Parque estadual do sumidouro - aves

Page 1

2015 Guia de Aves – Espécies encontradas no Parque Estadual do Sumidouro

Autoras: Bruna Nascimento, Isis Silva, Lays Cruz, Mariana Nunes e Paula Ávila 01/12/2015

1


Índice INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 ORNITOLOGIA NO BRASIL-------------------------------------------------------------------------------------- 4 PARQUE ESTADUAL DO SUMIDOURO------------------------------------------------------------------------ 5 LOCALIZAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------------- 6 ORDEM: APODIFORMES ------------------------------------------------------------------------------------- 7 FAMÍLIA: APODIDAE --------------------------------------------------------------------------------------------- 7 Streptoprocne zonaris ------------------------------------------------------------------------------------- 7 ORDEM: CATHARTIFORMES ------------------------------------------------------------------------------- 9 FAMÍLIA: CATHARTIDAE ---------------------------------------------------------------------------------------- 9 Coragyps atratus-------------------------------------------------------------------------------------------10 ORDEM: CHARADRIIFORMES ----------------------------------------------------------------------------12 FAMÍLIA CHARADRIIDAE ---------------------------------------------------------------------------------------12 Vanellus chilensis------------------------------------------------------------------------------------------13 ORDEM: COLUMBIFORMES -------------------------------------------------------------------------------15 FAMÍLIA: COLUMBIDAE ----------------------------------------------------------------------------------------15 Patagioenas picazuro ------------------------------------------------------------------------------------16 ORDEM: CUCULIFORMES ----------------------------------------------------------------------------------18 FAMÍLIA: CUCULIDAE ------------------------------------------------------------------------------------------18 Crotophaga ani ---------------------------------------------------------------------------------------------18 AVES DE RAPINA ----------------------------------------------------------------------------------------------21 ORDEM FALCONIFORMES ---------------------------------------------------------------------------------21 FAMILIA: FALCONIDAE -----------------------------------------------------------------------------------------21 Caracara plancus ------------------------------------------------------------------------------------------22 Milvago chimachima --------------------------------------------------------------------------------------24 ORDEM: PICIFORME ------------------------------------------------------------------------------------------26 FAMÍLIA: RAMPHASTIDAE -------------------------------------------------------------------------------------26 Ramphastos tucanus -------------------------------------------------------------------------------------27 ORDEM: PASSERIFORMES --------------------------------------------------------------------------------28 FAMILIA FRINGILLIDAE-----------------------------------------------------------------------------------------28 Euphonia chlorotica ---------------------------------------------------------------------------------------29

2


FAMÍLIA: FUNARIIDAE ------------------------------------------------------------------------------------------31 Phacellodomus rufifrons ---------------------------------------------------------------------------------32 Synallaxis frontalis-----------------------------------------------------------------------------------------34 FAMÍLIA HIRUNDINIDAE----------------------------------------------------------------------------------------36 Progne tapera-----------------------------------------------------------------------------------------------36 FAMILIA ICTERIDAE---------------------------------------------------------------------------------------------38 Molothrus bonariensis ------------------------------------------------------------------------------------39 A FAMÍLIA THAMNOPHILIDAE ---------------------------------------------------------------------------------42 Herpsilochmus rufimarginatus -------------------------------------------------------------------------42 FAMÍLIA THRAUPIDAE------------------------------------------------------------------------------------------44 Dacnis cayana ----------------------------------------------------------------------------------------------44 Sicalis flaveola ----------------------------------------------------------------------------------------------46 Tangara cayana --------------------------------------------------------------------------------------------48 Tangara sayaca --------------------------------------------------------------------------------------------50 Thlypopsis sórdida ----------------------------------------------------------------------------------------52 FAMÍLIA TROGLODYTIDAE ------------------------------------------------------------------------------------53 Troglodytes musculus ------------------------------------------------------------------------------------53 FAMÍLIA TURDIDAE ---------------------------------------------------------------------------------------------55 Turdus leucomelas ----------------------------------------------------------------------------------------55 FAMÍLIA TYRANNIDAE------------------------------------------------------------------------------------------57 Elaenia flavogaster ----------------------------------------------------------------------------------------58 Elaenia obscura --------------------------------------------------------------------------------------------60 Hirundinea ferruginea ------------------------------------------------------------------------------------61 Megarynchus pitangua -----------------------------------------------------------------------------------63 Phaeomyias murina ---------------------------------------------------------------------------------------65 Tolmomyias sulphurescens -----------------------------------------------------------------------------66 Tyrannus savana ------------------------------------------------------------------------------------------67

3


Introdução Ornitologia é o ramo da biologia que se dedica ao estudo das aves a partir de sua distribuição na superfície do globo, das condições e peculiaridades de seu meio, costumes e modo de vida, de sua organização e dos caracteres que as distinguem umas das outras, para classificá-las em espécies, gêneros e famílias. A ornitologia é uma das poucas ciências beneficiadas por importantes contribuições de amadores. E, embora muitas informações provenham de observação direta, algumas áreas da ornitologia tiram proveito de técnicas e instrumentos modernos como anilhamento de aves (PT: anilhagem de aves), radar e radiotelemetria. No Ocidente, Aristóteles foi um dos primeiros a escrever sobre as aves em sua obra Sobre a história dos animais, continuada em Roma, mais de três séculos depois, por Plínio, o Velho. Várias obras da Idade Média e do início da era moderna registram observações pessoais relevantes, como A arte de caçar com aves, escrita pelo imperador alemãoFrederico II no século XIII, ou a Histoire de lanaturedesoiseaux (1555; História da natureza das aves), do naturalista francês Pierre Belon. O marco inicial do estudo científico das aves é o trabalho do naturalista inglês Francis Willughby, continuado por seu colega John Ray, que publicou The Ornithologyof F. Willughby (1678; A ornitologia de F. Willyghby), em que aparece a primeira tentativa metódica de classificação das aves, baseada essencialmente nos caracteres de forma e de função. Aplicaram-se à ornitologia, como aos demais ramos das ciências naturais, os métodos do naturalista sueco Lineu, cuja classificação sistemática, ou taxonomia, foi adotada como ponto de partida para todas as questões relativas à nomenclatura binária das espécies do mundo vivo, seguida com absoluta consistência pelos ornitólogos. Em consequência dos grandes descobrimentos marítimos do século XVI, um número crescente de aves inteiramente desconhecidas pelos europeus ficou sem classificação, o que se tornou um problema para a ornitologia. Os pesquisadores passaram a estudá-las por meio de exemplares conservados em seus gabinetes, origem dos primeiros museus. Entre essas coleções particulares, figurava a do físico francês René de Réaumur, a quem se deve a técnica de conservação dos exemplares a seco (taxidermia), em que se baseiam os estudos taxionômicos. No século XIX, os especialistas concentraram-se na anatomia interna, por sua aplicação à taxonomia. No decorrer do século XX, o estudo anatômico cedeu lugar ao crescente interesse por critérios ecológicos e etológicos. Este trabalho tem como objetivo descrever as espécies de aves catalogadas durante uma visita ao Parque Estadual do Sumidouro, pelo a turma 4° período de Ciências Biológicas Bacharelado do Centro Universitário de Sete Lagoas –Unifemm.

Ornitologia no Brasil Entre as referências mais antigas feitas à avifauna brasileira, destacam-se as que se encontram no livro do arcabuzeiro alemão Hans Staden, que caiu prisioneiro dos índios por volta de 1553. A essa fonte somam-se as informações esparsas nas obras de dois franceses, o franciscano André Thevet e o calvinista Jean de Léry, bem como nas de outros religiosos e viajantes. O estudo das aves indígenas figura como um dos capítulos mais importantes da História naturalisBrasiliae (1648), do naturalista holandês Georg Marcgrave. Valiosos dados, cujo interesse se mantém até hoje, foram coletados no período colonial pela "viagem filosófica" de Alexandre Rodrigues Ferreira à região amazônica,

4


patrocinada pela coroa portuguesa no final do século XVIII. Todas as muitas expedições científicas ao Brasil durante o século seguinte, como a de Georg Heinrich vonLangsdorff, a do príncipe Maximilian von Wied-Neuwied e a de Hermann Burmeister, deixaram registros ornitológicos de variada importância. A obra de Burmeister se notabilizou por haver tentado uma descrição geral das aves do país, embora muito limitada a regiões de Minas Gerais. Materiais obtidos pelo colecionador alemão Johann CenturiusvonHoffmannsegg e incorporados ao museu de Berlim permitiram que Johann Karl Wilhelm Illiger, Martin Heinrich Lichtenstein e outros descrevessem espécies até então ignoradas na Europa. O francês Pierre-Antoine Delalande colecionou extraordinário número de espécies novas, de ocorrência no Rio de Janeiro, descritas por seu compatriota Louis Vieillot. Outro francês, Edouard Ménétriès, que viajara por Minas Gerais em companhia de Langsdorff, reuniu material que mais tarde estudou no Museu de São Petersburgo. Entre os ornitologistas ingleses no Brasil, o principal foi William Swainson, que descreveu e desenhou primorosamente as aves nordestinas. Foram também muito úteis aos estudos ornitológicos brasileiros as viagens de Alfred Russel Wallace e de outros à Amazônia, assim como o Catalogue of the Birds in the British Museum (1874-1875; Catálogo de aves do Museu Britânico), que marcou época e até hoje constitui obra indispensável aos estudiosos. O dinamarquês Johannes Theodor Reinhardt ocupou-se das aves coletadas por Peter Wilhelm Lund em sua jornada pelas regiões campestres de Minas Gerais e estados vizinhos. A expedição americana de 1865, chefiada por Louis Agassiz, assinalou o começo de um ciclo de visitas ao Brasil de naturalistas-colecionadores dos Estados Unidos. Dentre os principais estudos da ornitologia brasileira destacam-se os trabalhos realizados no Museu Nacional, no Rio de Janeiro; no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará; e no Museu Paulista, que em 1907 publicou um catálogo das aves do Brasil, seguido por edições ampliadas. Outras obras fundamentais de referência são As aves do Brasil (1894-1900), de Emílio Goeldi, e Catálogo das aves amazônicas (1914), de Emilie Snethlage.

Parque Estadual do Sumidouro O Parque Estadual do Sumidouro foi criado no dia 03 de janeiro de 1980, pelo Decreto Estadual nº 20.375, alterado pelos Decretos nº 20.598, de 04 de junho de 1980, nº 44.935 de 03 de novembro de 2008 e definido pela Lei 19.998, de 29 de dezembro de 2011. Possui área total de 2.004 hectares e está situado nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, ao norte da região metropolitana de Belo Horizonte, distando cerca de 50 km da capital mineira. Caracterizado como Unidade de Proteção Integral, O Parque tem o objetivo principal de promover a preservação ambiental e cultural, possibilitando atividades de pesquisa, conservação, educação ambiental e turismo. A unidade recebeu este nome devido a sua lagoa, que possui um ponto de drenagem das águas da bacia típica dos terrenos calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado “sumidouro”, termo que vem da palavra indígena "Anhanhonhacanhuva", que significa “água parada que some no buraco da terra”. O parque tem o relevo marcado pela presença de rochas carbonáticas, surgências, sumidouros e cavernas ricas em espeleotemas e uma fauna cavernícola que inclui numerosas colônias de morcegos. O clima é tropical úmido, ensolarado e estável, com verões chuvosos e invernos secos. Sua flora é bastante diversificada, incluindo espécies

5


de cerrado e mata atlântica. Algumas espécies da flora estão bem adaptadas ao regime de sazonalidade, marcada por períodos de cheias e vazantes. O parque está associado às pesquisas pioneiras, feitas na primeira metade do século XIX pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, descobridor do Homem de Lagoa Santa, dos primeiros habitantes do Brasil e da megafauna extinta. Local de grande relevância histórica devido aos achados encontrados pelo pesquisador e às evidências da coexistência do homem com a fauna extinta, fato que contribuiu para o surgimento do pensamento evolucionista por meio de citações de Charles Darwin no livro “A Origem das Espécies” (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), em que se discute a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural. O Parque conta com duas portarias (Museu Peter Lund/Gruta da Lapinha e Casa Fernão Dias), estacionamento, alojamento de pesquisadores e centro de pesquisas. Dentre os atrativos do Parque Estadual do Sumidouro, destacam-se:       

Gruta da Lapinha Museu Peter Lund Circuito Lapinha Escalada Casa Fernão Dias Trilha do Sumidouro Trilha da Travessia

Localização

6


Ordem: Apodiformes Nessa Ordem estão os beija-flores (Família Trochilidae) e os andorinhões (família Apodidae). A palavra apodiforme significa “sem pés”, mas é claro que os apodiformes possuem pés! Acontece que o grupo faz tudo voando: alimentam-se voando, acasalam-se voando e usam os pés apenas quando pousam.

