Jornal brasil atual bauru 01

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Jornal Regional de Bauru

jornal brasil atual

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bauru

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Gratuuiição ta

nº 01

saúde

Maio de 2014

mídia

saúde burocrática Mau atendimento é reflexo da falta de padronização e gestões compartilhadas

Democratização Central sindical lança campanha pela regulação do setor

Pág. 2

perfil

O jardineiro Manuel Lima cuida da centenária Praça Rui Barbosa há 28 anos

Pág. 6

copa do mundo segurança

Uma nova polícia para a democracia brasileira Sociedade debate mudanças no modelo autoritário, herdeiro da ditadura; PEC tramita no Senado Federal Pág. 4-5

Literatura Livro narra relação do futebol com a cultura popular brasileira

Pág. 7


Bauru

2 Mídia

CUT discute democratização

editorial Caro leitor, você tem em mãos o primeiro número do jornal Brasil Atual, edição de Bauru, cujo compromisso é o direito à informação. O nosso veículo de comunicação trará notícias do Brasil, do mundo e, é claro, reportagens sobre os problemas locais, de um ponto de vista dos interesses dos trabalhadores e da comunidade. Por isso, convidamos você a fazer parte deste projeto. Leia, discuta, opine, sugira, critique, ligue, envie cartas, mensagens por Facebook e Twitter , que publicaremos seu conteúdo e transformaremos as ideias em material jornalístico. Construa o Brasil Atual com a gente. O Brasil é a maior reserva de água doce do planeta. Rios das mais variadas extensões estão espalhados por todos os estados. No Nordeste, onde há seca, uma política de transposição de parte das águas do Rio São Francisco poderá levar ao desenvolvimento econômico regional, sendo o primeiro passo para acabar com a seca. Entretanto, é em São Paulo, o estado mais rico da nação, que o noticiário vai secando a boca e dando palpitações. A escassez de água nos reservatórios é consequência do mau gerenciamento do governo Alckmin (PSDB), que deveria ter criado 10 novas represas – assunto discutido há anos com técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA), agência reguladora dos recursos hídricos. Nada foi feito e o resultado é que em vez de #NÃOVAITERCOPA, #NÃOVAITERÁGUA.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) teve como tema das celebrações do dia 1º de Maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores, a democratização dos meios de comunicação: “Comunicação – O Desafio do Século. “Quando vejo a maioria da mídia atual criminalizando os movimentos sociais, percebo que se faz necessário mostrar e provar a existência do outro lado. A verdade dos fatos é outra! E nada melhor do que a criação de meios de comunicação em que também possamos disponibilizar uma informação dentro da realidade vivida, sem filtros. Estamos acostumados a repetir os conceitos passados por essa mídia e, agora, o nosso papel é elaborar uma política contrária e não permitir que a população

divulgação

1º de Maio marca lançamento da campanha pela regulação

continue sendo enganada”, explica Francisco Monteiro, o Chicão, diretor da Subsede regional de Bauru. A campanha é uma das bandeiras de luta da central sindical, que pretende ampliar o debate com a sociedade civil sobre a regulação da mídia no país, em especial os veículos que dependem de concessão

pública do governo federal para funcionar (estações de rádio e canais de televisão). “Comunicação é um direito e sem comunicação não se exerce democracia”, conclui Rosane Bertoti, secretária nacional de comunicação da CUT e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

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Bauru

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saúde

Estrutura burocrática do SUS dificulta atendimentos Novas UPAs escancaram modelos arcaicos dos PS; servidor denuncia reserva de vagas em hospitais mento prolongado. Existem, inclusive, áreas com vagas delimitadas no Hospital de Base e no Hospital Estadual, que não são disponibilizadas a todo público”, revela Ademar Aleixo, servidor estadual da Saúde.

rencia toda a parte financeira através da Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp). Tudo é controlado por eles: as vagas para internação são terceirizadas, e os exames de alta complexidade possuem agenda-

divulgação

O Sistema Único de Saúde (SUS) continua a ser um dos problemas da população bauruense. A estrutura de atendimento não é padronizada e tem, de um lado, os antigos Prontos-Socorros (PS) e, de outro, as novas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos bairros. O Pronto-Socorro Central, que fica no Hospital de Base, no Centro, é a cara dos velhos modelos: vive há décadas sem reformas e opera com equipamentos antigos. Já as quatro UPAs seguem um princípio descentralizado. As unidades entregues pelo governo federal na gestão do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha estão localizadas nos bairros: Mary Dota, Bela Vista, Geisel/Redentor e Vila Ipiranga. Desde então, o município passou a gerenciá-las,

Ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em inauguração da UPA Bela Vista, no dia 26/11/2011

com o apoio do governo estadual. “Eu passei mal em uma tarde de abril e mesmo possuindo plano de saúde optei por ir na UPA do bairro Mary Dota, ainda que ciente de toda a burocracia que iria enfrentar no sistema público. Porém, me surpreendi, pois o atendimento foi bem mais rápido do que eu

esperava”, conta Gilberto Truijo, advogado e morador da região central da cidade. Por outro lado, a Prefeitura não abandonou plenamente os PS e soltou editais para reformá-los. No entanto, a dificuldade maior está na gestão compartilhada com a administração paulista. “O governo do Estado ge-

Médicos e pacientes “O meu atendimento é demorado, porque trato as pessoas do jeito que gostaria de ser tratado. Examino com carinho, os escuto com calma e explico os procedimentos”, conta o médico cubano Francisco Piña, alocado para trabalhar com atenção básica em Itariri, na região do Vale do Ribeira, que leva em média 40 minutos para atender cada paciente.

Outro ponto problemático é a relação profissional de alguns médicos com os pacientes do SUS, que reclamam, principalmente, da falta de atenção durante as consultas. A chegada dos médicos estrangeiros, através do programa Mais Médicos, do governo federal, serviu para evidenciar essa lacuna. O exemplo dos profissionais cubanos, em especial, chama a atenção.

social

Redução da maioridade penal é debatida na Câmara Recentemente, o deputado estadual Campos Machado (PTB) lançou a campanha Redução da maioridade penal – Esse é o plebiscito que o Brasil quer, espalhando diversos outdoors pelo estado, inclusive em Bauru. Pensando nisso, o vereador Roque Ferreira (PT) promoveu um encontro na Câmara Municipal, no dia 25 de abril, que reuniu representantes de entidades dos movimentos sociais, sindicais, organizações go-

vernamentais e privadas, para discutir a ação de formadores de opinião e de setores da sociedade que defendem a redução da maioridade penal para 16 anos de idade. “Nossos jovens não necessitam de mais repressão e privação. Precisam de direitos fundamentais que lhes são negados. No momento em que nossos milhões de crianças e adolescentes, sem exceção, se encontrarem nas escolas com direito a esporte, saúde e lazer, com o Estado

divulgação

Vereador Roque Ferreira repudia repressão e privação como alternativas para a juventude se incumbindo de todas as tarefas sociais para o desenvolvimento sadio da juventude, a proposta de redução da maioridade penal não será mais que um amontoado de papéis, que lançaremos na lata do lixo da história recente”, justificou o vereador. Como resultado do encontro, criou-se um grupo de trabalho que irá promover seminários em toda a cidade, para ampliar o debate.


Bauru

4 segurança

Qual é o futuro das polícias brasileiras? Sociedade debate mudanças no paradigma autoritário que está em xeque

Fotógrafos ativistas

“Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar.” Desde as jornadas de junho, quando jovens (majoritariamente) saíram às ruas de todo o Brasil para barrar o reajuste das tarifas do transporte público e foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, é comum ouvir essa palavra de ordem nas manifestações, tangenciando as pautas originais. Em São Paulo, no primeiro grande ato de rua do ano (com aproximadamente 4.000 pes-

Por Enio Lourenço

soas) – que contestava a realização da Copa do Mundo no Brasil diante da remoção de comunidades nas redondezas dos estádios, da morte de operários e do poderio da FIFA no país –, o estoquista Fabrício Proteus Nunes, de 22 anos, foi alvejado no tórax e na virilha pelas balas de três policiais enquanto tentava fugir da manifestação novamente reprimida pela PM, após caos generalizado no Centro da capital paulista.

A redemocratização do país assegurou as liberdades democráticas, o restabelecimento dos partidos políticos, o direito à livre organização sindical, entre outras garantias. Porém, trouxe consigo uma polícia carregada de métodos autoritários, que se utiliza dos mesmos expedientes repressivos da ditadura civil-militar: chacinas, desaparecimento de pessoas, truculência, em suma, observa e trata o cidadão como um potencial inimigo.

