Acontece na Escola - DRE Campo Limpo

Page 1


PREFEITURA DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO CAMPO LIMPO

DIRETORA REGIONAL DE EDUCAÇÃO Regina Paula Collazo Bertuccioli

SUPERVISORA TÉCNICA Glauce Mônica de Jesus Vieira

DIRETORA DA DIVISÃO PEDAGÓGICA – DIPED Roseli Helena de Souza Salgado

EQUIPE DA DIPED Ana Cristina Lima Alves Angélica Almeida Merli Cecília Regina Carlini Ferreira Coelho Cleomar de Souza Lima Cristina Barroco Massei Fernandes Elaine Silva Lacerda Elisabete Martins da Fonseca James Andreas Maier Ketiene Moreira da Silva Leandro Alves dos Santos Lorena Beatriz Henrique de Souza Luana Lodi Lima Luanna Oliveira de Almeida Maria do Carmo Maciel Ricardo de Souza Rita de Cássia Geraldi Menegon


APRESENTAÇÃO

ACONTECE NA ESCOLA... Mas, o quê? Tantas coisas. Quais e como adjetivá-las? Conhecendo-as, na voz de seus autores. Quais autores? Equipes gestoras, professores, estudantes, famílias... Na voz desses atores, essa revista se propõe a documentar práticas, projetos e outras ações por meio de narrativas autorais que, de alguma forma, cada unidade educacional escolheu para comunicar. Nas formações empreendidas com o grupo de Coordenadores Pedagógicos das EMEFs, reiteradas vezes, emergiam relatos de práticas, chamando a atenção dos formadores para o que acontece nas nossas escolas. Além disso, foram muitas as ocasiões em que os Supervisores Escolares, ao retornarem das unidades, contavam-nos sobre os trabalhos desenvolvidos nelas, destacando a relevância e pertinência dos mesmos em relação ao Currículo da Cidade, ao protagonismo dos estudantes, ao acolhimento das famílias e à criatividade de seus profissionais. A realidade é que o Ensino Fundamental, em decorrência das avaliações em larga escala, acaba, predominantemente, sendo analisado por esses resultados, os quais geram índices, indicando sua evolução em relação às metas estabelecidas (IDEB, IDEP). No entanto, há outros indicadores de qualidade que queremos valorizar e que nem sempre são mensuráveis, mas que justificam, muitas vezes, a preferência, pela população, por algumas escolas em detrimento de outras, ou o desejo das famílias de que seus filhos estudem em escolas, nas quais, em algum momento, foram acolhidos. Investigando um pouco mais, percebemos que essa preferência tem muito a ver com os trabalhos desenvolvidos na escola, seus projetos e ações que mobilizam estudantes e famílias, despertando o sentimento e orgulho de pertencimento àquela instituição, mantendo o desejo de sempre retornar. Nesse contexto, compreendemos essa publicação como uma oportunidade de exposição de práticas que, em muitos casos, configuram-se importantes indicadores de qualidade do trabalho desenvolvido nas respectivas escolas. Para isso, afastando-nos de abordagens meritocráticas, procuramos garantir que todas as unidades do Ensino Fundamental e EJA desta DRE tivessem a possibilidade de divulgar algum trabalho desenvolvido por elas. Nosso intuito é de que, ao se ver numa publicação e conhecer outros trabalhos, novas ideias emerjam, práticas e projetos sejam problematizados, profissionais instigados, estudantes motivados e gestores incentivados a intensificar e valorizar ações dessa natureza, divulgando assim, o que ACONTECE NA ESCOLA... Por fim, não poderíamos concluir sem agradecer aos colegas de todos os setores da DRE Campo Limpo, às EMEFs e ao CIEJA, que aceitaram fazer parte dessa ideia; à Diretora Regional de Educação da DRE Campo Limpo, que nos confiou essa empreitada. Entendemos essa Revista como mais um recurso formativo para os profissionais da escola pública, atuantes em nosso território.

EQUIPE DA DIPED – DRE CAMPO LIMPO


SUMÁRIO CIEJA CAMPO LIMPO

05

CEU EMEF CANTOS DO AMANHECER

06

CEU EMEF CASA BLANCA

07

CEU EMEF FEITIÇO DA VILA

08

CEU EMEF HERMES FERREIRA DE SOUZA

09

CEU EMEF JOSÉ SARAMAGO

10

CEU EMEF MÁRIO FITTIPALDI

11

CEU EMEF PARAISÓPOLIS

12

CEU EMEF VILA DO SOL

13

EMEF 22 DE MARÇO

14

EMEF ADHEMAR DE BARROS

15

EMEF AIRTON ARANTES RIBEIRO

16

EMEF ANNA SILVEIRA PEDREIRA

17

EMEF ANTONIO ALVES DA SILVA

18

EMEF ANTONIO ESTANISLAU DO AMARAL

19

EMEF CAMPO LIMPO II

20

EMEF CAMPO LIMPO III

21

EMEF CAROLINA RENNÓ RIBEIRO DE OLIVEIRA

22

EMEF CASARÃO

23

EMEF CHÁCARA SONHO AZUL

24

EMEF CLEMENTE PASTORE

25

EMEF CYRO ALBUQUERQUE

26

EMEF DE GAULLE

27

EMEF DEZOITO DO FORTE

28

EMEF DONATO SUSUMU KIMURA

29

EMEF EDIVALDO DOS SANTOS DANTAS

30

EMEF EUCLIDES DA CUNHA

31

EMEF FAGUNDES VARELLA

32

EMEF FRANCISCO REBOLO

33

EMEF GIANFRANCESCO GUARNIERI

34

EMEF HERBERT DE SOUZA - BETINHO

35

EMEF IRACEMA MARQUES DA SILVEIRA

36

EMEF JARDIM MITSUTANI I – JORN. PAULO PATARRA

37

EMEF JOÃO PEDRO DE CARVALHO NETO

38

EMEF JORGE AMERICANO

39

EMEF JOSÉ BLOTA JUNIOR

40

EMEF JOSÉ FRANCISCO CAVALCANTE

41

EMEF JOSÉ OLYMPIO PEREIRA FILHO

42

EMEF LEONARDO VILLAS BOAS

43


EMEF LEVY DE AZEVEDO SODRÉ

44

EMEF LORENCO MANOEL SPARAPAN

45

EMEF LUIZ TENÓRIO DE BRITO

46

EMEF M BOI MIRIM I

47

EMEF M BOI MIRIM II

48

EMEF MARIA BERENICE DOS SANTOS

49

EMEF MARIA RITA DE CÁSSIA PINHEIRO SIMÕES BRAGA

50

EMEF MARIA RITA LOPES PONTES - IRMÃ DULCE

51

EMEF MÁRIO MARQUES DE OLIVEIRA

52

EMEF MÁRIO MOURA E ALBUQUERQUE

53

EMEF MÁRIO RANGEL

54

EMEF MARLI FERRAZ TORRES BONFIM

55

EMEF MAURÍCIO SIMÃO

56

EMEF MAURO FACCIO GONÇALVES - ZACARIA

57

EMEF MILLOR FERNANDES

58

EMEF MODESTO SCAGLIUSI

59

EMEF OLIVEIRA VIANA

60

EMEF OTONIEL MOTA

61

EMEF PALIMÉRCIO DE REZENDE

62

EMEF PAULO COLOMBO PEREIRA DE QUEIROZ

63

EMEF PAULO FREIRE

64

EMEF PERIMETRAL

65

EMEF PRACINHAS DA FEB

66

EMEF PROCÓPIO FERREIRA

67

EMEF RICARDO VITIELLO

68

EMEF SÓCRATES BRASILEIRO SAMPAIO DE SOUSA VIEIRA DE OLIVEIRA

69

EMEF SYNÉSIO ROCHA

70

EMEF TERESA MARGARIDA DA SILVA E ORTA

71

EMEF TEREZINHA MOTA DE FIGUEIREDO

72

EMEF THEODOMIRO MONTEIRO DO AMARAL

73

EMEF VERA LÚCIA FUSCO BORBA

74

EMEF VEREMUNDO TOTH

75

EMEF ZULMIRA CAVALHEIRO FAUSTINO

76


5

CIEJA CAMPO LIMPO - 2019 - UM PROJETO À FRENTE DE NOSSO TEMPO COMUNIDADE ESCOLAR Público-alvo: todos que adentram ao espaço do CIEJA Campo Limpo, educandos e suas famílias, diferentes organizações, empresas e moradores da comunidade.

O CIEJA Campo Limpo compreende que o processo de aprendizagem da EJA é um grande desafio. Não obstante, vamos buscando caminhos possíveis. Os estudantes da EJA chegam até nós com o coração batendo “apertado”, olhos brilhando e cheios de expectativas a serem atendidas. Há os que chegam com medo, sentindo-se incapazes, e outros que chegam desmotivados, sobrecarregados devido às diversas tentativas frustradas. São trabalhadores, donasde-casa, jovens, idosos e adolescentes, não importando a idade e suas condições sociais, e todos com o mesmo objetivo: aprender a ler e escrever ou ler e escrever melhor; trazem histórias de vida interessantes, repleta de saberes, valores, crenças e opiniões. Já os educadores traduzem toda essa carga de expectativas, desejos, e interesses como um grito de socorro, e que inconscientemente, gera um forte ímpeto de altruísmo e desejo de ajudar. Como consequência, o CIEJA se torna referência para a comunidade, que reconhece esse espaço, como oportunidade de lazer, aprendizagem, reflexão, resolução de conflitos e acolhimento. Os educandos se sentem valorizados, pois todas as decisões são tomadas coletivamente em assembleias. Exemplo disso é a escolha do “Assunto” gerador que conduzirá as ações e oportunidades de aprendizagem. Além disso, o planejamento intencional dos professores procura dialogar com os anseios dos estudantes intervindo nas relações internas e externas, por meio de situações problemas, articulando ações de acolhimento e respeito à diversidade, levando em consideração também o fato de termos um número elevado de alunos com deficiência,

onde os alunos surdos, por exemplo, são atendidos no contra turno pelos instrutores de libras. Realizamos diversas ações, como por exemplo: · Devido à juvenilização da EJA promovemos entre os adolescentes jogos cooperativos de futebol, entre outras atividades físicas, o que tem permitido fortalecimento de vínculos mais sadios e permanentes. · Incentivo ao permanente diálogo entre os conteúdos com a produção e venda de produtos artesanais, estimulando o empreendedorismo e a economia solidária no território. · Promoção de atividades permanentes de estudo sobre: Juventude; Escola Bilíngue; Encontro indígena; Festival Literário – FLIC; Seminário Étnico Racial; Feito por mim; Ética Planetária; Gênero e sexualidade; Alfabetização; Inclusão e Transversalidades (Filosofia, Artes e Sociologia). E os resultados das aprendizagens construídas são apresentados para toda comunidade em mostras temáticas conhecidas como “O que aprendemos foi...”. Ao longo desses 21 anos temos reformulado e avaliado nossa a proposta da educação para Jovens e Adultos, essa prática tem nos feito refletir sobre caminhos a serem trilhados em ações futuras, no que tange à superação das dificuldades de aprendizagem; e entendemos a necessidade de um exercício constante ao repensar nossas estratégias de mediação, tornando-as mais significativas o tempo todo. Assim, a equipe gestora tem como princípio provocar na formação continuada, a discussão e a ressignificação do que já foi percorrido por nós, desde 1998.

Nas palavras da educanda Maria Lúcia Alves: “Professor, eu não sabia que podia ser cineasta!”

https://drive.google.com/open?id=12Zklmb7v_6SfeCD0DlE w1RDCoJCu0wGR


6

SEGUNDA SEMANA DE LITERATURA CEU EMEF CANTOS DO AMANHECER Responsáveis: Antônio Marcos dos Anjos de Souza, Aparecida Souza de Jesus Hermenegildo, Carlos Henrique de Castro Assis, Fábio Roberto Ferreira Barreto, Gustavo de Andrade Galbes, Leila Maria de Jesus Jovino, Luiz Gustavo Firmino, Manoel Joaquim Da Silva Filho, Maria Da Penha Barbosa Ribeiro, Mirian De Souza Amorim Público Alvo: Estudantes dos Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar, Autoral e EJA

Experiência didática cuja colheita será relatada por muitas estações, a Segunda Semana de Literatura CEU EMEF Cantos do Amanhecer desabrochou pétalas de imaginação nas flores da aprendizagem e ramificou galhos de saberes nas árvores do conhecimento, no início desta Primavera, entre 24 e 26 de setembro. Mas se a safra tem sido farta – tantos foram os frutos que a colheita ainda está em processo, transbordando de cestos e armazéns das nossas memórias –, é porque a semeadura foi realizada com um ‘cadinho de amor e muito trabalho. Em fevereiro, durante a reunião de planejamento, a equipe escolar já se entregava à carpidura, enquanto proseava sobre o projeto, que tipos de cultivo seriam feitos e que métodos seriam utilizados: pés de poesia, com sementes de poemas contemporâneos e raps nacionais, hortas de HQs, regadas com a história de Maria Carolina de Jesus ou tiras diversas, árvores de dramaturgias, oriundas de estufas de livros da Sala de Leitura... Cada lavrador(a), em seu roçado – das salas de Ensino Fundamental I às de EJA –, quer como professor polivalente, quer como especialista (de

Língua Portuguesa, de Língua Inglesa, de Arte, de História, de Geografia...), foi arando suas práticas... Embora a colheita seja permanente, a equipe que coordenou o trabalho deixou cada professor(a) à vontade para selecionar as frutas que julgasse mais saborosas para ofertar à comunidade escolar durante a Semana de Literatura; também, como surpresa de enredo bem escrito, ficou combinado que cada qual poderia oferecer da maneira que conviesse: fatiada, no recheio de um bolo, na receita de um doce... Antes de o Inverno chegar, exatamente em julho, tal qual cooperativa, se reuniram os lavradores da educação para verificar quais aves polinizadoras seriam convidadas para palestrar, debater, promover oficinas, contar histórias durante a festa da colheita, que é a Semana de Literatura. Afinal, se neste momento de celebração de um ano intenso urge comemorar em grande estilo, faz-se necessário, também, pensar em adubar a terra, para dar continuidade aos ciclos que garantem a germinação de uma produção tão abundante aos paladares dos que se envolvem no plantio. Enfim, se o trabalho de um ano inteiro não cabe em uma Semana de Literatura, é inconteste que alguns dias de festança da palavra servem para alimentar quem, na labuta, plantou palavras e colheu arte...

“O que mais impressionou na Semana de Literatura foi a diversidade de apresentações... Aguardando a próxima para me surpreender!” (Manoel Filho – professor) “A Semana de Literatura foi muito legal! Teve muita roda de conversa, muita poesia... Ah, a gente se divertiu e aprendeu!” (Maria Eduarda Amaral – estudante)

https://drive.google.com/open?id=1NAa1_y8pVJaLiXfhOn 6-lMbHpgx4A4Y9


7

OFICINAS DA EJA CEU EMEF CASA BLANCA Professores da EJA Público-alvo: Estudantes da Educação de Jovens e Adultos

“Nós não sabemos nada, por isso estamos aqui”, “agora que estamos aprendendo”, essas foram algumas falas que chamaram a atenção dos docentes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do CEU EMEF Casa Blanca, pois os nossos estudantes não estavam reconhecendo a importância de seus conhecimentos, adquiridos ao longo da vida. Os estudantes colocavam seus saberes, sua cultura, suas experiências como inferiores ao conhecimento escolar. Diante dessa realidade, os educadores da escola se debruçaram em como demonstrar, reconhecer e valorizar os conhecimentos de nossos alunos da EJA. Assim, se deu início ao projeto “Oficinas da EJA”. O projeto consiste em oficinas oferecidas pela comunidade escolar, de saberes que podem ser compartilhados, trocados e aprendidos. Em um primeiro momento, os funcionários da unidade oferecem oficinas de seus saberes extraescolares. Essa etapa foi pensada para “quebrar o gelo”, para que os estudantes possam perceber que os professores também têm saberes relacionados ao cotidiano, então são oferecidas oficinas de artesanatos, artes plásticas, música, culinária, entre outros. Depois desse “pontapé” inicial, há um trabalho com os alunos, repertoriando-os em relação à construção de O projeto oficinas faz um estreitamento na relação entre os estudantes e os educadores, por meio da valorização dos conhecimentos populares e não escolares. Dessa forma nos permitimos trocar experiências, saberes, ensinamos ao aprendermos e aprendemos ao ensinarmos. O projeto nos leva a (re)conhecer as habilidades e conhecimentos dos outros, e nos permite ampliar os nossos próprios saberes a partir de trocas significativas entre estudantes e educadores. Fagner Silva Barbosa de Abreu Professor de Ciências.

conhecimento popular, científico e religioso. Dessa forma, os alunos podem compreender como esses saberes são construídos e aperfeiçoados ao longo do tempo. Nessa etapa utilizamos roda de conversa, vídeos, filmes e discussões para que os estudantes possam compreender a importância de cada tipo de conhecimento e como eles são usados por nossa sociedade, ressaltando a relevância do conhecimento popular, e como nós o usamos no dia-a-dia. A última etapa consiste em oficinas feitas pelos próprios alunos de seus saberes. Essas oficinas são oferecidas aos demais discentes, aos docentes e funcionários da unidade escolar. Nesse dia, são os alunos que ensinam aquilo que já sabem fazer. Então, já tivemos oficinas de culinária saudável, pipas, balão, fuxico, escovação de cabelos, entre outras. O projeto visa a estabelecer uma aproximação entre os estudantes e os funcionários da escola, valorizar os conhecimentos não escolares de docentes e discentes, demonstrar a importância do conhecimento escolar, equiparar o conhecimento empírico aos demais tipos de conhecimento, demonstrar que cada tipo de saber é ideal para resolver determinado problema, que não há saber maior ou menor, mas saberes diferentes.

https://drive.google.com/open?id=1PG3QT66BEXOZPbgG LFsFVuXy96Jt07O-


8

FEIRA DE CIÊNCIAS CEU EMEF FEITIÇO DA VILA Professores dos Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral Público Alvo: Estudantes Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral

Os conhecimentos científicos estão em constante movimento. O ensino de ciências possibilita a interação entre pesquisa, informação, investigação, experimentação, o que o torna interessante, mas a professora de ciências sentiu que faltava algo a mais. Nesse sentido surgiu a ideia de fazer o projeto “Feira de Ciências na Escola”. Que a feira de ciências é uma importante ferramenta para divulgação de conhecimentos científicos desenvolvido na sala de aula. Por ser um evento que movimenta a escola toda, seus objetivos foram além do planejado, por exemplo: fazer o aluno sentir aquele friozinho na barriga e o entusiasmo de apresentar um projeto realizado por ele, além de valorizar o trabalho em grupo, garantido progressivamente confiança individual e conhecimento coletivo. A Feira de ciências teve seu início em 2013 com a professora Lucimária e posteriormente os professores Leandro e Nataly, também de ciências, abraçaram o projeto. Os alunos do fundamental II apresentavam o produto de suas realizações para os alunos do fundamental I.

"A feira de ciências foi a melhor ideia, nos fez aprender sobre assuntos diferentes, ainda sendo lúdica e divertida. Gostei muito". (Jeniffer Silva 6B); "Ver nas carinhas o entusiasmo, mas também a pura expressão de sentirem o frio na barriga de uma responsabilidade... é quase inexplicável para um professor. Meses de trabalho árduo de treino, ensaio que se finaliza em um dia de muita agitação e com toda certeza, de muito conteúdo apreendido. A melhor forma de aprender é fazendo". (Professoras Lucimária da Silva e Daniela Antunes)

Em 2017 a coordenação da escola em conjunto com a gestão decidiu incluir os alunos do fundamental I no projeto, mas não paramos por aí, pois em 2019 participaram da feira apresentando os seguintes trabalhos: Horta e Alimentação Saudável; Ervas Medicinais; Compostagem; e Astronomia. Os professores especialistas de outras áreas também participaram da Feira como, por exemplo, em Artes os alunos construíram esculturas com materiais recicláveis. Em Inglês tivemos trabalhos sobre a agenda 2030, alimentação saudável, pesquisa de campo com elaboração de tabelas e gráficos sobre educação financeira e sustentabilidade, na disciplina de matemática. Os professores adotaram a metodologia: Escolha de tema 1) Pesquisas. 2) Relatos de vivências. 3) Apresentação do trabalho para a classe para eventuais sugestões por parte de outros grupos. 4) Confecção de protótipos. Todas essas etapas são avaliadas e o próprio aluno avalia seu grupo, possibilitando rever seus erros e acertos.

https://drive.google.com/open?id=15uchMtwve4Alju4e 2eJNdwapQbmq0a7Z


9

PLANTANDO O FUTURO CEU EMEF HERMES FERREIRA DE SOUZA Célia Regina P. da Cunha, Andrea Gertsenchteim de Lacerda e Sonia Maria Lacerda Sguizzato Público-alvo: Ciclo de Alfabetização - 3º anos

Durante a leitura de uma reportagem do Jornal JOCA, edição 133, com o título ”Nas Filipinas, alunos devem plantar 10 árvores antes de se formar”, os alunos se sentiram curiosos a respeito dessa prática, então a professora realizou este projeto aliando os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável presentes no Currículo da Cidade, com as habilidades de leitura, escrita e letramento do currículo de Língua Portuguesa e também a transformação de curiosidade em ação de investigação, como prática científica, conforme proposto no currículo de Ciências Naturais. Desta forma, surgiram as primeiras ideias para o desenvolvimento do projeto “Plantando o Futuro”. No momento da escuta dos estudantes, as professoras perceberam o desejo de praticar uma ação como a descrita na reportagem, onde as crianças plantam árvores ao longo dos anos que permanecem na escola. Assim, nos momentos de discussão e idealização do projeto, as professoras definiram etapas com atividades que envolvem tanto os estudantes como a si mesmas. Para as crianças, coube elaborar um plano de pesquisa sobre a importância das árvores para o planeta, seus tipos e características, bem como suas funções, o que causa o desmatamento e o que deveria ser considerado quando se pensa em reflorestamento.

Já as professoras se incumbiram de fazer contato com secretarias municipais que pudessem dar suporte técnico para que houvesse o plantio de árvores como havia sido objetivo e o desejo das crianças. Deste modo, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio-Ambiente encaminhou uma equipe técnica que veio à escola conversar com os estudantes, se apropriar dos objetivos do projeto, conhecer as características do terreno que tinham para desenvolver de fato o plantio. Como o objetivo inicial era que cada aluno plantasse uma árvore como aconteceu no projeto que inspirou as crianças, e isso não foi possível devido as diretrizes que regulamentam e relacionam o número de árvores e o tamanho do espaço destinado a isso, então em comum acordo com os estudantes foram realizados plantios, em grupos, de jabuticabeiras, em um espaço dentro do CEU Campo Limpo, onde se localiza nossa escola. Concluída essa etapa, os alunos definiram que a responsabilidade agora é manter as árvores vivas. Todos os envolvidos sentiram-se muito realizados com os desdobramentos deste projeto, onde foi possível consolidar muitas aprendizagens. Os alunos perceberam que ações pequenas, podem contribuir para mudar o mundo, começando em nossas casas, inspirando outras pessoas, assim como fomos inspirados pela ação dos filipinos.

“Uma simples semente jogada ao chão, pode manter erguido o nosso planeta terra.” Professora Sonia Maria Lacerda Sguizzato

https://drive.google.com/drive/folders/1WXGQ4cuyWfQ 58tiZTLwTv-y1XPnS5Qja


10

LEITURA SIMULTÂNEA CEU EMEF JOSÉ SARAMAGO Autores: Kátia Freitas e Jonathan Público-alvo: Ciclo de Alfabetização

Desde o ano de 2015 realizamos em nossa escola o projeto “Leitura Simultânea”. A iniciativa partiu da nossa ex-coordenadora pedagógica Kátia de Freitas que havia vivenciado uma experiência diferenciada com a leitura em outra escola da rede junto com nosso ex-colega professor Jonathan no Fundamental I. O projeto, num primeiro momento, tinha foco nos anos iniciais; mas foi apresentado a todos os professores da unidade e decidimos, em uma reunião pedagógica, realizar com todas as turmas. Desse modo, passou a contemplar também o ensino fundamental II. A ideia é oferecer aos educandos uma experiência de encantamento com uma narrativa escolhida por cada professor que irá realizar a leitura propriamente do livro ou fazer a contação de uma história. O nome do projeto adotado foi “Leitura Simultânea”, pois as leituras ocorriam na mesma aula com todas as turmas da escola. Os professores se envolveram tanto na primeira vez que realizaram, se fantasiando e montando cenário dentro da sala de aula, que o projeto acabou se tornando parte do nosso Projeto Político Pedagógico.

As histórias ou os livros eram solicitados previamente aos professores. Posteriormente elaborávamos um painel com os títulos para realizarmos as inscrições. O formato adotado também fez com que os educandos se envolvessem com a proposta, pois eles escolhiam previamente a história por meio da inscrição no painel e depois se misturavam com alunos de séries distintas para ouvir as histórias ou ter uma leitura deleite. Além disso, estabelecemos duplas para cada história, pois percebemos que um professor sozinho muitas vezes encontrava dificuldades, principalmente os novos que nunca haviam vivenciado o projeto. Os professores bilíngues realizaram a contação da história em LIBRAS junto com os instrutores. Na hora da inscrição pedíamos aos surdos que escolhessem histórias que tivessem adaptação em LIBRAS, porém muitos ouvintes também se inscreveram nessas histórias, tornando a experiência mais rica e inclusiva. Avaliamos positivamente o projeto em 2019 e conseguimos realizálo nos dois semestres.

“O projeto é maravilhoso, pois envolve a escola inteira, os alunos interagem, têm autonomia para escolher aquela leitura que eles mais gostam. Os professores também se envolvem bastante, criando um ambiente literário na escola”. Professora Telma dos Santos Maciel de Paula https://drive.google.com/open?id=1v8MJKnz241Cr8pvuMeiS9Y44o1hWmGf


11

SLAM DO MARIO CEU EMEF MARIO FITTIPALDI Professora Responsável: Catia Regina Ribeiro Artur Público-alvo: Ciclo Autoral

Slam do Mario: a poesia como forma de expressão e participação social A EMEF Mario Fittipaldi, escola localizada no CEU Guarapiranga – Florinda Lotaif Schahin, na Zona Sul da cidade de São Paulo, sempre contou com vários projetos pedagógicos que incentivam a formação cidadã e a participação social dos seus estudantes. Um de seus projetos é o Slam do Mario. O Slam do Mario é uma competição de poesia falada que tem como objetivo principal desenvolver a leitura, escrita e oralidade dos estudantes a partir do estudo de textos poéticos, especialmente da literatura periférica, para a conscientização do importante papel do poeta de periferia e da sua representatividade, seja falando de sentimentos íntimos ou questões sociais. Também incentiva a autoria, a criatividade, a expressão individual e coletiva e a participação social. O projeto foi iniciado em 2016 com a tutoria da professora de Língua Portuguesa Catia Artur a quatro turmas de sétimos anos e seguiu até 2018 com os mesmos alunos chegando ao nono ano. Nesse percurso, os estudantes tiveram a possibilidade de conhecer diversos poemas, produzir seus próprios textos poéticos e declamá-los na escola e fora dela. Na escola, declamaram suas produções nas competições internas (Slam do Mario) e nos saraus promovidos anualmente na unidade escolar (Sarau do Mario). Fora da escola, puderam participar do Slam Interescolar de São Paulo, campeonato de poesia falada das escolas do estado de São Paulo realizado desde 2015.

