Jornal brasil atual jundiai 19

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jundiaí

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Jornal Regional de Jundiaí

jornal brasil atual

Distrib

jorbrasilatual

Gratuuiição ta

nº 19

Ditadura

nunca mais Sociedade questiona: onde estão os mortos e desaparecidos pelo regime militar?

Abril de 2014

saúde

mais médicos Médico explica que programa vai alterar cultura “hospitalocêntrica”

Pág. 4

trabalho ii

cerest Entidade faz estudos e mapeia saúde dos trabalhadores da região

Pág. 6

copa do mundo entrevista

é o fim das sessões secretas na câmara Paulo Malerba explica o projeto que extingue reuniões fechadas e torna públicas atas de sessões na ditadura Pág. 5

Literatura Livro narra relação do futebol com a cultura popular brasileira

Pág. 7


Jundiaí

2 Trabalho I

Déficit de servidores no MTE

Começou a Copa. No primeiro domingo de abril, chegaram às bancas o álbum e as figurinhas da Copa do Mundo de 2014, e bateu uma enorme febre de colecionar. Rapidamente, a mania espalhou-se entre crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres, entrou nas salas de aula, nos sindicatos, nas repartições públicas, nos elevadores, nas igrejas, nas empresas, etc. Os mais críticos podem argumentar contra a empresa detentora dos direitos de venda, a Panini, ou até mesmo contra a Fifa. Mas nada disso tira a emoção de encher uma página, duas, caminhar para o álbum cheio. Uma diversão que se estende para depois dos jogos, numa estratégia promocional da distribuidora. Curiosamente, manifestantes do movimento #NÃOVAITERCOPA também colecionam e vão às ruas protestar. Pais que observaram seus filhos nas manifestações de junho do ano passado relatam a nova velha brincadeira, sem falar daqueles que já estão com os ingressos comprados para as partidas do mundial. Mas nada disso retira o acerto da crítica à Fifa, à CBF e os seus cartolas, ao dinheiro gasto na construção dos estádios – embora dados recentes mostrem que os resultados diretos e indiretos da Copa das Confederações já pagaram os R$ 30 bilhões investidos na Copa. Em 1970, quando o Brasil foi tricampeão mundial, quando muita gente lutou de armas nas mãos contra a ditadura e esta tentou usar o futebol para esconder as torturas e mortes nos porões, não adiantou: o Brasil parou para ver a Copa. Na Nova República, em tempos de privataria tucana com FHC, pensava-se que, se o Brasil fosse mal na Copa, haveria melhoria na política. Que nada! Perdemos copas e eles ganharam eleições. A grande lição que fica é que #VAITERCOPA, vamos torcer, nos divertir (ou chorar) e vamos continuar lutando por um Brasil justo, sem miséria e com justiça social, que valorize o povo e não as elites.

gor. É o caso da Operação Gato Preto, que resgatou crianças e adolescentes trabalhando em carvoarias da região de Bragança Paulista (onde a Gerência também atua). “Se pegarmos os números desta operação, podemos reforçar a ideia de que a falta de

servidores é o que nos prejudica e, consequentemente, a sociedade. É preciso reestruturar a administração, para que possamos ter um melhor desempenho. Não é apenas o Ministério do Trabalho e Emprego que está defasado, mas toda a administração federal”, salientou.

Trabalho em conjunto Uma forma de suprir o déficit de servidores federais é a realização de parcerias com sindicatos de trabalhadores. “É importante trabalhar em conjunto com os sindicatos, como o dos Bancários, que utilizam muito a realização de mesas-redondas entre empregados e patrões. A empresa vem até a Gerência e firma o termo de compromisso. Assim, atingimos um maior número de empresas sem precisar deslocar os fiscais até elas. É uma forma de atuação para casos de maior urgência ou negociações coletivas”, conta Roque.

