Jornal brasil atual jundiai 17

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jundiaí

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Jornal Regional de Jundiaí

jornal brasil atual

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Gratuuiição ta

nº 17

Propinoduto tucano

Agosto de 2013

revista

SIEMENS DENUNCIA Multinacional confessa existência de cartel em licitações de trens e Metrô de São Paulo

jornalismo Desde 2006, Revista do Brasil escuta a “voz das ruas”

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Cidadania

PPA participativo População elege prioridades para orientar investimentos

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esporte Dia Nacional de Luta

Centrais sindicais fazem ato unificado skate

Cerca de 30 mil trabalhadores pararam por melhorias; luta contra PL4330 ganha força

Projeto Evolução Esportes Radicais chama atenção de jovens

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Jundiaí

2 Revista do Brasil

Jornalismo cidadão As demandas do povo que o veículo anuncia desde 2006

editorial A revista IstoÉ publicou, ao final de julho, uma reportagem que evidencia o superfaturamento nas licitações das obras e serviços do Metrô e da CPTM, desde o ano de 1997, quando o falecido Mário Covas governava o Estado de São Paulo, até 2008, na gestão de José Serra (passando ainda pelo primeiro mandato do atual governador, Geraldo Alckmin). Um escândalo tucano que a mídia tradicional teima em não divulgar. Pelo contrário. Até o fechamento desta edição, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) se mantém blindando os envolvidos e tergiversa ao suscitar falsos debates em torno dos órgãos de apuração do caso, como o Cade. É preciso uma investigação idônea e punição aos culpados, corruptos e corruptores, que podem ter subtraído um mínimo de R$ 50 milhões dos cofres públicos paulistas. Nesta edição, também trazemos uma matéria sobre a formulacão do Planejamento Plurianual Participativo. O documento produzido pela população foi encaminhado aos Poderes Executivo e Legislativo e irá orientar os investimentos para cada região de Jundiaí. Contamos, ainda, um pouco da história dos nossos jovens que estão se destacando no skate, na bike BMX e no patins através do projeto Evolução Esportes Radicais, desenvolvido no Sororoca. Boa Leitura!

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A sequência ao lado reúne algumas das 85 capas da Revista do Brasil nos últimos sete anos. Em agosto de 2006, a edição Quem não faz, toma debateu a importância de as pessoas assumirem sua responsabilidade ao decidir quem governa. Na manchete seguinte, de junho de 2010, Projetos em jogo, a imagem de uma manifestação no estádio do Pacaembu expressou o empenho do movimento sindical, para incluir as pautas dos trabalhadores nas decisões do governo e do Congresso. Na última capa da fileira superior, a edição de março de 2011 destacou o Fôlego jovem, com a foto de uma militante do Movimento Passe Livre, uma das diversas personagens da reportagem Fé na moçada, que mostra uma juventude inquieta com as desigualdades e as injustiças. Na capa de abril do ano passado, Manso com os ricos, a polêmica foi em torno de projetos como o imposto so-

bre as grandes fortunas e um sistema tributário mais justo. No mês seguinte, o Apagão no transporte trouxe um painel de como as cidades brasileiras se recusam a acompanhar o exemplo de grandes centros urbanos do mundo e fazer do transporte coletivo uma solução para a mobilidade. Que a Dilma nos ouça, na edição de abril deste ano,

mostrou novamente a luta dos sindicatos por espaço na agenda das decisões nacionais. A RdB recuperou bandeiras dos atos das centrais sindicais em todo o país – redução da jornada, proteção ao emprego, fim do fator previdenciário, democratização da mídia –, em um momento em que a imprensa tradicional ainda não ouvia “as vozes das ruas”.

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Expediente Rede Brasil Atual – Jundiaí Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Antonio Cortezani, Douglas Yamagata e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


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cidadania

Plano Plurianual Participativo orienta investimentos No dia 24 de julho, o vereador Paulo Malerba (PT) apresentou ao prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi (PCdoB), o Plano Plurianual (PPA) Participativo. Assim como o Orçamento Participativo, esta é uma forma de participação popular em que os diferentes segmentos da sociedade podem se manifestar junto ao governo no sentido da tomada de decisões sobre as prioridades de investimento em cada bairro. O documento foi composto por três eixos e será incluído no PPA 2014-2017: Dez prio-

divulgação

Vereador Paulo Malerba acompanhou formulações da população ao Poder Executivo

ridades dos bairros; Metodologia e Histórico. “Chegamos ao texto final após oito encontros que reuniram mais de 300

