sim
06
Serviço de facilidade de escritório virtual
sim
07
Serviço de café da manhã
sim
08
Serviço de manobrista
sim
09
Serviço de limpeza diária nas UH em uso
sim
10
Serviço de cofre em 100% das UH
sim
11
Serviço de atendimento médico de urgência
sim
12
Serviço de alimentação disponível para almoço e jantar
sim
TABELA 08.01 (página ao lado)Infraestrutura. Fonte: Cartilha de orientação básica de hotel, do Ministério do Turismo. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/programas_acoes/Arquivos/ Cartilha_2_HOTEL.pdf . Acesso em 20 de março de 2019. TABELA 08.02 (página atua) Sustentabilidade. Fonte: Cartilha de orientação básica de hotel, do Ministério do Turismo. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/programas_acoes/Arquivos/ Cartilha_2_HOTEL.pdf . Acesso em 20 de março de 2019. TABELA 08.03 (página atua) Serviços. Fonte: Cartilha de orientação básica de hotel, do Ministério do Turismo. Disponível em: http:// www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/ programas_acoes/Arquivos/Cartilha_2_HOTEL.pdf . Acesso em 20 de março de 2019.
111
8.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES PARA O HOTEL
A seguir, serรก apresentado um estudo para o
programa de necessidades do hotel a ser executado de acordo com sua categoria, com suas respectivas metragens quadradas e seus setores.
112
PROGRAMA
113
114
PROGRAMA
115
116
PROGRAMA
09
o t e j ro
po
117
118
O PROJETO
09. O PROJETO
9.1 CONCEITO E PARTIDO
Desenvolver uma arquitetura hoteleira que se integre às funções do aeroporto, e
da nova sede da prefeitura, ajudando a revitalizar a área com a implantação de centro de convenção, salas de reuniões, auditórios, e para que haja a integração com o entorno e as pessoas, será projetado bar, lojas, sorveteria, e restaurante aberto ao público, contemplando também unidades de moradias temporárias, para estudantes da faculdade Moura Lacerda e dos residentes da Maternidade Sinhá Junqueira. E, será adotado medidas de geração de trabalho e renda para a comunidade local, introduzindo oficinas de capacitação profissional. Com isso, proporcionar uma arquitetura que se destaque de dia e de noite, e que ajude a trazer vida para a área.
Para proporcionar uma arquitetura bioclimática, será implantado como estratégia,
fachadas com estruturas cinéticas para se adaptarem à luz solar e um átrio central com um jardim interno, que proporcionará e servirá como regulador de temperatura. Com o objetivo de trabalhar a sustentabilidade, será utilizado reaproveitamento de água da chuva que servirá para regar o jardim, lâmpada de LED e painéis BIPV, que ajudarão a economizar energia.
Como partido, foram adotadas formas com linhas retas e nas diagonais que foram
sendo estruturadas a partir de uma análise do conforto ambiental, em busca de uma melhor ventilação e insolação, obtendo-se então uma forma mais ortogonal.
119
120
O PROJETO
9.2 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO: IMPLANTAÇÃO
Legenda serviços área de alimentos
circul. vertical
está voltada para a Avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi, onde temos os acessos de carros e
circul. horizontal
pedestres, e o acesso ao estacionamento é controlado por uma cabine de acesso, composto
área social
por dois subsolos, um destinado aos hóspedes e outro aos moradores das habitações. Na
área coletiva
O projeto é composto por dois edifícios, um hotel e uma habitação. A fachada principal
área comercial
Avenida Paris está localizado a saída de carga e descarga, por ter um fluxo menor de veículos
área administrativa
comparado a Av. Paschoal Innecchi, também temos acesso ao hotel, à habitação e à praça
área recreativa
por esta avenida.
Planta Térreo Hotel - Habitação Esc 1:250
AVENIDA PARIS
SC
SC
SC
SC
SC
SC
SC
SC
ML ML ML ML ML ML ML ML 21 20 1
19 2
18
e sob
3
17 4
16 5
15 6
14 7
13 8
12 9
11
AVENIDA CAVALHEIRO PASCHOAL INNECCHI
10 11 12 13 16
e sob
2 1
15
3
14
4
19
5
18
6
17
7
21
9 8
20
10
1
sobe
2
21
3
20
4
19
5
18
6
17
7
16
8
15
9
14
10 13
11 12
Legenda serviços área de alimentos circul. vertical desce
circul. horizontal sobe
21 1 20 2
área social
19 3 18 4 17 5 16
Ref.
Ref.
6
área coletiva
15 7 14 8 13 9 12 10
área comercial
11
área administrativa área recreativa 10,00 %
12,86 %
10,00 %
Planta Térreo Hotel - Habitação Esc 1:250 GSPublisherVersion 0.63.100.100
121
122
O PROJETO
-34,59
Legenda
O hotel é composto por 6 pavimentos, sendo eles, o térreo com pé direito de 6 metros,
composto pela área recreativa, contendo piscina, academia e vestiários para usuários do
serviços
-40,59 que contém bar e restaurante aberto ao hotel e da habitação, pela área de alimentação,
área corporativa -41,24
-41,52
circul. vertical área de hospedagem
-41,31
público. Para facilitar com as cargas e descargas, a área de serviço (lavanderia) do hotel fica localizada ao lado do restaurante e do elevador de serviço, adjacente, localiza-se a área
-43,25
área social
-44,59 de comércio contendo lojas e sorveteria para o público local. No final do lote, encontra-se a
área coletiva
praça com caminhos para caminhar e andar de bicicleta, um playground e uma academia ao
área moradia temporária
ar livre.
área administrativa
área recreativa
acesso, vestiários, refeitório e sala de descanso. Adjacente, encontra-se a área administrativa,
Corte AA Esc 1:250
área de transporte
Do outro lado, concentra-se a área dos funcionários, que contém a portaria de -48,59
que logo na entrada do hotel tem a recepção, depósito de bagagem, cofre de segurança, ambulatório, sala de segurança, sala de reservas, sala do gerente de recepção, a contabilidade e departamento pessoal, recrutamento pessoal e duas salas de reuniões. Na área de social, localiza-se sala de leitura e a sala de espera ao lado da recepção, juntamente com sanitários e fraldário.