divulgação

editorial

A falta de profissionais na Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Jundiaí, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem sido obstáculo para maior fiscalização nas empresas da região do Aglomerado Urbano e de outros municípios próximos. De acordo com o gerente do órgão, Roque de Camargo Júnior, o número de empresas que têm se instalado nos municípios é desproporcional ao número de servidores públicos. Entretanto, o trabalho de investigação e as autuações às empresas que não respeitam a legislação trabalhista continuam a ser realizados com ri-

divulgação

Cresce o número de empresas na região, mas faltam fiscais

Além dos sindicatos, a Gerência também trabalha conjuntamente com o Centro de Referência e Saúde do Trabalhador (Cerest) de Jundiaí e

Região, que fornece dados colhidos junto aos trabalhadores e acompanha possíveis irregularidades. “Os sindicatos e o próprio Cerest também fazem o papel de orientadores, apresentando a Gerência aos trabalhadores. Essas parcerias são uma alternativa para que os profissionais encaminhem suas reclamações até nós, para que possamos resolvê-las”, explica. O órgão federal também está providenciando um canal para agilizar as reclamações individuais dos trabalhadores.

Expediente Rede Brasil Atual – Jundiaí Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Secretário de Redação Enio Lourenço Redação Antonio Cortezani, Douglas Yamagata e Lauany Rosa Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2800 Tiragem 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


Jundiaí

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ditadura

50 anos do golpe e muita história para se esclarecer No início dos anos de 1960, forças antagônicas encontravam-se em disputa no Brasil. De um lado, setores populares lutavam pela ampliação de direitos e reformas de base, que superassem a desigualdade social entre as classes. Do outro lado, o conservadorismo das elites econômicas não admitia qualquer mudança estrutural no país. Entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, a polarização foi quebrada com o golpe civil-militar. As Forças Armadas Brasileiras, apoiadas por ruralistas, industriais e pela mídia conservadora, derrubaram o governo constitucional de João Goulart e impuseram ao Brasil uma ditadura que durou 21 anos, justificando-a com a defesa do país contra uma suposta ameaça comunista. Os direitos constitucionais de 1946 passaram a inexistir paulatinamente com a edição dos Atos Institucionais: alterou-se o processo eleitoral, os partidos foram extintos e os militares foram amplian-

arquivo agência globo

Comissão da Verdade quer saber o paradeiro de trabalhadores e estudantes mortos pelo regime

Militar reprimindo cidadão; incêndio na sede da UNE; passeata dos 100 mil, no Rio de Janeiro

do seus poderes. Com o Ato Institucional nº 5, em 1968, o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas foram fechados e os direitos políticos de todos os cidadãos foram suspensos. Foi o recrudescimento do regime de exceção. A juventude e as organizações de esquerda tiveram um papel importante na luta contra a ditadura civil-militar e também representaram a maioria dos presos, torturados e mortos (práticas comuns após o AI-5). Os próprios jornais que, num primeiro momento,

apoiaram o golpe foram censurados e conviviam permanentemente com um agente dos militares em suas redações. No campo do trabalho, a intervenção nos sindicatos, a lei antigreve e o arrocho salarial representaram os maiores ataques à classe trabalhadora. No primeiro dia do golpe, 409 sindicatos, duas confederações e seis federações sofreram intervenções. O metalúrgico Santo Dias da Silva, o químico Olavo Hanssen, a professora e psicóloga Iara Iavelberg (com-

panheira do ex-capitão e militante Carlos Lamarca) foram alguns dos 357 assassinados – a Comissão Nacional da Verdade (CNV) estuda novos registros e esse número pode ultrapassar 1.000 casos. A luta não foi em vão. A reconquista da democracia, a criação da Constituição de 1988, a volta dos direitos políticos, dos sindicatos, das liberdades democráticas, possibilitaram comprovar as inúmeras violações aos direitos humanos do regime ditatorial, além do financiamento estadunidense ao golpe no Brasil e em

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outros governos democráticos da América Latina. A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/ SP) – que completa 30 anos em 2014 – nasceu nesse cenário, enfrentando a ditadura e lutando pela reabertura democrática do país. A CUT integra hoje o grupo de trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical”, da CNV, formado em abril de 2013, com o objetivo de investigar casos de tortura, desaparecimentos e assassinatos de trabalhadores. Para o secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, João Batista Gomes, “a democracia precisa ser defendida em todos os aspectos, seja no Judiciário, na comunicação, no direito à greve, no direito ao voto, nas mobilizações de rua ou na forma como atua a polícia nos dias de hoje. Nesses 50 anos, a ditadura deve ser lembrada como algo que o povo brasileiro jamais permitirá que se repita”.


