AnaVaz - Haigas Ocidentais (Haigas Occidentaux)

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HAIGAS

OCIDENTAISANAVAZHAIGASOCCIDENTAUX

HeitorAnaVazO’Dwyer de Macedo Maria do Carmo Nino Walter de Queiroz Guerreiro

Jeff TRATAMENTOp.69Stoltee181

REVISÃO

DE IMAGENS Robson p.31,41,45,Lemos47 a 53, 57 a 65, 71 a 79, 85, 87, 91, 97 a 101, 107, 109, 115 a 123, 127, 143, 157 a 161, 165 a 169,177, 179, 183 e 189

IMPRESSãO: Companhia Editora de Pernambuco - CEPE

IMAGENS

HeitorAnaVazO’Dwyer de Macedo Maria do Carmo Nino Walter de Queiroz Guerreiro

Língua Portuguesa: Itamar Morgado Língua Francesa: François Tardieux

Língua Portuguesa: Itamar Morgado Língua FrançoisFrancesa:Tardieux

IMAGENS Pinturas de AnaVaz em tinta acrílica sobre telas

TEXTOS

FICHA TÉCNICA

Pinturas de AnaVaz em tinta acrílica sobre telas

REVISÃO

PROJETO GRÁFICO Laura Morgado

COORDENAÇÃO EDITORIAL Itamar FotosFOTOGRAFIASMorgadodeFredJordão

Gustavo Bettini p.43, 83 (2ª), 129, 151 e 163

Jeff TRATAMENTOp.69Stoltee181

IMPRESSãO: Companhia Editora de Pernambuco - CEPE FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃO EDITORIAL Itamar FotosFOTOGRAFIASMorgadodeFredJordão

Gustavo Bettini p.43, 83 (2ª), 129, 151 e 163

DE IMAGENS Robson p.31,41,45,Lemos47 a 53, 57 a 65, 71 a 79, 85, 87, 91, 97 a 101, 107, 109, 115 a 123, 127, 143, 157 a 161, 165 a 169,177, 179, 183 e 189

TEXTOS

OUTRAS FOTOS: Robson Lemos p.131 a 141 e 145

OUTRAS FOTOS: Robson Lemos p.131 a 141 e 145

PROJETO GRÁFICO Laura Morgado

HAIGAS OCIDENTAISANAVAZHAIGASOCCIDENTAUX RECIFE, 2022

AnaVaz

A edição e publicação desse livro não teriam sido possíveis não fosse a formação de uma equipe amiga que acolheu minha ideia e lhe deu forma e Gratidãomaterialidade.atodos os profissionais e técnicos envolvidos no projeto.

Agradeço particularmente a Itamar Morgado, meu guru maior na concreti zação do que era simples sonho, e ao artista plástico e poeta Montez Magno, por quem tive o prazer de ser iniciada no mundo dos haicais.

A colaboração da haicaísta Martine Gonfaloni-Modigliani me foi também fundamental na ajuda dos necessários contatos com tantos poetas que me emprestaram as suas vozes sensíveis e, assim, chancelaram os processos imaginativos que deram origem a cada quadro.

Agradeço também a François Tardieux, professor de Francês que, radicado na cidade do Recife, me emprestou o seu conhecimento linguístico no delicado trabalho de traduções e versões de uma língua a outra.

Finalmente, minha ternura (e minha saudade) ao crítico de arte Ruy Sampaio que, se não tivesse resolvido virar estrela com dez dias de antecedência, certamente estaria também iluminando esse livro, com suas sábias palavras.

Gratidão por tão belos textos produzidos pela curadora da mostra, Maria do Carmo Nino, pelo psicanalista Heitor O’Dwyer de Macedo e pelo crítico de arte Walter Guerreiro.

AnaVaz

Toute ma gratitude à tous les professionnels et techniciens impliqués dans ce projet.

Je remercie particulièrement Itamar Morgado, mon plus grand gourou dans la concrétisation de ce qui n'était qu'un simple rêve et aussi le plasticien et poète Montez Magno, par qui j'ai eu le plaisir d'être initié à l’univers du haïku.

Gratitude pour de si beaux textes produits par la commissaire de l'exposition, Maria do Carmo Nino, par le psychanalyste Heitor O'Dwyer de Macedo et par le critique d'art Walter Guerreiro.

Je remercie également François Tardieux, professeur de Français qui, basé dans la ville de Recife, m'a apporté ses connaissances linguistiques dans le délicat travail de traductions et de versions d'une langue à l'autre.

Enfin, ma tendresse (et ma « saudade ») au critique d'art Ruy Sampaio qui, s'il n'avait pas décidé de partir pour d'autres mondes quelques jours en avance, aurait certainement illuminé ce livre de ses sages paroles.

L'édition et la publication de ce livre n'auraient pas été possibles sans la formation d'une équipe d’amis qui ont accueilli mon idée et lui ont donné forme et matérialité.

La collaboration de la haikaïste Martine Gonfaloni-Modigliani a également été fondamentale pour moi, en m'aidant à trouver les contacts nécessaires avec tant de poètes qui m'ont prêté leurs voix sensibles et, ainsi, ont avalisé les processus imaginatifs qui ont donné naissance à chacun de mes tableaux.

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34 Haigas & Haicais Haigas & Haïkus

08 À escuta de outras vozes AnaVaz

14 AnaVaz e a pintura do espanto Heitor O’Dwyer de Macedo

190 Autores e Fontes Auteurs et sources

27 AnaVaz et la peinture de l’étonnement Heitor O’Dwyer de Macedo

24 Un regard nomade d’un chant à la vie Maria do Carmo Nino

11 Um olhar nômade de canto à vida Maria do Carmo Nino

Kiru Walter de Queiroz Guerreiro

200 AnaVaz – Dados Biográficos AnaVaz – Donnés Biographiques

21 À l'écoute d'autres voix AnaVaz

16 Kiru Walter de Queiroz Guerreiro

F azer pinturas a partir de haicais foi para mim não exatamente um desafio, mas sim a possibilidade de retomar velhos caminhos de minha memória afetiva. Confesso que não é de hoje a minha paixão pela poesia. Minha infância foi plena dela, com uma mãe poetisa a recitar seus versos casa adentro como se fossem singulares canções de ninar. Depois, na juventude, o amoroso convívio com todos os amigos da Geração 65, entre eles Jaci Bezerra, Alberto da Cunha Melo, José Rodrigues Paiva, Ângelo Monteiro e Marcos Cordeiro, fortaleceram ainda mais a minha relação com a poesia. Isso sem falar na presença de Celina de Holanda em minha vida, por mim eleita como segunda mãe e amiga maior em alguns momentos difíceis.

Desaguei agora na triste realidade dessa pandemia. E, mais uma vez, a poesia se fez presente. Dessa vez no encantamento da descoberta do haicai, uma forma de poesia de origem japonesa, presente naquele país desde o século XVI. De lá para cá, o haicai atravessou fronteiras, disseminou-se na Europa e nas Américas, ganhando formas mais livres. Originário do tanka, de cinco versos, o haicai foi gra dativamente ganhando uma estrutura de três versos, ou antes, de três pequenas partes de frase, a primeira de cinco sílabas, a segunda de sete, a terceira de cinco: dezessete sílabas ao todo (haiku teikei – 定型). Traduções e adaptações ocidentais terminaram por flexibilizar a estrutura clássica, dotando o haicai de uma forma mais livre (haiku jiyuritsu – 自由律 ), sem o rigor silábico inicialmente exigido.

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À escuta de outras vozes

Não foi à toa que, em 1991, consegui motivar alunos e ex-alunos de meus cursos de pintura no Espaço Arte Forte, a se debruçarem sobre as criações de poetas pernambucanos e, assim, produzirem belos painéis a partir da poesia. Pinturas que foram mostradas no Museu do Estado de Pernambuco em uma exposição intitula da A Cor das Águas, com belas interpretações das águas que correm pelo Recife. Depois disso, também muitas águas correram no espaço/tempo da minha vida.

AnaVaz

Da simples evocação de uma imagem à materialidade plástica do quadro em sua concretude, deu-se o percurso da pintura propriamente dita — minha tábua de salvação em tempos de pandemia. Então eu me dei conta de que, em todo esse processo, uma mudança de paradigma havia se instalado: se até então todas as exposições por mim feitas pautaram-se na ideia de “séries”, implicando consequentemente em uma unicidade temática, dessa vez uma multiplicidade de vozes se fez presente no desenvolvimento de meu trabalho.

“Não é comparável nem a um dístico grego ou latino, nem a um quarteto francês. Não é tampouco um ‘pensamento’, nem um ‘dito espirituoso’, nem um provérbio, nem um epigrama no sentido moderno, nem um epigrama no sentido antigo, isto é uma inscrição, mas um simples quadro em três pinceladas, uma vinheta, um esboço, às vezes um simples registro (touche), uma impressão”.

1. [N.E.] Pronuncia-se “haigás”.

9 Esses poemas são muitas vezes acompanhados por pinturas denominadas haigas1, feitas pelo próprio poeta (o haijin) – fazendo uso do mesmo pincel com o qual o haicai foi escrito –, ou feitas por outra pessoa como que complementando a ideia inicialmente construída em palavras. Em todos os casos, persiste aquilo que me parece fundamental: o fato de que o haicai, como afirmou Couchaud (1813-1849):

Foi justamente essa ideia da instantaneidade de uma impressão que me levou a ler haicais assim como quem passeia pelas palavras deixando vir imagens por elas evocadas. A partir dessas imagens — meros instantâneos sensíveis — os quadros foram surgindo em minha mente. E deram origem ao que eu aqui chamo de Haigas Ocidentais, filtrados pelas memórias afetivas de uma artista sul-americana, brasileira e nordestina.

2. Haigas Ocidentais, exposição individual de AnaVaz, com curadoria de Maria do Carmo Nino, realizada entre agosto e outubro de 2022 na Arte Plural Galeria, no Recife/PE (Brasil).

Assim, o haicai, em sua apenas aparente simplicidade, é também resultante de um longo e amoroso trabalho exploratório no universo das palavras. Em am bas as criações está empre presente a busca por uma síntese capaz de exprimir estranhamento e beleza. Nesse sentido, afirma o pintor Balthus:

Haigas Ocidentais 10

O haicaísta japonês Muikai Kiorai (1651–1704) dizia ser necessário “com preender um haicai simplesmente como um quadro”. Nesse caso, parece válido também pensar o quadro como um haicai, materializado em cores e pinceladas. É bem verdade que essa forma de poesia mais parece fruto de um “instante” do que a pintura, a exigir horas e mais horas de trabalho no cavalete. Mas os leigos que não se enganem: expressar em apenas três linhas uma leitura sensível do real é coisa para poucos...

Se consegui pintar quadros onde o estranhamento de sentidos e a beleza estão presentes, me dou por satisfeita.

“Sou a favor da beleza em um momento em que a beleza é pisoteada”.

E a mudança de paradigma ocorre, justamente, em uma lição de humildade: aprender a colocar-se em uma posição de escuta do outro, contrária aos narci sismos tão dominantes na sempre questionável sacralização do “ego” do artista.

Assim a plurivocalidade bakhtiniana foi ganhando espaço e forma na execução dos novos quadros. Conceitos teóricos do filósofo russo Mikhail Bakhtin, intensa mente estudados anos atrás, quando da preparação de minha tese de Doutorado em Letras, migraram, quase que inconscientemente, para o universo plástico, resultando em um conjunto de obras nas quais o dialogismo se torna o leitmotiv da presente exposição2

A

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O encontro da pintura e da poesia exibido por AnaVaz através das impressões e efeitos nela emulados a partir da leitura dos haicais dos diversos autores que observamos nestas obras, proporciona ao seu público aquilo que para Roland Bar thes constitui a essência da poesia e transcende a forma da linguagem poética, sendo então a busca do sentido inalienável das coisas, daquilo que faz resistência ao que é representável.