A tensão e a revolta com a Polícia Militar não são exclusividade dos manifestantes de junho. Os movimentos sociais sempre denunciaram as ações irregulares da PM contra os trabalhadores e estudantes, com especial atenção às periferias dos grandes centros urbanos. Para o dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP), Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, o tratamento dado pela polícia aos movimentos sociais e aos pobres sempre foi coerente com o tratamento dado pelo Estado: “com violência”. “A PM não protege a sociedade, ela persegue as pessoas, ameaça, reprime”, explica. Muitas vezes o militante foi perseguido devido a suas atividades políticas. Além das ameaças de morte, Gegê chegou a ser preso em 2004, quando o Estado lhe imputou um homicídio em uma ocupação disputada por traficantes e trabalhadores

Há um acirramento de posições dentro das Polícias Militares quanto à desmilitarização da instituição. Segundo o tenente Cesário – que comanda 400 policiais no batalhão de área da região central de São Paulo – não existe consenso entre os praças (soldados e militares de baixa patente), que em sua maioria defendem internamente a desmilitarização, e o oficialato da PM paulista, contrário à proposta – tal divisão é própria do militarismo. “Eu perguntei para os homens que eu comando e vi que aproximadamente 70% são a favor da desmilitarização. A carreira única seria positiva para a sociedade. Seria muito melhor que o policial que chegasse a comandar a instituição tivesse passado por todas as posições. Sou favorável à unificação das Polícias (Civil e Militar), porque existe até um terrorismo interno na cultura militar.

sem-teto no Centro de São Paulo (em 2011, após quase oito anos de cárcere à espera de julgamento, Gegê foi inocentado por falta de provas). “Quando a laranja tá podre, não tem mais jeito. Não é uma aula de Direitos Humanos que vai mudar a PM. Para o policial, a farda é sinônimo de poder, não é apenas para ganhar o pão. Os caras assaltam e matam. O governador diz uma coisa e eles fazem outra”, conta Gegê, pouco crédulo em uma reforma das polícias: “Pode até amenizar [a violência policial] por um período, mas nos momentos críticos ela vai voltar às mesmas práticas de sempre”.

AAMEEP

Divergências internas nas PMs

enio lourenço

Movimentos sociais

As posições diferentes daquelas centralizadas sofrem sanções administrativas, como transferências. Eu mesmo fiquei quase um ano trabalhando a 650 km da capital, sendo que a minha esposa trabalha na cidade, porque tive divergências com o alto comando”, explica o oficial. Já o vereador paulistano e ex-capitão das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Roberval Conte Lopes se diz favorável à desmilitarização, mas não acredita nessa reforma. “Eu duvido que alguém tenha coragem de desmilitarizar a PM, porque é ela que é chamada para acabar com as inva-

sões dos alunos na Reitoria da USP, ou com as greves, como aquelas que o Lula fazia nos anos 70.” Para o policial reformado, contraditoriamente, a estrutura militar é a forma de manter a disciplina nos quartéis da polícia. “Se não for hierarquizada, qual é o policial que vai obedecer ao comando? Não funcionaria [a desmilitarização], porque se eles puderem decidir ninguém iria acordar cedo para fazer essas reintegrações. Os policiais têm que atender ao comando.” Conte Lopes ainda propõe a valorização da Rota (tropa de elite da PM paulista, conhecida por muitas execuções e pouco diálogo) como uma solução para a segurança pública. “É a única polícia em que eu confio no Brasil. E eu já falei para o governador que ele deveria ampliá-la e expandi-la para todo o Estado de São Paulo.”


Bauru

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Ao final de 2013, entidades promoveram a aula pública “Que polícia queremos?”, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Lá, o pesquisador Renato Sérgio de Lima, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lembrou que uma polícia forte é uma polícia diferente de violenta. “No Brasil, a estrutura autoritária da polícia não é herdeira apenas da ditadura militar. Desde o período colonial, a polícia está a serviço do Estado e não da sociedade.” A estrutura e a morosidade do Poder Judiciário, assim como as legislações criminais

enio lourenço

A reforma da polícia (para além da desmilitarização)

arcaicas, também agravam as arbitrariedades das polícias, como se observa na grande quantidade de presos provisórios à espera de um julgamento. “Existe um padrão operacional anacrônico. Com

base na Lei de Acesso à Informação, percebe-se que a polícia mata muito e morre muito. O evento “morte” é esperado pelo policial”, complementa. Lima acentua a urgência de o Congresso Nacional ampliar

litar tem por atribuição fazer o patrulhamento ostensivo, enquanto a Polícia Civil cuida da investigação. No entanto, as duas instituições pouco dialogam e apresentam divergências entre si. Uma das consequências é a incapacidade de resolução dos crimes. “Mais do que desmilitarizar a polícia, é preciso refundá-la. Nós temos o ciclo incompleto. Já temos a polícia civil, que não é militar, e está longe de ser eficiente. Prova disso é que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos por ela”, afirmou Carolina Ricardo, do Instituto Sou da Paz.