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4 saúde

“Mais Médicos muda cultura hospitalocêntrica” O programa Mais Médicos, do governo federal, fomentou uma ampla discussão sobre o atendimento básico de saúde em todo o Brasil. O médico nefrologista Roberto Japim Andrade, proprietário de uma clínica particular em Campo Limpo Paulista, com anos de experiência no Sistema Único de Saúde (SUS), é defensor da iniciativa criada no ano passado. No entanto, ele lamenta que o programa não tenha recebido a devida atenção na Região Sudeste, em especial nas cidades do Aglomerado Urbano de Jundiaí. “Eu acredito que ainda há um desconhecimento do programa e uma crença de que o

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Médico nefrologista comenta os benefícios do programa e os empecilhos do CRM

programa seria uma propaganda política do governo para a reeleição da presidenta Dilma. Muitos ainda não conseguiram fazer uma avaliação criteriosa.” O médico defende a descentralização do atendimento como uma forma de alterar a cultura brasileira

“hospitalocêntrica”. “O médico deve atender as pessoas fora do hospital, onde elas estão. Seja através do Mais Médicos, do Programa Saúde da Família (PSF), das Unidades Básicas de Saúde (UBS). E se for realmente necessário, aí sim o paciente vai ao hospital.”

A agilidade no atendimento básico é um dos pontos determinantes. Como exemplo, Japim lembra que um paciente contaminado pela dengue necessita imediatamente passar por um processo de hiper-hidratação, o que normalmente não ocorre, pois, às vezes, ele tem que esperar de três a quatro horas em uma fila para ser atendido no pronto-socorro. Outro ponto ressaltado pelo nefrologista é a metodologia focal como o Conselho Regional de Medicina (CRM) encara o desenvolvimento médico e da saúde no Brasil. “Ou seja, você constrói ‘ilhas de prosperidade’ em grandes centros urbanos,

mas esquece que 90% das cidades do Brasil possuem menos de 50 mil habitantes. É preciso expandir o atendimento para a periferia e para o interior.” Japim ainda se contrapõe às alegações do CRM, que aponta falta de infraestrutura aos profissionais do Mais Médicos e do PSF. “O governo federal está mostrando, por meio de instalações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que a ideia não é só colocar o médico na periferia, mas mudar a filosofia, oferecer consultórios com retaguarda para exames, encaminhamento para atendimento secundário, e assim por diante.”

Em geral, as prefeituras municipais têm carência de médicos, em especial as do interior. Em Jundiaí não é diferente. O médico Roberto Japim conta que os prefeitos normalmente solicitam a construção de unidades de saúde e a chegada de médicos, mas não conseguem pagar devido ao orçamento incompatível. “Enquanto os prefeitos de nossa região pagam uma média de R$ 2.500 a R$ 3.000 para a jornada de 20 horas, o governo federal paga R$ 10.000 no Mais Médicos.” A chegada de médicos estrangeiros através do programa é uma forma de sanar essa carência. “Existem locais com muitos [médicos] e locais com poucos, situação similar à distribuição de renda do Brasil. O governo federal

No dia 19 de março, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu o modelo de contratação dos profissionais cubanos que participam do programa Mais Médicos em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados. “Os funcionários públicos do Estado cubano são pagos diretamente pelo governo deles. É assim em qualquer país e esta contratação, via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é perfeitamente legal com base em leis aprovadas pelo Congresso Nacional”, disse. O ministro lembrou que as vagas ocupadas por cubanos foram oferecidas antes a profissionais brasileiros. “Os 11.361 médicos cubanos foram para os mais de 3.000 municípios onde nem os profissionais brasileiros, nem os

está contratando os estrangeiros em caráter emergencial, para suprir essa demanda transitória. Os livros que eles estudam são os mesmos que eu estudei, só muda o idioma. A anatomia em Cuba, na China, na França é igual, não muda”, explica Japim. Por fim, ele lembra que o CRM estima a meta de 400 mil médicos formados (hoje são cerca de 380 mil) para atender às necessidades do país, enquanto o governo federal pretende ter 650 mil médicos até o ano de 2020.