Maria do Carmo Nino

Um olhar nômade de canto à vida

Em seguimento a esta relação perceptiva do mundo pelo homem veio a no meação: e às coisas se deu então seus respectivos nomes. Porém, o conceito de realidade constituído por meio da linguagem tem na poesia e na sua suspensão de sentidos um aliado valioso e singular. O que afinal é um poema senão uma arte onde esta interrupção corrobora para um tempo enigmático que não é o do “cro nos”, mas sim, algo que se inscreve num perene devir, como um feixe inacabado de fulgurâncias contínuas… O papel do tempo é aqui o de fazer agir o que está apenas em potência.

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra.” Paulo Freire

ntes da palavra existiram as coisas em suas aparências e a nossa experiência de mundo é permeada desde sempre pelas memórias que, no encontro com elas, tecemos nossa vida, onde as imagens são necessidades de comuni cação criadas desde os primórdios da nossa história humana.

A forma poética, em suas experiências desde o início do século XX, busca uma lateralidade de sentido tirando dos encargos da linguagem a sobrecarga do logos, do discurso e da razão, estabelecendo um entre-lugar no dialogismo linguagem -mundo. Na poesia, a imagem “se move” na linguagem. Diante da imagem pictórica se vislumbra através das palavras o pensamento constantemente atualizado e exaltado. Hic et nunc ativados em permanência, afirmando suas presenças fugazes e mutáveis. Deleuze chama de “pensamento nômade” um pensamento em constante movimento, dionisíaco, que desliza em territórios inexplorados sem jamais se fixar.

Em japonês, o verbo “sentar” também significa “meditar”. A técnica de meditação Zen requer focar a atenção em um ponto, é baseada na elevação da consciência (o não-eu), para finalmente retornar a ela; assim, se experimenta o “nada”, o “va zio”, o “abandono do próprio eu”: a consciência se remete a si mesma, o círculo. Acredito que deixar-se imbuir neste princípio meditativo através da impressão deixada pela leitura dos haicais foi um fato que proporcionou à pintora AnaVaz uma imersão semelhante.

Haigas Ocidentais 12

Sim, a artista propõe aqui poesias que se apresentam como imagens: pinturas que oferecem ao olhar a intimidade de uma pele meio velada. Há algo de muito silencioso e (in)quieto nestas pinturas. As formas algo difusas marcam efetiva mente uma transição, uma maneira intermediária ou um entre-mais, e que, de modo instável, as tornam hesitantes. Causa um efeito de apagamento, mesmo de planificação na imagem e generaliza certas particularidades. Existe o recurso nas pinturas a diferentes maneiras de experimentar o desfoque deste cotidiano, seja diretamente, metaforicamente, ou ainda pelo viés técnico, dependendo de fatores tanto psicológicos, climáticos (neblina, nevoeiro, chuva) e material, por translucidez ou reflexão. Isto proporciona às pinturas uma atmosfera de interio ridade contemplativa que coaduna com o que é evocado pelos poemas.

No Zen, a estrutura do cartesianismo, assim como a relação causa-efeito à qual estamos com frequência sendo requisitados em nossa existência pragmática, é reduzida a cinzas. A separação sujeito−objeto é ignorada. O tédio não encontra aqui um campo fértil onde se desenvolver: a paixão pela vida é enaltecida. Sem jamais abdicar da nossa vida costumeira, com tudo o que ela tem de concreta e prática, o Zen tem qualquer coisa que o mantém acima e além da banalidade do cotidiano.

Costuma-se dizer que a unidade do homem e da natureza encontra sua mais pura expressão no jardim Zen, uma manipulação da natureza para criar espaços de reflexão. A densidade e o humor do haicai em seu aforismo característico — e onde inclusive a evocação à natureza se faz muito presente — é uma outra po tente manifestação do que constitui um dos princípios norteadores de civilização nipônica, o enigma mais estranho proposto pela vida espiritual asiática que se espalhou pelo mundo afora, influenciando artistas e poetas de todas as origens.

Maria do Carmo Nino possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco (1980) e doutorado em Arts Plastiques Et Sciences de I’Art de l’Université Paris 1, Panthéon - Sorbonne (1995). Professora aposentada da Universidade Federal de Pernambuco do Departamento de Artes e da Pós-graduação em Letras. Atua como artista plástica, assim como na curadoria de várias exposições. Foi curadora adjunta do Instituto Itaú Cultural no programa Rumos entre 2001-2003 e Coordenadora de Artes Visuais da Fundação Joaquim Nabuco entre 2009-2010. Tem experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, fotografia, artes visuais, pintura, cinema e literatura.

Lao-Tsé disse que a vida autêntica se parece com a água, que a tudo se adapta porque a tudo se submete. Vaguear de uma pintura para outra. Deslocar as marcas entre as pinturas e os haicais e redistribuir o jogo, pegar o essencial e tomar alguma distância, para melhor deslizar no fluxo: eis o convite a que somos solicitados pela artista. A viagem continua. Tornemo-nos água.

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Que relação pode existir entre um haicai e uma pintura? Dito de outra manei ra: como compreendo, interpreto, a passagem de uma língua do país da escrita à língua do país que são os quadros de AnaVaz?

AnaVaz conhece o instantâneo. Todo um trabalho engendrado nas conversas com a fotografia, o espaço do quadro desvendando e veneran do o mistério do instante; transformar em lentidão a promessa do instante. A série atual continua e amplia o exercício. O desdobramento do instante revelará um outro objeto que os haicais virão convocar: um conglomerado de intensidades.

Heitor O’Dwyer de Macedo

Uma primeira evidência se impõe: nos quadros de AnaVaz não se trata de tradução, muito menos do fastio da ilustração. Entre o texto dos haicais e a gramática que organiza as formas e as cores, somos levados a constatar que o parentesco entre estes dois universos vem das diferentes audácias que movem e sustentam o trabalho do artista.

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Do ponto de vista do conteúdo, o haicai trata das emoções, do efêmero, da natureza. Ele deve ser sutil e indicar um sentido. E se acrescente a exigência do conciso. Feito de condensações, um haicai é rede venosa da língua, fluida e subterrânea – que a hemorragia do discurso inveja. Se diz também que ele deve ser instantâneo.Eapinturade

AnaVaz e a pintura do espanto

O primeiro pensamento que me ocorreu vendo a imensa produção de AnaVaz destes últimos anos sobre os haicais, foi a lembrança de um livro do desenhista francês Sempé, que admiro: Simples questão de equilíbrio. O desenho de capa representa um personagem feminino com uma bicicleta, tema recorrente na série. Folheando as páginas com vagar e prazer, o leitor- espectador se dá rapidamente conta que o título da obra é na verdade uma elipse que nomeia um desafio: como equilibrar a imagem desenhada no espaço da folha?

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Intensidades vividas antes do sentido, antes da palavra, intensidades que são o material do instante e do haicai, intensidades do momento em que o sujeito encontra o instante. AnaVaz se dá como tarefa de fazer a pintura do espanto.

Heitor O’dwyer De Macedo, brasileiro, que foi diretor de teatro (Grupo de Orla e TUCA no Rio de Janeiro, Teatro Oficina em São Paulo) é um psicanalista freudiano, exilado na França em 1968. Com vários livros e artigos publicados na França, no Brasil, nos Estados Unidos e na Argélia, possui marcante presença junto a várias instituições de saúde mental e de formação em psicanálise. Em seu blog, no jornal Mediapart, o autor discorre sobre temas diversos da atualidade, dentre eles as múltiplas formas de manifestação artística, tais como a dança, o teatro e as artes plásticas.

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Kiru

Reverbera o haicai com o kiru ( 切), o corte súbito entre imagens poéticas e o Sutra do maha prajna paramita, da sabedoria e consciência para atravessar para o outro lado, ir além da dualidade no Zazen, fundamentada na sensibilidade estética como princípio metafísico que se manifesta no wabi-sabi, a beleza das coisas imperfeitas vem do nada ou são levadas para ele, transitórias por refletir a ordem cósmica.

Na pintura Zenga se busca, como no haicai, ir além de ver a obra com outro olhar, de maneira a procurar com calma a verdadeira natureza da representação, a linha interna do assunto representado, o Lí, para experimentar a ressonância em nosso espírito ao fazer parte dele. Fica muito evidente que, na arte Zenga, o olhar lógico não tem espaço, devemos contemplar, aceitar que nada nos separa do assunto como pulsação íntima, formamos parte de um todo universal que une dois lampejos. Consiste na mudança de paradigma ao se afastar do Realismo, uma vez que não vem da forma física, porém da espiritual.

Ainteração entre as artes é algo que me fala de perto na construção de um pensamento, em particular entre literatura e artes visuais, ambas que vi vencio intensamente. Some-se a isso a poesia japonesa na forma do haicai, que de imediato me remete às palavras de Willem de Kooning sobre sua pintura:

Quando se observa a pintura de AnaVaz nessa proposta concebida em diálogo com os haicais cria-se um paradoxo, ela é hiper-realista, ou seja, em princípio a fruição de sua pintura advém do resultado final da obra, marcado pela extrema meticulosidade. Seria essa pintura Zenga? A resposta é claramente não, uma vez que o conceito de iluminação no Satóri para o Zen é de se desvincular do mundo primordial em que a separação Eu/Mundo não mais ocorre. Contudo, ocorre na pintura Zen uma espontaneidade que é a sua essência, existindo uma profunda

“O conteúdo é um lampejo de alguma coisa, um contato, como um clarão. É minúsculo – minúsculo, o conteúdo”.

Walter Guerreiro

Trata-se da percepção da verdade naquele momento fugaz, daí o kiregi, a pa lavra que corta ou finaliza um verso, a emoção no momento do corte; não há ali separação entre corte e significado, algo não é usado para significar outra coisa, não se trata de simbologia, mas o “é” da coisa, uma vez que tudo tem espírito no animismo da Natureza em ligação estreita com o xintoísmo.

17 influência da poesia e em particular do haicai nela, poesia e pintura são um.

A consciência se torna incapaz, dentro de uma estrutura formal, de estabelecer a distinção entre dois signos sem produzir um significado, desenvolvendo uma representação sem um referente ou origem – a informação “devora” seu conteúdo.

Para o praticante do Zen a criatividade verdadeira se dá quando o indivíduo não realiza a obra, ela se dá no silêncio da mente quando a concebe; ao fazê-la no suporte, seja qual for, é executada num impulso, sem retoques e de uma frase que pode ser o haicai acompanhando a obra.

Ocorre destarte um processo inverso na elaboração das imagens de AnaVaz, ela parte de haicais que foram criados em outros locais e momentos temporais, medita sobre eles e resgata do subconsciente a imagem, como uma coleção de momentos vistos ou criados pela memória em um mosaico de signos, surgindo a

Esse é o caso de AnaVaz, haicai e tela são inseparáveis, porém esta é um retrato especular do mundo em que vivemos. Sendo hiper-realista, pode-se traçar a origem dessa escola na filosofia de Jean Baudrillard nos anos sessenta, que discute a questão da realidade (na atualidade) como que o que vemos é uma versão simulada da realidade, algo de caráter instável criado por uma rede de signos que nos “seduzem”, criando dessa forma um estado de hiper-realidade.

Por outro lado, a essência do haicai está associada à topografia do lugar e tem de ser escrito no momento presente surgindo da impressão de algo que pode ser humilde como no wabi-sabi, uma folha, uma pedra, a água e o vento – é a expressão de que sente o coração nas palavras de Hattori Toho, discípulo do mestre Matsuo Bashô.