Em 2017, a aluna Kyara Santos Amaral, do 8º ano B, conseguiu a terceira colocação na competição externa ao representar a escola, o que trouxe muita alegria aos participantes e apoiadores do projeto e o desejo de continuidade dos estudos poéticos na escola como forma de expressão e participação social. E assim foi feito. Em 2018, quando o Slam do Mario completou três anos de existência, a escola se mobilizou para publicar poemas elaborados pelos alunos no livro “Poemário”. O livro teve seu lançamento em 13 de abril de 2019 e contou com a presença da comunidade escolar. Durante o evento, houve um sarau com a declamação de poemas do livro pelos seus autores seguida de uma manhã de autógrafos. Cabe ainda ressaltar que, em 2018, a aluna Letícia Ohnesorge Apolinário, do 9º ano B, também teve um poema produzido nas aulas de Língua Portuguesa publicado na antologia “Pode Pá Que é Nóis que Tá – volume IV”, livro promovido em concurso literário apoiado pelo Governo do Estado de Paulo e lançado em 04 de agosto. O projeto Slam do Mario seguiu em 2019, ainda com a tutoria da Professora Catia Artur e o apoio da escola, porém agora impulsionando e estimulando novos alunos (9º anos) ao aprendizado da poesia como representação da voz periférica e ao exercício poético como libertação da voz de cada indivíduo. Assim, segue defendendo o imenso valor da poesia e a criação poética em sua particularidade e coletividade. https://drive.google.com/open?id=1n8GawkJqgyFiI7YT4m GcgCmcyYL6piPX

As experiências, aos poucos, foram-se misturando com a vida além das portas e portões escolares, pois é difícil sair ileso quando tocado pela poesia, posto que ela ajuda a refletir sobre os sentimentos, os acontecimentos, a realidade e a sermos mais quem somos ou queremos ser.” Profª Catia Artur


12

MEU PAPEL EMEF CEU PARAISÓPOLIS Professora Responsável: Camila Almeida Soares Peron Público Alvo: Ciclo Interdisciplinar (5º anos)

Em 2019, o projeto “Meu Papel” foi desenvolvido com as turmas dos quintos anos do CEU EMEF PARAISÓPOLIS, durante os três primeiros bimestres do ano. Constituído de forma interdisciplinar, o projeto dialoga com as diversas áreas do conhecimento, contribuindo na construção de um amplo repertório expressivo, mobilizando o desenvolvimento de diversas habilidades e competências. Por meio desta ação se trabalhou a autonomia intelectual e a criatividade, fortalecendo o bom convívio e a colaboração entre os estudantes. Este projeto foi inspirado em outra ação realizada em 2009 que pretendeu, à época, ressignificar e reutilizar o papel de jornal e visou a problematização humanista sobre a função social, cultural e histórica de cada ser humano por meio da construção de esculturas. O produto final foi a construção de seis esculturas de papel jornal e fita adesiva, intitulada de “Os estudantes”, em tamanho natural de crianças de seis e onze anos. E também foi confeccionado um quadro em 3D intitulado “Ninguém solta a mão de ninguém”, que consiste em várias mãos de papel jornal e papelão, feitos a partir dos moldes das mãos das crianças e adolescentes. Um trabalho prático, intenso e colaborativo, com profundas trocas entre as crianças. As atividades aconteceram em sete etapas. 1) Problematização do tema: “Penso, sinto e transformo Paraisópolis” quando contextualizamos e demos sentido ao aprendizado. 2) Seleção de verbos: nessa fase, selecionamos coletivamente três verbos de ação: “pensar, sentir e transformar” associados a três agentes transformadores: “educação, arte e esporte”. 3) Na terceira fase: Os alunos escolheram o agente “educação” como foco central do nosso processo criativo, especificando o estudante como sujeito da transformação. Entretanto, os outros agentes, em especial a “arte” continuaram configurando várias ações do trabalho.

4) Produção: Os estudantes pesquisaram anatomia básica (membros que constituem o corpo humano) e foram tiradas medidas dos tamanhos dos alunos. 5) Preparação dos materiais e construção das esculturas: Reunimos os materiais necessários e demos início à construção das esculturas, os estudantes botaram a mão na massa recortando, colando, medindo, amassando, ou seja, construindo as esculturas 6) Avaliação e análise dos resultantes pelos estudantes: ao final da construção das esculturas, reunimos os alunos e discutimos os resultados. Algumas questões nortearam o diálogo com os estudantes: “Vocês se sentem representados nessas esculturas”, “As esculturas simbolizam a educação, a leitura, a escola?” 7) Etapa final – Exposição: as esculturas foram primeiramente apresentadas na Mostra Cultural de Paraisópolis. Nessa ocasião observamos que muitos alunos e familiares interagiram com as peças e posando para fotos, imitando-as. Entre tantos fatos marcantes, crianças, funcionários e a comunidade se interessaram muito pelas esculturas que representam a inclusão de pessoas com deficiência. E essa foi uma demanda apontada pelos estudantes nas etapas iniciais do projeto, então eles decidiram por representar colegas especiais, e ficaram felizes com a admiração e repercussão gerada. Como professora, desenvolvendo esse projeto, foi aprendido sobre a importância do trabalho em equipe e da ação docente coletiva. Quando entendemos a importância e o contexto plural do projeto e dos alunos, conseguimos o envolvimento necessário para expandir o ensino e a aprendizagem. As esculturas representam a pluralidade, potência e a forçar do pensar, sentir e transformar que os alunos possuem. Traz em si a educação, a criança, a inclusão, a importância da alfabetização, da leitura e o poder do convívio escolar. Retrata “o mundo na mão dos jovens, o futuro, a esperança”.

https://drive.google.com/open?id=17iIsRo9oMbklvkWqTl 2yHPmq678NfGZa


13

GAME DE MATEMÁTICA CEU EMEF VILA DO SOL Autora: Lucineide dos Santos Dias Ciclo de Alfabetização, Ciclo Interdisciplinar e Ciclo Autoral

Durante todo meu tempo de magistério observei que os educandos apresentam significativas dificuldades na aprendizagem em Matemática. Como todo profissional da área, muitas vezes, fiquei triste e frustrada com a apresentação dos resultados dos adolescentes. Nesta atual escola, resolvi trabalhar em algumas salas com jogos temáticos estimulando a participação de forma cooperativa. Os alunos se organizavam em grupos para a participação nos jogos. Estes jogos aconteciam em formato de game, “perguntas e respostas”, em que os grupos se desafiavam entre si. Percebi que nesses dias os alunos, de forma geral, mostravam total interesse por esta atividade, estudavam, pesquisavam e queriam mostrar resultados positivos. E assim aconteceu, de forma significativa. O interesse por cálculos ficaram intensos quando eles se deparam com uma atividade desafiadora. Após as vivências em sala de aula, esbocei o projeto “Game de Matemática” com a ideia de envolver toda a comunidade escolar trabalhando os conceitos matemáticos e que contemplasse os conhecimentos interdisciplinares dos educandos proporcionando prazer e arte de conviver com a matemática.

Assim, apresentei o projeto para a coordenação e direção da escola. A equipe gestora gostou muito. Seria um meio de trabalhar os conhecimentos matemáticos e as dificuldades dos educandos de maneira prazerosa. Contei com a participação efetiva de todos os professores da unidade (não apenas os de exatas) e com o envolvimento de todos os alunos dos anos finais. A escola, nos dia do projeto, esteve em total movimentação e estimulada ao aprendizado dos conteúdos. Os professores paralelamente se envolveram revisando os conteúdos, preparando desta forma os alunos para as competições interclasses. O projeto alcançou o objetivo traçado, pelo envolvimento dos participantes e o aprendizado que nossos educandos puderam experimentar, de forma lúdica, divertida e organizada.

“O projeto deveria acontecer o ano todo, muito bom.” Samara Alessandra de Barros 6ºE “O projeto foi uma maravilha” Karoline Gabrielle Barros 6ºE https://drive.google.com/open?id=1k_kFDlMpOK0isfYoT902nN1Jd2HtAqB


14

“INTERNET COM RESPONSA” EMEF 22 DE MARÇO POIE Verônica Vieira Santos Público-alvo: Comunidade escolar

Em 2019 assumimos um grande desafio. No início do ano letivo, a professora de artes da escola, a Stella, nos indicou um curso que ela havia feito no ano passado pela Nic.Br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), que faz parte do Comitê Gestor da Internet no Brasil. O curso “Uso Consciente e responsável da internet”, de 2019, foi realizado no dia 19 de março e durou 8h. Foi um curso riquíssimo de informações e conhecimentos sobre o uso, consumo e responsabilidade individual e coletiva da internet. Muitas destas informações nos alertaram acerca dos riscos que o mau uso da internet pode acarretar aos adultos, imagine com as crianças que estão em contato diariamente com essa ferramenta! Refletindo sobre como poderíamos abordar esse assunto com os alunos da escola, pensamos: “Não são somente as crianças que precisam aprender sobre isso, mas também, e principalmente, os adultos que são responsáveis por eles: professores, gestores e as famílias”! Foi então que decidimos compartilhar com os professores e gestores da escola as informações e os conhecimentos adquiridos no curso. Montamos uma apresentação, reunindo as principais informações disponibilizadas e, na reunião pedagógica de abril, apresentamos aos colegas e gestores.

Como não fazíamos ideia de como o mau uso da internet (por falta de informações) nos expõe a riscos inimagináveis, ficamos surpresos! Senhas, privacidade, postagens, segurança, cyberbullying... Além dos riscos, as consequências – até na esfera penal – desse uso sem orientação e responsabilidade. E com as crianças então? Elas estão cada vez mais expostas a essa ferramenta sem nenhuma orientação! Passar essas informações às famílias era fundamental! A gestão da escola achou tão pertinente esse assunto que concordou com a sugestão de apresentarmos essa fala à comunidade escolar, que se reuniria em maio para o Dia da Família na Escola. E assim foi feito. Em maio, no dia da Família na Escola, fizemos uma fala com pais, responsáveis, alunos... Durante a exposição oral, houve vários depoimentos de situações de riscos que eles não tinham noção de como evitar e de como orientar os filhos e colegas a terem mais cuidado e responsabilidade com essa ferramenta e que com as informações ali aprendidas se tornariam mais cuidadosos e zelosos com suas práticas pessoais e com as crianças. Foi muito importante ter esse momento com as famílias. O passo seguinte ainda está em andamento: a formação dos alunos no dia a dia das aulas de Tecnologias para Aprendizagem.

“É essencial que os pais atuais sejam "pais digitais" e bem informados, que saibam orientar os seus filhos no uso seguro da internet. A escola deve ser parceira nesta questão e ajudar as famílias a dar dicas como aprender a diferenciar entre "amigo" e "contato de internet", ensinar as crianças a pedir ajuda quando se sentirem assediadas etc. A palestra sobre o uso seguro da internet foi uma importante oportunidade para se iniciar esta parceria.” – Débora Geniole, Coordenadora Pedagógica.

https://drive.google.com/open?id=1b2L2JRjouyPCnoN8R wyV8-Jg0PssTBju


15

CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS EMEF PREFEITO ADHEMAR DE BARROS Prof. Rubens dos Santos Júnior - Rubinho Público-alvo: Ciclo autoral

Em 2016, o professor Rubinho propôs algumas construções durante as aulas de Matemática ministradas nos sétimos anos da EMEF Prefeito Adhemar de Barros. Os alunos adoraram! Como consequência desse entusiasmo, o professor decidiu ampliar o conhecimento dos adolescentes sobre o assunto. Nascia assim, o Projeto “Construções Geométricas”.

Em 2018, em parceria com as professoras do Ensino Fundamental I, os estudantes iniciam oficinas nas quais têm a oportunidade de colocar à prova o conhecimento adquirido durante as aulas com o Professor Rubinho. De aprendizes, tornam-se mestres! E, à medida que ensinam, reconstroem seus saberes enquanto também os consolidam.

Desde o início, os trabalhos realizados foram expostos e, por isso, alunos de outras turmas ficaram curiosos e começaram a questionar de onde vinham os objetos espalhados pela escola. Ao saberem de que se tratava de um projeto do Programa Mais Educação, no qual poderiam participar no contra turno, manifestaram interesse e o projeto estendeu-se para os alunos dos demais anos do ciclo autoral.

Com os objetivos de desenvolver competências e habilidades nos âmbitos social e intelectual, ampliar as possibilidades de expressão dos alunos por meio das construções e situações de aprendizagem abordadas, promover discussões e intervenções, o Projeto Construções Geométricas vem despertando o interesse de nossos alunos em aprender Matemática. Numa via de várias mãos, a escola toda acaba envolvida de maneira prazerosa e eficaz!

As exposições foram ampliadas. Mais alunos tiveram contato com as produções que foram pouco a pouco tornando corredores, salas e pátio mais coloridos e geométricos.

“Meu aprendizado tem sido diário. Por meio do convívio com os alunos, busco constantemente novas estratégias de ensino. Sem dúvidas, tenho muitas histórias para contar...”. Professor Rubinho, em entrevista para esta revista. São Paulo, 1ºde novembro de 2019.

https://drive.google.com/open?id=1P9kTnVPxJ_U7GNe07NGtlvqBO5ReQIj


16

CARTAS DA 2°GUERRA EMEF AIRTON ARANTES RIBEIRO / EMEF PROCÓPIO FERREIRA Profª Kacianna Patrícia de J. Barbosa e Amorim (EMEF Airton) e Profº Fredson Pedro Martins (EMEF Procópio) Público-alvo: Estudantes do Ciclo Autoral dos 9°s anos da EMEF Airton e dos 9°s anos da EMEF Procópio

O conteúdo previsto para o 9° ano é a temática da 2ª Grande Guerra e todos os desdobramentos que esse evento ocasionou. Dentre os fatos mais marcantes, a constante troca de cartas entre os soldados e suas famílias serviram de inspiração para o desenvolvimento deste projeto, que teve por objetivo aproximar os alunos dos sentimentos que tais fontes históricas poderiam despertar. A proposta feita aos alunos foi redigir cartas aos estudantes de outra unidade escolar, após a leitura de fichas de personagens reais, elaboradas pelos professores envolvidos. As cartas foram devidamente corrigidas e orientadas pelos professores de História e os alunos também preocuparam-se em estilizar e envelhecê-las, para que aparentassem ser da década de 1940. Percebemos uma grande emoção, ao ver os alunos lendo as cartas e as respostas dos correspondentes, mesmo sem conhecê-los, pois viveram a sensação de receber notícias de seus “entes queridos”, na expectativa de saberem se estavam vivos e em que condições de saúde.

Na sequência foi promovido um encontro com café da manhã na EMEF Airton Arantes onde os alunos puderam enfim se conhecer, e trocar suas impressões sobre a experiência e dialogar sobre a barbárie que foi o genocídio contra os judeus, acentuando a questão do preconceito em geral. Para encerrar com chave de ouro, tentamos levar os alunos ao Museu Judaico, porém como estava em reforma, infelizmente o museu não pôde receber os alunos. Assim, os curadores do Museu, na pessoa da Sra. Linda Blaj gentilmente nos apresentou o Sr. Joshua Strul, romeno de 86 anos, membro de sua comunidade e sobrevivente do Holocausto, que tivemos a honra de receber em nossa Unidade Escolar. Ele relatou suas experiências e de toda a sua família, apresentou documentos históricos do acervo do centro de Memórias do Museu Judaico e, com toda sua simpatia, visitou também uma sala de 5°ano, que está fazendo a leitura do Livro: “A estrela amarela” que retrata a saga do povo judeu durante o período nazista. Além da interação com os alunos, o Sr. Joshua mostrou-se extremamente solícito às perguntas e dúvidas de todos.

”Eu me senti dentro de um filme sobre o holocausto” disse Nicollle 9°A – EMEF Airton “A visita do Sr .Joshua foi bem gratificante (...) alguém que sentiu na pele o que estamos estudando, que sofreu bastante e deixou de fazer suas coisas para vir dar uma palestra pra nós, pra contar sua história de vida...foi algo muito bom!” (Adryan, 9ºA) “Ele é uma pessoa maravilhosa, super educado, muito fofo” (Camilly, 9ºA) Expressões espontâneas durante a Palestra: “Este Sr. é mesmo de verdade, como ele viveu a tudo isso?” “É, não é só a quebrada que passa fome!”

https://drive.google.com/open?id=1UwGZxMh6X1qLYziUjkwt DapxURYz3QqP


17

SARAU HERANÇAS AFRO EMEF ANNA SILVEIRA PEDREIRA Professores Responsáveis: Professora Lidiane Pereira da Silva Lima Público-alvo: Estudantes dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral

Desde 2015, a professora Lidiane desenvolve com os

Também participaram de oficinas sobre estética negra,

estudantes dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral, no

artes visuais, Hip-Hop, máscaras africanas e Abayomi.

âmbito do Programa Mais Educação São Paulo, o Projeto

O resultado do trabalho é visível a partir da evolução

“Sarau”, nomeado “Sarau Heranças Afro a partir de

escolar de seus participantes e da qualidade das

2018”.

apresentações realizadas em eventos da Unidade. Além

Essa ação pedagógica promove o protagonismo e autoria

disso,

de crianças e adolescentes, ampliação e valorização dos

reconhecimento externo, pois já foi apresentado na

saberes

sobretudo,

Mostra Cultural da Cooperifa, na Feira Literária e

representatividade positiva da cultura e identidade afro-

Periférica, em Unidades do entorno, na Faculdade de

brasileira.

Educação da USP e no CIEJA Campo Limpo.

Durante as aulas, os estudantes têm oportunidade de

O Projeto Sarau Heranças Afro está vinculado aos eixos

aprofundar o estudo da temática a partir de recursos

temáticos contidos nas Matrizes dos Saberes do Currículo

audiovisuais, livros e imagens e são motivados a

da Cidade, pois garante voz aos estudantes, sentidos para

expressarem

a vida no século XXI, vivência de valores fundamentais,

sobre

literatura

suas

vozes

periférica

em

e,

debates,

interações,

o

Sarau

vem

ganhando

repercussão

e

produções de textos, apresentações e saídas pedagógicas.

desenvolvimento sociocultural e produção de sentidos.

O grupo visitou o Museu Afro Brasileiro, Museu da

O Sarau vem construindo expectativas junto a estudantes

Resistência, MASP (Histórias Afro-Atlânticas) e recebeu a

do Ciclo de Alfabetização que expressam à professora o

visita de poetas periféricos que ampliaram suas

desejo de fazer parte do grupo.

referências.

“Eu aprendi a me aceitar e me amar do jeito que eu sou. Consegui olhar cada traço de mim e dos outros de um jeito diferente, um jeito melhor. Aprendi coisas novas que nunca ouvi falar em outros lugares: João Cândido, negros que foram escravizados, tipos de cabelo, traços negros. Eu adoro estar no Sarau, eu me divirto e posso falar o que eu penso, então em vez de eu não fazer nada em casa, posso me divertir enquanto estudo” Luzia de Assis (7º ano).

https://drive.google.com/open?id=1m8mz4KtulkkevfOtE1 BMIrLIAguAxF


18

AMBIÊNCIA EMEF ANTÔNIO ALVES DA SILVA, SGTO Professores Responsáveis: Nanci Evangelista de Paula Vieira, Tamara Maria Galvão da Silva, Shirley Carvalho Mariano Lacerda, Karina Possi, Sara Domingues de Almeida Pereira, Andrew Souza Silva, Gabriela Martinez Busnello Queiroz Público-alvo: Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral

Ambiência como tema orientador e unificador dos ciclos. Escolher temas que conectem uma EMEF inteira não é fácil, a diversidade presente, que é importante para que a escola pulse e seja uma escola que aprende, também é um desafio. O tema mensal ajuda a planejar momentos de trocas e traçar objetivos comuns. Ver os projetos desenvolvidos inspiram a comunidade escolar e possibilitam que a escola desenvolva uma dinâmica de partilha e de valorização do conhecimento. Em 2019, o tema meio ambiente se mostrou frutífero. Foi amplo o suficiente para permitir a integração de todas as áreas e próximo o bastante para que o aluno pudesse observar e refletir sobre seu cotidiano dentro e fora da escola. Os projetos se focaram na territorialidade, nos 3 “r”s e na proteção ambiental. Os professores organizaram atividades durante todo o ano letivo, mas direcionaram etapas importantes para o mês de setembro, como combinado na primeira reunião de planejamento. Muitos foram os projetos desenvolvidos, mas narraremos: No ciclo de alfabetização 3º ano - Sussurradores poéticos: estudo sobre o som e construção de instrumentos com material reciclado. 1º ano - Preservação da natureza: Estudo sobre o meio ambiente e construção de brinquedos com material reciclável.

No ciclo interdisciplinar 4º ano - Redução de consumo: Estudo sobre o aquecimento global, seus desdobramentos e a organização da feira de trocas. No ciclo autoral 8º ano - Moda e hábitos de consumo: Estudo sobre o impacto dos hábitos de consumo no meio ambiente e nas construções sociais. Organização de um bazar. 9º ano - Meio Ambiente e responsabilidade social: Pesquisa sobre o estudo da poluição das águas e a importância da reciclagem. Trabalho de Colaboração Autoral com apresentação dos resultados para a comunidade. Os projetos apresentados contemplam diversas esferas do conhecimento, do raciocínio lógico ao senso estético. Os alunos puderam demonstrar o aprendizado e vivenciar experiências únicas, porque os projetos foram pensados para construir um ensino integral. Valorizando todos os seus agentes e não se eximindo de questões delicadas, como o uso de plástico na escola. A escola aprendeu com a própria escola.

“Você tem que estudar para trabalhar Não importa qual seja sua profissão você tem que ser um campeão” José A.N. Araújo e Kauan L. R. Ganga 4 ano B - livro #Fora Dengue https://drive.google.com/open?id=1Sxy2oDMuzJZjetN5V2 SHm2AxMtxAnybc


19

GINCANA CULTURAL EMEF ANTONIO ESTANISLAU DO AMARAL Professora Responsável: Carolina Neiva Neves Público-alvo: Estudantes do Ciclo Interdisciplinar (6° ano) e do Ciclo Autoral

Os projetos esportivos e culturais sempre geram grandes expectativas e envolvimento dos alunos. Com isso enxergamos a possibilidade de trabalhar conteúdos que fossem significativos e prazerosos, além de desenvolver valores e a compreensão de regras. O ano de 2019 foi marcado pela Copa do Mundo Feminina, devido as grandes repercussões das mídias. Começamos, então, a observar com maior atenção a prática esportiva feminina e percebemos que além da questão de igualdade entre homens e mulheres este evento traz à tona a “equidade para todos”. Diante desse quadro, nasceu o projeto “Campeonato Esportivo e Gincana Cultural: em busca pela Equidade – A mulher no esporte”. De forma interdisciplinar a ações tinham como objetivos compreender a importância da Equidade no Esporte e nas diferentes situações cotidianas; conhecer a história do Futebol Feminino no Brasil; desenvolver o tema em diferentes manifestações culturais, corporais, tecnológicas, esportivas e artísticas e integrar os professores de diferentes disciplinas. Durante três meses, uma vez na semana, fazíamos uma ação pedagógica onde as salas se transformavam nos “clubes” das equipes, sob orientação da Professora Carolina Neiva Neves e demais professores dos anos finais.

QUE COMECEM OS JOGOS! Cerimônia de Abertura e Início dos Jogos: Contamos com a entrada de cada delegação e todos cantaram à capela o Hino Nacional com a participação da talentosa professora Silvana. As equipes apresentaram os uniformes, as bandeira, as mascotes e os gritos de Guerra. Para encerrar os alunos prepararam uma apresentação de dança. Em seguida iniciamos os jogos de futsal feminino e masculino. Gincana Cultural: Tivemos as apresentações, de dança, teatro, talento surpresa, vídeo, ação social, desenho, diário e os robôs. Cerimônia de Premiação: iniciamos com um vídeo com alguns momentos do Campeonato e da Gincana para podermos refletir sobre todo trabalho desenvolvido, em seguida realizamos as premiações e revelamos os grandes vencedores! O projeto trouxe grandes contribuições para todos, além de atingir as expectativas de aprendizagem, percebemos ganhos de valores como, trabalho em equipe, respeito às diferenças, inclusão e disciplina.

