Jornal brasil atual itariri 17

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Jornal Regional de Itariri

jornal brasil atual

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Itariri

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Gratuuiição ta

nº 17

sustentabilidade

criatividade

Empreendedores reaproveitam lixo orgânico dos bananais e geram emprego

Março de 2014

dengue

combate Primeiro bimestre apresenta 80% de redução dos casos

Pág. 2

saúde

Mais médicos Ministro defende legalidade da contratação de médicos cubanos

Pág. 5

trabalho cidade

Chuvas provocam estragos no município Itariri ainda aguarda verbas dos governos estadual e federal para reconstrução de pontes, ruas e tubulações Pág. 4-5

artesanato Grupo de mulheres resgata tradição do artesanato em taboa

Pág. 7


Itariri

2 dengue

Menor incidência em 2014

editorial Jornalistas são obrigados a ler, ouvir e assistir a quase todos os jornais. E tem cada coisa que dá muito nojo. Recentemente, Lula esteve na Itália para divulgar o Brasil entre empresários e governo. O ex-presidente deu uma entrevista para o jornal La Repubblica, que teve a manchete reproduzida pela Folha de S.Paulo: “Para nós, a defesa do emprego é mais importante que a inflação”. O Instituto Lula liberou o áudio da entrevista e mostrou que Lula disse que “é importante combater a inflação com o crescimento do emprego”. Coisas bem diferentes do que publicaram os jornais. A Folha deu uma nota de retratação pequena em página interna, sendo que a manchete errada saiu na primeira página. Fica aí o dito pelo não dito. O que o jornal paulista não falou é que essa tese é de um tucano de alta plumagem: Yoshiaki Nakano, ex-secretário de Finanças do governo paulista de Mário Covas. Trata-se de um terrorismo: um perde o emprego, outros veem a demissão, ficam com medo e param de comprar. Assim, para os economistas, isso seguraria o ritmo das vendas e a inflação. Já a revista Veja publicou uma reportagem sobre a vida dos presos do mensalão no presídio da Papuda e forjou a imagem de “boa vida” dos presidiários: Zé Dirceu teria montado uma biblioteca; Delúbio Soares estaria sempre a contar piadas e a rir; e eram vistos restos de lanches do McDonald’s. Mais grotesca é a acusação de que José Genoíno parou de tomar medicamentos para ir à prisão domiciliar. Algum leitor acredita mesmo que um cardíaco faria isso correndo o risco de morrer? É até capaz daquele seu amigo leitor da velha mídia repetir esses “equívocos”. Agora, o nosso leitor pode entender porque esses veículos dão mesmo nojo.

Os casos de dengue registrados no Brasil no primeiro bimestre deste ano caíram 80% em relação ao mesmo período do ano passado: foram 87.136 casos em janeiro e fevereiro de 2014, contra 427.000 nos dois primeiros meses de 2013, segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), divulgado no dia 18 de março pelo Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, também houve queda das ocorrências graves da doença (84%) e mortes (95%). Participaram do levantamento deste ano 1.459 municípios – 48% a mais do que em 2013. Todas as regiões do país reduziram o número de casos de dengue no primeiro bimestre deste ano. A Região Sudeste obteve a maior queda, passando de 323,5 mil casos para 36,9 mil. Em segundo lugar vem o Centro-Oeste, que reduziu de 122,8 mil para 28,2 mil. O Nordeste registrou queda de 29,6 mil para 7,9 mil;

divulgação

Primeiro bimestre tem redução de 80% dos casos

o Norte, de 22,3 mil para 6,9 mil; e o Sul, de 20,3 mil para 6,9 mil casos. “Os resultados não nos permitem comemoração. Estamos no meio da temporada, apenas finalizando o verão”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, à Agência Brasil. A estimativa é que 90% dos casos de dengue no país ocorram entre janeiro e maio. Segundo o levantamento, dez estados brasileiros concentram 86% dos casos de dengue: Goiás (22.850), São Paulo (16.147), Minas Gerais (14.089), Paraná (6.851), Espírito Santo (4.093), Rio de Janeiro (2.608), Mato Grosso

