Revista de lpl

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VITORIANA MARIA ANTONIETA

O ícone de moda do século XVIII.

LINHA DO TEMPO Veja as peças atuais que evoluíram do século XVIII.

TENDÊNCIA As peças mais usadas nos séculos passados.

SENHORA

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Conheça o livro e seus personagens a história do romantismo




VITORIANA

Agosto 2014

5 A história do Romantismo

7 Livro Senhora 10 Romantismo e a Moda

15

Estilo Gótico

18 O surgimento do perfume Casamento: uma instituição 20financeira ou um vínculo amoroso?

14, 23 Poesias


A Historia do

Romantismo No ano de 1836 ainda em clima eufórico pelo acontecimento da independência do Brasil o nosso país entra num período conhecido como romantismo onde os artistas buscavam inspirações na natureza e nas questões sociais e politicas do país. Com estas inspirações as obras acabavam valorizando principalmente o amor sofrido, a religiosidade crista, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso país e o cotidiano popular. “Brasil Suspiro Poéticos” e “Saudades” de Gonçalves de Magalhães da inicio a este período literário composto por três gerações. A primeira geração também conhecida como nacionalista ou indianista leva esse nome, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como "bom selvagem". Mal do século como é chamada a segunda fase os escritores nela retratavam temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo e principalmente a valorização da morte.


Conhecida como geração hugoana, a terceira geração mostra textos marcados por criticas sociais. Com o desenvolvimento da imprensa no Brasil, no ano de 1808, criou-se um público leitor que impulsionou um grande número de publicações em folhetins, formato que permitiu o surgimento e o desenvolvimento da prosa romântica, que, ao lado da poesia, formaram toda a produção literária romântica. A prosa romântica tinha o intuito de redescobrir o Brasil, trazendo à tona e reconhecendo todos os espaços que o compunham, não só exaltando uma característica nacional, como a poesia fazia. O sentimentalismo era mais visível, uma vez que toda prosa romântica tem histórias de amor que tentam quebrar barreiras, terminando no casamento ou na morte (quando o amor não era vivenciado). Essa idealização de um amor que quebra barreiras traz à tona a ideia de que o amor é a única forma das personagens se purificarem. O conflito narrativo na prosa romântica também tinha a idealização de um herói, no entanto, apesar da coragem, da postura idealista e do desejo de justiça e moral, este herói esta inserido no contexto do romance ao qual pertence, podendo também ser uma heroína. Nas prosas se encontram quatro tipos de romances: o indianista que traz à tona a vida, cultura, crença e costumes indígenas, o histórico que retrata os costumes de uma época passada, sendo um relato que muitas vezes mistura ficção e realidade, o regional que é passado em ambiente rural, mostrando costumes, valores e cultura típica de uma região e por fim o urbano que narrava


SENHORA

E

scrito por Jose de Alencar, Senhora é um romance urbano publicado em 1875 que conta a historia de Aurélia Camargo, moça órfã e pobre que acaba se apaixonando e se envolvendo com Fernando Seixas, um rapaz que a amava, mas que foi se deixando envolver pelas aparências da vida social, gastando além do que tinha e acabando por arruinar a sua própria família e com isso acaba trocando Aurélia por Adelaide, uma moça que não amava porem tinha dotes mais valiosos. Ao ser trocada por outra mulher, Aurélia passa a desprezar todos os homens e depois de um tempo sofrendo descobre que se avo, o qual tinha falecido, deixou a ela uma fortuna valiosa tornando-se assim uma mulher rica e desejável pelos homens das cortes do Rio de Janeiro. A fim de se vingar de Fernando, Aurélia decide fazer loucuras para ver Fernando sofrer e pagar o que ele tinha feito a ela. Com o passar do tempo Fernando acaba pagando o que devia e percebe que seu grande amor ainda era Aurélia e sendo assim acaba seu noivado com Adelaide para se redimir com seu grande amor, durante esse tempo, Fernando recupera sua dignidade e passa a ser valorizado aos olhos de Aurélia e com isso sente-se livre para confessar o seu amor por Fernando podendo assim desfrutar do casamento que ainda não havia acabado.




Romantismo ea

Moda

Feminina O Romantismo não teve muita importância para a moda feminina. As mulheres usavam vestidos até as canelas e eram mais brilhantes e embelezados, sempre com o objetivo de esconder a silhueta das senhoras, os ombros e com os decotes mais altos e as mangas compridas e justas ao pulso. Os vestidos voltaram a ter cintura ao corpo, devido ao uso de corpete, seguido de um volume cónico nas saias. Eram utilizados tecidos estampados, principalmente com flores, e de cores frias.


A

té o século XIII não havia diferença nos trajes das crianças e dos adultos. Assim que a mesma largava os cueiros (faixa de tecido que era enrolada em torno de seu corpo) ela era vestida como os outros homens e mulheres de sua condição. Assim como os adultos era normal às crianças usarem perucas cacheadas e túnicas, calças coladas e vestidos mais curtos por cima fazia parte do vestuário. As meninas com melhores condições usavam vestidos de golas todos inspirados nos trajes das mulheres. Também achava-se divertido dar às crianças de boa família algumas características do traje popular, como o barrete dos trabalhadores (touca, chapéu, gorro).