esse debate de forma menos corporativa. “Nas manifestações de junho, adotou-se [os governos e as polícias] táticas do exército para reprimir a população. Esse sistema é falido. As evidências também estão nas mortes dos jovens negros nas periferias. Debater segurança pública não é algo exclusivo das polícias. O debate político é diferente do debate técnico. É preciso gerar uma nova doutrina.” A existência de duas polícias (militar e civil) em cada Estado proporciona uma falha no trabalho da segurança pública, já que a Polícia Mi-

Proposta de Emenda à Constituição Nº 51/2013 Está em trâmite no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 51/2013, de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que prevê uma reforma profunda na segurança pública brasileira. A formação de polícias municipais, estaduais e federal

desmilitarizadas, de ciclo único (patrulhamento ostensivo e investigação); e a criação de ouvidorias externas e independentes são algumas das medidas. “Acreditamos oferecer uma solução de profunda reestruturação de nosso sistema de segurança pública, para a trans-

formação radical de nossas polícias. A partir da desmilitarização da Polícia Militar e da repactuação das responsabilidades federativas na área, bem como da garantia do ciclo policial completo e da exigência de carreira única por instituição policial, pretende-se criar condições para que a provisão

da segurança pública se dê de forma mais humanizada e mais isonômica em relação a todos os cidadãos, rompendo, assim, com o quadro dramático da segurança pública no País.”, justifica o documento. A PEC está na Comissão Temporária de Segurança, e vai seguir para a Comissão

de Constituição e Justiça do Senado. A expectativa da assessoria do senador Lindbergh é que a matéria vá ao plenário ainda neste ano. Caso seja aprovada, a União, os Estados e os Municípios têm até seis anos para fazer a readequação ao novo modelo.

O professor de Gestão de Políticas Públicas da USP Pablo Ortellado acredita que o contexto das manifestações contra a realização da Copa do Mundo é propício para dar início à transformação das polícias brasileiras. “Para esses protestos, não há mais demandas atendíveis, pois as remoções, a Lei da Copa e os estádios já foram feitos. Mas uma reforma da polícia pode mitigar o antagonismo crescente entre manifestantes e governos.”

Para o acadêmico – que enfatiza não ser especialista em segurança pública –, algumas providências podem ser tomadas imediatamente: acabar com os “autos de resistência”, expressão usada nos boletins de ocorrência após mortes ou lesões em decorrência da intervenção policial; a criação de corregedorias com o controle da sociedade civil; a regulamentação das armas menos letais (bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, spray de pimenta) por meio de um protocolo disci-

Bruno Terribas

Protestos contra a Copa podem impulsionar mudanças

plinar do governo federal, que oriente as polícias estaduais. “Não houve reação por parte da presidenta Dilma Rousseff (PT) ou dos governadores

Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB) a essa reivindicação, que aparecia como transversal em junho. Atendê-la sinalizaria boa von-

tade por parte dos governos, uma nova disposição em tratar os movimentos sociais e da periferia, que sempre denunciaram o genocídio dos jovens negros e pobres. Representaria o diálogo”, disse Ortellado. E complementa: “Mas isso também implicaria o governo arriscar seu único instrumento de garantia da ordem: uma polícia violenta e assassina”. Em 2014, uma reposta a esse imbróglio deve começar a ser esboçada.


Bauru

6 Perfil

Manuel Lima cuida da Praça Rui Barbosa há 28 anos Manuel Eduardo Lima é jardineiro profissional e há 28 anos trabalha na Divisão de Praças e Jardins da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Por obrigação do ofício, o morador do bairro Redentor vive de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Praça Rui Barbosa (que completou 100 anos no dia 12 de abril), no Centro. Cortar e aparar as folhas, os galhos, a grama, fazer podas, varreduras são algumas das ta-

divulgação

Jardineiro relembra um pouco da história da nossa centenária e faz alertas para melhorias

refas do principal mantenedor desse nosso cartão postal.