-9,79
-9,49
-9,49
-10,41 -11,39
-11,19
-11,39 -12,09
-12,59
-16,59
-16,59
-20,59
-20,59
-24,59
-24,59
-28,59
-34,59
-11,39 -12,04
-27,79
-28,09
-28,59
-34,09
-34,59
-34,59
-37,56 Legenda
-38,56
serviços
-39,56 -40,59
área corporativa -41,52
circul. vertical área de hospedagem
-41,24
-40,59
-40,41
-40,59
-40,55
-41,31
-43,25
área social
-44,59
área coletiva área moradia temporária área administrativa -48,59
área recreativa área de transporte
Corte AA Esc 1:250
123
124
O PROJETO
be so 1 2
21
3
20
4
5
17
16
8
15
9
14
10
Legenda
O primeiro pavimento do hotel tem um pé direito de 6 metros e é composto pela área
6
18
7
19
13
corporativa, que contém um auditório com camarim feminino e masculino e depósito de
serviços
11
12
móveis, um salão de convenção, 4 salas de oficinas de capacitação profissional, sanitários, 4
área corporativa circul. vertical
salas de reuniões, contendo uma com a flexibilidade de tamanho por ter paredes flexíveis que
circul. horizontal
abrem e fecham, tornando o espaço maior, 7 escritórios de alugueis, que pessoas possam alugar para trabalhar e realizar suas tarefas diárias, e há dois bares, um dentro do hotel e
área social desce
o outro no terraço. É neste pavimento que acontece a ligação dos dois edifícios, o terraço
área coletiva
f. Re
com o bar interliga um ao outro, pois o uso da outra edificação é um salão de festas, que ao se realizar festas, as pessoas possam sair no terraço e curtirem a bela vista e o ar fresco,
Planta 1° Pavimento Hotel - Habitação Esc 1:250
juntamente com um bar para auxiliar.
Ref.
Ref.
Ref.
f. Re
21 20 1
19 2
18
e sob
3
17 4
16 5
15 6
14 7
13 8
12 9
11 10
f. Re
Ref.
Ref.
11 12 17 19 20 21
e sob 1
sobe
2
21
3
20
4
19
5
18
6
17
7
16
8
15
9
Legenda
16
3 2 1
15
5 4
14
7 6
13
9 8
18
10
14
10 13
11 12
f. Re
serviços área corporativa circul. vertical circul. horizontal área social desce
área coletiva
f. Re
Planta 1° Pavimento Hotel - Habitação Esc 1:250
125
f. Re
Os segundo, terceiro, quarto e
quinto pavimentos são compostos pela área de hospedagem com um átrio no centro que na composição de seu vidro tem células BIPV para captar energia solar 1 2
e transformar em energia elétrica, que se
e sob
3 4 5 6
contempla por todo o hotel, com um pé
Legenda serviços
direito mais baixo de 4 metros de altura,
área de hospedagem circul. vertical circul. horizontal
com 24 quartos de hospedagem com
área moradia temporária
três tipologias diferentes, a suíte simples composta por duas camas de solteiro e um banheiro; a suíte presidencial composta
6 5 4 3 e sob
2 1
1
por uma cama king e um banheiro; e a
sobe 2 3 4 5 6
ML
Ref.
Ref.
ML
ML
Ref.
Ref.
ML
ML
Ref.
ML
Ref.
ML
Ref.
Ref.
ML
ML
Ref.
Ref.
ML
ML
Ref.
suíte PNE (portadores de necessidades especiais) com duas unidades, distribuídos 12 unidades de cada lado, com dois acessos
ML
Ref.
Planta 2° Pavimento Habitação Esc 1:250
Planta 2° Pavimento Hotel Esc 1:250
verticais de elevadores e caixa de escada, um de serviço e o outro social; e a área de governança, que contém depósito de roupa limpa, duto de roupa suja, estacionamento GSPublisherVersion 0.63.100.100
de carrinho para auxiliar na limpeza dos quartos, e a área de recebimento e triagem. Ao todo o hotel é constituído por 96 quartos de hospedagem.
1 2
e sob
3 4 5 6
6 5 4 3 e sob
2 1
1
sobe 2 3 4 5 6
Legenda
ML
serviços área de hospedagem circul. vertical
Planta 3° Pavimento Hotel Esc 1:250
126
O PROJETO GSPublisherVersion 0.63.100.100
circul. horizontal área moradia temporária
Planta 3° Pavimento Habitação Esc 1:250
Ref.
Ref.
ML
ML
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ML
ML
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ML
1 2
e sob
3 4 5 6
6 5 4 3 e sob
2 1
1
sobe 2 3 4 5 6
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ML
Legenda
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ML
ML
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ML
ML
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serviços área de hospedagem circul. vertical
Planta 4° Pavimento Hotel Esc 1:250
circul. horizontal área moradia temporária
Planta 4° Pavimento Habitação Esc 1:250
GSPublisherVersion 0.63.100.100
ce des
1 2
e sob
3 4 5 6
6 5 4 3 2 1 sobe ce des
Legenda
ML
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ML
ML
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ML
ML
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ML
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ML
serviços área de hospedagem circul. vertical
Planta 5° Pavimento Hotel Esc 1:250
GSPublisherVersion 0.63.100.100
circul. horizontal área moradia temporária
Planta 5° Pavimento Habitação Esc 1:250
127
128
O PROJETO
Legenda
E, na cobertura do hotel, fica localizado a área de equipamentos,
área de equipamentos
com dois reservatórios superiores de água com a capacidade de 25.550
circul. vertical
litros cada, um reservatório de água pluvial com a capacidade de 13.000
circul. horizontal
litros e a casa de bombas.
Planta Cobertura Esc 1:250
AVENIDA PARIS
desce
AVENIDA CAVALHEIRO PASCHOAL INNECCHI
ce des
Legenda área de equipamentos circul. vertical circul. horizontal
Planta Cobertura Esc 1:250
GSPublisherVersion 0.63.100.100
129
G
130
O PROJETO
O primeiro subsolo é composto por 104 vagas de estacionamento para carros e 6
vagas para deficientes físicos, idosos e grávidas, ao todo 110 vagas, e 12 vagas para motos, uma cabine e vestiário para o manobrista, a área de equipamentos com dois reservatórios inferiores com capacidade de 30.000 litros cada e a casa de máquinas. Sua cobertura contempla fechamentos com vidros BIPV, para ajudar na capacitação de energia solar.