(2.208), Tocantins (2.122), Ceará (2.082) e Amazonas (1.991). As cidades com maior recorrência são as goianas Goiânia, com 6.089; Luziânia, 2.888, e Aparecida de Goiânia, 1.838; além das paulistas Campinas, com 1.739, e Americana, com 1.692. Belo Horizonte teve 1.647; Maringá (PR), 1.540; São Paulo, 1.536; Brasília, 1.483, e Campo Belo (MG), 1.410. Ao todo, 321 municípios estão em situação de risco, 725 em situação de alerta e 413 em situação satisfatória. O percentual de cidades em risco chega a 22% do total. Em 2013, era 27% (com informações da Agência Brasil).

Expediente Rede Brasil Atual – Itariri Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Secretário de Redação Enio Lourenço Redação Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2820 Tiragem: 5 mil exemplares Distribuição Gratuita


Itariri

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sustentabilidade

Empreendedores reaproveitam lixo orgânico dos bananais Troncos de bananeira viram papel biodegradável, revestimento de parede e itens de decoração

lauany rosa

O plantio da banana é a principal cultura agrícola da região do Vale do Ribeira e está presente na maioria dos municípios. Em Itariri, os bananais adquiriram uma nova funcionalidade e transformaram-se, também, em matéria-prima de materiais sustentáveis. A iniciativa empreendedora partiu da Tamoios Tecnologia e Consultoria, que passou a utilizar o tronco da bananeira (outrora descartado) para processar as fibras extraídas do pseudocaule. Em outubro de 2013, um centro de desenvolvimento de produtos foi inaugurado pela empresa no distrito de Ana Dias. E tudo só foi possível graças a uma parceria da Tamoios

com Genilda de Moraes, a microempresária, sócia e gerente de produção que auxilia a empresa no aprimoramento e desenvolvimento de pesquisas na área biotecnológica desde 2009. A variedade dos produtos vai desde itens de decoração, revestimento e isolamento acústico de paredes, polpa moldada para embalagens, calços de proteção para transporte de mercadorias, até mantas de reflorestamento e papel e plástico biodegradável. “Nossa ideia é substituir o plástico e o isopor. Nosso material é biodegradável e mais resistente, além de ter as vantagens sustentáveis”, afirma Genilda.

Geração de empregos

Há 18 anos, Genilda de Morais participou de cursos oferecidos pela Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (USP) e viu no lixo orgânico dos bananais a oportunidade de ganhar dinheiro. O reaproveitamento do pseudocaule da bananeira para a retirada da fibra – com a qual é possível fazer peças de artesanato, tecelagem, cestos e papel – serviu como base de sua pesquisa na USP, possibilitando a criação de uma pequena empresa. A Fibra Mais Itariri foi montada para vender os papéis produzidos desta nova matriz: cadernos, blocos de anotação, agendas.

Para se ter uma ideia da reutilização do lixo orgânico, cada tronco de bananeira produz de cinco a sete capas de caderno. Atualmente, a Tamoios compra uma média de 90 pseudocaules por semana, mas deve expandir essa quantidade para 300 caules. “Com o tempo, nossa intenção é montar uma associação para que os pequenos produtores de banana possam vender os troncos e gerar mais renda”, conta Genilda. Segundo a empresária, o aumento na compra de matéria-prima é reflexo da aceitação do material

lauany rosa

As pesquisas e a empresa

“Eu vendia os papéis que fabricava e ao mesmo tempo realizava misturas de materiais para tentar desenvolver novas coisas. O que dava certo eu apresentava na USP e trocava experiências. Um dia as minhas pesquisas ficaram tão avançadas que fui chamada para ministrar cursos”, lembra Genilda. Rafael Tannus, sócio-diretor da Tamoios Tecnologia e Consultoria, tomou conheci-

mento do trabalho da pesquisadora e resolveu procurá-la: “Ele propôs que eu testasse e desenvolvesse materiais sustentáveis para a Tamoios. Trabalhamos juntos em pesquisas por três anos até decidirmos fundir as duas companhias e abrir uma nova unidade, com laboratório de testes e fábrica de produtos sustentáveis em Itariri”, explica a empresária.

