Jornal Brasil Atual - Jundiai 01

Page 1

Distrib

jundiaí

www.redebrasilatual.com.br

Jornal Regional de Jundiaí

Gratuuiição ta

nº 1

Maio de 2011

pesquisa

cultura

gabinete de leitura Aproveite, moçada, como o Ruy Barbosa só há mais dois no Brasil

que presidenta! Pesquisa revela que aprovação de Dilma bate nos 73%

Pág. 2

música

Bem-te-vi Um jovem que canta e entusiasma o público onde se apresenta

Pág. 5

memória

ruim

Boa

obras em avenidas

Nove de julho e duque de caxias Uma, em Jundiaí, vai mal. A outra, em Várzea Paulista, virou atração da cidade Pág. 3

baitu O jogador do Paulista lembra de um tempo romântico do futebol

Pág. 7


2

pesquisa

Governo Dilma vai muito bem

A primeira edição do jornal Brasil Atual – Jundiaí que chega às suas mãos vem preencher a lacuna que existe em todo o País, a do direito à informação livre. Sem os cacoetes que fizeram o modelo da grande imprensa ter o viés dos interesses do capital e lhe deram até um apelido conhecido nas últimas eleições presidenciais – o Partido da Imprensa Golpista, PIG –, o jornal Brasil Atual chega com linguagem fácil, apresentação visual limpa e sem arrogância. E espera exercer o papel de porta-voz dos interesses da sociedade jundiaiense. Além de informar, o Brasil Atual vai te levar numa fascinante viagem, a da leitura. Viagem, aliás, que o povo daqui aprendeu a fazer de maneira, digamos, fina e cavalheiresca há mais de cem anos, no Gabinete Ruy Barbosa, reportagem de capa desta edição – saiba-se, antes de tudo, que como ele só há outros dois no País, no Rio de Janeiro e em Sorocaba. Nesta edição, também, uma homenagem aos bancários. Eles comemoram 25 anos de fundação de um sindicato realmente de categoria e, ainda por cima, elegeram Luiz Cláudio Marcolino, deputado estadual, com quase 100 mil votos! De quebra, tem as reportagens sobre Bem-Te-Vi, jovem músico da cidade, e Baitu, um zagueirão do Paulista que viveu nos tristes momentos em que um beque tinha de marcar Pelé. É isso aí. Boa leitura!

vale o que vier As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual. com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

Dilma: com a bola toda

3% dizem que será ruim ou péssimo e 10% não opinam. A confiança é maior entre os residentes nas Regiões Norte e Centro-Oeste, 80%, e entre os eleitores com renda familiar de até um salário mínimo, 82%. Nove áreas de atuação do go-

verno foram avaliadas pelos entrevistados. O combate à fome e à pobreza recebeu 61% de aprovação, já a luta contra o desemprego teve 58% e são as áreas melhor avaliadas pelos eleitores. Outros setores aprovados por mais da metade da população são meio ambiente e educação. Impostos e saúde registram os maiores índices de desaprovação, ambas as áreas com 53%. A política de segurança pública é desaprovada por 49% dos entrevistados. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de março de 2011. Cerca de 2.002 pessoas com idade a partir de 16 anos, responderam a entrevistas em 141 municípios do País.

Luiz Claudio Marcolino

Um senhor deputado

Ele foi eleito com quase 100 mil votos No dia 15 de março, Luiz Claudio Marcolino tomou posse como deputado estadual. Eleito com mais de 96 mil votos – mais de seis mil votos na região de Jundiaí –, Marcolino é bancário do Itaú e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Marcolino pretende apresentar projetos de interesse da sociedade. “Agradeço a Jundiaí, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista, região importante do Estado, que precisa de mais atenção. Sei das dificuldades encontradas pela

Douglas Yamagata

editorial

Dilma Rousseff inicia o mandato com o melhor índice entre os três últimos presidentes. Numa pesquisa do IBOPE encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Governo Dilma é bom ou ótimo para 56% dos eleitores, regular para 27%, ruim ou péssimo para 5% e outros 12% não sabem ou não responderam a essa questão. A maneira como a presidenta governa é aprovada por 73% dos eleitores. Dos entrevistados, 12% a desaprovam e 15% não sabem ou não responderam. A expectativa para a sua gestão é muito positiva: 68% acreditam que o governo dela será bom ou ótimo, 19% acham que será regular,

Divulgação

Presidenta emplaca 73% de aprovação popular

Marcolino, no centro, com Paulão e Sílvio (à esq.), e Gerson e Roberto: bancários na posse do deputado

população na saúde, educação, transporte e meio ambiente” – diz o deputado. Para o diretor regional da Central Única dos Trabalhadores de Jundiaí, Ger-

son Carlos Pereira, “é importante a gente ter um deputado comprometido com as lutas populares. E Marcolino fará um bom mandato” – comenta.