pessoas nos bairros Eloy Chaves, Vianelo, Fazenda Grande, Vila Aparecida, Medeiros e Jardim Antonieta. As reuniões

foram chamadas de ‘Planejando Políticas Públicas com a População’ e delas foram extraídas as 10 prioridades mais citadas em cada região. Em alguns casos, houve votação para definir as prioridades”, esclareceu Malerba. De acordo com Pedro Bigardi, esta iniciativa contribuiu para a definição dos investimentos nos próximos quatro anos e irá ajudar a equipe do governo responsável por preparar o PPA, “com a garantia de que as necessidades dos bairros serão contempladas”.

O prefeito ainda ressaltou algumas ações pontuais, como a reforma da Praça do Vianelo, aumento do efetivo da Guarda Municipal, construção de novas creches, pavimentação de ruas, regularizações fundiárias, que serão tomadas de imediato pelo Poder Executivo. O Plano Plurianual está sendo compilado pela prefeitura e seguirá para discussão na Câmara Municipal até o dia 31 de agosto. Os parlamentares têm até o final do ano para aprovar o documento.

Trabalho

transporte

Bilhete Único no Plano de Metas

Sindicato do DAE Presidente explica luta da categoria

Após oito anos, o presidente da Câmara dos Vereadores de Jundiaí, Gérson Sartori (PT), tem motivos de sobra para comemorar o Programa de Metas da administração do prefeito Pedro Bigardi (PCdoB), que incluiu um item sobre a implantação do Bilhete Único do transporte público na cidade. “Carrego essa bandeira desde 2005. A mobilidade urbana ocupa cada vez mais o centro do debate das políticas públicas. Naturalmente oferecer um transporte de qualidade, com preço acessível, tem um reflexo amplo e contribui para a cidade inteira, pois amplia a possibilidade de mais pessoas uti-

Em julho, a nova presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Adenir Pinto (há 37 anos na instituição), assumiu a diretoria para o quadriênio 2013/2016. “Hoje temos como bandeira de luta a implantação de um plano de cargos e salários para os funcionários contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que até o momento não foi feito, assim como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa e a criação de um fundo de assistência ao trabalhador.” Após 14 anos como empresa de economia mista, a nova gestão do Sindicato é

divulgação

Presidente da Câmara comemora inclusão do item

lizarem os ônibus, diminuindo o número de carros nas ruas”, diz Sartori. A proposta defendida pelo presidente da Câmara possibilita ao usuário utilizar o transporte público de forma mais flexível que o atual modelo

baseado em terminais. Com o Bilhete Único, ao invés de o passageiro acessar a segunda condução pública apenas em pontos estáticos, ele vai poder subir e descer dos ônibus em todos os pontos espalhados pela cidade, podendo construir uma rota mais racional e econômica. “O prefeito deu um importante primeiro passo, que é a inclusão da proposta nos planos da administração. Agora, vamos permanecer trabalhando, para que os detalhes do projeto comecem a fluir e em breve Jundiaí possa receber os benefícios de um sistema de transporte sintonizado com as demandas atuais”, afirmou o petista.

contrária a um possível retorno do DAE à condição de autarquia. “Hoje temos três regimes de contratação: estatutários, CLT e comissionados. Se o DAE voltar a ser autarquia, será muito ruim, pois a nossa meta é a estabilização dos funcionários, que ainda não têm a situação trabalhista definida”. diz Adenir. A presidente ainda classifica como positiva a relação com a administração do DAE S/A, mas pretende estreitar o diálogo com a Prefeitura. “Esperamos mais do senhor prefeito, pois temos de negociar com ele salários e benefícios dos funcionários do quadro especial de contratação e está faltando diálogo.”


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4 Propinoduto tucano

Superfaturamento em serviço ferroviário de São Paulo Revista IstoÉ divulgou esquema de multinacionais no Metrô e na CPTM com alto escalão do PSDB Na edição 2279, de julho de 2013, a revista IstoÉ publicou a reportagem O esquema que saiu dos trilhos, que aponta fraudes nos processos licitatórios na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e na Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), desde o governo Mario Covas, em 1997, passando pelo primeiro mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB), até o do ex-governador José Serra (PSDB), em 2008. Segundo a publicação, um