Na tela proposta, a tesoura aberta ao máximo enquadra o crisântemo tal como símbolo de pureza sob ameaça, o corte possível significando seu fim inevitável, como destino evocando a espada de Dâmocles suspensa por um fio (o da insegu rança) entre colher a beleza ou conservá-la para deleite dos sentidos. Yamaguchi Sodo apresenta o seguinte haicai:

Haigas Ocidentais 18

Essa para mim é uma das mais belas obras abordada por AnaVaz, pela riqueza de significados, cabendo dentro da mitologia japonesa duas interpretações, a da youkai Yuki-Onna, a mulher da neve, espírito de beleza indescritível, ambíguo e efêmero que seduz os homens e os abandona; a outra como de Tsukuyomi, no xintoísmo a Lua nascida de Izanagi, o criador da Terra, representada com um espelho de cobre branco e transmitindo serenidade e como kami antropomórfico sendo o inverno da vida que se esvai, porém pelos seus raios (na pintura representada por longos cabelos), ainda seduz. O haicai de Buson nos propõe:

Mais fria que a neve a lua de inverno sobre os cabelos brancos

Diante do crisântemo branco por um instante a tesoura hesita

obra no fluxo da consciência como diálogo aberto entre duas linguagens. Torna-se exaustivo nesse espaço uma leitura individual das obras por ela criadas, que comportam facilmente duas exposições, pelo que me restrinjo a uma pequena amostra da sincronia diacrônica desenvolvida entre duas linguagens que se complementam. Vejamos o haicai de Jôsô:

Quem se preocupa em olhar a flor da cenoura selvagem no tempo das cerejeiras?

Nessa pintura sobrevém para nós, nesse caso, a surpresa do wabi-sabi, cuja es

sência é a simplicidade, a verdade pela observação da natureza; para o japonês, a imagem da beleza natural é a das cerejeiras floridas, o Hanami Matsuri, festival de contemplação das flores, porém aquela flor tão diáfana quanto a dos dentes -de-leão está aos nossos pés, brotando da terra agreste. Em um distanciamento no espaço, o haicai de Nathalie Dhenin:

O que cai será neve ou silêncio?

Eu a cruzo eu não a conheço não a conhecerei jamais

Quase referência ao Impressionismo, nessa pintura a dissolução da imagem na névoa se reporta à dúvida do observador, uma vez que tudo se volta para o Nada, os referentes não permitem que a consciência passe da sensação para a percepção, ela se queda no silêncio do escotoma da memória.

Pintura que registra o momento efêmero de emoções entre olhares e de destinos que se cruzam numa estação de metrô, ela mesma local de passagem entre espaços próximos ou distantes, no silêncio a aceitação da instabilidade na hiper-realidade. E na essência do haicai de Hélène Boissé:

Interlocução entre arte e vida pela integração entre arte e espírito é a condição

E nessa pintura do “retrato do mundo” como pulsação íntima, nada mais justo que uma obra que poderíamos dizer homenageia o pintor realista Edward Hopper e ícone do Hiper-Realismo, cujo trabalho contempla e supera a solidão como verdadeira expressão da vida interior e no poder do subconsciente – a imersão na piscina como volta ao útero. Nada tão atual como o haicai de Jean Antonini:

AnaVaz 19

Manhã estranhosozinhacedinhonapiscinasilêncio

Haigas Ocidentais 20

Walter de Queiroz Guerreiro é graduado em Biologia pela Universidade de São Paulo e em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Artes pelo Courtauld Institute da Universidade de Londres, foi Diretor Cultural ad hoc do Museu Paulista, Diretor do Museu Fritz Alt e do Arquivo Histórico de Joinville; escritor, curador de salões e exposições individuais além de membro do comitê científico internacional da IV Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença. Membro da Association Internationale des Critiques D’Art (AICA), da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Academia Joinvillense de Letras.

A impermanência do instante, conceito-chave no budismo para compreensão da transitoriedade no haicai, AnaVaz conseguiu transferir para suas obras, sobrepondo a in tuição das formas residuais colhidas em seu espírito naquele microuniverso de detalhes do hiper-realismo, buscando assim sintetizar na construção das imagens a interlocução entre duas linguagens – intertexto levado a cabo na sua verdade interior, transversa como toda verdade.

sine qua non exigida ao Haijin – o poeta do haicai naquele momento único de pertencimento ao Mundo, que Roland Barthes afirma que todos podem parecer fazê-lo, Ética e Estética não separando a vida da arte.

F aire des peintures à partir de haïkus n’était pas exactement un défi pour moi, mais la possibilité de revenir aux voies tortueuses de ma mémoire affective. Et, pour bien m’expliquer, j’avoue que ma passion pour la poésie n’est pas nouvelle. Mon enfance en était pleine, avec une mère poète récitant ses vers dans la maison comme s’il s’agissait de berceuses singulières.

Puis, dans ma jeunesse, le contact amoureux avec tous les amis de la « Gé nération 65 », parmi lesquels Jaci Bezerra, Alberto da Cunha Melo, José Rodrigues Paiva, Ângelo Monteiro et Marcos Cordeiro, a encore renforcé ma relation avec la poésie. Sans oublier la présence de Celina de Holanda dans ma vie, que j’ai choisie comme seconde mère et meilleure amie dans certains moments difficiles.

Issu du tanka à cinq vers, le haïku a peu à peu acquis une structure de trois vers, ou plutôt de trois petites parties de phrase, la première de cinq syllabes, la deuxième de sept, la troisième de cinq: dix-sept syllabes au total (haiku teikei – 定型 ).

AnaVaz

À d’autresl’écoutevoix

Ce n’est pas par hasard qu’en 1991 j’ai réussi à motiver les étudiants et anciens étudiants de mes cours de peinture à l’Espace Arte Forte, à se concen trer sur les créations de poètes de Pernambouc et, ainsi, à produire de beaux panneaux basés sur la poésie. Peintures qui ont été présentées au Musée d’État de Pernambouc lors d’une exposition intitulée A Cor das Águas, avec de belles interprétations des eaux qui traversent la ville de Recife. Après cela, beaucoup d’eaux ont également coulé dans l’espace/ temps de ma vie.

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J’ai maintenant été submergée dans la triste réalité de cette pandémie. Et, encore une fois, la poésie était présente. Cette fois-ci dans l’enchantement de la découverte du haïku, une forme de poésie d’origine japonaise, présente dans ce pays depuis le XVIe siècle. Depuis, le haïku a traversé les frontières, s’est répandu à travers l’Europe et les Amériques, gagnant des formes plus libres.

De la simple évocation d’une image à la matérialité plastique du tableau dans sa concrétude, le chemin de la peinture elle-même s’est déroulé – ma bouée de sauvetage en temps de pandémie.

À partir de ces images – des simples instantanés sensibles – les tableaux ont commencé à apparaître dans mon esprit. Et ils ont donné naissance à ce que j’appelle « Haigas Occidentaux », filtrés à travers les souvenirs affectifs d’une artiste sud-américaine, brésilienne et du nord-est du Brésil.

Les traductions et adaptations occidentales ont fini par assouplir la structure classique, donnant au haïku une forme plus libre ( haiku jiyuritsu - 自由律 ), sans la rigueur syllabique initialement requise.

Haigas Occidentaux 22

Ces poèmes sont souvent accompagnés de peintures appelées haigas, réa lisées par le poète lui-même (le haijin) — utilisant le même pinceau avec lequel le haïku a été écrit —, ou faites par quelqu’un d’autre, complétant l’idée initialement construite en mots.

Mais, dans tous les cas, ce qui me paraît le plus fondamental persiste: le fait que le haïku, comme l’affirme Couchaud (1813-1849):

Alors, j’ai réalisé que, dans tout ce processus, un changement de paradigme avait eu lieu: si jusqu’alors toutes les expositions que j’avais réalisées reposaient sur l’idée de « série », impliquant par conséquent une unicité thématique, cette fois-là une multiplicité de voix était présente dans le développement de monAinsi,travail.la plurivocalité bakhtinienne a pris de l’espace et de la forme dans l’exécution des nouvelles peintures. Les concepts théoriques du philosophe russe Mikhail Bakhtin, étudiés de manière intensive il y a des années, lors de la prépa ration de ma thèse de Doctorat en Lettres, ont migré, presque inconsciemment, vers l’univers plastique, aboutissant à unensemble d’œuvres dans lesquelles le

« N’est comparable ni à un couplet grec ou latin, ni à un quatrain français. Ce n’est ni une ‘pensée’, ni un ‘mot spirituel’, ni un proverbe, ni une épigramme au sens moderne, ni une épigramme au sens ancien, c’est-à-dire une inscription, mais une simple image en trois traits, une vignette, une esquisse, parfois une simple touche, une impression ».

1 L’auteur fait référence à l’exposition Haigas Ocidentais , qui s’est tenue entre août et septembre 2022 à Arte Plural Galeria, à Recife/PE (Brésil), organisée par la conservatrice d’art Maria do Carmo Nino.

Dans ce cas, il semble également valable de penser le tableau comme un haïku, matérialisé en couleurs et en coups de pinceau. Il est vrai que le haïku ressemble plus au résultat d’un « instant » que la peinture, exigeant des heures et des heures de travail au chevalet. Mais ne vous y trompez pas: exprimer en seulement trois lignes une lecture sensible du réel est chose rare...

« Je suis pour la beauté à une époque où la beauté est piétinée ».

« comprendre un haïku simplement comme un tableau ».

Ainsi, le haïku, dans sa simplicité apparente, est aussi le résultat d’un long et affectueux travail d’exploration dans l’univers des mots. Dans les deux créations, il y a toujours la recherche d’une synthèse capable d’exprimer l’étrangeté et la beauté. En ce sens, le peintre Balthus a déclaré:

Si j’ai peint des tableaux où l´etrangeté des sens et la beauté sont présents, je suis satisfaite.

AnaVaz 23

Et le changement de paradigme s’opère, justement, dans une leçon d’humi lité: apprendre à se mettre en position d’écoute de l’autre, contrairement aux narcissismes si dominants dans la sacralisation toujours discutable de « l’égo » de l’artiste. Le haikaïste japonais Mukai Kiorai (1651-1704) disait qu’il fallait:

dialogisme devient le leitmotiv de la présente exposition 1

A

vant le verbe, il y avait les choses avec leurs apparences et notre expé rience du monde a depuis toujours été imprégnée des souvenirs que nous tissons de notre vie à leur rencontre, où les images sont des besoins de communication créés depuis le début de notre histoire humaine.

Maria do Carmo Nino

Après cette relation perceptive au monde par l’homme est venue la dénomi nation: et voilà que les choses ont alors reçu leurs noms respectifs.

“La lecture du monde précède celle de la parole.” Paulo Freire

Pourtant, le concept de réalité constitué par le biais du langage a dans la poésie et dans sa suspension des sens un allié précieux et unique. Qu’est-ce, après tout, qu’un poème sinon un art dans lequel cette interruption corrobore un temps énigmatique qui n’est pas celui du « chronos », mais bien quelque chose qui s’inscrit dans un devenir pérenne, comme un faisceau inachevé de fulgurances continues... Le rôle du temps y est celui de faire agir ce qui n’est qu’en puissance.