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Médicos cubanos no Brasil

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Nos municípios

médicos dos demais países tiveram interesse de ir”, afirmou. Pouco mais de 700 municípios não tinham nenhum médico antes do início do programa. Segundo balanço do Ministério da Saúde, apenas sete profissionais de Cuba saíram do programa. Entre os brasileiros o número chega a 79, entre 1.241, isto é, 6,3%. “Tivemos apenas 0,09% de desistência entre os cubanos”, comemorou. Chioro lembrou que a remuneração desses profissionais

será reajustada para R$ 3 mil. A diferença em relação ao salário integral do programa, de R$ 10 mil, é repassada diretamente para o governo de Cuba, que divide parte para a família do profissional e parte para financiar a formação de novos médicos no sistema de saúde, 100% público e gratuito. O ministro ainda explicou que os estrangeiros são obrigados a estudar língua portuguesa, política de saúde no Brasil, organização do sistema de saúde e da atenção à saúde, vigilância e as doenças mais comuns em cada região brasileira. “Não estamos ensinando português, mas o português instrumental para a área, como um brasileiro que vai estudar no exterior precisa saber inglês instrumental”, comparou.


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entrevista

Câmara aprova projeta que veta sessão secreta

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Projeto de Paulo Malerba também prevê abertura de atas do período da ditadura militar

O que o motivou a fazer este projeto? A democracia está em constante aperfeiçoamento e considero que as sessões secretas não contribuem em nada para o exercício democrático. Assuntos públicos devem ser tratados publicamente. Por isso, aprovamos no ano passado na Câmara

“Um grande avanço democrático.” Foi assim que o vereador Paulo Malerba (PT) classificou a aprovação da Proposta de Emenda à Lei Orgânica de Jundiaí, de sua autoria, ocorrida no dia 1º de abril (data que marcou 50 anos do golpe civil-militar), que veta a realização de sessão secreta e prevê a abertura das atas de nove sessões desse caráter realizadas na Câmara Municipal de Jundiaí – duas das quais ocorridas logo após os militares tomarem o poder em 1964. A propositura foi aprovada por 18 dos 19 vereadores – o pastor Roberto Conde (PRB) não compareceu a sessão. O projeto deve voltar à Câmara para a segunda votação, que irá ratificar a sua legalidade. O vereador petista está confiante: “Os assuntos públicos devem ser tratados publicamente”. Na sessão, também estiveram presentes pessoas que tiveram suas liberdades ou as de seus familiares violadas durante o regime de exceção. Confira a entrevista com o vereador Paulo Malerba. o final do voto secreto e, agora, o fim das sessões secretas. Encontrou dificuldades? As principais dificuldades se deram quanto à abertura das atas secretas que estão na Câmara, devido à falta de compreensão da Lei de Acesso à Informação. Com muito diálogo, mostramos a importância

do projeto e todos os vereadores foram favoráveis. O que este projeto vai significar para a Câmara Municipal? A partir da aprovação desta lei, a Câmara Municipal de Jundiaí não poderá mais se reunir em sessões secretas. Todas as sessões serão públicas. Já as atas estarão à disposição de qualquer

cidadão ou cidadã que queira conhecer o seu conteúdo. O que espera encontrar nas atas secretas? Acreditamos que duas delas se referem a reações de nossa Câmara ao Golpe de 1964, já que ocorreram logo no início desse período. Qual a lição que temos que

tirar do golpe de 1964? Hoje existe democracia plena? Um dos principais ensinamentos daquele período é que a democracia precisa ser defendida e aprimorada constantemente. Não há democracia plena, mas sim um processo em construção. Minha proposta visa contribuir com este processo.