divulgação

cartel formado pelas empresas multinacionais Siemens, Alstom, Bombardier, CAF, TTrans e Mitsui manteve um esquema de desvios de recursos públicos e pagamento de propina a políticos tucanos e membros do alto escalão do governo e empresas públicas de São Paulo, em troca de favorecimento nas licitações de aquisição e manutenção de trens, construção de linhas, entre outros serviços ferroviários. A informação surgiu a partir de um acordo de leniência

assinado pela Siemens com o Conselho de Defesa Econômica (Cade), órgão federal ligado ao Ministério da Justiça, pelo qual a multinacional alemã e seus executivos podem se beneficiar de imunidade civil e criminal, dada a violação das leis brasileiras antitrustes no período em que participou do esquema com as outras empresas. Ainda de acordo com a IstoÉ, o superfaturamento das licitações causou um rombo de pelo menos R$ 50 milhões aos cofres públicos do Estado de São Paulo.

O subsecretário da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo, Edson Aparecido, negou que o governo tinha conhecimento do cartel em licitações do Metrô e da CPTM e acusou o Cade de ser instrumentalizado pelo governo do Partido dos Trabalhadores (PT). “O que estamos vendo é um desvirtuamento de um órgão de Estado que deveria garantir a livre concorrência, mas se tornou um instrumento de polícia política.” Em nota, o Cade afirmou que “repudia qualquer acu-

Lalo de Almeida/Folhapress

Tucanos negam e acusam Cade de “polícia política”

sação de instrumentalização política das investigações” conduzidas pela autarquia. O órgão apura denúncia de formação de cartel entre empresas vencedoras de licitações

para operar contratos de linhas de trens e metrôs “no Brasil”. Ainda segundo o conselho, “o inquérito administrativo que apura o caso é sigiloso” e “somente tiveram acesso ao

acordo de leniência e aos documentos que o acompanham as partes investigadas e os órgãos que assinaram o acordo: o Cade, o Ministério Público do Estado de São Paulo e o Ministério Público Federal”. O ex-governador José Serra, em entrevista a Rádio Gaúcha, foi questionado sobre o escândalo do “propinoduto” tucano e negou envolvimento no esquema. “Tudo que eu quero é saber quais eram os entendimentos desses cartéis e que eles devolvam o dinheiro. Isso não é uma coisa com o governo. Em nenhum momento, nem no [gover-

anuncie Aqui!

no] Covas, nem no Alckmin, nem no meu foi dada qualquer autorização para que os fornecedores se entendessem a respeito de preço”, afirmou. Para Serra, o Cade é “um organismo de Brasília, que é do governo do PT” e “não apresentou os documentos, vazou por baixo”. “Você não tem condição de controlar o que as empresas que participam numa concorrência conversam entre si. Se o Cade descobriu, está ótimo, foi uma lesão ao Estado e vão pedir o dinheiro de volta. Só isso”, resumiu.

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importantes do Estado. Desde 2008, viemos fazendo denúncia de irregularidades em contratos e não foram apuradas pelo MP-SP ou pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)”, disse o líder da bancada petista na Assembleia Legislativa. Segundo o deputado, a

ação do MP-SP é lenta. “Há letargia do Ministério Público em não fazer a investigação como deveria. Ainda não entendemos o porquê da demora na investigação dos casos.” Marcolino ressalta que a bancada do PT tentou instalar por três vezes Comissões Par-

divulgação

Financiamento de campanha

O analista político e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) Paulo Vannuchi, em seu comentário à Rádio Brasil Atual, aventou a possibilidade de o escândalo do propinoduto tucano, denunciado pela multinacional

Siemens ao Cade, estar por trás do financiamento das campanhas eleitorais do PSDB. “É provavelmente o fio da meada para explicar todo o sistema de financiamento de campanha das forças tucanas, porque todo mundo sabe no Brasil que enquanto não for aprovado o financiamento público de campanha, os par-

tidos recorrem a esquemas deste tipo, o das campanhas bilionárias.” Vannuchi sugeriu a reforma política como o caminho para resolver esse tipo de problema, que ele considera estrutural. “Todos os líderes partidários sabem que as campanhas são financiadas por esquemas como esse. Então tem que parar com esse cinismo, esse espetáculo que o ministro Joaquim Barbosa e o Supremo Tribunal Federal promoveram, como se houvesse apenas uma única força política no Brasil que praticasse irregularidades, “caixa 2”, quando todos estão cansadíssimos de saber que o fenômeno é generalizado. Precisa de uma medida estrutural que mude as regras.