24

La forme poétique, dans ses expériences depuis le début du XXe siècle, cherche une latéralité du sens, enlevant aux fardeaux du langage la surcharge du logos, du discours et de la raison, établissant une place d’entre- deux dans le dialogisme langage-monde. En poésie, l’image « se meut » dans le langage. Face à l’image picturale, la pensée s’actualise et s’exalte sans cesse par le biais des mots. Hic et nunc activés en permanence, affirmant leurs présences fugaces et changeantes. Deleuze appelle « pensée nomade » une pensée en mouvement constant, dionysiaque, qui se glisse dans des territoires inexplorés sans jamais s’y installer.Larencontre de la peinture et de la poésie exposée par AnaVaz à travers les impressions et les effets émulés en elle par la lecture de haïkus de divers auteurs que nous observons dans ces œuvres, offre à son public ce que Roland Barthes considère comme l’essence de la poésie et transcende le forme de langage po

Un regard nomade d’un chant à la vie

25 étique, étant alors la recherche du sens inaliénable des choses, de ce qui fait résistance au représentable.

On dit souvent que l’unité de l’homme et de la nature trouve son expression la plus pure dans le jardin zen, une manipulation de la nature a fin de créer des espaces de réflexion. La densité et l’humour du haïku dans son aphorisme ca ractéristique — et où même l’évocation de la nature est très présente — est une autre manifestation puissante de ce qui constitue l’un des principes directeurs de la civilisation japonaise, la plus étrange énigme posée par la vie spirituelle asiatique qui s’est propagée dans le monde, influençant artistes et poètes de toutes origines.

Oui, l’artiste propose ici des poèmes qui se présentent comme des images: des tableaux qui offrent au regard l’intimité d’une peau à demi voilée. Il y a quelque chose de très silencieux et (in)quiet dans ces peintures. Les formes quelque peu diffuses marquent en effet une transition, une voie intermédiaire ou un entre -deux, et qui, de manière instable, les rendent hésitantes. Il provoque un effet d’effacement, voire de planéité dans l’image et généralise certaines particulari tés. Les peintures utilisent différentes manières de vivre le flou de ce quotidien, soit directement, métaphoriquement, voire par un biais technique, en fonction à la fois de facteurs psychologiques et climatiques (brume, brouillard, pluie) et matériels par translucidité ou réflexion. Cela donne aux toiles une atmosphère d’intériorité contemplative en accord avec ce qu’évoquent les poèmes.

En japonais, le verbe « s’asseoir » signifie aussi « méditer ». La technique de méditation zen nécessite de focaliser l’attention sur un point, elle est basée sur une prise de conscience (le non-moi), pour finalement y revenir; ainsi, on éprouve le « néant », le « vide », « l’abandon de soi »: la conscience se renvoie à

Maria do Carmo Nino est titulaire d’un diplôme en architecture de l’Université Fédérale du Pernambouc (1980) et d’un doctorat en Arts Plastiques et Sciences de l’Art à l’Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (1995). Professeure retraitée de l’Université Fédérale du Pernambouc, Département des arts et des études supérieures en lettres. Elle travaille comme artiste visuelle, et comme commissaire de plusieurs expositions. Elle a été conservatrice adjointe à l’Instituto Itaú Cultural dans le programme Rumos entre 2001 et 2003 et coordinatrice des arts visuels à la Fundação Joaquim Nabuco entre 2009 et 2010. Elle a une expérience dans le domaine des Arts, travaillant principalement sur les sujets suivants: art contemporain, photographie, arts visuels, peinture, cinéma et littérature.

elle-même, le cercle se referme. Vous vous tournez vers vous-même. Je crois que se laisser imprégner de ce principe méditatif à travers l’impres sion laissée par la lecture de haïku fut un fait qui a procuré à la peintre AnaVaz une immersion similaire. Dans le Zen, la structure du cartésianisme, ainsi que la relation de cause à effet à laquelle nous sommes souvent appelés dans notre existence pragmatique, est réduite en cendres. La séparation sujet-objet est ignorée. L’ennui ne trouve pas de terrain fertile pour s’y épanouir: la passion de la vie est prônée. Sans jamais abdiquer notre jour-le-jour, avec tout ce qu’il a de concret et de pratique, le Zen a quelque chose qui le maintient au-delà de la banalité du Lao-Tseuquotidien.aditque la vie authentique ressemble à l’eau, qu’elle s’adap te à tout, parce qu’elle se soumet à tout. Déambuler d’un tableau à l’au tre. Percevoir les repères entre les tableaux et les haïkus et redistribuer le jeu, prendre l’essentiel et prendre de la distance, pour mieux y glisser dans le flux: voici l’invitation à laquelle nous sommes conviés par l’artiste. Le voyage continue. Devenons de l’eau.

Haigas Occidentaux 26

Et la peinture d’AnaVaz connaît l’instantané. Tout un travail engendré dans les conversations avec la photographie, l’espace du tableau éclairant et vénérant le mystère de l’instant : transformer en lenteur la promesse de l’instant.

S’impose une première évidence : dans les tableaux d’AnaVaz, il n’est pas question de traduction, encore moins de l’ennuyeuse fabrique de l’illustration. Entre le texte des haïkus et la grammaire qui organise les formes et les couleurs, on est amené au constat que la parenté entre ces deux univers vient des audaces qui meuvent et portent le travail de l’artiste.

La série actuelle continue et élargit l’exercice. Le déploiement de l’instant révèlera un autre objet que les haïkus viendront convoquer : un conglomérat d’intensités qui sont le matériau de l’instant et du haïku, intensités du moment

27

AnaVaz et la peinturede l‘étonnement

Heitor O’Dwyer de Macedo

Quelle relation y-a-t-il entre un haïku et la peinture ? Autrement dit : com ment je comprends, j’interprète, le passage d’une langue du pays de l’écriture à la langue du pays que sont les tableaux d’AnaVaz ?

a première pensée qui m’est venue en voyant l’immense production d’Ana Vaz de ces dernières années sur les haïkus, fut le souvenir d’un livre du dessinateur français Sempé, que j’admire : Simple question d’équilibre. Le dessin de la couverture représente un personnage féminin avec une bicyclette, thème récurrent dans la série. En tournant les pages avec lenteur et plaisir, le lecteur-spectateur se rend rapidement compte que le titre de l’ouvrage, en vérité, est une ellipse qui nomme un défi : comment équilibrer l’image désignée dans l’espace de la feuille ?

Du point de vue du contenu, le haïku traite les émotions, l’éphémère, la nature. Il doit être subtil et indiquer un sens. À quoi s’ajoute l’exigence d’une concision. Bâti avec des condensations, un haïku est la nervure de la métaphore, le réseau veineux de la langue – enviée par l’hémorragie du discours. On dit aussi qu’il doit être instantané.

L

Haigas Occidentaux 28

Heitor O’Dwyer de Macedo, brésilien, qui fut directeur de théâtre (Grupo de Orla et TUCA à Rio de Janeiro, Teatro Oficina à São Paulo) est un psychanalyste freudien exilé en France en 1968. Avec plusieurs livres et articles publiés en France, au Brésil, aux États-Unis et en Algérie, il a une forte présence dans diverses institutions de formation en santé mentale et en psychanalyse. Dans son blog à Mediapart, quotidien français en ligne, l’auteur traite différents sujets d’actualité parmi lesquels les multiples formes d’expression artistiques, comme la danse, le théâtre et les arts visuels.

où le sujet rencontre l’instant. AnaVaz se donne comme tâche de faire la peinture de l’étonnement.Unétonnement d’où fut enlevée la surprise. La tension acide de la sur prise ne sert pas ici, elle gêne. Sans la surprise, l’étonnement est le pur réel de l’enchantement.Commentapprocher l’enchantement qui vit dans l’étonnement ? Par le détail. Détails travaillés dans la forme qui les réunit, dans le jeu des luminosités, dans les contrastes et l’harmonie des teintures – AnaVaz est intime de la Pénombre, titre d’une de ses expositions. Il y a aussi une intimité avec le Surréalisme et l’Expressionisme allemand. La tonalité des couleurs est parfois délicate jusqu’au diaphane et, tout d’un coup, surgissent les tons primaires de l’enfance, qui sont aussi ceux qui couvrent les murs de la rue des maison du Nordeste brésilien. Dans le haïku chaque mot est la fleur d’un fruit, la peau d’un rêve. Chaque tableau d’AnaVaz est une barque de voyage remplie de rêveries et de la perception fugitive des objets présents dans l’instant de l’enchantement de l’étonnement, tableau où le mouvement est pure ligne dans l’espace dont la sensualité appri voise et Puisseéveille.levisiteur de l’exposition et le lecteur intéressé par le catalogue se laisser aller à cet ensemble de dons offerts par les mots et les peintures. Mots et peintures fils et filles de l’hardiesse et du risque sans lesquels la force du vivre se tarit et se dessèche – la vie est toujours une histoire de décisions et le meilleur repos pour l’âme est celui de s’abandonner en confiance au monde inconnu auquel un autre nous invite et qu’il nous apprend à connaître.

’interaction entre les arts est quelque chose qui me parle de près dans la construction d’une pensée, en particulier entre la littérature et les arts visuels, ce que je vis intensément. A cela s’ajoute la poésie japonaise sous la forme de haïku, qui me rappelle évidemment les mots de Willem de Kooning à propos de sa peinture :

« Le contenu est un éclair de quelque chose, un contact, comme un éclair. C’est minuscule – minuscule, le contenu ».

Walter Guerreiro

Il est bien évident que dans l’art Zenga le regard logique n’a pas d’espace. Il faut contempler, accepter que rien ne nous sépare du sujet comme pulsation intime. Nous faisons partie d’un tout universel qui unit deux éclairs. l s’agitd ’un changement de paradigme en s’éloignant du réalisme, puisqu’il ne vient pas de la forme physique, mais de la forme spirituelle.

Kiru

29

Dans la peinture Zenga , comme dans le haïku, nous cherchons à aller au-delà : voir l’œuvre avec un autre regard afin de chercher sereinement la vraie nature de la représentation, la ligne intérieure du sujet représenté, le Lí, pour en ressentir la résonance dans notre esprit en en faire partie.

Lorsque l’on observe la peinture d’AnaVaz dans cette proposition conçue en dialogue avec le haïku, un paradoxe se crée : elle est hyper-réaliste, c’est- à-dire qu’en principe, la réalisation de sa peinture vient du résultat final de l’œuvre, marquée par une extrême minutie. Serait cette peinture Zenga?

L

Le haïku résonne avec kiru (切 ), la coupure soudaine entre des images poétiques et le Sutra de maha prajna paramita , de la sagesse et de la conscience, pour passer de l’autre côté, pour aller au-delà de la dualité en Zazen , basée sur la sensibilité esthétique comme principe métaphysique qui se manifeste dans le wabi-sabi, où la beauté des choses imparfaites vient du néant ou y est absorbée de façon transitoire pour refléter l’ordre cosmique.

Il s’agit de la perception de la vérité dans ce moment fugace, d’où le kiregi, le mot qui coupe ou termine un verset, l’émotion au moment de la coupure; Il n’y a pas là de séparation entre coupure et sens, quelque chose ne sert pas à signifier autre chose. Il ne s’agit pas de symbologie, mais du « est » de la chose, puisque tout a de l’esprit dans l’animisme de la Nature en lien étroit avec le shintoïsme.

Un processus inverse se produit dans l’élaboration des images d’AnaVaz : elle part des haïkus qui ont été créés dans d’autres lieux et d’autres moments temporels, médite sur eux et sauve l’image du subconscient, comme une col lection de moments vus ou créés par la mémoire dans une mosaïque de signes, l’œuvre apparaissant dans le courant de la conscience comme un dialogue ouvert entre deux langues.