1 2
e sob
3 4 5 6
10,00 %
10,00 %
19,41 %
19,41 %
10,00 %
10,00 %
e sob 1 2 3 4 5 6
Legenda área de equipamentos circul. vertical área de transporte serviços
10,00 %
12,86 %
Planta Subsolo 01 Esc 1:250
10,00 % GSPublisherVersion 0.63.100.100
131
132
O PROJETO
GSPub
O segundo subsolo é composto por 115 vagas de estacionamento para carros e 6
vagas para deficientes físicos, idosos e grávidas, ao todo 121 vagas, e 20 vagas para motos.
A habitação é composta por 6 pavimentos, sendo eles: o térreo que é composto pela
recepção e o lobby de entrada, e os eixos de elevadores e escadas, com um pé direito de 6 metros. O primeiro pavimento é composto pelo salão de festas, uma copa, sanitários, foyer, e uma recepção para controlar o acesso de pessoas à habitação, com um pé direito de 6 metros. Os segundo, terceiro, quarto e quinto pavimentos, são constituídos por 9 apartamentos de 35,76 m² cada, com pé direito de 4 metros, com dois terraços com bancos para pessoas sentarem e descansarem e usufruírem da bela vista para as áreas verdes que tem no seu entorno. E, na cobertura o fechamento é uma claraboia que na composição de seu vidro tem células BIPV, e também localiza-se a área de equipamentos, com dois reservatórios superiores de água com a capacidade de 11.250 litros cada, um reservatório de água pluvial com a capacidade de 11.250 litros e a casa de bombas. O reservatório inferior da habitação é subterrâneo com duas cápsulas com a capacidade de 9.000 litros cada.
1 2
e sob
3 4 5 6
10,00 %
10,00 %
19,41 %
19,41 %
10,00 %
10,00 %
e sob 1 2 3 4 5 6
blisherVersion 0.63.100.100
Legenda circul. vertical área de transporte serviços
Planta Subsolo 02 Esc 1:250
133
ENTORNO
A ligação do projeto com o entorno se dá através dos caminhos feitos no interior do
edifício, com a inserção de árvores compondo o jardim interno, até se conectar à praça no fundo do lote, e respeitando o gabarito básico da área com o máximo de 6 pavimentos. A relação social com o entorno se adquire através do seu programa, trazendo usos mistos que no bairro não há.
FECHAMENTOS
No fechamento do átrio e da claraboia do hotel e da habitação é feito por um vidro
que na sua composição tem células BIPV, onde na prática consiste em incorporar painéis como parte da estrutura do edifício na construção civil é conhecido como BIPV. O conceito BIPV tem como referência a integração arquitetônica da estrutura de uma construção e de um sistema de energia solar fotovoltaica, é uma maneira sustentável do próprio empreendimento gerar sua própria energia, proporcionando economia de energia e trazendo uma solução diferenciada ao projeto.
Na sua composição, as células transparentes são colocadas entre duas lâminas de
Especificações do vidro BIPV Vidros laminados
vidro, permitindo a passagem de luz ao mesmo tempo que possibilita a geração elétrica. A
Medidas máximas de 1,98m x 0,90m
condução da eletricidade é feita através de fios metálicos bem finos inseridos nos vidros
Espessura de aproximadamente 12 mm
que podem ser de diversas cores. O vidro BIPV tem várias funcionalidades como fornecer
Membranas com OPV
proteção contra os raios do sol, contra a chuva, sombreamento parcial de área, e pode
Potência instalada: aproximadamente 2 kWp
substituir as telhas.
O fechamento restante do projeto, será de vidro laminado verde, pois tem uma grande
resistência a impactos, e sua película plástica de PVB tem como função filtrar 99,6% dos raios ultravioleta, e por terem uma característica de redução de ruídos, através da camada de PVB que acaba amortecendo as vibrações sonoras.
134
O PROJETO
Mais de 65 estações de trabalho neutras em carbono 578 toneladas CO2 evitados por ano Cerca de 75% de carga térmica evitada Aproximadamente 95% de radiação UV retida Potencial para até 44 pontos certificação LEED
ESTRUTURA
O projeto possui como sistema estrutural vigas com perfis I e pilares metálicos com
perfis H, com alturas que variam entre 1,00 e 1,40 metros, dependendo dos seus vãos, as espessuras de alma e aba seguiram a norma da ABNT, e conforme a consultoria com o engenheiro calculista Felippe de Arruda Sandim, CRE-SP 5069736732, e a união dos perfis será feita por ligações parafusadas. Se optou por estrutura metálica por proporcionar vãos maiores com elementos mais esbeltos, e também ser um produto fabricado fora do canteiro de obras, e ter seu processo construtivo agilizado.
A utilização dos elementos industrializados colabora na racionalização da construção,
elimina o desperdício e reduz grande parte dos improvisos durante a obra, com isso podese considerar uma construção limpa e sem resíduos. Como apoio serão utilizadas paredes de concreto armado nas caixas de elevadores e escadas, criando um núcleo rígido entre a estrutura. As lajes será de concreto protendido, por conta de ter cordoalhas e cabos junto ao concreto, acaba diminuindo a tensão da estrutura, e consequentemente resulta em maior resistência, maior aproveitamento de espaço e necessita de menos vigas e pilares. Esse tipo de laje também diminui a necessidade de mão de obra e reduz os custos com concreto, sendo mais leve do que a laje convencional em geral.
135
ÁREAS VERDES
A ideia do projeto é atrair a população que caminha ao redor da área e levá-las para
dentro do hotel, projetando caminhos para se fazer caminhada e andar de bicicleta, tornando o local agradável e flexível para ambos os usos. Com isso, incorporamos algumas vegetações existentes dentro e fora do hotel e da habitação, acompanhando os caminhos, tornando o local mais arborizado e refrescante.
A cobertura dos dois edifícios foi projetada com telhado verde, pois auxilia na
drenagem da água da chuva, reduzindo assim a necessidade de escoamento de água e de sistemas de esgoto, e por ser capaz de reduzir ruídos urbanos e diminuir a temperatura do ambiente. Além de manter o local dos quartos dos hóspedes mais agradável, economiza energia, diminuindo o uso de ar condicionados e climatizadores.
No projeto da habitação, nos andares dos quartos foram realizados pequenos
terraços com vegetação no final dos corredores como estratégia de conforto, proporcionando ar fresco com uma ventilação cruzada.