Política

Maior participação popular na Câmara Municipal Presidente Gérson Sartori destaca Tribuna Livre e mudança de horário como fundamentais

“Reuso da Água”

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O presidente da Câmara Municipal de Jundiaí, Gerson Sartori, considera que uma de suas metas à frente da Casa foi atingida: maior participação popular. “Hoje, temos uma grande participação das pessoas e entidades, que vêm à Câmara acompanhar o trabalho dos vereadores.” A mudança de horário das sessões para o período noturno e a criação da Tribuna Livre também foram destacadas pelo parlamentar como uma forma de ampliação da presença dos jundiaienses. “A Tribuna Livre é um instrumento não apenas de cobrança, mas de

críticas e sugestões que temos levado muito em consideração. As pessoas querem e precisam ser ouvidas, é o que está acontecendo na Câmara”, diz. Para o chefe do Legislativo, os projetos de lei também vão de encontro às expectativas da

população e das entidades civis. “É uma abertura importante, pois os próprios legisladores têm que mostrar o trabalho com os projetos de cunho social. Com isso, estamos fazendo a integração da política com o cidadão”, explica Sartori.

O presidente da Câmara também chamou atenção para o Projeto de Lei Complementar 815, de sua propositura, chamado de “Reuso da Água”, que institui o Programa de Conservação, Uso Racional e Reutilização de Água em Edificações. Sartori apresentou a matéria em 2007 e somente agora (a partir de junho) o projeto será debatido em audiências públicas com a população. “Esse projeto está tramitando pela Câmara e espe-

ro que possamos aprová-lo, uma vez que a água está ficando um bem cada vez mais escasso e está em sintonia com a falta de chuvas. É um projeto para economizar água com campanhas educativas e outras ações, como torneiras inteligentes, cisternas, armazenamento das águas das chuvas. Tudo isso pode ser aplicado em escolas, no serviço público em geral, e vai gerar uma boa economia. Este projeto já existe em várias cidades”, esclareceu.


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6 trabalho II

Cerest Jundiaí mapeia a saúde do trabalhador Entidade desenvolve ações com bancários, operários da construção civil e trabalhadores da saúde chega aqui fazemos o acolhimento (triagem), para sabermos de onde é e por que nos procurou. Após a consulta, vamos acompanhar as orientações médicas, ver se tem medicamento, se vai ser encaminhado para um médico especialista, etc. Ver em que o Cerest pode ser útil para ele”, explicou o gerente Jesus dos Santos.

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da Saúde, para os bancários; o Todos na Construção, para os operários da construção civil; e o Saúde da Saúde, para os profissionais da saúde. O objetivo do órgão ligado à Secretaria Municipal da Saúde é mapear os principais problemas nocivos à integridade física desses profissionais. “Quando um trabalhador

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Jundiaí (que também atende às cidades de Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Louveira, Morungaba e Várzea Paulista) tem oferecido assistência médica às mais diversas categorias, além de programas específicos como: o Extrato

Extrato da Saúde

Programa Saúde da Saúde

O alto índice de afastamentos dos trabalhadores bancário por transtornos mentais, dadas a pressão e as cobranças de metas, está sendo mapeado pelo projeto Extrato da Saúde. “Num primeiro momento, há alguns anos, a profissão de bancário era vista como grau 1, de pouco risco. Como se fosse um escritório comum. Com o tempo, começaram a vir as lesões por esforço repetitivo. Aí já se via que a profissão passava a apresentar um grau maior de risco. Hoje, a maior preocupação com a categoria são os transtornos mentais”, acentua Jesus.