Família: Apodidae Aves em sua morfologia semelhantes às andorinhas por convergência adaptativa, os andorinhões apresentam asas longas em forma de foice. A cauda pode ser curta na maioria das espécies ou longa em umas poucas.

Streptoprocne zonaris

Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796).Foto de Mariza Sanches. Fonte: Wikiaves

Ordem: Apodiformes, Família: Apodidae, Espécie: Streptoprocne zonaris.

Também conhecido como andorinhão e andorinhão-de-coleira.

Mede cerca de 21 centímetros. Os taperuçus têm pés muito reduzidos que

os impedem de pousar em fios de eletrificação ou galhos, como o fazem as andorinhas. Esta é a maior espécie da família e sua velocidade de voo pode alcançar 100 quilômetros por hora.

7


Alimenta-se basicamente de insetos, capturados em voo.

O ninho, de fibras vegetais, musgos e pedrinhas aglutinadas com barro e

saliva é fixado em paredões e escarpas de pedras ao redor de cascatas, grutas úmidas e escuras. O casal incuba e alimenta os filhotes. 

Sempre sobrevoando florestas, campos e cidades. Quando o céu está

nublado ou está chovendo voltam para o esconderijo, saindo rapidamente um por um quando o sol aparece. Sobrevoa incêndios florestais ou em pastagens a procura de alimento. 

Segundo Sick (1997) ocorre em todo Brasil, faltando em regiões planas.

Tipo de registro no PESU: Visual.

Estado de conservação: Pouco preocupante.

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/taperucu-de-coleira-branca> Acsso em 26 de novembro de 2015. Listas das Aves do Brasil Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição 01/01/2014.

Disponível

<http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf>Acesso

em: em

28

de

novembro de 2015.

8


Ordem: Cathartiformes Esta Ordem possui apenas a Família Cathartidae que reúne os urubus e oscondores. Os urubus e condores são aves necrófagas (alimentam-se de carcaças de animais) do Novo Mundo, ou seja, restritas às Américas. Já os populares abutres que só ocorrem no Velho Mundo (África, Europa e Ásia) são aves de rapina e pertencem a ordem dos FALCONIFORMES. Os catartiformes possuem bicos fortes e aduncos adaptados para desprender e rasgar a carne dos ossos. Eliminam mais de 90% das carcaças e atuam ecologicamente como faxineiros da Natureza. As aves dessa Ordem têm como características típicas, a cabeça e o pescoço sem penas.

Família: Cathartidae Única

família

possuem bico perfurado

atual (nares

do

grupo

perviae),

dos Cathartiformes. não

apresentam

Os siringe,

catartídeos praticam

a urohidrose (König 1982) e possuem a cabeça e pescoço nus, que facilita a higiene apos a alimentação. O posicionamento taxonômico da família é ainda controverso, sendo, atualmente, agrupado

na

ordem Accipitriformes ou

numa

ordem

própria,

a

Cathartiformes.

Na classificação tradicional, pertencia aos Falconiformes.

9


Coragyps atratus

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) .Foto de Leonardo Casadei.Fonte:Wikiaves

Ordem: Cathartiformes, Família: Cathartidae, Espécie:C.atratus.

Pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo. Conhecido também

como urubu-comum, corvo, urubu-preto e apitã. 

Dentre os urubus, é o de menor envergadura. Apesar de seu tamanho, é o

mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância. Para diferenciá-lo dos outros urubus, em voo, destaca-se o formato mais curto e arredondado das asas, com a ponta mantida um pouco à frente da cabeça. Quase no final de cada asa, forma-se uma área mais clara, quase um círculo. O urubu-de-cabeça-preta possui de comprimento 62 centímetros e de envergadura cerca de 143 centímetros com peso de 1,6 quilo. 

Saprófaga, alimenta-se de carcaças de animais mortos e outros materiais

orgânicos em decomposição, bem como de animais vivos impedidos de fugir, como filhotes de tartarugas e de outras aves. 

Faz ninho em ocos de árvores mortas, entre pedras e outros locais

abrigados, geralmente com incidência de árvores. Põe dois ovos branco-azulados manchados com muitos pontos marrons. Bate as asas pesadamente, plana bem. Sua área de ocorrência tem-se expandido com a colonização humana. 

No ambiente natural, alimenta-se nas mesmas carniças das outras espécies.

Nas proximidades das casas, busca restos de comida e partes de animais domésticos abatidos. Acostuma-se com a presença humana e, em alguns locais, circula até junto de

10


galinhas e outras aves domésticas, quando sua forma peculiar de andar bamboleando chama a atenção, sendo popularmente chamada de passo do urubu malandro. Quando está andando próximo a outros urubus, deixa a cauda ereta aparecendo entre as asas. Além de carniça, costuma comer pequenos vertebrados e ovos. Em dias muito quentes, pousa nas margens de rios e lagoas para beber água e resfriar as pernas. Entra na água rasa e molha as pernas completamente. 

Indivíduos com plumagem albina. O Albinismo se caracteriza pela perda

total dos pigmentos, tanto da melanina quanto dos carotenóides, podendo ocorrer em todo o corpo ou em partes dele. 

Tipo de Registro no PESU: Visual

Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante).

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/urubu-de-cabeça-preta > Acesso em 21 de novembro de 2015 COAVE

Clube

de

Observadores

de

Aves.

Disponível

em:

<http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015. AMBIENTE BRASIL. Disponível em <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/> Acesso em 27 de novembro de 2015.

11


Ordem: Charadriiformes Este grupo possui muitas Famílias (14), cuja maioria possui hábitos aquáticos como os maçaricos, gaivotas, quero-queros, jaçanãs entre várias outras espécies.

Família Charadriidae Representada pelo quero-quero, uma das aves mais populares do Brasil, tem a dieta predominantemente de origem animal. Nidificam em uma depressão no solo; os ovos têm formato semelhante ao de um pião dificultando que rolem para fora do ninho. Quando se sentem ameaçadas, essas aves são muito agressivas, podendo atacar o invasor.

12


Vanellus chilensis

Vanellus chilensis (Molina, 1752).Foto de Ronaldo Lebowski. Fonte: Wikiaves

Ordem: Charadriiformes,Subordem:Charadrii, Família Charadriidae,Espécie:

Vanellus chilensis 

O quero-quero é uma ave da ordem Charadriiformes da

família Charadriidae. 

Mede 37 centímetros, peso 277 gramas. Possui um esporão pontudo,

ósseo, com um centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo. 

Tipo de registro no PESU: Visual

Estado de Conservação: Pouco preocupante.

Espécie sem dimorfismo sexual.

Voz: “tero-tero”. Esse som é emitido dia e noite

Indivíduos com plumagem leucística (particularidade genética, que confere a

cor branca a animais geralmente escuros).

O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que

encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres. 

Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam

em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pera, forma

13


adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo. 

Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de

futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água. 

Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo

utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populoso por estas aves. 

Seus predadores são o gavião-do-banhado (Circus buffoni), caracará

(Caracara plancus) e o gavião-caboclo (Heterospizias meridionalista). 

O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde

a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas eprincipalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas. Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/quero-quero?s[]=quero>b Acesso em 26 de novembro de 2015. Listas das Aves do Brasil Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição 01/01/2014 <http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf>Acesso

Disponível em

28

de

novembro de 2015.

14


Ordem: Columbiformes Os columbiformes possuem uma única Família (Columbidae), mas com grande número de espécies, cerca de 300, entre elas pombos, rolas, rolinhas. São aves com senso de orientação excepcional, voam longas distâncias, sem jamais se perderem. Por causa dessa incrível habilidade, são utilizados como pombos-correio. Em algumas regiões do Nordeste, algumas espécies de pombos são fontes alternativas de proteína-animal. Todos os columbídeos alimentam-se no chão a procura de grãos. Nas praças das cidades é comum ver os pombos-domésticos (Columba lívia) uma espécie cosmopolita, em grandes bandos adaptados a se alimentarem de restos de alimentação humana do mais variado tipo.

Família: Columbidae Columbidae é uma família de aves columbiformes que inclui os pombos, pombas, rolas e rolinhas. Em latim Columbus significa pomba, e vários nomes de gêneros derivam desta denominação. Há cerca de 300 espécies desta família distribuídas em todos os continentes.

15


Patagioenas picazuro

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) .Foto de Valdir Hobus.Fonte:wikiaves

Ordem: Columbiformes, Família: Columbidae, Espécie: P.picazuro.

Conhecido pelos nomes populares de: Pombão, asa branca legítima,

legítima-mineira, pombo (a) do ar, pomba-trocal, pomba-trocaz, pomba-carijó (RS) e pomba-verdadeira. Quando em voo, a principal característica da espécie é a faixa branca na parte superior das asas. 

Uma das maiores espécies da família no País. Cabeçae partes de baixo

marrom vinho, barriga pálida. Penas da nuca branco-prateado com pontas pretas. Manto superior roxo metálico, pontas escuras. Costas na maior parte cinza escuro. Asas marrom apagado, cobertura das asas cinza com pontas pálidas. Cauda preta. Pele orbital vermelha. A fêmea tem cor mais pálido. Mede cerca de 34 centímetros. Canto baixo, profundo e rouco, de três a quatro sílabas: “gu-gu-gúu”, “gú-gu-gúu”, sendo que o macho emite quatro repetições e a fêmea três. 

Alimenta-sede sementes e pequenos frutos geralmente coletados no solo.

São granívoros e frugívoros, frequentando roças de milho e feijão, principalmente após a colheita. 

Nidifica em todos os meses do ano no sudeste do Brasil. Os casais fazem

ninhos em territórios demarcados pelo macho em vôos altos e com batimento especial das asas. Constrói o ninho em árvores e a cerca de 3 metros do solo ou na parte baixa de uma árvore de cerrado na borda de cerradão, o ninho é achatado com gravetos frouxamente entrelaçados. O material do ninho é quebrado dos ramos secos no topo de árvores ou pego no chão. O único ovo, branco, é incubado por 16 a 19 dias pelo casal que também se

16


ocupa da criação do filhote. O filhote é alimentado pelos pais com o “leite de papo ou de pombo”, massa queijosa composta pelo epitélio digestivo do papo, que é fortemente desenvolvido em ambos os sexos durante a época da criação. Esta substância é regurgitada para ser recolhida pelos filhotes nos bicos dos pais. À medida que os filhotes vão crescendo são adicionados sementes em ordem crescentes. O filhote saindo do ninho é semelhante aos pais, um pouco menor e com a faixa branca da asa quase inexistente. Após o período reprodutivo associa-se em bandos, executando migrações. 

Vive nos campos com árvores, áreas urbanas, cerrados, caatingas e

florestas de galeria. Frequentemente encontrada no solo. É migratória como outras pombas, estendendo seus domínios acompanhando o desmatamento, aparecendo em grande quantidade. Voa longas distâncias e a grandes altitudes, exibindo seu espelho alar branco; está aproveitando as áreas urbanas, é comum ser encontrada comendo milho em galinheiros. 

Esta ave inspirou Luís Gonzaga e Humberto Teixeira a compor uma das

mais conhecidas canções populares: Asa Branca 

Tipo de Registro no PESU: Visual

Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante)

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/pombão> Acesso em 21 de novembro de 2015 COAVE

Clube

de

Observadores

de

Aves.

Disponível

em:

<http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015. PHOTO AVES. Disponível em <http://www.photoaves.com/> Acesso em 27 de novembro de 2015.

17


Ordem: Cuculiformes Os cuculiformes possuem uma única Família, Cuculidae e estão representados pelos anus, almas-de-gato, saci, entre outros. Neste grupo, machos e fêmeas são praticamente indistinguíveis, se alimentam de insetos e pequenos vertebrados terrestres. No geral, são as fêmeas que constroem os ninhos, incubam os ovos e cuidam da prole.

Família: Cuculidae Aves cosmopolitas, originárias provavelmente das regiões tropicais do Velho Mundo onde emigrou para a América. Atualmente os fósseis desta família mais antigos datam do início do Terciário na Europa. Registros fósseis do Brasil (Minas Gerais) datam o Pleistoceno.