136
O PROJETO
137
FACHADA CINÉTICA
A estrutura de sombreamento terá seu sistema construtivo por meio de estrutura
cinética integrada, pois estará fixada diretamente na fachada dos quartos do hotel, que será feita com aço corten, pois tem uma alta resistência à corrosão e à mecânica, é 100% reciclável, e não exige manutenção constante. Será composto por sensores que captam a incidência solar e fazem com que a estrutura se abra ou feche com ângulos programados
BRISES VERTICAIS
de 10º, 15º, 20º, 25º, 30º, 35º, 40º, 45º, 60º, 75º, 90º, ou até mesmo quando fique totalmente
fechada, isso dependerá do ângulo do sol sobre as fachadas. O padrão cinético aplicado no
conforto das sacadas, que impedirá a incidência do sol indesejável, que será controlada
projeto será do movimento de translação vertical, pois permite um controle da luminosidade
pelos moradores através da automatização.
e ventilação no interior do edifício.
138
O PROJETO
A utilização dos brises verticais de aço corten na fachada da habitação ajudará no
139
9.3 FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA Fluxograma e organograma do pavimento térreo do hotel
Fluxograma e organograma (área de eventos) do hotel
140
O PROJETO
Fluxograma e organograma do pavimento de hospedagem do hotel
Fluxograma e organograma 1° pavimento da habitação
Fluxograma e organograma pavimento térreo da habitação
Fluxograma e organograma do pavimento de moradia da habitação
141
N
2 h 07 h 08
J 06
IO MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 3 M 0 9 1 R h MA 06 03 EV F 15 N JA 30
h 10 h 11 h 13
h 16 h 17
EZ
D 22
h 14 h 15
sce de
9.4 CARTA SOLAR
h 16
S
° 80 ° 70
h 17
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 3 M 0 19 R h MA 06 3 0 EV F 15 N JA 30 N JA 4 1 Z E D 22
h 07
° 80 ° 70
h 09
h 07
° 40
h 08
° 30
Para realizar o estudo da incidência solar sobre o edifício, foi utilizado como auxílio O o L h 08
° 50
h 11
° 20
h 18
h 13
h 10
° 10
h 11 h 12 h 13
S h 15
pois, o telhado30verde projetado em sua frente,14h auxiliará em manter os quartos frescos e com ° 20
h 16
uma boa ventilação. A partir das 9h até as 17h, a medida que o sol irradia na fachada, a ° 10 h 15
h 16
h 14
h 17
N h 07
cinética aplicada terá sensores que h ajustará os ângulos programados para manter uma boa 17 ° 80 ° 70 ° 60
h 080° desce
5 h 10
5
para o edifício foi pensada para que houvesse ventilação cruzada, por isso, foi projetado ° 40
° 20
h 12 h 13
° caminhos no interior do edifício com vegetação, espaços amplos e abertos, para que o vento 20
O
° 30
h 11
h 18
° 30
h 18
circulasse de forma uniforme por todo o prédio.
h 14
° 10
° 30
h 10 h 11 h 12 h 13 h 14
O AVENIDA PARIS
h 07
° 80 ° 70
h 08
° 60 ° 50
h 10
h 15
h 17
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 03 9 M 1 R h MA 06 03 EV F 15 N JA 30 N JA 4 1 Z E D 22
h 08
° 80 ° 70
L
h 09 h 10
° 50
h 11 h 12
° 40
h 13
° 30 h 18
h 16
S
h 07
° 60
O
h 14
ce des
h 15
h 17
h 13
° 10
h 14
h 16
h 12
° 20
h 14
° 20
h 15
° 10
h 16 h 17
S
° 80 ° 70
h 07
° 40
h 08
° 30
O
h 10
° 10
h 11 h 12 h 13
S
h 14
h 15 h 16 h 17
N h 07
° 80 ° 70 ° 60 ° 50
8h° 50 0
° 30
h 11
h 18
° 20
h 12 h 13
° 20
h 14
° 10
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 03 9 M 1 R h MA 06 03 V FE 5 1 N JA 0 3 N JA 14 ° 10 EZ D 22
L
h 09 h 10
° 30
O
L
h 09
° 20
h 18
° 40
h 18
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 3 M 0 19 R h MA 6 0 03 V FE 15 AN J 30 N JA 14 Z E D 22
N
° 60 ° 50
N JA 14
h 13
AVENIDA CAVALHEIRO PASCHOAL INNECCHI
h 11
° 30 h 18
L
h 12
L
h 09
° 40
h 10
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 03 9 M 1 R h MA 06 03 V FE 15 N JA 30 N JA 14 Z DE 2 2
N
h 17
h 11
° 10
S
h 15 h 16
h 08
° 20
h 18
L
h 09
h 09
Planta Estudo do Sol Esc 1:300
° 40
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 3 M 0 19 R h MA 06 03 V FE 15 N JA 30 N JA 14 Z DE 2 2
h 08
O
Sem insolação
° 80 ° 70
° 60 ° 50
h 07
h 07
INSOLAÇÃO NECESSÁRIA
Média insolação
S
h 17
N
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 03 9 M 1 R h MA 06 03 V FE 15 N JA 30
Alta insolação
Baixa insolação
h 15
S
LEGENDA
INSOLAÇÃO NECESSÁRIA
h 16
N
L
h 09
S a incidência luminosa indesejável. A disposição e forma adotada iluminação, bloqueando 0°
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 21 5 M RI 0 AB RI 19 AB AR 03 9 M 1 R h MA 06 03 EV F 15 N JA 30 AN J 14 ° 10 Z DE 22
desce
h 18
L
h 09
h A insolação na parte da manhã na fachada ° 12 do hotel as 7h é pouco comprometida, 40
°
N JU N 22 JU IO 06 MA AIO 1 M 2 RI 05 AB RI 19 AB AR 3 M 0 9 1 R h MA 06 03 EV F 15 N JA 30 N JA 4 1 Z E D 22
N
° 60 ° 50
0h uso do aparelho Heliodon, que nos informa a relação do 1Sol em várias datas e horas do dia. ° 60
O
1
h 13
° 10
N JA 14
h 12 h 14
° 20
h 18
L
h 09
h 15
O
S
h 17
° 80 ° 70 ° 60 ° 50
° 20 ° 10
S
142
O PROJETO
Sem insolação
Planta Estudo do Sol Esc 1:300
° 30
O
INSOLAÇÃO NECESSÁRIA
Média insolação Baixa insolação
S
° 40
h 18
Alta insolação
INSOLAÇÃO NECESSÁRIA
h 15 h 16
LEGENDA
143
A insolação na parte da manhã na fachada da habitação as 7h é pouco comprometida,
pois a vegetação implantada em sua frente servirá como bloqueio da passagem solar. A partir das 9h até as 17h quando a radiação solar é mais intensa, será utilizado brises e vegetações do entorno para amenizar a incidência solar.