“Equidade nada mais é o que um valor que presa pela justiça, proporcionando o melhor possível a cada indivíduo” Stephany Maria Cabral, 9° ano C

https://drive.google.com/open?id=1DnbDj9mFcNsRmbgZs zXxRgq6WfiMSI5k


20

JORNAL DIVERSIDADE JOVEM EMEF CAMPO LIMPO II Professora Juliana Braga Público alvo: Estudantes do Ciclo Interdisciplinar (5º e 6º anos) e do Ciclo Autoral

O Projeto Jornal DIVERSIDADE JOVEM é desenvolvido com alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental. Os próprios alunos gerenciam, com a supervisão da professora, uma página no facebook. Essa página é alimentada por eles apresentando tudo que ocorre dentro da escola, como por exemplo, festa junina, atividades diferenciadas feitas em sala de aula, reuniões, campeonatos, promovendo visibilidade e valorizando cada ação feita dentro da escola e em seu entorno, atualizando toda comunidade com informações como campanhas de vacina, eventos, cursos gratuitos e etc. A primeira atividade feita pelo grupo foi a escolha do nome do Jornal. Os alunos criaram uma lista de nomes que os representassem e representasse a ideia de o Jornal ser feito por jovens e de ser destinado a todos. Foi feita uma eleição e o nome “Diversidade Jovem” foi o ganhador. Criamos um logo e conseguimos comprar camisetas e estampá-las. Essa primeira ação foi de grande importância para criação da identidade do grupo, formado por alunos de sexo, cor, religião e séries diferentes. Eles compreenderam que ali, acima de tudo, eram parte do “Diversidade Jovem”. Esse fato os uniu e fez com que toda

“Outro fator positivo desse projeto é a supervalorização que ele oferece para todas as atividades ou eventos promovidos dentro da escola, criando uma maior visibilidade dessas atividades para todos os alunos e comunidade escolar” (Prof. Juliana Braga)

escola tivesse um grande respeito por eles. O ponto alto dessa atividade é a interação com a comunidade escolar que a rede social proporciona. Isso serve de estímulo para que os alunos criem cada vez mais materiais para as postagens, e que se sintam importantes e úteis para comunidade e obtenham grande reconhecimento de todos. É possível perceber uma melhora considerável no relacionamento dos alunos, na participação em todos os eventos promovidos, nas habilidades leitora, escritora e na interpretação de texto, que são pré-requisitos para aprender qualquer outra habilidade. Outro fator positivo desse projeto é a supervalorização que ele oferece para todas as atividades ou eventos promovidos dentro da escola, criando uma maior visibilidade dessas atividades para todos os alunos e comunidade escolar. Serve como uma vitrine de tudo que está sendo vivido e construído dentro da escola. Assim, derrubamos essa barreira invisível entre a comunidade e a escola e apresentamos uma nova forma de aprender e ensinar.

https://drive.google.com/open?id=1_2P26EfASDRGdBGgj x3pmm_dAUzRDvuF


21

A ESCOLA QUE EU QUERO EMEF Campo Limpo III – Luísa Rosária de Oliveira Dias Professores do Ciclo Autoral e Projetos do “Mais Educação” Público-alvo: Estudantes dos 9º anos (Ciclo Autoral)

O Projeto “A escola que eu quero” é mais do que uma ação do Trabalho Colaborativo Autoral (TCA), trata-se da atuação dos estudantes da EMEF Campo Limpo III frente aos problemas da escola por meio da seleção de temas escolhidos pelos próprios alunos para que de forma cidadã e consciente pudessem interferir na sua realidade. Os alunos participantes do projeto perceberam nesse trabalho a importância de ser crítico de forma proativa. Dentre os temas selecionados estão: Bullying; Organização de Eventos; Apoio na sala de Tecnologias às Aprendizagens; Contação de histórias (para os alunos dos anos iniciais); Atividades e Jogos nos Recreios; Acessibilidade; Cultura da Paz; Embelezamento e expressão: Grafite; Os cinco Rs e Fotografia como Registro Histórico. Cada grupo com seu tutor identificou uma questão que necessitava melhorar na escola e fez um projeto de atuação, como por exemplo, o grupo de atividades nos intervalos - os alunos viram a necessidade de propor jogos e brincadeiras para diminuir os acidentes.

Assim, o grupo identificou um problema e propôs uma ação possível. As etapas seguidas pelos estudantes foram: elaboração do projeto, pesquisa com trabalho escrito, produção de PowerPoint de registro e a apresentação final (que ocorrerá no final de novembro). Os alunos com deficiência e com altas habilidades foram incluídos e desempenharam um papel surpreendente na execução da proposta. Acreditamos na força dos jovens para apoiar as ações do Projeto Político Pedagógico de forma democrática e atuante, contribuindo com o sentimento de pertencimento e de valorização do espaço público e, por isso há o reconhecimento da comunidade escolar e dos vínculos criados no projeto. As ações de TCA reverberaram nos demais ciclos e demonstraram o potencial do ciclo autoral, deixando o grupo escolar mais integrado e de acordo com as propostas do Projeto Político Pedagógico.

“Gostei da experiência de ajudar as meninas do 5° ano. Elas são super calmas e entenderam o conteúdo rápido. Eu também aprendi a trabalhar na pasta compartilhada e quero continuar ajudando os alunos da escola.” (Aluno Willian, 9° ano, após participar de uma aula como monitor de informática). “Comparamos os prédios da EMEI e de nossa EMEF e observamos a importância da acessibilidade na vida dos alunos com deficiência” (Alunos do TCA Acessibilidade após trabalho comparativo com fotos).

https://drive.google.com/open?id=1xvWh1Gi80rW05t1Z8 pQ7sEmt2TsAT7TB


22

CONTA E FAZ DE CONTA EMEF CAROLINA RENNÓ RIBEIRO DE OLIVEIRA Responsáveis: Professores e Equipe Gestora da Unidade Público: Todos os estudantes da Unidade

Esse projeto teve início em 2011, sugerido pela Coordenadora Pedagógica, Aparecida Elizabeth Zaminhani (já aposentada), para as turmas do Ciclo de Alfabetização e do Ciclo Interdisciplinar (4º e 5º anos), com o tema Conta e Faz de Conta- Contos de Fadas, e a partir da repercussão e encantamento que produziu, toda escola se mobilizou para também participar. Esse projeto acontece todos os anos, com exceção dos anos em que acontecem as Olimpíadas, porque a escola produz suas Olimpíadas internas, as “Carolimpíadas”. Em cada ano é pensado um tema, como segue: 2011: Contos Clássicos; 2013: Contos Árabes; 2014: Contos Africanos; 2015: Contos Indígenas; 2017: Contos de Tecer, Fiar e Bordar; 2018: De todos os Cantos do Mundo; 2019: Cordel. Objetivos: - Proporcionar aos alunos interação entre a fantasia e o cotidiano; - Potencializar a exploração de significados que a música e os contos de tradição oral trazem; - Permitir aos alunos o estabelecimento de relações interdisciplinares, por meio das músicas e dos contos; - Estimular a imaginação, a inventividade e a leitura prazerosa; - Favorecer a iniciativa, a cooperação, a espontaneidade, o diálogo e a solidariedade no ensinar e aprender; - Contribuir para mudança de perspectiva do próprio conceito de escola.

AÇÕES DO PROJETO: Antes: 1. Nos horários de estudo, proporcionar aos professores a vivência de atividades e leituras sobre o tema para pensarem em atividades e na ambientação para o dia da finalização do projeto. 2. Repertoriar os alunos com o tema definido 3. Organizar o material necessário para as atividades propostas. Durante: As atividades acontecerão nas salas, durante 20 minutos cada e 3 encontrões, em espaços maiores, de 40 minutos cada. Cada sala terá um tema, sendo ambientada e tendo como fundo de cena algum livro do repertório estudado. Nas salas temos uma turma por vez, já nos encontrões 1 e 2, são 3 turmas juntas e o terceiro “encontrão” são todos no pátio para uma atividade comum, contação de história, teatro, sarau, dependendo do tema do ano. Organização das atividades: - Cada sala será acompanhada por seu professor. - Os alunos do Ciclo Interdisciplinar (6º ano) e do Ciclo Autoral (Monitores da Sala de Leitura), poderão ser os personagens que darão corpo a cada sala e monitores dos jogos. - Os alunos serão divididos por turma. - Na abertura serão convidados a viajar pelo mundo da fantasia. Abertura das atividades. (histórias). As apresentações nas salas acontecem simultaneamente.

https://drive.google.com/drive/folders/18OUYfGaF5 Gqy2ngPL7Pxi1UL3sDT-bBg


23

PARAISÓPOLIS MULTICULTURAL EMEF CASARÃO Todos os Educadores da Unidade e Coordenadoras Pedagógicas Público-alvo: Alunos dos Ciclos de Alfabetização e Interdisciplinar (5º e 6º anos) e da EJA (Alfabetização e Etapas Iniciais)

A EMEF Casarão está inserida em uma comunidade formada por pessoas das mais diversas regiões do Brasil, que trazem consigo suas tradições, crenças, preferências e costumes. Ao andarmos por Paraisópolis, nos deparamos com diversas manifestações culturais: um sotaque, uma música, uma dança, um grafite, o cheiro de um prato sendo preparado. Nossos alunos vivem e estão inseridos nesse caldeirão cultural, em seu cotidiano. Muitas vezes quando conversamos sobre Paraisópolis com estes alunos, ouvimos muitas falas negativas sobre a comunidade. E a mídia contribui com essa impressão e algumas famílias acabam não explorando e conhecendo todo este território, tão rico. O principal objetivo do projeto foi valorizar, reconhecer e ampliar o repertório cultural dos nossos alunos e de toda comunidade de dentro e de fora da escola, pois até os professores aprenderam a olhar essa comunidade com outros olhos.

Desta maneira acreditamos que podemos contribuir com a melhoria da autoestima e o desenvolvimento integral do estudante, que é um dos alicerces do Currículo da Cidade. E assim, iniciamos nosso projeto levantando no território, os lugares que os alunos costumam frequentar dentro da comunidade e fizemos uma lista de novos espaços culturais e de lazer a serem visitados. Em Assembleias, escolhemos os espaços que os alunos gostariam de conhecer e estudar. Assim, começamos nossa viagem por Paraisópolis, munidos de muita curiosidade e animação! Fomos, aos poucos, explorando, pesquisando, registrando, ressignificando os espaços e construindo juntos um novo olhar sobre Paraisópolis. Se você quiser saber mais sobre nossas andanças e descobertas acesse pelo QR Code abaixo!

“Antes eu achava que Paraisópolis não era uma comunidade boa não, ouvia sempre um monte de coisa ruim, tinha vergonha. Esse ano fui passear com a escola, conheci o Ballet, CEU, o Rugby, as Bibliotecas, as artes daqui... aprendi um monte de coisas bem legais. Hoje acho essa uma comunidade boa!” https://drive.google.com/open?id=1FWUxjPGxEBfzCgrTCz CPX5c2NNHwHXsO

Micaella, 10 anos


24

LEITURANDO EMEF CHÁCARA SONHO AZUL Responsáveis: Isabel S. de Oliveira Almeida, Maria de Fátima B. Santos e Viviane Raquel da S. S. Duarte Público-alvo: Ciclo de alfabetização

O projeto “Leiturando” nasce a partir das reflexões acerca das avaliações internas e externas de nossa Unidade Escolar, em que concluímos que havia a necessidade urgente de desenvolvermos propostas que favorecessem o desenvolvimento da habilidade leitora, a leitura não apenas por obrigatoriedade, mas pelo prazer de ler, e referendados por um conjunto de iniciativas de estímulo à leitura, realizados pela rede municipal de ensino, em especial o projeto “Leituraço”, que articula práticas de incentivo ao hábito de ler entre estudantes, educadores e comunidades, valorizando a produção literária, visando ampliar, gradativamente, o número de alunos letrados. A ideia inicial do projeto era de, prioritariamente, desenvolver a habilidade leitora, proporcionando o contato com os mais variados gêneros literários e autores, abrangendo desde a literatura clássica até a literatura periférica, contudo, a proposta favoreceu a integração entre diferentes áreas do conhecimento e múltiplos leitores, quando professores de diferentes áreas e ciclos de aprendizagem, funcionários, alunos com habilidade leitora fluente podem fazer a leitura para qualquer aluno da escola, tornando-se um incrível mecanismo de aprendizagem e protagonismo para todos, desde os que fazem as leituras aos que estão participando como ouvintes.

Outro benefício para o exercício da autonomia na construção do conhecimento é a mobilidade do aluno nos diferentes espaços da escola, pois a leitura pode acontecer desde a sala de leitura até o pátio, quadra, estacionamento, parque, secretaria, entre outros espaços, mostrando que toda a escola e seu território são ambientes pedagógicos, que podem, e devem ser ocupados por todos. O projeto possibilitou a cultura da escola leitora em que se percebe o prazer por ler, desenvolvendo as aprendizagens, a habilidade leitora, a oportunidade de ouvir, perpassando por todos os ciclos, aumentando a procura por leituras, combatendo tabus e preconceitos quanto à prática leitora, abrindo espaços e oportunidades para novos leitores, novos escritores, para o protagonismo e estreitando laços que até então eram distantes, pelas diversas faixas etárias, contribuindo para a construção de uma nova identidade, uma nova unidade, nova realidade, com novos alunos, novos sonhos e novas possibilidades. Valorizar a prática leitora é valorizar o que é lido, os leitores e os que um dia terão na leitura uma ferramenta de transformação de suas vidas, de seus mundos. Isso é apenas o começo...

“Ao escutarmos uma leitura entramos em nossa imaginação, abrindo portas para diversidade cultural” Raíssa Matos Silva 9°B “O leitor mais experiente é o nosso guia pelo mundo da leitura” Adrian Silva de Almeida 5°A

https://drive.google.com/open?id=1w6IivJeJr9qx_HrXg_S 3aqR8I2rMOnjF


25

INCLUI CLEMENTE EMEF Prof. Clemente Pastore Professores: Érica Ferreira de Melo Gabriel, José Eduardo de Abreu, Luciana Leite de Almeida, Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar

Vivemos em um mundo pluralizado, com pessoas que possuem as mais diversas necessidades especiais; assim sendo, é de suma importância que nossos educandos estejam familiarizados com essas peculiaridades e estejam aptos a conviver naturalmente com aqueles que as possuem, colaborando sempre que possível em seu processo de inclusão na sociedade. Nossa escola existe uma sala de recursos multifuncionais (SRM) desde início da década de 90, cujos educandos também frequentam as salas de aulas regulares a fim de que possam se socializar, desenvolver suas capacidades pessoais e aprimorar sua inteligência emocional; portanto a convivência entre educandos com as mais diversas necessidades especiais e aqueles que não as possuem ocorre a muitos anos em nossa unidade escolar. Devido a esse fato, percebemos a necessidade de desenvolver um trabalho de sensibilização para que os educandos aprimorassem a percepção de si e do outro, refletissem sobre a importância do respeito mútuo nos diversos contextos vivenciados por eles, favorecessem o relacionamento interpessoal com ações e atitudes positivas; contribuindo assim para que todos os envolvidos possam participar de forma atuante com uma concepção de escola que preza a inclusão, promovendo acesso a uma educação de qualidade para todos.

“Temas como a solidariedade, a igualdade, a amizade e o amor são muito falados e abordados em nosso cotidiano, mas pouca gente se dispõe a agir nesse sentido. O projeto Inclui Clemente possibilitou aos educandos partir da empatia em relação aos seus colegas com necessidades especiais para ações que visam auxiliar na inclusão dos mesmos em nossa sociedade.” Profa Amanda H. Rangel

O projeto é iniciado com a exibição do filme “Extraordinário” - baseado no best seller mundialmente conhecido de R. J. Palácio, que narra a história de Auggie Pullman, um garoto que sofre de síndrome de Treacher Collins, que causa deformação facial – seguido por um debate sobre questões levantadas pela turma. Após o debate, é feita uma visita à Sala de Recursos Multifuncionais onde se dá a leitura do livro “Lilás – Uma menina diferente” de Mary E. Whitcomb e Tara Calahan King, que narra a história de Lilás, uma menina que foge ao estereótipo convencional de comportamento. Em uma conversa informal, são levantados fatos ocorridos no filme e no livro e uma reflexão sobre quais foram as ações positivas e negativas usadas em ambos. Em seguida, é assistido o curta metragem “Cuerdas” de Pedro Solís Garcia, que narra a história de Maria, uma menina que se tornou amiga de Nicolás, um menino que tem paralisia cerebral. Após discussão sobre a relação entre as crianças, mostrada no curta-metragem, cada turma irá criar um cartaz com ações para promover a inclusão de todos na sociedade e será feito um desenho por cada um dos educandos para representar o projeto, sendo escolhido apenas um por turma para participar de um concurso que elegerá qual deles será usado para ilustrar o projeto “ Inclui Clemente”.

https://drive.google.com/open?id=1WAV6eikV1ZiilW8uN Yjw97tRnFwXfHE7


26

Debate – Temas Da Atualidade EMEF CYRO ALBUQUERQUE Profa. Solange Leandro Vieira Ferreira Público-alvo: Ciclo Autoral - 8ºs e 9ºs anos

Apresentação A ideia de trabalhar um projeto de Debate elencando temas da atualidade surgiu da necessidade de se aprofundar nos assuntos polêmicos, refutando o senso comum, normalmente utilizado pela maioria das pessoas, assim como trabalhar o texto dissertativo-argumentativo. Desenvolvimento Nas aulas de Língua Portuguesa, quando se propõe a produção de textos dissertativos, o trabalho com argumentos torna o texto mais confiável e as pesquisas de temas da atualidade dão mais significado à atividade. Inicialmente é feita a escolha dos temas da atualidade como Legalização do aborto, Legalização da maconha, Uso abusivo de álcool na adolescência, Maioridade Penal, Pena de Morte, Imigrantes/Refugiados, Inclusão de Deficientes e Posse e Porte de Armas, dividindo a turma em grupos e sorteando os temas, subdividindo-os em prós e contras.

É muito interessante quando o grupo sorteado precisa defender um tema polêmico, mesmo tendo a opinião contrária. Às vezes, existe uma primeira resistência, mas após a proposta bem definida os alunos pesquisam e interagem de maneira positiva, pois o debate causa certa emoção na maneira de se apresentar um assunto. Outro aspecto importante deste projeto é aprender a buscar as informações em fontes confiáveis, pois na sociedade atual há uma rápida circulação de informação e, ao mesmo tempo, das famosas “fake news”. Aprender a pesquisar é parte importante para que as informações apresentadas não sejam facilmente refutadas no momento do debate. E a hora do debate é comparada a um “câmera-ação”, é o momento onde o projeto ganha vida, os alunos se envolvem, não apresentando apenas argumentos pesquisados, mas defendendo o tema com fervor, tanto com seus argumentos a favor ou contrários, positivos e negativos. A plateia também participa com perguntas, dúvidas que podem ser direcionadas tanto ao subgrupo que está defendendo o tema, quanto ao que está se opondo ao mesmo.

“Não acho legal defender um tema que não acho certo (legalização do aborto)” Guilherme, 15 anos, 9º ano ‘Eu estudei muito pra poder defender o meu tema” Ellen, 15 anos, 9º ano

https://drive.google.com/open?id=1PzJwuMbdUAA6RfwX TxzBdYg_JnW7SMER


27

ASTRONOMIA EMEF DE GAULLE Responsáveis: Aline Cristina da Cruz e Katia Regina P. Benedito Paino Público Alvo: Ciclo Interdisciplinar (4ºs e 5ºs anos)

O projeto tem como objetivo difundir o conhecimento astronômico entre os educandos, fomentando o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e ciências afins ampliando os conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa. Além disso, os alunos são preparados durante o ano letivo com aulas dirigidas ao conteúdo da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), que é realizada no mês de maio de cada ano. O projeto é desenvolvido nas aulas de docência compartilhada dos 4º e 5º anos com as professoras e de apoio de um grupo de TCA (Trabalho Colaborativo de Autoria) do 9º ano, que escolheu este tema para ser desenvolvido durante o ano de 2019. A astronomia é a mais antiga das ciências e surgiu a partir das observações dos astros. Ela estuda e analisa o universo e os fenômenos que nele ocorrem. Os estudos astronômicos sempre despertaram a curiosidade, com sua grande variedade de conhecimentos. A astronomia se mostra uma poderosa ferramenta nas mãos do professor em sala de aula, estimulando nos alunos a curiosidade, o entusiasmo e o prazer em estudar temas sobre o universo.

Ao longo do percurso curricular do referido projeto, os educandos se apropriaram dos conhecimentos por meio dos mais diversos recursos disponíveis na unidade escolar (aulas expositivas, filmes, atividades com imagens em folha, slides em Datashow e produção de cartazes temáticos). A produção de conteúdos se deu a partir de sequências didáticas, com sondagem dos conhecimentos prévios. Posteriormente, programaram-se as atividades ao longo do ano, inclusive com avaliações periódicas, a fim de averiguar os conteúdos assimilados e, caso necessário, refletir novas abordagens sobre o tema, respeitando as diferentes formas de aprender. Os educandos participam de rodas de conversa, tendo como base o site da OBA e as revistas de Ciência Hoje, confecção de cartazes, seminários em grupo sobre as características do sistema solar, simulados de astronomia, a construção e lançamento de foguetes de garrafa pet e a confecção de um calendário com os eventos astronômicos do ano de 2019. Sabemos que vivemos em uma sociedade moderna, com a juventude ligada na internet com seus diversos dispositivos eletrônicos, com o uso dos aplicativos Google Sky e Stellarium.

O pilar de sustentação antes da ampliação de assuntos secundários é o Sistema Solar, sua constituição e características principais.

“Os conteúdos ultrapassam os livros. O projeto é lúdico, dinâmico e não fica preso apenas em teorias, trazendo elementos para a realidade. Todo esse formato é capaz de transformar o aluno em protagonista do projeto. (Professora Kátia) https://drive.google.com/open?id=1uPeHi1ROCTtKCivFB8oK7oH-Wdvk1QA


28

JEDEFE – JOGOS ESCOLARES DEZOITO DO FORTE EMEF DEZOITO DO FORTE Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral

O JEDEFE, Jogos Escolares Dezoito do Forte, surgiu a partir da observação da senhora Cezira (in memoriam), Diretora da Escola em 2012, que ao constatar que devido à rotatividade de professores de Educação Física, as crianças do 1° ao 5° ano tinham dificuldade em estabelecer vínculos. Por isso, solicitou ao professor Fábio, da mesma disciplina, que organizasse um campeonato esportivo simples com a finalidade de aproximar as relações e potencializar valores de cooperação, solidariedade, respeito dentre outros. Dessa forma, foi organizado um campeonato nos moldes de uma olimpíada, onde cada equipe representou um país, com bandeira, uniforme, mascote, pira olímpica e abertura. A prática foi incorporada à escola, acontecendo nos anos seguintes. Com a reorganização curricular do Programa “Mais Educação São Paulo”, o professor Fábio, teve as aulas de Tempos de Projeto atribuídas a ele, em Docência Compartilhada, com as professoras do 4º e do 5º ano. Em conjunto com os estudantes foi definido que o JEDEFE seria o Projeto das turmas. Nessa nova configuração, foi criado um boletim informativo e um jornal eletrônico, com participação ativa de todos. Como protagonistas do Projeto, os alunos dos 4° e 5° anos foram divididos em quatro equipes:

Organização, Divulgação, Arbitragem e Anotação Responsáveis pelo JEDEFE, eles encaminharam todas as ações, estendendo os jogos para os demais ciclos. Posteriormente, foram formadas equipes com professores e funcionários também, que inclusive, participaram das coreografias de abertura. Houve um concurso para definição do mascote, cujo vencedor, foi o JEDEFINHO. O professor conseguiu uma parceria com uma empresa que o confeccionou. Com o JEDEFE, os estudantes desenvolveram a aprendizagem, espírito de equipe, noção de organização e empatia. O objetivo principal foi alcançado, ou seja, a identidade de toda a comunidade escolar com a EMEF Dezoito do Forte. Em 2019, professores que trabalhavam na Dezoito do Forte e se removeram para a EMEF Oliveira Viana, instituíram os jogos em sua Unidade Escolar e promoveram a integração entre as escolas, participando da abertura do JEDEFE, com o compromisso de que em 2020, a EMEF Dezoito do Forte retribua a visita.

https://drive.google.com/open?id=16Lw5Zwksy0rpQkG LQcdKc0_TLrdYktGY


29

CULINÁRIA - NUTRIÇÃO SAUDÁVEL EMEF DONATO SUSUMU KIMURA PROFESSORES : LAIS, EMERSOM E FERNANDA Público-alvo: Todos os Educandos da Unidade Escolar

Para uma vida saudável, destaca-se a promoção da saúde por meio de ações de educação alimentar e nutricional que, por meio do diálogo e troca de conhecimentos, visam a motivar o indivíduo a adotar hábitos de vida mais saudáveis. Nesse sentido, o projeto de culinária atrelado à educação alimentar e nutricional permitem o encontro do saber popular com o científico, transmitindo informações de forma lúdica, didática e participativa. Realizamos oficinas de culinária com ingredientes da merenda escolar como beterraba, cenoura, couve, a fim de ressaltar a possibilidade de desenvolver preparações simples, nutritivas e saborosas com ingredientes comuns e de fácil acesso.

É gratificante desenvolver o Projeto de Culinária com os alunos, porque além de estarmos contribuindo para uma vida mais saudável, o projeto auxilia na alfabetização (leitura e escrita) e matemática. Os alunos e familiares gostam muito deste projeto, tanto que este é o terceiro ano que a comunidade o elegeu para compor os projetos do Território do Saber. O mais gostoso é que eles literalmente saboreiam o produto final. Aparecida da Silva Souza

Ao longo do processo, os docentes destacam o valor nutricional dos alimentos em questão, suas principais características e propriedades, bem como o melhor modo de preparo. As crianças devem ser participativas durante todo o processo, discutindo sobre algumas condutas, já realizadas no cotidiano e esclarecendo dúvidas. As atividades de educação alimentar e nutricional, como por exemplo, as oficinas culinárias, são importantes estratégias para a ressignificação dos saberes sobre a alimentação saudável com o objetivo de aplicar os conceitos no preparo de receitas saborosas e de alto valor nutritivo.

https://drive.google.com/open?id=11qIraZbw9KtrV B5YbRZbfSvWOahAzvbl


30

LEITURA EMEF EDIVALDO DOS SANTOS DANTAS Professora Responsável: Rosemary Ribeiro dos Anjos Sousa Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar

O projeto nasceu a partir da observação da POSL Rosemary que notou um grande desperdício de alimentos durante os intervalos. Desse modo, a professora percebeu a necessidade de alguma abordagem sobre o assunto na Sala de leitura. Contudo, ao buscar entre os livros algumas histórias que abordassem o assunto, notou que o repertório que havia no acervo (na época) era limitado. Assim, surgiu a ideia de escrever uma história em “Flipchart”, um livro coletivo onde todos pudessem participar de forma efetiva. Conversando sobre a ideia com alguns familiares, uma prima deu a ideia de fazer o livro em papelão, pois a mesma já tinha vivido experiências de trabalho com esse tipo de material. A partir disso, surgiu o primeiro livro em papelão “Casquinha de pão”. Desde então, para cada problema que surgia, a professora e os estudantes criavam uma história. Nos primeiros exemplares a idealizadora das histórias foi a professora e as ilustrações foram feita de forma colaborativa pelos alunos.