lamentares de Inquérito (CPIs) na Assembleia Legislativa. “Nunca conseguimos instalar uma CPI, porque a base do governo e os partidos aliados se recusaram a apoiar a sua criação.” No entanto, para ele, o momento é favorável. “Com a denúncia da prática de cartel, agora será inadmissível que a bancada do governo na Assembleia não assine pela CPI. Quando a empresa vai a público e fala que manipulou contratos de licitação do governo do Estado, é necessário trazer a público que houve desvio de dinheiro.” Em julho, o também deputado estadual João Paulo Rillo (PT) protocolou pedido

de apuração de denúncias de desvios de recursos públicos do Metrô e da CPTM ao procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa. “Espero que depois de tanto debate sobre a necessidade da liberdade de investigação do Ministério Público e de se garantirem suas funções, elas sejam aplicadas neste caso também” – disse em referência ao debate sobre a Proposta de Emenda Constitucional 37, que limitava o poder de investigação do Ministério Público e foi engavetada pela Câmara dos Deputados também no mês passado.

Licitação fracassada

divulgação

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) afirmou que o Ministério Público Estadual (MP-SP) demora a agir no caso das manipulações dos contratos de licitação na compra de equipamentos ferroviários pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). “A impressão é que foi montada uma estrutura de corrupção entre a empresa Siemens e a Alstom, que é outra empresa que opera no Metrô e na CPTM, inclusive com repasses a executivos

divulgação

Deputado cobra agilidade nas investigações do MP

No dia 30 de julho, fracassou a licitação para a construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. O prazo venceu e não houve proposta de nenhuma empresa. O ramal ligará o bairro da Brasilândia, na zona norte da capital, à estação São Joaquim, no Centro. A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional divulgou nota segundo a qual “o governo do Estado de São Paulo, por meio do Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas

(PPP), informa que devido à ausência de propostas na concorrência da Linha 6-Laranja do Metrô existe a necessidade de esclarecer vários pontos do edital que não foram totalmente compreendidos”. A Linha 6-Laranja do Metrô é a primeira do sistema que será totalmente construída e operada pelo setor privado. O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) esclarece que vai “analisar e aperfeiçoar os principais aspectos do projeto, para que um novo edital possa ser publicado ainda este mês”.


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6 dia nacional de luta

Mobilização unifica centrais sindicais da região Acompanhando os passos do movimento sindical de todo o Brasil (que unificou as oito maiores Centrais Sindicais do país), o Dia Nacional de Luta, ocorrido no dia 11 de julho, entrou na história do sindicalismo da região. A integração entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical mobilizou 16 sindicatos e mais de 30 mil trabalhadores da indústria, comércio e serviços. A iniciativa deu-se em torno de uma pauta comum à classe trabalhadora: fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a saúde, 10% do PIB para a educação; redução de

divulgação

Paralisação de trabalhadores e ato na Rodovia Anhanguera marcam a data

jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário; valorização das aposentadorias; transporte público e de qualidade; reforma agrária; mudança nos leilões do petróleo; fim do Projeto de

Lei (PL) 4330, que trata sobre as terceirizações no trabalho (leia abaixo). No Distrito Industrial, em Jundiaí, a mobilização começou às 4 horas. Os sindicalistas bloquearam as saídas para

as Rodovias Dom Gabriel e Anhanguera e realizaram uma assembleia geral com a participação de mais de quatro mil operários das empresas instaladas na área. Logo depois, algumas dezenas de trabalhadores saíram em ato por um trecho da Rodovia Anhanguera até o Centro – onde estavam sendo realizados os comícios das demais categorias. Na avaliação dos organizadores, o número de funcionários mobilizados no Distrito Industrial poderia ter sido maior se as empresas de grande porte, como a Coca-Cola, a Siemens e a Foxconn, não

tivessem boicotado as atividades. “As empresas tentaram enfraquecer o nosso movimento dispensando seus funcionários do dia de trabalho”, acusou o diretor estadual da CUT, José Vitor Machado, o Vitão. “Mesmo sem a presença destes companheiros para aumentar nossa mobilização, conseguimos que aproximadamente 30 mil trabalhadores aderissem à greve, para chamar a atenção do setor patronal frente às constantes ameaças e tentativas de regredir as leis trabalhistas”, completou Leandro Rodrigues, presidente do Sindicato dos Gráficos de Jundiaí e Região.

dos. Além da rotatividade desta mão de obra, que é muito grande e interfere na qualidade dos serviços. A aprovação do PL significa literalmente jogar a CLT e os acordos coletivos no lixo.” O PL 4330 está em trâmite na Comissão de Constitui-

ção e Justiça da Câmara dos Deputados e sua votação foi adiada para o dia 3 de setembro, para que centrais sindicais, empresários, parlamentares e governo federal entrem em acordo sobre o texto final ou possível arquivamento.

