Jornal Comunitário do Bairro Ferradura Mirim
Bauru
Ano IV
Edição nº14
Ago/Set de 2011 Júlia Guerra
Numeração das casas ainda é um problema no bairro
Pág. 4 e 5
Infraestrutura
Pergunte ao profissional dreamdogs.co.uk
Júlia Guerra
Como a falta de quebra-molas e tampas nos bueiros pode ser perigosa para a população Pág. 6
Veterinário esclarece dúvidas sobre vacinação de animais de estimação Pág. 7
Veja também : Fala Morador traz opiniões sobre a situação da água e do esgoto no bairro
Jornal do Ferradura
Ago/Set de 2011
Jornal do Ferradura
Objetivos e conquistas
Boa leitura! Equipe Jornal do Ferradura
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06:38 08:30 11:59 14:54 17:34 20:53
Horários de saída Pq. Júlio Nóbrega 07:00 09:05 12:25 15:34 17:58 21:39
06:51 08:41 12:12 15:04 17:22 18:59 22:50
07:11 09:29 12:49 15:42 17:46 19:44 23:35
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07:56 11:09 13:51 16:34 18:30 21:18
06:26 11:08 16:38 21:05
07:05 12:03 17:00 22:06
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Horários de saída Jardim Ferraz 05:30 09:18 14:48 21:57
Horários de saída Duque/Cerejeiras via Cruzeiro do Sul 06:26 08:19 11:35 14:24 16:58 18:34 22:04
05:30 10:13 15:43 20:13
06:10 06:23 07:25 08:00 08:25 10:13 11:08 12:03 12:58 13:53 16:05 16:38 19:25 20:13 21:05 22:59
Horários de saída Tangarás 05:30 06:00 06:05 07:10 07:40 08:46 09:30 10:22 11:10 11:53 11:58 12:46 13:34 14:22 15:10 15:58 16:46 17:34 18:22 19:08 19:53 20:38 21:21
Morador
Edição Geral Ângelo Sottovia Aranha Coordenação do projeto Júlia Guerra Laura Luz FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa - Bauru/SP CEP: 17033-360 Telefone: 3103-6063 E-mail para contato: jornal.ferradura@gmail.com Tiragem: 1000 exemplares Impresão: Fullgraphics Distribuição Gratuita
Camila Mello Mariana Torres Paula Reis
“Como está a situação da água e do esgoto no Ferradura?” “Antes, quando chovia, inundava a rua toda. Não tem boca de lobo aqui e a água entrava dentro casa. Junto com a água descia muito lixo e acumulava tudo no fim da rua. Agora já não acontece muito, mas precisa melhorar.” Clarisse C. Moretti, 59 anos, faz e vende salgadinhos
Edição Júlia Guerra Laura Luz
Diagramação João Paulo Monteiro
Perguntamos aos moradores qual é a situação atual do bairro em relação à água e o esgoto e quais os problemas existentes e as dificuldades enfrentadas por causa deles.
“Tem dia aqui que falta água, falta luz, é bem precária a vida aqui no Ferradura Mirim. Eu cheguei à noite do serviço e tava sem luz em casa. Sempre foi assim, cai a luz, a força. Tá ruim ainda, pra melhorar precisa de muita coisa. O esgoto até hoje em casa tá bom, só é ruim a luz, porque não tem o poste. Tem dia que falta água. Se alguém for lavar roupa, o dia inteiro falta água.” Paulo Cesar dos Santos Rodrigues, 36 anos, chapeiro de lanchonete
“Aqui falta tudo, até asfalto. De final de semana falta água aqui, todo sábado e domingo. O esgoto não tem reclamação, não. De vez em quando falta luz porque o cruzamento do fio é ali na rua, ontem tava ventando começou a sair até faísca.”
Flora Miguel
Horários apenas para DIAS ÚTEIS
05:30 07:22 09:55 13:02 16:12 18:22 22:27
Reportagem Camila Mello Giuliana Chorili Marcela Busch Mariana Ribeiro Mayara Alves Paula Reis Renan Fantinato Victor Santos
Fotografia Flora Miguel Júlia Guerra Mariana Ribeiro
Ônibus
Horários de saída José Regino via Rodrigues Alves
Expedição Jornalista responsável Ângelo Sottovia Aranha MTB-12870
Fala
Flora Miguel
tra problemas como bueiros destampados e falta de quebra-molas nas avenidas que causam acidentes de carro e oferecem perigo para as crianças. Outros problemas são a distribuição de água e o tratamento de esgoto, que causam transtornos diários a boa parte da população do Ferradura Mirim. Esperamos que todos conheçam verdadeiramente os seus problemas e assim lutem pelos seus direitos, contando sempre com a nossa ajuda para noticiar o que é realmente importante para a comunidade como um todo.