Expediente Rede Brasil Atual – Jundiaí Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Editor João de Barros Redação Leonardo Brito (estagiário), Antonio Cortezani e Douglas Yamagata Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008 Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição Gratuita


3 Quase parando

Os transtornos da Nove de Julho Obra de alargamento da avenida traz dor de cabeça a moradores e motoristas mudança visual, sem grande melhoria no trânsito da região. Além disso, o projeto não foi suficientemente debatido com a população e beneficiou apenas grandes especuladores imobiliários da cidade, com a valorização de imóveis ou a construção de empreendimentos futuros – está prevista também a construção de uma torre comercial. Nem a ciclovia, prevista no projeto original, foi feita. Apesar de a Prefeitura de Jundiaí se vangloriar das obras, grande parte dos recursos são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e destinados

às obras nas redes pluviais – muitos consideram que os recursos do PAC deveriam ter outra destinação, sendo direcionados aos bairros da periferia, onde existem problemas de drenagem e esgoto, principalmente nos meses de chuva. Outras questões ainda não estão claras: Houve estudo de impacto de vizinhança na região do novo shopping? Houve contrapartida financeira dos empreendedores do novo shopping para melhorias na região do Anhangabaú? Qual o impacto que o novo shopping trará ao trânsito depois de sua inauguração?

Douglas Yamagata

As obras de alargamento da Avenida Nove de Julho, uma das principais de Jundiaí, transtornam os moradores do seu entorno. No verão, a falta de sinalização e a velocidade dos carros resultaram em vários acidentes. Alguns veículos caíram nos buracos abertos pelas chuvas. Pior: a construção de um novo shopping na cidade parece não ter fim. A população critica a demora na conclusão das obras. Apesar de em alguns pontos a via ter sido ampliada, instalados postes de luz e arborizados os canteiros, o projeto milionário não trouxe mudança significativa: houve apenas

Cones, cavaletes, tratores: tem de tudo na 9 de Julho

várzea paulista

Nova Duque de Caxias foi inaugurada em 16 de abril

Avenida nova: bonita e duplicada

A nova Avenida Duque de Caxias, duplicada, com asfalto de qualidade em toda sua extensão, ciclovia e canteiro central entre a

Rua Vitório Spinucci e a divisa com Campo Limpo Paulista, foi inaugurada no dia 16 de abril. As obras foram divididas em duas fases e mudaram

a cara de Várzea Paulista, elevando a autoestima da população. Também está concluída a plantação de grama no canteiro e a sinalização horizontal e

Imprensa Várzea Paulista

Ela é uma opção de trânsito para quem vai a municípios vizinhos e bairros da cidade vertical da avenida. O valor do investimento foi de R$ 4,7 milhões, conquistados por meio de repasse federal. Alternativa para quem utiliza a Marginal do Rio Jundiaí para chegar a Campo Limpo Paulista ou a Jundiaí, a Duque de Caxias é hoje o principal eixo de ligação entre cidades vizinhas e alguns bairros do município, como Jardim Promeca, Gauchinha e Felicidade. Segundo o secretário de Obras, Urbanismo e Meio Ambiente, Cícero Pedro Petrica, foram duplicados 2,37 km nas duas fases da obra – 870 m

na primeira e 1,5 km na segunda. Para ele, “a nova Duque de Caxias garante acesso mais rápido a diversos pontos da cidade”. E ressalta: “A avenida é moderna e bonita”. Para o comerciante Cláudio Bertuci Junior, há sete anos com negócio no local, as obras deram cara nova a Várzea Paulista. “O trânsito flui com muito mais rapidez” – acrescenta. Já para o aposentado Adão Carlos Organo, que há 30 anos mora na região, “a avenida pronta melhorou a cara da cidade”.