Bancários contra o PL/4330 O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região paralisou o trabalho nas agências para reivindicar com ênfase o fim do Projeto de Lei (PL) 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PL-GO), que ameaça a categoria com a tercei-

rização. Segundo o presidente do Sindicato, Douglas Yamagata, o PL 4330 representa um grande retrocesso. “Se esta lei for aprovada, todo trabalhador, inclusive bancários, metalúrgicos, gráficos, poderá ser terceirizado. Hoje, somente

alguns setores, como limpeza e segurança, podem ser terceirizados.” Yamagata explicou que o PL tende à precarização dos empregos. “Os trabalhadores terceirizados têm o piso salarial inferior e não têm os direitos trabalhistas assegura-

SAÚDE

Médico orienta população a se imunizar contra gripes Infectologista explica a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1) O infectologista da Faculdade de Medicina de Jundiaí Marco Aurélio de Freitas recomenda que toda a população se imunize contra os diversos tipos de gripe – mesmo as pessoas não inseridas nos grupos de risco (obesos, gestantes, idosos, crianças de zero a dois anos, portadores

de doenças crônicas e respiratórias). Marco Aurélio explica como se proteger da contaminação, principalmente no inverno, época de maior incidência da doença. “A prevenção ao vírus Influenza A (H1N1), que ainda pode ser letal, ou da gripe comum,

pode ser feita ao cobrirmos a boca no momento de tossir ou espirrar, na lavagem constante das mãos com sabão ou álcool em gel, mas fundamentalmente com a vacinação.” Para os idosos, as vacinas contra as gripes também ajudam a bloquear o aparecimento de outras doenças respira-

tórias em idosos. “Em 1932, na época da gripe espanhola (outro vírus Influenza), muitos morreram em decorrência de complicações do vírus, como o aparecimento de pneumonias.” O infectologista comenta que a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1) é a insuficiência respi-

ratória. “Além de febre, tosse, mal-estar, falta de ar, não há troca de oxigênio com o sangue. Porém não há motivo de desespero, pois há outros vírus existentes, como o adenovírus, que provocam resfriados. Há também tosses alérgicas e outros sistemas, que não são motivos de temor.”


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esporte radical

Skate atrai jovens no Sororoca Com idade entre sete e 17 anos, os jovens skatistas jundiaienses do projeto Evolução Esportes Radical, mais do que um perfil e estilo semelhante – com cabelos compridos e roupas coloridas –, têm o objetivo comum de dominar as técnicas e aperfeiçoar as manobras do skate, para um dia estarem nos principais campeonatos do mundo. O programa de monitoria nos esportes skate, bike BMX e patins é desenvolvido no Complexo Educacional Cultural e Esportivo José Brenna, o Sororoca, em Jundiaí. Segundo o monitor de bike BMX Fernando Gervilla, que trabalha desde a implantação do projeto da Prefeitura, há dois anos, cerca de 200 jovens são beneficiados. “É uma forma de eles terem um local sadio e não terem de ficar na rua. Além disso, também inserimos esses meninos e meninas nos esportes radicais, com toda segurança, evitando que

jovens vêm para a escolinha, em qualquer uma das modalidades, chegam com o intuito de aprender e crescer no esporte que praticam. “Muitos têm o sonho de ser profissional e levam muito a sério o aprendizado. Isso facilita a evolução rápida a um nível de destaque. Outros têm uma evolução natural.” É o caso de Daniela Campo, de 14 anos. A jovem está na escolinha há pouco menos de um ano e já adquiriu boa habilidade no manejo do skate, sendo capaz de arriscar manobras mais elaboradas. “Eu já

eles pratiquem em locais impróprios ou mesmo nas ruas, o que é perigoso e não é aconselhável.” E o trabalho vem surtindo efeito. A procura das três modalidades cresce rapidamente. “Nós percebemos que a cada mês aumentam os praticantes. A pista está cada vez mais lotada.” E o destaque se dá na grande presença feminina: “Desde o início, as meninas sempre estiveram presentes no skate. Na bike é que ainda não temos nenhuma aluna”, observa Gervilla. Para o monitor, quando os