Ago/Set de 2011
Flora Miguel
Muitas das nossas conquistas são feitas na base da insistência e do amor aos nossos objetivos. E o Jornal do Ferradura nada mais é do que o produto de uma insistente busca por resultados e pelo objetivo de trazer, aos moradores do Ferradura Mirim, as informações que difícilmente são passadas pelos órgãos públicos. Nesta edição, por exemplo, trazemos a discussão sobre a numeração das casas que, de forma direta, influencia no trabalho dos Correios no bairro e que, atualmente, não vem mostrando bons resultados, deixando muitos dos moradores sem acesso às suas correspondências. Além disso, esta edição traz à tona a questão da infraestrutura no bairro, mos-
Jornal comunitário bimestral do bairro Ferradura Mirim, em Bauru-SP
Jornal do Ferradura
Flora Miguel
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Adão Matoso de Oliveira, 49 anos, artesão
“Aqui a situação tá muito feia, porque o povo deixa entupir esgoto dentro do banheiro e aí transborda tem que chamar o DAE e eles demoram. Quando estoura o esgoto nas ruas eles também demoram pra vir. Aqui nessa rua a água não acaba, mas na Rua 9 e na 12 acaba sempre. De sábado tá acabando sempre. Quando eu morava lá tinha que vim na casa da minha mãe pra tomar banho. De luz não tem problema. Quando chove alaga e junta um monte de lixo e vira uma lambança.” Bruna Fernandes, 20 anos, dona de casa
O que o DAE tem a dizer sobre isso? O Bairro Ferradura Mirim vem enfrentando problemas com luz, água e esgoto. A falta de luz é um problema frequente, assim como a falta de infra-estrutura do sistema de esgoto. Em determinadas partes do bairro ele está a
céu aberto causando mau cheiro e atraindo bichos que podem transmitir doenças aos moradores. Além disso, quando chove a água não tem para onde escorrer e acaba invadindo casas e acumulando lixo nas ruas.
Segundo os moradores, o maior problema é a falta de água nas ruas 9 e 12, onde o serviço chega a ser interrompido todo o fim de semana. A equipe do Jornal do Ferradura entrou em contato com o Departamento
de Água e Esgoto de Bauru, o DAE, e segundo a Divisão de Produção e Reservação um projeto para melhorias na região já foi formulado, mas atualmente encontra-se na área técnica aguardando para ser realizado.
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Jornal do Ferradura
Ago/Set de 2011
Jornal do Ferradura
Problema dos Correios ainda é uma realidade no Bairro Apesar da nova numeração concedida pela prefeitura,
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as cartas não estão chegando corretamente
Giuliana Chorili Victor Santos
Desde as primeiras edições do Jornal do Ferradura, a questão da entrega de correspondências nas casas do Ferradura Mirim tem sido um problema enfrentado pelos moradores do bairro. A promessa da regularização da numeração das casas ocorreu em 2008. A proposta dizia que a situação seria resolvida após
uma reunião entre Correios, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) e a Associação de Moradores e, assim que todas as moradias tivessem novos números, os Correios iniciariam a distribuição de cartas. Não foi o que aconteceu. Após a última visita dos repórteres ao bairro foi verificado que o problema continua. As casas já receberam uma
nova numeração colocada há cerca de três meses, mas as únicas cartas que chegam são as contas de água e luz. As correspon-
“A prefeitura numerou as casas e já fizemos o emplacamento”
Gisele Moretti, presidente da associação dos moradores e amigos do bairro
dências normais não chegam ao seu destino e por muitas vezes deixam de ser entregues ou são dei-
Flora Miguel
Júlia Guerra
Por insegurança em relação à entrega de cartas, algumas casas do bairro ainda usam numeração antiga
Casas do Ferradura já têm novas placas. Mobilizaçã da comunidade foi importante para mais essa conquista.