“É um momento especial para as crianças, pois representa empoderamento e protagonismo. Eles se veem representados, tem orgulho de dizer que participam do projeto. Seus olhos brilham quando falam das obras e mostram para as famílias. Rosemary deu as ferramentas e os alunos descobriram o quão longe podem ir.” Nivalda Aparecida da Silva Souza (coordenadora pedagógica)

O trabalho cresceu atingindo o número de 22 livros de papelão. Com isso notou-se a necessidade de fazer algo diferente que ultrapassasse as paredes da Sala de Leitura. A ideia era alcançar os 1300 alunos. Foi então que se pensou na produção do “Livro em Tela”. A proposta era produzir os livros em telas e espalhá-los pela escola para que fossem lidos por todos. Cada tela seria uma página, o que também daria movimento à leitura. Como havia uma sobra de tinta sem destino de utilização, com a autorização da gestão iniciamos as produções nas paredes. Mas no meio do processo faltaram mais materiais, o que nos fez inseri a participação da comunidade, que voluntariamente fizeram a doações de tintas, lixas, corantes etc. No ano de 2019, tivemos uma espécie de chá literário com as famílias e a comunidade. Nesse evento, fizemos o lançamento de um dos livros. Foi um sucesso.

https://drive.google.com/open?id=1ZpIYv3byK0fwr1jjPvvC 6tkx3L3VSGV4


31

SENSIBILIZAÇÃO PELAS LINGUAGENS DA ARTE EMEF Euclides Da Cunha Responsáveis: Geovannina Oliveira de Paula/ Leila Aparecida Cândido/ Vinicius Pelegrini/ Mariana Freitas Alonso/ Geni Ferreira Silva. Coordenadores Pedagógicos: Ana Eliza de Melo Amorim/ Sueli Paula Cruz. Diretor de Escola: Edison Rodrigues de Oliveira Público Alvo: Ciclo Autoral

O intuito deste projeto é trazer intervenções artísticas de temas que estão no dia a dia dos alunos, especificamente estudantes do ciclo autoral, que estão vivendo transformações das mais diversas, tanto em seus corpos como em suas mentes. Segundo o currículo da cidade de São Paulo (2018) o ciclo autoral. “Destina-se aos adolescentes e tem como objetivo ampliar, os saberes dos estudantes de forma a permitir que compreendam melhor a realidade na qual estão inseridos, explicitem as suas contradições e indiquem possibilidades de superação. Nesse período, a leitura, a escrita, o conhecimento matemático, as ciências, as relações históricas, as noções de espaço e de organização da sociedade, bem como as diferentes linguagens construídas ao longo do ensino fundamental, buscando expandir e qualificar as capacidades de análise”. A proposta autoral abriu um leque de possibilidades, trazendo a participação dos alunos, que por sua vez, trouxeram temas e angústias vivenciadas nesta etapa da vida, tais como depressão, ansiedade violência escolar, dentre outros, que foram abordadas e discutidas em sala de aula. O processo de desenvolvimento do projeto partiu da teoria para a materialização das ideias com intervenções que foram apresentadas por meio de várias linguagens artísticas.

Oi, eu sou Bruna estudo na EMEF Euclides da Cunha e estudo no 9ºB. Eu vou falar um pouco de como foi a experiência de participar da Intervenção da aula de Artes, que até então não era algo que eu tinha costume de fazer, não fazia parte do meu cotidiano na escola e foi uma experiência nova. A Professora explicou para gente, que nós teríamos que escolher um tema para apresentar na escola. Foi aí que escolhemos o tema da depressão e o tema da violência que no caso hoje em dia é um pivô, algo muito recorrente nos nossos dias. Para mim foi uma experiência inexplicável, algo muito legal, porque a gente aprendeu mais e mostrou mais para todos.

Foi uma experiência muito legal, nós vimos a reação de várias pessoas e a comoção de várias pessoas sobre e é assim, um assunto muito polêmico, que todos prestam muita atenção. Não tenho palavras porque como eu peguei a liderança, organizei, fui atrás e foi muito legal, muito legal.

O objetivo deste projeto é elevar a autoestima e valorizar a criatividade, conscientizando sobre a importância do respeito mútuo, o incentivo à investigação e busca de soluções, e por fim, incentivar um bom relacionamento entre os grupos de trabalho. As ações realizadas durante o processo de criação foram: o aprimoramento de ações interdisciplinares com aulas compartilhadas (Arte e História), a importância de um corpo que fala (Educação Física e Arte), roda de conversas, vídeos e filmes pertinentes aos temas escolhidos, criação de textos, cenários, figurinos e maquiagem. Este projeto foi realizado ao longo do ano letivo de 2019 na EMEF Euclides da Cunha e teve como produto apresentações de intervenções artísticas, performances, dramatizações, textos autorais, coreografias, fantoches para utilização em apresentações teatrais e curtas.

https://drive.google.com/open?id=1JxuEX3y8uoMAeVuXiwOaiWLchNRKqBh


32

DO LIXO À ECONOMIA SOLIDÁRIA: UM CAMINHO POSSÍVEL EMEF FAGUNDES VARELLA Responsável: Profª Amanda Público-alvo: Estudantes 1ª Etapa Complementar da EJA

No início do semestre letivo de 2019, em uma aula de Ciências da professora Amanda, com a turma na Educação de Jovens e Adultos, ao propor uma conversa ampla para identificar ideias e interesses dos alunos, ela percebeu um tema curioso com potencial para desencadear muitas aprendizagens no semestre e atender diversos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento do Currículo da Cidade para a EJA. Assim, ao conhecer a realidade dos lixos domiciliares, detritos e dejetos produzidos pela cidade de São Paulo, que gira em torno de 12 milhões de toneladas por dia, os alunos e a professora decidiram, em comum acordo, explorar esta temática. E os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento presentes no Currículo da Cidade de Ciências Naturais para a etapa complementar da EJA que poderiam ser atingidos totalmente ou parcialmente neste projeto foram: EFEJAECC03 – Coletar informações, analisar e propor alternativas sobre os impactos provocados no solo devido ao descarte de resíduos, considerando o tempo de decomposição dos materiais. EFEJAECC10 – Utilizar conhecimentos científicos para identificar maneiras de monitorar e minimizar impactos humanos no ambiente, quanto à produção de alimentos, ao uso de agrotóxicos e ao descarte dos resíduos alimentares. Primeiramente, a professora sistematizou ações propositivas com objetivos de promover o olhar atento dos alunos, às questões ambientais e descarte de resíduos no cotidiano. Em seguida, provocou os estudantes a sugerirem diferentes maneiras de realizar intervenções ou contribuir com a redução do descarte de dejetos. Concomitante a essas ações, a docente procurou sistematizar as aprendizagens e ampliar o repertório dos jovens e adultos da turma, utilizando diferentes linguagens como textos, vídeos, charges e também mapeou os centros de coleta de materiais recicláveis, presentes no território.

Como resultado dessas provocações intencionais, os alunos se sentiram mais motivados e então a docente os desafiou a participarem de uma gincana de destinação correta dos resíduos produzidos por eles e suas famílias durante o período de um mês. Esta gincana promoveu alguns desdobramentos, como por exemplo, retorno financeiro proveniente da troca de partes dos materiais coletados. O atendimento aos temas inspiradores do Currículo da Cidade “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” da agenda 2030 da UNESCO foram potencialmente contemplados no projeto como os ODS 2, 3, 6, 12 e 13 (Fome Zero, Boa saúde e bem-estar, Água limpa e saneamento, Consumo e produção responsáveis, e Combate às alterações climáticas). Em um momento de pausa para avaliação do projeto, os jovens e adultos da turma verbalizaram diversas aprendizagens, acertos e dificuldades encontradas, como por exemplo: reconheceram que o trabalho em grupo permite agregaram conhecimentos diferentes entre os integrantes; pesquisaram e selecionaram boas fontes para a coleta de informações confiáveis que atendessem às necessidades das atividades; visita da turma ao centro de reciclagem, permitindo o reconhecimento de equipamentos sociais presentes na comunidade. A professora avaliou que o projeto também possibilitou o desenvolvimento de competências socioemocionais, levando estes jovens e adultos a aprenderem a colocar em prática melhores atitudes e habilidades, contribuindo no alcance de objetivos, na demonstração de empatia, manutenção de relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável. Ao final do projeto, os recursos financeiros provenientes da troca dos resíduos recicláveis foram convertidos pelos estudantes, em toalhas plásticas para as mesas destinadas a alimentação, no jantar oferecido diariamente pela escola. Este projeto tem inspirado outros professores e estudantes a promoverem ações semelhantes na escola.

“Quando eu vi que poderia ganhar dinheiro com a reciclagem fiquei muito entusiasmado!”

https://drive.google.com/open?id=1xe8XpQkxt40d_ZOME1XKusGwvhGTZy8


33

PODCAST MULHERES INCRÍVEIS EMEF FRANCISCO REBOLO Responsáveis: Cláudio Bernardino Junior, Karina Moreno e Roberta Teixeira Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar (5ºs anos)

O projeto “Narrativas Digitais” é desenvolvido nas aulas de Tempos de Projeto em docência compartilhada pelos estudantes dos 5ºs anos com os professores regentes e o professor Cláudio, responsável pelas aulas e que também desempenha a função de POIE. Aproveitando o tema “Mulheres Incríveis”, proposto no segundo Caderno da Cidade, verificamos a possibilidade de criar uma narrativa em podcast. Podcast são arquivos de áudio que apresentam um conteúdo informativo no formato dos tradicionais programas de rádio, com a possibilidade do ouvinte baixar e ouvir onde quiser. Para produzi-lo é necessário um aparelho para gravar e um editor de áudio simples, como o AudaCity, disponível em todos os computadores da sala de informática. O professor utilizou a história de uma mulher incrível: Margaret Hamilton, uma física que participou das missões Apolo e foi responsável por conduzir, com segurança o ser humano à lua, presente em um dos episódios do Podcast Histórias de Ninar para Garotas, para apresentar o conceito de Podcast e a ideia do projeto. Nas aulas de Projeto, orientados pelo professor Claúdio em parceria com as professoras, os estudantes trouxeram as entrevistas gravadas para a edição do arquivo. Foi feito um roteiro prévio para que fossem entrevistas, as mulheres incríveis do convívio das crianças (mães, avós, madrinhas, tias). Previamente, os estudantes escreveram um relato sobre essa mulher e leram em sala de aula, num momento de grande emoção.

Em sala de aula, as professoras exploraram o tema “Mulheres Incríveis” de diferentes maneiras: Ouviram mais alguns podcasts, fizeram leituras diárias dos capítulos do livro “50 mulheres incríveis para conhecer antes de crescer”, além de retomarem outras histórias narradas no Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes. Os estudantes do 5º B elencaram 13 mulheres incríveis e divididos em duplas, pesquisaram sobre elas, construindo uma imagem em Power Point. Os áudios gravados serão apresentados na mostra cultural da escola. Logo após, os estudantes produziram um texto de opinião sobre “A importância da mulher na sociedade”. Foi interessante notar a admiração dos estudantes pelas mulheres de seu convívio, principalmente por enfrentarem duplas ou triplas jornadas de trabalho. Já o 5º C, trabalhou o conteúdo com os de outras disciplinas, por exemplo, Língua Portuguesa, onde os estudantes elencaram os adjetivos das mulheres estudadas e em História, foram explorados temas como respeito e tolerância em rodas de conversa sobre as histórias das mulheres incríveis. Esse trabalho foi realizado interdisciplinarmente e os estudantes chegaram a conclusões surpreendentes , como por exemplo, que as mulheres são incríveis por realizar feitos tidos como masculinos em uma sociedade machista. Além dos textos narrativos sobre a temática, os estudantes produziram um vídeo com o objetivo de incentivar desde a infância, o poder da participação social das mulheres.

“Eu me emocionei porque quando a história aconteceu eu fiquei triste, ai quando eu contei a história eu lembrei e por isso eu me emocionei. Aprendi muita coisa sobre a importância da mulher na sociedade e que as mulheres lutaram muito para chegar onde chegaram.” Felipe Ferreira Dantas – 5º ano B

https://drive.google.com/open?id=1SmC_ZEXh0LpLXVdIvd QWAxwqzkfFBU1t


34

RELAÇÕES ENTRE HUMANOS E ANIMAIS DOMÉSTICOS EMEF GIANFRANCESCO GUARNIERI Responsáveis: Edmilson Fernandes da Silva Neto, Gabrielle Silva Soares, Julia Santos Rodrigues, Kauan Joshua Santos Bauer, Manuela da Silva Gomes, Milena Alves Silva Jardim e professor mestre Tales dos Santos. Público-alvo: Alunos do Ciclo Autoral - 9º ano (TCA)

O presente projeto teve por ponto inicial levantar dados a respeito da relação dos estudantes com os seus animais de estimação e com os animais que habitam a comunidade onde os educandos moram. Foi constatado que boa parte dos estudantes carece de informações a respeito de como tratar de maneira adequada seus bichinhos. Após a análise dos dados, o grupo decidiu, sob a supervisão do professor orientador Tales dos Santos, organizar o trabalho em quatro fases: sentir, imaginar, fazer e compartilhar. Essas fases dizem respeito ao curso que a DRE Campo Limpo propiciou aos professores no ano de 2018, o curso denominado Criativos da Escola. A primeira fase é sentir, nela observamos quais são os aspectos que a comunidade escolar precisava desenvolver. Sendo assim, elaboramos uma pesquisa e levantamento de dados sobre as necessidades da comunidade escolar. Tais dados resultaram na seguinte informação: há falta de informações sobre cuidados com animais e muitos estudantes já presenciaram maus tratos de bichinhos. A segunda fase, a imaginar, o alunos - Edmilson, Gabrielle, Júlia, Kauan, Manuela e Milena - reuniram-se constantemente com o orientador - e por inúmeras vezes pelo aplicativo whatsapp - para criar soluções a partir da observação do contexto e escuta dos envolvidos.

Após as pesquisas e dicas de outros professores, o grupo chegou à conclusão de que seria necessário ajudar uma ONG e para isso a ONG “Estilo 4 patas” foi escolhida por ter um trabalho que arrecada materiais recicláveis e vende para um lixão e o dinheiro convertido é direcionado aos cuidados dos bichinhos. A fase três, fazer, foi o momento em que os alunos puderam colocar a mão na massa. Divulgaram uma competição para a escola, onde toda quinta e sexta-feira deveriam trazer recicláveis que seriam recolhidos e contados para a pontuação. Houve também duas palestras com a Márcia Palese, integrante da ONG “Estilo 4 patas”, onde os participantes/ouvintes puderam receber dicas valiosas de como cuidar bem e adequadamente de seus pets e neste momento também foram divulgados os vencedores da gincana. No total, a escola teve uma arrecadação impressionante: 45.976 lacres, 25.136 tampinhas de plástico e 8.389 tampinhas de ferro. O total de arrecadação foi 79.501 materiais que tiveram um fim sustentável. Por fim, a última fase denominada compartilhar, que entendemos como a fase de divulgar os resultados, os estudantes responsáveis pelo trabalho colaborativo de autoria expressa, de maneira individual e coletiva, os seus relatos de experiência e revelara ao público a importância de uma relação entre humanos e animais de maneira justa, digna e afetiva. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi sensibilizar a comunidade escolar sobre o tratamento adequado com os animais domésticos e vivenciar uma experiência solidária.

“Esse trabalho nos trouxe várias experiências boas, mas a mais legal de todas foi a arrecadação de tampinhas para ajudar a ONG "Estilo 4 patas" e os animais que eles ajudam também”. (Julia Santos Rodrigues – 9º ano). “Com o trabalho eu aprendi a trabalhar em grupo, saber sobre a conscientização da proteção e importância dos animais”. (Kauan Joshua Santos Bauer 9º ano).

https://drive.google.com/open?id=1BRkXrM5irm1n0N5RH9g_ MNro8i28cfQP


35

MUSICALIZANDO EMEF HERBERT DE SOUZA - BETINHO Profa. Simone Xavier Silva Público-alvo: Ciclo de Alfabetização, Ciclo Interdisciplinar e Ciclo Autoral

Projeto Musicalizando – musicalidade, sensibilização de harmonia sonora e diversidade musical, tudo isso você experimenta aqui! O musicalizando nasce do desejo de socializar a diversidade cultural para os alunos da EMEF HERBERT DE SOUZA – BETINHO e abrir as possibilidades de expressões culturais, das quais muitos alunos eram carentes. A música, demasiadas vezes, não é aproveitada em sua totalidade em regiões mais pobres do nosso município. Concertos, orquestras, shows, sinfonias e outras ramificações são de difícil acesso nas periferias. Partindo dessa premissa, o Musicalizando era um caminho para explorar os sons da flauta doce e com isso aprender a divisão rítmica, as notas musicais, postura para com o instrumento, embocadura e etc. Já no primeiro ano do projeto houve uma boa adesão por parte dos alunos, principalmente daqueles que tinham maiores problemas de aprendizagem.

Ao longo desses seis anos que o Musicalizando vem acontecendo, além da flauta doce (instrumento inicial), começamos a trabalhar com percussões: xilofone, carrilhão, bongo, caxixi, cajon, pratos, surdos e pandeiro. Esse aumento de possibilidade instrumental agradou ainda mais os alunos. O repertório trabalhado é vasto e bem eclético, com músicas folclóricas, eruditas, MPB, temas de desenhos animados, funk, músicas nacionais e internacionais. O trabalho realizado durante o ano pode ser conferido em dois eventos oficiais escolares na nossa unidade, ou então ser apreciado em ensaios abertos que acontecem em momentos diferentes dentro da U.E. O Musicalizando não é um projeto de um só professor, ele é acolhido por todos da escola. Da equipe de limpeza, cozinha, secretaria, professores, agentes escolares, a comunidade e a gestão. Uma vez me perguntaram como fazer para um projeto como esse dar certo? Eu digo: ACREDITAR!

“O mais legal daqui professora, é quando a gente toca para os outros... dá uma tremedeira mas é legal.” Diz Ana Júlia P. Lima - aluna do 2º ano “É de emocionar ver nossos filhos assim, tão lindos... Tive de segurar o choro.” Relata Vanessa C. M. Lino mãe de um aluno

https://drive.google.com/open?id=1BRkXrM5irm1n0N5RH 9g_MNro8i28cfQP


36

CLUBE DE CIÊNCIAS EMEF IRACEMA MARQUES DA SILVEIRA, PROFª Profª Responsável: Regina Célia de Castro Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar (6º ano) e Ciclo Autoral

As aulas de Ciências sempre foram muito animadas, mas as dificuldades para se “Fazer Ciências” como falta de espaço, falta de materiais, tempo para execução de experimentos, além da ansiedade de alguns alunos, frustravam muitas vezes os mais interessados. Foi assim que surgiu a ideia de um CLUBE DE CIÊNCIAS. Uma alternativa para melhorar o ensino de ciências, com a participação motivada pelo interesse, especialmente para alunos do Ciclo Autoral. As atividades do Clubinho, como foi apelidado o Clube de Ciências, tiveram início em 2018 com participação de 80 alunos, divididos em 4 grupos. Percebeu-se grande entusiasmo pela novidade e até certa concorrência com outros projetos da Escola, como os de Dança e de Leitura. A proposta do Clube de Ciências é questionar os fenômenos do dia a dia e buscar respostas a partir da realização de pesquisas e experimentos. Nunca temos respostas prontas, “POR QUÊ?”, já faz parte de toda atividade. Conhecer as etapas do Método Científico e como um cientista trabalha, torna a aprendizagem

“No Clube de Ciências, eu pude entender como funciona o trabalho realizado num laboratório com aqueles “copinhos e tubinhos” que agora sei que nome deles é Becker e Tubo de ensaio! Pude ver das coisas mais diversas, desde ver substâncias mudarem de cor até ter que esfregar uma bexiga no cabelo para fazer uma “máquina de choque” funcionar! E de tudo que vivi e vi no Clube o que eu mais gostei foi analisar uma perna de barata e um fio de cabelo através de um microscópio. Foi sensacional e uma experiência que jamais esqueci!” Aluna: Nathalia Barbalho, Ciclo Autoral, 9° Ano.

significativa, instigante e que todo conhecimento pode ser construído, inclusive por eles. As outras áreas do conhecimento estão sempre presentes nas atividades, seja nos cálculos matemáticos, para estudo de densidade com o uso de balança de precisão e provetas para cálculo de volume dos corpos, ou na produção de relatórios, ao final de todo experimento e durante as pesquisas realizadas no Clube. Fatos históricos estão presentes, para situar uma descoberta científica e dar maior credibilidade às pesquisas. Apesar de o Projeto ser direcionado aos alunos do último ano do Ciclo Interdisciplinar e para o Ciclo Autoral, alunos do 4ºano participaram de atividades de Microscopia, sendo orientados por alunos do Clube de Ciências. Foi um sucesso! Aprendizagem significativa dos dois lados, além de garantir a participação no Clube nos próximos anos. Desenvolver a curiosidade faz parte do FAZER CIÊNCIAS.

https://drive.google.com/open?id=1j4o2X9Npt_2xi9Gg tu0hlkF080BTzAg-


37

LUIZ GONZAGA EMEF JD. MITSUTANI I – JORNALISTA PAULO PATARRA Nomes dos autores: Professores, Equipe gestora e alunos da Unidade Público-alvo: Alunos, familiares e comunidade local.

Esse projeto foi decidido nos momentos de coletivos, envolvendo na participação do mesmo toda a equipe escolar, os educandos e suas famílias e sua execução se deu no 2º bimestre. O foco do projeto era contribuir para o conhecimento e a valorização de uma cultura rica que abrange muitas de nossas famílias, a cultura nordestina. Como constatação do resultado positivo e da ótima aceitação de todos os envolvidos pelo projeto foi a participação maciça das famílias, que muito colaboraram nesse percurso e também a participação de toda a comunidade. Os estudantes também marcaram sua participações, com muito interesse, envolvimento e comprometimento com cada proposta apresentada pelos professores, cada um nas suas respectivas disciplinas: artes, Geografia, História, Língua Portuguesa e Inglesa, etc...

Durante o período de realização do projeto, pôde-se perceber a mudança obtida, além das atividades pedagógicas, também mudanças no comportamento dos alunos, como, por exemplo, sua frequência e a permanência na escola. Aprendemos como é importante o resgate de músicas de diferentes repertórios, que não fazem parte do cotidiano de nossas crianças e adolescentes, podendo com isso ampliar sua visão de mundo. Como produto final do projeto, realizamos a FESTA JUNINA, cujo repertório foi todo baseado nas músicas de LUIZ GONZAGA. Hoje, ainda, nossos alunos pedem para ouvir a música “Asa Branca”, marcante por sua melodia e que retrata história de uma região castigada pela seca e pela vida sofrida do nordestino, cuja mensagem aprenderam a entender, apreciar e cantar. Foi possível também, estreitar e fortalecer os laços afetivos das famílias que puderam reviver parte de suas origens e lembranças de suas vidas.

DEPOIMENTO DA ALUNA JULIA – 5º ANO A ( CICLO INTERDISCIPLINAR)

...Eu amei a homenagem que fizeram para o Luiz Gonzaga. A festa foi muito legal e interessante, valorizou o LUIZ GONZAGA. Aprendi muito sobre as letras de suas músicas. A melhor parte, a que mais gostei, foi a dança que a minha sala apresentou. Dançamos ASA BRANCA e A VOLTA DA ASA BRANCA. Eu até assisti o filme da vida dele. Amei a FESTA JUNINA, principalmente a homenagem.

https://drive.google.com/open?id=1hffdWZYIFOVgD3va_ qT8-wxMbgFIy3di


38

“AS INFÂNCIAS NO COTIDIANO DA ESCOLA: MEMÓRIAS SOBRE O BRINCAR” EMEF JOÃO PEDRO DE CARVALHO NETO, Dr. Responsáveis: Edicleide Urbano da Silva Lopes (Coord. Pedagógica)/ Juliana Mucilo Bezerra (Profº) / Juliana Simões de Almeida(Profº) Público-alvo: Crianças do 1º ano e estudantes da EJA

O diálogo entre o presente e o passado e o olhar reflexivo sobre o brincar, foram pano de fundo do projeto: ”As Infâncias no cotidiano Escolar: Memórias sobre o brincar.” Os estudantes da EJA discutiram sobre os sonhos na infância -de vivenciar o brincar perdido no tempo! As crianças, fazendo uso da linguagem dos desenhos e utilizando a criatividade nas suas expressões singulares, construíram uma conversa sobre o lúdico durante o processo de aprendizagem. Neste ano, foram compartilhadas experiências sobre as infâncias entre crianças e adultos. Acionando as memórias e valorizando a criação de objetos representativos do passado, os estudantes da EJA da EMEF Herbert de Souza- Betinho, receberam os desenhos de amigos imaginários/personagens das

-“Nossa, meu personagem agora é um boneco!” Laysa Lorrany Cezario Batista - 1ºB - “Estou muito Feliz! Eu gostei muitooo dela! Ela tem o sapato que eu escolhi!” Steffany Pinheiro Cruz - 1ºB - “Estou muito feliz por ter recebido o boneco e agradeço muito! Espero retribuir o favor que eles fizeram.” Mateus Ribeiro dos Santos – 1ºA - “Estou muito feliz!!!” Pedro Miguel M. Santos - 1ºB - “Muito gratificante fazer uma crianças feliz!” Paulo da Rocha Lopes (EJA Básica-II) - “As crianças se sentiram especiais e se emocionaram ao receber suas produções. O projeto desenvolveu a sensibilidade e valorizou o protagonismo. O uso do bilhete para a comunicação entre os alunos da EJA e das turmas dos 1ºs anos, potencializou a função real do gênero. Gostei muito de ver a alegria das crianças” Juliana Mucilo Bezerra – professora do 1ºA

crianças dos 1ºs anos do Ciclo de Alfabetização da EMEF João Pedro de Carvalho Neto, com o desafio de transformar as produções em bonecos de pano. Objetivos do projeto ● Construir um ambiente que possa promover o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da empatia e da afetividade; (PPP da EMEF João Pedro de Carvalho Neto) ● Promover experiências encantadoras; ● Valorizar as diversas linguagens infantis; ● Promover o protagonismo dos estudantes; ● Respeitar as diversas formas de manifestações expressivas das crianças; ● Reconhecer as diversas culturas produzidas pelas crianças; ● Valorizar o lúdico no contexto escolar.

https://drive.google.com/open?id=1dwYO3TNHVrrolLT5L WZEtLRhSEwPcuWo


39

CAMPEONATO DE FOGUETES EMEF PROF. JORGE AMERICANO Responsável pelo projeto: Simone de Paula Gomes de Assis Público-alvo: Ciclo Autoral - 9º anos

Foto da professora Fabiana Roberta Estudar não precisa ser chato. Por mais que você, professor, adore a sua matéria, muitos alunos não compartilharão do seu gosto. Aí é que entra a aplicação do lúdico ao ensino. Quando conseguimos transformar o objeto de nossa paixão em algo divertido para aqueles que não compartilham do nosso gosto, conseguimos tocar-lhes a alma! A terceira lei de Newton é o principal objeto de estudo da atividade abordada nesse projeto. Essa lei diz: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade.” O projeto demonstra na prática um foguete de plástico desafiando a força da gravidade. Desde que o projeto começou, os alunos manifestam a ansiedade em chegar logo ao 9º ano para participar do "famoso" campeonato, adiantando suas ideias criativas. Começo a aula falando das descobertas de Isaac Newton, suas contribuições e como isso está presente em nosso dia-a-dia.

manuais para recortar, moldar, pintar e, o maior e mais complexo: o trabalho colaborativo! A primeira etapa começa com a pesquisa bibliográfica. Sempre oriento a usarem materiais recicláveis e para serem responsáveis pela segurança de todos, então, nada de materiais tóxicos ou inflamáveis! O campeonato tem prazos, regras e jurados. São muitos os lançamentos para testarem os seus protótipos. Enquanto uns acertam detalhes e aprofundam a sua pesquisa, outros fazem ajustes para que seu projeto seja melhorado. Apesar dos olhos pesarosos e tristes quando uma ideia não dá certo, estes adolescentes são encorajados a buscar outras respostas! Em 2019, o Campeonato ocorreu em setembro no CEU Feitiço da Vila. Pais e responsáveis também participaram do evento. O orgulho, a felicidade de concluir um projeto tão complexo estava estampada no semblante de todos. E se me perguntarem “quem ganhou o campeonato?”- , responderei prontamente: “Todos!” – Profª Simone.