144
O PROJETO
145
VERÃO - 22 DE DEZEMBRO
Nota-se que a maior parte da incidência solar ocorre na fachada da Avenida Paris,
como estratégia de conforto, foi utilizado brises verticais na fachada de moradia, e a arquitetura cinética na horizontal na fachada do hotel.
Incidência solar as 10hs da manhã. Autoria própria, 2019.
146
O PROJETO
Incidência solar as 11hs da manhã. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 12hs da manhã. Autoria própria, 2019.
147
Incidência solar as 13hs da tarde. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 14hs da tarde. Autoria própria, 2019.
148
O PROJETO
Incidência solar as 15hs da tarde. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 16hs da tarde. Autoria própria, 2019.
149
Incidência solar as 17hs da tarde. Autoria própria, 2019.
INVERNO - 22 DE JUNHO
Nota-se que a incidência solar no inverno atinge a fachada das costas do hotel,
que no verão tem pouca incidência solar, como estratégia de conforto, também foi utilizado brises na fachada de moradia verticais, e a arquitetura cinética na horizontal na fachada do hotel.
Incidência solar as 9hs da manhã. Autoria própria, 2019.
150
O PROJETO
Incidência solar as 10hs da manhã. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 11hs da manhã. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 12hs da manhã. Autoria própria, 2019.
151
Incidência solar as 13hs da tarde. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 14hs da tarde. Autoria própria, 2019.
152
O PROJETO
Incidência solar as 15hs da tarde. Autoria própria, 2019.
Incidência solar as 16hs da tarde. Autoria própria, 2019.
153
Incidência solar as 17hs da tarde. Autoria própria, 2019.
154
O PROJETO
9.5 DIAGRAMAS
155
9.6 ESTUDO FINAL DE PROJETO
156
O PROJETO
AVENIDA PARIS
E
B
D
C
+0,07
-1,67
+31,00
telhado verde +12,50 telhado verde +28,50
+0,08
AVENIDA CAVALHEIRO PASCHOAL INNECCHI
-2,39
+0,24
+28,00
laje impermeabilizada +6,00
+31,00 laje impermeabilizada
+31,00 telhado verde +28,50
+28,00 A -2,67
A
terraço
terraço +6,00
+6,00
laje impermeabilizada
+31,00
rampa
157
B
D
C
GSPublisherVersion 0.60.100.100
E
Implantação Esc 1:250
9.6 ESTUDO FINAL DE PROJETO
158
O PROJETO
AVENIDA PARIS E02 carga e descarga acesso pedestre
Legenda
acesso pedestre
acesso pedestre
acesso pedestre
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço
B
E
acesso pedestre
D
10
-0,30
11
SC
SC
SC
SC
SC
SC
SC
13
+3,40
30
ML ML
16
32
ML
15
projeção cobertura
C
SC
27
ML
17
27
ML ML
29
+2,54 +0,07 +1,43
ML
-1,67
08
09
12
14
ML
07
22
32 22
05
+0,52
±0,00
26
18 06
21
20
Lavanderia 17 - Lavanderia 18 - Sanitário masculino func. 19 - Sanitário feminino func. 20 - Sanitário feminino 21 - Sanitário masculino 22 - Área de recebimento e triagem 23 - Governança 24 - Duto de roupa suja 25 - Estacionamento carrinho 26 - Controle de recebimento 27 - Doca de carga e descarga 28 - Higienização 29 - Depósito de lixo úmido 30 - Depósito de lixo seco
19 28
04
25
33 31
22 24 03 21
31
20 1
be so
projeção cobertura
2
18
23
3
17 4
16 5
15 6
14 7
13
31
8
12 9
11 10
-2,39
19
+0,24 34
Comércio 31 - Lojas 32 - Sorveteria
projeção cobertura
±0,00
E03
±0,00
sobe
acesso veículo
40 - Lobby 41 - Controle de acesso 42 - Recepção
projeção cobertura
be so 1 2 3
43
6
17
7
35
60
16
8
15
44
9
14
10 13
55
11 12
41
38
46 -0,72 -2,67
20
62
21
45
±0,00
36
56
sobe
21
1
59
53
5
18
2
sobe
4
19
19
20
18
02
21
21
02
20
3
61
13
5 4
37
17
6
12
7
54
16
9 8
42
07
Administração 43 - Depósito de bagagem 44 - Cofre de segurança 45 - Sala de reunião 46 - Recrutamento Pessoal 47 - Contabilidade 48 - Departamento pessoal 49 - Sala do gerente de recepção 50 - Sala de reservas 51 - Ambulatório 52 - Sala de segurança
11 10
15
sobe
acesso habitação
14
acesso funcionários
40
01
1 20
51
2 19
50
49
48
47
45
57
A
±0,00
acesso habitação
42
±0,00 18
19
55
3 18 4 17 5
Ref.
16
40
Ref.
6 15 7 14 8 13
40
52
9 12 10
A
39
58
11
Área social 53 - Sala de leitura 54 - Sala de espera Área de funcionários 55 - Refeitório 56 - Vestiário masculino func. 57 - Vestiário feminino func. 58 - Sala de descanso 59 - Portaria de acesso de funcionários Fraldário 60 - Sala de espera 61 - Trocador 62 - Sala de amamentação
10,00 %
Planta Térreo Hotel - Habitação Esc 1:250
159 B
D
10,00 %
C
E04
E
12,86 %
acesso estacionamento
Recreação 33 - PlayGround 34 - Academia ao ar livre 35 - Academia 36 - Piscina 37 - Vestiário feminino 38 - Vestiário masculino Estacionamento 39 - Cabine de controle
acesso pedestre
desce
AVENIDA CAVALHEIRO PASCHOAL INNECCHI
E01
+0,08 31
projeção cobertura
GSPublisherVersion 0.60.100.100
Restaurante 05 - Bar 06 - Praça de alimentação 07 - Caixa 08 - Cozinha básica 09 - Cozinha terminal quente 10 - Higienização de louças e panelas 11 - Preparo de saladas 12 - Cozinha terminal frio 13 - Preparo de carnes 14 - Preparo de bebidas 15 - Câmaras frigoríficas 16 - Almoxarifado de alimentos e bebidas
160
O PROJETO
E
B
D
C
13
12
Ref.