xadas somente com uma moradora do bairro. Manuelina da Silva Uberto, 79, recebe muitas cartas em sua casa e sua queixa é de que, por muitas vezes, elas ficam lá de duas a três semanas sem que seus donos apareçam para buscar. “Da rua 9 para baixo todas as cartas vêm para cá. Ficam aí montes de cartas e se é cobrança que não querem pagar, não bus-
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cam”, comenta Dona Manuelina. “Às vezes chega carta de banco e ela tem que assinar”, lembra sua neta Daniele Fernanda Uberto. De acordo com Eva Motoso de Oliveira, presidente da Associação dos Moradores do Ferradura Mirim, para mudar o número das casas é preciso acertar-se com os Correios. Entretanto, Eva reconhece
a preocupação de alguns moradores, que temem que as contas parem de chegar. Exemplo disso é o fato de algumas pessoas não mudarem a sua numeração justamente por esse motivo. Gisele Moretti, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro do Ferradura Mirim, explica: “a prefeitura numerou as casas e já fizemos o emplacamen-
to”. Segundo ela, falta, agora, os Correios enviarem o CEP para colocar em cada rua.
As únicas cartas que chegam são as contas de água e de luz Segundo o prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho, essa regulamentação do bairro está ocorrendo em parceria com o projeto Cidade Legal. Ele diz que a mudança
das numerações das casas se iniciou a partir da solicitação da presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro do Ferradura Mirim, a Gisele, e dos planos da prefeitura de proporcionar maior dignidade à população do bairro. Porém, o prefeito afirma não saber do problema das cartas que não chegam ao seu destino e prometeu verificar essa situação.
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Jornal do Ferradura
Ago/Set de 2011
Perigo nas ruas
Perfil
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Júlia Guerra
Bueiro recém tampado já causou acidente entre os moradores Mayara Alves Renan Fantinato
A avenida Cruzeiro do Sul foi asfaltada recentemente, mas os problemas no local não acabaram. Há alguns meses, diversos atropelamentos aconteceram, atingindo inclusive crianças. Leonardo Gabriel Almeida, de apenas 2 anos, foi uma das vítimas. Na metade do mês de agosto, o menino foi atropelado por um veículo que descia a avenida, foi levado ao Pronto Socorro Central e se recupera bem. A Cruzeiro do Sul é umas das principais ruas do Ferradura, mas é uma descida por onde passam ônibus em alta velocidade. Mesmo assim,
não há lombadas, nem placas de trânsito indicando limites de velocidade e a iluminação é precária. Por esses motivos, outros acidentes também aconteceram e muitos outros podem acontecer. “Até cachorros são atropelados”, conta Maria Aparecida Almeida, avó de Leonardo. Os moradores estão indignados e preocupados com a situação. “Se não colocarem um quebra-molas, eu mesmo vou rasgar o asfalto e fazer um”, reclama o borracheiro João Vital, de 41 anos. Segundo Gisele Moretti, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro do Ferradura, já foi requisitada à EMDURB (empresa
responsável pela infraestrutura de Bauru) a instalação de uma lombada na avenida. Mas esse processo não é tão simples. Para instalar um redutor em uma avenida, um engenheiro da EMDURB precisa fazer uma avaliação técnica do local. A análise é necessária para verificar se pode ser colocado um quebra-molas na rua de acordo com as leis federais de trânsito. Como a avenida Cruzeiro do Sul é uma descida, há uma dificuldade para que o projeto de obra seja aprovado. “Não pode ser instalado um redutor na área, pois, segundo a Legislação Federal, é proibida a instalação em ruas com declives acentuados em mais de 6%”,
explica Márcio Soares Oliveira, assessor de Marketing da EMDURB. Segundo Márcio, as outras lombadas que existiam no local eram irregulares. Radar na Cruzeiro A melhor solução indicada pela EMDURB é a implantação de radares ao longo da avenida. “Já existem estudos adiantados para que se instale radares no espaço compreendido entre as quadras 18 e 20”. O outro problema encontrado na avenida Cruzeiro do Sul era a ausência de tampa no bueiro localizado na esquina do “Bate-Bola”. Leonardo Gabriel Almeida, o mesmo garoto que foi atropelado, caiu no bueiro e se machucou.