Simultaneamente ao projeto dos bancários, o Cerest de Jundiaí também desenvolve o “Saúde da Saúde” em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sinsaúde) de Jundiaí e Re-

É uma realidade que preocupa, principalmente, pelo número elevado de suicídios. O Cerest está fazendo estudos científicos em parceria com o Sindicato dos Bancários. Uma equipe multidisciplinar foi montada para comprovar esse fato como consequência da atividade bancária. Segundo o gerente da entidade, as doenças mentais não podem ser apenas uma coincidência. “Vamos apurar e se for comprovada esta relação, tanto o Cerest, quanto o sindicato dos Bancários, irão pleitear participação no redimensionamento do plano de metas da categoria.”

gião, que também apresenta ocorrências com profissionais da categoria. “Só em Jundiaí são cerca de dez afastamentos por mês de funcionários com depressão. E a exemplo dos

bancários, queremos buscar uma resposta científica para esta realidade e ver se estes casos estão relacionados à atividade dos trabalhadores da saúde”, explica Jesus.

Programa Todos na Construção Na construção civil não é diferente. O projeto Todos na Construção leva esse nome para frisar a necessidade da presença do Cerest, do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Jundiaí e Região, e do poder público junto aos trabalhadores, seja nas obras ou na construção de políticas públicas. De acordo com o gerente

do Cerest, em 2013 a categoria fechou o ano sem nenhuma morte. Entretanto, este ano um trabalhador faleceu na obra. “Foi a única região a terminar o ano passado sem mortes na construção civil, o que não ocorria há mais de 20 anos. Isso só foi possível graças às ações do Cerest e do sindicato. Neste ano não va-

mos conseguir manter o índice zero, mas queremos mantê-lo baixo. Aí é onde entra o projeto Todos na Construção, que intensifica ações de fiscalização no setor. Não apenas com notificações ou multas, mas também com interdição de obras, para garantir a integridade e a vida do trabalhador ”, observou Jesus.

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O trabalho do Cerest e os seus parceiros O Cerest faz parte da Rede Nacional de Atenção Integral á Saúde do Trabalhador (Renast), que é responsável por organizar e articular ações referentes à saúde dos trabalhadores. Por isso as parcerias com os sindicatos (de trabalhadores e patro-

nais), que são as entidades que mais conhecem a realidade dos profissionais. Para a entidade planejar suas ações também é preciso um trabalho junto aos hospitais e delegacias de polícia, para que façam notificações compulsórias

em acidentes com menores de 18 anos e acidentes graves e fatais. Qualquer cidadão pode denunciar acidentes de trabalho, situações de risco, insalubridade ou outros assuntos relacionados à saúde do trabalhador. O órgão atua independentemente

do vínculo empregatício e da formalidade do emprego. Assim, desde vendedores ambulantes às profissões de maior grau de periculosidade podem acioná-lo. O Cerest fica na Rua Anchieta, 88, Centro. O telefone é 4521-8666.


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atletismo

Sindicato dos Bancários apoia melhor fundista da região

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Tiago Arcifa representa Jundiaí nas competições e foi 59º na última Corrida de São Silvestre Com a falta de apoio e patrocínio nos esportes amadores, muitos atletas acabam desistindo de treinar e competir em alto nível. O ex-porteiro Tiago Arcifa, de 32 anos, está lutando para fazer o contrário no atletismo. E a prova de que um atleta apoiado consegue resultados apareceu na última Corrida de São Silvestre, no dia 31 de dezembro, quando ele conquistou a 59ª colocação entre os mais de 28.000 atletas.

O fundista, que disputa as competições acima de 5 quilômetros, lembra que começou a correr por hobby e após um período procurou a equipe de atletismo de Jundiaí. “Já faz quatro anos que represento a cidade em diversas competições”, observou o atleta, que além das provas de rua compete nos Jogos Regionais e outros torneios. Tiago, que nunca teve patrocínio fixo, destaca o apoio do Sindicato dos Bancários

para o desenvolvimento da sua carreira esportiva – anteriormente, ele recebia auxílios pontuais da Prefeitura de Jundiaí. “As competições estão bastante caras e para participar é preciso de apoios. Também são necessários material esportivo, transporte, alimentação balanceada, o que só é possível com apoio. Com o Sindicato dos Bancários tenho, inclusive, conseguido melhorar os meus tempos.”