4 cultura

Gabinete Jundiaiense de Leitura, tradição literária

divulgação

No dia 1º de abril foi eleita a nova presidente da instituição, a jornalista Mônica Tozzeto de Barros Leite, 43 anos, dona de uma agência de publicidade e notícias na cidade. Mônica, ex-diretora de biblioteca do Gabinete, assume a presidência da entidade tendo como principal meta aumentar o número de sócios, que um dia chegou a dois mil, mas hoje não passa de 450. Para estimular a adesão, ela pretende, em junho, iniciar uma campanha para conseguir novos sócios. De idosos, alunos e professores, ela vai cobrar 50% da mensalidade. Outro chamariz será a abertura de um circuito cultural, a preços populares, com palestras, filmes, saraus e reuniões no auditório do Gabinete.

A fachada atual do Gabinete Jundiaiense de Leitura

Só há três no País

As mudanças até a sede própria cal torna-se ponto de encontro. Os sócios não param de crescer. Em 5 de janeiro de 1924, é inaugurado o novo prédio do Gabinete, na Rua Cândido Rodrigues, 301, onde reside até hoje. Por sugestão do prefei-

to da cidade, em 1923, Olavo Guimarães, o nome da instituição é mudado para Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, homenagem ao político, jurista e escritor baiano falecido nesse mesmo ano.

Douglas Yamagata

A primeira sede do Gabinete foi em uma casa próxima ao extinto Cine Ipiranga – hoje a têxtil Fabril –, na Rua Barão de Jundiaí. Em 1912 ele se muda para o antigo Teatro São Luiz, o primeiro teatro da cidade. O lo-

A sala infantil Ruyzinho, a sala de leitura e parte do acervo da biblioteca

Por Leonardo Brito

Além do Gabinete Ruy Barbosa, sobrevivem apenas mais dois gabinetes de leitura no Brasil. Um deles, no Rio de Janeiro, é o Real Gabinete Português de Leitura, fundado em 14 de maio de 1837; o outro, em Sorocaba, é o Gabinete de Leitura Sorocabano, fundado em 13 de janeiro de 1867. O Gabinete Jundiaiense, de 1908, possui uma biblioteca de 50 mil volumes. Há obras de livre circulação entre os associados e obras exclusivas para pesquisas acadêmicas específicas. Uma quantidade de volumes é destinada ao público infantil, na sala chamada “Ruyzinho”, onde a criançada encontra edições originais da década de 1930 dos quadrinhos de Flash Gordon e Tarzan e a coleção completa de Monteiro Lobato. Outra fonte de pesquisa é a sala de internet com sete computadores. O gabinete também disponibiliza lei-

tura de jornais e revistas de tiragem periódica – atualmente ele assina 43 revistas e 14 jornais. A preocupação é que não falte obra alguma para o associado. “Caso o Gabinete não tenha o título, ele solicita à biblioteca e, em duas semanas, o livro estará em suas mãos” – diz a presidente Mônica. Professores e alunos também podem solicitar títulos acadêmicos ou de grande raridade que o Gabinete tenta localizar o livro ou adquiri-lo para a biblioteca.

divulgação

Douglas Yamagata

Sob nova direção, Gabinete Ruy Barbosa completou 103 anos no dia 28 de abril


5

Do café à cultura e Miguel Brito Bastos, entre outros. Enfim, o Gabinete de Leitura de Jundiaí foi fundado em 28 de abril de 1908, pelos membros da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em reunião realizada num prédio na Rua do Rosário, 153, no centro da cidade. A biblioteca contava com 104 obras, em 184 volumes. Está registrada no jornal O Gabinete a frequência da população à biblioteca na época de lançamento. Apenas no primeiro mês, foram requisitados 75 títulos. O local possuía 17 folhetos informativos e assinava cinco jornais: dois locais e três de fora. Horário de funcionamento? Segunda a sexta, das 8 h às 20 h; sábado, das 8 h às 17 h; domingo, das 8 h às 12 h.

Som de Bem-te-vi O gorjeio que faz sucesso na cidade O músico Emerson Proença Marques, o Bem-te-vi, apelido que carrega desde a infância, entusiasma o público por onde se apresenta, seja no Boulevard Beco Fino, no Villa Pizza Bar, no Maxi Shopping. Bem-te-vi começou a tocar aos sete anos, por causa de seu avô Raimundo, que tocava viola e violão. “Já me envolvi com teatro e cinema, mas Deus quis que a minha vocação fosse a música” – diz sorridente. Bem-te-vi toca violino, violão, guitarra e piano e é fã de Chico Buarque, Milton Nascimento e Lô Borges. Mas suas apresentações chamam a atenção mesmo pelo som do violino e pelo repertório, que mescla canções brasileiras e internacionais. “Gosto de música brasileira, mas também gosto de música clássica e rock como Beatles, Led Zeppelin, entre outros” – explica. Integrante da Filarmônica

Leituras históricas O Gabinete aguarda o fim do trabalho de recuperação e catalogação, realizado por uma empresa terceirizada, para receber alguns livros de grande valor cultural, além de documentos históricos do início do século 20 – o acervo não está disponível devido a seu

estado de fragilidade e decomposição. Neste grupo de livros antigos encontram-se revistas de literatura francesas e peças de teatro (nacionais e internacionais) das décadas de 1910 e 1920 e diversos jornais de Jundiaí, de 1910 a 1960.