O projeto tem como objetivo de incentivar os estudantes a desenvolverem a pesquisa científica, habilidades

Aprender é divertido! Investigar, procurar soluções para o desafio de um trabalho de pesquisa colaborativo e lúdico. Este é o Campeonato de foguetes da EMEF Profº Jorge Americano! – Profª Simone de Paula Gomes de Assis

https://drive.google.com/open?id=1sioyDEvfZd43JixhVeD DFaTmT2uwkONA


40

TV BLOTA JÚNIOR EMEF JOSÉ BLOTA JÚNIOR Nomes dos autores: Elisângela Furlan de Sá Público-alvo: Alunos do Ciclo Autoral

Uma verdadeira agência de notícias! É isso que os alunos da EMEF Dep. José Blota Júnior estão tendo a oportunidade de realizar, através do projeto TV BLOTA JÚNIOR que foi criado pensando no protagonismo juvenil e na prática cidadã dos jovens, possibilitando o desenvolvimento de competências essenciais para o exercício da cidadania e a expansão do seu espirito crítico e comunicativo. Durante o projeto, os alunos têm noções básicas de comunicação e informática, além de trabalhar a oralidade os alunos desenvolvem a leitura e a escrita, bem como tem acesso as diferentes mídias, tendo aulas de fotografia, rádio e televisão. Nas aulas é ressaltada a importância da postura e o compromisso com as informações e a veracidade dos fatos, onde a “Fake News” não tem vez. Os estudantes são organizados em equipes (alunos repórteres) que discutem e criam as pautas, realizam coberturas jornalísticas de eventos da escola, na comunidade e na cidade, fazendo o tratamento da informação para veicular e divulgar o conteúdo produzido na página do Facebook, no canal do Youtube e na Rádio Escolar. O projeto existe desde 2016 tendo produzido várias matérias, mas nos últimos anos as produções tiveram um envolvimento maior da comunidade como no Documentário sobre os 19 anos da Escola.

“O projeto imprensa jovem/ TV Blota Júnior tem dado voz a jovens moradores do extremo Sul de São Paulo, que com poucas ofertas culturais, tem nesse projeto um caminho para futuras oportunidades”. Professora Elisângela Furlan

Procurando expandir mais os conhecimentos e trabalhando a interdisciplinaridade, foi realizada a gravação da Peça de teatro “O Pequeno Príncipe” no palco do CEU Vila do Sol em parceria com a professora da Sala de Leitura Elenir dos Anjos. Alunos do 9º ano encenaram e a equipe de TV Blota Júnior ficou responsável pela gravação e edição da peça. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável também são tema das aulas e para isso os alunos criaram uma campanha publicitária com enfoque no ODS de número 2: fome zero. O tema água limpa e saneamento básico (ODS 6) não poderia ficar de fora, pois a Escola esta situada às margens da represa Guarapiranga e esse tema é uma constante no cotidiano dos nossos alunos e para isso a turma produziu um telejornal sobre o assunto. Para mostrar que a galera também é boa nos cliques, foi realizada uma exposição fotográfica em homenagem aos funcionários da Escola sobre o tema: Cotidiano escolar. O projeto evoluiu muito ultrapassando nossas metas e conquistando um número maior de evolvidos, apresentando excelentes resultados.

https://drive.google.com/open?id=1axj9lXobdm2Vqp37sD QFjxxaNElo1FRq


41

“BIBLIOTECASA” EMEF JOSÉ FRANCISCO CAVALCANTE – PROF. Patrícia Helena da Silva Ciclo de Alfabetização – 2º ano

Aluna – Maria Eduarda Nunes Duraes Um dos grandes desafios na Educação é manter a motivação dos estudos com fruição e trazer a participação dos familiares de forma efetiva nas atividades escolares. O Projeto “Bibliotecasa” teve início no ano de 2018, com a mesma turma hoje, 2°C. No primeiro momento a necessidade surgiu para organização dos livros “Cadernos da Cidade – Saberes e Aprendizagens”, do 1°ano, no ambiente doméstico, ao final do ano. Naquele momento estávamos também concluindo o livro do Projeto “Plantio na Escola”, plantamos alface no solário da escola em garrafas pet que fez parte da receita “Lanche Saudável”, este foi encadernado, com todas as etapas para confecção de um livro com título, autor/autora, ilustrador/ilustradora, índice, páginas, dedicatória, foto do/da autor/autora, produção inesquecível. Decidimos que nossa editora chamaria “JFC” (José Francisco Cavalcante). Os contos, os gibis, as poesias, as receitas, entre outros gêneros textuais sempre nos encantaram. Vivenciar a possibilidade de autoria é extremamente significante, porém, “Onde vão parar esses trabalhos”? Colaborar para que o estudante aprenda a organizar seu tempo e espaço na própria casa, constrói valores de atitude leitora e organiza as produções construídas ao longo de sua escolaridade. A orientação foi simples e eficaz, cada criança construiu sua placa “Bibliotecasa” e escreveu seu primeiro nome

decorado. Em sua casa prepararam o espaço que poderia ser: uma gaveta, uma caixa no canto do quarto, embaixo da cama, uma parte da estante, uma mesinha, enfim, pensou e adaptou sua “Bibliotecasa”, fixando a placa com o nome e dedicando aquele espaço para a leitura. Nós, comunidade escolar, nesses dois anos, alimentamos um grupo de Whatsapp das famílias do 2°ano C. Há regras e combinados escritos para atuação na rede social, principal objetivo é “partilhar portfólio pedagógico”, todavia, como lição de casa, enviaram fotos do espaço da sua “Bibliotecasa” no grupo. Sabendo que toda ação construída requer manutenção: refizemos a placa esse ano novamente; inserimos os “Cadernos da Cidade – Saberes e Aprendizagens” – 2°anos e outros livros produzidos com variadas temáticas, livros do Projeto “Ler”, entre outros. A grande empolgação é a atual leitura em capítulos do livro “Píppi Meialonga” de Astrid Lindgren, este contagiou de tal forma, que algumas crianças convenceram seus familiares a comprar o título, estamos lendo o último capítulo, já sofrendo com o fim, mas, vislumbrando outras obras. A “Bibliotecasa” é o canto para viajar no mundo da imaginação!

“Prô, meu pai fez uma mesinha pra minha Bibliotecasa” Aluno - Lucas Pereira Araújo 2°C

https://drive.google.com/open?id=1bAVIQm6aks4p5 VX-4_aO8ryNo-smvm2z


42

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO EMEF JOSÉ OLYMPIO PEREIRA FILHO Grace Maria de Moura Queiroz Alunos do 2°s e 3°s anos do Fundamental I

Considerando as dificuldades apresentadas por alguns alunos das turmas do ciclo de Alfabetização nas áreas de leitura, escrita e interpretação de texto foi elaborado o Projeto “Alfabetização e Letramento” que visa trabalhar a construção das competências necessárias ao aluno, acreditando que cada um será capaz ao longo do desenvolvimento do trabalho identificar os diferentes portadores de texto bem como seus usos sociais. Esse projeto será mais um passo dado em prol do aluno, ajudando a resgatar sua autoestima evitando que ele perca o estímulo na sala de aula. Dessa forma, acredita-se que haverá uma melhora substancial em suas produções, e consequentemente, melhor resultados nos estudos de modo geral. O processo de alfabetização ocorre de forma diferente em cada indivíduo, dentro do seu próprio ritmo e motivação. O alfabetizar letrando, leva em conta os usos sociais, as funções da escrita na sociedade, as interações, as interlocuções do indivíduo com o outro e com o objeto do conhecimento, enfatiza as relações sociais nos quais o conhecimento é produzido, vivenciado e apropriado pelo aluno.

Levando em conta as especificidades dos alunos participantes do projeto, várias estratégias pedagógicas foram desenvolvidas, dentre elas: roda de conversa; leitura com diferentes gêneros textuais – gibis, livros paradidáticos, contos, fábulas, cantigas, parlendas, receitas e notícias –; Jogos de alfabetização digital em Tablets; jogos pedagógicos; jogo de trilha; jogo da memória de palavras; rimas; bingo de palavras, quebracabeça de palavras; Sequências didáticas; jogral de cantigas e parlendas; Vídeos de fábulas; reconto e reescrita de histórias.

“Professora estou muito feliz porque aprendi a ler melhor. Gosto das aulas de reforço, bem que elas podiam ter todos os dias!” – Manuela 2° ano do Fundamental I. “É gratificante fazer parte desse projeto tão rico que transforma a vida das crianças ao trazer-lhes significado ao processo de alfabetização e letramento”. Professora Grace

https://drive.google.com/open?id=1sGdv5IwkCMV335xU hHJJ4U01uO9PGyVQ


43

BICHOS DO BRASIL EMEF LEONARDO VILLAS BOAS Professoras autoras: Cecília Andressa de O. Lisboa, Sonia Regina Tomazeli e Vera Lúcia de Jesus C. dos Santos Integrado com a EMEF Modesto Sclagliusi, por meio das docentes Antônia Santos Souza e Patrícia Fernandes da Silva Melo Público-alvo: Ciclo de Alfabetização- 1º anos

O ingresso do estudante no Ensino Fundamental é marcado por descobertas e transições rumo a uma nova etapa de ensino. Em todo o ciclo de alfabetização O Currículo da Cidade, destaca entre os direitos de aprendizagem, o direito à alfabetização, que envolve mais do que se apropriar do sistema de escrita alfabética e está ligado a compreender os usos sociais das práticas relacionadas à linguagem escrita. No 1º ano muitas descobertas são feitas até chegarem à escrita alfabética. As professoras aqui envolvidas sabem bem disso e desenvolveram juntas e com muita parceria, a proposta de trabalho com o tema “Bichos do Brasil!”, que tem como foco a leitura e escrita, enfatizando a alfabetização, a partir do mundo que as crianças vivenciam e pelo qual se interessam. Elas destacam que: “Desde muito pequenas as crianças se encantam por bichos”. Suas primeiras palavras, filmes, desenhos favoritos, brinquedos, lá estão eles “cachorro, gato, peixe, porco, macaco...”. Curiosidades como: “O que esse bicho come? Onde ele vive? Como ele é? Tem pêlos, penas?” Eram questionamentos recorrentes ao citar um determinado animal. Logo, este repertório precisava ser ampliado e aproveitado. Mas de qual maneira? Muita pesquisa e compartilhamentos! Para cada dia uma letra e um bicho, e em cada aula uma nova aprendizagem, muitas falas e muitas novidades...

“Coruja é ave? Nossa!!!” Muitas risadas, caras e bocas foram registradas demonstrando prazer em aprender. Sobre a ave Murucututu que é uma das maiores corujas do Brasil.

As professoras encaminhavam os registros dos dados coletados, construíam listas permanentes que eram alimentadas diariamente e assim a proposta foi criando forma. Por meio de brincadeiras aprendiam e se divertiam, formando os nomes dos bichos a partir da letra inicial. Escreveram, leram e ampliaram o seu repertório por meio da leitura colaborativa e expositiva de textos informativos. Na internet, olhos de espanto e entusiasmo brilhavam frente à tela do computador, visto que nunca tinha ouvido falar sobre alguns bichos. Além do estímulo à escrita e à leitura, nosso maior objetivo, ficou em evidência a curiosidade e interesse das crianças pelo tema, assim como a preocupação com questões de proteção à fauna brasileira, já que perceberam que muitos animais correm risco de extinção ou não existem mais, despertando a Consciência Ambiental. Diante da evolução das crianças no processo de alfabetização, o trabalho foi estendido por mais tempo, pois não há recompensa maior para nós educadores do que testemunhar o progresso das crianças nessa fase tão linda de descobertas.

https://drive.google.com/open?id=1CwwVSAXddg6ZAf-DMPdZyn12U_m_oDc


44

ACADEMIA ESTUDANTIL DE LETRAS E MUSICALIZAÇÃO EMEF LEVY DE AZEVEDO SODRÉ, PROF PROFESSORES: Sonia Aparecida Augusta Rodrigues Costa, Jéssica Alves Benedito, Nadijane Valéria Ferreira Mota, Renato dos Santos Gonçalves Público Alvo: Estudantes do Ciclo Interdisciplinar (a partir do 5º ano) e Ciclo Autoral

É pura audácia! Ainda que não seja implementada de forma exclusiva, a Academia Estudantil de Letras (AEL) funciona de forma particular em cada Unidade Escolar. A AEL Ziraldo, da EMEF Professor Levy de Azevedo Sodré, não poderia ser mais especial e eficaz, pois tem dado tantos frutos quanto consigamos colher, buscando a prática e compreensão da leitura, além de incentivar releituras. Desde seu início, em 2017, a AEL Ziraldo desperta o interesse dos estudantes para o desenvolvimento artístico, seja ele na produção das artes ou no desenvolvimento do respeito e admiração pelos colegas durante as apresentações. Neste ponto está o “pulo do gato", pois no ano de 2019 houve uma explosão de Arte na EMEF Levy, contamos com os projetos de flauta e violão, a orquestra batizada de "Banda Toca Levy ". Com o trabalho cooperativo e interdisciplinar, todos os participantes contribuem para o sucesso coletivo das produções e apresentações. O sucesso é tão grande que já atingimos o patamar de contemplação da arte, do belo, de compreensão e desenvolvimento de diferentes habilidades, o que reflete positivamente na convivência e integração entre os estudantes.

"O projeto me ajuda a ser mais “sem-vergonha”. Minha mãe acha isso ótimo" - declarou a aluna Raissa, que sentia imensa vergonha, chegando a chorar quando precisava falar com alguém. O cuidado por parte dos colegas a conduziu paulatinamente a uma convivência menos "sofrida", ela não precisa mais chorar e agora faz até trocadilhos. A Banda Toca Levy, proporciona momentos em que os músicos, orgulhosamente podemos chamá-los assim, sentem-se satisfeitos em executar as canções propostas, acompanhar apresentações teatrais, saraus, todo evento que necessite de música. Há os que ensaiam insistentemente, os que leem partituras, os que “tocam de ouvido”, os que cantam... Diante de tanto sucesso, não há recompensa maior que observar a influência positiva sobre os colegas que ainda não participam dos projetos, pois a lista de interessados aumenta constantemente e de página em página, de ato em ato, de corda em corda, de sopro em sopro, a vida do Levy se torna cada vez mais cheia de graça...

"O projeto me ajuda a ser mais “sem-vergonha”. Minha mãe acha isso ótimo” (Raissa de Souza Dedé – 8º B)

https://drive.google.com/drive/folders/1J1r_DlO6M V-p8jEjZ0mgtQI_-rnoL-9q


45

PROJETO DE APOIO PEDAGÓGICO: ARTICULANDO SABERES, AFETOS E APRENDIZAGENS EMEF PROFESSOR LORENÇO MANOEL SPARAPAN Responsáveis: Cássia Regina Souza dos Santos (PAP), Elaine Barbosa da Silva Borges, Elizabeth Anselmo e Lucimara Assunção Gomes Público-alvo: Estudantes do 3º ao 9º anos do Ensino Fundamental

“É vivendo, não importa se com deslizes, com incoerências, mas dispostos a superá-los, a humildade, a amorosidade, a coragem, a tolerância, a competência, a capacidade de decidir, a segurança, a eticidade, a justiça, a tensão entre a paciência e a impaciência, a parcimônia verbal, que contribuo para forjar a escola feliz, a escola alegre. A escola que se aventura, que marcha, que não tem medo do risco, porque recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que atua, em que cria, em que se fala, em que ama, se adivinha, a escola que, apaixonadamente diz sim a vida. E não a escola que emudece e me emudece.” IN: FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. Entendemos, na EMEF Professor Lorenço Manoel Sparapan, que uma educação de qualidade promove ao mesmo tempo atividades que consideram o fazer criativo, sensível e afetivo. Desse modo, o trabalho desenvolvido no Projeto de Apoio Pedagógico busca articular os

Escrever e contar “pra quê”? Com atividades que partem da iniciativa dos alunos e devivências do cotidiano (paródias, programas de rádio,jogos matemáticos, competições, dentre outros), saímos da escrita e do cálculo artificiais e obrigatórios para algo significativo, relevante e que é capaz de mudar a realidade do aluno. Porque escrever e calcular não precisa ser um trabalho penoso e difícil. “Para as aulas de português usamos o vocabulário e a matemática você leva para a vida toda.” (Joana – 4º B)

saberes externos aos desenvolvidos no ambiente escolar. Temos como premissa a valorização à individualidade de cada educando, pois o que nos interessa, não é o que ele ainda não sabe, mas o que já desenvolve sozinho. Este é nosso ponto de partida. Temos como meta o desenvolvimento integral do educando. Assim, os conteúdos são desenvolvidos nas aulas de Português e Matemática, atrelados às vivências dos educandos, bem como às atividades que desenvolvem em seu cotidiano, visando assim uma aprendizagem significativa e que se articula com o real. Esse trabalho promove equidade entre os educandos, bem como seu desenvolvimento, respeitando o tempo e espaço de cada um. Concretiza-se por meio de: atividades lúdicas que envolvem jogos e brincadeiras, sequências didáticas, projetos, visitas monitoradas, trocas de saberes e afetos.

https://drive.google.com/drive/folders/1IEDh_69yv _cdsekumiVe-zYOufD6buBC


46

REVISTA CIENTÍFICA DO TENÓRIO EMEF CEL. LUIZ TENÓRIO DE BRITO Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar (6º ano) e Ciclo Autoral Daniela Neris Gonçalves

Assim que o Projeto Revista Científica do Tenório iniciou, no primeiro bimestre de 2019, os estudantes dos 6° anos tinham muita curiosidade sobre o mundo misterioso que envolve a ciência. Laboratórios enormes com experiências malucas, cientistas com cabelos arrepiados e mostrando a língua rodeavam a imaginação dos estudantes. O nosso convite foi instigante. Os convidamos a fazerem parte de um projeto que os tornariam os próprios cientistas, que eles tanto admiravam. Poderiam vivenciar na pele os questionamentos, as dificuldades, as ações, as experiências e todo o fascinante processo da investigação científica. Logo no primeiro encontro, os pequenos cientistas se mostraram destemidos e começaram a compreender que para as descobertas acontecerem era preciso esforço e dedicação. Perceberam que o trabalho científico é um processo que exige concentração, perseverança e paixão pelo conhecimento. Uma atividade que pode tanto satisfazer quanto frustrar, pois conta com a possibilidade de erro e acerto. Os esforços concentravam-se em passar por todas as fases do método científico desde a observação, criação de hipóteses, experimentação, análise de resultados e a conclusão da pesquisa. A expressão “tudo pela ciência”, ficou comum entre os curiosos alunos.

Os estudantes começaram a ter contato com o novo material que utilizariam para suas experiências. Era hora de conhecer como tudo aquilo funcionava. Compreenderam que a partir dos seus trabalhos poderiam matar a curiosidade de outras pessoas, pois tudo o que descobrissem seria publicado em uma revista científica! Sim! Uma revista científica! Pois é aí que está toda a magia e a importância da ciência. O conhecimento deve ser compartilhado com todos, deve estar disponível para contribuir com a construção do conhecimento, deve ser acessível para o debate e para a melhoria da vida das pessoas. É dessa forma que um cientista trabalha e contribui com o seu trabalho para uma sociedade melhor. Montamos o nosso próprio método de trabalho, seguindo o que o método científico exige para que o conhecimento construído tenha legitimidade. Nossa sala improvisada virou um laboratório onde tudo era possível, a escola se transformou em um ambiente para nossas saídas de campo, a sala de informática foi o local onde a primeira edição da nossa revista foi elaborada. Nossos artigos científicos, que hoje estão disponíveis para todos, foram escritos com bastante empenho, mostrando todo o nosso trabalho em equipe carregado de muita sede pelo saber.

“O projeto ajuda bastante porque no futuro, talvez, se a gente quiser ser cientista, essas experiências que a gente faz, ajuda bastante”. Sara Aime Cortes dos Santos 6ª A https://drive.google.com/open?id=19mTSnHezb9TCyR2d MFCfVbWeP57EMMrU


47

EMEF M’ BOI MIRIM I: uma década de histórias e trajetórias EMEF M’ BOI MIRIM I Responsáveis: Equipe Docente e Gestora Público-alvo: Todos os alunos e suas famílias

Uma explosão de sentimentos: esse é o cerne do Projeto EMEF M’ Boi Mirim I: uma década de histórias e trajetórias. Um projeto pensado logo nos primeiros dias do presente ano letivo com todos os professores e alunos com o objetivo de refletir e aprofundar temáticas internas e do entorno da escola e assim resgatar as histórias mais significativas. Desenvolvido por meio de oficinas temáticas, cada turma do ensino fundamental teve seu foco em determinados períodos desde a fundação da escola até os dias atuais: os 1º, 2º e 3º anos trabalharam com o período de 2019 e 2018; os 4º e 5º anos com o período de 2017, 2016 e 2015; os 6º e 7º anos focaram em 2014, 2013 e 2012 e os 8º e 9º anos fizeram o resgate dos anos de 2011, 2010 e 2009. Cada turma juntamente com um ou dois professores na primeira oficina determinou qual tipo de investigação e atividades pretendiam desenvolver, as temáticas passaram por: reconhecimento do território onde a escola faz parte com estudo de espaços diversos, centros comunitários, de cultura e lazer, bem como comércios, outras unidades escolares, etc; visualização pelos alunos menores do espaço geográfico utilizando a quadra que fica no 3º andar do prédio da escola para estudo do meio; entrevistas com pessoas do bairro e funcionários e exfuncionários.

“O trabalho por meio da visitação, reconhecimento e estudo do território deixou claro que alunos e professores, às vezes, têm olhares diferentes sobre o território que a escola faz parte. Fazer a escuta dos alunos e o estudo do território aproxima o olhar do professor e do estudante sobre o mesmo objeto de estudo: o território.” Profa. Luciana Formiga Presotto “Fazer parte do projeto foi uma experiência muito legal. Eu não conhecia a Casa de Cultura e conhecer os equipamentos desses espaços foi muito bom”. Vitória da Paixão Santos – 7º ano C

Os momentos das oficinas foram, indubitavelmente, de muita aprendizagem para os alunos, pois nesses espaços foram privilegiadas rodas de conversa e reflexão, análise de repertório fotográfico, produções de material para exposição, escrita e reescrita de poemas acerca da temática do projeto e do sentimento de pertencimento a essa comunidade escolar. A troca de experiência entre professores e alunos foi o maior fruto, pois a cada oficina as vivências iam se aprofundando por meio dos diversos olhares que docentes e estudantes apresentavam sobre os temas discutidos. Esse projeto deixa um legado de incontáveis histórias, aprendizagem em todas as áreas do conhecimento por causa de seu caráter interdisciplinar e motiva-nos a percorrer novas trajetórias por muitos longos anos.

https://drive.google.com/open?id=1IvMWf_SgO5Q5e6GKMoNS5EYtfkZX6q4


48

IDENTIDADE – QUEM SOU EU? EMEF M’ BOI MIRIM II Responsáveis: Rosilene Nucci da Silva/Cleide Sueli Viana Milaré (Colaboradora) Público Alvo: Ciclo de Alfabetização - 1º ano

Quem sou eu? Para que serve saber quem sou eu? O que é a Identidade? Como reconhecê-la? A escola EMEF M’Boi Mirim II foi inaugurada há 10 anos, preocupados com sua identidade procuramos avaliar os caminhos trilhados nessa década de existência, voltamo-nos para o estudo da identidade dos funcionários, estudantes, educadores, pais e todos os outros membros que compõem a escola. Veio à tona, escolher o nome para a mesma, que seria o primeiro passo para consolidar essa história. O nome é o principal fator de identificação de algo ou de alguém, portanto pensou-se em envolver a todos para efetivar uma importante história construída nos anos de existência da Unidade. Por tais observações, pusemo-nos a trabalhar com os 1ºs anos a identidade de cada aluno para favorecer nossas interações, ampliar o conhecimento dessas turmas no reconhecimento de si e dos outros, da diversidade étnico-racial, refletir sobre suas ações, modo de agir e pensar. Assim, os alunos começaram a ampliar o contato com sua identidade. Trabalhamos por meio da brincadeira, da prática, pesquisas, entrevistas, registros, dessa forma buscamos resgatar a história desde a concepção

até os dias atuais. Conhecer o significado do nome foi uma atividade muito interessante, seus adjetivos e gostos, além de reconhecer a família. Identificar diferentes tipos de família foi uma discussão bem acalorada. No autorretrato observamos que cada um trouxe sua identidade na forma de posicionar-se para a foto, reconhecer o próprio corpo, desenhá-lo, customizar a roupa. Quando uma criança nasce seus pais fazem seu registro em um cartório, comunicando ao governo que tiveram um (uma) filho (a). Ficam registrados seus dados como a cidade em que nasceu; a hora, nome dos pais, avós. Ao fazer esse registro, emitem um documento chamado Certidão de Nascimento, que é o primeiro documento. Na maternidade, o cartão da criança, como hora, o peso, o sexo, etnia, primeiros testes. Outro documento que os identifica é a carteira de identidade, conhecer e preencher esses documentos foi muito legal e revelador. Quando fazemos parte, ou nos sentimos valorizados e pertencentes, buscamos a melhoria da qualidade. Olhar para si é muito importante para qualquer tipo de mudança e aprimoramento em qualquer setor da vida. Embora possa ser difícil começar, esse é um exercício necessário. Mas há uma boa notícia: com o tempo, o processo se torna mais simples e natural para todos!