Crotophaga ani

Crotophaga ani Linneaus, 1758. Foto de Edinei Lopes. Fonte: Wikiaves

Ordem:Cuculiformes,

Família:

Cuculidae,

Subfamília:

Crotophaginae,

Espécie: C.ani 

Corpo franzino, 36 centímetros, de 71 a 133 gramas de peso, preto

uniforme, de bico alto, forte e curto. Cauda comprida e graduada. 

Espécie sem dimorfismo sexual.

Apesar

de

formar

casais,

vive

sempre

em

bandos,

ocupando territórios coletivos durante todo o ano. É ave extremamente sociável. Tem

18


grande habilidade em pular e correr pela ramagem. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófagos e animais carnívoros. 

Possui mais de uma dúzia de vozes diferentes. Tem dois pios de alarme: a

um certo grito todos os componentes do bando se empoleiram em pontos bem visíveis, examinando a situação; outro grito, emitido quando um gavião se aproxima, faz desaparecer num instante no matagal todo o grupo. Eles se divertem cavaqueando baixinho, de modo bem variado, causando às vezes a impressão de estar tentando imitar a voz de outra ave. 

Indivíduo com plumagem leucística. (Particularidade genética que confere a

cor branca em animais geralmente escuros.) 

Indivíduos com plumagem flavística (ausência parcial de melanina).

É essencialmente carnívoro, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas,

miriápodes etc. Preda também lagartas peludas e urticantes, lagartixas e camundongos. Pesca na água rasa, e periodicamente come frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca, quando há escassez de artrópodes. Alimenta-se sobretudo de ortópteros (gafanhotos), que apanha acompanhando o gado. Quando não há gado no pasto executa, às vezes, caçadas coletivas no campo: o bando espalha-se no chão, em um semicírculo, ficando as aves afastadas umas das outras por dois ou três metros. Permanecem assim imóveis e atentas e quando aparece um inseto, a ave mais próxima salta e o apanha. De tempos em tempos o bando avança. Quando pousa sobre o dorso dos bois geralmente o faz para ampliar seu campo visual. Às vezes apanha insetos em pleno voo, capturando também pequenas cobras e rãs. Frequentemente segue tratores que aram o campo. 

Os ovos das fêmeas do anu-preto perfazem 14% do peso de seu corpo. São

de cor azul-esverdeada, cobertos por uma crosta calcária, raspada sucessivamente pelo processo de virá-los durante a incubação. O anu-preto costuma trazer comida quando visita a fêmea no ninho. O macho dança em torno da fêmea, no solo. As fêmeas, embora possuam ninhos individuais, se associam mais frequentemente a um ou dois casais do seu bando para construir ninho coletivo, pôr ovos e criar a prole juntas, tendo a cooperação de machos e filhotes crescidos de posturas anteriores. Seus ninhos são grandes e profundos. Pode acontecer de um ninho ser ocupado por 6 ou 10 aves, e conter 10, 20 e até mais ovos. A postura de uma fêmea é calculada em 4 a 7 ovos. A incubação é curta, durando de 13 a 16 dias, sendo criados com sucesso meia dúzia de filhotes por vez. A boca aberta vermelha do filhote do anu-preto é marcada por três sinais amarelos. Quando os seus ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros e por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais, e por cobras. Os filhotes deixam o ninho

19


antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas. Os filhotes ainda pequenos são facilmente espantados e fogem para todos os lados sobre os galhos em torno do ninho, mas costumam regressar ao mesmo quando o perigo passa. 

Vive em paisagens abertas com moitas e capões entre pastos e jardins; ao

longo das rodovias costuma ser quase à única que se vê, como habitante de lavouras abandonadas. Prefere lugares úmidos. Sendo um fraco voador, mal resiste à brisa, e qualquer vento mais forte leva-o para longe. Gosta de apanhar sol e banhar-se na poeira. Muitas vezes adquire plumagem com coloração adventícia, ficando fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se antes correr pelo capim melado. Pela manhã e após as chuvas pousa de asas abertas para enxugar-se. À noite, para se esquentar, junta-se em filas apertadas ou aglomera-se em montões desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros que formam a fila, para forçar a sua penetração entre os companheiros; arrumam as suas plumagens reciprocamente. Procura moitas de taquara para pernoitar. 

Seus predadores são a coruja-da-igreja (Tyto furcata) e o caburé

(Glaucidium brasilianum). 

Sua ocorrência é da Flórida à Argentina e em todo o território nacional.

Tipo de registro no PESU: Visual

Estado de Conservação: Pouco preocupante.

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/anu-preto> Acesso em 26 de novembro de 2015 Listas das Aves do Brasil Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição

01/01/2014

<http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf> Acesso em 28 de novembro de 2015.

20


Aves de Rapina A denominação aves de rapina é designada para aves carnívoras que caçam as suas presas em pleno vôo e as carregam para se alimentarem em outro lugar. Todas as aves de rapina enxergam muito bem durante o dia ou à noite e possuem olhos frontais, garras fortes e bicos curvos adaptados para cortar.

Ordem Falconiformes Possui uma única família, Falconidae, que é composta dos falcões e dos caracarás. Essas aves possuem bicos com dentes serrilhados. Abatem as presas com o bico, mas antes imobilizam-nas com os pés. No JB, além do carcará, registramos o carrapateiro e o quiri-quiri.

Familia: Falconidae Os falconídeos (do latim científico Falconidae) constituem uma família de aves pertencentes à ordem dos Falconiformes e inclui cerca de 60 espécies de aves de rapina, das quais 21 ocorrem no Brasil, distribuídas em 10 gêneros. Os falconídeos distinguem-se dos outros falconiformes por matarem a presa com o bico e não com as garras. Para isso, possuem a ponta da parte superior do bico curvada. Os falcões do gênero Falco são aves de rapina cosmopolitas, enquanto os demais gêneros são exclusivamente neotropicais.

21


Caracara plancus

Caracara plancus(Miller,1777). Foto de Gilvan Moreira Fonte: Wikiaves

Ordem: Falconiformes, Família: Falconidae, Espécie: Caracara plancus

Também conhecido como carcará, carancho, Caracaraí e gavião-de-

queimada, o carcará não é taxonomicamente uma águia, e sim um parente distante dos falcões. 

Medindo cerca de 56 centímetros da cabeça a cauda e 123 centímetros de

envergadura, o caracará possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que se assemelha à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. 

Ocorre em campos abertos, cerrados, borda de matas e inclusive centros

urbanos de grandes cidades. 

Indivíduos com plumagem flavística (ausência parcial de melanina).

Não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista

Onívoro, alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos humanos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos; rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes como garças, colhereiros e tuiuiú (Jabiru mycteria); arranha o solo com os pés em busca de amendoim e feijão; apanha frutos de dendê; ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros animais. Também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas. É muito comum ser avistado ao longo das rodovias para alimentar-se dos animais atropelados. É também uma ave comedora de carniça e é comumente visto voando ou pousado junto a urubus pacificamente, principalmente ao longo de rodovias ou nas proximidades de aterros

22


sanitários e locais de depósito de lixo. Dois hábitos pouco conhecidos são a caça de crustáceos nos manguezais e a pirataria (o fato de perseguir gaivotas e águiaspescadoras (Pandion haliaetus), forçando-as a deixar a presa cair, que apanha em voo). 

Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras ou em

outras árvores. Usa ninho de outras aves também. 

A postura do caracará é composta de dois ou três ovos, sendo raro

encontrar um quarto ovo. A coloração dos ovos está entre o branco e o castanho avermelhado, podendo variar nas tonalidades existentes entre estas cores. Os ovos possuem manchas vermelhas ou castanhas e medem cerca de 56 a 61mm de comprimento por 44 a 47 mm de largura. 

A incubação dura cerca de 28 dias e é feita por ambos os pais. O filhote sai

do ninho por volta do terceiro mês de vida, mas continua demandando os cuidados dos pais por mais algum tempo. Segundo (Antas, 2005; Sick, 1997) os pais criam somente um filhote por temporada. 

Vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da conversão da

floresta em áreas de pastagem, como aconteceu no leste do Pará. 

Para avisar os outros caracarás de seu território ou comunicação entre o

casal, possui um chamado que origina o seu nome comum, “caracará”. Nesse chamado, dobra o pescoço e mantém a cabeça sobre as costas, enquanto emitem sons. 

Allopreening: comportamento social onde indivíduos de determinada espécie

executam a limpeza em outro indivíduo pertencente ao seu grupo social. Os motivos mais aceitos para este comportamento são: remoção de ectoparasitos, posicionamento hierárquico e restabelecimento do bom convívio. 

Possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o sul

dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil. 

Tipo de registro no PESU: Visual

Estado de Conservação: Pouco preocupante.

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/caracara> Acesso em 26 de novembro de 2015. Listas das Aves do Brasil Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição 01/01/2015 <http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf> Acesso em 28 de novembro de 2015.

23


Milvago chimachima

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) . Foto de Leonardo Casadei. Fonte: wikiaves

Ordem: Falconiformes, Familia: Falconidae, Espécie:M.chimachima.

É um dos gaviões mais conhecidos do Brasil. Também chamado pelos

nomes de gavião carrapateiro, caracará-branco, caracaraí, caracaratinga, carapinhé, chimango, gavião-pinhé, papa-bicheira, pinhé, pinhém, chimango-branco e chimangocarrapateiro e chimango-do-campo e gavião-carrapateiro. É encontrado em todo o Brasil. 

Possui cerca de 40 centímetros de altura e 74 centímetros de

envergadura, cabeça e corpo branco-amarelado, dorso marrom-escuro, listra pós ocular (lista superciliar) preta, asas longas com mancha branca perceptível quando em voo. A cauda é longa com larga listra marrom escura na ponta. 

Alimenta-se principalmente dos parasitas de bovinos e equinos tais como

carrapatos. Quando não encontra carrapatos, seu prato principal se alimenta de lagartas e cupins, saqueia ninhos, se alimentam de carniça, frutas e outras opções. Em remanescentes florestais preda parasitas de herbívoros de grande porte, como a anta e os veados. Mas esses animais não são encontrados com facilidade, nem em grande número, assim, pode-se dizer que é uma das poucas espécies que se beneficiam do desmatamento para a formação de pastos e criação de grandes rebanhos, pois encontra vasta quantidade de carrapatos. 

Constroem grandes ninhos, de ramos secos, em palmeiras ou em outras

árvores. Os ovos, de 5 a 7, são redondos, pardo-amarelos com manchas pardo-vermelhas. A fêmea encarrega-se da incubação e o macho fornece-lhe o alimento durante tal período.

24


A incubação dos ovos dura de 21 a 23 dias. Após o nascimento dos filhotes o macho continua a alimentar a fêmea e esta, por sua vez, os jovens. 

O carrapateiro é frequentemente encontrado nas fazendas de gado, com os

quais vivem associados, retirando destes carrapatos. Frequentemente é encontrado retirando carrapatos de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), pois estes animais por viverem grande parte do tempo no meio aquático para proteção acaba se tornando hospedeiros de grandes quantidades de carrapatos. Habita pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades e margens de rodovias. Quando em sobrevôo, emite um grito agudo que soa como “pinhé”, semelhante ao canto do gaviãocarijó (Rupornis magnirostris). 

O carrapateiro é frequentemente encontrado nas fazendas de gado, com os

quais vivem associados, retirando destes carrapatos e bernes. 

Tipo de Registro no PESU: Visual.

Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante).

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/carrapateiro> Acesso em 21 de novembro de 2015 COAVE

Clube

de

Observadores

de

Aves.

Disponível

em:

<http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015. AMBIENTE BRASIL. Disponível em <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/> Acesso em 27 de novembro de 2015.

25


Ordem: Piciforme Ordem de pica-paus, tucanos, araçaris e afins.Aves de pequeno e médio porte que habitam preferencialmente áreas com arboreamento em densidade, utilizando esses ambientes como esconderijo, nidificação e para a alimentação baseada em frutos, insetos e pequenos animais. As aves dessa ordem precisam de fontes proteicas, o que explica os diversos fragrantes de captura de insetos e mesmo pequenos anuros e répteis _ os picapaus são assim denominados por furarem os troncos das arvores a procura de comida e a ariramba executa vôos curtos colhendo no ar pequenos seres alados que passam pelo seu campo de ação. Os piciformes se distinguem também pela coloração de suas plumagens, sempre multicor e vistosa, destacando-se como belos exemplares da ave-fauna.