On peut retracer l’origine de cette école à la philosophie de Jean Baudrillard, dans les années soixante, laquelle propose que la réalité (actuelle), ce que nous voyons est une version simulée de la réalité, quelque chose d’un caractère instable créé par un réseau de signes qui nous « séduisent », créant ainsi un état d’Hyper-Réalité. La conscience devient incapable, dans un cadre formel, de distinguer deux signes sans produire de sens, d’élaborer une représentation sans référent ni origine – l’information « dévore » son contenu.

La réponse est clairement non, puisque le concept d’illumination dans le Satori, pour le Zen, est de se détacher du monde primordial dans lequel la séparation Moi/ Monde ne se produit plus. Cependant, il y a dans la peinture zen une spontanéité qui est son essence, il y a une profonde influence de la poésie et en particulier du haïku. En elle, poésie et peinture ne font qu’un.

Pour le praticien zen, la véritable créativité a lieu lorsque l’individu n’exécute pas le travail, il a lieu dans le silence de l’esprit lorsqu’il est conçu ; quand on le fait, sur n’importe quel support, il est exécuté dans un coup, sans retouche et avec une phrase qui peut être le haïku accompagnant l’œuvre. C’est le cas d’AnaVaz, où le haïku et la toile sont indissociables. Mais, ici, c’est un portrait en miroir du monde dans lequel nous vivons, étant l’artiste hyper-réaliste.

Haigas Occidentaux 30

D’autre part, l’essence du haïku est associée à la topographie du lieu et doit s’écrire dans l’instant présent, surgir de l’impression de quelque chose qui peut être humble comme dans le wabi-sabi, une feuille, une pierre, de l’eau, le vent – c’est l’expression de son cœur, selon les mots de Hattori Toho, disciple du maître Matsuo Bashô.

Qui se soucie de regarder la fleur de la carotte sauvage au temps des cerisiers ?

Dans cet espace, une lecture individuelle des œuvres créées par elle deviendrai exhaustive, raison par laquelle je me limite à un petit échantillon de la synchro nie diachronique développée entre deux langages qui se complètent. Voyons le haïku de Jōsō :

Plus froide que la neige la lune d’hiver sur des cheveux blancs

Dans la toile proposée par l’artiste, les ciseaux ouverts au maximum encadrent le chrysanthème comme symbole de la pureté menacée, la coupure possible signifiant sa fin inéluctable, comme le destin évoquant l’épée de Damoclès suspendue à un fil (celui de l’insécurité) entre récolter la beauté ou la conserver là pour le plaisir des sens. Yamaguchi Sodo présente le haïku suivant :

Devant le chrysanthème blanc les ciseaux un instant hésitent.

AnaVaz 31

C’est pour moi l’une des plus belles œuvres abordées par AnaVaz en raison de la richesse des significations, s’inscrivant dans la mythologie japonaise deux interprétations, celle du youkai Yuki-Onna , la femme des neiges, un esprit d’une beauté indescriptible, ambiguë et éphémère qui séduit les hommes et les abandonne ; l’autre comme de Tsukuyomi, dans le shintoïsme la Lune née d’Izanagi le créateur de la Terre, représentée avec un miroir de cuivre blanc et transmettant la sérénité et, comme un kami anthropomorphe, étant l’hiver de la vie qui s’efface par ses rayons (dans le tableau représentée par les cheveux longs) séduit toujours. Le haïku de Buson nous propose :

Dans ce tableau, en l’occurrence, nous vient la surprise du wabi-sabi, dont l’es sence est la simplicité, la vérité à travers l’observation de la nature ; pour les Japonais, l’image de la beauté naturelle est celle des cerisiers en fleurs, le Hanami Matsuri, fête de la contemplation des fleurs, mais cette fleur aussi diaphane que les pissenlits est à nos pieds, jaillissant de la terre sauvage. Effectuant une distanciation dans l’espace, le haïku de Nathalie Dhenin :

Haigas Occidentaux 32

Petit matin seule à la piscine l’étrange silence

Ce qui tombe est-ce neige ou silence?

Dans une presque référence à l’Impressionnisme, dans ce tableau la dissolution de l’image dans la brume renvoie au doute de l’observateur, puisque tout tour ne au Néant, les référents ne permettent pas à la conscience de passer de la

Je la croise je ne la connais pas je ne la connaîtrai jamais

La peinture enregistre le moment éphémère d’émotions entre regards et destins qui se croisent dans une station de métro, elle-même lieu de passage entre des espaces proches ou lointains, en silence l’acceptation de l’instabilité dans l’Hyper-Réalité. Et dans l’essence du haïku d’Hélène Boissé :

Et dans cette peinture du « portrait du monde » comme pulsasion intime, rien n’est plus juste qu’une œuvre dont on pourrait dire qu’elle rend hommage au pein tre réaliste Edward Hopper, icône de l’Hyper Réalisme, dont l’œuvre contemple et surmonte la solitude comme véritable expression de l’intériorité. La vie et dans le pouvoir de l’univers subconscient – immersion dans la piscine comme une sorte de retour à l’utérus. Rien plus actuel que le haïku de Jean Antonini :

C’est l’impermanence de l’instant - concept clé du Bouddhisme pour com prendre la fugacité du haïku - que AnaVaz a réussi à transférer dans ses œuvres, superposant l’intuition des formes résiduelles, recueillies dans son esprit, au micro univers de détails de l’Hyper-Réalisme, cherchant, ainsi, à synthétiser dans la construction des images l’interlocution entre deux langages – intertexte réalisé dans sa Vérité intérieure, transversale comme toute vérité.

sensation à la perception : elle reste dans le silence du scotome de la mémoire. L’interlocution entre l’art et la vie à travers l’intégration de l’art et de l’esprit est la condition sine qua non exigée du Haijin - le poète du haïku dans ce moment unique d’appartenance au Monde. Roland Barthes dit que tout le monde peut sembler faire, Ethique et Esthétique ne séparant pas la vie de l’art.

Walter de Queiroz Guerreiro est diplômé en biologie de l’Université de São Paulo et en Histoire à l’Université Catholique Pontificale de São Paulo. Master of Arts du Courtauld Institute de l’Université de Londres, il a été directeur culturel ad hoc du Museu Paulista, directeur du Fritz Alt Museum et des Archives Historiques de Joinville (SC/Brésil) ; écrivain, commissaire de salons et d’expositions individuelles, ainsi que membre du comité scientifique international de la IVe Biennale Internationale d’Art Contemporain de Florence (Italie). Est aussi membre de l’Association Internationale des Critiques d’Art (AICA), et de l’Académie Joinvillense de Lettres.

AnaVaz 33

E, mais uma vez, a poesia se fez presente...

Et, encore une fois, la poésie était présente...

Maurice Korn (Bélgica/Belgique)

Um caracol em sua concha um universo em expansão vá Unentender...escargotdans

sa coquille un univers en expansion allez comprendre...

36

070x070 cm

Ser uma árvore, uma pedra e Êtreinfinitamentecalar-seunarbre, une pierre et se infinimenttaire

38

Nicole Gremion (França/France)

110x100 cm

40

Anatoly Kudryavitsky (Rússia/Russie)

Murmúrio de ondas conchas de entrouvertescoquillesMurmureentreabertasmexilhõesdesvaguesdemoules

080x100 cm

Montez Magno (Brasil/Brésil)

42

Sobre a água, a imagem da lua sob a água, a imagem do sol não sei se é noite ou dia

Sur l’eau, l’image de la lune sous l’eau, l’image du soleil je ne sais plus s’il fait nuit ou jour

100x100 cm

Vague rageuse dans le bruit elle s’écume et devient oiseaux

Onda ruidosamenteagitada se desfaz e se transforma em pássaros

44

Pierre Saussus (Bélgica/Belgique)

060x080 cm

A uma uneajoutezAumaacrescentepimentaasas:libélulavermelha!unpimentdesailes:libellulerouge!

46 Bashō (Japão/Japon)

060x080 cm

48 Buson (Japão/Japon)

Les oies sauvages au loin parties le champ de riz devant la maison semble envolé

Os gansos selvagens partiram para longe o campo de arroz na frente da casa parece ter voado

100x120 cm

nocturne surgit une blancheur de fleurs –c’est le mandacaru

Alda Corrêa Mendes Moreira (Brasil/Brésil)

Nas trevas da noite surge uma alvura de flores –é o Dansmandacarul’obscurité

50

100x030 cm

No silêncio líquido a doçura do fruto Danssubmergelesilence liquide la douceur du fruit submerge

52

Itamar Morgado (Brasil/Brésil)

050x050 cm

54

Daniele Duteil (França/France) emClaro-escurocadavazio entre os galhos eu invento um pássaro dansClair-obscurchaque vide entre les branches j’invente un oiseau

100x110 cm

56

Primavera no campo –mas em meu coração ainda Printempsneva

Constantin Stroe (Romênia/Roumanie)

dans la campagne mais dans mon coeur il neige encore

050x050 cm

Sob a chuva de verão as folhas da ameixeira são da cor do vento

58 Saimaro (Japão/Japon)

Sous la pluie d’été les feuilles du prunier ont la couleur du vent frais

050x060 cm

Coquille découvertenacréepar les vents souffle des sables

60

Concha descobertaperoladapelos ventos soprar das areias

Débora de Castro (Brasil/Brésil)

100x080 cm

Da árvore eu lembro a sua raiz

Este caranguejo está no mesmo lugar do céu de ontem

De l’arbre je me souviens de sa racine

62

Ce c’estcrabeaumême endroit du ciel d’hier

Dominique Chipot (França/France)

Buson (Japão/Japon)

060x100 cm

64

Đinh Nhat Hanh (Vietnã/Viêt Nam)

Sur le vieux quai un bateau attend depuis plusieurs lunes

No velho cais um barco espera há muitas luas

060x080 cm

Retorno dos pescadores sobre os peixes mortos os reflexos da lua

Retour des pêcheurs –sur les poissons morts les reflets de la lune

66

Daniele Étienne-Georgelin (França/France)

080x100 cm

Hélène Leclerc (Canadá/Canada)

68

Peônias danssuspenduesDesnasuspensasbrancaspenumbrapivoinesblancheslapénombre

070x070 cm

70

L’acacia est entièrement jaune le soleil bâille léger sur les trottoirs –aujourd’hui, oui, aujourd’hui est un grand jour

A acácia está amarela de flores o sol boceja leve sobre as calçadas –hoje, sim, hoje é um grande dia!

Lourdes Moreira (Brasil/Brésil)

060x080 cm

Mais fria que a neve a lua de inverno sobre cabelos brancos

Plus froide que la neige la lune d’hiver sur des cheveux blancs

72 Jōsō (Japão/Japon)

100x080 cm

Eric Hellal (França/France)

Jardim de inverno sob um céu branco –uma sousJardinabóborad’hiveruncielblanc –une citrouille

74

060x050 cm

Nesse verão ainda o grande mistério do perfume das flores da batata inglesa

Denise Therriault-Ruest (Canadá/Canada)

Quem se preocupa em olhar a flor da cenoura selvagem no tempo das cerejeiras?

Cet été encore le grand mystère du parfum des fleurs de pomme de terre

Dans le verre à eau un noyau d’avocat germe –printemps précoce

Sodo (Japão/Japon)

Damien Gabriels (França/France)

Qui se soucie de regarder la fleur de la carotte sauvage au temps des cerisiers ?

No copo d’água uma semente de abacate germina –primavera precoce

76

100x090 cm

À osnoitepeixes vermelhos sonham –eles voam!

La nuit les poissons rouges rêvent –ils volent!

Madoka Mayuzumi (Japão/Japon)

78

100x100 cm

80

Hélène Boissé (Canadá/Canada)

O que cai é ouest-ceCeounevesilêncio?quitombeneigesilence?