no mercado. Os principais clientes da Tamoios são o Canadá e a Alemanha. “Percebemos que no exterior eles dão mais valor ao que é sustentável. Mas aos poucos estamos entrando no mercado nacional.” Com o crescimento da Tamoios, os sócios já planejam inaugurar outra unidade no bairro Raposo Tavares até o final de 2015. “A empresa está em fase de expansão. Nossa meta é colocar dois turnos de trabalhadores em cada unidade. Além da geração de empregos, também vamos proporcionar desenvolvimento local”, conclui Genilda.


Itariri

4 cidade

Chuvas de fevereiro causaram destruição e perdas As chuvas intensas do mês de fevereiro causaram desabamento de pontes, inundações nas ruas e estradas, rompimento de tubulações, desmoronamento de encostas e erosões do solo em praticamente todos os bairros de Itariri. O índice pluviométrico marcou 70 milímetros e elevou o nível das águas dos rios do Azeite e Itariri. Como consequência maior, três famílias (nove pessoas) perderam as suas casas e pertences. Outras pessoas também ficaram ilha-

das durante os dias de tempestade, o que obrigou a prefeita Rejane Silva (PP) a decretar situação de emergência, visando ajuda dos governos federal e estadual para recuperação do município. A ponte de madeira do bairro Portão Preto e as duas pontes pênseis, da Igrejinha e Laranja Azeda, revitalizadas em junho de 2013, cederam e foram levadas pela correnteza do rio. No bairro Rio das Pedras, próximo a Estrada da Anta Gorda, a enxurrada levou uma

divulgação

Prefeita decretou situação de emergência e Itariri espera verba do Estado e da União para reconstrução

pequena ponte, que servia para a passagem de veículos e pedestres.

As estradas do bairro Novo Mundo e Ramal do Araribá estão com grandes erosões e

desníveis, que impossibilitam a passagem dos veículos. Segundo a diretora municipal de Obras e Urbanismo, Vilma Alves Silva, a Prefeitura está orçando os valores dos materiais necessários para reconstrução das pontes, troca de tubulações e cascalho das ruas, para enviar ao governo estadual e federal. “Estamos pleiteando essa verba e esperamos uma resposta até o início de abril. Não sabemos se vamos conseguir, mas estamos torcendo para isso.”

Construída há 77 anos, a ponte pênsil da Igrejinha, conhecida como ponte da Amizade, é um dos principais cartões-postais da cidade. Ela liga o bairro ao Centro. Em março de 2013, ela desabou pela primeira vez, sendo reconstruída em junho. A ponte pênsil do Laranja Azeda também foi inaugurada em junho. Embora ambas possuíssem estrutura de concreto, com revestimento de cabos de aço e madeira, as duas caíram nas chuvas torrenciais de fevereiro deste ano. Segundo o engenheiro de obras da Prefeitura Roberto Horácio Ferreira, responsável pela supervisão da construção das duas pontes, elas caíram devido à forte pressão da água. “Mesmo as pontes sendo novas, o rio

A Defesa Civil de Itariri solicitou ao governo federal a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para que a população afetada pelas chuvas possa reconstruir suas casas e repor os danos das chuvas. O governo estadual e o governo federal homologaram a situação de emergência decretada pela prefeita Rejane Silva, mas a liberação do FGTS ainda está em trâmite na Caixa Econômica Federal. Segundo a diretora de Meio Ambiente e Defesa Civil Ana Rosa Tamasiro, a resposta deve ocorrer entre o final de março e o início de abril. “Assim que a Caixa liberar os valores, a população que se encontra nos bairros afetados pelas chuvas poderá utilizar o dinheiro para reconstruir suas casas”, afirmou.