Na Pça. Rui Barbosa, Manuel encanta-se com a beleza

dos encontros dos bauruenses, assim como também precisa encarar as mazelas do tráfico de drogas. Mas sua maior reclamação, entretanto, é outra e inerente a todos. “O lixo jogado no chão é o maior problema, algo incessante, contínuo”, explica. No passado, o jardineiro conviveu com outro modelo de praça, que era mais florida, diferente da atual, com mais espaços de concreto. “Ambas têm seu valor. Esta é mais fá-

cil de trabalhar. A outra era mais bonita. Saudade mesmo eu tenho dos tempos quando ocorriam as inesquecíveis apresentações musicais do radialista Walter Neto.” Manuel faz uma última ressalva mas para todos os bauruenses: “Conheço todo tipo de gente que circula por aqui. Particularmente, ninguém me causa problemas. Mas a Praça Rui Barbosa ficaria melhor com mais segurança”.

Habitacão

Dilma inaugura 944 apartamentos em Bauru No dia 25 de março, a presidenta Dilma Rousseff (PT) esteve em Bauru para a entrega de 944 unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Os residenciais inaugurados estão na Vila Nova Esperança e na região do Bauru XVI. Durante o cerimonial, a presidenta fez questão de destacar o fator social do programa e a elevação da autoestima para os trabalhadores que aderiram ao Minha Casa Minha Vida: “Você morador não tem que prestar contas a ninguém.

Agora, você tem uma casa digna para morar. Entre nela de pescoço levantado. Você agora tem uma casa só sua.” A vice-prefeita e coordenadora do Minha Casa Minha Vida em Bauru, Estela Almagro (PT), acompanhou a presidenta enquanto esteve na cidade e comentou o desenvolvimento do programa. “Na primeira fase, foram entregues 1.816 unidades residenciais. Na segunda, mais 1.520. E ainda existem outras 5.000 unidades em construção, que deverão ser sorteadas até 2015.”

Segundo Estela, as regiões do Nova Esperança, Bauru XVI, Colina Verde, Vila São Sebastião, Mary Dota, Parque Roosevelt, Nove de Julho, Rasi e no alto da Rodovia Castelo Branco, na saída para Piratininga, foram contempladas e já possuem edificações construídas. Para o ativista cultural Wander Florêncio, o novo lar mudou o rumo de sua vida. “Tudo mudou! Eu saí de uma situação não muito boa, para uma em que minha família e eu passamos a ter orgulho pela nossa nova condição. Foi algo

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Presidenta falou da autoestima do Minha Casa Minha Vida; Mais 5.000 unidades devem sair até 2015

ótimo para todos nós.” O programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, oferece o financiamento de moradias populares a famílias com renda de até R$ 1.600,

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com prestações de R$ 25 a R$ 50 ao mês (comprometendo cerca de 5% da renda familiar). O beneficiário tem até 10 anos para quitar o financiamento.

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Esporte

Noroeste cai para a quarta divisão do futebol paulista

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Segunda queda consecutiva faz com que Bauru só volte ao futebol profissional em abril 2015 No dia 13 de abril, o Noroeste fez a sua última apresentação pela Série A3 (Terceira Divisão) do Campeonato Paulista de 2014. A derrota por 3x1 para o Votuporanguense foi testemunhada por 43 pagantes no Estádio Alfredo de Castilho. Com o rebaixamento já anunciado na penúltima roda-

misso do time profissional em jogos de campeonatos da Federação Paulista de Futebol (FPF) será somente em abril de 2015. Até lá, apenas a garotada das divisões de base estarão em campo. Para quem não abre mão de ir ao estádio, os campeonatos amadores iniciaram a temporada em abril.

da, o Norusca acumulou a sua segunda queda consecutiva no Campeonato Paulista. O saldo do escrete noroestino na A3 foi a 19ª colocação, tendo marcado apenas 13 pontos (três vitórias, quatro empates e 12 derrotas). Foram 22 gols marcados e 40 sofridos. Agora, o próximo compro-

Copa do Mundo

Livro infanto-juvenil discute futebol e cultura brasileira

Juca ama futebol, mas não é aceito no time de sua escola porque, dizem, não joga bem. Ao ver o menino triste, seu tio sugere que ele crie sua própria equipe e assim Juca espalha e-mails para o Brasil todo em busca de jogadores mirins vindos de 12 cidades brasileiras. A escolha vai além do futebol:

