Jornal Brasil Atual - Barretos 01

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Distrib

barretos

Jornal Regional de Barretos

Gratuuiição ta

nº 1

Maio de 2011

teatro

jubileu de ouro

que categoria! Bancários festejam 50 anos de lutas e conquistas de seu Sindicato

santo remédio José Merenda, um incansável dos palcos, vive longe do estresse

Pág. 2

roça

um lucrão Pequenos agricultores fazem a mesa da merenda escolar

Pág. 3

jovens peões memória

elisa, comunista desde criancinha A vida da barretense que desafiou o governo Dutra e ganhou prêmio em Moscou Pág. 4

desafio ao touro Como se dá a preparação dos novos toureiros da cidade

Pág. 7


2

pesquisa

Governo Dilma vai muito bem Presidenta emplaca 73% de aprovação popular

A primeira edição do jornal Brasil Atual – Barretos que chega às suas mãos vem preencher a lacuna que existe em todo o país, a do direito à informação livre. Sem os cacoetes que fizeram o modelo da grande imprensa ter o viés dos interesses do capital e lhe deram até um apelido conhecido nas últimas eleições presidenciais – o Partido da Imprensa Golpista, PIG –, o jornal Brasil Atual chega com linguagem fácil, apresentação visual limpa e sem arrogância. E espera, além de informar e ser sua companhia na fascinante viagem que é a leitura, exercer o papel de porta-voz dos interesses de toda a sociedade. Logo de cara, o jornal chega comemorando um jubileu de ouro, o dos bancários, categoria profissional que esteve nas principais lutas do Brasil e virou referência no país. Assim como também virou uma alusão mundial – pelo menos nos tempos do comunismo – a barretense Elisa Miranda, uma militante que, à custa de sua própria liberdade, evitou que centenas de brasileiros fossem à guerra da Coreia. Uma memória daquelas. Ainda temos, nesta edição, matérias que mostram a luta da cidade contra a dependência química, o sonho de jovens que querem aprender a desafiar os touros nos rodeios deste interior e a luta de um punhado de agricultores que pode dizer, com orgulho, que põe a mesa da molecada na escola. Enfim, estamos chegando. Tomara que com o seu apoio crítico e camaradagem para ficar muito tempo. Boa leitura!

vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual. com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

Divulgação

Dilma: com a bola toda

3% dizem que será ruim ou péssimo e 10% não opinam. A confiança é maior entre os residentes nas Regiões Norte e Centro-Oeste, 80%, e entre os eleitores com renda familiar de até um salário mínimo, 82%. Nove áreas de atuação do go-

verno foram avaliadas pelos entrevistados. O combate à fome e à pobreza recebeu 61% de aprovação, já a luta contra o desemprego teve 58% e são as áreas melhor avaliadas pelos eleitores. Outros setores aprovados por mais da metade da população são meio ambiente e educação. Impostos e saúde registram os maiores índices de desaprovação, ambas as áreas com 53%. A política de segurança pública é desaprovada por 49% dos entrevistados. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de março de 2011. Cerca de 2.002 pessoas com idade a partir de 16 anos, responderam a entrevistas em 141 municípios do País.

TEATRO

Merenda dá a receita do palco Ele encenou mais de 50 peças na carreira. E não para

Aquino José

editorial

Dilma Rousseff inicia o mandato com o melhor índice entre os três últimos presidentes. Numa pesquisa do IBOPE encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Governo Dilma é bom ou ótimo para 56% dos eleitores, regular para 27%, ruim ou péssimo para 5% e outros 12% não sabem ou não responderam a essa questão. A maneira como a presidenta governa é aprovada por 73% dos eleitores. Dos entrevistados, 12% a desaprovam e 15% não sabem ou não responderam. A expectativa para a sua gestão é muito positiva: 68% acreditam que o governo dela será bom ou ótimo, 19% acham que será regular,

Merendão entre atos

“Teatro é um santo remédio para a timidez, acaba com o estresse, dá liberdade para pensar, agir e ver o mundo de outra forma.” É o que garante José Antô-

nio Merenda, 55 anos, bancário aposentado da Caixa Econômica Federal, que atua nos palcos barretenses há 37 anos. Merenda participou da Federação de Teatro Amador do Vale do Rio Grande, da qual foi presidente em 1979. Nesse ano, com João Falcão, ele fundou o GTAAB – Grupo de Teatro Amor à Arte. Com mais de 50 peças encenadas, a comédia Os Três Gostosões, com três montagens diferentes, foi a mais marcante.