09 16
22
20
21
21 21 +6,00 22
09 04
06
Ref.
Legenda
21
Ref.
20
07
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 05 - Governança 06 - Estacionamento carrinho 07 - Área de recebimento e triagem 08 - Duto de roupa suja 09 - Foyer 10 - Terraço 11 - Bar 12 - Sanitário masculino 13 - Sanitário feminino
08
09 03
22 f. Re
21 20 1
19
be so
2
18 3
22
05
17 4
16
20
16
5
15 6
14 7
13 8
12 9
11 10
22
22 f. Re
Ref.
Ref.
Área corporativa 14 - Auditório 15 - Camarim feminino 16 - Depósito de móveis 17 - Camarim masculino 18 - Chapelaria 19 - Salão de convenção 20 - Oficina de capacitação 21 - Sala de reunião 22 - Escritório de aluguel
23
22 platibanda h= 10cm
18 20 ão ap alç
09
Salão de festas 23 - Recepção 24 - Copa 25 - Salão de festas
19 laje impermeabilizada +6,00
11
+6,00 01
11
be so 1 2 3
20
5
18
1
09
24
14
4
19
2
sobe
17
02
21
4 3
21
16
5
02
20
6
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7
18
8
12
9
15
10
14
23
guarda corpo h= 1,20 m
13
tirante
6
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9
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10 13
11 12
13 +6,00
f. Re
17
+6,00
09
A
+6,00
16
A
10 10
12
25
+6,50
desce
12
f. Re
15 13 11
B
D
C
E
Planta 1° Pavimento Hotel - Habitação Esc 1:250
162
O PROJETO
E
B
D
C
10
10 10 09 04
06
10
07
+12,50
10
08 03 1
be so
10
2
05
3 4 5 6
10
10 12
10
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10 12
10
12
10 12 +12,00 12 01
12 6 5 4 3
be so
Legenda
12
02
13
13
13
02
2
13
1 sobe
14
1 2 3 4 6
12 A
11
ML
Planta 2° Pavimento Hotel Esc 1:250
Unidade habitacional 13 - Apartamento 35,76 m² 14 - Terraço
ML
ML
ML
Ref.
Ref.
+12,00 A Ref.
Área de hospedagem 10 - Suíte simples 11 - Suíte PNE 12 - Suíte presidencial
11
Ref.
Ref.
14
13
ML
ML
Ref.
Ref.
13
13
ML
ML
Ref.
Ref.
13
Planta 2° Pavimento Habitação Esc 1:250
B
D
C
E
5
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 05 - Governança 06 - Estacionamento carrinho 07 - Área de recebimento e triagem 08 - Duto de roupa suja 09 - Depósito roupa limpa
12
13
ML
164
O PROJETO
E
B
D
C
10
10 10 09 04
06
10
07 10
08 03 1
be so
10
2
05
3 4 5 6
10
10 11
10
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10
11
10 11 +16,00 11 01
11 6 5 4 3
be so
Legenda
11
02
13
12
12
02
2
12
1 sobe
12
1 2 3 4 6
11
11 A
11
Ref.
Unidade habitacional 12 - Apartamento 35,76 m² 13 - Terraço
Planta 3° Pavimento Hotel Esc 1:250
ML
ML
Ref.
Ref.
Ref.
ML
A ML
Área de hospedagem 10 - Suíte simples 11 - Suíte presidencial
11
ML
+16,00
Ref.
Ref.
12
12
ML
ML
Ref.
Ref.
12
12
ML
ML
Ref.
12
Planta 3° Pavimento Habitação Esc 1:250
B
D
C
E
5
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 05 - Governança 06 - Estacionamento carrinho 07 - Área de recebimento e triagem 08 - Duto de roupa suja 09 - Depósito roupa limpa
13
166
O PROJETO
E
B
D
C
10
10 10 09 04
06
10
07 10
08 03 1
be so
10
2
05
3 4 5 6
10
10 11
10
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10 11
10
11
10 11 +20,00 11 01
11 6 5 4 3
be so
Legenda
11
02
12
12
12
02
2
12
1 sobe
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1 2 3 4 6
11
11 A
11
ML
Unidade habitacional 12 - Apartamento 35,76 m² 13 - Terraço
Planta 4° Pavimento Hotel Esc 1:250
ML
ML
ML
Ref.
Ref.
+20,00 A Ref.
Área de hospedagem 10 - Suíte simples 11 - Suíte presidencial
11
Ref.
Ref.
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ML
ML
Ref.
Ref.
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ML
ML
Ref.
Ref.
12
Planta 4° Pavimento Habitação Esc 1:250
B
D
C
E
5
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 05 - Governança 06 - Estacionamento carrinho 07 - Área de recebimento e triagem 08 - Duto de roupa suja 09 - Depósito roupa limpa
12
ML
168
O PROJETO
E
B
D
C
10
10 10 09 04
06
10
07 10
08 03 e sc de
1
be so
10
2
05
3 4 5 6
10
10 11
10
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10 11
10
11
10 11 +24,00 11 01
11 6 5 4 3
11
02
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 05 - Governança 06 - Estacionamento carrinho 07 - Área de recebimento e triagem 08 - Duto de roupa suja 09 - Depósito roupa limpa
11
11 A
13
11
Unidade habitacional 12 - Apartamento 35,76 m² 13 - Terraço
Planta 5° Pavimento Hotel Esc 1:250
12
Ref.
ML
ML
02
2
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1 sobe
ML
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Ref.
ML
+24,00 A ML
Área de hospedagem 10 - Suíte simples 11 - Suíte presidencial
11
12
Ref.
Ref.
12
12
ML
ML
Ref.
Ref.
12
12
ML
ML
Ref.