Família: Ramphastidae A família Ramphastidae é constituída por 6 gêneros e aproximadamente 33 espécies.

Os

tucanos,

araçaris

e

saripocas

apresentam

certas

semelhanças morfológicas com os Bucerotidae ( calaus) do Velho Mundo, devido a seus enormes bicos, multicoloridos e de áreas nuas em torno dos olhos. Possuem as clavículas separadas, sem formar a fúrcula. Tem o palato totalmente fechado (tipo desmognato) e língua fina, longa e queratinizada. São frugívoros, complementando sua dieta predando pequenos vertebrados e ninhegos de outras aves. O bico apesar de resistente é bem leve devido aos ossos esponjosos de seu interior que são entremeados por cavidades pneumáticas.

26


Ramphastos tucanus

Ramphastos tucanus (Linnaeus,1758). Foto de Ingrid Macedo Fonte: Wikiaves

 Ordem: Piciformes, Família: Ramphastidae, Espécie: R. tucanus,  O Tucano-de-papo-branco é conhecido também como cachorro, pia-pouco,quirina,tucanoassobiador, tucano-cantador e tucano-de-peito-branco.  Mede cerca de 55 centímetros de comprimento e pesa 600 gramas.  Estado de conservação: Pouco preocupante.  O Ramphastos tucanus é subdividido em 2 subespécies sendo elas:  Ramphastos tucanus cuvieri: Esta subespécie tem como característica morfológica a cor preta no bico.  Ramphastos tucanus tucanus: Esta subespécie tem como característica morfológica a cor vinho no bico.  Alimenta-se de frutos, insetos e pequenos vertebrados, como lagartos e cobras, além de ovos e filhotes de outras aves.  Faz ninho em buracos de árvores, a alturas variáveis.  Comum na copa de florestas úmidas, bordas de florestas e capoeiras altas. Vive em pequenos grupos e geralmente permanece mais alto do que os outros tucanos. Seu canto é um dos mais ouvidos da floresta Amazônica  Presente em toda a região Amazônica e também das Guianas e Venezuela à Bolívia.  Não possui dimorfismo sexual.  Tipo de registro no PESU: Visual.  Status de Conservação: LC, Pouco preocupante. Wiki Aves. Disponível em:<http://www.wikiaves.com.br/tucano-grande-de-papobranco> Acesso em 26 de novembro de 2015. Listas das Aves do Brasil Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição

01/01/2014.

Disponívl

em:

<http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf>Acesso em 28 de novembro de 2015.

27


Ordem: Passeriformes Das 10.000 espécies aves, aproximadamente 5.300 são pássaros. No JB a representação dominante de pássaros foi confirmada (das 145 espécies de aves registradas, 56% pertencem a esta Ordem). Você sabia que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves podem ser chamadas de pássaros. De fato, os sistematas (especialistas que estudam a relação de parentesco entre as espécies e as classificam) definem aves passeriformes como as que cantam, ou melhor, produzem vozes melodiosas a exemplo dos canários, uirapuru, sabialaranjeira, etc. Por outro lado, as aves não-passeriformes são as que vocalizam, mas gritam (águia) ou cacarejam (galo) ou que efetivamente não vocalizam (urubu-de-cabeçapreta). Essas características estão associadas à complexidade das estruturas envolvidas com a produção de vozes. Várias espécies de pássaros são perseguidas e traficadas por causa do canto. São tantas as espécies de pássaros que é difícil fazer grandes generalizações para o grupo. Essa Ordem é tão grande e variada que é mais prático fazer mais subdivisões, ou seja, subdividir em parvordens e estas em famílias.

Familia Fringillidae Entre os fringilídeos predomina o gênero Euphonia e no JB ocorrem o fim-fim e o gaturamo-verdadeiro, alias muito semelhantes na aparência, mas facilmente identificados pelos cantos particulares de cada um. A maioria possui penas amarelas combinadas com o negro azulado.

28


Euphonia chlorotica

Euphonia chlorotica,(Linnaeus 1766).Fonte:Google Imagens 2015

 Ordem: Passeriformes , Subordem: Passeri , Parvordem: Passerida, Família: Fringillidae, Espécie:E. chlorotica.  O fim-fim é uma ave passeriforme da família Fringillidae. Também conhecido como vim-vim (Maranhão e Piauí), fi-fi-verdadeiro, vem-vem (Natal/Rio Grande do Norte),Guriatã-de-coleira (Bahia), vi-vi e puvi (interior de São Paulo). No Nordeste recebe a denominação de vem-vem, gaturamo-fifi ou guriatã.  Mede 9,5 centímetros de comprimento e pesa cerca de 8 gramas (macho). É uma das espécies mais conhecidas do gênero Euphonia. Além do colorido do macho, outra característica marcante nessa ave é o canto assobiado, usado para contato entre o grupo e origem dos nomes comuns.  O canto é fraco, chilreado rápido podendo lembrar o de um pintassilgo. Também imitam outras aves. Macho e fêmea chamam-se nas andanças pela mata. A fêmea é verde-olivácea, de fronte amarelada e ventre esbranquiçado.  Alimentam-se de frutos e artrópodes. São considerados excelentes dispersores de sementes porque o trato gastrointestinal não digere as sementes.  No período reprodutivo o macho costuma ficar cantando nas horas mais quentes do dia, pousado sob a copa. Nessas cantorias, usa um canto próprio, elaborado, às vezes mesclado. Ambos cuidam da prole, fornecendo alimento regurgitado.  Habita a mata baixa e rala, o cerrado, a caatinga, cocais e matas serranas (região sudeste).  Visita as áreas de vegetação mais densa na procura de insetos e frutos, sempre na parte alta da árvore ou arbustos maiores. Costuma movimentar-se no meio da folhagem das copas, não se aproximando do chão na parte interna da ramagem. 

Tipo de Registro no PESU: Visual.

Status de Conservação: LC (pouco preocupante.

29


http://www.wikiaves.com.br/fim-fim http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/2015/01/fim-fim.html http://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/Ensino_Fundamental/Animais_JD_Botanico/aves/ documentos/anexos/GUIA_de%20Aves_JB(out-2011).pdf

30


Família: Funariidae A família dos funarídeos é toda de insetívoras. Ocupa vários ambientes em todo o Brasil sendo muito popular entre eles o joão-de-barro que ficou conhecido pela música caipira clássica de Tonico e Tinoco “João de Barro”. Esta ave é realmente incrível em relação ao modo como constrói o seu ninho. Na Família, os bicos-virados fogem à regra, pois lembram pica-paus! Os funarídeos possuem cores que vão do marrom ao ocre, passando por tons avermelhadas. São aves monogâmicas e, praticamente, não apresenta dimorfismo sexual. Os ninhos têm o formato de forno e a grande maioria começa usando uma mistura de barro e graveto como fundação do ninho. Depois o interior do ninho é forrado de folhas, teias de aranhas ou fibras vegetais. Invariavelmente, todos se alimentam de insetos e, ocasionalmente, pequenos vertebrados.

31


Phacellodomus rufifrons

Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821).Foto de: Kacau Oliveira. Fonte: Wikiaves

Ordem:

Passeriformes, SubOrdem: Tyranni, Parvordem: Furnariida,

Superfamília: Furnarioidea, Família: Furnariidae, Subfamília:

Synallaxiinae,

Espécie:

P. rufifrons. 

Também

conhecido

como

carrega-madeira

(Bahia),

teutônio,

joão-

garrancho, joão-graveto (Minas Gerais), joão-graveteiro e casaca-de-couro (Pernambuco), carrega-pau (norte do Rio de Janeiro), guacho e joão-peneném (Zona da Mata Mineira). 

Ave de pequeno porte, medindo cerca de 16 centímetros. Cor levemente

amarronzada da testa, contrastando com a cabeça, mais escura. Leve linha superciliar clara, com um risca negra, fina, após o olho. A cauda é comprida e movimentada lateralmente, quando a ave está excitada. 

O casal possui um dueto em que um inicia o canto e, depois de pouco

tempo, o segundo emite uma risada mais curta, levemente acelerada no final. Cantam a qualquer hora do dia, às vezes dentro do ninho. O voo para entrar na estrutura é muito rápido, podendo passar despercebida a chegada ou saída dos moradores. 

Alimentam-se de insetos obtidos na vegetação arbórea ou no solo, sob

emaranhados de folhas caídas e capim entrelaçado. 

Constrói ninhos com 2 a 3 câmaras independentes, cada qual com sua

entrada, e reutiliza gravetos do ninho antigo.Utiliza-o durante todo o ano, tanto para a reprodução como para o descanso. É construído em árvores isoladas, na extremidade de galhos flexíveis.Esta espécie forma grupos familiares de até 10 indivíduos que permanecem unidos durante todo o ano.

32


Habita campos com arbustos e árvores esparsas, árvores ao redor de

construções em fazendas borda de capões de mata cercados de pastagens e outros ambientes semiabertos. 

Presente na região do Maranhão a São Paulo, abrangendo a maior parte da

Bahia; e no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e noroeste do Paraná. Encontrado também na Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Paraguai e Argentina. 

Tipo de Registro no PESU: Sonoro.

Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

RUBIO,

Tatiana

Colombo;PINHO,João

Batista.

Biologia

reprodutiva

de Synallaxisalbilora (aves: Furnariidae) no Pantanal de Poconé, Mato Grosso. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0031-10492008001700001&script=sci_arttext#>.

Acesso

em 28 de novembro de 2015. Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/vira-bosta> Acesso em 28 de novembro de 2015.

33


Synallaxis frontalis

Synallaxis frontalis,(Pelzein 1859). Fonte:Google Imagens 2015

Ordem: Passeriformes ;Subordem: Passeri ;Parvordem: Passerida; Família:

Funariidae; Espécie: S. frontalis 

Também conhecido como petrim.

Medem cerca de 14–16 cm.Pesam entre 11e 17 g. Destaca-se pelo marrom

avermelhado do alto da cabeça, asas e cauda, fazendo contraste com o marrom oliváceo do corpo. Área ventral cinza clara. Entre o bico e o alto da cabeça avermelhado está outra marca registrada da espécie, a testa marrom oliváceo. Uma listra superciliar mais clara aparece em boas condições de luz, bem como os olhos amarelo alaranjados, circundados por algumas penas cinza mais claras. 

Sua alimentação consiste de insetos e suas larvas, aranhas, opiliões e outros

artrópodes, moluscos etc. 

Como outros furnarídeos, o casal usa o ninho durante boa parte do ano, seja para

reprodução, seja para dormida. Mantém contato com chamados baixos e no período reprodutivo (julho a dezembro) emitem seu chamado alto, traduzido pelos nomes comuns. 

Constrói o ninho típico do gênero, uma bola de gravetos de vários tamanhos,

colocada em forquilha e dentro de um arbusto, com um tubo lateral do mesmo material. 

Vive em casais no meio dos arbustos dos cerrados, cerradões e matas secas.

Aparece nas partes sempre secas da mata ciliar. 

Vocalização: o canto é composto de duas notas: que parece dizer “tifli...tifli”

especialmente no período reprodutivo. 

Ocorre em todo o Brasil, exceto na Amazônia.

34


Tipo de Registro no PESU:Sonoro.

Status de Conservação: LC (pouco preocupante)

http://www.wikiaves.com.br/petrim

35


Família Hirundinidae Família representada pelas andorinhas. Essas aves possuem longas asas afiladas e vôo elegante. Passam muito tempo no ar, alimentando-se de insetos voadores.

Progne tapera

Progne tapera (Vieillot, 1817) .Foto de Frodoaldo Budke. Fonte: wikiaves

Ordem:Passeriforme, Sub Ordem: Passeri, Parvordem: Passerida, Familia:

Hirundinidae,Espécie:P.tapera. 

Também conhecida como andorinha do campo, chabó (Araraquara, SP),

major, taperá e uiriri (AM). 

Medindo cerca de 17,5 centímetros, é uma espécie grande, cor de fuligem,

garganta e abdômen brancos, e a parte inferior da cauda, também é branca. Somente os jovens

possuem

penas

azuis.

Sua voz é rouca e metálica “tschri”, e seu canto é mais melodioso “djü-il-djü”, “dchri-dchridchrruid”. Dispõe, no sul do país, de notável canto de madrugada, executado em vôo. 