Os mais lidos

Douglas Yamagata

Com a expansão da produção de café no Brasil no fim do século 19, muitos europeus imigraram para trabalhar na lavoura de cidades paulistas, Jundiaí entre elas. O crescente volume de imigrantes fez com que a cultura deles se misturasse à cultura local. Em 1882, aos 14 anos, o educador José Feliciano de Oliveira propôs à Câmara Municipal a fundação de um gabinete de leitura para dar abertura à nova cultura que se desenvolvia entre as culturas europeia e brasileira. Ele conseguiu o apoio de quarenta sócios contribuintes, todos eles da elite econômica e intelectual da cidade – família Queiroz Telles, o Barão do Japi, Inácio Arruda

música

Bem-te-vi: alçando novos voos musicais

de Jundiaí, Bem-te-vi se diz satisfeito com a condução da Orquestra pelo maestro Jessé Araújo e pela professora Cecília Guida, pois eles têm ajudado em seu aprendizado, aprofundando seu conhecimento em teoria musical. Bem-te-vi agradece também aos amigos Evaldo e Eder, donos de uma loja de instrumentos musicais, que patrocinam seu trabalho, mas garante que a sua maior fonte de inspiração é a filha Nicole, de 7 anos.

Bem-te-vi acha que a região tem muitos músicos bons, mas talvez faltem “olheiros” de gravadoras que os levem aos estúdios. Ele questiona ainda o mercado fonográfico: “Apesar da melhora no mercado fonográfico, deveria haver mais atenção e mais incentivos aos artistas. Muitos bons artistas esperam uma oportunidade, mas o mercado privilegia os que não são tão bons assim” – conclui.

anuncie Aqui!

Os cinco livros mais procurados pelos sócios são: A Volta para Casa, de Bernhard Schlink; O Ouro de Sharpe, de Bernard Cornwell; Índio Vivo, de Julieta de Godoy Ladeira; Tempo para a Paz, de Mikhail Gorbachev; e Globalização: O que É Isso, Afinal?, de Cristina Strazzacappa e Valdir Montanari.

3241–0008 E-mail: jornalba@redebrasilatual.com.br

divulgação

Telefone: (11)

Uma nova comunicação para um

novo brasil

Rede


6 Aposentados

Farmácia Popular

Vivinhos da Silva

Remédio Mais Barato

O que fazer contra as fraudes

O que o governo federal faz para você pagar menos

chamado. Cada aposentado ou pensionista receberá, por meio do comprovante de pagamento, saldo ou extrato impresso no terminal da agência bancária, a convocação. Na apresentação, ele deve estar munido de documento com foto e comprovante de residência atualizado.

Um dominó, antes de provar que estão vivos

Superavitária!

Saúde não tem preço A campanha “Saúde Não Tem Preço”, lançada em fevereiro deste ano pela presidenta Dilma Roussef, tem o objetivo de disponibilizar, gratuitamente, remédios para o tratamento de pressão alta (hipertensão) e diabetes nas farmácias e drogarias credenciadas no programa Aqui Tem Farmácia Popular, inscritas na campanha Saúde Não Tem Preço. A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região, presidido por Edegar de Assis, 66 anos, possui a sua própria farmácia, a Farmácia dos Aposentados. “Ela atende a todos os seus associados e, no caso de alguém precisar de medicamentos gratuitos, ela serve

a qualquer pessoa” – diz o presidente. “É imprescindível apenas que o cliente possua receita médica, documento com foto e CPF. As receitas são válidas por 120 dias, exceto para anticoncepcionais, que tem validade de um ano. As receitas devem conter os itens obrigatórios – dados legíveis do médico (nome, CRM e assinatura), endereço do consultório, data da emissão, nome e endereço residencial do paciente” – completa. A farmacêutica Andreia Boiocchi, da Farmácia dos Aposentados, explica que o governo acabou com as fraudes praticadas por farmácias, que superfaturavam os preços dos remédios e recebiam mais dos cofres pú-