subiu acima do normal. As telas de proteção retiveram toda a sujeira que veio com a enxurrada. E como a pressão foi muito grande, os cabos de aço não aguentaram e forçaram o suporte de fixação.” Apesar do desastre, Ferreira defende que o engenheiro da empreiteira Osvaldo José Massarente NE não cometeu

erros de cálculo. “A ponte foi feita oito metros acima do rio. O problema foi o nível da água ter atingindo grande altura”, diz. O engenheiro explica que para não acontecer o mesmo com as próximas pontes, a construção deverá ocorrer em um ponto mais alto ou acima do nível do solo.

divulgação

Liberação do FGTS

lauany rosa

As pontes pênseis caíram

Caso seja liberado, o benefício poderá ser utilizado pelos moradores dos bairros Centro, Aribá, Salto, Estrada Ramal do Aribá, Igrejinha, Anta Gorda, Portão Preto, Guanhanhã, Rio Calmo, Três Barras, Bom Jardim, Areado, Mundo Novo, Paraguai, Jardim Comendador, Laranja Azeda, Boa Vista, Fazenda Caribó, Distrito Ana Dias, Taquarussu e Parque Três Meninos.


Itariri

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saúde

Médicos cubanos em debate No dia 19 de março, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu o modelo de contratação dos profissionais cubanos que participam do programa Mais Médicos em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados. “Os funcionários públicos do Estado cubano são pagos diretamente pelo governo deles. É assim em qualquer país e esta contratação, via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é perfeitamente legal com base em leis aprovadas pelo Congresso Nacional”, disse. O ministro lembrou que as vagas ocupadas por cuba-

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Ministro da Saúde defende legalidade da contratação

nos foram oferecidas antes a profissionais brasileiros. “Os 11.361 médicos cubanos foram para os mais de 3.000 municípios onde nem os profissionais brasileiros, nem os médicos dos demais países tiveram interesse de ir”, afirmou. Pouco mais de 700 mu-

nicípios não tinham nenhum médico antes do início do programa. Chioro, que participou de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para falar sobre o regime de contratação dos médicos cubanos, entregou ao presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), uma cópia do termo de cooperação entre Brasil e Cuba. Até então, parlamentares se queixavam da falta de informações sobre a contratação de médicos cubanos. Segundo balanço do Ministério da Saúde, apenas sete

profissionais de Cuba saíram do programa. Entre os brasileiros o número chega a 79, frente a 1.241. “Tivemos apenas 0,09% de desistência entre os cubanos”, comemorou. Ele lembrou que a remuneração desses profissionais será reajustada para R$ 3 mil. A diferença em relação ao salário integral do programa, de R$ 10 mil, é repassada diretamente para o governo de Cuba, que divide parte para a família do profissional e parte para financiar a formação de novos médicos no sistema de saúde, 100% público e gratuito. O deputado Ronaldo Caia-

do (DEM-GO), um dos principais críticos do Mais Médicos, afirmou que a França e o Chile contratam os cubanos diretamente, sem utilizar uma entidade intermediária. “A própria Opas assumiu que o programa nos moldes do realizado no Brasil é inédito.” O parlamentar ainda criticou a falta de infraestrutura. “Entre o papel e a prática existe uma diferença enorme. Pelos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), vocês construíram apenas 52% das unidades de saúde previstas para o ano passado”, afirmou.

bora para a reforma do aprendizado da medicina no país. “A integração ensino-serviço estabelece que o aprendiz deve se vincular a uma realidade sanitária.” Quanto aos estrangeiros,

o ministro lembrou que eles são obrigados a estudar língua portuguesa, política de saúde no Brasil, organização do sistema de saúde e da atenção à saúde, vigilância e as doenças mais comuns em cada região

brasileira. “Não estamos ensinando português, mas o português instrumental para a área, como um brasileiro que vai estudar no exterior precisa saber um inglês instrumental”, comparou.