12
Planta 5° Pavimento Habitação Esc 1:250
B
D
C
E
e sc de
Legenda
13
170
O PROJETO
AVENIDA PARIS
9,46 E
B
D
C
+0,07
-1,67
22,39
03 platibanda h= 1,20 m
telhado verde +12,50
e sc de
telhado verde +28,50 -2,39
+0,24
claraboia de vidro platibanda h= 10cm 04
+28,00 laje impermeabilizada +6,00
04 guarda corpo h= 1,20 m
05 guarda corpo h= 1,20 m
01 platibanda h= 0,55 cm telhado verde +28,50
A
-2,67
+6,00
02 desce
AVENIDA CAVALHEIRO PASCHOAL INNECCHI
+0,08
+28,00
claraboia de vidro
platibanda h= 1,20 m
A
+6,00 5,00
16,07 01
pergolado coberto com vidro
06
07
07
cobertura de vidro (estacionamento)
Legenda 01 - Casa de bombas 02 - Anticâmara 03 - Hall de serviço 04 - Reservatório superior 25.500 litros 05 - Reservatório de água pluvial 13.000 litros 06 - Reservatório de água pluvial 11.250 litros 07 - Reservatório superior 11.250 litros
Planta Cobertura Esc 1:250
B
D
C
E
rampa
5,49
guarda corpo h= 1,20 m
GSPublisherVersion 0.60.100.100
claraboia de vidro
172
O PROJETO
E
B
D
C
08 07
08
09 04
1
03
be so
2 3 4 5 6
-4,00 01
10,00 %
10,00 %
19,41 %
19,41 %
be so
02
IDOSO IDOSO
1 2 3 4 5 6
Legenda
10,00 %
05
E
10,00 %
B
104 vagas de carro 2 vagas para deficiente físico 2 vagas para idoso 2 vagas para gestante 12 vagas de moto
D
12,86 %
10,00 % GSPublisherVersion 0.60.100.100
06
C
Planta Subsolo 01 Esc 1:250
A
10,00 %
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 05 - Manobrista 06 - Vestiário Manobrista 07 - Casa de máquinas 08 - Reservatório inferior 30.000 litros 09 - Circulação
A
174
O PROJETO
GSPublis
E
B
D
C
04
03 1
be so
2 3 4 5 6
-8,00 01
10,00 %
10,00 %
19,41 %
19,41 %
be so
02
IDOSO IDOSO
1 2 3 4 5 6
Legenda
A
01 - Hall social 02 - Antecâmara 03 - DML 04 - Hall de serviço 10,00 %
10,00 %
B
D
Planta Subsolo 02 Esc 1:250
115 vagas de carro 2 vagas para deficiente físico 2 vagas de idoso 2 vagas para gestante 20 vagas de moto
E
A
C
sherVersion 0.60.100.100
03
176
O PROJETO
+30,80
+31,10
+31,10
+30,18 +29,20
+29,40
+29,20 +28,50
+28,00
+24,00
+24,00
+20,00
+20,00
+16,00
+16,00
+12,00
+6,00
+29,20 +28,55
+12,80
+12,50
+12,00
+6,50
+6,00
+6,00
+3,03 +2,03 +1,03 ±0,00 -0,93
-0,65
-0,72
-2,67 -4,00
-8,00
Corte AA Esc 1:250
±0,00
+0,17
±0,00
+0,04
178
O PROJETO
+31,10 +30,18 +29,20
+29,20
+28,50 +31,10
+31,00 +30,00
+30,10
+29,40 +28,00
+28,00
+24,00
+26,00 +24,00
+24,00
+20,00
+20,00
+16,00
+16,00
+20,00
+22,00
+16,00
+18,00 +12,80
+12,80 +12,00
+14,00 +12,00 +10,50 +6,00
+9,00 +7,50 +6,00 +4,50
+3,96 +3,03 +1,60
±0,00
+3,00
+2,03 +0,79
Corte BB Esc 1:250
+6,00
±0,00
-0,59
+1,50 +0,35
+0,18
±0,00
±0,00
+0,00
Corte CC Esc 1:250
-4,00
-4,00
-8,00
-8,00
180
O PROJETO
+31,10
+31,10 +30,18
+30,18 +29,40
+29,20 +28,50
+28,00
+28,55
+29,20
+28,50
+24,00
+24,00
+20,00
+20,00
+16,00
+12,80 +12,00
+16,00
+12,50
+12,80
+12,80 +12,00
+9,25
+6,00
+7,05
+6,50
+6,00
±0,00
-0,04
Corte DD Esc 1:250
+6,00
±0,00
-4,00
-4,00
-8,00
-8,00
Corte EE Esc 1:250
+0,02
+0,19
182
O PROJETO
Elevação 01 Esc 1:250
Elevação 03 Esc 1:250
184
O PROJETO
Elevação 04 Esc 1:250
186
O PROJETO
ÁREAS POR PAVIMENTOS SUBSOLO 01
Circulação horizontal – 414,78 m²
COBERTURA
Estacionamento – 4.141,69 m²
Telhado verde – 1.875,66 m²
Área de equipamentos – 153,65 m²
Circulação vertical – 127,51 m²
SUB TOTAL – 4.439,71 m²
Circulação vertical – 102,07 m²
Área de serviços – 7,34 m²
Circulação horizontal – 252,70 m²
Área de equipamentos – 132,58 m²
3° PAVIMENTO
Telhado verde – 1.106,94 m²
SUBTOTAL – 4.409,12 m²
Área de serviços – 59,70 m²
SUBTOTAL – 1.615,36 m²
Área de hospedagem – 748,68 m² SUBSOLO 02
Área moradia temporária – 346,18 m²
TOTAL GERAL - 32.366,41 m²
Estacionamento – 4131,32 m²
Circulação vertical – 186,53 m²
ÁREA TERRENO – 10.344,42 m²
Circulação vertical – 127,51 m²
Circulação horizontal – 414,78 m²
ÁREA CONSTRUÍDA – 4.479,96 m²
Área de serviços – 24,40 m²
Telhado verde – 1.875,66 m²
ÁREA PERMEÁVEL (20%) – 2.068,88 m²
SUBTOTAL – 4.283,23 m²
SUB TOTAL – 2.564,25 m²
ÁREA PERMEÁVEL ADOTADA – 2.995,00 m²
TÉRREO
4° PAVIMENTO
Área de serviços – 805,96 m²
Área de serviços – 59,70 m²
Área de alimentos – 166,00 m²
Área de hospedagem – 748,68 m²
Área coletiva – 601,31 m²
Área moradia temporária – 346,18 m²
Área social – 369,45 m²
Circulação vertical – 186,53 m²
Área comercial – 128,95 m²
Circulação horizontal – 414,78 m²
Área recreativa – 285,61 m²
Telhado verde – 1.875,66 m²
Administração – 203,60 m²
SUB TOTAL – 2.564,25 m²
Circulação vertical – 124,78 m² Circulação horizontal – 1794,30 m²
5° PAVIMENTO
SUBTOTAL – 4.479,96 m²
Área de serviços – 59,70 m² Área de hospedagem – 748,68 m²
1° PAVIMENTO
Área moradia temporária – 346,18 m²
Área de serviços – 99,38 m²
Circulação vertical – 186,53 m²
Área coletiva – 1.095,00 m²
Circulação horizontal – 414,78 m²
Área corporativa – 2.891,79 m²
Telhado verde – 1.875,66 m²
Área social – 76,76 m²
SUB TOTAL – 2.564,25 m²
Circulação vertical – 201,16 m² Circulação horizontal – 1.082,19 m² Jardim interno – 330,38 m² SUBTOTAL – 5.446,28 m² 2° PAVIMENTO Área de serviços – 59,70 m² Área de hospedagem – 748,68 m² Área moradia temporária – 346,18 m² Circulação vertical – 186,53 m²
188
O PROJETO
189
190
O PROJETO
10
o ã s u cl
oc n
191
10. conclusão
Compreender corretamente a conceituação teórica e requisitos do programa de um
hotel executivo foi fundamental para a concepção do projeto. Foi de extrema importância aliar as condicionantes arquitetônicas à arquitetura bioclimática e as características do local em que será inserido o edifício, de forma a causar o menor impacto possível na área implantada.