Membro da Academia Barretense de Cultura, Merenda tem o teatro no sangue. Seu tio, Humberto Bebilácqua, foi destaque do teatro amador, nos anos 1940. “Continuo no palco até quando Deus quiser” – diz Merenda, o Palhaço Campainha nas festas da cidade. Na Semana Santa, ele interpretou Pilatos, na Paixão de Cristo. O espetáculo foi apresentado no recinto Paulo de Lima Corrêa, onde ocorreram os primeiros rodeios em Barretos.

Expediente Rede Brasil Atual – Barretos Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Leonardo Brito (estagiário) e Aquino José Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem: 6 mil exemplares Distribuição Gratuita


3 ROÇA

Os pequenos agricultores e a merenda escolar da cidade Eles estão fazendo uso da Lei 11.947/09, que estabelece que o município tem de gastar no mínimo 30% do que recebe de verba do governo federal com a agricultura familiar para abastecer de merenda as escolas do município. É o que determina o Programa Nacional de Alimentação Escolar. A aquisição dos produtos ocorre por meio de uma Chamada Pública. Na primeira negociação deste ano, os agricultores se comprometeram a fornecer 28 itens, entre os quais estão 91.160 quilos de laranja, 16.400 quilos de tomate, 29.740 quilos de banana, 2.112 quilos de doce caseiro em pasta e 6.620 quilos de repolho. A segunda Chamada Pública de 2011 está prevista para julho. O engenheiro agrônomo Rolando Salomão, um dos responsáveis pela articulação da entrega dos gêneros alimen-

Aquino José

Três associações rurais de Barretos faturam R$ 342 mil desde o início do ano

João Taveira, em seu bananal, recebe a visita do técnico Antônio de Padua, da Casa da Agricultura

tícios pelos pequenos produtores, comentou que a adesão de produtores ao Programa deve aumentar. Ele estimou que metade da produção dos agricultores abastece a merenda. O restante é vendido para

atravessadores. Uma das propostas é buscar soluções para que as Associações possam negociar sem intermediários. A inserção no Programa Nacional de Alimentação Escolar das três associações –

Associação das Comunidades Rurais de Barretos, Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Vale do Rio Grande e Associação dos Empresários Rurais das Três Barras – está chamando a atenção na região

pela forma como é conduzida. Nos dias 18 e 19 de maio, alunos do curso de agronomia da Unesp de Jaboticabal agendaram visita para conhecer o trabalho desenvolvido com a agricultura familiar no município.

Aquino José

Da suspeita ao crédito de confiança

Seu Abílio, na roça de abobrinhas: um sucesso

No início do Programa Nacional de Alimentação Escolar em Barretos, os pequenos sitiantes desconfiavam de sua eficácia. Passada a incerteza, a venda da produção para ser consumida na merenda está valendo a pena. O casal Abílio Polizello Filho e Maria Helena de Oliveira Polizello toca seis hectares no Sítio Floresta, na região da Cachoeira. Eles plantam abobrinha, cheiro verde e laranja. E já pensam em ampliar a variedade de plantio. “Atualmente, dá para

tirar mais de um salário mínimo por mês” – afirma a mulher, contente com o aumento da renda familiar. João Flávio Taveira, presidente da Associação dos Empresários Rurais das Três Barras, no sítio São Francisco, utiliza cerca de oito hectares para produzir para a merenda. Na propriedade, ele tem uma cultura diversificada: planta mamão-formosa, banana-nanica, tangerina, limão-taiti e milho verde, entre outros. Para ele, o Programa está “salvan-

do a vida” do pequeno produtor. “Antes, não tínhamos para quem vender. A produção se perdia” – lembra. “Agora temos uma renda a mais para a família.” Satisfeito com a comercialização de produtos para a merenda escolar, Júlio César Flávio da Silva, do Sítio Perímetro, em Três Barras, espera que por meio da Associação os produtores abram novos mercados. Ele é um dos grandes fornecedores de tomate para o Programa.