Democracia e estudo Entre as experiências bem-sucedidas do programa estão os municípios de Cáceres (MT), que conseguiu pela primeira vez montar uma equipe de saúde da família, e Boa Vista (RR), que

ampliou consideravelmente o atendimento à população, segundo o ministro. “O Mais Médicos democratiza a distribuição da saúde”, comentou Chioro. Ele avaliou que o programa cola-

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6 turismo

Mudanças no setor atraem mais visitantes ao município O número de turistas tem aumentado consideravelmente em Itariri. Com o tema “Itariri parada certa 2014”, o número de visitantes dobrou desde o ano passado. Entre dezembro e fevereiro, cerca de 7.000 veículos vieram ao município nos finais de semana, e pela primeira vez a cidade teve trânsito de automóveis de mais de duas horas para chegar ao bairro da Igrejinha, onde estão localizados os principais pontos turísticos do município. O crescimento é resultado dos projetos e campanhas da Prefeitura e dos comerciantes, como a capacitação de monitores através de cursos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

lauany rosa

No pico do verão, cerca de 7.000 carros chegaram a Itariri por final de semana

(Sebrae), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, e da Polícia Militar. “A cidade ainda não está preparada para se tornar uma estância turística, mas os números mostram que estamos no caminho certo e que precisamos melhorar a infraestrutura mu-

nicipal”, afirma Felipe Júnior, chefe da Divisão de Turismo. A instalação de placas de trânsito na estrada do Rio do Azeite para melhorar o fluxo dos automóveis – com orientação dos locais onde se pode ou não parar e estacionar – é uma das novidades na organização do

turismo local. Cinco carros da Polícia Militar fizeram ronda na região para autuar os infratores. Outra novidade é a tenda de informações no Igrejinha, onde funcionários orientam sobre os cuidados com o meio ambiente. O comerciante Antônio Batista de Oliveira, de

Por Lauany Rosa

57 anos, conhecido como Toni, conta que os turistas notaram as melhorias feitas no bairro. “Eles elogiaram a presença de placas de sinalização e policiamento. A maioria viu que o local está mais limpo e se sente mais segura.” Toni participa ativamente dos projetos de desenvolvimento do turismo municipal e integra o Conselho Municipal de Turismo (Comtur). O comerciante conta que há anos se prepara para receber os turistas. “O turismo gera renda ao município. As melhorias acarretadas por ele beneficiam não apenas os turistas, mas também a população. Por isso brigamos tanto para que haja esse desenvolvimento local no setor.”

A Estrada do Rio do Azeite é a mais frequentada por turistas. Porém, são poucos os pontos de luz em sua extensão e quase não há telefones públicos. À noite, as poucas lâmpadas acesas são do comércio ou das casas da região. A ausência de postes e luminárias inibe os pas-

seios noturnos dos turistas, que acabam preferindo ficar nas pousadas e hotéis nesse período. Com um bar e restaurante instalado na Igrejinha há 16 anos, Toni conta que realizou a solicitação de um orelhão há mais de 12 anos, mas nunca foi beneficiado. “Meu comércio tem celu-

lar rural, então não preciso. Mas os turistas que ficam na pousada não têm sinal e não encontram telefone público para se comunicar. Os turistas também sempre falam que se tivesse iluminação passeariam na beira do rio, para curtir a paisagem noturna, mas nessa escuridão preferem não arriscar.”

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Ainda falta infraestrutura na Estrada do Rio do Azeite


Itariri

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cultura

Carnabloco resgata tradição carnavalesca de Itariri O carnaval de Itariri foi um dos mais animados do Vale do Ribeira. Intitulada “Carnabloco, o carnaval da família”, a festa popular ofereceu marchinhas tradicionais, desfile de escolas de samba, blocos de rua e muita música axé aos mais de 3.000 foliões, nos quatro dias de feriado. A Avenida José Ferreira Franco, localizada no Centro, foi a passarela das principais atrações. As baterias da escola de samba Cristal, da Praia Grande, e do bloco Vai Quem Quer,

de Itariri, foram as principais responsáveis pela animação. Passistas da escola Sangue Jovem, de Santos, desfilaram ao lado dos blocos Padre Pedro, Tia Vera e Carnapop. Um dos destaques da festa foi o Bloco das Virgens, do bairro Raposo Tavares, composto por marmanjos vestidos de mulher. Também estavam presentes os blocos do Saci, repleto de crianças; da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de Itariri e Pedro

divulgação

Festa reuniu mais de 3.000 foliões nos blocos de rua, desfiles de escolas de samba e shows

que tinha senhoras fantasiadas de baianas. Um exemplo de que para festejar não há idade nem limitações.