110x100 cm

Marcos Cordeiro (Brasil/Brésil)

Les flammes des bougies se soirrépondentdeprintemps

Gouttes de pluie sur la piscine refroidie… des bulles bleues

82

Bleu et cependant,simplementblanc–ciel

Gotas de chuva na piscinabolhasrefrescadaazuis

Maryse Chaday (França/France)

Denise Therriault-Ruest (Canadá/Canada)

Azul e simplesmentebranco—noentanto,céu

As chamas das dialogamvelas tarde de primavera

090x100 cm

Nas antecâmaras da morte a vida se evola –um anjo, súbito, apaga a luz

84

Aux antichambres de la mort la vie s’efface soudainement–un ange éteint la lumière

Maria de Lourdes Hortas (Portugal)

070x070 cm

Um saco cheio da lua e de flores é tudo o que quero

Combien je désire! dans ma petite sacoche, la lune et des fleurs

86 Bashō (Japão/Japon)

120x100 cm

Angèle Lux (Canadá/Canada)

Fim de verão acima da rede a lua tardia Fin au-dessusd’été du hamac la lune attardée

88

080x060 cm

90 Buson (Japão/Japon)

Devant le chrysanthème blanc les ciseaux un instant hésitent

Diante do crisântemo branco por um instante a tesoura hesita

100x080 cm

92 Chasei (Japão/Japon)

Lá onde eu vivo existem mais espantalhos do que homens

Là où je vis il y a plus d’épouvantails que d’humains

120x100 cm

94

Dominique Chipot (França/France)

Ousaria eu avançar sobre esse fio entre o céu e a terra? avancerOserais-jesur ce fil entre ciel et terre?

080x060 cm

96

Concerto –na melodia do piano eu vejo o mar

Dominique Chipot (França/France)

Concerto –dans la mélodie du piano j’aperçois la mer

100x080 cm

Françoise Jacquet (França/France)

98

Uma valise no meio da noite e o auUnesilênciovalisemilieude la nuit et le silence

060x050 cm

100

Manhã de domingo o sol sobre a parede Dimanchedesliza matin le soleil sur le mur glisse

Guillaume Berne (Canadá/Canada)

030x100 cm

Por cima do muro uma escada avança sozinha –manhã de primavera!

102 Isabel Asúnsolo (Espanha/Espagne)

Par dessus le mur une échelle avance seule –matin de printemps!

080x060 cm

104

Alonso Alvarez (Brasil/Brésil)

Sol atrás da cortina dizendo baixinho: — já é dia

Soleil derrière le rideau disant doucement : – il fait jour

120x100 cm

106

Fumaça imóvel sobre a cidade de manhã a lua é violeta

Fumée immobile sur la ville au matin la lune est violette

Maryse Chaday (França/France)

070x070 cm

108

O oval branco de um ovo nos escombros leve sopro de ar

Monique Leroux Serres (França/France)

L’ovale blanc d’un oeuf dans les gravats léger souffle d’air

070x070 cm

Pátina negra a sala sempre sombria –uma tigela de limões

Danyel Borner (França/France)

Patine noire le salon toujours dans l’ombre –un bol de citrons

110

080x100 cm

Nathalie Dhenin (França/France)

112

Manhã l’étrangeseulePetitestranhosozinhacedinhonapiscinasilênciomatinàlapiscinesilence

090x080 cm

Patrick Faucher (França/France)

No interior da noite ele se vê como a lua o poste de luz

Au coeur de la nuit il se prend pour la lune le réverbère

114

100x080 cm

116 Santoka (Japão/Japon)

Abro a janela –a janela repleta de J’ouvreprimaveralafenêtre –la fenêtre pleine de printemps

100x080 cm

118

Au portail rouillé las’enrouledouce glycine

No portão enferrujado se enrola a doce glicínia

Lydia Padellec (França/France)

100x080 cm

120

Jour froid –la sève rouge sang de l’arbre blessé

Serge Tomé (Bélgica/Belgique)

Dia gelado –a seiva vermelho-sangue da árvore ferida

060x080 cm

Sob o caramanchão o céu noturna– renda

Sous la tonnelle le ciel dentelle– de nuit

122

Yeda Prates (Brasil/Brésil)

080x100 cm

Paul David Mena (Estados Unidos/États-Unis)

124

Chuva de inverno o cachorro e eu trocamos suspiros

Pluie d’hiverle chien et échangeonsmoides soupirs

080x090 cm

126 Kubota (Japão/Japon)

Caída no chão a estavapipa sem alma Affalé au sol le étaitcerf-volantsansâme

060x080 cm

Carol Lebel (Canadá/Canada)

O café está vazio o garçom lê seu jornal e eu não espero ninguém

128

Le bar est vide le serveur lit son jornal je n’attends personne

100x080 cm

Le café, une halte sur le chemin de l’un vers l’autre

130

O café, um intervalo no caminho de um para o outro

Iocasta Huppen (Romênia/Roumanie)

110x110 cm

Eu a cruzo eu não a conheço eu não a conhecerei jamais

132 Jean Antonini (França/France)

Je la croise je ne la connais pas je ne la connaîtrai jamais

070x070 cm

134

N’attendant personne debout dans le hall de gare –sensation de froid

Jean Claude Nonet (Bikko) (França/France)

Sem esperar ninguém em pé na entrada da estação –sensação de frio

110x110 cm

Dietmar Tauchner (Áustria/Autriche)

136

Une fille du métro si près si loin

Uma jovem do metrô tão próxima e tão longe

110x110 cm

No vidro do trem visagem e paisagem se Danssuperpõemlavitredu train visage et paysage se superposent

Lydia Padellec (França/France)

138

110x110 cm

Andador falante... uma velha senhora guia outra mais velha

Serge Tomé (Bélgica/Belgique)

Déambulateur grinçant... une vieille conduit une plus vieille

140

110x110 cm

Angèle Lux (Canadá/Canada)

Primeiro metrô o odor da última noite sobre l’odeurPremiermimmétrodelanuit

142

dernière sur moi

030x110 cm

Au pied de la vitrine de la « boutique minceur » un mendiant assis

Ao pé da vitrine da boutique fitness o mendigo sentado

Damien Gabriels (França/France)

144

050x050 cm

Maryse Chaday (França/France)

Reflexos do céu vertiginosas sombras Leinvertidasciel,les renverséesvertigineusesrefletsombres

146

100x100 cm

148

Cati Vaz (Brasil/Brésil)

Sou uma vitrine e no reflexo desse espelho etJeantiguidades...suisunevitrinedanslerefletde ce miroir antiquités...

100x100 cm

Si tu étais un bouddha je serais la pierre de ton front

Se fosses um buda eu seria a pedra de tua fronte

Olga Savary (Brasil/Brésil)

150

060x080 cm

152

Minha sombra com pernas mais longas não me afasta

Andre Duhaime (Canadá/Canada)

Mon ombre avec de plus longues jambes ne me distancie pas

080x060 cm

Martine Brugière (França/France)

154

Noite quente de maio –início de sonho perdido nos lençóis amarrotados

Nuit chaude de maidébut de rêve perdu dans les draps froissés

060x080 cm

156

Vignes rougesau pied de la Ste Victoire le sang de Cézanne...

Vinhas vermelhasao pé da Ste Victoire o sangue de Cézanne...

Martine Gonfalone-Modigliani (França/France)

080x100 cm

158

Geada de primavera na umfonteúltimo suspiro

Givre de printemps sur la dernierfontainefrisson

Patrick Faucher (França/France)

070x070 cm

160

No silêncio da capela adormecida um raio de luz

Dans le silence de la chapelle assoupie un trait de lumière

Andree Dametti (França/France)

080x060 cm

162

Andre Cayrel (França/France)

Família numerosa o velho varal retoma suas cores Famille étendue la vieille corde à linge reprend des couleurs

080x100 cm

164

Mohamad Alsari (Síria/Syrie)

Casa abandonada da janela quebrada sai a ladeMaisonluaabandonnéelafenêtrecasséelunesort

080x090 cm

166 Shiki (Japão/Japon)

No quarto vizinho também a luz apagada fria Dansnoitelachambre voisine la lumière aussi éteint –nuit froide

100x080 cm

Sous les arcades rester là à ne rien faire pour être sous les arcades

Sob as arcadas ali permanecer sem fazer nada para estar sob as arcadas

168

Andre Duhaime (Canadá/Canada)

050x060 cm

170

A casa velha do prostíbulo apresenta, de dia, olheiras nas janelas mal dormidas

Le vieux bordel pendant la journée, a des cernes aux fenêtres insomniaques

Eno Teodoro Wanke (Brasil/Brésil)

120x100 cm

Pierre Saussus (Bélgica/Belgique)

Frágil, tênue a nota de mil cores se une ao silêncio

Fragile, tenue la note aux mille couleurs rejoint le silence

172

100x100 cm

174 Rose de Sables (França/France)

Souffle chaud sa robe rouge s’affole –bouche de métro

Vento quente seu vestido vermelho enlouquece –boca de metrô

110x100 cm

176 Sarra Masmoudi (Tunísia/Tunisie)

Buquê de rosas –sobre seu vestido branco gotas de vinho

Bouquet de rosessur sa robe blanche quelques gouttes de vin

080x060 cm

No fundo da gaveta a mesma boneca colocada no lixo já por três vezes

178

Andre Duhaime (Canadá/Canada)

Au fond de son tiroir la poupée mise aux poubelles trois fois déjà

060x080 cm

180

Ivanilton Tristão (Brasil/Brésil)

Folhas caindo tapete colorido do meu destino Feuilles tombantes tapis coloré de mon destin

060x080 cm

Au pas de la porte l’offrande inattendue d’un rayon de soleil

Anne Brousmiche (França/France)

No batente da porta a oferta inesperada de um raio de sol

182

080x060 cm

184

Atrás do homem na porta aberta nada além da escuridão

Derrière l’homme dans la porte ouverte rien d’autre que l’obscurité

Johannes Manjrekar (Índia/Inde)

050x050 cm

186

Jeanne Painchaud (Canadá/Canada)

Trottoir matinal le vent doux roule dans l’insignifiance d’un sac

Calçada matinal o vento leve dança na insignificância de um saco

100x080 cm

Sur le tas d’ordures un volubilis a fleuri –tardif automne

Sobre a pilha de lixo um volubilis floresceu –outono tardio

188 Taigi (Japão/Japon)

100x080 cm

s/r

Bashô Iga, JPN [1644–1694] Osaka, JPN

192

Revue Gong nº 36 (Juillet-Septembre 2012) – Association Francophone de Haïku (AFH) revue-gong/Gong36.pdfhaiku.com/wp-content/uploads/2018/04/https://www.association-francophone-de-

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Angèle Lux Quebec (Québec), CND [1961]

Anne Brousmiche Estrasburgo (Strasbourg), FRA [1949]

Lettres québécoises nº 50 La revue de l’actualité littéraire (1988 lq/1988-n50-lq1170681/38703ac.pdfhttps://www.erudit.org/fr/revues/

Alonso Alvarez São Paulo, BRA https://www.pensador.com/frase/MTU3MjE/[1956]

Andre Cayrel Montpellier, FRA http://haiku-senryu.over-blog.net/[1946]

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Andre Duhaime Quebec, CAN [1948]

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Cati Vaz Pernambuco, BRA http://fruto de sonhos.blogspot.com[1985]

Buson Iga, JPN [1644–1694] Tokio,JPN

Danyel Borner Lyon, FRA [1962]

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Revue Gong nº 12 (Juillet 2006) – Association Francophone de Haïku (AFH)

Damien Gabriels Wattrelos, FRA

Revue Gong nº 41 (Octobre–Décembre 2013)

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Revue Gong nº 45 (Octobre–Décembre 2014) Association Francophone de Haïku (AFH)