praticava antes de entrar na escolinha e aqui estou me aperfeiçoando com os novos conhecimentos”, frisou a atleta, que pretende alcançar estágios mais avançados no esporte. Outro skatista que treina no Sororoca é o estudante Henrique Perim, de 13 anos. Ele pratica a modalidade desde os 11 anos, quando resolveu migrar de esporte. “Antes de iniciar o skate, eu jogava futebol, mas de tanto ver os amigos e outros garotos andando de skate, resolvi entrar na escolinha.” Henrique também pretende chegar aos cir-

divulgação

Bike bmx e patins também são ensinados no projeto Evolução Esportes Radicais cuitos profissionais. “Mas se não rolar, pelo menos aprendi e vou sempre andar de skate.” O monitor Gervilla faz questão de enfatizar que é obrigatório o uso de equipamentos de segurança para os praticantes de todas as idades. “Os alunos sempre devem usar equipamentos de segurança, como o capacete, a joelheira e a cotoveleira. Isso ajuda muito no início, porque o tombo faz parte desses esportes e quanto mais protegidos eles estejam, melhor.” As aulas são ministradas por Fernando Gervilla, na bike BMX, Diego Fiorese, no skate, e Wilson Delvechio, nos patins. Os interessados em se inscrever nas escolinhas podem retirar o formulário no Complexo Educacional Cultural Esportivo José Brenna, o Sororoca, na Avenida dos Ferroviários, em Jundiaí. As aulas são gratuitas e acontecem todas as terças-feiras, das 8 h às 10h30 e das 15 h às 18 h. O telefone para contato é 4586-2420.

cultura

Old Black Joe mantém viva a chama do rockabilly A banda Old Black Joe é uma referência no gênero rockabilly (um dos primeiros subgênero do rock-and-roll, dos anos de 1950) na região. Nascida em 2009, em Jundiaí, a banda é inspirada pelos pioneiros Elvis Presley, Carl Perkins, Eddie Cochran e Buddy Holly. “É uma junção do blues com o country do sul dos Estados

taís Mattiello

Banda tem canções próprias e resgata artistas como Elvis Presley e Carl Perkins Unidos. O Elvis era branco e tentou cantar o blues, porém era caipira. Esta mistura originou o rockabilly”, explica Gerson Garcia “Tiger”, fundador da Old Black Joe. Tiger conta que a origem da banda é anterior à fundação formal. “É uma paixão que vem desde criança, pois minha mãe, que era cantora de rádio, junto com minha tia,

eram fãs dos Beatles e do Elvis. Este gênero me embala há muito tempo. Na adolescência conheci outras pessoas que também gostavam e tocavam rockabilly e ao nos juntarmos formamos as bandas que preconizaram a Old Black Joe.” A banda é formada por Tiger (voz e guitarra), Fernando “Corvo” Guerino (guitarra), Gregory Russani (contrabai-

xo) e Junior “Ice Boy” (bateria) e tem repertório com composições próprias como Broto Durão, Jeep Rockabilly, Rockaróllatras, entre outras, além de mais de 100 músicas covers. A Old Black Joe costuma se apresentar às quintas-feiras à noite na Toca do Rei, na Avenida dos Ferroviários 2525.


JundiaĂ­

8 foto sĂ­ntese – Jardim Botânico

Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br A rocha formada pelo Etna, na ItĂĄlia

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Relativo Ă verdade religiosa

Š Revistas COQUETEL 2013

Eça de Atração Famosa praia de NiQueirós Em com- tradicional terói (RJ) Colocada panhia de da escola Não, em no mesmo Conversa de samba inglês fiada nível

Ficar Ă espera de quem nĂŁo vem

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Desfeito em pequenas tiras

(?) Lago, ator e Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. compositor Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. brasileiro Os algarismos não podem se repetir nas linhas P verticais e Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e nem nos quadrados horizontais, menores (3x3). horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). O A mais Fazer baixa casregistro ta hindu por escrito Caminha Situa-se acima do cóccix (Anat.) BANCO Solução ão iç ed edição especial especial quad ri nh os quadrinhos clåssicos icos Gråtis! anos 40 e 50 clås ss 50 ano 40 e livro 2 nas bancas livro 2 s ria ra e liv nas bancass www.coquetel.com.br

Causa aflição

Vitamina (?) e cama: conselho ao gripado

Causa aflição Vitamina (?) e cama: conselho ao gripado

3/dad — get — not. 5/mårio. 6/caulim — icaraí. 8/teologal. 9/osso sacro.

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A nova forma do ĂĄlcool caseiro

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