de Toledo, com pessoas portadoras de deficiência; e da Associação de Convivência dos Idosos de Itariri (Aconvita),

O palco montado ao lado da rodoviária recebeu os shows da banda Dona Zica e o grupo de axé e lambaeróbica Nova Geração. “Contamos com a participação da população nos blocos e conseguimos agregar o valor do carnaval por meio dos desfiles, da bateria, do axé e das marchinhas”, ressalta Nancy Ezídio, chefe da Divisão Municipal de Cultura. “A população divertiu-se nos quatro dias sem brigas, acidentes ou ocorrências policiais”, complementa.

trabalho

Mulheres resgatam tradição do artesanato em taboa A taboa é uma planta aquática abundante no Vale do Ribeira. Encontrada geralmente em brejos e na beira de rios, ela tem se transformado em cestos, bolsas, chapéus, e artigos de decoração nas mãos de senhoras habilidosas, gerando renda extra. O artesanato com taboa é uma tradição de Itariri. A prática andava adormecida, mas foi retomada em setembro de 2013 por um grupo de mulheres, a partir de um curso fornecido pela Casa da Agricultura, da Prefeitura. Nas manhãs de segunda a sexta-feira, seis mulheres, de 40 a 80 anos, se reúnem para confeccionar os produtos, que são vendidos em feiras do Vale do Ribeira e da Baixada Santista. Da renda angariada com

lauany rosa

Grupo encontra distração e fonte de renda extra na produção de cestos e outros produtos

as vendas (os produtos mais baratos custam R$ 3,00), uma comissão de 20% é guardada para os gastos coletivos da oficina, como a compra de materiais e transporte. Os outros 80% vão para a artesã que confeccionou o produto. Em média, cada trabalhadora consegue lucrar R$ 150 por feira – elas participam de três a quatro edições por ano. Para a viúva Dalva Rodrigues dos Santos, de 71 anos, o dinheiro ajuda, mas não é o

mais importante. Antes de entrar no grupo, ela vivia sozinha no sítio no bairro Braço Feio. “O artesanato é uma forma de distração. Aqui eu me divirto, tenho companhia e me distraio. Se pudesse viria para cá até nos finais de semana”, conta. A artesã Maria de Lurdes, de 63 anos, trabalhou por mais de 15 anos com artesanato de fibra de banana na oficina Monhangaba. No entanto, o grupo se desfez e ela procurou aprender novas técnicas de ar-

tesanato. “A taboa é melhor para trabalhar: não dá coceira, é mais fácil de manusear, e o acabamento fica mais bonito”, comenta. As artesãs utilizam a parte da planta que fica submersa. Para colhê-la, é preciso tomar cuidado para não se cortar com o caule. A aposentada Adélia Santos, de 59 anos, explica que a colheita é baseada no calendário lunar: “Nós só retiramos a taboa na lua minguante, pois ela fica mais maleável, não machuca e não dá ‘bichinho’”. Depois da colheita os caules são colocados para secar durante uma semana e sofrem um preparo – são colocados em saco plástico com algumas substâncias químicas – para facilitar a extração da fibra. O tempo de fabricação varia de acordo com o tamanho

da peça. Segundo Adélia, cada artesã faz em média duas peças pequenas por dia. “Tudo depende da habilidade das mãos e da rapidez com que o trabalho é realizado.” Também são produzidos artesanatos com a fibra da banana e outros materiais. Retalhos de tecido, por exemplo, são utilizados para tecer tapetes e capas de almofada. “Gostamos de inventar coisas, independentemente do material. Fazemos artesanato para ocupar a mente e nos distrair”, conta Maria de Lurdes. As peças produzidas pelo grupo podem ser adquiridas na Casa da Cultura, que está localizada na Rua do Comércio, nº 127, Centro. Mais informações: 3418-3352.