Haigas Ocidentais 194

Revue Gong nº 35 (Avril–Juin 2012) – Association Francophone de Haïku (AFH)

Đinh Nhat Hanh Do Luong, VNM tan-man-xuan-dinh-nhat-hanh-2/https://haikuviet.com/[1928]

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Daniele Étienne-Georgelin Paris, FRA [1947]

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Daniele Duteil Saint-Martin-de-Ré, FRA [1951]

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Hélène Leclerc

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Eno Teodoro Wanke

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Pour que les étoiles ne s’éteignent jamais Iocasta Huppen. Ed. Stellamaris – Brest, 2015

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Guillaume Berne Canadá [n/i]

Revue Gong nº 11 (Avril Association2006) Francophone de Haïku (AFH) revue-gong/Gong11.pdfhaiku.com/wp-content/uploads/2018/04/https://www.association-francophone-de-

Françoise Jacquet Rhône-Alpes, FRA [n/i]

Iocasta Huppen

AnaVaz 195 revue-gong/Gong31.pdfhaiku.com/wp-content/uploads/2018/04/https://www.association-francophone-de-

Revue Gong nº 15 (Avril Association2007) Francophone de Haïku (AFH) revue-gong/Gong15.pdfhaiku.com/wp-content/uploads/2018/04/https://www.association-francophone-de-

Iași, ROU [1971]

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Hélène Boisse

Eric Hellal Paris, FRA [1976]

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Jean Antonini Paris, France [1946]

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Kubota Tóquio (Tokio), JPN [1889–1963]

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Jeanne Painchaud Quebec (Québec), CAN [1960]

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Revue Gong nº 25 (Octobre Association2009)Francophone de Haïku (AFH) revue-gong/Gong25.pdfhaiku.com/wp-content/uploads/2018/04/https://www.association-francophone-de-

Itamar Morgado Americana, BRA https://www.instagram.com/[1948]

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Jōsō Owari, JPN [1662–1704]

Ivanilton Tristão Rio de Janeiro, BRA br/autor_textos.php?id=174336https://www.recantodasletras.com.https://www.kakinet.com/graffiti/[1953]

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Revue Gong nº 25 (Octobre 2009) - Association Francophone de Haïku (AFH) revue-gong/Gong25.pdfhaiku.com/wp-content/uploads/2018/04/https://www.association-francophone-de-

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Poemas da Vida Inteira. Edições Bagaço – Recife, 2009 Lydia Padellec Paris, FRA [1976]

Jean Claude Nonet (Bikko) Indre, FRA [1958]

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Johannes Manjrekar Gujarat, IND [1957–2020] Baroda, IND https://www.tempslibres.org

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Monique Leroux Serres Pays de Loire, FRA [1956]

AnaVaz 197

Madoka Mayuzumi Kanagawa, JPN [1962]

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Ah! Le printemps

Haïku – Collection Documents spirituels Librairie Arthème Fayard – Paris, 1978

· Doutorado em Letras: Universidade Federal de Pernambuco –Recife/PE/BRASIL, 2009

· Estudos para Maîtrise en Artes Plásticas no Centre St. Charles – Université de Paris I – Panthéon Sorbonne – Paris/ FRANÇA, 1979

· Doutorado Sandwich em Letras junto à l’Université de Paris III – Censier Sorbonne – Paris/FRANÇA, 2008

Formação Acadêmica Formation Académique

· Licenciatura em Desenho e Plástica – Université de Paris VIII Panthéon Sorbonne – Paris/ FRANÇA, 1978

· Doctorat en Lettres à l’Université Fédérale du Pernambouc – Recife/BRESIL, 2009

· Estudos na École Nationale Superièure des Beaux Arts (ENSBA) – Paris/ FRANÇA, 1977 a 1982

· Études au Centre de Recherches d’Art Ivan Serpa – Rio de Janeiro/BRESIL, 1976

· Études pour une Maîtrise en Arts Plastiques au Centre St. Charles – Université de Paris I – Panthéon Sorbonne – Paris/FRANCE, 1979

· Licence en Dessin et Arts Plastiques – Université de Paris VIII –Panthéon Sorbonne – Paris/FRANCE, 1978

· Doctorat Sandwich en Lettres à l’Université de Paris III – Censier Sorbonne – Paris/FRANCE, 2008

· Estudos no Centro de Pesquisa de ArteIvan Serpa – Rio de Janeiro/ BRASIL, 1976

200

· Études à l’École Nationale Supérieure des Beaux Arts (ENSBA) – Paris/ FRANCE, 1977 à 1982

· Estudos para Licenciatura em Desenho e Plástica – Universidade Federal de Pernambuco – Recife/BRASIL, 1975

AnaVaz

· Études pour une Licence en Arts Plastiques à l’Université Fédérale du Pernambouc – Recife/BRESIL, 1975

· Galerie de l’Alliance Française – Rio.de Janeiro/RJ/BRESIL, 1977

201

· Inter–Forum des Halles –Paris/FRANCE, 1981

Exposições Individuais Expositions Personnelles

· Galeria La Maison des Beaux.Arts –Paris/FRANÇA, 1980

· Musée de l’État du Pernambouc.–Recife/PE/BRESIL, 1976

· Maison de la Culture –Ouen–l’Aumône/FRANÇA,St. 1982

· Musée d’Art Contemporain du Pernambouc Olinda/PE/BRESIL,– 1975

· Inter–Forum des Halles –Paris/FRANÇA, 1981

· FRAC – Fondation pour la Recherche.Artistique et Créative –Paris/FRANÇA, 1980

· Maison de la Culture de Le Plessis-Robinson – Le P lessis-Robinson/FRANÇA, 1982

· Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco – Olinda/PE / BRASIL, 1976

· Galerie La Maison des Beaux–.Arts –Paris/FRANCE, 1980

· MASP – Museu de Arte de São Paulo –São Paulo/SP/BRASIL, 1983

· Museu do Estado de Pernambuco.–Recife/PE/BRASIL, 1976

· Maison de la Culture au Plessis-Robinson –Plessis-Robinson/FRANCE,Le 1982

· Fondation pour la Recherche Artistique et Créative (FRAC) –Paris/FRANCE, 1980

· Galeria da Aliança Francesa – Rio.de Janeiro/RJ/BRASIL, 1977

· Musée d’Art de São Paulo (MASP) – São Paulo/SP/BRESIL, 1983

· Maison de la Culture – St. Ouen –l’Aumône/FRANCE, 1982

· Musée de l’État du Pernambouc –Recife/PE/BRESIL, 1991

· Galeria Futuro 25 Recife/PE/BRASIL,– 1999

· Traço Galeria de Arte – São Paulo/SP/BRASIL, 1988

· Galeria Metropolitana Aloísio Magalhães – Recife/PE/BRASIL, 1983

· Galerie Vicente do Rego Monteiro – Fondation Joaquim Nabuco –Recife/PE/BRESIL, 1990

· Traço Galerie d’Art – São Paulo/SP/BRESIL, 1988

· Galeria Bonino – Rio de Janeiro/ RJ/BRASIL, 1988

· Galerie Villa Rica –Recife/ PE/BRESIL, 1993

Haigas Ocidentais 202

· Artefacto – Recife/PE/BRASIL, 1995

· Galerie Officina –Recife/PE/BRESIL 1985

· Galeria Officina Recife/PE/BRASIL,– 1985

· Galeria Villa Rica Recife/PE/BRASIL,– 1992

· Maison Artefacto – Recife/ PE/BRESIL, 1995

· Galeria Vicente do Rego Monteiro da Fundação Joaquim Nabuco –Recife/PE/BRASIL, 1990

· Galerie Futuro 25 – Recife/ PE/BRESIL, 1999

· Galerie Métropolitaine Aloísio Magalhães – R ecife/PE/BRESIL, 1983

· Galeria da Arteforte – Recife/ PE/BRASIL, 1996

· Galerie Belo Belo Recife/PE/BRESIL,–1989

· Galerie Bonino – Rio de Janeiro/RJ/BRESIL, 1992

· Galeria Bonino – Rio de Janeiro/ RJ/BRASIL, 1992

· Galeria Paulo Figueiredo –Brasília/DF/BRASIL, 1986

· Galerie Arteforte – Recife/ PE/BRESIL, 1996

· Galerie Paulo Figueiredo – Brasília/ DF/BRESIL ,1986

· Galerie Bonino – Rio de Janeiro/RJ/BRESIL, 1988

· Museu do Estado de Pernambuco –Recife/PE/BRASIL, 1991

· Galeria Belo Belo Recife/PE/BRASIL,– 1989

· II Salão de Arte Global – Casa da Cultura – Recife/PE/BRASIL, 1975

· XXX Salão « La Jeune Peinture » –Paris/FRANÇA, 1979

· Museu de Arte de Joinville (MAJ) –Joinville/SC/BRASIL, 2014

· Coletânea Galeria de Arte – Rio de Janeiro/RJ/BRASIL, 2001

· II Salon des Nouveaux – Musée d’Art Contemporain – Olinda/PE/BRESIL, 1974

· Musée d’Art de Joinville (MAJ) –Joinville/SC/BRESIL, 2014 exposições coletivas expositions collectives

· Espaço Cultural do BRDE – Curitiba/ PR/BRASIL, 2014

· Coletânea Galerie d’Art – Rio de Janeiro/RJ/BRESIL, 2001

· II Salão dos Novos – Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco –Olinda/PE/BRASIL, 1974

“Arte na Rua” – St. Maur/FRANÇA, 1978

· « L’Art dans la Rue » – St. Maur/FRANCE, 1978

· “A Arte Latino–Americana” –Geneviève-le-Gasny/FRANÇA,St.1979

·

AnaVaz 203

· « L’Art Latino–Américain » –Geneviève-le-Gasny/FRANCE,St.1979

· XXX Salon La Jeune Peinture –Paris/FRANCE, 1979

· Espace Culturel du BRDE – Curitiba/ PR/BRESIL, 2014

· «Structures Humaines » Nouvelle Figuration – Paris/FRANCE, 1980

· Museu do Estado de Pernambuco (Retrospectiva ANA VAZ – 30 ANOS DE PINTURA) – Recife/PE/BRASIL, 2011

· II Salon d’Art Global – Maison de la Culture – Recife/PE/BRESIL, 1975

· “Estruturas Humanas” Nova Figuração–Paris/FRANÇA, 1980

· Musée de l’État du Pernambouc (Rétrospective « ANAVAZ – 30 ANS DE PEINTURE » – Recife, BRESIL, 2011

· LIS’81 – Exposição Internacional de Desenhos – Galeria Nacional de Arte Moderna – Lisboa/PORTUGAL, 1981

· XXXI Salão « Jeune Peinture Jeune Expression » – Parc Floral – Paris, FRANCE, 1980

· Bienal « L’Art et Papier » – Palais de l’Europe – Normandia/FRANÇA, 1980

· Salão ARTEDER 82 –Bilbao/ESPANHA, 1982

· XXXI Salon Jeune Peinture Jeune Expression – Parc Floral – Paris, FRANCE, 1980

· XVI Grand Prix International d’Art Contemporain – Centre de Congrès –Monte Carlo/MONACO, 1982

· “Três Artistas Brasileiros” – Casa da Culture de St. Etienne – St. Etienne/FRANÇA, 1980

· Coletiva Anual de Artistas Bolsistas do Governo Francês – Unesco –Paris/FRANÇA, 1980

· Collective Annuelle des Artistes Boursiers du Gouvernement Français – Maison de l’Unesco –Paris/FRANCE, 1980

· « Trois Artistes Brésiliens » – Maison de la Culture de St. Etienne – St. Etienne/FRANCE, 1980