As aves dessa espécie são rigorosamente entomófagas, sendo um dos

maiores consumidores de plâncton aéreo, comem cupins, formigas, moscas e até abelhas. 

A espécie reproduz-se na Amazônia e nidifica no Sul nos meses mais

quentes. Para procriar usa vários tipos de ocos, e é extensamente dependente do ninhodo joão-de-barro (Furnarius rufus), onde prepara uma tigela macia, utilizando esterco.

36


Habita o campo e a paisagem aberta de cultura. Tenta voar contra o vento.

O casal costuma dormir junto no ninho (o que não é comum em aves). Pousa sobre fios elétricos. Torna-se inquieta ao amanhecer e ao anoitecer. Aumenta seu piar e grinfar até ocupar o lugar de dormir. 

Seu nome vem do tupi para uma variedade de andorinhas,que significa:

vivendo em casa. ⇒ Andorinha que vive em casa. 

Tipo de Registro no PESU: Visual

Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante)

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/andorinha-do-campo> Acesso em 21 de novembro de 2015 COAVE

Clube

de

Observadores

de

Aves.

Disponível

em:

<http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015. PHOTO AVES. Disponível em <http://www.photoaves.com/> Acesso em 27 de novembro de 2015.

37


Familia Icteridae Nesta Família, há dimorfismo sexual bastante evidente: a fêmea faz o ninho, incuba os ovos e cria a prole. O macho desempenha o papel de defender o território. Chama a atenção o gênero Molothrus cujas fêmeas parasitam outras espécies para se beneficiar do cuidado de sua prole. As aves deste grupo põe ovos no ninho da ave hospedeira que se encarrega desde a incubação até a criação dos filhotes "adotivos". Assim, o ciclo de reprodução das aves parasitas está sincronizadas ao das aves hospedeiras. Como exemplo de ave parasita está o vira-bosta. Há registros de que os seus ovos já foram encontrados em 200 diferentes espécies de aves e que em 58 os pais adotivos estavam alimentando os filhotes parasitas. Há uma espécie desta família, como a asa-de-telha. Esta espécie usa ninhos abandonados de João-de-barro para construir seu próprio ninho, usando fibras vegetais. Será que o parasitismo do cuidado parental observado no vira-bosta, poderia ter evoluído de uma etapa intermediária em que espécies ancestrais passaram a ocupar ninhos previamente existentes de outras aves? Essa é uma das perguntas que os ornitólogos tentam responder para compreender como teria evoluído o cuidado parental em aves. Se de um lado há icterídeos parasitas que nem ninhos constroem, há as espécies que fazem ninhos extremamente elaborados como o japu. O seu ninho pendente é cuidadosamente tecido com fibras vegetais, sendo pais extremamente cuidadores.

38


Molothrus bonariensis

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789).Foto de Mariza Sanches. Fonte: Wikiaves

Ordem: Passeriformes,

SubOrdem: Passeri,

Parvordem: Passerida,

Família: Icteridae, Espécie: M. bonariensis. 

Também conhecido por azulego, maria-preta, chopim, chupim, chupim-vira-

bosta, melro, godero, gaudério, cupido (Maranhão), papa-arroz escuro (Paraíba) e engana tico. 

Mede cerca de 20 centímetros. Pesam entre 42 e 52 g. O macho adulto é

preto-azulado, mas dependendo da iluminação só se enxerga a cor negra. A fêmea é marrom-escura. Pode ser confundido com agraúna (Gnorimopsar chopi), mas este é maior e possui o bico mais alongado e fino. Difere das duas outras espécies do gênero Molothrus,

a iraúna-grande (Molothrus

oryzivorus)

e

dovira-bosta-picumã (Molothrus

rufoaxillaris) por ser bem menor que o primeiro e um pouco maior que o segundo, que além de ser menor que o chopim também apresenta a parte inferior das asas mais clara e uma mancha avermelhada na base inferior das asas. 

Alimenta-se de insetos e sementes. Costuma frequentar comedouros com

sementes e quirera de milho. Também pode se alimentar de carrapatos em capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris). É uma espécie onívora. 

Habitam paisagens semi-abertas, campos de cultura e pastos e ocorre do

Panamá e Antilhas, através da maior parte da América do Sul, até a Argentina e o Chile e em todas as regiões do Brasil. Recentemente, KLUZA (1998) registrou também a ocorrência desta espécie na Península de Yucatan, México.

39


Por

tolerar

ambientes

alterados

pela

atividade

humana, Molothrus

bonariensis possui uma ampla distribuição no Estado, podendo ser registrado em todas as regiões mineiras. Em Viçosa é comumente visto em propriedades rurais. 

Entre junho e setembro são muito gregárias, concentrando-se em pousos

noturnos comunitários ou buscando alimentos em gramados e áreas campestres com capim baixo. Nessas concentrações, é possível observar os machos ameaçando-se mutuamente com seu característico comportamento de apontar o bico para cima e caminhar

em

direção

ao

oponente

com

as

penas

brilhando

ao

sol.

Na região da caatinga realizam pequenas migrações locais sempre em busca de áreas verdes e com água. 

Os machos se exibem para as fêmeas com voos curtos nos quais cantam

sem parar, arrepiam suas penas e batem as asas semiabertas e também com apresentações que envolvem eriçar as penas, balançando-as rapidamente e vocalizar. 

Sua vocalização atinge frequências inaudíveis para os seres humanos.

Entre julho e dezembro marca o início da reprodução, mas é após o

acasalamento que inicia-se a fase pela qual a espécie é mais conhecida. Esta espécie não constrói ninho e a fêmea põe 4 ou 5 ovos por postura, sendo 1 no ninho de cada hospedeiro.

Porém,

em ninhos de sabiá-do-campo (Mimus

saturninus) e joão-de-

barro (Furnarius rufus), já foram encontrados 35 e 14 ovos de vira-bosta, respectivamente. Para chegar ao ninho hospedeiro, segue os “futuros pais adotivos”. Os ovos são de colorido uniforme e com a casca sem brilho, branco-esverdeados, vermelho-claros ou verdes, ou ainda com manchas e pintas, conforme a região geográfica. O ticotico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação vantajosa para o vira-bosta é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia, daquela do primeiro ovo do hospedeiro. Como o período de incubação do vira-bosta é de 11 ou 12 dias, um a menos do que o do tico-tico, seu filhote, que é bem maior, nasce antes. Desta forma, o filhote do vira-bosta pode eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência. Quando abandona o ninho o filhote vira-bosta é alimentado pelos pais adotivos por 15 dias, solicitando alimento no bico através de um chamado característico, abaixando o corpo e tremulando as asas. Também podem colocar seus ovos em ninhos de galinhas domésticas, como garnisé. 

O hábito de fuçar nas fezes do gado a procura de sementes mal digeridas

lhe confere seu nome popular vira-bosta. Segue o gado para capturar os insetos por ele deslocados. 

Aprende a comer em comedouros artificiais de aves, a catar migalhas em

locais públicos e a seguir arados para capturar minhocas e outros pequenos animais.

40


É considerado uma praga agrícola, especialmente em arrozais do sul do

Tipo de Registro no PESU: Visual.

Status de Conservação: LC (pouco preocupante)

país.

Museu Universidade

de Federal

Zoologia de

Viçosa,

João Disponível

Moojen em:

<http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao19.htm>. Acesso em 26 de novembro de 2015. Etograma da maria-preta, Molothrus bonariensis(Gmelin) (Aves, Emberizidae, Icterinae). Disponível

em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-

81752005000200002&script=sci_arttext> . Acesso em 26 de novembro de 2015. Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/vira-bosta> Acesso em 26 de novembro de 2015.

41


A Família Thamnophilidae Esta é uma das famílias de aves mais importantes em número de espécies em toda a região Neotropical, possuindo, no Brasil, cerca de 160 espécies. Ocorrem em praticamente todos os ambientes terrestres disponíveis desde o nordeste do México até o sul da Argentina, sendo mais diversificados nas terras baixas da região amazônica. Os representantes desta família apresentam uma grande variação de tamanho, com algumas espécies possuindo apenas cerca de 8 cm de comprimento total e pesando menos de 10g, enquanto que algumas podem chegar a medir até 38 cm e pesar mais de 160g. Embora sejam encontrados desde a copa das árvores até próximo ao solo, a maioria das espécies prefere viver no subbosque.

Herpsilochmus rufimarginatus

Herpsilochmus rufimarginatus(Temmnick, 1822). Foto de Lucas Iabanji. Fonte: Wikiaves

 Ordem: Passeriformes, SubOrdem: Tyranni, ParvOrdem: Thamnophilida, Família: Thamnophilidae, Subfamília: Thamnophilinae, Espécie: Herpsilochmus rufimarginatus  É conhecido também como Chorozinho-de-asa-ruiva.  Mede 11,5 cm de comprimento e pesa 10,5 g. Apresenta plumagem muito distinta em relação ao seu gênero, assemelhando-se mais a certas espécies do gênero Drymophila, dos quais se distinguem pelo ventre amarelo, comum a ambos os sexos ou então a certosTerenura, dos quais se distinguem pelo padrão facial e pelas asas ruivas.  Tipo de registro no PESU: Sonoro  Estado de Conservação: Pouco preocupante.

42


A cor do alto da cabeça é diferente nos dois sexos: preto no macho e castanho-ferrugem na fêmea.  Vive aos pares, principalmente acompanhando bandos mistos de aves,tanto os formados por pássaros insetívoros quanto os frugívoros, procurando insetos em emaranhados de cipós nas copas e nas bordas de florestas.  Varia de incomum a localmente comum em florestas úmidas e restingas, Mata Atlântica, matas mesófilas e matas de terra firme.  A espécie apresenta um padrão de distribuição bastante interessante, abrangendo diversas regiões isoladas e distantes entre si. No Brasil, está presente em quatro regiões separadas: 1. Sudoeste da Amazônia (localmente em Rondônia e Mato Grosso); 2. Oeste da Amazônia, no Rio Urucu, ao sul de Tefé (Amazonas); 3. Leste da Amazônia, do baixo Rio Tapajós a leste até o norte do Maranhão 4. Na região da Mata Atlântica, do Pernambuco ao Paraná. 5. Além do Brasil, distribui-se localmente pelo Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

Wiki

Aves.

Disponível

em:

<http://www.wikiaves.com.br/chorozinho-de-asa-

vermelha>Acesso em 26 de novembro de 2015. Listas das Aves do Brasil Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição 01/01/2014.

Disponível

<http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf>Acesso

em: em

28

de

novembro de 2015.

43


Família Thraupidae A Família Thraupidae compreende espécies de pássaros dos mais variados tipos, a maioria das espécies são endêmicas das Américas, algumas são inclusive endêmicas de biomas específicos. São aves de pequeno e médio porte, muitas de coloridos acentuados. Em geral constroem os ninhos em galhos na copa das árvores, podendo ser superficiais, na forma de um cesto aberto, ou profundos com a entrada no lado do ninho. A maioria das espécies nidifica em uma área escondida pela vegetação muito densa. A postura varia de três a cinco ovos, que são incubados pela fêmea, sendo que, em alguns casos, o macho alimenta a parceira enquanto ela incuba. Alimentam-se de frutos, insetos, larvas e besouros. Existem 160 espécies com ocorrência no Brasil, tais como, saira-ferrugem, ticotico-rei, figuinha-do-rabo-castanho, saí-azul, saira-do-chapeu-preto, pipira-vermelha, tié-detopete; tié-preto, saira-amarela, saí-andorinha, saí-canário e sanhaçu-cinzento.

Dacnis cayana

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766). Foto de Lucia Calvet. Fonte: Wikiaves.

 Ordem: Passeriformes,SubOrdem: Passeri, Parvordem: Passerida,Família: Thraupidae,Espécie: D. cayana.  Também conhecido como saí-bico-fino, saíra-de-bico-fino, azulego e saí-bicudo.