João do 1º ano B, trouxe uma cena do cotidiano: Ele jogando bola na quadra, a mãe organizando a casa e o pai dirigindo um caminhão. Ao ser questionado sobre o que seria, João relatou que “o pai é quem trabalha para sustentar a família”. Professora Sônia.

https://drive.google.com/open?id=1SD3bP0974sq9gT3ZxJebvpyJxfsfOLQ


49

SEMANA LITERÁRIA EMEF MARIA BERENICE DOS SANTOS, PROFª Responsáveis: Equipe Docente e Coordenação Pedagógica Público-alvo: 1º ao 3º ano/ Ciclo de Alfabetização

Trabalho que começou com a necessidade de mostrar a importância de incentivar a leitura, aproveitando a curiosidade e a imaginação fervilhante das crianças. Partindo do desejo de uma professora em seu trabalho individual de sala de aula, o projeto foi se espalhando rapidamente por todos os ambientes da escola, tomando proporções grandiosas e, em 11 anos de evento, podemos afirmar que temos um projeto incrível que envolve a todos e todas presentes na escola. O projeto se iniciou em 2009, quando a professora da Sala de Leitura percebeu durante suas aulas o interesse dos alunos em saber mais sobre os autores, era comum que perguntassem se eram ricos ou se viviam em uma mansão. Percebia na maneira como falavam que no imaginário dos alunos esses profissionais estavam muito distantes da realidade, como se fossem inatingíveis. Também era muito comum perguntarem como era feito um livro ou como era feita determinada ilustração.

“...Saio da 11ª Semana Literária absolutamente encantada e com o presente maior da vida que é o nosso encontro por meio dos livros, da história e da arte. Foi uma honra enorme assistir às apresentações dos alunos, um sopro de esperança...” – Raquel Matsushita designer e autora de livros infantis “Eu adorei que a Blandina veio. Estava ansiosa porque a Blandina Franco ia vir na escola, fiquei muito feliz, quase não dormi direito. Eu adorei que ela veio aqui, eu gostei do livro do Pum e do Restaurante Animal. Adorei de coração, adorei mesmo.” – Yara Conceição (08 anos)

Surge então a ideia de trazer autores, ilustradores e contadores de história até a escola. Com o tempo, o evento foi tomando forma, envolvendo a todos os professores e funcionários de maneira que, mesmo com as mudanças de alguns professores e direção, o projeto segue crescendo e melhorando a cada ano. Atualmente, as professoras trabalham os livros dos autores e ilustradores convidados em sala de aula, assim como a biografia e suas inspirações. Os autores chegam à escola para fazer o encerramento de todo esse trabalho interdisciplinar e fechar com chave de ouro a festa em consagração da leitura. Eles são recebidos pelos alunos com muito entusiasmo, muitas perguntas, histórias para contar, trabalhos e apresentações belíssimas que encantam a todos!

https://drive.google.com/open?id=1Q5SWisT7YDBt3v5hj1 Kw0YPL3wSM1Ml6


50

LAMBE – LAMBE: IDENTIFICAÇÃO E SIGNIFICADOS EMEF MARIA RITA DE CÁSSIA PINHEIRO SIMÕES BRAGA Responsável: Kátia Nunes Caldeira Público-alvo: Estudantes de 1º ano ao 9º ano

Nossa unidade educacional, EMEF Profª Maria Rita de Cássia Pinheiro Simões Braga, está situada no Parque Lígia, zona sul de São Paulo. Sempre tivemos a peculiaridade de buscar dentro de nossos objetos de conhecimento, discutir e conscientizar os estudantes de seus espaços e como o mesmo é construído, galgando, a possibilidade de tornar esses espaços uma mensagem do que são e sabem. Nas praticas rotineiras da escola, quase nunca se percebe que o ambiente, leia – se, a composição física da unidade escolar, pode colaborar e muito na conscientização da aprendizagem significativa, olhando os temas atuais que atingem muito diretamente o grupo discente que compõe a escola. Inicialmente, o trabalho atinge os estudantes que compõem o ensino fundamental II e, tão bom e eficaz foi que logo também, iniciaram-se as oficinas com o ensino fundamental I. O projeto teve inicio no ano de 2015, com as orientações e mediação da Professora Kátia Nunes que com a percepção de que os estudantes escreviam, com alguma frequência, nas carteiras e paredes da unidade, um trabalho de construção do pertencimento desse espaço foi iniciado, de maneira que o mesmo visse no espaço que o abraça todos os dias, seu reflexo, anseio, construção e arte.

“O Projeto Lambe-lambe, reflete praticas que externam a escola, conseguimos perceber o estudante através de suas obras finais, suas essências e o quanto é importante eles se encontrarem em todos os cantos da escola. O estudante deixa de estar na escola, para ser a escola e construí-la e reconstruí-la”. Profº Marcelo Monteiro

A professora, a priori, fez pequenas discussões a respeito do quão é importante se identificar com o lugar e espaço no qual se está, não se esquecendo, que em suma, ele não se modifica, nós quem o modificamos e o tornamos parte do que queremos nos tornar. A partir disso, a professora em suas aulas, desenhou o nome dos estudantes em sulfite A4, para que eles, escolhessem entre cores quentes e frias. A primeira parede a tomar vida, foi a da própria sala de Arte, onde os estudantes expuseram seus nomes transformados em arte. Depois desses primeiros resultados, em horário de JEIF, a professora de artes fez uma pratica com os professores e funcionários na unidade para os mesmos também, desenvolverem sua arte na parede. Em 2017, o Lambe-lambe, passou a ser um projeto a ser desenvolvido e remodelado com frequência e atendendo aos temas que compunham de maneira mais direta os objetos de conhecimento em todas as áreas. Hoje, o projeto mostra as construções dos estudantes em diversas formas, desde a diversidade do mundo da poesia, conto, lendas e narrativas div. O universo da língua estrangeira com escritos construídos a partir de jornais advindos do exterior. Figuras históricas e emblemáticas. Frases de incentivo e empatia. Releituras de obras literárias interativas entre outros e tantos que surgem do imaginário coletivo e individual.

https://drive.google.com/open?id=1cvi7mBfKtBUfqElwSwrWflO7H53jbYT


51

SARAU DE POEMAS E FESTIVAL DE TEATRO EMEF MARIA RITA LOPES PONTES- IRMÃ DULCE Responsáveis: Carolina Moreira Marques e Marli Miranda da Cruz Público-alvo: Ciclo de Alfabetização - 3º anos nas aulas de dupla regência

O Projeto começou em 2013, na Sala de Leitura, por iniciativa da professora Marli Cruz e, desde então, continua ocorrendo sob orientação da professora Carolina Marques. É desenvolvido em parceria com as professoras dos 3º anos, nas aulas de dupla regência. No 1º semestre fazemos um Sarau de Poemas e no 2º semestre um Festival de Teatro. Tudo começa com as professores propondo um tema. No Sarau, já tivemos poemas de coletâneas infantis, poemas de autor/livro clássico (“Arca de Noé” de Vinícius de Moraes, “Ou Isto ou Aquilo” de Cecília Meirelles), poemas de livros novos etc. No teatro, já tivemos contos de fada tradicionais, contos africanos e indígenas, contos orientais, fábulas, contos populares brasileiros etc. A partir do tema, lemos vários poemas ou histórias para os alunos e vamos elaborando uma lista dos preferidos do grupo. Ao final de aproximadamente um mês, fazemos uma votação e cada turma escolhe os poemas ou história que serão apresentados. Em seguida são distribuídos os poemas ou os papéis entre as crianças. Cada um escolhe o que quer fazer e todos participam, inclusive os que ainda não têm autonomia de leitura, pois destacamos que, com o apoio de um colega ou adulto, podem decorar seus textos.

“Me deixou bem feliz o Projeto . Eu creio que depois do Projeto meus colegas se interessam mais pela Leitura. Achei interessante a cultura dos livros pois com eles a gente aprende mais.” (aluna Ashley Rafhaela da S. Souza) “Participo do projeto leitura há dois anos, tem sido uma experiência incrível, envolvente, trabalhadora e bastante desafiadora, pois nele nenhum aluno fica excluído, a cada novo trabalho nosso coração dispara... Temos a oportunidade de coletivamente pensarmos, ouvirmos diferentes opiniões, pensar em cenário , figurino. É realmente uma experiência enriquecedora, que revela protagonismo infantil e deixam marcas na nossa alma que jamais serão esquecidos.” Prof. Dulce Pierre

Seguem-se, então, muitas e muitas aulas de ensaios. Paralelamente, várias professoras colaboram (arte, módulo, readaptadas, recuperação paralela), confeccionando cenários, figurinos, trilha sonora. Finalmente, temos as apresentações. Nestes dias, contamos com o apoio da professora de inglês para o registro em foto e vídeo. Acontecem na Sala de Leitura que se transforma em um pequeno teatro. Cada dia, uma turma faz duas apresentações, cada uma para outras duas salas, de modo que todo o período é contemplado como expectador. Destacamos no Projeto: - o protagonismo dos alunos; - o desafio de se expor ao público; - a ampliação do repertório literário; - a oportunidade do envolvimento de alunos que não costumam se engajar nas atividades escolares cotidianas; - o desenvolvimento da leitura e expressão oral e corporal; - a responsabilidade do trabalho em grupo; - a formação de público expectador. E ressaltamos que sua realização só é possível graças às aulas de dupla regência e ao apoio e envolvimento de todas as professoras, dos funcionários e da equipe gestora.

https://drive.google.com/open?id=1SAPBjCJtk33VhillLSm2 6q1DpoMfHCG_


52

3ª FLEMM – FEIRA LITERÁRIA MÁRIO MARQUES EMEF MÁRIO MARQUES DE OLIVEIRA Responsáveis: Professores e Professoras de todos os Ciclos Público-alvo: Estudantes do 1º ao 9º ano e comunidade escolar

A FLEMM nasceu em 2017 com intuito de envolver todos os ciclos de aprendizagem por meio de ações que tenham como foco a leitura literária. No primeiro ano, tecemos os fios do projeto percorrendo as leituras literárias abordadas em nossa U.E. Já no segundo ano, fomos olhar as nossas raízes na literatura africana, afro-brasileira e indígena. Em 2019, escolhemos os escritores infanto-juvenis para degustarmos os sabores narrativos. Durante o processo de construção da feira literária com alunos decidimos abrir os nossos portões no sábado para que crianças, jovens e adultos pudessem apreciar a literatura exposta pelos corredores, aguçar os ouvidos com as palavras recitadas e representadas teatralmente pelos estudantes. Também neste ano, a nossa feira teve uma ação conjunta com a PLAN, que, desde os primeiros meses, tem desenvolvido oficinas sobre saúde, gênero, sexualidade e alimentação saudável com os nossos adolescentes. No dia 29 de setembro, juntamente com a nossa FLEEM, inserimos atividades comemorativas do Dia Do Adolescente.

O tempo todo e em todos os cantos da escola era visível o encantamento, gente emocionada e sorridente. Como é possível fazer sempre algo mais criativo, mais tocante, mais intenso? O que será feito na próxima? “Cada feira me confirma que estou no lugar certo”

Para enriquecer este dia, recebemos o CJ (Centro de juventude) ROSA MISTICA e o CJ KAGOHARA que promoveram diversas oficinas e apresentações para crianças, adolescentes e adultas. Além disso, nossa feira literária contou com a nossa tradicional troca de livros e gibis que foi organizada pelos CP’s, que durante todo o processo de preparação da feira, foram sendo arrecadados e recebendo voucher para a troca por novos livros durante a feira.

A comunidade também participa deste evento com a exposição de artesanato, trazidos por pais de alunos ou moradores do entorno. O objetivo é valorizar as produções da comunidade além de aproximá-los das atividades leitoras que os alunos realizam na escola. O importante é observar que a cada ano a nossa feira está crescendo e a participação dos pais e comunidade só tem aumentado, trazendo surpresas e emoções para os nossos encontros literários. E assim podemos observar como leitores a sensação de sentir na pele e no coração o que os livros podem nos proporcionar.

https://drive.google.com/open?id=16I4qUn22PVT90pl69Q EVX0j4wQW0wIah


53

ABRA OS OLHOS PARA A HUMANIDADE! DO GLOBAL AO LOCAL QUAL É A MINHA REALIDADE, O QUE POSSO FAZER PARA MODIFICÁ-LA? EMEF MÁRIO MOURA E ALBUQUERQUE Responsáveis: Regiane de Paula Simões do Nascimento Público Alvo: Estudantes do Ciclo Interdisciplinar ( 6º ano) e Ciclo Autoral (7º ano)

Para efeito de pesquisa, reflexão e intervenção social, foi realizado um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a problemática existencial dos seres humanos, como a pobreza e as desigualdades sociais, que teve como estratégia a análise de dois filmes: “A corrente do bem” e “Ensaio sobre a cegueira”. Os alunos definiram os temas que consideravam importantes para realizarem o contraste do território em que habitam com o mundo em suas dimensões sociais, econômicas e tecnológicas. Por meio de debates, identificaram os problemas diversos do bairro, entre eles, a existência de alunos que enfrentam situações de extrema vulnerabilidade social. Lema do Projeto: desperte a humanidade que há em você e se inspire com esse projeto que ensina a fazer o bem sem olhar a quem, desmascara a desigualdade social da comunidade escolar e por meio de assembleias estudantis, os alunos dos sextos e sétimos anos criaram um projeto que contempla um plano de ação doando cestas básicas às famílias dos discentes que se encontram em condições de vulnerabilidade social.

A partir dessa constatação, iniciaram um processo de reflexão sobre quais ações poderiam intervir nessa realidade e decidiram agir de forma solidária criando um plano estratégico que envolvesse toda a comunidade escolar em um grande movimento de arrecadação de alimentos a serem doados às famílias identificadas nessa condição. Além dessa intervenção, os alunos gravaram um vídeo explicando o projeto e o divulgaram nas mídias sociais para que estabelecessem parcerias com a comunidade escolar.

https://drive.google.com/open?id=1YBAglT_A8Jb4_OxbC QrZYV6uXQCytXyG


54

CONTOS AFRICANOS EMEF MÁRIO RANGEL Responsável: Juliana Gomes Da Silva Público-alvo: Alunos 5º ano do Ciclo Interdisciplinar

Este projeto tem como foco a valorização da cultura afrobrasileira, visto que há ainda na nossa sociedade muito preconceito no que se refere às origens da nossa cultura, que é formada pela influência da cultura africana. A leitura e análise de contos africanos possibilitará aos alunos terem contato direto com outros modelos de produções literárias e a uma apreciação de formas diversas de histórias e manifestações artísticas, presentes na cultura africana e que estão inseridas no cotidiano

brasileiro. Os alunos também aprenderão por meio de jogos, brincadeiras e algumas outras formas lúdicas de conhecer a cultura africana. Assim, será possível atuar para diminuir o preconceito existente com atividades oriundas da cultura africana, visto que já fazem parte do universo do povo brasileiro e retratam a nossa identidade e origem.

“O projeto Contos africanos é um projeto bom de fazer porque você aprende sobre as origens africanas e aí você descobre que também tem uma parte de origem africana. Muitas pessoas têm racismo, mas elas não percebem que mesmo que sejam brancas, podem ser de origem africana. Eu sou africano e eu tenho orgulho disso. Outra coisa, no projeto Contos africanos, teve o jogo Mancala, teve campeonato. Eu fui para semifinal e na final fiquei em segundo lugar, foi legal. Também teve

https://drive.google.com/open?id=16I4qUn22PVT90pl69

o projeto do tambor, que você podia fazer usando

QEVX0j4wQW0wIah

papelão e uma ou duas latas e as histórias, que uma delas deu origem ao tambor.” Matheus Gustavo 5D


55

CONHECER PARA VALORIZAR: MARLI FERRAZ TORRES BONFIM EMEF MARLI FERRAZ TORRES BONFIM Elaine, Cíntia, Eliane, Leni, Maria Angela, Nadja, Renata e Tânia Público-alvo: Iniciou-se com as aulas compartilhadas (Ciclo Interdisciplinar)

O presente projeto surgiu para resgatar as memórias de MARLI e valorizar nossa U.E, aproveitando que a escola completa uma década. Seu desenvolvimento ocorre, inicialmente, com as turmas dos 5ºs e 4ºs anos, por meio do projeto compartilhado entre professora especialista e professoras regentes de sala, além de envolver toda a unidade escolar, em conjunto à uma proposta ampla de pesquisa e ressignificação da história de Marli e da EMEF. Foi feito um levantamento do material que a escola dispunha sobre Marli, em seguida, os estudantes pesquisaram com seus familiares, sobre a história da escola. Muitos trouxeram curiosidades sobre o edifício, como um lugar para jogar futebol, cemitério ou terreno vazio. Os estudantes escreveram sobre a visão deles sobre a escola. Foi discutido o que poderia melhorar. Para relacionar com a história da patrona, foram feitas pesquisa sobre direitos humanos, assistiram vídeos e então perceberam a luta de Marli pela comunidade. Foi realizada uma festa de manifestações culturais com o tema nordeste, região de Marli, com destaque para a força da mulher nordestina. O projeto foi ampliado para toda a escola e outras atividades, como entrevista a convidados, confecção de cartazes e murais tomaram a escola. Houve formações em JEIF sobre a temática e com depoimentos de pessoas próximas à Marli. Conseguimos ampliar o acervo de nossa patrona e transmitir aos educandos sua fornada de vida. Durante as aulas foi possível observar a curiosidade por parte de nossos alunos sobre quem foi Marli e seu legado. Com base em alguns documentos disponibilizados pela família e de conversa com algumas pessoas próximas de Marli, foi possível recontar sua história.

“Eu gosto da Marli porque ela é muito legal e justa com todos, lamento ela falecer” Aluna do 5B Lohany

Sabemos então que, Marli Ferraz Torres Bonfim, nasceu na cidade de Itambé-Bahia, veio para São Paulo ainda jovem, passou a morar no distrito do Piraporinha, zona sul. Formou-se em Direito e passou a atuar como colaboradora junto ao padre Jaime na paróquia Santos Mártires. Seu lado acolhedor à fez destinar um período de seu tempo para atender pessoas que necessitavam de atendimento jurídico de maneira gratuita. Marli percebeu que na região onde morava, mulheres sofriam com diferentes situações de abuso social, violência doméstica, falta de emprego, machismo e racismo. Sensibilizada socialmente, Marli ajudou a fundar a Casa Sofia e o Centro Maria-Mariá, servindo como centro de apoio a essas mulheres e demais pessoas que necessitassem de algum tipo de ajuda. Infelizmente sua morte precoce no ano de 2008 deixou a comunidade consternada. Sabendo de seu legado para os moradores da região, os gestores da unidade com a apoio de familiares e educadores conseguiram junto a câmara de vereadores aprovar o projeto de lei 240∕2012, para a mudança do nome da escola, que antes se chamava EMEF M’BOI MIRIM III. Portanto, fez-se urgente o resgate da memória de nossa patrona para que nossos educandos possam conhecer a trajetória de Marli e valorizar ainda mais o espaço escolar, além de apropriarem-se do território onde moram e convivem, sabendo a importância de projetos sociais para a emancipação da periferia.

https://drive.google.com/open?id=1nteCFetlnlC6XaxOqrO YWj_mQAZyTWtG


56

O CICLO DA ÁGUA, O SOLO PERMEÁVEL E A FORMAÇÃO DOS LENÇÓIS FREÁTICOS EMEF MAURÍCIO SIMÃO Professora Responsável: Milena Simões Coutinho do Nascimento Público-alvo: 4º ano C – Ciclo Interdisciplinar

Estava trabalhando o Ciclo da Água com a turma do 4º ano C. Fiz algumas leituras para sensibilizar sobre o tema. Lemos “Flofi, a nuvem teimosa” da Denise Ruiz e “As aventuras da Gotinha D’água” da Ruth Salles. Conversamos sobre a importância da água, sobre o ciclo que ela realiza na natureza e decidimos fazer uma visita ao Córrego Diniz, situado ao lado da nossa escola. Após a visita voltamos a conversar sobre vários conteúdos relacionados ao córrego, tais como a ocupação irregular, o descaso com as APPs (Áreas de Preservação Permanente), o lixo e o esgoto. Até esse momento eu só tinha a pretensão de trabalhar o ciclo da água, e para finalizar essa sequência solicitei que desenhassem um ciclo da água com os elementos que havíamos estudado até então. Foi nesse momento que um grupo de alunos quis saber mais sobre os lençóis freáticos. Surgiram muitos questionamentos do tipo: Como se formam? Podemos ver? Aqui na escola tem lençol freático? Perguntei se queriam estudar mais sobre o assunto e a resposta foi positiva. Busquei vídeos acessíveis para a idade deles em plataformas de vídeos, assistimos, discutimos e relacionamos com o que já havíamos estudado. Realizamos os registros de nossas discussões e conclusões. Fizemos cartazes mostrando o ciclo da água e a importância do solo permeável nos centros urbanos.

Surgiu o interesse pela questão da impermeabilidade do solo na cidade de São Paulo e do nosso entorno. Fizemos experimentos simples nos jardins da escola e nas áreas cimentadas. Esta atividade trouxe ainda mais engajamento aos estudantes. Percebi a oportunidade de transformar a curiosidade deles em conhecimento quando fui indagada que queriam “enxergar” o lençol com seus próprios olhos. Foi então que surgiu a ideia de montar um terrário, tal qual eu havia visto numa visita ao Museu Catavento. Contei a eles sobre essa possibilidade e eles ficaram muito animados. Pesquisamos os materiais necessários para a confecção do nosso próprio protótipo. Montamos nosso terrário com 56 mãos curiosas e colaborativas. Depois de colocarmos as camadas de materiais foi a hora de jogar a água. Eles entendiam que ali estava uma representação da formação do solo e que a água naquele momento representaria a precipitação. Joguei a água lentamente pelas paredes do aquário e ela foi percorrendo seu caminho até chegar ao fundo. Então ouvi em uníssono “Olha! O lençol freático!!!”. O aquário foi vedado e desde então acompanhamos o ciclo da água acontecer diante de nossos olhos no modelo que chamamos carinhosamente de “nosso mundinho” e que foi nosso produto final nesse projeto.

Eu gostei de saber como a água infiltra embaixo da terra e achei legal que parece um mini-mundo. Deu pra entender melhor sobre o ciclo da água, vendo cada etapa ficou mais fácil. Porque vendo só a chuva eu não tinha ideia de como acontecia a formação do lençol freático.... Estudante Guilherme Augusto

https://drive.google.com/open?id=1EFdPWBQlxEvD94ua1yFna o57j2VrollK


57

HÁ LUGARES QUE MORAM GENTE E HÁ LUGARES QUE MORAM NA GENTE EMEF Mauro Faccio Gonçalves –Zacaria Responsáveis: Juraci Maria Sant’Ana , Luciana de Lima Chaves e Viviane Machado Sabadin Público Alvo: Ensino Fundamental

Ter identidade é ter uma memória própria. Por isso a recuperação da própria história é um direito fundamental. “Manuela Carneiro” O objetivo primordial é revivificar as lembranças, as histórias pessoais e coletivas de uma comunidade. As atividades propostas para os alunos perpassam o gênero literário, vão além das construções de memórias literárias. Utilizamos o diário pessoal como forma de relato para que os alunos possam se expressar, relatar suas experiências vívidas. As sequências didáticas utilizadas para o desenvolvimento do projeto foram o estudo do meio, realizamos uma “deriva” pelas ruas do bairro, observando a realidade e organização do mesmo. A partir desta vivência iniciamos as comparações... mudanças e permanências ao longo do tempo, no dia a dia, suas adaptações, condições dos espaços, percorrendo informações iconográficas como um dos recursos. Foram realizadas duas entrevistas com moradores antigos do bairro.

Essas experiências foram importantes para que tanto os discentes quanto nós, docentes, pudéssemos conhecer melhor os lugares marcantes e valorizá-los, utilizando esses conhecimentos historicamente construídos sobre o território de forma geográfica, social e cultural. Os alunos foram estimulados a exercer a autonomia além da sua interação social, com suas habilidades cognitivas e discursivas justamente pela capacidade dos sujeitos registrarem sua própria história não só de forma coletiva, mas individualmente também. Acreditamos que o resgate da memória do território aproxima a comunidade escolar e as famílias. Descobrir a cultura local e a história do território possibilita que essas memórias sejam fontes enriquecedoras para nosso currículo, transformando o que fica em segundo plano em relevante para prática de leitura e escrita. A priori, a memória parece ser algo individual, porém ela se dá coletivamente por meio da percepção da realidade, a socialização e a transformação. Reafirmarmos nossa preocupação em estabelecer relação entre as gerações, não de uma forma que traga conformidade, mas que possibilite aos alunos serem protagonistas nesse processo, assim como, Paulo Freire afirma “A educação... se forma à prática da liberdade” o meio pelo qual os homens e mulheres lidam de forma crítica com a realidade e descobrem como participar na transformação do mundo”.