· Galeria l’Oeil de Boeuf –Paris/FRANÇA 1981

· Galerie l’OEil de Boeuf –Paris/FRANCE, 1981

· Salon Figuration Critique – Mairie de Joinville-le-Pont/FRANCE, 1980

· XXXIII Salon La Jeune Peinture – Grand Palais – Paris/FRANCE, 1982

· XVI Grande Prêmio Internacional de Arte Contemporânea – Centro de Congressos – Monte Carlo/MÔNACO, 1982

Haigas Ocidentais 204

· Salão « Figuration Critique »– Prefeitura de Joinville-le-Pont/FRANÇA, 1980

· XXI Salon d’Art de Mantes–la–Jolie – Hôtel de Ville Mantes-la-Jolie/FRANCE,– 1981

· Salon ARTEDER 82 –Bilbao/ESPAGNE, 1982

· LIS’81 – Exposition Internationale de Dessins – Galerie Nationale d’Art Moderne – Lisbonne/PORTUGAL, 1981

· XXXIII Salão « La Jeune Peinture » –Grand Palais – Paris/FRANÇA1982

· XXI Salão de Arte de Mantes–la–Jolie – Hôtel de Ville Mantes-la-Jolie/FRANÇA,– 1981

· Biennale « L’Art et le Papier » – Palais de l’Europe – Normandie/FRANCE, 1980

· Coletiva de fim de ano da Galeria Bonino – Rio de Janeiro/RJ/BRASIL, 1988

· “As Bruxas estão Soltas” – São Conrado Fashion Mall – Rio de Janeiro/RJ/BRASIL, 1987

· “O Desporto na Arte” – MB Arte –Recife/PE/BRASIL, 1992

AnaVaz 205

· XXXVIII Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, com obtenção do prêmio José Gomes de Figueiredo –Recife/PE/BRASIL, 1985

· Artistes du Pernambouc –Fondation Álvares Penteado – São Paulo/SP/BRESIL, 1985

· XXXVIII Salon d’Art Plastique du Pernambouc, avec l’obtention du prix José Gomes de Figueiredo –Recife/PE/BRESIL, 1985

· III Biennale du Recôncavo – Centre Culturel Dannemann – Recôncavo Baiano/BA/BRESIL, 1995

· « Mort et Vie Severina » – Musée de l’État du Pernambouc –Recife/PE/BRESIL, 1995

· “Um Olhar sobre os Trópicos” – Projeto Cumplicidades –Lisboa/PORTUGAL, 1994

· Aperçu des Arts Visuels dans le Pernambouc – Galerie Métropolitaine Aloísio Magalhães –Recife/PE/BRESIL, 1986

· « Le Sport dans l'Art » – MB Arte –Recife/PE/BRESIL, 1992

· Collective de Noël – Galerie Bonino –Rio de Janeiro/RJ/BRESIL, 1988

· “Morte e Vida Severina” – Museu do Estado de Pernambuco –Recife/PE/BRASIL, 1995

· « Un Regard sur les Tropiques » –Musée Municipale Figueira da Foz –Lisbonne/PORTUGAL, 1994

· Panorâmica das Artes Plásticas de Pernambuco – Galeria Metropolitana Aloísio Magalhães –Recife/PE/BRASIL, 1986

· III Bienal do Recôncavo – Centro Cultural Dannemann – São Félix/BA/BRASIL, 1995

· « Les Sorcières sont Lâches » – São Conrado Fashion Mall – Rio de Janeiro/RJ/BRESIL, 1987

· Artistas de Pernambuco –Fundação Álvares Penteado – São Paulo/BRASIL, 1985

“Praças do Recife” – Galeria Augusto Rodrigues – Recife/PE/BRASIL, 1998

· Exposições Coletivas do Imipe – Espaço Cultural Bandepe e Museu do Estado de Pernambuco– Recife/PE/BRASIL, 2000 a 2019

« Arte e Justiça » – Palácio da Justiça –Recife/PE/BRASIL, 2000

·

· “Manet & Monet” – Galeria Augusto Rodrigues – Recife/PE/BRASIL, 2003

· « Revisitant Degas » – Galerie Augusto Rodrigues – Recife/PE/BRESIL, 2002

· Expositions collectives du IMIPE –Espace Culturel Santander et Musée de l’État du Pernambouc – Recife/PE/ BRESIL, 2000 a 2019

« Manet & Monet » – Galerie Augusto Rodrigues – Recife/PE/BRESIL, 2003

“Homenagem a Vicente do Rego Monteiro” – Galeria Ranulpho –Recife/PE/BRASIL, 2005

· « Hommage à Vicente do Rego Monteiro » – Ranulpho Galerie –Recife/PE/BRESIL, 2005

· « Art et Justice » – Palais de Justice –Recife/PE/BRESIL, 2000

·

Coletiva de Maio – Galeria Futuro 25 –Recife/PE/BRASIL, 1997

· « Jardins de Recife » – Galerie Augusto Rodrigues – Recife/PE/BRESIL,1998

· « Affections Volées » – Espace Culturel Eugénie Villien – São Paulo/SP/BRESIL, 2006

· “Pernambucaníssimos” – Ranulpho Galerie – Recife/PE/BRESIL, 2007

·

· “Pernambucaníssimos” – Galeria Ranulpho – Recife/PE/BRASIL, 2007

·

· “Geografia da Fome” – Galeria Futuro 25 e Fundação Cultural do DF – Recife/ PE e Brasília/DF/BRASIL, 1996

· « Géographie de la Faim » – Galerie Futuro 25 et Fondation Culturelle du District Fédéral – Recife/PE et Brasília/DF/BRÉSIL, 1996

· Collectif de Mai – Galerie Futuro 25 –Recife/PE/BRESIL, 1997

·

“Revisitando Degas” – Galeria Augusto Rodrigues – Recife/PE/BRASIL, 2002

· “Afetos Roubados ” – Espaço Cultural Eugénie Villien – São Paulo/SP/BRASIL, 2006

·

Haigas Ocidentais 206

· Ilustração para capas de livros editados pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Pernambuco –Recife/PE/BRASIL, 1976

· Assistance administrative à Ranulpho Galeria – Recife/PE/BRESIL, 1975

· Illustration pour des couvertures de livres édités par Le Secretariat d’Éducation et Culture de l'État du Pernambouc – Recife/PE/BRESIL, 1976

· Direction du Département Artistique de la Gráfica Rozenblit. Recife/PE/ BRESIL, 1976

· Coordenação de trabalhos coletivos sob a forma de pinturas murais, painéis e outras propostas plásticas – Olinda/ PE/BRASIL, 1984/1985

· Participation à la Structuration du FRAC – Fondation de Recherche Artistique et Créative (FRAC) – Paris/FRANCE, 1980

· Participação no movimento Figuration Critique – Paris/FRANÇA, 1980

Outras Atividades Culturais D'Autres CulturellesActivités

· Organização de cursos de técnicas de pintura, ministrados no ateliê da artista – Olinda/PE/BRASIL, 1984/1985

· Membro de júris de seleção e premiação de diversos salões de artes plásticas –João Pessoa/PB e Recife/PE/BRASIL, 1984 a 1996

· Organisation des cours sur les Techniques de Peinture, dispensés dans l'atelier de l'artiste –Olinda/PE/BRESIL, 1984/1985

· Participação na criação da Fundação de Pesquisa Artística e Criativa (FRAC) –Paris/FRANÇA, 1980

· Assessoria Administrativa da Galeria Ranulpho – Recife/PE/BRASIL, 1975

· Membre de jurys de sélection de plusieurs salons d'arts plastiques. João Pessoa/ PB et Recife/PE /BRESIL, 1984 à 1996

· Chefia do Departamento de Arte da Gráfica Recife/PE/BRASIL,Rozenblit.1976

· Participation au mouvement Figuration Critique – Paris/FRANCE, 1980

AnaVaz 207

· Coordination d'oeuvres collectives sous forme de murales, panneaux et autres propositions plastiques –Olinda/PE/BRESIL, 1984/1985

· Fundação do Espaço Cultural ArteForte – Recife/PE/ BRASIL, 1993

· Participação no movimento “Pinta no Rio”, com execução de pinturas murais urbanas – Rio de Janeiro/RJ/BRASIL, 1987/1988

· Curadoria da “Coletiva Pasárgada”, na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) –Recife/PE/ BRASIL, 1995

· Création de l'Espace Culturel ArteForte – Recife/PE/BRESIL, 1993

· Lançamento da Galeria Virtual ArteForte no site abr/3onda/ artefortewww.elogica.com.(desativado)–19961998

· Curatelle de la « Coletiva Pasárgada », à la Fondation du Patrimoine Historique et Artistique de Pernambuco (Fundarpe) –Recife/PE/ BRESIL, 1995

Haigas Ocidentais 208

· Curadoria da exposição “Aluísio Pontual” (in memoriam) no Espaço Arte com Arte– Recife/PE/ BRASIL, 1997

· Curatelle de l'exposition collective itinérante composée de panneaux réalisés par des artistes débutants, présentée à la Galerie Métropolitaine Aloísio Magalhães, Recife/PE, et à la Galerie Archidy Picado, João Pessoa/PB/BRESIL, 1986

· Participation au mouvement "Pinta no Rio" avec l'exécution de peintures murales urbaines. Rio de Janeiro/RJ/BRESIL, 1987/198

· Coordenação da mostra coletiva “Vinte na Caixa”, distribuída em diversas Agências da Caixa Econômica Federal –Recife/PE/ BRASIL, 1992

· Lancement de la Galerie Virtuelle Arteforte sur le site: www.elogica. com.br/3onda/ arteforte (actuellement désactivée) – 1996 a 1998

· Curadoria da Mostra coletiva itinerante composta de painéis realizados por artistas iniciantes, expostos na Galeria Metropolitana Aloísio Magalhães e na Galeria Archidy Picado – Recife/PE e João Pessoa/PB/BRASIL, 1986

· Inauguração da Galeria “Vitrine de Arte”, no Espaço ArteForte – Recife/PE/ BRASIL, 1994

· Coordination de l'exposition "Vinte na Caixa", distribuée dans plusieurs succursales de la Caixa Econômica Federal – Recife/PE/BRESIL. 1992

· Curatelle de l'exposition « Aluísio Pontual » (in memoriam) à l’Espace Arte com Arte – Recife/PE/ BRESIL, 1997

· Inauguration de la Galerie « Vitrine d’Art », à l’Espace Arteforte – Recife/PE/ BRESIL, – 1994

· Produção Executiva da exposição “AnaVaz – 30 Anos de Pintura” – Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) –Recife/PE/ BRASIL, 2011

· Production exécutive de l'exposition "AnaVaz – 30 ans de peinture" – Musée de l’État du Pernambouc (MEPE) –Recife/PE/ BRESIL, 2011

· Prêmio de Artes Plásticas “Tacaruna Mulher” – Recife/PE/BRASIL, 2010

· Curadoria da exposição “Artistas do Arte Forte” – ABA Art Gallery – Recife/PE/ BRASIL, 2000

· Prix Honorable d’Art Plastique « Tacaruna Mulher » –Recife/PE/BRESIL, 2010

AnaVaz 209

· Curatelle de l'exposition « Artistes de l’ArteForte » – ABA Art Gallery –Recife/PE/ BRÉSIL, – 2000

www.anavaz.com

Whatsapp: (81) 9 9421 7982 Instagram: @anavazpintora Facebook: https://www.facebook.com/ana.vaz.9634 E-mail: anavaz@gmail.com

Site:anavaz

Este livro foi composto em Anivers e Varent Grotesk, impresso em papel couchê 150g/ m² em Recife no mês de Setembro de 2022.

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