blicos, ao adotar uma tabela de preços dos medicamentos. O sistema antifraudes do governo se sofisticou. Acabou, por exemplo, a mamata de um sujeito chegar na farmácia, dar um número qualquer de CPF e sair levando um medicamento. “Desse jeito, muitas farmácias usavam números de CPF de laranjas e mantinham seus estoques sempre abastecidos, pagando menos pelo remédio que, depois, era vendido pelo preço de mercado. Assim, grandes redes foram descredenciadas” – conta Andreia. Havia também outro problema. Algumas farmácias afirmavam ao consumidor que o governo não fornecia determinado medicamento ou que ele estava em falta e empurravam um remédio similar mais caro. “Era o empurrômetro” – brinca Andreia, que acrescenta: “Agora o cliente pode saber com tranquilidade tudo que está à sua disposição, acessando o site www.saudenaotempreco.com”.

parado ao mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 33,9 milhões, houve aumento de 2.682%. No acumulado de janeiro e fevereiro, o saldo positivo soma R$ 2,0 bilhões.

Colaboração: Fé Juncal Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região – Rua XV de Novembro, 1336 – Jundiaí/SP CEP 13.201-305 – Telefone: 11–4586-1129 Atendimento: De Segunda a Sexta-feira, das 8 h às 16 h

O presidente da Associação dos Aposentados, Edegar de Assis

Douglas Yamagata

Em fevereiro, o saldo entre arrecadação e pagamento de benefícios dos trabalhadores do setor urbano da Previdência Social ficou positivo mais uma vez e registrou superávit de R$ 942,1 milhões. Com-

O programa atende a quem tem dificuldade de manter um tratamento médico por causa do alto preço dos remédios e geralmente não busca assistência do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Farmácia Popular é um programa do Governo Federal que tem o objetivo de ampliar o acesso da população aos remédios essenciais ao tratamento das doenças mais comuns no país.

Kauane Mello

Com o objetivo de evitar fraudes e pagamentos indevidos, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão convocados pelos bancos onde recebem o benefício para provar que estão vivos. Mas ninguém precisa comparecer à agência bancária sem ser

Endereço: Rua XV de Novembro, 1364 – Centro. Fone: 3379 3207 www.aapjr.org.br


7 Memória

sindicato dos Bancários

Passado de glória

Comemora 25 anos

Os tempos românticos do futebol

Nivaldo Beiseigel, o grande zagueiro Baitu, 65 anos, atuou no Paulista Futebol Clube entre os anos de 1966 e 1971. Aposentado, morador na Vila Liberdade, ele é casado com Maria Inês, tem quatro filhos e cinco netos. Escolhido pelo técnico Benoni Pires, em 1966, para jogar no time amador do Paulista, Baitu foi campeão da cidade, do interior e do Estado de São Paulo. Promovido a profissional, sagrou-se campeão da Segunda Divisão em 1968, no time do técnico Alfredinho. Na época, ele, ferroviário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, pediu licença sem vencimentos para atuar no Paulista. “Eram tempos difíceis, em que se jogava com amor à camisa” – diz. Baitu lembra que depois da histórica vitória sobre o Barretos, que garantiu a ascensão do Paulista à Divisão Especial, os jogadores pagaram uma promessa em Aparecida do Norte e voltaram à concentração em Jundiaí – que era no Restaurante

Douglas Yamagata

Baitu enfrenta o grande Dudu, do Palmeiras, e posa em dois retratos do Paulista

do Lazinho, no bairro Caxambu –, de onde, em carro aberto, saíram pelas ruas da cidade e eram saudados pela torcida. O pai, seu Roberto, sempre o incentivou a jogar. Mas havia muita discriminação na sociedade: “Os pais proibiam as filhas de namorar jogador de futebol. Diziam que era coisa de vagabundo” – lembra ele. Baitu enfrentou diversos times grandes e marcou muitos atacantes, entre os quais Pelé. “Ele driblava bem, tinha raciocínio rápido, um baita arranque e chutava com as duas pernas. Era impossível – diz Baitu sobre o melhor atacante de todos os tempos. Às vezes,