N

o inicio do século XVIII era comum às mulheres usarem vestidos longos, semelhantes a túnicas gregas e romanas, em tom pastel e com a cintura mais alta, que com o passar do tempo foi denominada “Cintura império”.


F

oi no séc. XVIII que a França conseguiu marcar a moda a nível mundial. Propagou-se a moda das perucas com cachos, o pó de arroz e brilhos e a produção de perfumes. A corte francesa vivia luxuosamente, mas o uso dos cosméticos de tratamento não era correto, ou seja, as mulheres não os usavam para tratar ou embelezar, elas usavam-nos apenas para adornar o corpo e para enfeitá-lo, com a função de atrair os homens. Além do pó de arroz que era o mais utilizado pelas mulheres daquela época, algumas usavam uma pomada colorida para colorir os lábios hoje conhecido como o batom.

C

om a intenção de tampar a cauvice as perucas brancas e cacheadas eram usadas pelas pessoas de alta classe e por isso depois de um certo tempo foi utilizada para distinguir as classes sociais. Muitas vezes pessoas de baixa classe chagavam a passar talco em seus cabelos para dizer que era branco e sendo assim ser reconhecida como alta classe. Mesmo sendo utilizada por um bom motivo as perucas cacheadas e brancas proliferavam todo tipo de bicho, de baratas a camundongos.


Masculina George Bryan Brummel, introduziu o estilo dandy (masculino) na época. Calçã comprida, casaco, gravata plastron e cartola compunham o estilo. Brummel se vestia com requinte e classe e ditou a moda inglesa da época


Monstros de gravata Os anos passaram E a vida continua Os políticos não mudaram E a mentira ainda esta nua Eles só sabem roubar E também mentir Se for preciso matar Eles vão matar e ate sorrir A sociedade não encontra outro caminho Os políticos são nossos empregados Não se pode governar sozinho E do jeito que esta é assim que vai continuar Por que a corrupção é assim E só devemos aceitar.


Estilo

Gotico Tudo era feito para proporcionar a mulher a aparência de ter saído de um mundo encantado, como de fantasias ou lendas. Lembrando que existiam trajes para o dia, para noite e para festa. Os vestidos de noite eram mais decotados, deixando ombros à mostra, mantos e leques eram fundamentais. Precisamos lembrar que a literatura era a televisão da época e exercia grande influência. O início dessa onda romântica foi devido à uma apresentação da peça de Alexandre Dumas “Henry III e as cour”.


E

m alguns meses Paris encheu-se de moças de saias compridas com caudas, corsets, mangas bufantes e de jovens cavaleiros vestidos de calças justas que usavam uma cabeleira e barbas dignas de reis. A moda naquela época começou com as moças parecendo heroínas das histórias, com cabelos compridos que penteavam lisos e repartidos ao meio e cachos que caiam na testa ou na lateral do rosto, com chapéus imensos, vestidos de cintura minúscula e estampas florais delicadas ou listras. Houve uma voga rápida de vestidos em xadrez escocês. Até que em 1825 a manga bufante, sustentada por barbatanas ou bolas de plumas, recebeu outra manga por cima, maior ainda, feita em gaze transparente.



Cheirinho Gostoso...

O

século XVIII assistiu a um revolucionário avanço na perfumaria com a invenção da Água de Colônia ou "Eau de Cologne". Esta mistura refrescante de alecrim, neroli, bergamota e limão era usada por uma multidão de diferentes modos: diluído em água de banho, misturado com vinho, como líquido para limpeza bucal, entre outros.



Casamento UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA OU UM VÍNCULO AMOROSO?

F

ernando Seixas, um jovem estudante de caráter bem flexível, bem vestido e apreciador da vida em sociedade. A falta de dinheiro o conduz a acreditar que a única maneira de evitar a ruína final é casando-se com um bom dote. Embora apaixonado por Aurélia, Fernando rompe o noivado em razão de um dote de 30 contos de réis que lhe é oferecido para casar com Adelaide Amaral, que é rica. Aurélia abandonada e desiludida recebe uma herança do avô paterno, um rico fazendeiro. Após muito tempo, Aurélia casa-se com Fernando por um dote de 100 contos de réis, e em sua noite de núpcias Aurélia mostra-lhe que ele é um homem vendido, que agora só servia para acompanhá-la nos eventos sociais. Texto baseado no livro Senhora e José de Alencar.


O

dote é um costume antigo, mas ainda em vigor em algumas regiões do mundo. Como por exemplo, em algumas naçõ es da Ásia e da África. Na maioria das culturas, quem “compra” o parceiro é a família da noiva, mas também há casos em que o noivo é quem bota a mão no bolso. Na Tailândia, por exemplo, a família do homem precisa gastar, no mínimo, 24 quilates de ouro. Já na China, os aspirantes a marido trocam joias, ouro e até porcos pela amada.


Um Novo Mundo Os índios que aqui estavam Tranquilos aqui viviam Não sabiam que aqui seriam Forçados a largar seus modos Monstros aqui chegaram Exaltados com tanta beleza Nossa terra exploraram Nem pensaram no mal que causaram Tranquilos todos viviam Tão belas eram as matas Voavam livres os passarinhos Mal sabiam que junto às barcas Monstros os destruiriam Até que não restasse mais nada.



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