44


 Mede aproximadamente 13 centímetros de comprimento e pesa, em média, 16 gramas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual: o macho é azul e negro, com as pernas vermelho-claras, enquanto a fêmea é verde, com a cabeça azulada e pernas alaranjadas. Seu canto é um gorjear fraco.  Possui

oito

subespécies,

e

duas

ocorrem

no

Brasil:Dacniscayanacayana

e

Dacniscayanaparaguayensis.  Alguns indivíduos apresentam plumagem leucística. É uma particularidade genética devido a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.  Frutos, insetos, néctar. São muitas vezes encontrados emárvores floridas, para sugar o néctar ou para caçar os insetos atraídos pelasflores. Têmbico ligeiramente curvado.  O macho é azul e negro, a fêmea é verde com a cabeçaazulada.  Atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Reproduz na primavera e no verão  Ninho construído pela fêmea, se assemelha a uma taça profunda, feita de fibras finas, colocado de 5 a 7 metros do solo onde incuba 2 ou 3 ovos.O macho protege o ninho e alimenta a fêmea nesse período. Os filhotes são alimentados pelos pais e permanecem no ninho por cerca de 13 dias.  Costuma aparecer em pequenos bandos com outras espécies como o tangará.  Ocorre em todas as regiões do Brasil. Também de Honduras ao Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai.  Vive à beira de matas em várias altitudes, geralmente nas copas de mata alta.  Tipo de Registro no PESU: Visual.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

Site:http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/meio_ambiente/fauna_flora /fauna/saiazul.pdf. Acesso em 28 de novembro de 2015. SILVEIRA, Luís Fábio. As Saíras .caes_385Paula_Layout 1 5/26/11 12:51 PM, pg.: 6. Disponível em: http://www.ib.usp.br/~lfsilveira/pdf/a_2011_cectangara.pdf. Acesso em 28 de novembro de 2015. Wiki Aves. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/1324830&t=s&s=11616. Acesso em 28 de novembro de 2015.

45


Sicalis flaveola

Sicalis flaveola (Linnaeus 1766).Fonte: Google Imagens 2015

 Ordem: Passeriformes ;Subordem: Passeri ;Parvordem: Passerida, Família: Thraupidae; Espécie: S. flaveola  Também é conhecido como canário-da-terra-verdadeiro, canário-da-horta, canárioda-telha (Santa Catarina), canário-do-campo,canário chapinha (Minas Gerais), canário-dochão (Bahia), coroinha, canário-da-terra e cabeça-de-fogo.  S.flaveola,por ser muito estimada como pássaro de gaiola,está se tornando cada vez mais rara (Sick,1979eGonzaga.1982).Deste modo é interessante e necessário que esta espécie seja reintroduzida em seu habitat natural onde não mais é encontrada,em locais protegidos para que possa ser preservada.  Tamanho aproximado: 13,5 centímetros. Peso médio: 20 gramas. Cor amareloolivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinzaoliva. A íris é negra e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem tem a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e tarso quase enegrecidos. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.  Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.  Vivem em campos secos, campos de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas.  Costuma ficar em bandos quando não está em período de acasalamento. Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos. O macho tem um canto de madrugada bem extenso e áspero, diferente do canto diurno. O canto de côrte é melodioso e baixo, acompanhado de um display parecido com uma dança em volta da fêmea.

46


 Ouando do encontro macho e fêmea na natureza a primeira resposta apresentada pelos machos foi sempre de origem sexual.As fêmeas não apresentara comportamento agressivo.  Faz ninhos cobertos, na forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até bambus perfurados. Freqüentemente utiliza ninhos abandonados de outros pássaros, sobretudo do joão-de-barro. Pode fazer ninhos em forma de cesta em plantas epífitas (orquídeas e bromélias), em buracos de telhas e outros locais que ofereçam proteção. A fêmea põe em média 4 ovos que são chocados por 14 ou 15 dias.  Encontrado no Brasil,do Nordeste ao Sudeste;do Maranhão a Minas Gerais e para o Leste,até São Paulo  Tipo de registro no PESU: Visual.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante)

http://www.scielo.br/pdf/rbzool/v5n2/v5n2a03 http://www.editora.ufla.br/index.php/component/phocadownload/category/56-boletins-deextensao?download=1090:boletinsextensao http://www.wikiaves.com.br/canario-do-mato

47


Tangara cayana

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) .Foto de Dario Sanches. Fonte: wikiaves

 Ordem: Passeriformes, Sub Ordem: Passeri, Parvordem: Passerida, Família:Thraupidae, Espécie: T.cayana.  É conhecida popularmente pelos nomes: saíra- amarela, saí-de-asasverdes, saí-amarelo, saíra-cabocla, capelo e sanhaço-caboclo (Minas Gerais), guriatã-docoqueiro (Rio Grande do Norte) e sanhaçu-macaco (Ceará), Frevicente (Pernambuco), sanhaçu-íris (São Paulo).  O macho possui uma plumagem de coloração amarelo-dourada e uma notável máscara negra, que se estende pela garganta e passa pelo meio de toda a barriga.A fêmea é mais pálida e não possui a máscara de cor negra. Em ambos os sexos as asas apresentam uma coloração verde brilhante.  Pesa cerca de 20 gramas e mede 15 centímetros.  Essa saíra se alimenta de frutos e insetos como cupins e vespas. Costuma frequentar comedouros e árvores com frutos maduros, como a aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia), magnólia (Magnolia spp) e tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa).  O ninho, em forma de taça aberta, é feito com folhas, raízes e capins e envolto por finas raízes. Ele é colocado em ramos com folhas a cerca de 2 metros do solo, em árvores baixas e isoladas. A postura consta normalmente de 2 ou 3 ovos. Os ovos são esbranquiçados, azul-pálidos ou branco-pardos com manchas pardas num dos polos. A fêmea, embora auxiliada pelo macho, é a responsável pela maior parte da construção do ninho, incuba os ovos e aquece os filhotes. Durante este período o macho permanece nas proximidades do ninho e alguns podem alimentar a fêmea. O macho auxilia também na alimentação dos filhotes.  Habita matas abertas e ciliares, áreas cultivadas, parques e jardins. Vive aos pares ou em pequenos grupos. 

Seu nome significa: (ave dançarina de Caiena ou vinda de Caiena.).

Tipo de Registro no PESU: Visual

48


Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante)

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/saira-amarela> Acesso em 21 de novembro de 2015. COAVE – Clube de Observadores de Aves. Disponível <http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015.

em:

AMBIENTE BRASIL. Disponível em <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/> Acesso em 27 de novembro de 2015.

49


Tangara sayaca

Tangara sayaca, (Linnaeus 1766) ;Google imagens 2015

 Ordem: Passeriformes ;Subordem: Passeri ; Parvordem: Passerida, Família: Thraupidae ;Espécie: T. sayaca  Também conhecido como sanhaço-do-mamoeiro, sanhaço, sanhaçocomum, sanhaço-da-amoreira, e no Nordeste como pipira-azul e sanhaço-azul (Natal/RN).  É uma das aves mais comuns do país, conhecida por realizar acrobacias em meio a disputa por frutas com outros pássaros.  Com tamanho aproximado de 18 centímetros e 42 gramas de peso (macho), tem o corpo cinzento, ligeiramente azulado, com as partes inferiores um pouco mais claras. A cauda e as pontas das asas são azuis-esverdeadas, porém pouco contrastantes. Os imaturos são esverdeados. Pode ser confundido com o sanhaçu–de-encontro-azul, porém o último é muito mais azulado, especialmente no encontro da asa e também possui o bico maior. É sem dúvida o sanhaçu mais comum em nosso país  Alimenta-se de frutos, folhas, brotos, flores de eucaliptos e insetos, entre estes os alados de cupim (“aleluias” ou “siriris”) capturados em voo. Vive normalmente na copa das árvores em busca dos frutos maduros, mas é intrépido o suficiente para apanhar também os caídos, preferindo até os que já estejam infestados de larvas e desfrutando-os com outras aves, como a saíra-amarela e o sabiá-da-praia. Aprecia muito os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). 

Ocorre nas regiões tropicais e subtropicais ao sul da Amazônia e a leste dos

Andes.  O ninho, construído pelo casal, é compacto, feito de pequenas raízes, musgos e pecíolos foliares, com um diâmetro externo de cerca de 11 centímetros. Fica escondido na vegetação densa, numa forquilha de árvore, em alturas variáveis. A fêmea põe de 2 a 3 ovos de cor branca, pintados de marrom, semelhantes ao dos sabiás, só que menores, e é responsável pela incubação, que dura de 12 a 14 dias. O casal alimenta os filhotes, que deixam o ninho após 20 dias de idade.

50


 Quando um macho apronta-se para agredir outro, seu canto torna-se rouco e monótono. Anda quase sempre em casais ou pequenos bandos. Também é visto junto com outra espécie de sua família, como o sanhaçu-do-coqueiro, cujo canto é bem parecido. 

Vocalização: Tem um canto longo, entrecortado pelo som de notas altas e

 

Tipo de Registro no PESU: Sonoro. Status de Conservação: LC (pouco preocupante)

baixas.

http://www.wikiaves.com.br/sanhacu-cinzento http://qualittas.com.br/uploads/documentos/Manual%20de%20Aves%20%20Maria%20Luiza%20Villanova%20Couto.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbzool/v22n2/25129.pdf http://www.ambiente.sp.gov.br/wpcontent/uploads/publicacoes/fundacao_florestal/guiaadeaavesamataaatlntica.pdf

51


Thlypopsis sórdida

Thlypopsis sórdida (d'Orbigny&Lafresnaye, 1837) . Foto de: Luiz Ribenboim. Fonte: Wikiaves.

 Ordem: Passeriformes, SubOrdem: Passeri, Parvordem: Passerida, Família: Thraupidae, Espécie: T. sórdida.  O saí-canário (Thlypopsis sordida) é um passeriforme da família Thraupidae.  Mede cerca de 13,5 centímetros. Tem cabeça amarelo-alaranjada e o corpo cinzaesverdeado, a fêmea difere do macho por não apresentar o colorido ferrugíneo da cabeça e, sim, verde.  Seu canto não chama muita atenção, lembrando vagamente o do Canário da Terra.  Alimenta-se de frutos, sementes e insetos capturados na folhagem.  A espécie tem comohábitat o dossel de árvores e bosques, mesmo no centrode cidades.  O ninho é construído a pelo menos 5 metros do solo, feito de fibras vegetais como a paina, teias de aranha e gravetos finos. A fêmea é responsável pela maior parte da construção, botam2 ou 3 ovos, azul-esbranquiçados com manchas pardas.  Vive solitário, em pares no período reprodutivo.  Tem ampla distribuição na América do Sul, desde aVenezuela, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Paraguaie Argentina e em todo o Brasil, ao sul até o Paraná.  Tipo de Registro no PESU: Visual.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

GHIZONI, Ivo RohlingGhizoni-Jr; SILVA, Elsimar Silveira da Silva. Registro do saí-canário Thlypopsissordida (d’Orbigny&Lafresnaye,1837) (Aves, Thraupidae) no Estado de Santa Catarina, sul do Brasil. Revista Biotemas, 19 (2), junho de 2006. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/biotemas/article/view/21235. Acesso em 28 do novembro de 2015. Wiki Aves. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/1324830&t=s&s=11616. Acesso em 28 de novembro de 2015.

52


Família Troglodytidae É a família dos garrinchas, uirapurus e afins. Os integrantes dessa família alimentam-se predominantemente de insetos. A corruíra, é um dos pássaros mais comuns no Brasil. Seu canto é muito é muito melodioso. Não é para menos: afinal a corruíra tem um parente ilustre: o uirapuru!

Troglodytes musculus

Troglodytes musculus (Niaumaan 1823).Fonte:Google Imagens 2015

 Ordem: Passeriformes ;Subordem: Passeri ;Parvordem: Passerida, Família: Troglodytidae; Espécie: Troglodytes musculus  Também conhecido como: correte, maria judia (Pará), cambaxirra, garrincha (Minas Gerais e Maranhão), cutipuruí (Pará, Amazonas), rouxinol (Ceará, Pernambuco e Paraíba), corruíra-de-casa, carriça, garriça, curuíra, coroíra, curreca (Santa Catarina) e carruíra (Rio Grande do Sul).