Copa do Mundo

Livro infanto-juvenil discute futebol e cultura brasileira Juca ama futebol, mas não é aceito no time de sua escola porque, dizem, não joga bem. Ao ver o menino triste, seu tio sugere que ele crie sua própria equipe, e assim Juca espalha e-mails para o Brasil todo em busca de jogadores mirins vindos de 12 cidades brasileiras. A escolha vai além do futebol: “O bom jogador precisa ter também conhecimento, cultura e ser comprometido com o seu país e com a cidade onde mora”, explica Juca. Assim começa a história do livro infanto-juvenil Jovens Craques do Brasil Futebol Clube, de Nereide Schilaro Santa Rosa (Editora Leitura & Arte, 48 páginas). “A minha intenção foi aproveitar o interesse do momento, a Copa do Mun-

divulgação

Obra Jovens Craques do Brasil Futebol Clube explora regionalismos das 12 sedes do mundial

do, agregando outros valores ao texto. Eu falo da cultura de cada local, aproveitando as cidades-sedes da Copa. Criei uma ficção e linquei com as culturas regionais e as modalidades de futebol vindas de cada região. Assim, eu consigo fazer com que o leitor aprenda mais sobre o futebol, se interesse pela história dos

personagens e também aprenda um pouco da cultura regional do Brasil”, afirma Nereide. Depois de receber muitos e-mails do Brasil todo, Juca finalmente escolhe seu time, que deve disputar contra a equipe de sua escola no último dia de aula. São 11 jogadores e um reserva. Pedro mora em Manaus e na mensagem conta sobre a festa do boi e a antiga tradição de usar tripa desse animal para confeccionar bolas de futebol. Iracema, de Fortaleza, é a única menina do time e fala sobre o romance de seu conterrâneo José de Alencar e a história do futebol feminino no Brasil. Tem também o Zé Frevo, o arretado de Pernambuco, que conta sobre a semelhança dos movimentos da dança típica

de seu Estado com os dribles do craque Mané Garrincha. Severino, o Ilauê, mestre da Bahia, escreve sobre como as técnicas da capoeira ajudam na defesa do gol. Entre os jogadores também estão Watu, o xavante de Mato Grosso; o potiguar Luca, que joga bola em um campinho de várzea; o mineirinho Telé, de Belo Horizonte; o curitibano Vini, craque de futebol society; Davi, neto de um trabalhador que construiu Brasília; o artilheiro gaúcho Miguel; e o carioquíssimo Paulinho, expert em futebol de areia. Juca é ao mesmo tempo o técnico e o reserva. A intenção de Nereide foi mesclar ficção com história e cultura para atrair a atenção dos jovens leitores. O que sobressai na obra vai além do futebol-

-espetáculo que movimenta milhões. “Foi fantástico descobrir a relação do movimento corporal com o futebol. O que o Mané Garrincha fazia para driblar foi relacionado na época com o movimento de ir e vir do frevo. Tem ainda a relação entre a capoeira e o movimento do goleiro. Também me preocupei em falar do futebol feminino, dos jogos indígenas, que são movimentos e tradições importantes para nós. Não queria ficar só no jogo principal e nos jogadores que ganham muito dinheiro. Queria falar sobre o jogo de várzea e o futebol de areia”, completa a autora premiada diversas vezes pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e vencedora do Prêmio Jabuti de 2004.


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8 foto síntese – Serra do Japi

Palavras Cruzadas diretas PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Apresentação documentada do emprego de verbas destinadas a determinado fim Os próprios recursos (pop.)