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Lindinalva Maria da Conceição Mariana Ribeiro
Bueiros destampados e falta de quebra-molas causam acidentes na principal avenida do bairro
Jornal do Ferradura
Lindinalva Maria da Conceição é conhecida no Ferradura Mirim pelo apelido de Lulu. Muito bem humorada e religiosa, Dona LuLu vive no bairro há 16 anos. E foi com muito desse bom humor e simpatia que
nos recebeu para contar um pouco de sua história sacrificada e muito bonita. Alguns anos depois de perder seu marido, Dona Lulu veio do interior de Maceió encontrar uma parte de sua família que já morava em Bauru. A viagem durou 3 dias de ônibus e desde que chegou ao bairro vive na mesma casa, ao lado de sua neta e de seu filho. Conta que morou em Maceió a vida toda e a vida lá não foi simples. “Eu era pobre, sofredora, mãe de muitos filhos, trabalhando na roça, carregando água do rio, lenha na mata. E eu me criei nessa pobreza e
nessa pobreza me casei e criei meus filhos, e eles se casaram. E nessa pobreza meu marido morreu. E eu fiquei pobre, viúva e só com o meu chinelinho no pé”, conta Dona Lulu.
“De Maceió a Bauru a vida foi sofrida, mas sempre digna” Quando chegou ao Ferradura, as condições eram muito precárias, mas de lá para cá viu muita coisa mudar no bairro. Segundo ela, não havia luz elétrica, água encanada e o lugar era bem menos habitado que atualmente. “Era
uma casa aqui, outra lá longe”, comenta. Dona Lulu tem uma família grande: são 7 filhos, 45 netos, 38 bisnetos e 4 bisnetos a caminho. Boa parte deles mora no próprio Ferradura, mas diz que tem gente por todo o Brasil. Aos 82 anos, Dona Lulu mora sozinha e ainda cuida da própria casa. “Quanta senhora na minha idade nem sua loucinha mais consegue lavar? E eu nessa idade arrumo minhas coisas do meu jeito. Por isso que eu digo, ainda sou pobre, mas sou uma pobre rica”, Lulu finaliza com orgulho. Mariana Ribeiro
Marcela Busch
Muitos moradores do bairro Ferradura Mirim tem animais de estimação. Cachorros, gatos, passarinhos. Porém, o que muita gente não sabe é que é preciso tratar muito bem dos bichinhos para que eles não contaminem outros animais e também nenhuma pessoa Um morador que pediu para não ser identificado contou para a equipe do Jornal do Ferradura que na rua dele há cachorros que parecem doentes, mas os donos não tomam nenhuma providência. Para ajudar esse morador e qualquer outro que queira saber como cuidar de um animal de estimação, fomos conversar com uma veterinária, que nos deu algumas dicas.
Analici Martini alerta para a leishmaniose, doença que causa emagrecimento do animal, queda de pêlos, feridas que não cicatrizam e aumento do fígado. “Aqui em Bauru, o grande perigo para os cães é a leishmaniose. Não se fala muito, mas é tão comum que parece até uma gripe”, diz Analici. Para prevenir seu cão contra a leishmaniose, é importante vacinar. “Custa
um pouco caro, mas traz saúde para os animais e para a família”, completa Analici. Mesmo que essa doença cause a queda de pêlos dos animais, a veterinária diz que, na maioria das vezes, essa perda é por conta da troca de pelagem normal que os cães e gatos passam, principalmente durante o inverno. Uma dica para quem quer se proteger do mosquito que
causa a leishmaniose é comprar uma citronela. “Citronela é uma plantinha que espanta mosquitos e previne contra a doença”. Analici também lembra das coleiras antipulgas e antimosquitos que podem ajudar a proteger. O importante mesmo é proteger e cuidar dos animais para que eles não transmitam doenças para a sua família e nem para mais ninguém do bairro.
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Jornal do Ferradura
Ago/Set de 2011
Mural
Continuando com o clima de AMIZADE da última edição, o Mural mostra todo o talento das crianças da E.M.E.F. Dirce Boemer Guedes de Azevedo
Júlia Guerra
Kissila 3º A Thaiza 3º A
José 3º A
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Igor 3º A
José Aylon e Doroti 3º A
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Lourdes Costureira 3281-7993 Avenida Cruzeiro do Sul, 45-02