4 MEMÓRIA

A comunista que evitou uma guerra para os brasileiros

leonardo brito

arquivo pessoal

Barretense desafia o governo Dutra, vai presa, mas acaba condecorada em Moscou

Elisa acena para os coreanos em viagem à Romênia e a filha Horieta exibe o prêmio da Paz

com minha prima” – disse ela ao jornal Inverta, órgão oficial do Partido Comunista Marxista Leninista (PCML), do qual Elisa foi fundadora, no ano 2000. Elisa começou sua militância política em Barretos, em 1945, ao assumir o Departamento Feminino do Comitê do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em 1946, como vice-presidenta, participou da inauguração do Comitê Popular Democrático

da Fortaleza, na Rua 22, número 1220, que defendia o bairro.

arquivo pessoal

Nascida em Barretos em 1912, Elisa Branco Batista é uma comunista brasileira, com reconhecimento internacional. Filha do casal português Carolina e José – ele um comerciante de madeiras, que faleceu quando ela tinha 6 anos –, Elisa viveu com a mãe e cinco irmãos na cidade até a idade adulta. “Como aqui não tinha nada para a mulher trabalhar, fui para São Paulo onde aprendi a costurar

Na capital, foi presidenta de honra da Federação das Mulheres de São Paulo e vice-presidenta do Movimento Brasileiro dos

Partidários da Paz. Em 1950, num desfile de 7 de setembro, no Vale do Anhangabaú, desafiou o governo Dutra ao abrir uma faixa de cinco metros de extensão com os dizeres “Os Soldados, Nossos Filhos, Não Irão Para a Coreia”. Aplaudida pela multidão, foi presa e conduzida ao Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS. Ficou oito dias incomunicável. Foi condenada a quatro anos e três meses de prisão. “Mas uma luta muito bem-feita obrigou o governo a desistir de mandar brasileiros para a guerra” – disse na ocasião. Na prisão, Elisa alfabetizou detentas, ensinou corte e costura e higiene pessoal. Do lado de fora, organizou-se um movimento pela sua libertação, campanha da qual participou até a Rádio Central de Moscou. Depois de um ano e oito meses de cárcere, ela foi libertada. Em 1953, no Palácio do Kremlin, em Moscou, na União Soviéti-

ca, recebeu o Prêmio Internacional da Paz. Em 1958, Elisa Branco volta a Barretos, onde participa de um comício na Praça Conselheiro Antônio Prado (a Praça da Estação), quando um simpatizante da candidatura Carvalho Pinto sai esfaqueado “sem gravidade”, como destacou à época o jornal “Correio de Barretos”. Em 1964, Elisa morava na Vila Mariana, em São Paulo, e foi importunada pelos militares. “Os bandidos do DOPS reviraram tudo e levaram um monte de fotografias pessoais” – contou à revista ISTOÉ. Em 1971, agentes foram buscála de madrugada, mas, aos berros, ela acordou a vizinhança. “Estão me levando.” A família ficou três dias sem informação, até que foi liberada por falta de provas. Elisa faleceu em 8 de junho de 2001, aos 87 anos, em São Paulo. Sua militância é reconhecida em trabalhos acadêmicos e livros.

A ideia do comunismo se disseminou na família. “Todos nós fomos contagiados pela luta da minha mãe, mulher de coragem, que enfrentou, sem titubear, as autoridades

da época e mostrou sua audácia ao levantar uma faixa contra a guerra. Horieta lembra muito desse dia. Horieta estava presente no Vale do Anhangabaú.

Casada com Norberto, Elisa Branco teve duas filhas – Florita, em 1932, falecida em 2006, e Horieta, em 1934 – ambas cidadãs barretenses. Horieta mostra os cadernos, escritos a partir de 1996, em que Elisa conta passagens de sua vida. Numa delas, Elisa escreve sobre a morte do pai, José Branco, que se transferira para Campinas para se tratar de uma doença grave, quando um telegrama chegou à

casa, em Barretos, para a mãe, Carolina, grávida da irmã Zulmira, informando a morte de José. “Minha mãe chorou copiosamente, mas não ficou abalada por muito tempo, pois tinha que ter forças para sustentar a mim, a meus quatros irmãos e a minha irmã que estava pra chegar” – relata Elisa Branco. Após a morte do avô, Horieta lembra que a família passou por dificuldades financeiras, tendo de alugar os quartos do casarão em que