© Revistas COQUETEL

“O (?) do Garoto de Ouro”, livro juvenil

Máquina usada na fundação de prédios

Salubres; Instalação terrestre a higiênicas partir da qual aviões militares operam Moeda, em inglês Relativo ao judeu

Meio (?) meio cá: indeciso

Transferida (de cargo, em uma empresa)

Recurso fotográfico de smartphones

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

© Revistas COQUETEL

prefeitura de Jundiaí

Recurso fotográfico de smartphones

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Período Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e estipulado para o horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). sudoku perdão Mesmo; www.coquetel.com.br

Status da participante do reality show “Mulheres Ricas” (TV)

Prática da fã que visita o hotel do artista

3 6 7 4 5 9 8 4 5 9 1 2 5 2 3 4 Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. 7 8algarismos não podem 6 se repetir nas linhas verticais e Os horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). 61 7 4 5 9 8 3 5 6 91 4 32 1 8 7

Reflexão Supressão sonora de termo em um Prato Pesquisa enunciado mexicano exposta em Preencha os espaços vazios com Macaco, algarismos de 1 a 9. feiras de Evanildo inovação em inglês Bechara, Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e gramático Camarões Função do brasileiro (sigla) horizontais, nem nos quadradoscalmante menores (3x3).

Erguer; levantar

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Local da louça suja Gálio (símbolo)

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Solução

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R E A L O C A D A

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Solução

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4 9 6 3 7 5 2 8 1

6003436

1 8 5 2 4 6 3 7 9

7 2 3 8 9 1 6 5 4

Solução

Local da louça suja Gálio (símbolo)

Francisco Otaviano, poeta e jornalista

www.coquetel.com.br

C Ã S O D E C J O N T G A S

6003436

5 1 9 6 8 3 4 2 7

5 7 1 6

Camareira Ricardo Pereira, ator português

R PR A T R E P E S T T O L AÇ A C O S C I E S T A M G O S

À (?): sem rumo ou direção

Erguer; levantar

J

Francisco Otaviano, poeta e jornalista

Mar, em inglês Armação de óculos

B A S A R E S M E C I A A T E M A R E E R T A A I E B U T A Ç A R G A P E T S M O

Ricardo Pereira, ator português

Evanildo Bechara, gramático brasileiro

I T B E O P E E L I AI P S E

3 © Revistas COQUETEL 4 9 5 2 3 4 3 6 7 8 6 1 3 4 6 9 4 3 1 8 7 9

3/ape — sea. 4/ases — coin. 5/rapto. 6/istmos — semita. 9/socialite. 11/prata da casa.

BANCO

Mar, em inglês Armação de óculos

Macaco, em inglês Função do calmante

O preço do produto em liquidação

A

Forma de produção do assobio

“Mortal Kombat” e “The King of Fighters” Recipientes plásticos recicláveis

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

“Mortal Kombat” e “The King of Fighters” Recipientes plásticos recicláveis

O preço do produto em liquidação

Pesquisa exposta em feiras de inovação Camarões (sigla)

Supressão de termo em um enunciado

3/ape — sea. 4/ases — coin. 5/rapto. 6/istmos — semita. 9/socialite. 11/prata da casa.

Status da participante do reality show “Mulheres Ricas” (TV)

Reflexão sonora Prato mexicano

F O

Plantação frutífera Pesquisa televisiva

penínsulas ao continente

Plantação frutífera Pesquisa televisiva

Ligam penínsulas ao continente

Prática da fã que visita o hotel do artista

inclusive Recipiente de sorvete

© Revistas COQUETEL Ligam

Mesmo; inclusive Recipiente de sorvete

Deuses nórdicos (Mit.)

S E D A R

Deuses nórdicos (Mit.)

dos não pontuais Cachorro

Período estipulado para o perdão dos não pontuais Cachorro

R P

Transferida (de cargo, em uma empresa)

Meio (?) meio cá: indeciso

Equipamentos que expandem o sinal wi-fi

A R O

Equipamentos que expandem o sinal wi-fi

Salubres; Instalação terrestre a higiênicas partir da qual aviões militares operam Moeda, em inglês Relativo ao judeu

Máquina usada na fundação de prédios

à O D E C O N T A S

“O (?) do Garoto de Ouro”, livro juvenil

Apresentação documentada do emprego de verbas destinadas a determinado fim Os próprios recursos (pop.)

G

www.coquetel.com.br


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