“O bom jogador precisa ter também conhecimento, cultura e ser comprometido com o seu país e com a cidade onde mora”, explica Juca. Assim começa a história do livro infanto-juvenil Jovens Craques do Brasil Futebol Clube, de Nereide Schilaro Santa Rosa (Editora Leitura & Arte, 48 páginas). “A minha intenção foi aproveitar o interesse do momento, a Copa do Mundo, agregando outros valores ao texto. Eu falo da cultura de cada local, aproveitando as cidades-sedes da Copa. Criei uma ficção e linquei com as culturas regionais e as modalidades de futebol vindas de cada região. Assim, eu consigo fazer com que o leitor aprenda mais sobre o futebol, se interesse pela história dos personagens e também aprenda um pouco da cultura regional do Brasil”, afirma Nereide.

Depois de receber muitos e-mails do Brasil todo, Juca finalmente escolhe seu time, que deve disputar contra a equipe de sua escola no último dia de aula. São 11 jogadores e um reserva. Pedro mora em Manaus e na mensagem conta sobre a festa do boi e a antiga tradição de usar tripa desse animal para confeccionar bolas de futebol. Iracema, de Fortaleza, é a única menina do time e fala sobre o romance de seu conterrâneo José de Alencar e a história do futebol feminino no Brasil. Tem também o Zé Frevo, o arretado de Pernambuco, que conta sobre a semelhança dos movimentos da dança típica de seu estado com os dribles do craque Mané Garrincha. Severino, o Ilauê, mestre da Bahia, escreve sobre como as técnicas da capoeira ajudam na defesa do gol.

Entre os jogadores também estão Watu, o xavante de Mato Grosso; o potiguar Luca, que joga bola em um campinho de várzea; o mineirinho Telé, de Belo Horizonte; o curitibano Vini, craque de futebol society; Davi, neto de um trabalhador que construiu Brasília; o artilheiro gaúcho Miguel; e o carioquíssimo Paulinho, expert em futebol de areia. Juca é ao mesmo tempo o técnico e o reserva. A intenção de Nereide era mesclar ficção com história e cultura para

divulgação

divulgação

Obra Jovens Craques do Brasil Futebol Clube explora regionalismos das 12 sedes do mundial atrair a atenção dos jovens leitores. O que sobressai na obra vai além do futebol-espetáculo que movimenta milhões. “Foi fantástico descobrir a relação do movimento corporal com o futebol. O que o Mané Garrincha fazia para driblar foi relacionado na época com o movimento de ir e vir do frevo. Tem ainda a relação entre a capoeira e o movimento do goleiro. Também me preocupei em falar do futebol feminino, dos jogos indígenas, que são movimentos e tradições importantes para nós. Não queria ficar só no jogo principal e nos jogadores que ganham muito dinheiro. Queria falar sobre o jogo de várzea e o futebol de areia”, completa a autora premiada diversas vezes pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e vencedora do Prêmio Jabuti de 2004.


Bauru

8 foto síntese – VIADUTO INACABADO NO CENTRO

Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Apresentação documentada do emprego de verbas destinadas a determinado fim Os próprios recursos (pop.)

© Revistas COQUETEL

“O (?) do Garoto de Ouro”, livro juvenil

Máquina usada na fundação de prédios

Salubres; Instalação terrestre a higiênicas partir da qual aviões militares operam Moeda, em inglês Relativo ao judeu

Meio (?) meio cá: indeciso

Transferida (de cargo, em uma empresa)

Recurso fotográfico de smartphones

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

© Revistas COQUETEL

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Recurso fotográfico de smartphones

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Período Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e estipulado para o horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). sudoku perdão Mesmo;

Prática da fã que visita o hotel do artista

inclusive Recipiente de sorvete

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Status da participante do reality show “Mulheres Ricas” (TV)

Prática da fã que visita o hotel do artista

3 6 7 4 5 9 8 4 5 9 1 2 5 2 3 4 Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. 7 8algarismos não podem 6 se repetir nas linhas verticais e Os horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). 61 7 4 5 9 8 3 5 6 91 4 32 1 8 7

Reflexão Supressão sonora de termo em um Prato Pesquisa enunciado mexicano exposta em Preencha os espaços vazios com Macaco, algarismos de 1 a 9. feiras de Evanildo inovação em inglês Bechara, Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e gramático Camarões Função do brasileiro (sigla) horizontais, nem nos quadradoscalmante menores (3x3).