nasceram, de 21 cômodos, para imigrantes que chegavam refugiados da guerra na Europa. Horieta acredita que a dedicação de Elisa ao movimento comunista se deve à atitude humanista do avô – ele não se negava a ajudar as pessoas; era muito católico e dizia à esposa que nunca lhes faltaria nada se ajudassem a quem precisa – e aos livros anarquistas emprestados por um amigo da família. “O que eu sei, devo ao partido. Ser comunista é ter o saber” – escreveu ela.

divulgação

Nome branco, alma límpida


5 jubileu de ouro

Bancários de Barretos comemoram 50 anos de luta O combate ao assédio moral e contra qualquer tipo de discriminação, o trabalho decente com renda, o fim das filas nas agências e a contratação de mais funcionários são as principais bandeiras de luta do Sindicato dos Bancários de Barretos e Região, que completou 50 anos em 1º de maio. Entre as comemorações do Jubileu de Ouro está o lançamento de um vídeo comemorativo à data. A exibição será no dia 17 de maio, às 19h30, na sede do Sindicato. A posse da nova diretoria, para um mandato de três anos, sob a presidência de Marco Antonio Pereira, está marcada para o dia 21 de maio, às 19h30, no Rio das Pedras Country Club. A Câmara Municipal de Barretos enviou congratulações e aplausos pela reeleição das lideranças regionais dos trabalhadores bancários. A base territorial é formada por 15 cidades da região e abrange aproximada-

arquivo sindicato dos bancários

Grandes conquistas sindicais e do País marcam a trajetória de uma senhora categoria

A entrega da carta sindical, em 1961, inaugurou um período de vitórias dos bancários

mente 1.500 bancários ativos e inativos. A Associação Profissional dos Bancários foi fundada em

10 de junho de 1959 e transformada em sindicato no dia 1º de maio de 1961. José Rosa Paiva foi o primeiro presidente. Em

sua trajetória, o Sindicato sofreu intervenção federal e viu sua diretoria ser destituída em 1964, com a ditadura militar.

A ingerência durou mais de um ano. Depois, vieram o arrocho salarial e o desemprego. A partir de 1986, com o Plano Cruzado, ocorreu a demissão de milhares de bancários e o fechamento de centenas de agências. Na década de 80, insatisfeitos com a posição da diretoria, teve início o movimento de oposição de trabalhadores de Barretos, Bebedouro e Guaíra. Em 1987, foi eleito presidente Rodrigo Otávio Ferreira Mendes. Em 1990, duas chapas disputaram a entidade e o grupo encabeçado por Ezisto Césari, cutista, venceu a eleição. Em 1991, o Sindicato se filia à Central Única dos Trabalhadores – CUT. Desde então, a entidade buscou garantir direitos conquistados e avançar nos benefícios para a categoria. “Até hoje ela se pauta pela construção de um sindicalismo de luta, livre, autônomo e cidadão” – reafirma o presidente Marco Antonio Pereira.


6 CONTRA AS DROGAS

A Comunidade Terapêutica e os dependentes químicos

arquivo Fundacao Padre Gabriel

Espiritualidade, disciplina e trabalho é o tripé usado para recuperar doentes

Tânia Diamantino fala aos dependentes e familiares durante encontro de sobriedade

Instalada no antigo Hospital Psiquiátrico Vale do Rio Grande, no bairro Derby Club, a Comunidade Terapêutica é uma entidade mantida pela Fundação Padre Gabriel Correr, com capacidade para atender até 30 pessoas do sexo masculino, a partir dos 18 anos. A condição essencial para que o dependente seja aceito na casa é que ele queira fazer o tratamento. “Não há internação obrigatória” – diz a assistente social Amanda Ferrari Carvalho. Depois de passar por triagem, o admitido realiza um tratamento com duração de seis meses, acompanhado por profissionais de várias áreas. A maioria da equipe já foi trei-

nada pela Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas. Para manter o projeto, a instituição conta com a parceria da Prefeitura Municipal e o apoio da Comunidade, afirma a presidente Tânia Diamantino. A contribuição de sócios colaboradores, a doação de alimentos, colchões, equipamentos e outros produtos ajudam para que o atendimento seja gratuito. Em abril, lideranças da entidade apresentaram o projeto da Comunidade Terapêutica ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que visitou a cidade. De acordo com Tânia, o ministro ficou de viabilizar uma forma para ajudar na manutenção dos recursos humanos da instituição.