“Olá querido diário, Quando a professora chegou à sala todo mundo ficou muito feliz... Quando saí da escola eu já vi farmácia, mercado... Vimos um senhor que morava num quintal com doze casas e onze famílias...” Paola Souza Pires

https://drive.google.com/open?id=1NAnAuHlvC742e2cvwwE24B2BXjfSmnz


58

INCLUSÃO - SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS EMEF JORNALISTA MILLÔR FERNANDES Responsáveis: Equipe Gestora e PAAEs Público-alvo: Toda a Comunidade Escolar

Painel Sensorial instalado na Sala de Recursos Multifuncionais Falar em INCLUSÃO em nossa escola significa levar muito a sério toda complexidade que nossos alunos com deficiência requerem. Além da acessibilidade e atendimento, o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais – SRM vem sendo construído há anos com a preciosa colaboração das PAAEs Catia Ramalheiro e Layse Sakai, que é realmente integrador entre os alunos e o restante da escola, numa perspectiva de pertencimento e identidade, com um olhar que inclui tudo e todos. São inúmeras propostas, constantemente pensadas e reformuladas para que a inclusão não seja palavra esvaziada de sentido, mas vivenciada ativamente, todos os dias, em diversas ações. Em 2014, iniciamos os Encontros de Pais da SRM com o intuito de aproximar famílias e escola. Nascia um espaço de escuta e abertura de diálogo, e então as falas de angústia, muitas vezes acompanhada do choro, dúvidas, compartilhamentos e esperanças. Era um novo elo que se formava, com significados e sentidos especiais. Em 2016, o tema da inclusão para os estudos do PEA teve o título “INCLUSÃO: a busca por uma escola democrática” e em 2017 demos continuidade com "INCLUSÃO: aprofundar e aprimorar novos conhecimentos”. Tais estudos propiciaram o olhar mais aguçado sobre as necessidades de nossos alunos com deficiência e a reflexão sobre nossa prática. “Pra mim os Encontros têm um significado muito grande porque antes eu cuidava da minha filha, mas não conseguia entendê-la. Do que eu vejo e ouço aqui dos professores que a acompanham, consigo entender melhor o comportamento dela e dar continuidade em casa. Essa sala é excelente, a Julia fala muito dessa sala e quer fazer em casa as coisas que faz aqui. Aprendeu a se balançar, e tinha medo, hoje ela vai a um parque e quer brincar.” Raquel S. Oliveira, mãe da Julia S. Oliveira, 5º A

Trouxemos convidados, ouvimos relatos emocionados, fizemos rodas de conversa e atividades mil, sempre regadas a um lanchinho acolhedor. Esse elo se estendeu com mais uma proposta: trazer todas as turmas da escola para uma aula na SRM. Momento de conhecer a sala, saber o que seus colegas vivenciam lá dentro, assistir a um filme sobre inclusão, debater, refletir.... Muitas perguntas e, sobretudo, a certeza de que o olhar de nosso aluno se humanizava e se ampliava na direção de seu colega deficiente. Sem esquecer a presença atuante e atenciosa das nossas AVEs Sidneia e Sheila, cujo trabalho dedicado faz toda a diferença. No caminho dessa escola inclusiva, o ambiente da SRM vem sendo melhorado sempre. A recente aquisição do Painel Sensorial, que trabalha aspectos motores e cognitivos, foi mais um item para a qualidade do trabalho e mobilizou toda a comunidade escolar na exploração desse painel, dentre outras atividades, realizadas durante a Semana da Inclusão, em set/19. Este é um trabalho coletivo, que envolve absolutamente todas as pessoas que aqui trabalham, alunos com deficiência e familiares sentem-se acolhidos, que humaniza a escola, rebusca o olhar, sensibiliza nossa atenção, porque aqui ninguém é invisível!!!

https://drive.google.com/open?id=1Icb_nuqiRZIuciQklhnt7Q m2lzAXnfff


59

TCA – TRABALHO COLABORATIVO AUTORAL EMEF MODESTO SCAGLIUSI Responsáveis: Silkia, Aleixo, Cintia, Juliana, Domingos, Lillyan, Sandra, Flávia, Camila e Silvio Coordenação Pedagógica: Carina Público-alvo: Ciclo Autoral

O projeto surgiu da necessidade de trabalhos colaborativos de qualidade para o ciclo autoral, visando a formação dos alunos e preparo para o Ensino Médio. É desenvolvido no início de cada ano letivo, levando em consideração o perfil das turmas envolvidas, em discussões e organizações com professores e estudantes. Dialoga e contribui com todas as áreas do conhecimento, e durante as aulas serve de apoio para os estudantes avançarem no processo de aprendizagem, atuação e pesquisa científica. O objetivo está centrado na intervenção social definida pelos próprios grupos. Neste ano, os temas escolhidos foram: Políticas Públicas - Cultura, Educação, Segurança, Tributação, Distribuição de renda e Saúde pública; Lixo e Meio Ambiente. Os grupos do 9ºA pesquisam e estudam as Políticas Públicas existentes nas áreas citadas acima, comparam práticas brasileiras com as de outros países procurando entender o sistema e conhecer os entraves, buscando sugestões ou apresentando propostas que visa amenizar questões importantes para melhorar o desenvolvimento de nosso país. Os grupos do 9ºB pesquisam e estudam questões relacionadas ao descarte de lixo e cuidados com o meio ambiente, incluindo questões de consumo. Os registros do projeto são feitos em “diário de bordo”, assembleias bimestrais e apresentação final com convite aos estudantes de outros anos, pais/responsáveis e supervisão escolar.

O TCA não é só um trabalho que os nonos anos fazem, porque com ele aprendemos mais sobre o tema que escolhemos, descobrimos mais sobre o assunto. Ele é um trabalho que continua nas ruas de nossa comunidade. Aprendemos a trabalhar em grupo, valorizar a importância de ajudar uns aos outros e ouvir a opinião de todos. Monaliza Mello – 9ºano B/2019

A avaliação do projeto é feita em discussões sobre os resultados apresentados, participação dos estudantes, pesquisas apresentadas, retorno dos grupos envolvidos, autoavaliação e avaliação da participação dos colegas, com registro de críticas, elogios e sugestões. O projeto contribui para o desenvolvimento pessoal, atitudes de pesquisa, aumento da empatia, progresso de autonomia, o “pensar” no outro e desenvolvimento do trabalho escrito, entre outros pontos. A participação dos estudantes é sempre muito satisfatória, a maioria tem se dedicado muito, porém é preciso sempre da coordenação e apoio aos estudantes para que o trabalho ganhe força e se concretize em função dos seus objetivos. Pensando na melhora para anos posteriores, acrescentaríamos encontros mensais para orientações aos grupos e maior envolvimento dos sétimos e oitavos anos nas atividades deste projeto, inclusive convidando-os para as assembleias. O projeto é base para o Ciclo Autoral, e funciona há muitos anos, assim existem muitas histórias que envolvem a atuação nele, mas no geral o que percebemos é o quanto ele contribui para evolução dos nossos estudantes, que criam uma postura mais madura e responsável e é visível o crescimento individual na escola e na vida de cada um deles durante esse processo.

https://drive.google.com/open?id=1p4428PPP9tWEHdXEEh 4pbUK695jNBsrw


60

URBANIZAÇÃO BRASILEIRA – SÃO PAULO. MINHA CIDADE EMEF OLIVEIRA VIANA Professora Responsável: Viviane Aparecida da Paixão Almeida Público-alvo: 5° ano B

A paisagem urbana brasileira é marcada por profundos contrastes evidenciados, aqui em São Paulo pelas disparidades apresentadas na arquitetura das casas, no paisagismo dos parques e praças e na infraestrutura dos bairros. Mas como, quando e por que foram construídos cenários tão diversos? Dispondo de fotos de vários pontos da cidade, os alunos do 5° B, refletiram a respeito das questões: Como são feitas as construções? Há muitas delas ou edifícios na imagem? Existem parques, áreas verdes para o lazer? Como é o fluxo de pessoas e de transportes? A leitura da cidade levou à discussão sobre a alteração da paisagem; as mudanças históricas de cada momento; o crescimento em função da expansão econômica e política. Como se dá o fenômeno urbano? Que aspectos positivos e negativos o crescimento da cidade traz? Concentração populacional, conglomerado de edificações, carência de serviços básicos, desemprego, violência, foram respostas associadas a alguns dos benefícios do desenvolvimento urbano. Analisar as condições de vida em cada parte da cidade; apreciar as peculiaridades da metrópole; comparar a vida nas áreas centrais com a realidade de onde vivem, levou à

“Acho que foi um dos melhores trabalhos; amei a oportunidade de fazer. Acho que todos deveriam experimentar, gostei muito, não só da minha, mas de todas as outras maquetes. A construção da maquete me aproximou dos meus pais, porque trabalhamos juntos para deixar parecido com o MASP. Espero ter a oportunidade de conhecer e, além disso, conseguir ganhar um 10 com todo o esforço.” Lauany Vitória Mendes de Souza. (5°ano – B)

construção de maquetes que representavam suas moradias, pontos turísticos ou áreas que passaram a admirar. Nas conversas, os estudantes contaram as impressões que as maquetes causaram, que aspectos da urbe foram representados e quais chamaram mais a atenção da turma. Por fim, expuseram as maquetes para toda a escola. O Museu de Arte de São Paulo foi o mais representado nos trabalhos, atraindo a atenção da maioria dos observadores. Destacou-se a importância arquitetônica, cultural e histórica do MASP e que é espaço para atos, manifestações, o que dá grande visibilidade a este monumento. Apesar dessa importância, nenhum aluno da escola visitou o museu, o que pôs o passeio à Paulista como prioridade no calendário pedagógico da Unidade Escolar, que entende como imprescindível para o Projeto, proporcionar a valorização e o respeito pela cidade, reconhecendo-se como membro desse contexto e participante da construção dessa história. Você quer saber se as crianças conheceram o museu?

https://drive.google.com/open?id=1Vfk01AtnlWhQjab4EHgcKMfYYPthN6O


61

AGOSTO INDÍGENA EMEF OTONIEL MOTA Autores: Equipe Escolar Público-alvo: Estudantes e educadores dos Ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral

Ao longo de alguns anos, durante todo o mês de agosto, data que se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas, a EMEF Otoniel Mota realiza projetos com ênfase na temática indígena. Em 2019 a comunidade escolar sentiu a necessidade de aprofundar os estudos relacionados com esta temática. A primeira discussão se deu na construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) no início do ano letivo. Os objetivos centrais desta proposta são: • Conhecer a história da cultura indígena de forma mais aprofundada; • Valorizar os conhecimentos e a influência da cultura indígena dentro e fora do espaço escolar; • Possibilitar o protagonismo juvenil. Este projeto foi desenvolvido para garantir a lei 11.645 que trouxe a obrigatoriedade do ensino da cultura e história indígena atrelada à lei 10.639, de 2003, responsável por inserir a história afro-brasileira e africana nos currículos escolares, dando um grande passo para a igualdade e a justiça. Tais atividades basearam-se na proposta do Currículo da Cidade de São Paulo e na Matriz de Saberes. “Primeiro momento”: Foi a leitura do material Currículo da Cidade de São Paulo, em especial a Matriz de Saberes. Estes estudos foram realizados em JEIF, Horas-atividade, Reunião Pedagógica etc. Segundo momento: Em abril, os professores deram início às discussões em sala de aula, por meio de roda de conversa (levantamento de hipóteses) e após o esgotamento das discussões registraram em papel grafite.

Terceiro momento: a sala foi dividida em grupo e cada grupo abraçou um assunto para pesquisar. Terceiro momento: Após pesquisa, eles retomaram o os assuntos em sala, checaram suas hipóteses e fizeram novos cartazes. Quarto momento: Discussão e reflexão com outras salas. Quinto momento: Assistimos alguns filmes: o curta “Pajerama”, bem como realizamos atividades coletivas e elaboramos cartazes para dar publicidade a todos. Sexto momento: Confecções de jogos e brincadeiras. Oitavo momento: Palestra com a diretora da nossa unidade, Auri Maria da Conceição Lopes, indígena da aldeia Atikum realizada para todos os ciclos da escola. Nono momento: Produto final com jogos, brincadeiras, comidas e bebidas típicas, apresentações, etc. Décimo momento: Momento muito especial com a nossa visita a Aldeia Krukutu (alunos, professores, gestão, comunidade e o GRÊMIO ESTUDANTIL). O “Agosto Indígena” é um projeto interdisciplinar que caminha em consonância com o PPP da escola e demais projetos da Unidade. Foi um processo muito rico, possibilitou a todos uma aprendizagem baseada no respeito e na valorização de diferentes culturas como a indígena. Acreditamos que valorizando o respeito à diversidade humana, possamos construir um mundo mais justo e melhor.

“Na escola conheci a diretora D. Auri e nunca pensei que ela fosse indígena como eu. Me senti bem sabendo que somos indígenas iguais.” José Alejandro Perales Alviarez 5º ano A https://drive.google.com/open?id=1FrRk__Lt1CyoawBqfGq3 8koRfeeTzIM5


62

O ANIVERSÁRIO DO SEU ALFABETO EMEF PALIMÉRCIO DE REZENDE Responsável: Profª. Elaine Albanez Público-alvo: Estudantes matriculados no Projeto de Apoio Pedagógico

Pensando em dar sentido e significado à aprendizagem, buscamos estratégias que trouxessem motivação ao grupo e, facilitassem o aprendizado dos conteúdos básicos para alfabetização. Neste contexto “O aniversário do Seu Alfabeto” tornou-se a proposta mediadora do trabalho da Recuperação das Aprendizagens na EMEF Cel. Palimércio de Rezende. Desenvolvido no primeiro semestre de 2019, o planejamento das atividades partindo do livro “O aniversário do Seu Alfabeto”, teve o objetivo de contribuir para que os estudantes avançassem no processo de alfabetização o mais rápido possível. Assim, o projeto foi desenvolvido focando especificamente a disciplina de Língua Portuguesa, mas, o mesmo permite ser ampliado e desenvolvido de forma interdisciplinar, pois o contexto dá margem a diversas atividades. O percurso didático da proposta apresentou como produto final a realização da festa de aniversário do Seu Alfabeto. Na ocasião, seguindo a história do livro, cada aluno trouxe um presente simbólico, de acordo com a letra inicial do nome. A festa contou com todos os

ingredientes para uma boa comemoração de aniversário: bolo, salgados, brigadeiro e beijinho. O produto final tornou-se uma confraternização, fechamento do processo e instrumento de autoavaliação dos estudantes. Cada etapa do processo contou com registros audiovisuais e relatórios de acompanhamento das aprendizagens. A avaliação de cada etapa do projeto foi realizada por meio da observação individual, acompanhamento dos avanços apresentados em cada atividade diagnóstica e análise da necessidade de replanejamento das ações. O projeto contribuiu de forma significativa para as aprendizagens dos estudantes, observando inúmeros avanços na aquisição e domínio da base alfabética, saindo das hipóteses de escrita pré-silábica ou silábica com ou sem valor sonoro para a alfabética. Enfim, com ampla participação e envolvimento dos alunos, reduzindo o número de evasão da recuperação, promovendo avanços significativos nas aprendizagens.

“Ao desenvolver este projeto foi possível aprender que

os estudantes os quais apresentam dificuldades de aprendizagem, necessitam de atividades diferenciadas, contextualizadas e significativas que façam sentido e despertem o desejo de aprender”. (Profª. Elaine – Recuperação das Aprendizagens)

https://drive.google.com/open?id=1QJpj6R998AHylD_cmf4vj-hwGXzIRkF


63

INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA ESCOLA EMEF PAULO COLOMBO PEREIRA DE QUEIROZ, DES. Responsáveis: Eloisa Cristina Gerolin e Daniele Martins Mônaco Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar (4º e 5º anos) e Ciclo Autoral

O projeto Iniciação Científica na Escola (Projeto do Programa Mais Educação) visa concretizar e fomentar o processo de alfabetização científica dos estudantes procurando aprofundar os conhecimentos desses em diferentes campos da Ciência e buscando promover oportunidades para que os estudantes se apropriem de aspectos dessa cultura, como sua linguagem, suas práticas e seus valores. Dessa forma, o projeto se estrutura numa sequência de atividades que têm por objetivo a promoção do raciocínio lógico, matemático e investigativo. Durante o projeto os alunos estudam Zoologia, conhecimentos gerais da Química, Botânica, Ecologia e Evolução por meio de atividades didáticas investigativas. O curso começa com uma introdução na cultura científica na qual há uma discussão sobre o trabalho da Ciência, seu papel social e sobre as formas de trabalho utilizadas no empreendimento científico. São apresentados aos estudantes casos da história das Ciências, bem como artigos para que eles compreendam a Ciência como uma cultura que possui suas próprias formas de comunicação e de desenvolvimento.

Na primeira parte do projeto os estudos estão focados no campo da Zoologia. Nesse período são estudados os principais filos dos animais à luz da Teoria da Evolução. Noções sobre filogenia e processos evolutivos são apresentadas de maneira integrada ao estudo dos filos de animais. No segundo semestre o curso passa a focar em experimentos de Química e em tópicos específicos de Ecologia e Botânica. São realizados diversos experimentos que elucidam empiricamente diversos conceitos científicos e que promovem o engajamento com práticas científicas. O projeto também promove uma visita a museus e centros de pesquisa com o objetivo de promover a compreensão da importância do papel dessas instituições para o avanço científico e tecnológico, bem como na divulgação do trabalho desenvolvido por cientistas nas universidades. Em 2018, o projeto teve como público alunos dos nonos anos. Em 2019, o público é de alunos dos quartos, quintos e sextos anos.

“Professora, quando eu crescer eu quero ser astrofísico” – André S. C. Branco – 6º ano E. “Eu não acredito que eu peguei um tubarão de verdade na minha mão” – Carlos Augusto G. Viana – 6º ano C. “Professora, não é mágica né? É Ciência!” – Gustavo S. de Carvalho – 5º ano C. https://drive.google.com/open?id=1lNko2VvinItlqDPmOQ s3tSuOS0Jgzqv4


64

BAÚ DO COMILÃO – ABECEDÁRIO DOS ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EMEF PROF PAULO FREIRE Responsáveis: Professoras Tatiana Amorim Andrade e Nívea Silva Guglielmino Público Alvo: Ciclo de alfabetização (1º ano)

O Projeto ocorreu durante o ano de 2019 envolvendo 70 alunos dos 1º anos com o objetivo de fomentar o processo de alfabetização e letramento, estimulando a aquisição da leitura, da escrita e no desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação por meio da ludicidade e do faz de conta, características intrínsecas a faixa etária. A partir da história Jade, a guardiã do tesouro e o pirata João Comilão, de Tatiana Amorim, na qual, o pirata tem dificuldades para usar a magia da escrita para aparecer em seu baú encantado, as comidas que desejasse. Desta forma, os alunos receberam a missão de aprender a escrever nomes de alimentos, sua origem ou cultura onde é típico, a fim de ajudar o pirata a usar o baú e passa-lo adiante. Assim, coletivamente uma réplica do Baú do Comilão que seguia semanalmente para a casa de cada criança da turma, para que as famílias sugiram alimentos com a letra inicial destacada, sugira também receitas e curiosidades sobre o alimento escolhido. Por exemplo, destacando o consumo na sua forma natural ou minimamente processado, e assim podem obter o máximo de nutrientes que o alimento contém; ou até mesmo trazer um alimento preparado para degustar com o grupo.

O rodízio do baú com alimentos típicos brasileiros e a aventura de ensinar João Comilão a ler e escrever foram cativantes do início ao fim! Ou, como diria o comilão, “de dar água na boca!” Professora Tatiana Amorim

FEVEREIRO A MARÇO: Contextualização do tema, apreciação da história, conceito de alimentação saudável a partir das diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira. ABRIL A OUTUBRO: Vai e vem do Baú, construção do Abecedário dos Alimentos, experiências culinárias e origem dos pratos típicos. NOVEMBRO: Tarde de autógrafos, dramatização da história (João Comilão aprende a usar magia da escrita), Festa das comidas típicas brasileiras. Durante a execução do projeto houve resgate de brincadeiras e jogos envolvendo o tema, experiências de letramento relativas ao universo culinário, o uso de estratégias pedagógicas diversas para trabalhar a geografia e características culturais das regiões brasileiras. Essas ações sistematizadas favoreceram a ampliação de repertório para a construção de textos coletivos, o levantamento de hipóteses, a resolução de problemas, além da escrita espontânea e do desenho como linguagem artística para expressão de ideias e pensamentos. https://drive.google.com/open?id=1YKNVzLT9j6 XGVlL01ttUORhlU0qETV-z


65

AS BRINCADEIRAS AO LONGO DO TEMPO EMEF PERIMETRAL Responsáveis: Andréa Miani, Fernanda César Pereira, Maristela Freitas e Rannya Costa Público-alvo: Ciclo de alfabetização (1° ano)

Como eram as brincadeiras no final do século XX? E como as nossas crianças brincam hoje? Estas perguntas nortearam o projeto descrito neste relato, que teve origem nas atividades propostas pelas professoras de 1º ano, a partir da análise, apreciação e releitura de obras do artista Ivan Cruz. Esta iniciativa é fruto de um trabalho coletivo, com o objetivo de descobrir brincadeiras que faziam parte das infâncias de nossos pais e avós, em uma época de tecnologias não tão avançadas. Em um primeiro momento, trabalhamos a biografia do artista, bem como a apresentação das obras que serviriam de mote para o nosso projeto. Propusemos que as crianças identificassem que brincadeiras estavam sendo representadas nas obras, e quais delas ainda faziam parte do nosso repertório de brincadeiras infantis. Em seguida, reunimos os estudantes em grupos e elaboramos listas com os nomes das brincadeiras que identificamos nos quadros. Em roda de conversa, discutimos as transformações e permanências entre as gerações e ouvimos a opinião das crianças a respeito do papel da brincadeira na infância.

Em seguida, tivemos uma conversa acerca das técnicas de desenho do artista, cores e temática, e cada criança produziu uma releitura da obra que elegeu como preferida, utilizando lápis de cor, canetinhas, guache, pincel, cola plástica ou papeis para colagem. Mais adiante, as professoras conduziram a confecção de um grande painel de uma vila residencial, com a participação de todos os seus alunos. Na sequência, fizeram uma sessão de fotos, reproduzindo os trejeitos das personagens das obras. Para a exposição da Mostra da nossa escola, produziu-se um mural contrastando as obras do artista com as fotos tiradas pelos alunos. No entanto, como desdobramento de um trabalho que ganhou uma repercussão muito positiva dentro e fora da escola, sugeriu-se a exposição do painel que fora utilizado para a sessão de fotos das crianças. Assim, no dia da Mostra, todos os que passaram pela nossa escola puderam posar junto ao cenário, tornandose parte da obra de Ivan Cruz, em uma versão atualizada pelos nossos alunos de 1º ano.

“Este artista não deixa nada em branco em suas obras, ele colore tudo, e eu também”, Sophia, 1º ano A.

https://drive.google.com/open?id=16gDLgrYkSKuuaIjRsXq LfSgkhwBQUDO7


66

FEIRA DE CIÊNCIAS EMEF PRACINHAS DA FEB Professora Responsável: Flávia Cristina Sousa da Silva Público-alvo: Ciclo Autoral (9º Ano)

A feira de ciências na escola se constitui como uma importante ferramenta de divulgação dos conhecimentos desenvolvidos na comunidade escolar, tendo um papel importante no aprendizado dos estudantes. Além do conhecimento científico em si que é adquirido, todo o seu processo desenvolve diferentes habilidades nos estudantes, como organização do pensamento, comunicação oral, comunicação escrita e pesquisa científica. Pensada com a intenção de fazer com que os estudantes participassem das aulas de forma ativa integrando o conhecimento científico teórico à prática, as atividades foram realizadas durante todo ano. A cada bimestre uma nova etapa era concluída, novas descobertas acerca do tema escolhido pelo grupo eram compartilhadas com a sala, mostrando aos estudantes que o conhecimento científico é construído e não algo pronto e acabado. As aulas se tornaram mais atrativas e os estudantes motivados e autônomos. O desenvolvimento desse projeto trouxe “vida” às aulas despertando e alimentando a curiosidade e a criatividade, tão importante no processo ensino-aprendizagem.

“Ver o empenho dos estudantes e o brilho em seus olhos ao apresentarem seus experimentos, foi um momento enriquecedor e cheio de energia” Jennyfer Christiane Barboza de Jesus - Coordenadora Pedagógica. “Participar da construção desse projeto e observar o potencial de cada estudante alimenta minhas convicções e busca por uma educação pública de qualidade. Eles me ensinaram muito durante o processo me transformando não só como profissional, mas como ser humano.” Prof. Flávia Cristina de Sousa da Silva.

Como professora, foi um desafio trabalhar diversos temas e conteúdos diferentes. Desde o início, busquei aprimorar meus conhecimentos junto aos estudantes, me preocupando em atingir da melhor forma possível nossos objetivos. O resultado final foi surpreendente e satisfatório. A feira de ciências foi um dia muito especial, pois cada grupo pôde apresentar e explicar seu experimento, como ele se constituiu e qual a sua aplicabilidade na vida cotidiana. Os trabalhos foram realizados pelos estudantes dos nonos anos da Unidade Escolar e seus experimentos foram apresentados para seus colegas dos sétimos e oitavos anos. Alguns desses estudantes puderam avaliar os experimentos apresentados, assim como os professores, outros funcionários da escola e a coordenadora pedagógica. Ao final do dia, muitos estudantes vieram perguntar se quando estiverem no nono ano também farão uma feira de ciências. Isso demonstra o quanto esse trabalho foi significativo para todos os envolvidos.

https://drive.google.com/open?id=1Uq2X2pzMLhNm_589 AEnyCv2SiDjhEvEp


67

ASSEMBLEIAS DE CLASSE EMEF PROCÓPIO FERREIRA Responsável: Ariete Fernandes Moreira Público-alvo: Comunidade Escolar

Assembleia de Escola realizada dia 20 de Setembro de 2019

O Projeto Assembleia de Classes nasceu de uma demanda apontada para o PEA 2019, cujo título é “Convivência escolar: os desafios da contemporaneidade”. Necessitamos viabilizar ações dentro da comunidade escolar que propiciem a interação entre os indivíduos que dividem o mesmo espaço e que têm os mesmos objetivos em desenvolver-se integral e harmonicamente.

Os alunos faziam a ata das discussões e em dia determinado, levavam essas discussões para a assembleia da Escola com representantes de todas as salas e presença do diretor da U.E. e Coordenação Pedagógica. As assembleias ocorrem mensalmente e a assembleia de Escola, bimestralmente.

A sugestão desse projeto está presente no Caderno da Cidade, volume único, p.82, do sexto ano. Seguimos a sequência didática constante na unidade dois e demos início às ações com a eleição dos alunos representantes de classe que levantavam junto aos colegas os temas para a discussão da assembleia divididos em: Elogios, críticas (sem nomes) e sugestões de soluções.

https://drive.google.com/open?id=1-aB3ZCxsomnwD4EaJoSVBdOW4V0ZX1K


68

FEIRA DO LIVRO EMEF PROFº RICARDO VITIELLO Responsável: Maria da Conceição Ferreira Banhos Público-alvo: Ciclo de Alfabetização, Ciclo Interdisciplinar e Ciclo Autoral.

A implementação do Projeto de leitura na escola, advém de uma carência, necessidade inicial observada pelos professores e coordenadores sobre as questões, ações e práticas de leitura escolar. Por este motivo iniciou-se o diálogo em encontros (Jornada e Reuniões Pedagógicas) para possibilitar estratégias em grupo e trilhar um plano onde a questão em destaque fosse contemplada e no cotidiano a literatura fosse motivadora aos professores e alunos. Sendo assim, todo o Projeto de leitura foi atrelado ao Projeto Político Pedagógico da escola, que norteou ações ligadas ao documento Currículo da Cidade. As primeiras intervenções iniciaram a partir da escolha bibliográfica do estudo coletivo (JEIF/Tema: Educação, cultura e linguagem), ou seja, foi dado nesse momento, prioridade ao estudo, referência ao tema. Foram organizados junto com os professores encontros formativos, como contribuição à dinâmica estabelecida e a exposição de autores.