Baitu jogava de lateral improvisado. Ele se recorda da marcação que fez sobre o ponta direita Mané Maria, também do Santos: “Era difícil marcálo. Era muito rápido e habilidoso”. Baitu lembra de outros jogadores de difícil marcação, como Toninho Guerreiro (Santos) e César (Palmeiras). Baitu, que se inspirava no zagueiro Djalma Dias, do Palmeiras, que ele considera um dos melhores zagueiros da história, lembra que uma de suas melhores atuações foi num jogo em que o Santos venceu o Paulista, no Jaime Cintra, por 2 a 1, em março de 1969. Ao comparar o presente com o passado, Baitu diz que “Jundiaí, com a grande quantidade de empresas que tem, deveria dar mais atenção ao futebol profissional, tanto aos jogadores, quanto à estrutura dos clubes”. E deixa um recado aos jovens esportistas: para que sigam naquilo que acreditam e levem “o esporte a sério, sem vícios, com disciplina e responsabilidade”.

O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região completou 25 anos de existência no dia 25 de abril. A entidade foi fundada em 1986 por um grupo de bancários que se reuniu para criar a entidade de classe, apoiada pelo então presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Gushiken. Em dezembro de 1988, a Associação Profissional dos Bancários de Jundiaí transformou-se em Sindicato, desmembrando-se da base de São Paulo, passando a representar os bancários de Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco

da Rocha, Caieiras, Cajamar, Itupeva e Jarinu. O Sindicato ajudou a fundar a Federação dos Bancários da CUT (Fetec-SP), reconhecida em todo o país, esteve à frente das lutas da categoria e desempenhou papel importante nas grandes discussões da classe trabalhadora e da população.“O Sindicato, filiado à CUT, faz 25 anos com orgulho de sempre ter tido uma postura de defesa dos trabalhadores e de melhoria das condições de vida da população. Nosso compromisso é o de construir uma sociedade mais justa – diz o presidente do Sindicato, Paulo Santos Mendonça.

arquivo sindicato dos bancários

terceirotempo.ig.com.br

Entidade ajudou a fundar a Federação dos Bancários

A turma que fundou o Sindicato dos Bancários, em 1986


8 foto síntese –

palavras cruzadas palavras cruzadas

Trem

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1 2 3 4

sueli de oliveira silva

5 6 7 8 9

sudoku

1

9

5

2

3

11

2 8

6

9

3

8

4

12

6

Horizontal – 1. Relativo a panorama 2. Relativo a oráculo 3. Patente militar; Símbolo químico da prata 4. Facção criminosa do Rio de Janeiro (abrev.); Nome de ave semelhante a uma pomba pequena 5. Soube; 3,1416; Arquivo Nacional 6. Que tem dimensões avantajadas; Fundo Monetário Internacional 7. Alcoólicos Anônimos; Corpo vegetativo com células pouco diferenciadas, sem caule, raiz e folhas legítimas; A segunda vogal e a última letra do alfabeto 8. Dona da casa onde foi criado “Pelo Telefone”, samba de Donga e Mauro de Almeida; Partida 9. O mesmo que lhe; Que tem conhecimentos obtidos por leituras; Antigo Testamento 10. Adore; Bati asas 11. Mulher de idade madura cuja conduta é respeitável; Quatro, em algarismos romanos 12. Escola de Administração; Ação

3

5

1

7

6

4

1 7

O E A O M A O R I

I C R A O L A F M E I D A I I A T

O R G A N I Z A T I V O

Respostas

7

6

5

8

Palavras cruzadas

3

3

N O R A A C U L P I T A A D A E P A N D E T A L I A T A L I D E V O T R O N E A A

9

2

P A O R C A I L I G R A A C L E A M M A A

8

10

Vertical – 1. Chiqueiro; Sacerdote budista 2. Lavra; A virgem dos lábios de mel 3. Nariz; Estação de Tratamento de Esgotos 4. Situado no Ocidente; Símbolo do rádio 5. Rota, em espanhol; O caso de declinação que, em algumas línguas, exprime a relação de objeto indireto 6. Facção; Aumentativo de pelada 7. Indígena da Nova Zelândia; Organização dos Estados Americanos 8. Partir 9. Caminho de álamos; Magnetismo pessoal 10. Relativo à organização

9 6 5 4 2 3 7 8 1 2 3 1 9 7 8 4 6 5 8 7 4 1 6 5 9 2 3 7 1 2 8 5 9 6 3 4 3 5 8 6 4 2 1 9 7 6 4 9 7 3 1 2 5 8 5 2 7 3 1 6 8 4 9 1 9 6 5 8 4 3 7 2 4 8 3 2 9 7 5 1 6

Sudoku


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.