Casa de triagem é a porta de entrada desde a sua abertura, a Casa de Triagem tem reconhecimento de utilidade pública pelo município e já atendeu cerca de 400 casos – em média 30 famílias por semana. As situações que exigem tratamento clínico são encaminhadas para internação em outras cidades, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A partir de maio o atendimento passa a ser feito pela Comunidade Terapêutica. Outro apoio importante destacado pela psicóloga é desempenhado pela Pastoral da Sobriedade da Igreja Católica. O grupo realiza reuniões no local, às segundas-feiras, a partir das 19 horas, com ações que

visam resgatar o dependente e sua família. O objetivo é proporcionar saúde e promover a dignidade das pessoas – conta

Fernanda. O fácil acesso que facilita a proliferação do crack é uma das preocupações da entidade – diz a psicóloga. Ela

lembra que o álcool é a porta da entrada para as drogas ilícitas e o que registra o maior índice de dependência.

Aquino José

A Casa de Triagem Sagrada Família é a porta de entrada da Comunidade Terapêutica. Instalada na Avenida Um, 682, na esquina da Rua Vinte, bairro Fortaleza, ela acolhe, fortalece os vínculos familiares e apoia os dependentes químicos e do álcool. Profissionais especializados realizam atendimentos individuais e trabalho em grupo. O funcionamento é de segunda-feira a sexta-feira, das 8 h às 12 h e das 13 h às 17 h. Às quartas-feiras, à noite, há atendimento médico. O agendamento é feito pelo telefone (17) 3324-4735. Segundo a psicóloga Fernanda Cristina Pacheco,

Assistente Social Amanda Carvalho e psicóloga Fernanda Pacheco atuam na Casa de Triagem


7 jovens peões

Fé, coragem, garra e determinação nos rodeios

Aquino José

“Se pensar muito no perigo a gente não monta” – diz a moçada que desafia os touros

O locutor oficial Paulinho 1001 ao lado do garoto Vinícius

O esporte é bruto – eles concordam. Mas é preciso coragem para se tornar um atleta profissional do rodeio brasileiro em ir em busca de um sonho: vencer uma etapa

em Barretos – todos admitem. Para isso, a preparação é fundamental. O treino de um grupo de rapazes que quer chegar lá ocorre aos sábados, a partir das 16 h, na arena do Rancho

do Peãozinho, no Parque do Peão. Integra um projeto de turismo permanente no local, parceria de Os Independentes, Departamento Municipal de Turismo, locutor Paulinho 1001 e tropeiro Gilberto Mega. A entrada é gratuita. Vinícius Gomes, 16 anos, morador na Vila Marília, em Barretos, estudante do 1º ano do ensino médio, é “apaixonado” pelo rodeio desde criança. Ele se arrisca nos treinos desde o início de 2010. E garante que, em agosto deste ano, vai montar no rodeio Junior durante a Festa do Peão. Fé, coragem e determinação

não lhe faltam. Classifica o esporte como perigoso, “mas quem gosta tem de enfrentar. Se pensar muito a gente não monta” – diz. Ele tem o apoio dos pais. Paulo César Lopes, o Paulinho 1001, explica que o rodeio permanente reúne peões iniciantes e profissionais. Competidores a partir de 14 anos, com autorização dos pais e previamente inscritos, podem se “arriscar” na arena. Seguro de vida e ambulância são garantias para eventuais acidentes. “Essa é uma das formas de descobrir novos talentos para o esporte” – observa o locu-

tor. Antes do festival de tombos, ele coordena a tradicional abertura, com hino nacional executado ao som da viola e prece a Nossa Senhora Aparecida, considerada a padroeira dos rodeios pelos católicos. Futuros animadores de festas deste estilo também têm oportunidade em Barretos. De 7 a 10 de julho está marcado um curso de locução de rodeio. Serão ministradas aulas teóricas e práticas. Barra Mansa, conhecido como “o tenor das arenas”, será um dos mestres. As inscrições podem ser feitas pelo site www.paulinho1001.com.br.