Profª Rosangela Xavier dos Anjos (Português): “A feira do livro proporcionou o desenvolvimento de diversas atividades sobre leitura. Este ano tive o prazer de compartilhar com meus alunos o Beat Box, batalha de rimas escritas por nossos alunos dos 8º anos. Foi uma experiência de criatividade e protagonismo”! Aluna Eduarda Cristina Alves de Alencar 8º C: “Gosto muito de participar da Feira do Livro, me sinto incentivada a ler e me apresentar para meus colegas. A experiência de conhecer o mundo através dos livros é muito estimulante”.

A partir do estudo contínuo, os professores das diversas áreas, trouxeram experiências aos planos de aula, fizeram escolhas de textos, obras para a leitura em sala, leitura oral realizada pelos alunos enriquecendo a prática, estreitando laços com a literatura. As ações do projeto ocorreram paralelamente às formações, desenvolvendo encontros literários, clube de leitura, parada poética, encontros com autores, roda de conversa, sempre com o envolvimento da comunidade escolar, até o ponto de comemoração do projeto que é a Feira do Livro. Batalhas de rimas, beat box, teatro, saiba mais sobre as diferentes linguagens que compõem o projeto Feira do Livro.

https://drive.google.com/open?id=1_5783lqB4yGp9ndQR _TQevB34ydkuFEj


69

“AGRO FLORESTA URBANA: UM LABORATÓRIO À CÉU ABERTO, INTEGRADO AO CURRÍCULO DA CIDADE E AOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” EMEF SÓCRATES BRASILEIRO SAMPAIO DE SOUSA VIEIRA DE OLIVEIRA Responsáveis: Equipe da Escola Público Alvo: Comunidade Escolar

A EMEF Dr Sócrates Brasileiro, situada numa região densamente povoada com aglomerado subnormal e altos índices de vulnerabilidade juvenil, possui poucos equipamentos públicos bem como áreas verdes e de lazer. Para tanto, foi proposto pelos estudantes do Ciclo Autoral o Projeto da Agrofloresta. O objetivo principal é de ressignificar o currículo escolar com temas próximos à realidade das crianças, compreender melhor os desafios sociais atuais e realizar ações que venham ao encontro dos ODS. Pretendemos atuar na transformação e revitalização de áreas improdutivas no terreno localizado ao lado escola bem como a sua ampliação para o território escolar, por meio de mutirões, cortejos poéticos e manifestações artísticas pelo bairro. Essa área, próxima ao córrego Olarias, antes um aterro, vinha acumulando lixo com despejo de entulho, mato e atraindo insetos e roedores para as moradias e para a escola. Foram realizadas diversas atividades de cultivo, oficinas de jardinagem e horta, chuva de sementes, composteira e minhocário nesse espaço.

Realizamos mensalmente a manutenção da Agrofloresta com a assessoria de um engenheiro florestal e de uma engenheira agrônoma. A poda das leguminosas e utilização das folhas como adubo natural faz parte das atividades escolares de todas as turmas. As crianças participam de atividades de cultivo, preparo do solo, observação e seleção de material orgânico. As profissionais da cozinha auxiliam diariamente na seleção de material orgânico. Já foram realizadas três colheitas de feijão guandu. Desde 2015, a escola realiza o Cortejo Poético pelas ruas do bairro com a finalidade de reivindicar direitos, propor soluções para problemas coletivos. Essa é uma manifestação que busca reforçar a identidade nordestina da comunidade. Por meio dessa manifestação, chamamos atenção do Poder Público e conseguimos anexar o terreno baldio ao lado da escola e atualmente reivindicamos a abertura de um portão que viabilize a ocupação pedagógica desse importante espaço conquistado.

Escola de muitas lutas!! Dignifica o ensino brasileiro e a história do Magrão. Coragem aos meus colegas professores! Nossa luta é quase insana, mas absolutamente fundamental e essencial! Forte abraço! Professora Maria Adélia Souza. https://drive.google.com/open?id=1lc70pXf3riFCrdcYR5Tk 2Oq8xWf6eopu


70

COMUNICAÇÃO EMEF SYNÉSIO ROCHA Responsáveis: Aldo da Silva Matos, Alessandro Ferraz de Abreu, Celina Aparecida Capeletti Castanho, Cristiane Fátima Rodrigues, Elaine Barbosa da Silva, Joilson de Araújo Martins Andrade SilvaLucas Antonio Nizuma Simabukulo, Lumi Kazawa, Lucy Teles Pacheco, Rodrigo Paulo e Vinicius Moraes Rodrigues. Público-alvo: Estudantes da EJA

O público da EJA do Synésio Rocha é formado por uma faixa etária muito ampla, dos 16 aos 80 anos e que apresenta interesses diversos. As condições sociais e a vulnerabilidade tem dificultado a permanência estes estudantes na escola. Para atender essa complexidade, em um exercício de estuda os docentes desenvolveram para este projeto, um calendário que planeja abordagens didáticas diversificadas. Assim, foram definidas temáticas de interesse para cada mês do semestre. Desta forma, se iniciou com “Agosto Indígena” atividades e reflexões propositivas sobre os povos originários em contexto urbano, suas culturas e as contribuições para a sociedade. Em setembro a temática escolhida foi “Mundo do Trabalho: Doenças e Depressão”, que dialogou com a campanha “Setembro Amarelo”; o objetivo foi sensibilizar olhar dos estudantes, buscando ouvi-los e potencializando a escuta e empatia. Diante da riqueza e das aprendizagens construídas, idealizamos um “Talk Show” que colaborou para registrar os processos e constituiu um acervo de vídeos para a escola. No mês seguinte o disparador, surgiu da seguinte indagação “O que leva um povo a comemorar o Halloween, o dia dos mortos e o Saci”. Para isso, provocamos algumas leituras como “Contos de enganar a morte e Meu livro de folclore” de Ricardo de Azevedo, e “Los muertos” (México). Para a realização deste projeto contamos com diversos parceiros:

● ● ●

● ● ●

● ●

FELIZ – Feira Literária da Zona Sul; Palestra do escritor indígena Daniel Munduruku; Trupe Lona Preta com o espetáculo “O Grande Circo Bélico” contou a história de uma grande empresa que chega para explorar o seu novo local de trabalho; Sarau do Binho nos presenteou com “Dia de Sarau na escola”; A presença de Geraldo Magela no Sarau Cultural Popular: “Música, Poesia e Encontros”; Contamos também com a apresentação do estudante da EJA Vivaldo, que tem 80 anos e fez apresentação musical com sanfona. A apresentação do Milton Hatoum, com o tema “Meu Corpo, minha marca no mundo”. Durante a JEIF, houve também, dramatização com a atriz Carla Lopes sobre a peça “Memórias do rio, do rei e do dia” que traz a memória de moradores do sertão mineiro, percurso da obra “Grande Sertão: veredas”.

Avaliamos este projeto como positivo, pois o protagonismo despertado refletiu na frequência e engajamento dos estudantes nas aulas. Na avaliação do projeto, o grupo de professores tem reconhecido o potencial de transformação dessas ações que tem promovido o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões (intelectual, física, social, emocional e cultural)

“Graças a Deus agora eu não sou mais cega. Minha mãe dizia que pessoas que não sabiam ler e escrever eram cegas. Hoje eu não sou mais cega, hoje eu sei ler e escrever, graças a Deus.”. Relato da aluna da 4ª etapa C, Izaura Marinho de Araújo de 75 anos. https://drive.google.com/open?id=1bZZ7fiz1LeaLWe3h1k Q-wUH-pnPO6cPl


71

SUSTENTABILIDADE EMEF TERESA MARGARIDA DA SILVA Responsáveis: Todos os Professores Público Alvo: Ciclo de Alfabetização, Ciclo Interdisciplinar e Ciclo Autoral.

A Emef Teresa Margarida da Silva e Orta está situada na região Sul da capital, no bairro Vila Gilda, às margens da bacia hidrográfica Guarapiranga e sempre teve a preocupação e responsabilidade de conscientizar seus estudantes sobre a importância do cuidado e preservação do meio ambiente. Durante o ano de 2019, desenvolvemos o projeto “Sustentabilidade” que visa contribuir com a formação de cidadãos conscientes e protagonistas diante dos desafios presentes no mundo contemporâneo. Focamos o trabalho nos ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, presentes nos Cadernos da Cidade: Saberes e Aprendizagens em todos os ciclos, além dos projetos desenvolvidos pelo Programa Mais Educação:

Caçadores do Fantasma do Meio Ambiente, Resgatando Identidade e Valores, Arte, Orientações profissionais, Projeto Xadrez e Clube da Matemática. Diversas ações foram realizadas na escola: coleta seletiva a partir do trabalho desenvolvido pelo projeto “Caçadores do Fantasma do Meio Ambiente”; cartas trocadas entre pais e alunos, reaproximando-os afetivamente no projeto “Identidade”, construção de brinquedos e instrumentos musicais com materiais reciclados, produção de contos, setembro amarelo, Feminicídio e tantos outros.

https://drive.google.com/open?id=1tc2H4EOKJPNpRKdLT _6SlMwUJ2lHjBVi

“É fascinante as centenas de possibilidades que o projeto Sustentabilidade proporciona aos nossos estudantes que, naturalmente, vivenciam e abraçam as ideias que constroem conhecimentos que são e serão multiplicados com toda a delicadeza que o planeta merece”


72

TEATRO NA ESCOLA EMEF TEREZINHA MOTA DE FIGUEIREDO Responsáveis: Márcia Cristina Fernandes Pires (POSL), Samuel Ribeiro dos Santos (POIE) e Anair da Silva Santos (Arte). Público-alvo: Ciclo Interdisciplinar - 5º ao 6º anos

O Projeto Teatro na escola, 2019, iniciou a partir da leitura do livro “Robin Hood: a lenda da liberdade”, adaptação de Pedro Bandeira, pelos alunos dos 5º anos e da produção de uma peça teatral. Com a organização dos professores os alunos se inscreveram e ficaram responsáveis pelas três equipes: Atuação, Sonoplastia e Cenário/ Figurino. A ideia de trabalhar com o teatro na escola surgiu após uma formação oferecida aos POSLs - Professores Orientadores de Sala de Leitura, no Teatro Alfa, com encontros em 2018. Desde 2018 temos projeto de teatro na escola com os seguintes objetivos: despertar o gosto pela leitura, sobretudo, entre os alunos do ciclo Interdisciplinar; propiciar situações de protagonismo, na interação entre sonoplastia, cenário e atuação.

Entre as aprendizagens envolvidas estão: -

ampliação do repertório literário, conhecendo culturas e épocas diferentes; reflexão acerca das diferentes linguagens potencializadas pelo trabalho com o teatro; discussão e posicionamento frente às injustiças sociais da época; uso dos recursos tecnológicos para pesquisar e conhecer músicas do período medieval; construção de objetos para figurino e cenário da peça usando materiais reaproveitados.

“Robin Hood: a lenda da liberdade” Venha mergulhar nesse mundo de fantasia. – Equipe da EMEF Terezinha Mota https://drive.google.com/open?id=1P7fxhWxSmZ9tDviWZxdSyAq3vKFGDjx


73

CLUBE DO LIVRO EMEF THEODOMIRO MONTEIRO DO AMARAL Responsáveis: Equipe docente Público-alvo: Ciclos de Alfabetização

Clube do livro: A escola como espaço e território de leitura Observando a apatia dos estudantes dos ciclos Interdisciplinar e autoral em relação à leitura, interpretação e produção dos textos, além da necessidade de formar novos leitores no ciclo de Alfabetização, que sejam leitores literários e que compreendam a importância da literatura para a transformação pessoal e social. A equipe docente em parceria com a Coordenação Pedagógica, propôs o Projeto “Clube do livro” que visa promover a leitura no espaço escolar e para além dele. O Projeto nasceu a partir das ações para distribuição dos livros do Programa Minha Biblioteca. Havia a necessidade dos estudantes conhecerem os livros, para depois escolherem os exemplares. Dessa forma, a escola planejou atividades para que todos tivessem acesso aos livros, com leituras simultâneas, rodas de leitura, rodas de conversa, dentre outras. Os professores observaram que todos os estudantes se envolveram de maneira significativa e incisiva, em todos os espaços da escola (Jardim, escadas, salas de aula, corredores, pátio etc). Assim, perceberam que não poderia ser apenas uma ação pontual, mas, transformar em um grande projeto que poderia solucionar a situação–problema, apresentada no início desse texto. Então, sistematizaram as etapas de desenvolvimento

do projeto e o oficializaram como Projeto” Clube do livro”, executado em todos os ciclos e na EJA, durante o ano letivo. Foi organizado um cronograma para que toda semana, na segunda aula, em dias alternados, fosse realizada leitura simultânea de obras da caixa de livros, previamente organizada para cada sala. Eram os estudantes que escolhiam a obra que seria lida. Esta ação ocorreu do mês de março até o mês de agosto. Depois, os estudantes se organizaram sob a mediação dos professores, para construírem murais de indicações de leitura, espalhados pela escola. A partir de então, os estudantes começaram a preparação para o Sarau interno, cujas apresentações, serão realizadas no dia 31/10, com a participação de toda a unidade escolar. No cronograma de inscrições constaram: danças, poesias, teatro inspirados nas obras literárias e apresentações musicais. Com o desenvolvimento do projeto foi possível constatar melhoria na aprendizagem e mudança de atitude em relação à leitura. Hoje, é possível encontrar os adolescentes lendo pela escola durante o período de intervalo e circulando com os livros nas mãos. Outro fenômeno importante é ver os estudantes e professores discutindo e indicando os livros uns para os outros, sem que isso seja uma tarefa escolar.

https://drive.google.com/open?id=1wq1ACX80yNkj_M1FT SVdOpAnnM6kGeno


74

O JOGO DE MANCALA AWELÉ COMO POSSIBILIDADE PEDAGÓGICA EMEF VERA LUCIA FUSCO BORBA Responsáveis: Profª Monique Aparecida Ferrarezi e Profª Erika de O.Haydn Público alvo: Estudantes do 4ºanos A e B e 5º ano B do Ciclo Interdisciplinar

MANCALA O Projeto “Mancala Awelé” tem por objetivos garantir no currículo o ensino da História e Cultura Afro-brasileira, propiciando uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas; mediar o processo de aprendizagem da matemática por meio do jogo; trabalhar o raciocínio lógico; exercitar a concentração e a estratégia; aprender a aceitar as perdas e as limitações; observar a relevância de compartilhar, respeitar e ajudar o próximo e trabalho em grupo; testar hipóteses e respeitar regras. O projeto foi desenvolvido durante as aulas do 4º ano A, do Ciclo Interdisciplinar, integrada com os professores de Educação Física envolvendo História, Geografia, Artes e Língua Portuguesa. Vale ressaltar que, durante a realização do projeto houve a necessidade de um trabalho interdisciplinar com os professores da Sala de Leitura e de Informática.

Como desdobramento das ações realizadas objetiva-se a exposição de todo o percurso trilhado durante o processo como foto do campeonato, mantos, tabuleiros, bonecas abayomi e workshop de Mancala ministrado pelos próprios estudantes que se tornam assim multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. Para melhor compreender as origens do jogo de Mancala Awelé, mostramos a localização do continente Africano no Mapa Mundi, e no Mapa Político Mundial, localizamos o país Costa do Marfim de onde veio o Mancala Awelé. Ao considerar a importância de ressignificar o jogo ao seu contexto social, foi elaborado um caderno com mapas, Também recorremos aos recursos áudio visuais para observarmos os diferentes tipos de Mancalas, suas origens e forma de jogar.

"É um jogo de semear, que sua "jogabilidade" desenvolve o raciocínio, além de ser divertido". (Alunos do 4º Ano A) "Nos possibilitou aprender novos conhecimentos e compartilhar com outros colegas". (Théo 4º Ano A) https://drive.google.com/open?id=1Wp648Vwrblchy2Vp5 lWYTzY7y60QHjmA


75

PARAISÓPOLIS CONHECER PARA VALORIZAR EMEF VEREMUNDO TOTH Professores Responsáveis: Andreia Lages, Brasilina, Adriana Santos, Solange, Estela, Cleidimar, Geraldo, Marcelo, Hélio, Luciana, João. Claudio, Rosimeire, Jania, Valquiria, Lucimara, Ana Paula, Andreza. Coordenação Pedagógica: Tereza e Elisa. Diretora: Altéia, Ass. Direção: Ana Paula, Daniela Público-alvo: ESTUDANTES DA EJA (Educação de Jovens e Adultos)

Fonte: Google Imagens

“Paraisópolis Conhecer para Valorizar”, Projeto Especial de Ação (PEA) da EMEF Dom Veremundo Toth, tem como base a valorização de um grupo social que, mesmo aparentemente integrada ao todo, se reconhecia distante dos bens culturais valorizados na nossa sociedade. “O que é suficiente para você?” Com essa pergunta geradora, voltamos o foco ao empoderamento dos estudantes diante da fragilidade que demonstravam: aquela que exclui pela falta de conhecimento, pelo não pertencimento, pelo massacre midiático diário e na falta de políticas públicas voltadas a esses cidadãos. A autora Pinkola (1993) nos apoiou, como ponto de partida com seu livro “O dom da História: uma fábula sobre o que é suficiente”. A partir dessa história, percorremos as muitas histórias de vida – e por que não superação? – dos que ali nos olhavam em busca de conhecimento. Mas como conhecer o outro e a si mesmo, o seu lugar de elocução, sem que haja essa imersão na própria vida de forma consciente? Do particular e subjetivo para o mais amplo; das experiências de mundo, para o âmbito da emancipação, e de uma leitura mais abrangente de mundo. As leituras, estudos e discussões no horário do PEA trouxeram a demanda de temas atuais e variados, tanto quanto às informações que os acompanhavam, assim surgiu a ideia dos AULÕES. Nesse projeto de aula, os professores participariam com a contribuição específica de sua área de conhecimento, nessas ocasiões as turmas trabalhariam juntas, com o objetivo maior de tornar

os conteúdos interdisciplinares e mais, usar o potencial de cada turma da EJA Dom Veremundo, tornando as salas mistas, multidisciplinares. As trocas de saberes como uma simulação de como viverem em sociedade e reconhecerem as fragilidades que os cercam além de usufruírem dos diversos saberes ali latentes, nas palavras de MORIN (2006): “Conhecer o humano não é separá-lo do universo, mas situá-lo nele” E assim, os conteúdos foram entrelaçando e as muitas mentes compostas de atores (professores e estudantes), contribuindo com conceitos, preconceitos e conhecimentos, na perseguição incessante pela transformação do que hoje somos. “Ao mesmo tempo, o retalhamento das disciplinas torna impossível apreender ‘o que é tecido junto’, isto é, o complexo, segundo o sentido original do termo” (MORIN, 2006). A partir dos debates, reflexões da apropriação do conhecimento, do espaço e valorização da arte, da cultura, e no transcorrer do desenvolvimento do projeto, percebemos que nossos estudantes elevaram a autoestima e a valorização de tudo que há na Comunidade na qual estão inseridos.

“Professora, precisamos de mais aulas como essa. Nessas aulas que a gente aprende de verdade a pensar e a mudar as nossas atitudes.” (Fabiana da Silva Santana, estudante da EJA)

https://drive.google.com/open?id=17iIsRo9oMbklvkW qTl2yHPmq678NfGZa


76

LIBERDADE PARA (RE)EXISTIR: DE D. MARIA, D. ZULMIRA A MARIELLE EMEF ZULMIRA CAVALHEIRO FAUSTINO Responsáveis: Vilma Monteiro de Lima, Edna Maria Antônio Silvestre, Bruna Wysocki, Desiré Moreira de Souza, Fagner Leitão de Menezes, Fabiana Gonçalves (PAV-UBS Parque Regina) Público-alvo: Ciclo de Alfabetização, Interdisciplinar, Autoral e EJA

A necessidade de trabalhar um tema sobre a valorização das mulheres surgiu durante as aulas referentes ao projeto Recicla Periferia de 2018, apresentado na XV Semana de Geografia. Em rodas de conversas percebemos que existiam muitos relatos sobre a violência contra mulheres das famílias dos alunos. Sendo assim, constatamos que precisávamos, em 2019, desenvolver um tema que abrisse espaço para os estudantes refletirem sobre o respeito ao próprio corpo e que fortalecesse a identidade deles. Dentro de uma proposta de Educação para o Desenvolvimento Sustentável consideramos que o Meio Ambiente envolve todos os seres vivos e, portanto, as relações estabelecidas entre os seres humanos também precisam ser problematizadas dentro da escola para que possamos almejar uma sociedade menos desigual. Dentro do projeto Liberdade para (Re)existir foram realizadas ações como: palestra com médica da Ong Solidariedade sem Fronteiras, atividades como a árvore do afeto com os alunos do ciclo da alfabetização e debates sobre o setembro amarelo em parceria com a PAVS da UBS do Parque Regina, discussão sobre o papel da mulher em filmes como “Mulan”, “Valente”, “Moana”, documentários sobre “Slam” e “Malala”, ação coletiva com a EJA sobre o documentário “Precisamos falar com os

homens”, leitura e discussão sobre textos de Carolina Maria de Jesus, Frida Kahlo, Malala, Marielle Franco, Chiquinha Gonzaga, D. Ivone Lara; produção de vídeos com as guerreiras do bairro; produção e revisão de textos a partir das rodas de conversa; apresentação dos trabalhos na Mostra Cultural da escola e na XVI Semana de Geografia da USP; rodas de conversa com alunos da Geografia da USP; visitação à exposição de fotografias de moradores do bairro do Campo Limpo do artista Gal Oppido e participação de oficinas sobre identidade no bairro; participação do “Literasampinha” em parceria com a Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino, preparação de TCA sobre feminismo. Não seria possível falar de meio ambiente quando os alunos não conseguem respeitar a pessoa que está ao seu lado e quando não enxergam que precisam se valorizar. Foi um trabalho em que procuramos resgatar a autoestima de garotas que desde a infância são vítimas de discursos e ações que as desqualificam e demonstrar aos estudantes que determinadas atitudes não podem e não devem ser normalizadas. Precisamos refletir sobre nossa identidade e o papel que queremos desempenhar na sociedade sem rótulos em que beneficiem uns em detrimento de outros grupos.

“Livre: que seja infinito tudo aquilo que nos faz bem. Há muitas mulheres que às vezes não podem ser livres; a gente precisa quebrar estes rótulos que a sociedade impõe. (...) As mulheres podem ser o que quiserem independente da opinião das pessoas e muitas não são levadas tão a sério... o salário ainda é muito diferente...”. (Mayara Esther de Oliveira Maia, aluna do 7º ano B)

https://drive.google.com/open?id=1UxT9UY4jltwmO9EUVjQcp_BUf4K7Xiy


77

CEU EMEF FEITIÇO DA VILA

EMEF HERBERT DE SOUZA - BETINHO

EMEF JOSE FRANCISCO CAVALCANTE

EMEF THEODOMIRO MONTEIRO DO AMARAL

EMEF DONATO SUSUMU KIMURA

EMEF MÁRIO MOURA E ALBUQUERQUE

EMEF DOM VEREMUNDO TOTH

EMEF MARIA RITA DE CÁSSIA PINHEIRO SIMÕES BRAGA


78

EMEF EDIVALDO DOS SANTOS DANTAS

EMEF JOSÉ BLOTA JUNIOR

EMEF MÁRIO MARQUES DE OLIVEIRA

EMEF ANTONIO ESTANISLAU DO AMARAL

EMEF JARDIM MITSUTANI I

EMEF PROCÓPIO FERREIRA

CEU EMEF JOSÉ SARAMAGO

EMEF TERESA MARGARIDA DA SILVA


79

EMEF MAURO FACCIO GONÇALVES – ZACARIA

EMEF SÓCRATES BRASILEIRO SAMPAIO DE SOUSA VIEIRA DE OLIVEIRA

CEU EMEF MARIO FITTIPALDI

EMEF 22 DE MARÇO

EMEF ANNA SILVEIRA DA SILVA

EMEF CAMPO LIMPO II

EMEF PROFª VERA LUCIA FUSCO BORBA

EMEF AIRTON ARANTES RIBEIRO


80

EMEF CHÁCARA SONHO AZUL

EMEF LORENÇO MANOEL SPARAPAN

EMEF CASARÃO

EMEF PALIMÉRCIO DE REZENDE

EMEF CYRO ALBUQUERQUE

EMEF GIANFRANCESCO GUARNIERI

CEU EMEF HERMES FERREIRA DE SOUZA

EMEF JOÃO PEDRO DE CARVALHO NETO


81

EMEF M’ BOI MIRIM I

EMEF M’ BOI MIRIM II

EMEF MARIA RITA LOPES PONTES - IRMÃ DULCE

EMEF MARIA BERENICE DOS SANTOS

EMEF MÁRIO RANGEL

EMEF MODESTO SCAGLIUSI

EMEF PAULO COLOMBO PEREIRA DE QUEIROZ

EMEF PROFº RICARDO VITIELLO


82

EMEF ZULMIRA CAVALHEIRO FAUSTINO

ADHEMAR DE BARROS

EMEF OLIVEIRA VIANA

EMEF LUIZ TENORIO DE BRITO

EMEF TEREZINHA MOTA DE FIGUEIREDO

CEU EMEF VILA DO SOL

EMEF LEONARDO VILLAS BOAS

EMEF FRANCISCO REBOLO


83

EMEF CAMPO LIMPO III

CEU EMEF CASA BLANCA

EMEF FAGUNDES VARELLA

EMEF DE GAULLE

EMEF JORGE AMERICANO

EMEF JOSE OLYMPIO PEREIRA FILHO

EMEF LEVY DE AZEVEDO SODRE

EMEF MINISTRO SYNÉSIO ROCHA


84

EMEF JORNALISTA MILLÔR FERNANDES

EMEF ANTONIO ALVES DA SILVA

CIEJA CAMPO LIMPO

EMEF CAROLINA RENNO RIBEIRO DE OLIVEIRA

EMEF PRACINHAS DA FEB

EMEF CLEMENTE PASTORE

EMEF OTONIEL MOTA

CEU EMEF CANTOS DO AMANHECER


85

EMEF MAURICIO SIMÃO

EMEF PAULO FREIRE

EUCLIDES DA CUNHA

EMEF MARLI FERRAZ TORRES BONFIM

CEU EMEF PARAISÓPOLIS

EMEF DEZOITO DO FORTE

EMEF PERIMETRAL

EMEF IRACEMA MARQUES DA SILVEIRA


86


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.