Itariri

8 foto síntese – Poção da igrejinha

Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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(?) japonês: é formado Local, na guerra, em que os por quatro soldados tombam São 26 Filão ilhas os do pé editorial a principais Interjeição mineira (Anat.) que pertencem os livros de Lair Ribeiro

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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lauany rosa

5 8 3 4 9 9 7 4 8

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Aprimorar; refinar (o diamante)

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Repara; nota Linha (abrev.)

1 3 4 8 5 e horizontais, nem nos quadrados 8 menores (3x3). (?) e fuga: especialidades de 3 5 6 Bach 7 4 (Mús.) 3 9 País da 1 3 África ocidental 4 6 8 95 98 7 4 Município brasileiro de maior extensão, local da construção da usi5 8 8 1 3 na de Belo Monte (PA) 3 5 6 BANCO 33 9 4 8 5 Solução 48 8 9 9 3 5 6 7 4 3 9 6 9 8 Grito do antigo pequeno jornaleiro

Érbio Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. (símbolo) Os algarismos não podem se repetir nas os linhas verticaisvazios e Preencha espaços com algarismos de 1 a 9. Rio estreiRepara; horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). to (Amaz.) nota Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais (?) Costa, atriz

(?) e fuga: especialidades de Bach (Mús.) País da África ocidental Município brasileiro de maior extensão, local da construção da usina de Belo Monte (PA) BANCO

Carlos Tufvesson, estilista brasileiro

2/qi. 3/dad — err — six. 4/vega. 5/prive. 7/cantata. 8/altamira.

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Seis, em inglês Gargalha

Agir como a carpideira

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P F T

U T O A N S S I O I S E L R I V R C E I G N T A A A N D C A L T

C A A J U D M I T I U P O L A D D A D E A L B E A A R A P T S I A L T D H O R A A M I R

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A R G O L A

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Solução

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Solução

C

A R Q U I P E L A G O

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Solução

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Fator ajustado pelo autotune

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Agir como a carpideira

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Rio estreito (Amaz.) (?) Costa, atriz

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Fator ajustado pelo © Revistas COQUETELautotune Carlos Seis, em Tufvesson, inglês estilista Gargalha brasileiro

Grito do antigo pequeno jornaleiro

2/qi. 3/dad — err — six. 4/vega. 5/prive. 7/cantata. 8/altamira.

Linha (abrev.)

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Posição comum ao futsal e ao basquete Érbio (símbolo)

Posição comum ao futsal e ao basquete

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Leal Impeça (alguém) de ter algo

Aprimorar; refinar (o diamante)

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Pai, em inglês Estrela de Lira

Pai, em inglês Estrela de Lira

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Leal Impeça (alguém) de ter algo

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Sozinho; excluído Errar, em inglês

C A A J U D M I T I U P O L A D D A D E A L B E A A R A P T S I A L T D H O R A A M I R

para carexcluído gos em empresas Errar, (bras.) © Revistas COQUETEL em inglês

Instância psíquica regida pelo prazer

Educação continuada do graduado

Proibida por lei (a droga)

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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. ComuniInstância Educação Proibida car (a psíquica continuaOs algarismos não se repetir nas linhas verticais e porpodem lei da do notícia) regida pe(a droga) graduado lo prazer Indicação horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). sudoku Sozinho;

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Peça arremessada em pinos, em um tradicional jogo de festas juninas

Metida em processo (jur.)

U T O A N S S I O I S E L R I V R C E I G N T A A N A D C A L T

(?) japonês: é formado Local, na guerra, em que os por quatro soldados tombam São 26 Filão ilhas os do pé editorial a principais Interjeição mineira (Anat.) que per-

A R Q U I P E L A G O

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Peça arremessada em pinos, em um tradicional jogo de festas juninas

Metida em processo (jur.)


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