po. ES. ia Layo Bulhão
o silêncio me evoca sempre verdade que talvez nem
se possa sonhar ou tocá-la quiçá em um instante azul comê-lo com sushi derramá-lo sobre um tapete escrito welcome! – beijar ou se agarrar a uma decisão? não verborragizar verbogonizar não baforizar explodir não suspirar deglutir engolir um buraco negro regorgitar uma flor amarela!
quanto mais procuro me perco quanto mais me perco me tono mais tolo ainda e tolo na minha ingnorancia pecebo que ate os vermes amam mais do qu’eu – os olhos da afrodite me negam o desejo e deixam
plantados em mim um regalo de poesias mortas quem me disse um dia que comer pedras quebrarim os dentes? meus calos de amor me dominam o pensamento quero eles por um segundo de poesia e só quem pode domar meu coração se nem mesmo sei onde posso colocá-lo seguro calar meu silêncio de dor de inconforto de interferência pacifica? não quero promessas nem cobranças quero um gole puro de amor delírio
Se Entreaberto Ficar-se-ia Entristecido Então entre instantes Ficar-se-á Entrefechado A tristeza rirá
origem
O OvO Canta seu cortejO Beijando a face do povo? A TV ignora o teu rosto e lhe reduz? Estamos todos juntos ou estamos todos presos? Araras são lindas enquanto voam? Porque tantas velas acesas? germinados do silêncio? nunca saberemos o que é inocência? o que veio velho e que morreu escroto? nunca saberemos viver alheio ao acaso de inconstâncias descompasso de estórias fétidas contadas a um povo sem amor próprio ou será que seus discursos são divinos?
deu-se tudo em nossa terra ferida / punida fecunda e enojada fodida mas submissa
bom mesmo é ser verme ser solúvel ou ser o pigmento do nada? ser verdade nunca dita
ou ser pó?
a realidade boceja numa fotografia de políticos e crianças rindo
[a a tirei o pau na infância cia ci a] sem piedade não há nada comum em não permitir infante instante? querer corpos como queijo corpos como verbos mortos mas verdadeiros (somente para si) receptáculos da sombra na pátria? anais disformes embevecidos de sonhos dos pobres comem bocas ao dilatar idéias imorais?
onde esta tu, oh mãe gentil?
subir nos palanques neste país como quem atira em borboletas coloridas com flores nas mãos
O PROBLEMA É QUE MEU OLHO NÃO OLHA NOS TEUS
Se Nosso gozo é bisonho Se Nosso povo é escravo Se Nosso sonho é inviável Se Nosso corpo é violável
Dou-te uma pedra Uma grade E um país em branco
O que ireis fazer?
VERME
tenho comigo um ar
sombrio eu me torpe de amor - mas eu não falo a língua do amor minhas lembranças sorriem se mim falando do amor - mas até um verme sabe mais do amor que qualquer homem.
Nunca espere:
política beleza idéias
QUEREM QUE VOCÊ LEIA COM GELO NA BOCA
a Boca
enquanto salivam-lhe as idéias
Estufa-se
rindo gemidos no Céu orifício
o cubo LOBO
(quase translúcido)
se derrete
em silêncio quase balbucia
vertendo
verbos impraticáveis den[dentro]tes
caninos da república Voluntárias
SOLUÇÕES e [quanto pagas por meu Oxigênio?
tornam-lhe monocromático e ao vomitar (em sua caverna) percebes que não
sem discurso
há mais frio MAS UM BIGODE PRETO no meio de sua essência