De certa forma, os hotéis executivos são estabelecimentos completos com toda
a infraestrutura necessária, com conexão de internet (Wi-Fi grátis) e outros equipamentos necessários para a realização de eventos ou reuniões. O projeto em estudo viabiliza áreas de lazer e conforto para hóspedes e moradores do bairro. O empreendimento torna-se um negócio de sucesso quando possui interação com o local em que está implantado, tanto em relação à comunidade local, originando postos de trabalhos, visibilidade, aumentando a riqueza e difundindo a cultura. Em outras palavras, tem a capacidade de promover ou potencializar o turismo local.
Com a proposta de um hotel executivo e uma habitação com moradias temporárias
para a região de Ribeirão Preto, o projeto tem como objetivo potencializar o uso da área, aumentar a economia, oferecer mais postos de trabalhos para os moradores locais, utilizar o próprio empreendimento como um meio de divulgação da cultura local e atrair hóspedes para desfrutar das diversas funções que o hotel disponibiliza.
A junção da arquitetura cinética ao projeto, tem como finalidade alcançar uma
maior eficiência de controle da luz solar sobre o edifício, como uma estratégica de conforto ambiental e criação de fachadas dinâmicas. O projeto foi elaborado de modo a beneficiar o local, e criar pela primeira vez um empreendimento hoteleiro do tipo executivo na zona Norte de Ribeirão Preto.
192
CONCLUSÃO
193
194
RENDERS
195
196
RENDERS
197
198
O PROJETO
11
er fe
s a i c n rĂŞ
s a c i f rĂĄ
g o i bbi l
199
ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto. 4ª ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2000. BARNUEVO, Thales. Superfícies Dinâmicas Funcionais: O potencial de tecnologias responsivas para a construção de fachadas. Pós-graduação em Arquitetura. Universidade de Brasília – UnB. 2017. BELCHIOR, Elysio de Oliveira; POYARES, Ramon. Pioneiros da hotelaria no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Senac, 1987. BENÉVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. São Paulo: Perspectiva, 1976. CASTELLI, Geraldo. Hospitalidade na perspectiva da gastronomia e da hotelaria. São Paulo: Saraiva, 2006. CODERP. Prefeitura Municipal de Turismo de Ribeirão Preto será sancionado, 2018. Disponível em: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/J332/noticia/40806. Acesso em: 10 de janeiro de 2019. DUARTE, Vladir Vieira. Administração de sistemas hoteleiros – conceitos básicos. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1995. FOX, M.; KEMP, M. Interactive Architecture. New York: Princeton Architectural Press, 2009. GRINOVER, Lúcio. Hospitalidade: um tema a ser reestudado e pesquisado. In: Dias, C. M. de Moraes (org.). Hospitalidade: reflexões e perspectivas. São Paulo: Manole, 2002. IBGE. Produto Interno Bruto dos Municípios, 2015. Disponível em: https://cidades.ibge.gov. br/brasil/sp/ribeirao-preto/pesquisa/38/46996?ano=2015. Acesso em: 12 de maio de 2019. LASHLEY, Conrad. Para um entendimento teórico. In: LASHLEY, Conrad, MORRISON, Alison. Em busca da hospitalidade: perspectivas para um mundo globalizado. Barueri: Manole, 2004. MARQUES, Luís Filipe Quelhas da Silva. Arquitetura Cinética – desenvolvimento de protótipo de uma estrutura responsiva. Dissertação de Mestrado em Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 2010. MOREIRA, Renata Alexandra Sousa. Novas Possibilidades na Arquitetura – reação, interação, inteligência. Tese de mestrado em Arquitetura. Porto, Portugal, 2012.
200
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEREIRA, Caio. Dimensionamento de Caixa d’água. Escola Engenharia, 2014. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/dimensionamento-caixa-dagua/. Acesso em: 15 de maio de 2019. PIRES, Mário Jorge. Raízes do turismo no Brasil. Barueri: Manole, 2001. PLENTZ, Renata Soares. Dialética da hospitalidade: Caminhos para a humanização. Dissertação de Mestrado em Turismo da Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, 2007. Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do - acesso em 02 de abril de 2018. PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO. Coordenadoria de Comunicação Social – Notícias, 2018.
Disponível
em:
http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/J332/noticia-imprimir/38697.
Acesso em: 11 de janeiro de 2019. SILVA, José Luís; ELOY, Sara. Arquitetura Flexível: Flexibilidade, Movimento e Sistemas cinéticos. Dissertação de mestrado em Arquitetura. ISCTE-IUL, Lisboa, 2012. SISLITE - integração de sistemas. Portugal, 2019. Apresenta diversas formas de controle e gestão da iluminação. Disponível em: http://www.sislite.pt/domus.htm. Acesso em: 26 de março de 2019. MINISTÉRIO DO TURISMO. Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), 2015. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/acesso-a-informacao/63acoes-e-programas/5021-sistema-brasileiro-de-classificacao-de-meios-de-hospedagemsbclass.html. Acesso em: 11 de janeiro de 2019. VISUAL MÍDIA. Curso Profissionalizante de Hotelaria e Turismo, JAN – 2011, Ribeirão Preto – SP. ZEIGER, Eduardo; TAIZ, Lincoln. Fisiologia Vegetal. 3ªed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
201
202
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS