Trabalho final de graduação
Arquitetura e Urbanismo Laura Lélis Carrara
Dez. 2014
REabilitAÇÃO URBANA ATRAVÉS DA IMPLANTAÇÃO DE MORADIA
Trabalho Final de Graduação (TFG)
REABILITAÇÃO URBANA ATRAVÉS DA IMPLANTAÇÃO DE MORADIA
Autor: Laura Lélis Carrara Caetano Orientador: Rita Fantini Arquitetura e Urbanismo Estácio UNISEB - Ribeirão Preto 2014
2
3
Ficha Catalográfica C127r
CAETANO, Laura Lélis Carrara. Reabilitação Urbana Através da Implantação de Moradia. Laura Lélis Carrara Caetano. - Ribeirão Preto, 2014. 116 f. il..
Orientadora: Profª. Mª. Rita Fantini. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário UNISEB de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo
sob a orientação da Profª. Mª. Rita Fantini. 1. Intervenção Urbana. 2. Degradação. 3. Moradia na área central. I. Título. II. FANTINI, Rita. CDD 574.526
4
5
6
Resumo O tema escolhido para a realização deste trabalho final de graduação é a reabilitação urbana através da implantação de moradia na área central de Ribeirão Preto, no setor conhecido como “baixada”. A moradia, neste caso, pode funcionar como ferramenta para dinamizar a região em horários não comerciais , inserindo novas atividades e consequentemente reabilitando a área. Apesar de intensamente ocupado, este setor do quadrilátero central de Ribeirão Preto apresenta significativa quantidade de espaços subutilizados, seja na forma de lotes vazios resultantes de demolições que funcionam como estacionamentos, ou de edificações precárias encortiçadas. Assim o projeto proposto neste trabalho procura reaproveitar estes espaços subutilizados mediante a implantação de moradias. Como objeto de estudo foi selecionada uma quadra entre os Estúdios Kaiser e o Mercado Municipal, com a intenção de transforma-la, hoje fechada, em quadras abertas, estruturando um eixo de circulação público dentro do lote. Palavras chave: Intervenção Urbana — Degradação —Moradia na área central– Ribeirão Preto– quadra aberta
9
Agradecimento Agradeço à minha família, pelo apoio e incentivo aos estudos. Á minha orientadora Rita Fantini pelo emprenho dedicado à elaboração deste trabalho. Aos professores Carlos Stechhahn, César Muniz, Vera Migliorini, Elizabeth Oshima, Roberto Ferreira e Marcela Petenusci pela orientação, apoio е confiança. E a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação.
10
Sumรกrio
11
1 Introdução Definição Pág.13 Justificativa Pág.15
“...UMA COISA É O LUGAR FÍSICO ,
2 Implantação
OUTRA É O LUGAR
Localização Pág.19
PARA O PROJETO .
Objetivos Pág.14
Intervenções em Centros Urbanos Pág. 20
E O LUGAR NÃO É
Breve Histórico de Ribeirão Preto Pág.24 Levantamento da Área Central
NENHUM PONTO DE
Pág.26
PARTIDA,
Levantamento da “Baixada” Pág. 28 Análise Comportamental Pág.44 Identificação das Potencialidades e Fragilidades Pág.46
MAS É UM PONTO DE CHEGADA.
3 Projeto Condicionantes do Projeto - O Lugar Pág. 48
PERCEBER O QUE É
Referências Projetuais— Quadra Aberta Pág. 49
O LUGAR É JÁ FAZER
Quadra e Lotes Escolhidos para o Projeto Pág. 54 Viabilidade do Projeto Pág. 56
O PROJETO.”
Programa + Memorial Descritivo Pág. 57 Estudos de Implantação e Volumetria Pág. 58 Desenvolvimento do Projeto Pág 64
4 Bibliografia Pág. 115
Ilustração do projeto. Fonte: LAURA, 2014.
12
ÁLVARO SIZA
1 INTRODUÇÃO
13
DEFINIÇÃO Trata-se de uma intervenção urbana com
a reabilitação de uma área
1
degradada de Ribeirão Preto conhecida como “baixada”. Será realizada através da implantação de moradias em lotes vazios ou subutilizados, desta maneira, a interferência do projeto é mínima, garantindo a preservação do que há preexistente. A moradia funcionará como mantenedora de movimentação em períodos não comerciais, revertendo este processo com os seguintes passos: 1. Área degradada com lotes vazios 2. Implantação de moradias 3.
+ Pessoas circulando + Segurança + Valorização da área
2
3 Ilustração do impacto do projeto. Fonte: LAURA, 2014.
Reabilitação Urbana A forma de intervenção integrada sobre o tecido urbano existente, em que o patrimônio urbanístico e imobiliário é mantido, no todo ou em parte substancial, e modernizado através da realização de obras de remodelação ou beneficiação dos sistemas de infraestruturas urbanas, dos equipamentos e dos espaços urbanos ou verdes de utilização coletiva e de obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação ou demolição dos edifícios; Conceito urbanístico de Reabilitação Urbana Ao longo dos últimos 80 anos muito se tem discutido e debatido sobre os conceitos, os princípios da reabilitação e os meios de atuação sobre o património, seja ele edificado, cultural ou natural. Destes debates têm sido produzidos um conjunto de recomendações, cartas ou resoluções que procuram estabelecer uma visão comum sobre estas problemáticas.
Urbana têm sido objeto, ao longo dos anos, de diversos e diferentes conceitos, mais ou menos complexos, que se encontram vertidos na abundante legislação urbanística em vigor. Não chegando a ser contraditórios, a sua interpretação tem levado a aplicação de diferentes critérios para situações que, no seu conteúdo, são semelhantes. Considerando que a simples certificação de uma intervenção, como de reabilitação, pode significar a atribuição de um apoio ou benefício fiscal, compreende-se a necessidade de termos uma definição clara, rigorosa e única dos termos que empregamos. A concessão de benefícios fiscais e a redução de taxas municipais em obras de reabilitação já tem, hoje em dia, um significado relevante. Porém é importante que esses benefícios incidam em efetivas obras de reabilitação. A elaboração da presente estratégia de reabilitação obriga a, quanto antes, definir claramente o conceito de Reabilitação Urbana.
As definições de Área e/ou Obra de Reabilitação
Fonte: Autor Desconhecido; ESTRATÉGIA REABILITAÇÃO URBANA DE LISBOA. 2 0 1 1 / 2 0 2 4
14
DE
OBJETIVOS Reabilitar tecidos urbanos degradados ou em degradação através dos seguintes itens:
três tipologias diferentes de apartamentos e o projeto atende as núcleos familiares de uma pessoas à seis. Elementos como aberturas para ventilação e insolação, terraço jardim, pilotis, estrutura independente, acessos independentes por bloco, etc. garantem a qualidade do espaço para os moradores.
1.Dinamizar a região em horários não comerciais Em regiões predominantemente comercial o fluxo de pessoas e veículos é intenso no horário comercial e ao encerrar as atividades a movimentação é reduzida. Com a implantação de moradia a circulação de pessoas no espaço público se mantém no período noturno e é possível reabilitar a área, garantindo qualidade e segurança aos habitantes.
5.Garantir a proteção e promover a valorização do património cultural, afirmando os valores patrimoniais A região é historicamente importante para a cidade, e os últimos exemplares, da época do café na cidade e todo processo de mudança de uso e tipologias , estão registradas na região estudada. É indispensável garantir a integridade dos edifícios do entorno e não interferir na paisagem.
2.Aplicar o conceito de quadra aberta A quadra aberta é uma opção projetual para dinamizar a circulação de pedestres na quadra. É possível incluir nos projetos privados eixos de circulação de pedestres que ligam uma calçada a outra.
6.Modernizar as infraestruturas urbanas
3.Reaproveitar espaços subutilizados
Com a implantação do projeto a densidade consequentemente aumentará, é importante modernizar as infraestruturas urbanas compatíveis com a alteração que proporcionará a intervenção. E nesse item incluem: encanamentos água, esgoto, iluminação etc.
Após o processo de esvaziamento da área central e presença de comércio as antigas edificações foram demolidas e substituídas por galpões de estacionamento privado. Os lotes destes empreendimentos são considerados subutilizados, pois não possuem adensamento. Do ponto de vista urbanístico estes lotes poderiam ser melhor aproveitados com outras atividades que garantem a ocupação adequada, como é o caso do projeto proposto.
7.Criação de espaços verdes, espaços urbanos e os equipamentos de utilização coletiva 8.Promover a criação e a melhoria das acessibilidades para cidadãos com mobilidade condicionada
4.Implantar moradias O instrumento escolhido para reabilitar a área degradada é a implantação da moradia que funcionará como gerador de fluxo. Com
15
JUSTIFICATIVA Para reabilitar a “baixada”, que passa por Degradação áreas centrais
um processo de degradação, é necessário a integração de propostas que acrescentem espaços públicos e verde com qualidade, construa um edifício gerador de fluxo e que o patrimônio urbanístico e imobiliário seja mantido. Com algumas propostas urbanas é possível que a área retome seu valor histórico e social ou que tenha a mesma qualidade de outras área do quadrilátero central.
“A desvalorização do ambiente construído faz parte do processo capitalista de crescimento urbano e o abandono de locais de trabalho, o alto índice de mudanças de estabelecimentos comerciais e os congestionamentos de transito são considerados como causas da decadência dos centros mais antigos das cidades. Os proprietários de imóveis à espera do retorno dos investimentos imobiliários têm suas propriedades ocupadas por uma população pobre e uma economia pobre para os quais o espaço construído das áreas centrais significa uma economia, induzindo ainda mais a população mais próspera a abandonar o centro das cidades. “
a menor densidade populacional do quadrilátero central, representado em amarelo claro A área possui
no gráfico abaixo baseado nos dados de densidade do ibge 2010 e do levantamento de número de residências realizado em Março de 2014, devido a grande quantidade de serviço e comercio e poucas residências. A proposta de implantação de moradias na “baixada” de Ribeirão Preto busca aumentar o fluxo de pessoas, principalmente em horário não comercial.
O impacto dos estacionamentos nos centros urbanos: o caso de Curitiba; 132.02ano 11, maio 2011; Disponível em : h t t p: / / Fonte: SIPINSKI, CARLOS; SCHMITZ, KÁTIA;
www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.132/3892
Fonte: IBGE, Sinopse do Censo 2010-Densidade Demográfica Preliminar.
16
Já o espaço público, pelo esvaziamento das
ruas no período não comercial e a falta de iluminação pública, tornou-se em um lugar usado por prostitutas, traficantes, usuários de drogas e moradores de rua. Para se tornar atrativa para a população e deixar a proporção dos usos de ocupação equilibrados, já que a área possui de comércio e serviço, tornando-a mais segura e convidativa.
17
Fonte: LAURA, 2014.
Fonte: LAURA, 2014.
18
2 implantação
19
LOCALIZAÇÃO Qualidade do entorno São
diferenciais
que
contribuem
para
implantação de moradia
de
reabilitar
como forma a área: bairro
consolidado, grande movimentação de pessoas, presença de comércio e serviço, abastecido de equipamentos públicos, infraestrutura completa, relevância para o município, lotes vazios ou possíveis de demolição, possibilidade de junção de lotes para criar a permeabilidade da quadra.
CENTRO
Fonte: Google Earth , 2014.
Contexto Urbano Os lugares mais propícios para implantação do projeto proposto são os que degradaram e precisam de uma reabilitação urbana. A ausência de moradia contribui para o esvaziamento do espaço público no período noturno e torna o local inseguro.
Av. Francisco Junqueira
Rua José Bonifácio
Diretrizes de implantação Após escolher o bairro que se adequa às propostas do projeto de reabilitação urbana através da implantação de moradia é importante analisar qual lote tem os seguintes potenciais: subutilização, visibilidade, facilidade de acesso e possibilidade de junção de um ou mais lotes.
5 Mercadão
Centro Popular de Compras
Local escolhido para implantação do projeto de reabilitação Urbana
Rodoviária
Cidade: Ribeirão Preto-São Paulo Bairro: Centro
Av. Jerônimo Gonçalves
Região: “baixada” Fonte: Google Earth, 2014.
20
INTERVENÇÕES EM CENTROS URBANOS Histórico—conceito
processo é que houve uma ALTERAÇÃO NO FLUXO que se dirigia ao centro urbano. “ (Vargas, Heliana Comin. Centros Urbanos: Porque intervir?. 2006.pag3)
Os centros urbanos são, geralmente, considerados os locais mais dinâmicos da cidade. Possuem grande fluxo de pessoas, veículos e mercadorias devido à presença de instituições públicas, religiosas e atividades do setor terciário. O Setor terciário inclui o comércio e os serviços de lazer, financeiros, educacional, hospedagem etc. O centro é um espaço privilegiado de cultura e história, é o ponto inicial da cidade e que através das edificações retratam as suas transformações e resgatam memórias.
Heliana Comim Vargas classificou da seguinte forma as causas da degradação: Causas de origem interna: • Congestionamento de atividades leva ao: congestionamento de trânsito, poluição do ar, poluição visual, aumento do preço do solo, escassez de áreas, falta de estacionamentos, intervenções inadequadas; (pedestrianização) • O passar do tempo leva: ao anacronismo e inércia das edificações e da infraestrutura; problemas com a estrutura fundiária. Como causas de origem externa destacam-se: • A concorrência de outras áreas da cidade em decorrência: da expansão urbana; da oferta imobiliária considerada mais promissora, em termos de qualidade de vida urbana, (ainda que de forma induzida); dos avanços tecnológicos que exigem áreas e edificações de diferentes características, não encontradas nos centros mais antigos. Embora mais na condição de efeito do processo de deterioração do que de causa, o êxodo de atividades também aparece no conceito de deterioração, caracterizado por: • Abandono/desocupação das edificações, pelo uso residencial, pelas Instituições públicas, pelo comércio e serviços mais qualificados, apropriação indevida dos espaços públicos ocupação considerada inadequada das edificações. (atividades ilegais, encortiçamento, dentre outras)
A somatória dessas características gera fortalecimento da centralidade. Portanto o centro representa, para os habitantes, um lugar de encontros, descanso e abastecimento. E mais importante do que essas atividades que o centro proporciona é a capacidade de gerar na população a coletividade e a identificação de cada indivíduo como pertencente da história da sua cidade. Em certa fase do desenvolvimento dos centros urbanos foi necessário, por vários fatores, criar subcentros nos bairros mais novos e distantes da área central. Com essas novas centralidades, os melhores empreendimentos se deslocaram, e o seu espaço no centro, muitas vezes ficaram vazios ou foram ocupados com um comércio inferior. Assim aconteceu com os moradores também, ao adensar o centro, algumas famílias preferiram mudar para os novos bairros periféricos. Consequentemente o fluxo diminuiu e a qualidade do local foi alterada, e cada vez mais decadente, chegando ao ponto de obter vários lotes vazios ou com edifícios subutilizados, incluindo os históricos. Podese afirmar que o surgimento dos subcentros aceleraram a deterioração e degradação das áreas centrais. “Portanto, o que se pode concluir deste
21
As áreas centrais estão resgatando o seu significado de uso, por ser um bairro consolidado com infraestrutura existente, história urbana, distribuição e bastecimento, entre outros.
Objetivos da intervenção em centros urbanos segundo o MINISTÉRIO DAS CIDADES A Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais por meio da recuperação do estoque imobiliário subutilizado promove o uso e a ocupação democrática e sustentável dos centros urbanos, propiciando o acesso à habitação com a permanência e a atração de população de diversas classes sociais, principalmente as de baixa renda; além do estímulo à diversidade funcional recuperando atividades econômicas e buscando a complementaridade de funções e da preservação do patrimônio cultural e ambiental. Esses objetivos são parte integrante de uma nova política urbana baseada nos princípios e instrumentos do Estatuto da Cidade. O incremento do uso da infra-estrutura urbana já disponível por meio da ampliação da oferta de moradia reduz os investimentos públicos e promove a melhoria das áreas centrais, contribuindo para reverter os processos de esvaziamento e degradação. E mais, amplia o acesso da população à cidade, garantindo que uma parcela cada vez maior desta possa usufruir das áreas melhores equipadas e estruturadas.
Fonte:: VARGAS, Heliana; CASTILHO, Ana; Intervenções em Centros Urbanos, 2006. ISBN 8520420389
Estratégias "Nos quadros a seguir estão resumidamente apresentados as idéias, as causas da deterioração urbana, os objetivos, estratégias e resultados, que consideramos presentes em três momentos diferenciados do processo de intervenção em áreas urbanas centrais. (VARGAS & CASTILHO, 2006). Os resultados destes processos refletidos na construção da imagem urbana por meio das intervenções físicas também são significativos como elementos para a sua compreensão, a partir de algumas imagens dos projetos selecionados.” Fig. 1 Lincon Center-Nova York
22
A PRESERVAÇÃO 1990 (Figura 2, 3 e 4)
URBANA—1970-
A RENOVAÇÃO URBANA-1950-1970 (Figura 1)
As idéias—história e a tradição- símbolo de status e distinção; crítica ao lugar comum, à padronização e valorização do diferente; a contracultura como crítica à sociedade de consumo; a preservação ambiental e do patrimônio histórico;
As idéias - ideologia do movimento moderno- o novo; valorização do espaço públicopedestres; As causas congestionamento das áreas centrais; o sucesso da suburbanização e o abandono do centro;
As causas—Excesso semelhantes;
Os objetivos arrecadação de impostos, valorização imobiliária, incentivo ao setor de construção civil: habitação e rodovias;
de
ofertas
Os objetivos -viabilidade empresarial dos empreendimentos; ênfase na economia urbana;
As estratégias—desapropriações em larga escala aliado a práticas de saneamento social; construção de conjuntos arquitetônicos cívicos e corporativos mono funcionais (fig 1); construção de conjuntos residenciais de alta renda, isolados do entorno urbano; Pedestrianização para estímulo ao comércio;
preservação do patrimônio histórico e arquitetônico; valorização imobiliária; gestão com apelo popular; As estratégias - Mudança da imagem do centro, pelo resgate da identidade por meio da comunicação social; Reciclagem de edifícios históricos; a nova arquitetura incorporando o antigo; (fig 2,3,4) Consumo pelo comércio e pela cultura; (fig 2,3,4) Oferta de estacionamentos e transportes Oferta de Habitação e de emprego para a geração de renda; Desenvolvimento de Programas de Gestão Urbana, com destaque para o Main Street ; Program e o Business Improvement District;
Os resultados—excesso de oferta de imóveis; falta de visão empresarial imobiliária; grandes áreas vazias; gentrification; VARGAS, Heliana; CASTILHO, Ana; Intervenções em Centros Urbanos, 2006. ISBN 8520420389
Os resultados Privatização dos espaços públicos; Reconhecimento da importância do comércio como dinamizador das áreas urbanas e do papel dos polos geradores e atratores de fluxo; ; (fig 2,3,4) Criação de cenários e parques temáticos; (fig 2,3,4) Preservação da arquitetura, da cultura e da diversidade; Reconhecimento da importância da Gestão e da busca de recursos (parcerias) .
1. Fig.3 Quuincy Market– Boston
VARGAS, Heliana; CASTILHO, Ana; Intervenções em Centros Urbanos, 2006. ISBN 8520420389
1. Fig.4 Centro George Pompidou-Paris
23
A REINVENÇÃO URBANA—1980-206 (figura 5,6,7 e 8) As idéias—história e a tradição- símbolo de status e distinção; crítica ao lugar comum, à padronização e valorização do diferente; a contracultura como crítica à sociedade de consumo; a preservação ambiental e do patrimônio histórico;
1. Fig.2 Quuincy Market– Boston
As causas-Excesso semelhantes;
de
ofertas
Os objetivos -viabilidade empresarial dos empreendimentos; ênfase na economia urbana; preservação do patrimônio histórico e arquitetônico; valorização imobiliária; gestão com apelo popular;
1. Fig. 5 Barcelona (Olimpíadas de 1992)
As estratégias—Mudança da imagem do centro, pelo resgate da identidade por meio da comunicação social; Reciclagem de edifícios históricos; a nova arquitetura incorporando o antigo; (fig 2,3,4) Consumo pelo comércio e pela cultura; (fig 2,3,4) Oferta de estacionamentos e transportes; Oferta de Habitação e de emprego para a geração de renda; Desenvolvimento de Programas de Gestão Urbana, com destaque para o Main Street Program e o Business Improvement District;;
1. Fig. 6-Dragão do mar—Fortaleza
Os resultados- Privatização dos espaços públicos; Reconhecimento da importância do comércio como dinamizador das áreas urbanas e do papel dos polos geradores e atratores de fluxo; (fig 2,3,4) Criação de cenários e parques temáticos; (fig 2,3,4) Preservação da arquitetura, da cultura e da diversidade; Reconhecimento da importância da Gestão e da busca de recursos (parcerias)
1. Fig. 7-DMercado Albano Franco—Aracajú—SE
VARGAS, Heliana; CASTILHO, Ana; Intervenções em Centros Urbanos, 2006. ISBN 8520420389
1. Fig. 8Praça do Patriarca-São Paulo-SP
24
BREVE HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO Coube aos exploradores dessas novas terras a solução para transporte do café até a capital, que envolveu a adequação dos interesses entre empresa, governo e cafeicultura. A Cia Mogiana, em 1890, avança na construção de sua linha férrea partindo de Casa Branca a São Simão. É inaugurada a primeira estação ferroviária de Ribeirão Preto em 1883, que marca o início das operações da linha-tronco da Cia Mogiana, que cortava área próxima aos cursos d’água citados, nas planícies mais baixas e próxima à zona urbana do município. Outras companhias férreas interviram em Ribeirão Preto com instalação de linhas e estações.
O cruzamento entre o ribeirão Preto e o córrego retiro saudoso constituem respectivamente o marco original da cidade, Ribeirão Preto, e os eixos determinantes do uso dessa área. O solo fértil da região atraiu os primeiros habitantes para essas terras. Os fazendeiros, vindos de Minas Gerais atrás de novos meios de exploração, já que a exploração do minério já estava esgotada, doaram partes de suas fazendas para a igreja, que foram divididas posteriormente para o desenvolvimento do primeiro núcleo urbano. Em 1856 foi escolhido, pela igreja, o terreno para instalação da Matriz de São Sebastião que se localiza onde hoje é a praça XV de Novembro.
No estado de São Paulo, foram instalados sete núcleos coloniais, um dele em Ribeirão Preto, o chamado Núcleo Colonial Antônio Prado. Neste caso, a terra doada pelo cafeicultor foi na área de várzea do ribeirão Preto, paralelo a linha tronco, região baixa e com alagamento frequentes. A área não era propícia para plantio de café e sem valor comercial.
Planta esquemática da Vila de São Sebastião do Ribeirão Preto na década de 1870. Fonte: APHRP
A região de Ribeirão Preto, desde 1870, já era reconhecida pela qualidade do solo, sendo que anteriormente a esta data a produção agrícola era parcialmente de subsistência. Após a divulgação em jornais relatando a qualidade e quantidade de terras no município, foram atraídas famílias produtoras de café, de São Paulo e Rio de Janeiro, capazes de investir nesta atividade econômica. Houve então a monopolização da terra em um regime de produção capitalista.
3. Malha urbana de Ribeirão Preto com as linhas férreas existentes em 1928. Fonte: autor desconhecido.
25
serviços públicos, consequentemente ele foi ocupado inicialmente pelos grupos sociais representado pelos fazendeiros e comerciantes enriquecidos pela dinâmica econômica do café.
A grande disponibilidade de terras e o aumento da demanda externa, utilização de máquinas agrícolas e implantação de ferrovias deram vazão à crescente produção do café e consequentemente ao acumulo de capital.
Com o aumento populacional e com a dinamização das relações de comércio, o centro atingiu o estado de saturação. A dinâmica do capitalismo elevou o preço da terra causando uma relativa inviabilidade econômica na área central. Isto aliado à popularização dos automóveis, fez com que os estabelecimentos saíssem da área central o que gerou a descentralização seguida de uma nova centralização que se fez pela cidade, gerando novos padrões de centralidade. As novas centralidades podem ser encontradas na forma de shopping centers, sub centros e de eixos especializados, como o Ribeirão Shpping, Bairro Boulevard, Av. Saudade entre outros. Sendo que todos podem apresentar diferenças quanto ao padrão social a que atendem e à sua escala de atuação, evidenciando a fragmentação urbana.
3. Malha urbana de Ribeirão Preto em 1890 com demarcação do Núcleo Colonial Antônio Prado e linha-tronco da Cia Mogiana. Fonte: autor desconhecido.
A primeira grande intervenção urbana, ocorreu quando a Cia Mogiana se instalou definitivamente induzindo o desenvolvimento de novas áreas da zona urbana. Além da instalação desta estação, a Cia Mogiana promoveu a retificação do córrego Ribeirão Preto e junto a esta obra, foram executados aterros e abertas a praça Schmidt e a avenida Gerônimo Gonçalves.
O centro ainda é o subsetor mais adensado da cidade e valorizado, apesar do esvaziamento de parte dos imóveis residenciais, que consequentemente foram ocupados por empresas populares, ou demolidos para construção de comércio ou prestação de serviço.
A área existente no núcleo urbano compreendida entre a Estação Ribeirão Preto e o Largo da Matriz, também apresentaria mudanças. Os serviços e comércio seriam intensificados, com a abertura de hotéis para a chegada dos imigrantes, e diversificação dos produtos, com a possibilidade de transporte pelas linhas da Cia Mogiana à Vila. Desde o final do século XIX o núcleo central já era privilegiado com a concentração de atividades, como: sociais, de lazer e de
Fonte: LAURA, 2013.
26
LEVANTAMENTO DA ÁREA CENTRAL Tipologias de ocupação O quadrilátero central de Ribeirão Preto, compreendido entre as avenidas Jerônimo Gonçalves,
Francisco
Junqueira,
Independência e Nove de Julho, e possui quatro tipologias diferentes.
N
Sem Escala
27
Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, 2007.
Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, 2007.
Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, 2007.
Esta área é conhecida por “baixada”. É o ponto inicial da cidade, que se limita pelos eixos da Av. Jerônimo Gonçalves/córrego Ribeirão e Av. Francisco Junqueira/Córrego Retiro Saudoso. Desde os primeiros loteamentos houve uma concentração de indústrias e comércios ao longo da Jerônimo Gonçalves. Ao longo dos anos os primeiros edifícios foram sendo demolidos e construíram outro no lugar ou usaram como estacionamento privado de veículos. Restaram somente alguns originais do período do café. Mas essa característica permanece pois a área é predominantemente de uso comercial e serviço, com algumas moradias coletivas. O gabarito mais alto são do estúdios kaiser e do hotel brasil com dez metros de altura aproximadamente. Por ser uma área com funcionamento comercial no período noturno fica abandonada hostil.
É o “coração” da cidade pois faz parte do início da formação da cidade e é onde se movimenta o comércio popular e um conjunto de atrativos históricos, religioso e de lazer. Os principais pontos turísticos, da área, são: Praça XV; Teatro Pedro II que forma justamente com o Palace e o Edifício Meira Júnior, que abriga a choperia Pinguim, o “Quarteirão Paulista”; Biblioteca Altino Arantes; Museu de Arte de Ribeirão Preto; E a Catedral Metropolitana. Nesta área a predominância é de altos edifícios residenciais, comércios e serviços diversificados, equipamentos institucionais como, escolas de idiomas e de cursos em geral, hospitais, supermercado, praças, o Shopping Santa Úrsula e o clube Recreativa. A área é próxima a Avenida Nove de Julho, característica de residências com estilo moderno possui hoje alguns exemplares, ao passar dos tempo a avenida se transformou em um eixo financeiro. É uma área com predominância de edifícios de um ou dois pavimentos, de residências, comércios e serviços, principalmente de saúde. Há escolas e uma delegacia que atende a cidade.
Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto, 2007.
28
LEVANTAMENTO DA REGIÃO DA “BAIXADA” Uso do solo Na região da “baixada” predominam edificações com uso comercial e serviços, incluindo o Mercado Municipal e o Centro Popular de compras. Há alguns hotéis e pousadas e as poucas residências são edifícios mistos e/ou cortiços. Entre os edifícios da região existem construções históricas, que fazem parte do inicio da cidade e hoje tem sua importância cultural, como os Estúdios Kaiser, Antiga fábrica da Antarctica e o Hotel Brasil. Predominam as construções com um ou dois pavimentos. Com exceção do Hotel Brasil, Estúdios Kaiser e torre da cervejaria Antarctica que se destacam na paisagem por ultrapassarem esse gabarito. Há três áreas verdes no eixo da Jeronimo Gonçalves, a Praça Francisco Schimt atualmente pouco frequentada por falta de manutenção e segurança, e o Parque ecológico Maurílio Biagi. Nos lotes institucionais existem variados equipamentos públicos. O pronto socorro/ UBDS Central, Rodoviária e Câmara Municipal.
N
Legenda USO DO SOLO Edifícios Tombados Comércio Institucional Residência Área verde
Sem Escala
Rodoviária, Av. Jeronimo Gonçalves,. Fonte: CRISTIANO, 2014.
Pça. Francisco Schimit Fonte: GABRIELA , 2014.
29
Elementos naturais A delimitação da área central é feita pelos principais cursos d'água de Ribeirão Preto, que são, o Retiro Saudoso (Av. Francisco Junqueira) e o Ribeirão Preto ( Av. Jerônimo Gonçalves). Ambos sofreram mudanças na sua trajetória, foram criadas barreiras possibilitando que a cidade crescesse entorno deles. o que fez com que a ação natural do rio interferisse na vida dos usuários locais, que sofreram com enchentes ao longo dos anos nas épocas de chuva. Houveram várias tentativas de reformas e a instalação recente de barragens ainda maiores tem resolvido esse problema. A topografia do Centro é pouco acentuada sendo percebida apenas uma leve inclinação, porém as Av. Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira ficam na região mais baixa, por ser uma área de várzea. Há na região a Praça Francisco Schimit e o parque Maurílio Biagi. São bem arborizadas, mas a manutenção delas está em situação precária quanto a limpeza, iluminação e mobiliários que estão quebrados ou não possuem. A região é mal arborizada, há poucas ou nenhuma árvore nas calçadas. O destaque da av. Jerônimo Gonçalves eram as Palmeiras imperiais,importantes referências para a cidade, foram retiradas na reforma do córrego e substituídas por novas mudas de Palmeiras.
N
Sem Escala
Parque Maurilio Biagi Fonte: LAURA, 2014.
Córrego Ribeirão Preto Fonte: GABRIELA, 2014.
30
Legenda USO DO SOLO Direção da água Topografia Vegetação
Av. Jeronimo Gonçalves. Fonte: CRISTIANO, 2014.
Gabarito
O gabarito predominante na região é dado pela presença de edifícios de um e dois pavimentos, somente as antigas fábricas e o Hotel Brasil ultrapassam para três e quatro pavimentos.
N
Sem Escala
31
Legenda GABARITO Até 1 pavimento Até 2 pavimentos Até 3 pavimentos 3+ pavimentos
Figura fundo
Pode-se observar a falta predominante de recuos laterais e frontais. A maioria dos lotes estão edificados, mas há terrenos subutilizados que se somados constituem um grande potencial para intervenção projetual.
N
Sem Escala
32
Legenda FIGURA FUNDO Edificado
Transporte particular Ao analisar o fluxo de veículos da área pode se perceber a presença de grande fluxo nas avenidas e vias coletoras, no período diurno, já nas locais o fluxo é menos intenso em qualquer período. As dimensões das vias indicam seu uso, porém o leito carroçável das ruas do centro de Ribeirão Preto possuem em média de seis metros à sete de largura, o que dificulta o trânsito atual de veículos particulares e públicos. As avenidas possuem em torno de dez metros de largura de leito carroçável, suficiente para uma avenida mas não suporta o trânsito atual nos horários de pico (entre 11 e 13 horas; entre 17:30 e 19:30).
Nas grandes avenidas o estacionamento de veículos é proibido nos dois lados, uma forma de melhorar o fluxo de veículos particulares e públicos. Há mais dois trechos que também apresentam essa mesma proibição por conta do fluxo intenso de veículos, um é nas laterais do Centro Popular de Compras e o outro é uma via coletora. A maioria das ruas perpendiculares a Jerônimo Gonçalves tem a permissão de estacionar em um lado da via e é apenas em alguns trechos nessa região é permitido o estacionamento em ambos lados, devido ao baixo fluxo.
N
Sem Escala
Legenda TRANSPORTE PARTICULAR Via Arterial Via Coletora Via Local Permitido Estacionar Proibido Estacionar
33
Transporte público A região possui quinze pontos de ônibus bem distribuídos, tendo o com maior número de linhas na frente da rodoviária. A quantidade tanto de linhas quanto de pontos são suficientes, porém não é possível considerar o transporte público de Ribeirão Preto de qualidade pois a frota é pequena em relação a quantidade de usuários e isso causa superlotação dos ônibus o que dificulta ou impede o pleno direito de ir e vir, garantido pela constituição federal vigente, com conforto e segurança. Os abrigos têm péssima qualidade e não suporta a quantidade de pessoas que aguardam os ônibus.
Rua Duque de Caxias. Fonte: GABRIELA, 2014.
N
Sem Escala
34
Legenda TRANSPORTE PÚBLICO Ponto de ônibus
Via de pedestre O pedestre é um dos componentes do Sistema Trânsito, e seu movimento numa via, normalmente ocorre em duas direções (longitudinal e transversal) . Na área da baixada a situação das calçadas obedecem aos valores desejáveis que são entre três e quatro metros. Porém com precariedade na manutenção do revestimento e falta de padronização. Para uma intervenção completa deveria apresentar os seguintes itens, apresentado por OLIVEIRA et alli [85], onde as ações possíveis no tratamento das travessias de pedestres são divididas em quatro grupos: Infra-estrutura; Sinalização; Operação e Fiscalização. Dentro desta divisão adotada, temos: - Infraestrutura: a) barreiras; b) refúgio; c) avanço de passeio; d) lombada; e) melhoria na iluminação pública; f) áreas de pedestres; g) passagem em desnível; - Sinalização a) faixas de pedestres; b) semáforo para pedestres; c) sinalização escolar; - Operação a) alteração de circulação; - Fiscalização a) sinalização de obras na via pública; b) fiscalização de trânsito. Quanto aos tipos de intervenções em travessias, é possível identificar na área estudada alguns elementos de infraestrutura: iluminação pública e barreiras em alguns trechos, sinalização: faixas de pedestres.
Fonte: LAURA,, 2014.
Av. Jeronimo Gonçalves. Fonte: GABRIELA , 2014.
Mas que não são suficientes para atender demanda e a necessidade dos pedestres, portadores de alguma deficiência ou não, que passam pelas vias diariamente.
Rua José Bonifácio. Fonte: GABRIELA , 2014.
35
Mobiliário urbano Na área estudada há uma grande quantidade de mobiliário urbano, que não estão totalmente adequados às suas necessidades, pois geram uma deficiência na acessibilidade do pedestre e poluição visual, principalmente os postes de iluminação que contêm inúmeros fios. Todos os mobiliários necessitam manutenção, entre eles: abrigos e pontos
de ônibus, pontos de táxi, bancos, lixeiras, postes de iluminação, postes da rede elétrica, postes de sinalização, fonte, vegetação e banca de jornal. Rua José Bonifácio Fonte: GABRIELA, 2014.
A acessibilidade do local para o pedestre, principalmente os deficientes visuais, fica prejudicada pois não há sinalização adequada. E as calçadas são estreitas e a pavimentação em mal estado de conservação. Quanto ao desenho do mobiliário, há três tipologias de iluminação, praça Schimit, Praça UBDS Central e das calçadas, Os mobiliários que são pouco encontrados são: lixeiras, rampas de cadeirante e arborização.
Pça. Francisco Schimit, Fonte: CRISTIANO, 2014.
Rua José Bonifácio. Fonte: GABRIELA , 2014.
Av. Jeronimo Gonçalves Fonte: GABRIELA , 2014.
36
PATRIMÔNIO PÚBLICO AVENIDA JERÔNIMO GONÇALVES A Av. Jerônimo Gonçalves é a avenida que margeia o "ribeirão" denominado Preto; o nome da cidade de Ribeirão Preto advém desse córrego. A avenida Jerônimo Gonçalves inicia na confluência da Av. Fábio Barreto com a Av. Dr. Francisco Junqueira e segue na direção sudeste, paralela as ruas José Bonifácio e Augusto Severo. Foi denominada através da Lei n. 32 de 29 de junho de 1897 (fls. 04), retificada através do Ato n. 75, de 05 de setembro de 1939; este ato também delimita o perímetro urbano da sede e distritos de paz de Ribeirão Preto e Vila Bonfim. A referida avenida foi um dos primeiros referenciais viários da cidade, no seu entorno foram instalados ao longo do tempo inúmeros edifícios, equipamentos e complexos comerciais, industriais e de transporte, como, por exemplo, a estação Ribeirão Preto da Cia. Mogiana e seus armazéns, rotunda, etc.; fábricas de cerveja (Antarctica e Paulista), Mercado Público Municipal, hotéis, etc. As obras de intervenção urbana realizadas na avenida e em seu entorno datam da década de 1880, segundo os documentos oficiais da Intendência e Prefeitura Municipal, responderam a princípio à necessidade de saneamento dos córregos da cidade, em função da epidemia de febre amarela (vide Relatório da Intendência de 1896, p. 9) e, posteriormente, aos postulados de "limpeza e embelezamento" empreendidos durante as décadas de 1910 e 1920 vide Relatório da Presidência da Câmara de 1925, p. 10). As obras para evitar as enchentes: retificação, aterramento e desobstrução do leito do Ribeirão Preto, são citadas nos relatórios oficiais da Intendência, Presidência da Câmara e Prefeitura Municipal desde o ano de 1896 (vide Anexo I - transcrição dos Relatórios). A partir da década de 1930, após a decadência da economia cafeeira e declínio do transporte ferroviário, novos equipamentos foram instalados na avenida, como por exemplo o Pronto Socorro Municipal e a Estação Rodoviária da década de 1970, ao mesmo tempo, foram mantidas as casas comerciais e o mercado público. Apesar do intenso processo de transformação ocorrido a partir da década de 1960, principalmente com a demolição do complexo ferroviário, a avenida Jerônimo Gonçalves e as suas palmeiras mantêm-se como um importante elemento de representação da identidade cultural de Ribeirão Preto, sendo sua imagem apresentada, ainda nos dias de hoje, como o principal "cartão postal" da cidade. Fonte:Documentos do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto: FundoCM,PM;Jornal <Diário da Manhã> de 18/abril de 1952 - pág. 1; de 28/março/1952 - Edição Especial de Aniversário de Ribeirão Preto ;de 14/ junho/1979 - Edições Douradas - pág. 15.
37
, Fonte: CRISTIANO, 2014.
N
Sem Escala
38
Legenda TOMBAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO Condephaat Compac
RUA JOSÉ BONIFÁCIO Está localizada paralela com a Avenida Jerônimo Gonçalves, e já foi considerada a extensão da estrada de ferro, das proximidades. A rua José Bonifácio apresenta relação direta com quase todos os períodos da história da cidade e possui ainda, porém em processo de degradação, edifícios de diferentes épocas. As construções construções evidenciam o modo de viver do período do café e depois. O que caracteriza a rua é a presença do Mercado Municipal e da multidiciplidade de comércio e serviços. A presença da habitação diminuiu ao longo do século XX, dando espaço para a prostituição, comércio ilegal, degradação do espaço público, esvaziamento, tráfico de drogas e roubos.
Rua José Bonifácio Fonte: CRISTIANO,
39
N
Sem Escala
40
Legenda TOMBAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO Condephaat Compac
MERCADO MUNICIPAL O antigo prédio foi atingido pelas enchentes, características da cidade, mas em 7 outubro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, um curto circuito foi o motivo do grande incêndio que destruiu o prédio, tornando-o inabitável. Comerciantes que atuavam no Mercado, viram-se obrigados a se mudarem para barracas na Av. Francisco Junqueira. O mau cheiro e a falta de higiene eram constantes e por isto foram obrigados a desativar seus comércios por falta de espaço adequado ao tipo de serviço. Após 16 anos da tragédia, o então prefeito, Constábile Romano inaugura o prédio. Em 1958 o novo prédio do Mercado Municipal retomou impulso econômico e até então se mantém, apesar de desgastado e envelhecido. Projetado pelo engenheiro Jaime Zeiger, o novo prédio passou a exibir uma arquitetura moderna, inovadora para época. Com 4.150 metros quadrados divididos por um corredor principal, cinco corredores secundários, a parte externa, revestida por pastilhas foi presenteada com a obra do artista Bassano Vaccarini. Na década de 90, o Mercado Municipal passa a ser responsabilidade da Coderp - Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto. Conta atualmente com 152 boxes que oferecem os mais diversificados produtos nos 4.150 metros quadrados de área construída. Tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1993 como Patrimônio Histórico através da lei Municipal nº 6.597 e em 08 de novembro de 2004 a lei municipal nº 10.250, declara o Mercado Municipal ponto turístico do município.
Mercado Municipal Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, sem data.
Mercado Municipal Fonte CRISTIANO, 2014.
41
CERVEJARIA PAULISTA Localização: Av. Jerônimo Gonçalves, Rua Maria Junqueira, Rua José Bonifácio e Rua Visconde de Rio Branco. A Cervejaria Paulista, foi fundada em 25 de abril de 1913 por iniciativa de descendentes de imigrantes alemães na rica cidade do café, teve importante papel na diversificação das atividades econômicas da região. A construção da cervejaria tem alguns elementos importantes como sua posição de destaque na Av. Jerônimo Gonçalves e o prédio central com suas torres cujo relógio sinaliza um tempo também divulgado pela sirena da fábrica. As condições favoráveis de fruição da Cervejaria Paulista dadas pelas características urbanísticas da Av. Jerônimo Gonçalves que para isso contribui, quer por sua dimensão e demarcação por majestosas palmeiras imperiais, quer pela relação harmoniosa com construções contemporâneas à Cervejaria como, por exemplo, o Hotel Brasil.
Estúdios Kaiser, Fonte: CRISTIANO, 2014.
N
Sem Escala
42
Legenda TOMBAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO Condephaat Compac
CERVEJARIA ANTARCTICA “A cervejaria Antarctica, foi inaugurada em 1911. E desenvolveu-se no contexto econômico do ciclo do café, dos coronéis, dos cassinos, da imigração europeia e do desenvolvimento urbano que esta economia desencadeou no interior do Estado de São Paulo. Gerou inúmeros empregos e contribuiu para a formação de mão-de-obra especializada, operariado este formado por imigrante, na sua grande maioria. Localizada às margens do córrego (Ribeirão Preto), que dá origem ao nome da cidade, contribuiu abastecimento de água e energia daquela região da cidade ainda para os melhoramentos quanto ao , impulsionando o crescimento do Bairro de Vila Tibério e região Central da cidade.”
Antarctica, Fonte: GABRIELA, 2014.
A fábrica foi desativada em 2003, com a produção e números de funcionários ativos em baixa. Em 2012, foi vendida para o grupo Terral e foi proposto o projeto para construção de um shopping que já foi aprovado pelo Condephaat e prefeitura. Somente algumas construções serão preservadas, como: Núcleo Central, Antigo Curtume, e o prédio do escritório. Fonte: Jornal <Diário da Manhã>de 18/abril de 1952 - pág. 1 de 28/março/1952 - Edição Especial de Aniversário de Ribeirão Preto de 14/junho/1979 - Edições Douradas - pág. 15
43
Maquete virtual shopping Buritis. Fonte: desconhecido, 2014.
HOTEL BRASIL Localização: Esquina da Avenida Jerônimo Gonçalves com a Rua General Osório. O pedido para aprovação do projeto de construção de um grande hotel, de propriedade de Vicente Viccari, foi encaminhado à Prefeitura Municipal em abril de 1921. Neste mesmo ano, o projeto de autoria do engenheiro Antônio Soares Romêo, foi aprovado pelo Prefeito Municipal João Rodrigues Guião (Proc. Adm. Nº 42/1921 Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto). Com o falecimento de Vicente Viccari o prédio do hotel foi legado em herança para sua filha, casada com Pedro Moschini; havendo uma cláusula que não permitia a venda do mesmo, o Sr. Pedro Moschini permutou o prédio com o Sr. Pedro Biagi, em troca de 03 imóveis da Vila Amélia e 01 chácara. No final da década de 1980 o prédio do hotel foi vendido para o empresário Maurício Marcondes de Oliveira. O imóvel é tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural (Conppac), mas sofre com a ação do tempo e a falta de projetos que visam à ocupação do local, uma vez que ainda não há respostas dos proprietários em relação à revitalização do local.
Hotel Brasil, Fonte: CRISTIANO, 2014.
N
Sem Escala
44
Legenda TOMBAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO Condephaat Compac
ANÁLISE COMPORTAMENTAL Período Noturno As imagens referentes á análise foram feitas no dia onze de março de 2014, numa terça-feira por volta das vinte e uma horas. O percurso iniciou na Rua José Bonifácio, em seguida Jerônimo Gonçalves, Duque de Caxias e Av Francisco Junqueira. O fluxo de veículos era baixo e o de pessoas quase não tinha. Alguns bares e a rodoviária eram os únicos locais abertos com a presença de carros estacionados ao redor. A falta de iluminação e de movimento gera insegurança na população, que evita passar na região. Desta forma com as ruas vazias é comum que aconteçam ações ilegais.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
45
ANÁLISE COMPORTAMENTAL Período Diurno As imagens referentes á análise foram tiradas no dia 8 de Abril de 2014, numa terça-feira por volta das dez horas. O percurso iniciou na Rua José Bonifácio, em seguida Jerônimo Gonçalves, Duque de Caxias e Avenida Francisco Junqueira. O fluxo de veículos e pessoas neste horário é intenso. O comércio e serviço funcionam das nove da manhã até às seis da tarde. Nos pontos de grande fluxo e próximos aos equipamentos públicos há congestionamento. Na calçada a disputa de espaço para circular é constante, as esquinas são tomadas por vendedores ambulantes e os ponto de ônibus não suportam a quantidade de pessoas.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
Fonte: LAURA,, 2014.
46
INDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES Potencialidades 1.
Presença de hotéis (geradores de fluxo 24hrs)
2.
Abastecimento de equipamentos públicos completo na escala da vizinhança
3.
Abastecimento de serviços e comércio variados e especializados
4.
Infraestrutura completa
5.
Presença de hotéis (geradores de fluxo 24hrs)
6.
Paisagem
7.
Edificações históricas
8.
Área subutilizada ( Estacionamentos )
Av. Jeronimo Gonçalves. Fonte: CRISTIANO, 2014.
Fragilidades 1.
Esvaziamento no horário não comercial.
2.
Edificações encortiçadas
3.
Área de várzea
4.
Vias de veículos estreitas
5.
Falta de iluminação
6.
Congestionamento
7.
Acessibilidade inadequada para o pedestre
8.
Ausência de ciclo faixa
9.
Mobiliários com escala inadequada para o tamanho da calçada
Av. Jeronimo Gonçalves, Fonte: CRISTIANO, 2014.
Rua José Bonifácio, Fonte: LAURA, 2014.
10. Mobiliários sem manutenção
11. Má preservação do patrimônio 12. Presença de prostitutas 13. Calçadas esburacadas e pavimentação inadequada 14. Insegurança da população 15. Ausência de acessibilidade
Rua José Bonifácio,. Fonte: LAURA, 2014.
16. Lotes subutilizados
47
3 projeto
48
CONDICIONANTES DO PROJETO—O LUGAR Os estacionamentos ocupam alguns lotes da área da baixada. O que comprova a alta demanda deste tipo de uso, devido os seguintes fatores: transporte coletivo sem qualidade, insegurança ao deixar o veículo particular em vias públicas e grande quantidade de comércio e serviço da região.
Quadra Aberta A quadra aberta permite a integração de edifícios distintos em um espaço, que podem conter trechos restritamente públicos , privados, semi públicos ou semi privados, criado dentro de uma quadra pré existente.
Porém, contribuem indiretamente para a degradação pois afastam a circulação de pedestres e a utilização desta área pela população. Do ponto de vista do aproveitamento do uso do solo, considerando que o bairro já possui infraestrutura completa, os estacionamentos na área estudada são considerados subutilizados. Pois não ocupam todo potencial construtivo do lote e podem ser considerados terrenos vazios.
As aberturas dão qualidade ao projeto e à cidade, permitem melhoria na insolação, ventilação, acessos visuais e permeabilidade da quadra . “Após o esgotamento da linguagem pós-moderna e do reconhecimento das limitações evidentes das estratégias contextualistas o pensamento contemporâneo tende a considerar a possibilidade de uma revisão do espaço construído e do espaço livre da cidade herdada a partir de um posicionamento complementar do espaço já constituído.” Mário Figueroa
A região estudada tem potencial para aplicação de uma reabilitação urbana por conter um conjunto de caraterísticas que justificam
sua
implantação
e
lotes
subutilizados,
na maioria das vezes próximos uns dos outros, dando a possibilidade de junção. Nos quarteirões paralelos ao eixo da Avenida Jerônimo Gonçalves há mais de um lote vazio por quadra, possibilitando tornar uma única unidade. Com a junção, em algumas quadras, criam-se diferentes alternativas de acesso pela calçada o que permite aplicar o conceito de
quadra
aberta. Através da permeabilidade do pavimento térreo o projeto integra o espaço
público
e privado. Além habitação para atrair
utilizar
de
a
fluxo no horário não comercial, ocupa o térreo com uma
praça
para todo cidadão que busca um lugar para encontros, contemplação e descanso.
Ilustração do projeto. Fonte: LAURA, 2014.
49
REFERÊNCIAS PROJETUAIS— QUADRA ABERTA Praça das Artes, São Paulo Brasil Arquitetura, 2012 O edifício foi projetado para diversos grupos artísticos e culturais, ligado ao Teatro Municipal, que utilizavam espaços precários no centro de São Paulo. E tem capacidade para cerca de duas mil pessoas, entre artistas, alunos, professores, técnicos e administradores. O terreno escolhido é próximo ao Teatro Municipal e alvo de diversos estudos. No miolo havia uma praça subutilizada e no entorno edifícios heterogêneos, de pouco aproveitamento construtivo .
A praça das artes se acomodou na somatória de lotes desapropriados, possibilitando acesso por pedestre por duas ruas, perpendiculares. O projeto com o térreo livre oferece à cidade um espaço público com qualidade construtiva e espacial.
Fonte: GUERRA, Abilio. Quadra aberta. Uma tipologia urbana rara em São Paulo.Projetos, São Paulo, n. 11.124.01, Vitruvius, abr 2011
Fonte: GUERRA, Abilio. Quadra aberta. Uma tipologia urbana rara em São Paulo.Projetos, São Paulo, n. 11.124.01, Vitruvius, abr 2011
50
“Christian de Portzamparc defende a quadra aberta como uma solução contemporânea para os grandes aglomerados urbanos. Segundo o arquiteto francês, seria uma conciliação entre as cidades da primeira e segunda eras, abrindo as portas para a terceira era da cidade. Uma conciliação entre as qualidades da rua-corredor da cidade tradicional e dos edifícios autônomos da cidade moderna. Estamos diante de um urbanismo de síntese, aonde a resultante "quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas contíguas.” Fonte: GUERRA, ABÍLIO; Quadra aberta, Uma tipologia urbana rara em São Paulo; Disponível em: http:// www.vitruvius.com.br/revistas/
Fonte: Cristhian Porzamparc
Les Hautes Formes, Paris. Chistian Portzamparc 1975 O projeto é composto por 6 pequenas torres de edifício densas, com 210 apartamentos, implantadas no miolo de quadra e permite a permeabilidade da quadra. Os térreo é ocupado, nas áreas públicas por eixos de circulação horizontal e arborização. O projeto é aberto para a cidade, integra a rua, e além de permitir diferente acesso para o pedestre, cria em meio a cidade um ambiente calmo e com qualidade. Este projeto de Christian Portzamparc revelou como a arquitetura contemporânea pode acomodar e compor paisagens urbanas existentes. Fonte: PORTZAMPARC, Christian terceira era da cidade. 1975.
Fonte: Cristhian Porzamparc
51
de.
A
Cetenco Plaza, São Paulo. Arquitetos Rubens Carneiro Vianna e Ricardo Sievers 1980 O programa proposto pelos investidores são torres para instalação de bancos. Os arquitetos projetam duas torres gêmeas, de planta quadrada e totalmente envidraçadas, uma delas na esquina e a segunda no fundo do terreno, o que permitiu a criação de um espaço livre rico em diversidades, com praças e passagens, inclusive com um percurso por detrás de um banco vizinho, permitindo o acesso ao conjunto por uma terceira rua, a Frei Caneca. Segundo Abilio Guerra, o resultado final é uma grande permeabilidade disponível ao pedestre, que pode andar pelo interior dos terrenos privados, sem maiores obstáculos. Inclusive um dos edifícios da mesma quadra abriram os fundos do edifício para a área livre. Fonte: Abilio Guerra
Fonte: Abilio Guerra
52
Centro Empresarial Itaú, São Paulo Itauplan e Aflalo & Gasperini 1980-1985
São cinco torres, construídas em momentos diferentes. As três primeiras têm formato cúbico. modelo seguido, com algumas modificações nas proporções, pela quinta torre. A quarta torre, destinada à Itausa, é totalmente envidraçada e conta com estrutura central na periferia da caixa de circulação vertical e banheiros, resultando em arrojado balanço da periferia da edificação. O conjunto concilia a presença da estação no subsolo, sua relação com a praça externa e os acessos diversos às áreas públicas e privadas. Ruth Zein aponta as qualidades da implantação: “Outra decisão de grande importância para o projeto foi a integração da área do terreno com a praça pública lindeira, inclusive com passagem de pedestres por dentro do conjunto [...] obteve-se um caráter extremamente urbano, apenas encontrável no centro das grandes cidades, onde galerias e passagens particulares são uma extensão das calçadas e ruas”
Fonte: Google Maps; 2007
Fonte: Google Maps; 2007
53
Brascan Century Plaza , São Paulo
Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi 2000 “[...]encravadas na área livre do térreo, que, por sua vez, se articula com as calçadas de três das ruas que conformam a quadra - Joaquim Floriano, Bandeira Paulista e Tamandaré Toledo. O grande jardim – que ocupa praticamente toda a área livre do térreo e dá acesso às lojas, cafés e cinemas – foi projetado por Benedito Abbud e conta com espelho d'água, vegetação e escultura em madeira de Elisa Brancher. Um dos autores do projeto, o arquiteto Gianfranco Vannucchi, comenta o valor urbano aportado no projeto: "as pessoas não aguentam mais ficar fechadas dentro de um shopping. [...] É um projeto [...] que vai na contramão dos condomínios fechados, das grades, dos muros, quer dizer, do enclausurar; pelo contrário, é um projeto que se abre para a cidade" Fonte: GUERRA, ABÍLIO; Quadra aberta, Uma tipologia urbana rara em São Paulo; Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/ Fonte: Google Maps; 2007
Fonte: Google Maps; 2007
54
QUADRA E LOTES ESCOLHIDOS PARA O PROJETO Análise dos quarteirões baixada
da
A baixada é caracterizada pela ocupação de edifícios comerciais e de prestação de serviço. Devido ao fluxo intenso no período comercial muitas construções foram demolidas ou parcialmente alteradas para ocupação de estacionamentos de carros e motos privados. Por essa situação atual os quarteirões ente a avenida Jerônimo Gonçalves e Rua José Bonifácio têm lotes em potencial . Entre as ruas Duque de Caxias e Mariana Junqueira foi identificada a maior concentração de estacionamentos da região (Com quase 50% da quadra ocupada por estacionamento).
Legenda LOTES EM POTENCIAL Estacionamento
Análise dos quarteirões da baixada
A possibilidade de junção dos lotes e criação de novos eixos de circulação na quadra, esta se tronou a principal área de interesse para o projeto de Reabilitação Urbana através da implantação de moradia.
N
Sem Escala
Lote 1 Endereço: Rua Duque de Caxias Uso atual: estacionamento privado Estado do edifício/lote: possui uma edificação antiga em processo de degradação que funciona como galpão. O fundo do lote possui uma cobertura metálica para o mesmo uso. Importância histórica: O edifício possui elementos arquitetônicos na fachada típico da região. Proposta: Retirar á cobertura e preservar a fachada ou preservar todo edifício.
Fonte: Google Earth, 2014.
55
Rua Mariana Junqueira
Rua José Bonifácio
Lote 3
Lote 1 Lote 2
N
Lote 4 Sem Escala
Rua Duque de Caxias Lote 2 Endereço: Avenida Jerônimo Gonçalves Uso atual: estacionamento privado Estado do edifício/lote: possui uma edificação na frente do lote onde funciona a portaria e um chaveiro. E Possui coberturas metálicas para os carros. Importância histórica: sem relevância. Proposta: Retirar as coberturas e a única edificação.
Fonte: Google Earth, 2014.
Lote 3 Endereço: Rua Mariana Junqueira Uso atual: estacionamento do posto de gasolina Estado do edifício/lote: possui uma edificação da conveniência, estrutura coberta com toda estrutura das bombas de combustível e uma edificação na área livre para uso comercial. Importância histórica: não tem Proposta: Manter a estrutura e funcionamentos de todo posto, porém pretende-se utilizar um
Fonte: Google Earth, 2014.
56
Lote 4 Endereço: Rua José Bonifácio Uso atual: estacionamento privado Estado do edifício/lote: lote vazio Importância histórica: não tem Proposta: Utilizar o terreno.
Fonte: Google Earth, 2014.
VIABILIDADE DO PROJETO Operação Urbana Consorciada O plano de desenvolvimento da ideia da constituição de um edifício de apartamentos com 34 metros de altura em meio uma área previamente consolidada e rodeada de patrimônio público tombado não seria possível sem o respaldo do instrumento de planejamento e desenvolvimento urbano
operação consorciada, previsto no denominado
Operação Urbana Consorciada “As operações urbanas consorciadas referem-se a um conjunto de intervenções e medidas, coordenadas pelo poder público municipal, com a finalidade de preservação, recuperação ou transformação de áreas urbanas contando com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados. O objetivo é alcançar, em determinada área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. A lei especifica de aprovação do instrumento deverá conter o plano de operação urbana consorciada, definindo a área a ser atingida, com programa básico de sua ocupação; a previsão de um programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; as finalidades da operação; “ Fonte: O Estatuto da Cidade-Lei 10.257 de 10/07/01-Art.32-1º
urbana Estatuto da
Cidade. O objetivo de utilizar este instrumento é utilizar recursos privados para investir na recuperação da área urbana degradada na região da baixada de Ribeirão Preto, com a implantação da moradia, requalificação dos espaços públicos e ampliação da infraestrutura, garantindo serviços essenciais para a população. A operação urbana consorciada permite que a Prefeitura Municipal conceda o direito de construir acima dos limites estabelecidos pelos parâmetros urbanísticos vigentes na área, mas dentro do limite máximo permitido pelo projeto, e como contrapartida, o empreendimento provê construção e a manutenção de uma praça pública no piso térreo do terreno.
Potencial construtivo concedido
A expectativa é que a nova moradia e praça atraiam movimentação no período não comercial, novas habitações nos demais lotes subutilizados da região e comércios de fluxo noturno. Isso representa uma nova dinâmica na área da “baixada” da cidade.
Potencial espaço público promovido
57
PROGRAMA Para este projeto foi proposto o seguinte programa Área pública
Edifício habitacional
Apartamentos
Equipamento de descanso
Apartamentos de
Cozinha linear
Bicicletário
1,2,3 dormitórios
Serviço
Espelho d’água
Portaria
Jardim
Jardim com gramado
Área para funcionários
Banho + Sanitário
Jardim com árvore de médio porte
Sala de jogos
Lavabo
Estacionamento vertical
Escritório coletivo
Academia
Área livre
Área lazer ao ar livre Sanitários
Memorial Descritivo do Projeto de Arquitetura
Obra Endereço Zona de uso Testada do terreno Área do terreno Área ocupada Área de projeção Área construída Área da praça Perímetro Taxa de Ocupação Coeficiente de aproveitamento Densidade populacional
REABILITAÇÃO URBANA/ MORADIA AVENIDA JERÔNIMO GONÇALVES, Nº 267 AQC 40,75 m² 5.321 m² 1.220 m² 1.985 m² 4.101 m² 4.109 m² 328 m² 0,48% 1.142 m² 464 hab/há
Habitantes por tipologia do apartamento TIPO 1 2 3
ÁREA 64 m² 96m² 128m²
Quantidade 32 12 13
Hab. 64 48 78
TOTAL
4.864m²
57
190
58
ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃO E VOLUMETRIA
Rua Duque de Caxias
Rua Mariana Junqueira
Rua José Bonifácio
Apartamentos de dois dormitórios
Área pública Demolir
Apartamentos de três dormitórios
Apartamentos de um dormitório
Proposta 1
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves
Rua Duque de Caxias
Rua Mariana Junqueira
Rua José Bonifácio
Área pública
Cobertura
Demolir Apartamentos de um e dois dormitórios
Apartamentos de três dormitórios
Área Lazer
Proposta 2
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves
59
Rua Mariana Junqueira
Rua Duque de Caxias
Rua José Bonifácio
Área pública Preservar
Circulação Vertical
Apartamentos de um e dois e três dormitórios
Área Lazer
Estacionamento
Proposta 3
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves
Rua Duque de Caxias
Rua Mariana Junqueira
Rua José Bonifácio
Praça Pública Preservar Apartamentos de um e dois e três dormitórios (10 andares) Circulação vertical Estacionamento Área Lazer
Proposta Escolhida
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves
60
61
62
63
64
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Acessos Devido a aplicação do conceito de quadra aberta, o térreo do edifício é ocupado por uma praça pública, onde é possível atravessar a praça a pé por três acessos. E há dois pontos de acesso privado do edifício.
Misto O estacionamento é do edifício e tem oferta de vagas para comercializar com qualquer cidadão. Portanto o acesso é tanto público como privado.
Público O edifício em pilotis libera o solo, proporcionando à cidade um espaço útil. Ocupado por uma praça integrada ao edifício e à quadra.
Privado Apesar do edifício estar sob a praça pública, os acessos pelas torres de elevadores e escada são totalmente privado.
65
Acesso à praça pela avenida Jerônimo Gonçalves Entrada do estacionamento
Entrada do edifício
Acesso à praça pela rua Mariana Junqueira Acesso à praça pela rua Duque de caxias
N
Planta baixa Pavimento Térreo
66
Sem Escala
Det. Circulação vertical
praça A praça é um ambiente para todo cidadão que busca um lugar para encontros, contemplação e descanso.
Concreto Molhado Arborizado Gramado Construído Total
Mobiliários de descanso
2.121m² 169m² 322m² 827m² 423m² 4.109m²
67
A sombra da projeção do edifício e a presença de pontos de água garantem conforto térmico para os frequentadores. Todas as escolhas influenciam na segurança da praça. Por isso a opção de utilizar elementos verticais esbeltos, como árvores de tronco fino e iluminação embutida nos pilares; Os elementos de descanso são baixos, para não bloquear a visão de quem está entrando ou saindo da praça.
Carregador público de celular
Pilar metálico com iluminação embutida
O desenho do piso é uma composição de linhas que delimitam os tipos de piso escolhido: 3 tonalidades de cor de cimento queimado (cores ainda em estudo/ possibilidade de alteração) ; gramado próprio para sombra, a espécie São Carlos; jardim com árvores de médio porte; área molhada com saída de água. N N Sem Escala
Planta baixa Pavimento Térreo
Sem Escala
68
Estacionamento O estacionamento possui estrutura metálica, plataforma elevatória que se movimenta no sentido horizontal e vertical com capacidade de abrigar 112 carros. No mesmo edifício incluem vagas comerciais e para moradores, a cobrança é uma forma de viabilizar o alto custo com o sistema robotizado que incluem duas plataformas elevatórias que se dispõem na vertical e horizontal.
82
vagas para moradores
30
vagas comerciais
Acesso ao estacionamento pela Av. Jerônimo Gonçalves
COMO VAI FUNCIONAR
1
Cada veículo demora 70 segundos
Na entrada do estacionamento o motorista pega o tiket ou o morador identifica seu cartão na máquina robotizada
4
2
A seguir, o sistema robotizado é acionado para levar o veículo para uma vaga aleatória
Caso haja fila é possível que o motorista deixe seu veículo nas vagas de espera
3
Para posicionar o veículo na plataforma elevatória é opcional o serviço do manobrista
5
Para retirar enquanto o motorista paga o tiket o sistema é acionado para descer o veículo
69
Rua Duque de Caxias
para ser estacionado ou devolvido ao proprietário
Bicicletário Caixa do estacionamento
Planta baixa Pavimento Térreo Sem escala
70
Estrutura Estrutura Metálica Executada em estrutura do tipo steel framing, que consiste no emprego de perfis metálicos leves, de acordo com projeto específico e com as Normas Internacionais em vigor. -Pilares H , 19cmx19cm. -Vigas I, 19cm x 40 cm. -Modulação 8mx8m. -Contraventamento
Fundação
A melhor indicação, baseado no custo, facilidade e no tipo de solo previsto, é o uso de sapatas isoladas.
Ilustração da estrutura ‘steel deck’.Fonte: F.A. Shaikh
71
Alvenaria Vedação da caixa de circulação vertical (escada e elevadores) em tijolos cerâmicos vazados dimensões 9 x 19 x 19 cm , onde as áreas de parede com acabamento em cerâmica deverão receber chapisco e emboço e as áreas de paredes com acabamento em pintura deverão ser previamente regularizada com chapisco, reboco e revestida com massa única e selador.
Corte Longitudinal A-A
Laje Steel Deck
misto, portanto, estes dois materiais são travados entre si, garantindo assim um comportamento solidário. A chapa perfilada é composta por nervuras unidirecionais e seu comportamento em fase definitiva assemelha-se a armadura numa laje típica de concreto armado.
Uma laje mista é um elemento estrutural composto por uma chapa perfilada sobre o qual é adicionado concreto. Após a cura do concreto os dois materiais funcionam em conjunto desenvolvendo um comportamento
72
A B
A B Det. 1
Det. 2
Det. Vertical 1 Sem escala
Det. Vertical 2 Sem escala
73
Det. 3
Corte Longitudinal B-B
Det. Vertical 3 Sem escala
74
Conforto térmico Vários aspectos influenciam no projeto apartamento.
-Na fachada voltada para o Norte e Leste estão dispostos os apartamentos e espaços de atividades coletivas. Aqueles voltados para a
Além do custo, localização e metragem, a incidência de sol influencia na qualidade do conforto.
face norte terão iluminação garantida, praticamente o dia todo e no ano inteiro.
Implantação
-Na fachada Sul e Oeste ficam os eixos de circulação e área de lazer. Pois a tarde a
A disposição do programa foi baseada na incidência do sol.
temperatura aumenta à oeste.
Apartamentos Circulação
N
Lazer
75
Apartamentos Conforto Térmico
A planta dos apartamentos foram desenvolvidas para que todos os cômodos, independente do layout escolhido, tivessem ventilação natural.
A consultoria em conforto térmico consiste em prever ou analisar as condições de temperatura, umidade e ventilação natural em ambientes, e propor soluções que proporcionem a saúde, o bem-estar e a produtividade dos ocupantes e a redução do consumo energético das edificações.
Além da disposição dos cômodos, que não bloqueiam a passagem do vento. A abertura da fachada é quase total, não há outra opção de fechamento que não seja peitoril e janela com veneziana móvel.
Det. janela
Fonte: FONTENELLE,MARÍLIA;
Sem escala
Ilustração Fachada apartamento tipo 1
Ilustração a layout 1—Apartamento tipo 1
76
Área comum
Lazer
Portaria
Acesso público ao caixa do estacionamento
Área dos funcionários
Acesso vertical
Acesso ao edifício
Planta baixa Portaria
77
Espaรงo Multiuso Academia Escritรณrio coletivo
Academia Climatizada
Academia ao ar livre
Planta baixa Academia Sala privada
Sala coletiva
Sacada Planta baixa Escritรณrio Coletivo
78
79
Escritรณrio coletivo
N
Planta baixa Pavimento 1
Sem Escala
80
81
Academia
N Planta baixa Pavimento 2 2 Planta baixa Pavimento
Sem Escala
82
Lazer
83
Espaรงo Multiuso
N
Planta baixa Pavimento 3
Sem Escala
84
APARTAMENTO TIPO 1 APARTAMENTO COM 64 m² PROJETADO PARA UMA OU DUAS PESSOAS. COM POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DA PLANTA DO APARTAMENTO DEVIDO À ESTRUTURA INDEPENDENTE E DIVISÓRIAS DE DRY WALL.
32 apartamentos.
Cobogó
Banho + Sanitário Serviço Cozinha Linear
Piso Cimento queimado
Chapa cimentícia Utilizada no revestimento de paredes externas, forro e revestimentos que estejam em locais mais propensos à umidade e água.
Det.Drywall Sem escala
Lavabo
Drywall
Layout infinito
Com boa resistência dimensional e incombustível, é voltada à fixação mecânica sobre estruturas metálicas de base. O acabamento pode ser feito com aplicação de texturas, tintas ou verniz.
As paredes internas, representadas na cor cinza claro na imagem ao lado, são de drywall. Desta forma é possível que cada apartamento tenha uma disposição que se adapte melhor as necessidades dos moradores.
85
“Jardim
Quintal”
É um espaço destinado a plantação de plantas de pequeno porte e hortaliças, que podem ser vistas pela fachada. A manutenção e escolha das espécies é de responsabilidade do proprietário. E a irrigação é feita por água da chuva.
Sacada
Elevação Sudeste Rua José Bonifácio Sem escala
Fechamentos flexíveis Os fechamentos da fachada do apartamento, podem ser alterados entre os dois modelos: peitoril ou janela veneziana. E O fechamento de porta veneziana pode ser posicionado da maneira mais adequada para cada layout.
Vidro
Corte janela Corte janela
Sem escala
Sem escala
Layout 1
Layout 3
Layout 2
86
87
Planta Baixa Apartamento tipo 1 Sem Escala
88
APARTAMENTO TIPO 2 APARTAMENTO COM 96 m² PROJETADO PARA DUAS OU QUATRO PESSOAS. COM POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DA PLANTA DO APARTAMENTO DEVIDO À ESTRUTURA INDEPENDENTE E DIVISÓRIAS DE DRY WALL.
12 apartamentos.
APARTAMENTO TIPO 3 APARTAMENTO COM 128 m² PROJETADO PARA TRÊS OU SEIS PESSOAS. COM POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DA PLANTA DO APARTAMENTO DEVIDO À ESTRUTURA INDEPENDENTE E DIVISÓRIAS DE DRY WALL.
13 apartamentos.
OS APARTAMENTOS TIPO 2 E 3 POSSUEM TODAS AS CARACTERIÍSTICAS APRESENTADAS NAS PÁGINAS 82 E 83, DESTE TRABALHO.
89
90
Planta Baixa Apartamento tipo 2 Sem Escala
91
Planta baixa apartamento tipo 3 Sem escala
92
93
N
Planta baixa Pavimento 4, 5 e 6
Sem Escala
94
95
N Planta baixa Pavimento 7,8,9 e 10 Sem Escala
96
Hidráulica e elétrica
Reaproveitamento água pluvial Captação na cobertura e armazenamento no subsolo (Dimensões: 6m x 5 m x 1 m = 30.000 lts). O transporte da água até a caixa dágua na cobertura (1.000 lts) é feito por um bomba e por gravidade alimenta os jardins dos apartamentos.
Caixa d’água para água potável O edifício possui uma caixa d’água no subsolo de 40.000 lts. (dimensões: 6m x 6m x 1m), e duas na cobertura, uma em cima de cada torre de circulação vertical, com 5.000 lts cada. SHAFT Os shaft ficam localizados no interior dos apartamentos, entre a cozinha e área de serviço; Ao lado do elevador, o shaft do elevador e do edifício.
Det. Circulação vertical Sem Escala
97
Placa solar No projeto é utilizado 120 placas.
Cobertura Com placas de concreto celular, sobre estrutura metálica. Possui captação de água pluvial e placas solares, 120 unidades. .
Det. Circulação Cobertura Sem escala N
Planta baixa Cobertura
98
Sem Escala
Perspectivas do projeto
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
4 bibliografia
115
ASSOCIAÇÃO VIVA O CENTRO SÃO PAULO. São Paulo centro uma nova abordagem. São Paulo, 2000. <http://www.vivaocentro.org.br/media/369758/s_o_paulo_centro__uma_nova_abordagem.pdf> MIC EDITORIAL. Projeto Riberão Preto. Ribeirão Preto: MIC Editorial, 2000. 1v p. MUMFORD, Lewis. A Cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 741: il p. ((Ensino Superior)). ISBN 8533608470.
MARICATO, Erminia. Habitação e cidade. 7 ed. São Paulo: Atual, 1997. 79: il p. ((Espaço & Debate)). ISBN 8570569017. ROGERS, Richard; GUMUCHDJIAN, Philip. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona: GG, 1997. 180: il p. ISBN 8425218896. MARICATO, Erminia. A produção capitalista da casa (e da cidade) no Brasil industrial. 2 ed. São Paulo: Alfa Omega, 1982. 166 :il p. BRANDÃO, Eduardo; ROSSI, Aldo. A Arquitetura da Cidade. 2 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2001. 309: il p. ISBN 8533614012. PICCINI, Andrea. Cortiços na Cidade: conceito e preconceito na reestruturação do centro urbano de São Paulo. 2 ed. São Paulo: Annablume, 2004. 166.: il p. ISBN 8574190764. VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard de. Intervenções em Centros Urbanos: Objetivos, Estratégias e Resultados. Barueri: Manole, 2006. 280: il p. ISBN 8520420389. MASCARÓ, Lucia Raffo de.Ambiência Urbana: Urban environment. 2 ed. Porto Alegre: + 4
Editora, 2004. 197: il p. ISBN 8524105178. GUERRA,ABILIO. Quadra aberta: Uma tipologia urbana rara em São Paulo. 124.01 projeto urbano ano 11, abr. 2011 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.124/3819 VARGAS, HELIANA COMIN. Centros Urbanos: Por que intervir?.Palestra apresentada no Seminário Internacional de Reabilitação de Edifícios em áreas centrais. São Paulo: EPUSP. 2006 SILVA, EDER DONIZETI DA SILVA. A história contada através da arquitetura de uma rua.
Fundação instituto do livro de Ribeirão Preto. 2011.
116