“Quando o touro é pulador, a cisma bate” – diz o toureiro profissional Claudemir Leandro da Silva, 22 anos, solteiro, campeão do rodeio Júnior em Barretos, em 2004. Ele começou a mon-

tar ainda garoto, deixando os pais contrariados. Mas, com o tempo, eles consentiram que o filho praticasse o esporte. “Até hoje, quando eu caio, minha mãe vira a cara, fica aflita” – comenta. Claudemir já se machucou

na arena. “A gente continua porque gosta.” Na carreira, o toureiro ganhou duas motos de prêmio. Ele já montou em Porto Velho (Rondônia) e em Jaguariúna, Americana, Fernandópolis e Rio Preto, entre tantas cidades paulistas

que realizam festas do gênero. Mas o seu sonho é ganhar um rodeio em Barretos. Enquanto isso não acontece, ele prestigia e apoia os garotos que participam nas tardes de sábado das montarias no Parque do Peão.

Aquino José

Cisma atinge até quem é profissional

Claudemir vive de rodeios

esporte

Judô, o esporte que vai além do tatame

Aquino José

Perseverança e determinação, os requisitos para a criança praticar judô

Tiago ensina judô no Rochão

O professor Tiago Leal, 30 anos, 18 deles dedicados à modalidade, treina a equipe barretense que compete em eventos organizados pela Federação Paulista de Judô. O esporte foi implantado na rede municipal de ensino graças ao projeto

Mais Educação, do governo federal. Cerca de mil crianças são iniciantes do esporte. No Ginásio Poliesportivo Rochão, de segunda a sextafeira, às 18 h, são ministradas aulas gratuitas de judô. Os interessados fazem inscrição no

local. Crianças a partir dos 6 anos podem ingressar no esporte. A equipe de competição de Barretos tem 70 atletas. O principal destaque está na categoria Júnior masculino: Ranielle Bobis Gomes. “O judô é um esporte que tem como

conceito a disciplina, o respeito ao próximo, às regras, à hierarquia. A modalidade é importante na formação do caráter do cidadão” – diz Tiago, que há 9 anos substitui o “aposentado” sansei Chiba no treinamento de judocas de Barretos.


8 foto síntese –

palavras cruzadas palavras cruzadas

Região dos Lagos

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Horizontal – 1. Relativo a panorama 2. Relativo a oráculo 3. Patente militar; Símbolo químico da prata 4. Facção criminosa do Rio de Janeiro (abrev.); Nome de ave semelhante a uma pomba pequena 5. Soube; 3,1416; Arquivo Nacional 6. Que tem dimensões avantajadas; Fundo Monetário Internacional 7. Alcoólicos Anônimos; Corpo vegetativo com células pouco diferenciadas, sem caule, raiz e folhas legítimas; A segunda vogal e a última letra do alfabeto 8. Dona da casa onde foi criado “Pelo Telefone”, samba de Donga e Mauro de Almeida; Partida 9. O mesmo que lhe; Que tem conhecimentos obtidos por leituras; Antigo Testamento 10. Adore; Bati asas 11. Mulher de idade madura cuja conduta é respeitável; Quatro, em algarismos romanos 12. Escola de Administração; Ação

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O E A O M A O R I

I C R A O L A F M E I D A I I A T

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Respostas

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Palavras cruzadas

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N O R A A C U L P I T A A D A E P A N D E T A L I A T A L I D E V O T R O N E A A

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P A O R C A I L I G R A A C L E A M M A A

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Vertical – 1. Chiqueiro; Sacerdote budista 2. Lavra; A virgem dos lábios de mel 3. Nariz; Estação de Tratamento de Esgotos 4. Situado no Ocidente; Símbolo do rádio 5. Rota, em espanhol; O caso de declinação que, em algumas línguas, exprime a relação de objeto indireto 6. Facção; Aumentativo de pelada 7. Indígena da Nova Zelândia; Organização dos Estados Americanos 8. Partir 9. Caminho de álamos; Magnetismo pessoal 10. Relativo à organização

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