 Mede 12 centímetros de comprimento. Seu canto trinado, alegre e melodioso, é ouvido principalmente no começo da manhã. Enquanto ela se move sobre construções ou na vegetação, emite sem parar um crét crét, rouco e baixo. Bem pequena, pode ser escondida na palma da mão. É parente do famoso uirapuru, considerado por muitos como a ave brasileira que tem o canto mais bonito. Também a corruíra é grande cantadora.  Muito comum, ocorre virtualmente em todos os habitats abertos e semiabertos, aparecendo rapidamente em clareiras abertas em regiões florestadas. Habita também os arredores de casas e jardins, inclusive no centro de cidades, e ocupa ilhas na costa marítima, cerrados, a caatinga, borda de matas e margens de banhados.  Come insetos pequenos (besouros, cigarrinhas, formigas, lagartas, vespinhas) e aranhinhas, e às vezes até filhotes de lagartixa. Captura as presas enfiando o

53


bico em frestas e cavidades, tanto em construções humanas quanto sob a casca de plantas.  Por alimentar-se de pequenos insetos que procura entre a folhagem baixa e em todo lugarzinho escondido nos cantos dos jardins. Por este motivo recebeu o nome científico de musculus, que significa rato, já que dá a impressão de ser um camundongo, quando está saltitando pelos cantos.  Faz seu ninho em todo tipo de cavidade, o que motivou também o nome do gênero Troglodytes, que significa morador da caverna. Com certeza os comportamentos mais notáveis em relação a esta espécie referem-se a sua reprodução, pois a corruíra é capaz de construir seu ninho nos locais mais improváveis. A lista de relatos de ninhos construídos em condições incomuns é grande, passando por telefones públicos, tratores, caixas de música, instalações elétricas etc. É uma das aves que mais se aproveita dos ninhos artificiais disponibilizados pelos humanos, especialmente caixas com entrada pequena. Nidifica em qualquer cavidade, como troncos de árvores ocas, embaixo de telhas de casas ou em ninhos de outras aves.  Os ninhos são constituídos principalmente por gravetos entrelaçados com no máximo 18 centímetros e mínimo 1,7 centímetros. Apresentavam folhas, raízes, sementes e diversos materiais industrializados como pregos, metais, papel, plástico e tecido. No local em que são depositados os ovos (câmara), ocorre o revestimento de penas de outras aves, pêlos provavelmente de bovino, suíno e eqüino e, grande quantidade de cabelos humanos.  Os ovos, de 3 a 6, vermelho-claros, densamente salpicados de vermelhoescuro, com manchas cinza-claras, eclodem após cerca de duas semanas e os filhotes demoram quase o dobro deste tempo para abandonar o ninho. Os pais se revezam nos cuidados com os filhotes.  A corruíra pode destruir ovos de outras espécies de aves sem nem mesmo alimentar-se deles. Este comportamento pode estar relacionado à eliminação de competidores de outras espécies. Há vários relatos deste comportamento para a espécie americana, e para a brasileira há uma descrição de predação em ovos do sabiá-barranco (Turdus leucomelas). Vive solitária ou aos pares; macho e fêmea cantam em dueto.

 Até recentemente a espécie Troglodytes aedon tinha sua distribuição registrada em todo o continente americano, exceto acima do Círculo Polar Ártico, no entanto após uma série de estudos, as populações ao sul do México passaram a ser consideradas como uma espécie distinta, renomeada como Troglodytes musculus. A mudança no nome científico não mudou em nada a popularidade desta ave já muito conhecida em nosso país.  Se tem um passarinho que caminha no chão como se voasse, o seu nome é corruíra. Em Campinas, no interior de São Paulo, ele até inspirou um bloco de Carnaval de nome homônimo, que sai no cordão da City Banda.  Possui ampla distribuição, ocorrendo desde o Canadá até o sul da Argentina, Chile e em todo o Brasil. 

Vocalização: canto alegre e melodioso.

 

Tipo de Registro no PESU: Visual. Status de Conservação: LC (pouco preocupante)

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/biodiversidadepampeana/article/do wnload/2628/2023

54


Família Turdidae Pertencem a esta família os sabiás e os tordos. De um modo geral alimentam-se de frutos e sementes, sejam diretamente nos galhos das plantas ou no chão, onde procuram também por insetos e minhocas. Os machos são cantores territoriais especialmente na época do acasalamento.

Turdus leucomelas

Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) . Foto de Leonardo Casadei. Fonte: wikiaves

 Ordem: Passeriformes, SubOrdem: Passeri,Parvordem: Passerida, Família: Turdidae, Espécie:T.leucomelas.  O sabiá-do-barranco é o sabiá mais comum do interior do Brasil, especialmente em regiões de cerrado. Também chamado de sabiá-barranqueira, capoeirão, sabiá-de-cabeça-cinza, sabiá-fogueteiro, sabiá-pardo ou ainda sabiá-branco.  O adulto apresenta o alto da cabeça arredondado, acinzentada nos lados e olivácea na parte alta, sem a mácula negra à frente dos olhos. Bico cinza escuro uniforme. O tom acinzentado domina as costas, tornando-se amarronzado nas asas. O juvenil com o dorso pintalgado de bolas amarronzadas, sem a garganta branca bem delimitada. Pontos marrons no peito e barriga. Mede cerca de 22 a23 centímetros. Não apresenta dimorfismo sexual, sendo sua diferenciação feita apenas pelo canto, que é característica dos machos.  Alimenta-se basicamente de minhocas e artrópodes. Assim como outros sabiás, revira as folhas caídas em busca de pequenos invertebrados e também se alimenta de pequenos frutos. Aprecia os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com frutas. Gosta de frutas tropicais, como a banana.  Residente, inicia sua reprodução em agosto e estende-a até dezembro. Como outros sabiás, constrói um ninho apoiado em galhos ou forquilhas, às vezes em

55


alpendres e varandas de casas, usando uma mistura de barro, raízes e folhas na parte externa. Forma uma pequena torre e na parte superior fica a tigela funda de material vegetal mais macio. A fêmea choca de 2 a 4 ovos durante 12 a 13 dias, com os filhotes saindo do ninho em 17 dias.  O ninho é uma tigela funda, feita com raízes entrelaçadas e com barro entre elas; na orla e no interior não é empregado o barro. Nele são postos três ovos, verdeazulados com salpicos pardos, que medem 28 por 20 milímetros e são incubados durante cerca de 12 dias. Costuma ter quatro ninhadas por temporada.  Comum em todas as matas ciliares, matas de galeria, matas secas, cambarazais e cerradões. Utiliza os capões de cerrado e cruza áreas abertas em voos diretos a meia altura. Acostuma-se com ambientes criados pela ação humana, como jardins, pomares e áreas urbanas bem arborizadas. Canta somente na primavera, época em que acasala. Sua voz é múltipla, com um canto contínuo, maravilhoso, menos forte do que o de sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), composto de motivos relativamente simples, repetidos uma ou duas vezes. Durante o resto do ano só emite vocalizações de alerta, especialmente ao entardecer, quando disputa os melhores poleiros para passar a noite.  Possui Plumagem Leucistica: O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.  Tipo de Registro no PESU: Sonoro  Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante)

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/sabia-barranco > Acesso em 21 de novembro de 2015. COAVE – Clube de Observadores de Aves. Disponível <http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015.

em:

Criadouro de Ouro Preto. Disponível em :<http://www.sobreospassaros.com.br/sabiabarranco/> Acesso em 27 de novembro de 2015.

56


Família Tyrannidae Entre os Passeriformes, a Família mais numerosa é essa, sendo subdivida em 4 Famílias: Subfamília

Elaeniinae:

risadinha,

guaracava-de-barriga-amarela,

patinho,

alegrinho e bico-chato-de-orelha-preta. Subfamília Fluvicolinae: guaracaçu, viuvinha, lavadeira-mascarada, enferrujado e Filipe. Subfamilia Pipromorphinae: cabeçudo e ferreirinho-relogio. Subfamília Tyranninae: peitica, nei-nei, maria-cavaleira, irré, maria-cavaleira-dorabo-enferrujado, bem-te-vi-rajado, benetevinho-do-penacho-vermelho, bem-te-vi, suiriri e tesourinha. Na subfamília Tyranninae há o gênero Myiarchus cujas espécies (maria-caveleira, maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado e irré) são muito parecidas sendo que tem em comum, barriga amarela, cabeça cinza relativamente grande em relação ao pescoço e as penas do topete que estão quase sempre eriçadas. No entanto cantam de forma muito diferente! O patinho pertence a Ordem dos Passeriformes, mas a Família é considerada incerta pela lista do CBRO (25 de janeiro de 2011).

57


Elaeniaflavogaster

Elaeniaflavogaster (Thunberg, 1822). Foto de:Ricardo Q. T. Rodrigues.Fonte: Wikiaves

Ordem: Passeriformes,

SubOrdem: Tyranni,

Parvordem: Tyrannida,

Família: Tyrannidae, Subfamília: Elaeniidae, Espécie: E. flavogaster. 

Também conhecido por maria-é-dia (São Paulo), maria-já-é-dia, bobo (Mato Grosso

e Mato Grosso do Sul), caracutada (Pernambuco), cucuruta, cucurutado, guaracava (São Paulo), guaracava-de-crista-branca (Pernambuco), maria-acorda, maria-tola (Minas Gerais) marido-é-dia e joão bobo(Santa Catarina). 

Mede cerca de 16 centímetros. É uma das espécies de maior porte do grupo. E

menor apenas que Elaeniaspectabilis - com a qual se parece bastante.As costas são mais oliváceas do que as outras aves do gênero. As duas faixas brancas da asa ficam mais nítidas devido ao contraste. Na cabeça, mais acinzentada, destaca-se um anel branco ao redor dos olhos e uma pequena área clara entre o olho e o bico. As penas do topete são longas e mantidas eriçadas. Garganta branca com um tom acinzentado nos lados e no peito, antes de chegar à barriga amarelada. Logo depois da muda, entre março e abril, o amarelo é mais forte. 

Alimenta-se de pequenos frutos como amora, erva-de-passarinho, magnólia-

amarela e figos-benjamim, mas também come insetos como formigas, besouros, cigarrinhas e cupins voadores.É um tiranídeo insetívoro-frugívoro oportunista, potencialmente importante para a dispersão das plantas de habitats perturbados, o que poderia ser verificado por meio de estudos de germinação de sementes. 

No período reprodutivo possui um chamado baixo e grave, repetido continuamente.

O casal constrói um ninho em forma de tigela e a fêmea bota em média dois ovos de cor

58


creme com manchas vermelhas. A incubação leva cerca de 16 dias e os filhotes desenvolvem a plumagem nos 16 dias seguintes à eclosão. 

Raramente descem ao solo. Passam a maior parte do tempo no estrato médio,

subindo as vezes às copas das árvores. 

Ocorre do México à Bolívia e Argentina, e em todas as regiões do Brasil.

Tipo de Registro no PESU: Visual.

Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

SILVA,

W.

R.,

M.Elaeniaflavogaster (Aves:

Marcondes-Machado, Tyrannidae)como

L.

O.

dispersor

&

Argel-de-Oliveira,

de

plantas

de

M. áreas

perturbadas.Depto Zoologia, Universidade Estadual de Campinas, SP Disponível em: http://www.bdc.ib.unicamp.br/bdc/busca.php?acao=filtrar2&palavrasChave=Elaenia%20flavoga ster. Acesso em 28 de novembro de 2015.

CENTRO DE ESTUDOS ORNITOLÓGICOS SÃO PAULO - SP BOLETIM CEO Bol. CEO

2

(Reedição)

p.

1

-

38

Julho

de

1986.

Disponível

em:

http://www.ceo.org.br/bolet/bolceo2.pdf. Acesso em 28 de novembro de 2015.

Wiki Aves. . Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/vira-bosta> Acesso em 28 de novembro de 2015.