Erguer; levantar

Camareira

Local da louça suja Gálio (símbolo)

D I

S A D I A S

C O I N

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S E M I T A

B A R A T O B A S E A E R E A

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5 1 9 6 8 3 4 2 7

2 3 4 9 5 7 1 6 8

8 6 7 4 1 2 5 9 3

3 7 1 5 2 9 8 4 6

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6 5 8 7 3 4 9 1 2

4 9 6 3 7 5 2 8 1

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7 2 3 8 9 1 6 5 4

Solução

102

Solução

PO

102

À (?): sem rumo ou direção

B A T E E S T A C A

9 BANCO 8 5 Solução 1 2 2 3 4 8 6 3 9 4 3 1 8 7 S D A C A I D O R I I R A N C E S A PO M A L I T E O B E R C O A A P E D E L U A I Ç AI P F A S P O E S

8 6 7 4 1 2 5 9 3

3 7 1 5 2 9 8 4 6

9 4 2 1 6 8 7 3 5

6 5 8 7 3 4 9 1 2

4 2 7 9 6 3 7 5 2 8 1 5 1 9 6 8 3 4

619 883 5 2 4 6 3 7 9 2 3 4 9 5 7 1

8 6 7 4 1 2 5

74 26 3 8 9 1 6 5 4 3 7 1 5 2 9 8

Solução

Forma de produção do assobio

7 4 5 R B A T A P E T T E O L E A S O T C I A E S C T A A M G O S S E A D R R A O P R

2 3 4 9 5 7 1 6 8

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1 8 5 2 4 6 3 7 9

7 2 3 8 9 1 6 5 4

Solução

Local da louça suja Gálio (símbolo)

Francisco Otaviano, poeta e jornalista

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C Ã S O D E C J O N T G A S

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5 1 9 6 8 3 4 2 7

5 7 1 6

Camareira Ricardo Pereira, ator português

R E A L O C A D A

À (?): sem rumo ou direção

Erguer; levantar

R PR A T R E P E S T T O L AÇ A C O S C I E S T A M G O S

Francisco Otaviano, poeta e jornalista

Mar, em inglês Armação de óculos

J

Ricardo Pereira, ator português

Evanildo Bechara, gramático brasileiro

B A S A R E S M E C I A A T E M A R E E R T A A I E B U T A Ç A R G A P E T S M O

3 © Revistas COQUETEL 4 9 5 2 3 4 3 6 7 8 6 1 3 4 6 9 4 3 1 8 7 9

3/ape — sea. 4/ases — coin. 5/rapto. 6/istmos — semita. 9/socialite. 11/prata da casa.

BANCO

Mar, em inglês Armação de óculos

Macaco, em inglês Função do calmante

O preço do produto em liquidação

I T B E O P E E L I AI P S E

Forma de produção do assobio

“Mortal Kombat” e “The King of Fighters” Recipientes plásticos recicláveis

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© Revistas COQUETEL

“Mortal Kombat” e “The King of Fighters” Recipientes plásticos recicláveis

O preço do produto em liquidação

Pesquisa exposta em feiras de inovação Camarões (sigla)

Supressão de termo em um enunciado

3/ape — sea. 4/ases — coin. 5/rapto. 6/istmos — semita. 9/socialite. 11/prata da casa.

Status da participante do reality show “Mulheres Ricas” (TV)

Reflexão sonora Prato mexicano

A

Plantação frutífera Pesquisa televisiva

penínsulas ao continente

F O

© Revistas COQUETEL Ligam

Plantação frutífera Pesquisa televisiva

Ligam penínsulas ao continente

S E D A R

Deuses nórdicos (Mit.)

dos não pontuais Cachorro

Mesmo; inclusive Recipiente de sorvete

Deuses nórdicos (Mit.)

R P

Transferida (de cargo, em uma empresa)

Meio (?) meio cá: indeciso

Período estipulado para o perdão dos não pontuais Cachorro

A R O

Equipamentos que expandem o sinal wi-fi

Equipamentos que expandem o sinal wi-fi

Salubres; Instalação terrestre a higiênicas partir da qual aviões militares operam Moeda, em inglês Relativo ao judeu

Máquina usada na fundação de prédios

à O D E C O N T A S

“O (?) do Garoto de Ouro”, livro juvenil

Apresentação documentada do emprego de verbas destinadas a determinado fim Os próprios recursos (pop.)

G

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