59


Elaenia obscura

Elaenia obscura (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) .Foto de :Aline Patricia Horikawa.Fonte:wikiaves

 Ordem: Passeriformes, Sub Ordem: Tyranni, Parvordem: Tyrannida, Superfamília: Tyrannoidea, Família: Tyrannidae, Espécie:E.obscura.  Também conhecido por Tucão, guaracava, guaracava-de-óculos, guracava, maria-tola e tonto.  Mede 18 cm de comprimento. Espécie silvestre de grande porte e com distinto anel periocular claro. Seu píleo baixo não apresenta cristas e tem duas barras amarelas nas asas.  Sua dieta é essencialmente frugívora. Compete em fruteiras com outros tiranídeos e também com os sabiás.  Constrói ninhos bem elaborados em forma de taça externamente decorados com liquens, para efeito de camuflagem, nas forquilhas de árvores e arbustos, chocando ovos pintalgados.  Frequenta florestas úmidas da Mata Atlântica, desde o nível do mar até 2000m de altitude e também matas de galeria, matas mesófilas e matas de araucária.  Tipo de Registro no PESU: Visual  Status de Conservação: LC (Pouco Preocupante)

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/tucao > Acesso em 21 de novembro de 2015 COAVE – Clube de Observadores de Aves. Disponível <http://www.coave.org.br/biblioteca-de-aves> Acesso em 27 de novembro de 2015.

em:

PHOTO AVES. Disponível em <http://www.photoaves.com/> Acesso em 27 de novembro de 2015

60


Hirundinea ferruginea

Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) . Foto de Luiz Cortez. Fonte: Wiki Aves

 Ordem: Passeriformes,

SubOrdem:

Tyranni,

Parvordem:

Tyrannida,

Família: Tyrannidae, Espécie: H. ferruginea.  Também conhecido como birro e joão-pires, o gibão-de-couro (Hirundinea ferruginea) é uma ave passeriforme da família Tyrannidae  Como seu próprio nome científico diz, em seu corpo predomina a cor ferrugem com tons variando para cinza escuro, as asas e a ponta da cauda são cinza escuras com detalhes em ferrugem, o peito é mais avermelhado que o dorso e a cabeça. Existe uma subespécie que ocorre no norte do país, no estado de Roraima. Esta subespécie, (ssp. ferruginea) tem plumagem diferente da subespécie que ocorre nas regiões mais ao sul do Brasil, principalmente no padrão de coloração das penas da cabeça. Esta subespécie está isolada pela floresta amazônica das demais populações que ocorrem mais ao sul do país.  Caça insetos no ar por meio de manobras rápidas e acrobáticas.  Constrói o seu ninho em beiradas de janelas e em outros locais abrigados da chuva e do vento. O ninho é aberto em forma de tigela e inicialmente é forrado com pequenas pedras, depois gravetos e no final é forrado com fibras vegetais macias. Põe de 2 a 3 ovos brancos com manchas ferrugem.  Podem ser vistos em pequenos grupos.

61


 Esta espécie apresenta uma estreita associação com escarpas e paredões rochosos. Pode também ser encontrada dentro de cidades, pousada nos parapeitos no alto de prédios, mourões de cerca e nas antenas de televisão.  Tipo de Registro no PESU: Visual.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante)

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/gibao-de-couro> . Acesso em 27 de novembro de 2015. Avifauna da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sítio Capuavinha, município de Mairiporã, São Paulo. Disponível em: <http://www.ao.com.br/download/AO179_38.pdf> Acesso em: 27 de novembro de 2015. Aves do Parque Nacional da Tijuca Rio de Janeiro - RJ – Brasil. Disponível em: <http://www.terrabrasil.org.br/media/ecossist/aves/aves_pnt.pdf> Acesso em: 27 de novembro de 2015.

62


Megarynchus pitangua

Megarynchus pitangua(Linnaeus, 1766). Foto de Gustavo V. Barcellos. Fonte: Wikiaves.

 Ordem: Passeriformes SbOrdem: Tyranni, ParvOrdem: Tyrannida, Família: Tyrannidae, , Espécie: Megarynchus pitanguá.  Também conhecido pelos seguintes nomes: bem-te-vi-bico-de-gamela (PE), bem-te-vi-do-bico-chato (SP), bem-te-vi-do-mato (SP), bem-te-vi-do-mato-virgem, bem-tevi-gamela (CE) bem-te-vi-gameleiro (MG), bem-te-vi-pato (ES), pintangoá, pitanguá e pitanguá-açu (Amazônia), siriri (SC). Neinei (MG).  Costuma-se encontrar esta espécie em florestas, paisagens abertas com árvores espessas e cerrados. Vive nas copas da mata.  

Tipo de registro no PESU: Sonoro. Estado de Conservação: Pouco preocupante

 Mede cerca de 21 cm. Bico extremamente largo e chato, que é, aliás, muito variável; tem o tarso muito curto. Ave que lembra muito o vi (Pitangus sulphuratus) mas seu bico é muito robusto e sua vocalização difere totalmente. Os dois únicos meios de diferenciar o nei-nei são pela vocalização, bem diferente da vocalização do bem-te-vi, ou pelo tamanho do bico, que é bem maior que o do bem-te-vi. O problema é que o bico é mais largo que comprido então seu tamanho chama mais atenção quando visto por baixo do que de perfil.  Indivíduos com plumagem flavística(ausência parcial de melanina).  Seu grande bico o ajuda a apanhar os insetos e as frutinhas dos quais se alimenta. Já foi visto pescando pequenos peixes e caçando pequenos lagartos e filhotes de outras aves.  A fêmea é encarregada da construção do ninho, que é uma tigela rasa feita de gravetos e grama, enquanto o macho traz o material. Ninho pequeno e situado nas partes altas das árvores isoladas. A fêmea bota 2 ou 4 ovos claros com pequenas manchas e os choca sozinha. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que saem dos ninhos após 23 a 26 dias.  Estado de conservação: Pouco preocupante.

63


 Ave migratória, sendo encontrada nos meses mais quentes do ano. O casal tem o hábito de cantar em dueto, porém este é mal sincronizado. Apesar da aparência quase idêntica ao seu primo bem-te-vi, o nei-nei se comporta de forma um tanto diferente. É muito mais tímido, sendo mais fácil de ouvir que ver, pois passa a maior parte do seu tempo na copa das árvores. 

É migratório em algumas regiões.

Seu predador é o gavião-de-cauda-curta (Buteo brach).

 Distribuído por todo o território brasileiro, com maior predominância nas regiões sul e sudeste.

Wiki Aves. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/neinei> Acesso em 26 de novembro de 2015. Listas das aves do Brasil, Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) 11ª Edição 01/01/2014<http://www.caiobrito.com/uploads/2/8/0/7/28072945/avesbrasil2014.pdf>Acesso

em

28 de novembro de 2015.

64


Phaeomyias murina

Phaeomyias murina (Spix, 1825). Foto de:Ronaldo Koloszuk. Fonte: Wikiaves.

 Ordem: Passeriformes, SubOrdem: Tyranni, Parvordem: Tyrannida,

Superfamília:

Tyrannoidea, Família: Tyrannidae, Subfamília: Elaeniinae, Espécie: P. murina.  Também é conhecido como ariri.  Alimenta-se principalmente de insetos e também de frutos.  Constrói ninho pequeno, usando gramíneas, em formato de xícara, localizado em forquilhas a até 6 m de altura. Põe 2 ovos brancos ou amarelados.  Ocorre em quase todo o Brasil, desde o extremo norte até São Paulo e Paraná. Encontrado também no Panamá e em quase todos os demais países da América do Sul, com exceção do Chile.  Tipo de Registro no PESU: Visual e sonoro.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

Wiki Aves. . Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/vira-bosta> Acesso em 28 de novembro de 2015.

65


Tolmomyias sulphurescens

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) . Foto de: Hideko Helena Okita. Fonte: Wikiaves.

 Ordem: Passeriformes, SubOrdem: Tyranni, Parvordem: Tyrannida, Superfamília: Tyrannoidea, Família: Rhynchocyclidae, Subfamília: Rhynchocyclinae, Espécie: T. sulphurescens.  O bico-chato-de-orelha-preta é uma ave passeriforme da família Rhynchocyclidae.  Mede de 13 a 14 cm. Pode-se notar a cor acinzentada da cabeça, onde ressalta uma área branca ao redor dos olhos e à frente, até o bico.  O bico é branco em baixo e escuro em cima e possui a garganta clara. Nas asas,observa-se duas faixas amareladas, com as penas longas de voo com a borda clara. Barriga amarelada, com o peito levemente acinzentado.  Canta o ano inteiro, sendo que de julho a dezembro emite o chamado durante todo o dia.  Alimenta-se de insetos.  Constrói um dos ninhos juntando fibras negras de um fungo, encontrado entre as raízes das árvores (as fibras não são trançadas, apesar da aparência). Faz uma bola dependurada, com uma entrada lateral em forma de túnel virado para baixo.  Os 2 ou 3 ovos são postos na parte superior do ninho. Geralmente é a fêmea quem se ocupa da incubação dos ovos, embora às vezes substituída pelo macho, durante 17 a 19 dias. Os filhotes abandonam o ninho com 22 a 24 dias de vida.  Vive solitário ou em casais, reside o ano todo no mesmo local.  Ocorre em todo o Brasil, sendo mais observado na região Sul e Sudeste.  Tipo de Registro no PESU: Sonoro.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

Wiki Aves. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/1324830&t=s&s=11616. Acesso em 28 de novembro de 2015.

66


Tyrannus savana

Tyrannus savanna (Vieillot 1080).Fonte:Google Imagens 2015

 Ordem: Passeriformes ,Subordem: Tyranni ,Parvordem: Tyrannida, Família: Tyrannidae,Espécie: M. flaveola  Também conhecida como tesoura, tesoureira e tesourinha-do-campo.  Mede cerca de 40 cm de comprimento, incluindo alonga cauda bifurcada. A cabeça, a cauda e as asas são negras e o meio dopíleo tem coloração amareloenxofre. Apresenta dorso acinzentado e partes inferiores brancas.  Apesar de não ser colorida, a leveza e graça do voo, bem como a distribuição de cores são muito chamativas. O capuz é negro, apresenta no meio do píleo uma coloração amarela, na maioria das vezes escondido, distingue-se contra a garganta e partes inferiores brancas. Dorso cinza uniforme, com destaque para a longa cauda.  Mais comprida nos machos, diferença visível quando as aves estão próximas, é maior do que o próprio corpo. Há um discreto dimorfismo sexual, sendo que os machos possuem um prolongamento grande da cauda, especialmente das duas penas mais externas.  Alimenta-se de insetos capturados durante o vôo ou quando está pousado.  A tesourinha limpa o bico em galhos, arames e fios após alimentar-se. E como não ingere as sementes dos frutos que come, é comum encontrá-las presas nesses locais.  Apesar de migrarem em grupos, em setembro os machos já estão exibindo seu característico vôo territorial, pairando em espirais com asas e cauda abertos, ao mesmo tempo em que emite o canto longo e rápido, terminado com três ou quatro notas mais espaçadas  Localmente, procuram as áreas abertas, como os cerrados (daí a razão do savana em seu nome científico), pastagens e áreas de cultura, onde ficam pousadas em mourões de cerca, postes, fios e árvores isoladas. Também podem procurar as matas, ou até mesmo cidades.

67


 Talvez poucas aves conheçam melhor a América do Sul do que a tesourinha. Existem tesourinhas que vivem no sul (Argentina, Paraguai e extremo sul do Brasil), em várias outras partes do Brasil, no Caribe e no sul do México. Depois do verão, as tesourinhas migram aos milhares para a região da Amazônia, onde permanecem até o inverno acabar.  No início da primavera, cada uma volta para a sua região de origem, onde vão reproduzir, criar os filhotes e começar tudo novamente no ano seguinte. Assim, as tesourinhas são muito abundantes nas regiões onde vivem, mas apenas em algumas épocas do ano. Em outras, desaparecem completamente.  O período de reprodução é entre os meses de setembro e dezembro. Os pais preferem fazer seus ninhos em cerrado ralo.  O tamanho da ninhada é de 1 a 3 ovos. A incubação leva, em média, 13,6 dias, e após 15 dias os ninhegos deixam o ninho.  Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março voam para o norte, no segundo grande movimento de migração da espécie. Todas dirigem-se para a parte norte do continente, onde irão passar o outono/inverno austrais.  O casal constrói um ninho ralo, aberto e em forma de tigela de gravetos porcamente amontoados. A taxa de sucesso dos ovos é de 39,2%. É comum os filhotes e ovos serem derrubados pelo vento. Os pais se revezam na criação dos filhotes. Os ovos medem 22,2 mm de comprimento e 15,8 de largura e pesam 3,2g.  Tipo de Registro no PESU: Visual.  Status de Conservação: LC (pouco preocupante).

http://www.wikiaves.com.br/tesourinha http://www.museudavida.fiocruz.br/media/guia-aves.pdf http://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/Ensino_Fundamental/Animais_JD_Botanico/aves/docum entos/anexos/GUIA_de%20Aves_JB(out-2011).pdf

68


Coordenação Geral: Bruna Nascimento Isis Ribeiro Lays Cruz Mariana Nunes Paula Ávila

Orientação:Camila Palhares Teixeira Créditos:Unifemm-Centro Universitário de Sete Lagoas

Parque Estadual do Sumidouro / MG

69


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.